Resumo
O objetivo deste trabalho é descrever e analisar as recentes abordagens de ensino da
Educação Física Escolar, buscando compreender, em parte, a sua trajetória histórica, suas
possibilidades e limites, bem como descrever parte da sistemática de Planejamento Coletivo do
Trabalho Pedagógico - PCTP desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Planejamento e
Metodologias do Ensino da Cultura Corporal, da Universidade Federal de Uberlândia -
NEPECC/UFU num processo dialógico de formação continuada de professores das redes
públicas de ensino.
Unitermos: Planejamento educacional. Educação Física escolar. Metodologia do ensino.
Introdução
A finalidade deste artigo é contribuir na aproximação do sentido/significado que poderia ter a
análise histórico-crítica1 das mais recentes abordagens pedagógicas para o professor de
Educação Física e sua prática cotidiana.
Para a Ontologia, a noção "o ser", é um conceito utilizado para designar todas as coisas
materiais: a matéria, a natureza, o mundo exterior, a realidade e todos os objetos, fatos e
fenômenos materiais que existem "fora" do pensamento. Ao ser, de natureza material,
contrapõe-se o pensamento, a idéia, isto é, a natureza imaterial, ideal ou espiritual.
O "pensamento" é outro conceito filosófico que designa a consciência do sujeito, a mente, o
espírito, a alma e todos os fenômenos ideais e espirituais, ou seja, os conhecimentos
considerados sensíveis e racionais tais como as sensações, as percepções, as
representações, os sentimentos, as emoções, as idéias etc.
A importância da ontologia e da epistemologia reside no fato, ainda que grande parte dos
professores não saiba disso, de que a partir dessas fontes de conhecimento são construídas as
visões de mundo Idealista e Materialista de mundo como um todo. Concepções que, em
essência, caracterizam e sustentam grande parte das idéias ou representações que
construímos ao longo das nossas vidas pessoais e profissionais. A partir da ontologia estuda-
se, assim, a essência, das coisas e indaga-se o que é primeiro o ser ou o espírito, a idéia, a
alma?
Tal como poderá ser verificado neste trabalho, conforme a resposta dada às questões
ontológicas e epistemológicas colocadas pela Filosofia, será possível perceber de que forma se
materializam na realidade social as duas grandes correntes ou doutrinas filosóficas
predominantes no mundo contemporâneo, o Idealismo e o Materialismo.
Para Valter Bracht (2007) o quadro das propostas pedagógicas em Educação Física
apresenta-se hoje bastante diversificado e, embora considere que a prática pedagógica atual
resista a mudanças4, ou seja, que a prática esteja acontecendo influenciada pelo paradigma da
aptidão física e do esporte rendimento, reconhece que várias abordagens pedagógicas foram
gestadas nas últimas duas décadas, as quais se colocam hoje como alternativas para o ensino
da Educação Física.
A partir da proposta de Castellani Filho (1999), Celi Taffarel (op. cit.) apresentou uma
ampliação da mesma a partir do reconhecimento das principais contribuições teóricas dos
autores pesquisados, tal como apresentado no quadro 2, a seguir:
Segundo a autora, um campo acadêmico pode ser delimitado a partir de três critérios de
análise utilizados para identificar metodologicamente as naturezas: filosófica, política e
pedagógica do mesmo. Tais critérios foram identificados ao estudar a produção de
conhecimento de grupos, núcleos e laboratórios de estudos e pesquisas da área, publicações
em revistas, livros e propostas curriculares das secretarias estaduais e municipais de
educação, assim como nos planos e programas de ensino dos Cursos de Licenciatura em
Educação Física.
A partir da análise dessas indagações será possível, então, identificar e desvendar que
fundamentos ontológicos e epistemológicos caracterizam os Projetos Históricos e seus
respectivos Projetos Político-Pedagógicos explicita ou implicitamente descritos em cada uma
das abordagens propostas no campo acadêmico denominado Educação Física.
