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Art.

11 As Zonas de Usos da área urbana e de expansão urbana do Distrito Sede do Município são
divididas em:
- ZONA 01 - PREDOMINÂNCIA COMERCIAL
- ZONA 02 - PREDOMINÂNCIA RESIDENCIAL
- ZONA 03 - PREDOMINÂNCIA RESIDENCIAL
- ZONA 04 - PREDOMINÂNCIA RESIDENCIAL
- ZONA 05 - PREDOMINÂNCIA RESIDENCIAL
- ZONA 06 - CONCENTRAÇÃO LINEAR DE USOS MÚLTIPLOS
- ZONA 07 - PREDOMINÂNCIA COMERCIAL
- ZONA 08 - CIS TOMBA - PREDOMINÂNCIA INDUSTRIAL
- ZONA 09 - CIS BR-324 - PREDOMINÂNCIA INDUSTRIAL
- ZONA 10 - CIS BR-116 NORTE - PREDOMINÂNCIA INDUSTRIAL
- ZONA DE EXPANSÃO URBANA
Art. 12 A institucionalização de uma ASRE se dará através de lei acompanhada de projeto urbanístico
que conterá o regime próprio para o ordenamento do uso e da ocupação do solo, prevalecendo este
regime sobre a Zona de Uso em que a área se situar.
Art. 13 As Áreas Especiais são aquelas discriminadas na Lei do Plano.
O zoneamento e o Plano Diretor são formas de colocar o crescimento de uma cidade em ordem,
melhorando o funcionamento da mesma como um todo de forma que beneficie a população, da
melhor forma possível.
Os Zoneamentos de Feira não são bem planejados já que a maioria residencial acaba sendo longe dos
comércios, assim dificultando a caminhabilidade e indo contra os princípios urbanísticos, as zonas
mistas (de usos múltiplos como a 06) seriam melhores nesse quesito. As áreas de predominância
mantidas seriam apenas as indústrias e de expansão urbana.
O comercio trás mais movimento as localidades e assim aumentando a segurança dos morados locais,
diferente de áreas apenas residenciais que costumam ser desérticas (sem pessoas nas ruas) quase o
dia todo, comprovando um maior índice de violência. Uma proposta atual é fachadas ativas em
condomínios, por exemplo.
Algo interessante também a ser pensado para a cidade é que no Zoneamento de São Paulo as divisões
são mais especificas como por exemplo Zona Mista Ambiental, Zona Mista de Interesse Social, Zona
de Preservação e Desenvolvimento Sustentável.
https://blog.grupozap.com/o-que-e-o-zoneamento-e-como-funciona/
http://documentacao.saopaulo.sp.leg.br/iah/fulltext/leis/L16402.pdf
Art. 14 No exame e aprovação dos projetos de empreendimentos e realização de atividades aplicam-
se restrições zonais relativas às:
I – Zonas de Usos constantes do Anexo 4;
II – Áreas Sujeitas a Regime Específico (ASRE);
III – Áreas Especiais (AE).
O anexo 4 especifica e explica como calcula os índices para execução do projeto em cada uma das
zonas especificas (indicando onde estas ficam) em Feira de Santana. Projetos só devem ser aprovados
na prefeitura se seguirem tais diretrizes, mas o que é visto é a falta de fiscalização dessas obras, como
exemplo a entrada de um projeto que em execução é feito diferente quebrando essas leis. Um
exemplo é a passarela do colégio Helyos que antes de ter o projeto aprovado já foi construída.
Como manda a lei foi impedida de ser utilizada e embargada pela prefeitura mas isso nem sempre
acontece. Os bairros menos favorecidos por exemplo, em maior parte, é com construções
irregulares não seguindo recuos mínimos, sendo uma grudada na outra, e nem possuindo área
permeável.

