A literatura infantil surgiu no Brasil depois de mais de 100 anos e seu
surgimento na Europa. O nascimento da literatura infantil no Brasil, coincidiu com a abolição da escravatura e com o advento da república. Um dos pontos relevantes do trabalho de adaptação das histórias europeias foi o “abrasileiramento” dos textos traduzidos. Os livros de histórias se tornaram cartilhas de manifestações cívicas e exaltações a terra, a pátria, etc. Com isso a escola também se aliou a questão civilizatória e doutrinadora, com isso a criança era representada em situações exemplares de aprendizagem, tais como, ouvir atentamente os pais e professores, lendo livros ou ouvindo terceiros contarem histórias edificantes. Um dos nomes mais voltados à literatura infanto-juvenil foi da época foi Francisca Julia. A Semana da Arte Moderna, veio com a apresentação de novas ideias e conceitos artísticos, foi dado início à propagação do ideário estético do modernismo.
Tópicos mais importantes do capítulo 7
Uma característica da literatura infanto-juvenil em épocas de crises, eram temas inadequados para as crianças, temas como a injustiça, diferença social, preconceito, marginalização infantil e idosa, entre outros. Outros gêneros que foram favorecidos na época foram: mistério policial, fantástico, questionamento sobre a linguagem, aproveitamento inovador do material folclórico. Além de temas que antes não eram abordados, nessa época as ilustrações também ganharam força. Apesar de restrições existentes na literatura infantil da época, a literatura infanto-juvenil da época apresentou um caráter inovador, ao aderirem determinadas correntes da narrativa contemporânea.