Estudos desenvolvidos pelo mesmo Oliveira (1988; 1992), Bracht (1989; 1992), Guilhermeti
(1991), Kunz (1991; 1994) e outros, procuraram demonstrar que as denominadas Tendências
Metodológicas de Ensino da Educação Física são propostas que, em vários casos, sucumbiram
antes mesmo de serem testadas e colocadas efetivamente em prática devido a vários fatores
dentre os quais podem ser encontrados: a falta de preparo dos professores para o
enfrentamento de novas estratégias metodológicas; a falta de interesse em estimular novas
abordagens metodológicas; a condição de refratário do conhecimento que os docentes
assumem no ensino; a estabilidade empregatícia que os docentes têm dentro do sistema
educacional e do medo da instabilidade frente a novos conteúdos e estratégias metodológicas
(OLIVEIRA, 1997).
Para esse mesmo autor, a Educação Física conta na atualidade com quatro propostas de
destaque: as Metodologias do Ensino Aberta; Construtivista; Crítico-Superadora e Crítico-
Emancipatoria.
Os dados apresentados a seguir foram coletados e descritos por Oliveira (1997) a partir de
uma série de respostas oferecidas pelos próprios idealizadores ao autor.
Referencial Teórico
O atributo simbólico é justificado pela premissa de que os homens agem baseados nos
significados em relação a coisas e pessoas;
Seriação Escolar: Pode ser trabalhada dentro da atual estrutura curricular escolar. Preocupa-
se mais em como trabalhar, acessar e tornar significativo os conteúdos aos participantes.
Enfoque Metodológico:
Os conteúdos são construídos por meio da definição de Temas Geradores e são desenvolvidos
promovendo-se ações problematizadoras;
O ensino aberto exprime-se pelo estímulo à "subjetividade" dos participantes. Aqui entram as
intenções do professor e os objetivos de ação dos alunos.
Metodologia Construtivista
Apesar de o trabalho não ser considerado totalmente construtivista, pelo próprio autor que
não gosta de classificação, denominou-se o mesmo como tal por apresentar, dentro da área da
Educação Física, a ligação mais próxima a esta metodologia educacional. A pessoa que iniciou
esta tendência foi Emilia Ferreiro, seguida por Ana Teberosky. Hoje, vários grupos de
educadores estão trabalhando nesta tendência com o propósito de redirecioná-la e aperfeiçoá-
la. Na educação já se trabalha com a linha denominada de sócioconstrutivismo, um avanço,
segundo os educadores, do construtivismo original.
Seriação Escolar: Pode ser adaptada ao currículo atual, mas aponta, para alterações no
currículo, inclusive na seriação.
Avaliação: Este aspecto necessita ser ainda melhor trabalhado. O autor da proposta não se
sente à vontade para falar do tema, o que não quer dizer que não o domine, apenas ressalta
que para uma tomada de posição seria necessário uma dedicação especial ao estudo do
mesmo.
Metodologia Crítico-Superadora
Idealizadores: Coletivo de Autores (1992).
Objetivos Gerais: Desenvolver a apreensão, por parte do aluno, da sua Cultura Corporal,
entendendo-a como parte constitutiva da sua realidade social complexa.
1° Ciclo: (pré à 3a. série) - ciclo de organização da identificação dos dados da realidade;
2° Ciclo: (4a à 6a série) - ciclo de iniciação à sistematização do conhecimento;
3° Ciclo: (7a à 8a série) - ciclo de aplicação da sistematização do conhecimento;
4° Ciclo: (2o grau) - ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento.
Enfoque Metodológico: Propõe olhar para as práticas constitutivas da Cultura Corporal, como
"Práticas Sociais", vale dizer, produzidas pela ação (trabalho) humana com vistas a atender
determinadas necessidades sociais. Dessa forma, as atividades corporais, esportivas ou não,
componentes da nossa Cultura Corporal, são vivenciadas - tanto naquilo que possuem de
"fazer" corporal, quanto na necessidade de se refletir sobre o significado/sentido desse mesmo
"fazer".