Art. 15 Na Zona 02 e Zona 05, deverão ser observadas as restrições desta Lei e da Lei de
Zoneamento do Aeroporto, Lei Municipal nº 073/2013.
As Zonas próximas ao Aeroporto possuem outras leis, como a Lei Complementar 73 2013, que
especifica distanciamentos em:
I - ÁREA 1 - composta pela área de cento e trinta e sete metros e cinquenta centímetros (137,50m) de
cada lateral da pista prolongando até setecentos e dez metros (710,00m) de cada cabeceira e, por
estar mais próxima à pista, resulta num ruído mais intenso, podendo causar sérios problemas de
incômodo conforme o tempo de exposição;
II - ÁREA 2 - composta pela área de trezentos e quarenta metros (340,00m) de cada lateral da pista
prolongando até quatrocentos e noventa metros (490,00m) de cada cabeceira, excluindo a Área I e,
por estar numa faixa intermediária, o ruído e o incômodo são menores, tornando possível a instalação
de algumas atividades, mas restringindo a implantação daquelas ligadas à saúde, educação e cultura;
III - ÁREA 3 - composta pela área com distância superior ao limite da área II e, por estar numa região
mais afastada da pista, não são registrados níveis de incômodo mais significativo e, portanto, não são
estabelecidas restrições ao seu uso.
Uma forma de proteção do Aeroporto, com espaço para as pistas e mantendo o conforto das pessoas
que frequentem os espaços próximos sejam eles industrias, comerciais, residenciais, e etc.
Como é visto quase não tem utilização da área próxima ou ao redor do local, atualmente, levando a
pensar que talvez fosse preciso uma modificação para trazer mais movimento a essa área de Feira,
proporcionando um aumento da utilização do aeroporto.
Art. 16 O sistema viário urbano da cidade de Feira de Santana, compreende a seguinte hierarquia:
I - RODOVIAS (R);
II - VIA EXPRESSA (VEX);
III - VIA ARTERIAL (VA);
IV - VIA COLETORA (VC);
V - VIA LOCAL (VL);
VI - VIA MARGINAL (VM);
VII - VIA DE PEDESTRES (VP);
VIII - VIA EXCLUSIVA (VE);
IX - CICLOVIAS (C);
X - CICLOFAIXAS (CF).
A divisão do sistema viário é boa, porém em pratica a cidade tem algumas deficiências como a pouca
quantidade de ciclovias e ciclofaixas. Atualmente a um projeto para as avenidas Josias Ribeiro,
Universitária, Rubens Francisco e Francisco Fagundes Filho, serem todas interligadas na região do
Papagaio com quase 5 km de ciclovias.
A extensão da avenida Fraga Maia, recentemente entregue para o tráfego, já tem 800 metros de
ciclovia. Agora, a parte mais antiga da via, com cerca de 2km, também será contemplada.
A licitação para uma ciclovia na avenida Nóide Cerqueira também já está autorizada e praticamente
pronta. Ela terá um total de 7,5 km e, numa primeira fase, serão construídos logo mais da metade, ou
4 km.
Este projeto vai melhorar bastante não apenas na parte urbanista da cidade, mas a sustentável com a
possibilidade maior de pessoas utilizando bicicletas em vez de carros. Podendo ser futuramente
ampliado para outras vias como por exemplo as do centro.
https://www.feiradesantana.ba.gov.br/servicos.asp?titulo=Feira%20ganha%20ciclovias%20em%20v
%E1rias%20avenidas&id=12&link=secom/noticias.asp&idn=26300#:~:text=Seis%20avenidas%20de%
20Feira%20de,Feira%20de%20Santana%20(Uefs).
Art. 17 A Prefeitura articulará o exercício de seu poder de Polícia Administrativa para o
ordenamento do uso e da ocupação do solo com o exercício das competências correspondentes nos
demais níveis de governo.
Parágrafo único – Para cumprimento do disposto neste artigo é facultado ao Executivo Municipal:
I - requisitar às administrações Estadual e Federal as diretrizes e orientações que se relacionem com
o ordenamento do uso e da ocupação do solo;
II - assumir, por delegação estadual ou federal, competências para fiscalização do ordenamento do
uso e da ocupação do solo de responsabilidade da União ou do Estado na área do Município.
Feira de Santana possui uma péssima ocupação do solo, isso também devido ao mau zoneamento,
mantendo moradias longe dos centros comerciais e sem quase áreas de lazer. A reutilização de
espaços vazios como o Centro Cultural Cultura Amélio Amorim ou o Amayo Apart Hotel, construções
abandonas e inutilizadas que apenas ocupam espaço na cidade onde poderia haver um projeto para
um local de utilização público.

