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BRITO, Sabrina.

Derrubada de estátuas: vandalismo ou reparação


histórica? VEJA, 9/6/2020 Disponível em:
https://veja.abril.com.br/brasil/derrubada-de-estatuas-vandalismo-ou-reparacao-
historica/ Acesso em: 16/09/2021

Ao longo da história, negros e indígenas sofreram diversos tipos de opressão


cometido, que melhoraram um pouco, mas continuam até hoje em dia. Recentemente
houve acontecimentos que deram início em diversos protestos antirracismo. Um
desses foi o caso de George Floyd que deu início a um grande movimento mundial e
intensificou a discussão sobre o racismo mundialmente. Com isso começaram as
derrubadas de monumentos históricos, para representar uma reparação histórica, de
pessoas que eram vistas como “heróis”, mas hoje seriam condenados por racismo.

Como Maria Helena, historiadora da USP, cita: “Derrubar qualquer símbolo da


escravidão de africanos, indígenas ou de qualquer outro grupo, não é, de forma
alguma, destruir a história. [...] Derrubar coletivamente a estátua é também um ato que
se inscreve na história, sobretudo pelo seu caráter público e televisionado”. Ou seja,
ela diz que a derrubada desses monumentos significa um novo ”capítulo” na história,
um onde escravocratas não sejam homenageados por estátuas, etc.

Ela também cita que a história que a narrativa é mutável, ou seja, que mesmo
os europeus, por exemplo, enxergassem os escravocratas como corretos e
homenageassem eles, hoje em dia podemos interpretar a história de outra forma, e a
derrubada das estátuas nos mostra que podemos mostrar que essas pessoas hoje em
dia não seriam e não devem ser homenageadas, e sim condenadas por seus atos.

Por outro lado, há quem diz que derrubar essas estátuas é destruir o
patrimônio histórico. Como disse o escritor Laurentino Gomes em seu Twitter: “Sou
contra. Estátuas, prédios, palácios e outros monumentos são parte do patrimônio
histórico. Devem ser preservados como objetos de estudo e reflexão”.
Por Felipe Gabriel, Guilherme Eid e Rafael Buin do 1º e Rafael Toledo do 2º.

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