Metodologia Crítico-Emancipadora
Idealizador: Elenor Kunz (1994).
Objetivos Gerais:
Refuncionalizar o movimento.
Seriação Escolar: Não aponta e/ou trabalha alguma proposta neste sentido
Enfoque Metodológico: Defende a idéia de que é necessário que cada disciplina se torne um
verdadeiro campo de estudos e de pesquisa. Também para a Educação Física. Afinal de
contas os alunos visitam a escola para estudar e não para se divertir (embora o estudo possa
se tornar algo divertido) ou para praticar esportes e jogos (embora esta prática, também tenha
a sua importância). Assim, optou-se por uma estratégia didática com as seguintes categorias
de ação: trabalho, interação e linguagem.
Uma aula deve ter como caminho a ser percorrido em seu desenvolvimento:
Arranjo material;
Considerações finais
Segundo KUNZ (1994:131)
Nesse sentido, para Oliveira (1997), se desejamos que a Educação Física alcance um novo
entendimento e aceitação junto a toda comunidade é imprescindível uma retomada de ações
metodológicas e de conteúdos significativos no contexto escolar.
Por outro lado, no contexto das mais recentes Metodologias de Ensino apresentadas, pode
ser observada a importância do papel do professor no processo de organização dos seus
programas de ensino e das ações metodológicas que deverá implementar, as quais exigem
conhecimento, compromisso, responsabilidade e competência para promover o
desenvolvimento de um processo ensino aprendizagem crítico e de qualidade.
Oliveira (1997) faz questão de destacar no seu estudo que a importância que o Coletivo de
Autores (1992) assumiu ao apresentar na metodologia Crítico-Superadora, de Ensino, ao
defender a construção de uma sociedade igualitária, dentro da perspectiva socialista. Tal
compromisso sócio-político está mais claro e explicitado na proposta citada do que nas demais.
Contudo, pode-se também constatar junto aos demais idealizadores que mesmo sem esse
compromisso explícito suas idéias voltam-se à construção de uma sociedade mais justa e
humana.
Entretanto, concordando com Oliveira, este nos alerta para o fato de que o professor deve
sempre estar precavido contra visões fantasiosas e ilusórias da realidade educacional, motivo
pelo qual cita BETTI (1991:167), para quem:
Para esse autor, o PCTP, apresenta-se como uma perspectiva de planejamento escolar
na/para Educação Física escolar, na qual a ação política, teleológica, transformadora, teorizada
a partir do concreto, são bases de sustentação para uma prática pedagógica da área com fins
explicitamente democráticos e qualitativos, cuja ação de planejar torna-se uma prática político-
educativa (MUÑOZ PALAFOX e colaboradores, 2000) (SILVA, 2004, p. 79).
Baseados numa abordagem crítica de Planejamento de Ensino (MUÑOZ PALAFOX, 2004),
em 1993 foi iniciado um trabalho de pesquisa/assessoria pedagógica junto aos professores de
Educação Física da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia -
ESEBA/UFU e da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia - RME/UDI, Minas Gerais, em
busca da elaboração de um projeto político-pedagógico coletivo fundamentado no princípio da
formação continuada de educadores.
Orientados pela discussão coletiva, no contexto do PCTP foi definido que o planejamento
coletivo seria caracterizado como um ato de construção e reconstrução permanente daquilo
que denominamos didaticamente de realidade intencionalizada no pensamento e na escrita,
cuja finalidade é fornecer subsídios teóricos e práticos para agir estrategicamente na realidade
vivida, tendo em vista a sua transformação (MUNOZ PALAFOX, 2001 p.176).