O controle do uso e ocupação do solo é muito importante também para a qualificação ambiental. É
necessário o incentivo de um desenvolvimento possibilitando a aplicação de um ordenamento
territorial mais coerente e bem aproveitado pela população, melhorando a qualidade de vida de vida
e integrando a sociedade.
"Quase que invariavelmente a ocupação dos vazios subtrai definitivamente os espaços da cidade.
Acho que deveríamos ir noutra direção, de manutenção e construção de um novo significado para
estes espaços", diz o professor da FAU.
A mesma ideia de aproveitar os vazios da cidade é defendida pelo arquiteto Fernando Viégas. "A ideia
não é pegar o vazio e preencher. Isso gera uma perda. É preciso repensar e qualificar o vazio",
afirma Viégas.
Os espaços vazios em Feira de Santana poderiam ser mais bem aproveitados como área pública, já
que a cidade carece de áreas de lazer.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2511200703.htm
file:///C:/Users/RAFAEL/Downloads/24807-Texto%20do%20artigo-82366-1-10-20191209.pdf
Art. 18 Todos os projetos de empreendimentos que configurem o uso e a ocupação do solo serão
obrigatoriamente submetidos ao exame do órgão competente da Prefeitura para fins de expedição
de Alvará.
Parágrafo único – A execução de obras de construção e exercício de atividades, de iniciativa pública
ou privada, somente poderão ser executadas e realizadas após Alvará expedido pelo Órgão
competente da Prefeitura, de acordo com as exigências contidas nesta lei, no Código de Obras e
mediante a assunção de responsabilidade por profissional legalmente habilitado.
Art. 19 Todos os projetos de empreendimentos que configurem o uso e a ocupação do solo em suas
diversas categorias e subcategorias estarão sujeitos às obrigações para análise constantes no Anexo
5.
§ 1º - Faculta-se a não exigência de apresentação de escritura para lotes inferiores a 100,00m2 (cem
metros quadrados) para construção de empreendimentos de edificação.
§ 2º - Na ocorrência do estabelecido no § 1º deste artigo o requerente apresentará:
a) autorização do proprietário do lote para que terceiros nele construa, tratando-se de propriedade
particular legalmente constituída;
b) certificação, por Órgão público municipal competente, de não se tratar de lote em área pública;
c) quando couber, a certidão de direito real de uso ou outro documento de fé pública.
Art. 20 A aprovação dos projetos de empreendimentos nos termos desta lei não caracteriza a
dispensa das exigências estabelecidas no Código de Obras e legislação específica.
Parágrafo único – A aplicação do Código de Obras será efetivada após o exame do empreendimento
nos termos desta lei.
De acordo com o Código de Obras do Município (Lei 9281/2017), toda e qualquer obra, particular ou
pública, só pode ser iniciada após licença ou autorização da Prefeitura, mas muitas obras sequer
chegam a essa aprovação (como exemplo dos bairros marginalizados), o ideal seria uma fiscalização e
uma melhora na disponibilidade por exemplo de arquitetos e engenheiros para essas pessoas, pois
não só essas construções irregulares prejudicam a cidade como um todo mas as pessoas que as
utilizam por não ser adequadas.
A Lei 11.888/2008, projeto original de autoria dos arquitetos, institui a Assistência Técnica e
regulamenta o acesso gratuito de todas as famílias com renda de até 3 salários mínimos aos serviços
profissionais de arquitetura para a construção, reforma e ampliação de suas residências. A maioria
das pessoas porem sequer sabem que está lei existe.
Os dados revelam que 85% dos brasileiros constroem sem a supervisão de um engenheiro civil ou de
um arquiteto. A multa para quem descumprir as normas varia de acordo a irregularidade de cada
construção.
http://www.sucom.ba.gov.br/noticias/obras-irregulares-resultam-em-927-acoes-fiscais-pela-
prefeitura/
https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/sem-fiscalizacao-habitacoes-irregulares-
crescem-no-brasil/
https://www.caupr.gov.br/wp-content/uploads/2019/01/manual-para-implantacao-da-assistencia-
tecnica-publica-e-gratuiata.pdf
Da pagina 122 até 124 (parâmetros urbanísticos e zoneamento)
Zona 9 e 10 tem predominância industrial, apesar de possuir também construções residenciais (o que
não deveria ser permitido devido a distanciamento necessário). O índice de ocupação industrial é
muito mais alto do que a maioria sendo de 80% do terreno, o que não condiz com área permeável que
deve ser de 30% do terreno, levando a uma brecha na lei. Já na Zona de Expansão Urbana as industrias
perdem 10% do índice de ocupação e 10% a mais na área permeável.
Para um projeto ser aceito na Prefeitura precisa estar seguindo tais especificações pré-definidas pelo
plano diretor de Feira, assim como manda o Estatuto das Cidades. Analisando a cidade como um todo
a um grande problema nas partes de áreas verdes, casas as vezes tem uma porcentagem maior do
que um comercio ou indústria que são normalmente ocupados em terrenos maiores, o que leva a uma
péssima drenagem na cidade que não tem um bom plano de escoamento, isso é visto já que toda vez
que chove várias ruas ficam alagadas.
Isso também acontece devido a cidade já ter sido cheia de lagoas que foram 50% destruídas e
aterradas para tomar espaço para construções quando deveria haver um distanciamento de pelo
menos 30 metros e manter preservação desses espaços. Não seguindo os princípios do urbanismo
sustentável. O recomendável seria uma nova análise das porcentagens para não haver brechas e
talvez um aumento das áreas verdes ou uma melhora no sistema de escoamento da cidade (que seria
mais caro).
O fato de também ser permitido construções residenciais próxima a locais de indústria também
prejudica a vida da população feirense.
Uma diferença gritante é a organização desses dados comparados por exemplo com a Lei Nº 16.402,
2016 de São Paulo

