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● Graduada em História
● Mestre em História]
Sobre o Autor
Prezado(a) acadêmico(a),
Bons estudos!
UNIDADE III
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) a nossa unidade III. Para iniciarmos,
destacaremos os estudos referentes à história e cultura dos povos indígenas do Brasil,
que têm ganhado cada vez mais espaço nas produções acadêmicas, o que possibilita a
ampliação das discussões acerca das contribuições e influências da cultura indígena na
formação da sociedade brasileira. Além disso, tais produções têm como resultado uma
maior aproximação da história destes povos com o público leigo, por meio do ensino
sobre história e cultura indígena na educação básica.
Tendo em vista a relevância dos povos indígenas para a construção da sociedade
brasileira e seu caráter indenitário e a necessidade de aprofundar os debates sobre a
questão indígena, amenizando os discursos preconceituosos e excludentes, presentes em
nossos dias atuais, apresentamos a você, aluno(a), alguns pontos importantes para o
conhecimento de nossa história, baseada na presença indígena no Brasil e enfocando os
aspectos culturais destes povos, que tanto contribuíram para nossa história.
1. ETNO-HISTÓRIA INDÍGENA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO
DA HISTÓRIA DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS
Do período colonial até hoje, pouca coisa mudou no que diz respeito ao
reconhecimento e valorização da história e cultura indígena. Ainda somos o país da
exclusão, embora, como dito anteriormente, as discussões e movimentos de defesa da
preservação da cultura, história e direitos dos povos indígenas tenham conquistados
alguns avanços junto a sociedade e ao Estado.
SAIBA MAIS
No início do século XXI, os estudos demonstraram existir aproximadamente 215 etnias
indígenas no Brasil, dentre as quais era possível identificar 170 línguas diferentes. Estas
etnias indígenas encontram-se em terras que foram ocupadas ao longo do
desenvolvimento do Brasil e que não as pertenciam originalmente.
Para entender um pouco mais sobre a visão que se tem das populações indígenas no
Brasil, acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=ScaUURAJkC0>.
O descaso em relação à história e cultura indígena remontam ao nosso passado
colonial, na medida em que desde o primeiro contato com esses povos, os europeus os
consideraram “incivilizados”, isto é, não souberam ou não se preocuparam em
reconhecer os costumes, valores e tradições dos habitantes do Brasil como cultura. Para
os primeiros europeus que aqui chegaram, a diferença nos hábitos dos indígenas
representou um choque entre duas formas de viver e entender o mundo. Esse choque
entre diferentes concepções de mundo fez com que os portugueses procurassem impor a
sua concepção de cultura e civilização a povos cuja forma de vida não se adequavam à
realidade pretendida pelos portugueses. Nesse contexto, na segunda metade do século
XVI, a Companhia de Jesus instalada no Brasil, iniciou a organização das chamadas
missões jesuítas, com o objetivo de catequizar e “civilizar” a população indígena
brasileira. Esse processo tinha por base forçar a assimilação da cultura e costumes
europeus pelos povos indígenas brasileiros.
PENSE NISSO
As missões jesuítas representaram em grande medida a tentativa da coroa portuguesa de
forjar uma nova identidade para as populações indígenas do Brasil, a partir da
descaracterização da sua cultura.
Dando continuidade ao nosso estudo, prezado(a) aluno(a), cabe aqui colocar que
no período imperial, as discussões a respeito das populações indígenas do Brasil e suas
contribuições para a formação da sociedade e da identidade nacional ganharam um
pouco mais de espaço devido, em grande medida, pela publicação da Revista do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a partir de 1839. De acordo com Moreira,
em contraste com a pequena inserção dos índios na
historiografia mais recente sobre o Império, existem os
testemunhos deixados pelos contemporâneos do regime, que
atestam ter sido a “questão indígena” um dos assuntos centrais
do processo de estruturação do Brasil como nação
independente (MOREIRA, 2010, p. 55).
Segundo a autora, o interesse na questão indígena dos estudiosos do período imperial
relaciona-se com o fato de que
Não é difícil perceber que, mesmo nos dias atuais, o racismo e o preconceito
ainda são valores que se encontram presentes no seio da sociedade brasileira. Para além
das inúmeras maneiras como esses valores se apresentam em nosso país, destacamos a
prática e disseminação na área da educação.
De acordo com Dias (2005), vários estudos têm por objetivo discutir a questão apresentada
anteriormente. Segundo a autora, como resultado desses estudos foi possível identificar
algumas questões inerentes ao racismo no nosso sistema educacional, como a maneira
como os livros didáticos reproduzem práticas e metodologias racistas e preconceituosas,
como o aluno negro se vê e está representado nas escolas e como são desenvolvidas as
relações entre gestores, educadores e alunos das chamadas minorias no ambiente
educacional.
Ainda segundo a autora, os estudos a respeito elaborados por Ricardo Henriques
no final da década de 1990 demonstram que
SAIBA MAIS
Para conhecer o conteúdo da Lei 10.639, acesse o link:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>.
DICA DE LEITURA
Editora: EDUSP
ISBN: 978-85-314-1013-0
ATIVIDADE OBJETIVA
A sequência correta é:
a. F, V, V, V.
b. F, F, F, V.
c. V, F, V, F.
d. F, F, V, V.
e. Alternativa correta: V, V, V, F.
3. Leia o texto a seguir:
CALDEIRA, J. (Org.). José Bonifácio de Andrada e Silva. São Paulo: Ed. 34, 2002, p.
184.
5. Nas últimas décadas, os movimentos populares e sociais que representam grupos que
historicamente foram negligenciados pelo governo e suas políticas ganharam espaço.
Com relação a estes movimentos, assinale a alternativa correta:
37 ANOS de luta contra o preconceito racial. CUT - Central Única dos Trabalhadores.
Disponível em: <https://www.cut.org.br/noticias/37-anos-de-luta-contra-o-preconceito-racial-
d02a>. Acesso em: 26 nov. 2018.