Não sendo nossa pretensão, neste momento, descrever e avaliar criticamente a experiência
de trabalho coletivo junto aos professores de Educação Física Escolar do município, a qual
pode ser encontrada nas teses de doutorado de Muñoz Palafox (2001), Terra (2004) e na
dissertações de mestrado de Andrade (1999) e Amaral (2003), nosso objetivo limita-se, neste
trabalho, a enunciar as principais diretrizes, conceitos e procedimentos sistematizados
coletivamente no PCTP/EF a partir da reflexão crítica da realidade vivida e do estudo das
bases teóricas que fundamentam a prática do planejamento e da ação pedagógica crítica no
contexto da Educação Física Escolar.
Criar espaços de reflexão permanente entre os/as educadores/as para estudar e avaliar tanto
as conjunturas nacional e regional bem como dos problemas da cidade, para não restringir o
planejamento coletivo ao estudo dos componentes técnico-práticos, psicológicos e sócio-
políticos da Educação. Isto, devido ao fato de que a prática pedagógica é uma totalidade
abrangente, que deve integrar esses componentes e outros, como o conhecimento da
realidade, a observação, a verificação e a reflexão epistemológica para tratamento do
conhecimento da Cultura, incluídas aqui, a Ciência e a Filosofia (SARUP, 1986; GIROUX,
1986).
Construir uma Proposta Curricular de Ensino, cuja função é reorientar os/as professores/as no
que diz respeito às políticas cultural e identitária da área. Em Uberlândia, essa proposta
recebeu o nome de Diretrizes Curriculares de Ensino - DCE, por conter, dentre outros
assuntos, um guia referencial sobre a realidade social e o saber escolar que pode ser
trabalhado no cotidiano escolar, na perspectiva de ensino adotada11.
No que diz respeito a este procedimento, torna-se importante ressaltar que, durante o
trabalho desenvolvido com os/as educadores/as envolvidos/as no processo entre 1996 e 1998
(MUÑOZ PALAFOX, 2001) tornou-se consensual a idéia de admitir que, para além dos
diversos sentidos/significados atribuídos na teoria à palavra metodologia, esta tem significado,
basicamente, o ato de identificar objetivos de ensino (geralmente estabelecidos12), seguidos
da busca de alguma proposta de aula previamente estruturada numa sucessão de
operações/atividades para, em seguida, adequá-la e reproduzi-la na sala de aula. Isto, com a
finalidade de alcançar o(s) objetivo(s) pretendido(s), independentemente da abordagem
pedagógica que, na perspectiva do professor, encontra-se subjacente a sua prática docente13.
Percebido esse "viés", a busca de sua superação tem implicado no PCTP/EF a necessidade
de estabelecer alguns "acordos conceituais" entre os/as professores/as, como procedimento
inicial necessário para a construção, implementação e avaliação coletiva de Estratégias de
Ensino:
Método/Metodologia: Caminho a ser seguido num sentido amplo. Relacionado a um
determinado pensamento lógico (indutivo/dedutivo) ou a uma corrente epistemológica
(positivista, dialética, fenomenológica, etc.);
Torna-se importante destacar que o momento de orientação para sistematizar por escrito as
ações previstas numa Estratégia de Ensino criada e vivenciada por um ou vários professores,
representa, em nossa opinião, uma das atividades mais interessantes do PCTP/EF. De acordo
com o nível de compreensão que cada professor alcança em relação às Diretrizes Básicas de
Ensino propostas, são observadas diferenças nos procedimentos adotados para elaborar e
implementar Estratégias de Ensino. Por exemplo, há quem opta por registrar as ações da
Estratégia, primeiro, para depois experimentá-las. Outros/as preferem descrever os objetivos,
seguido da construção de um esquema básico de atividades. Por esses motivos, foi surgindo a
idéia da criação do SA e da UAP.
Pela função atribuída aos IMC, esses instrumentos vêm sendo criados, testados e
reformulados continuamente até conseguir, pela via do acordo coletivo, a definição de formatos
capazes de satisfazer as suas finalidades.
Notas:
Para maior compreensão sobre o termo utilizado, leia-se o artigo de Dermeval Saviani "A
pedagogia histórico-crítica e a Educação Escolar". In: Pensando a Educação, São Paulo,
UNESP, p.23-33, 1989.
Na atualidade, alguns expositores da filosofia contemporânea defendem a idéia de não utilizar
mais o referencial que oferece o estudo da realidade no contexto das correntes idealistas e
materialistas da história, por entender que este tipo de leitura, apresenta um caráter
dicotomizado associado à lógica da racionalidade instrumental. Entretanto, consideramos que
este tipo de análise, reflete, no nosso entendimento, um forte desconhecimento sobre o
sentido/atribuído a estas correntes por Marx e Engels, principalmente no que diz respeito às
noções de idealismo e materialismo. Noções estas que, longe de serem antagônicas ou
dicotomizadas, são dialeticamente complementares. Somente para ilustrar, ao tratar do que
Marx e Engels consideram o problema cardeal de toda filosofia, estes fizeram uma divisão dos
filósofos entre idealistas e materialistas, a partir da idéia que Marx expôs no Posfácio da
segunda edição alemã de O Capital: "Los filósofos se dividían en dos grandes campos, según
la contestación que diesen a esta pregunta. Los que afirmaban el carácter primario do espíritu
frente a la naturaleza, y por tanto admitían, en última instancia, una creación del mundo bajo
una u otra forma (y en muchos filósofos, por ejemplo en Hegel, la génesis es bastante más
embrollada e imposible que en la religión cristiana), formaba en el campo del idealismo. Los
otros, los que reputaban la naturaleza como lo primario, figuran en las diversas escuelas de
materialismo" (Engels, F. Ludwig Feuerbach y el fin de la filosofia clasica alemana. . Acesso em
19/11/2004).
Bracht et al (1992) representam um grupo de autores que, na área da Educação Física, são
mais conhecidos como "Coletivo de Autores". Geralmente essa terminologia é a referência
utilizada para o livro "Metodologia do ensino da Educação Física" (Cortez: São Paulo, 1992).
As razões são muitas e diversas. Vão desde a pressão do contexto cultural e do imaginário
social da EF, que persiste e é reforçado pelos meios de comunicação de massa, até o fato de
que a formação dos atuais professores de EF ocorreu em cursos de graduação cujo currículo
ainda fora inspirado no referido paradigma, passando pelo fato de que as pedagogias
progressistas em EF ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento (BRACHT, 2007).
A questão da identidade da Educação Física é tão ampla hoje, que podem ser encontrados na
literatura inúmeras denominações com os seus respectivos princípios e fundamentos, tais
como: Educação Física/Ciência do Movimento Humano; Ciência da Motricidade Humana;
Ciência das Atividades Corporais; Ciência do Treino Corporal; Ciências do Esporte; Educação
Física como Arte da Mediação; Educação Física como uma Filosofia das Atividades Corporais;
Educação Física enquanto Pedagogia dentro de um Projeto Antropológico; Educação Física
enquanto Campo Acadêmico e de Vivências Sociais; Educação Física enquanto campo da
Cultura Corporal cujo objeto de estudo no interior da escola é a expressão corporal como
linguagem etc.
Um exemplo dessa situação foi identificado em 1994, no momento em que foi utilizado, no
contexto do PCTP/Uberlândia, o livro que trata da abordagem Crítico-Superadora da Educação
Física (BRACHT et al, 1992). Depois de analisar um determinado objetivo de ensino, a
tendência dos/as professores/as era procurar viabilizá-lo, encaminhando-se a um capítulo
encontrado no final do livro, que propõe como estruturar uma aula de Educação Física (p.87-
91). Depois de analisada criticamente essa proposta, observamos que a mesma apresentava
uma semelhança estrutural muito grande com a dinâmica construtivista de ensino orientada
para a estimulação do "conhecimento físico" no contexto da Educação Infantil (KAMII e
DEVRIES, 1985, p.63-7).
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