http://documentacao.saopaulo.sp.leg.br/iah/fulltext/leis/L16402.pdf
Da pagina 136 até 140 (anexo 6 - critérios para regulamentação das áreas sujeitas a regime
específico)
Ás áreas naturais são passíveis de proteção por suas características especiais. São “espaços territoriais
e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,
legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob
regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”
As áreas de preservação em Feira já são escassas, devido a destruição da maioria das lagoas em
aterros, mesmo tendo uma lei protegendo atualmente isso não tira o que já foi feito e muito menos
protege as poucas nascentes, lagoas e rios que ainda existem. Por exemplo: O parque da lagoa, parque
da lagoa grande, parque da lagoa salgada, o parque da cidade, utilizados para lazer (o que é até
recomendável e positivo) mas também como áreas de preservação muitas vezes deixados sem
manutenção ou fiscalização, abandonados fazem com que as pessoas não queiram frequentar (estes
que acabam se tornando até perigosos devido à falta de segurança) o local tirando todo o significado
que deveria ter.
Como uma forma sustentável, seria ideal que esses locais fossem ressignificados, com novos projetos
para uma melhora da atratividade local criando espaços de lazer melhores para a população a ainda
mantendo as áreas preservadas, quando mais pessoas frequentam esses locais mais é necessário
segurança e assim não os mantendo abandonados, além de uma melhora da qualidade de vida local
e até mesmo tornando a área mais bem vista economicamente.
Atualmente apenas a investimentos previstos para a lagoa grande, mas que ainda não foram
executados, e o novo Parque Linear do Papagaio está sendo construído numa área declarada de
utilidade pública pela Prefeitura com quase cem mil metros quadrados, que além de opção de lazer,
vai possibilitar o desenvolvimento de atividades ambientais e educativas, bem como assegurar a vida
útil do manancial, recuperando uma área degradada da Bacia do Pojuca.
https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27099-o-que-sao-unidades-de-conservacao/
https://www.feiradesantana.ba.gov.br/servicos.asp?titulo=Parque%20Linear:%20Est%E1%20nascen
do%20um%20novo%20local%20para%20o%20lazer%20em%20Feira%20de%20Santana&id=12&link
=secom/noticias.asp&idn=26071
Da pagina 142 até 151 (anexo 8 - transferência do direito de construir / anexo 9 - operações
urbanas consorciadas / anexo 10 - hierarquização do sistema viário do município)

A Transferência do Direito de Construir confere ao proprietário de um lote a possibilidade de exercer


seu potencial construtivo em outro lote, ou de vendê-lo a outro proprietário. Deve ser utilizada,
portanto, em áreas que o Poder Público tenha, por qualquer motivo, interesse em manter com baixa
densidade. Obviamente, as áreas que podem receber o potencial construtivo devem ser aquelas em
que a densificação seja desejável ou, ao menos, tolerável.
O Estatuto da Cidade, no seu artigo 35 estabelece que esse instrumento pode ser utilizado em áreas
que o Poder Público considere necessárias para:
1. implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
2. preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico,
social ou cultural;
3. servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda e habitação de interesse social.
Um exemplo são aquelas áreas que, por imposição da necessidade de preservação ambiental ou do
Patrimônio Histórico, devem ter seu potencial construtivo limitado. Nesses casos, a Transferência do
Direito de Construir atua como um fator de amenização da pressão imobiliária nos terrenos,
diminuindo a pressão pela sua ocupação.

Dessa forma, proprietários de imóveis tombados que estão localizados em zonas com potencial
construtivo muito maior que o efetivamente utilizado poderão transferir a diferença para outro lote,
minimizando ou mesmo anulando as perdas financeiras. A intenção é evitar que o proprietário deixe
de fazer as manutenções necessárias à edificação e de dificultar o trabalho de preservação, por estar
insatisfeito com as possibilidades de ganhos financeiros com o seu imóvel. Dessa forma, ele pode
vender o potencial construtivo sobre o qual ele teria o direito, caso a edificação fosse comum, sem
interesse histórico.
É importante que essa transferência seja feita sob certos critérios. A Resolução 34 do Conselho das
Cidades estabelece no seu artigo 1º, inciso IV, que os instrumentos do Estatuto da Cidade devem estar
vinculados aos objetivos e estratégias do plano. Portanto, a aplicação do instrumento deve estar de
acordo com as estratégias mais amplas definidas para a cidade e para o Município como um todo.
https://urbanidades.arq.br/2008/06/29/transferencia-do-direito-de-
construir/#:~:text=A%20Transfer%C3%AAncia%20do%20Direito%20de,em%20manter%20com%20b
aixa%20densidade.
Operações urbanas consorciadas são intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do Poder
Público e envolvendo a iniciativa privada, os moradores e os usuários do local, buscando alcançar
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental.
Nesse instrumento, o Poder Público deve delimitar uma área e elaborar um plano de ocupação, no
qual estejam previstos aspectos tais como a implementação de infraestrutura, a nova distribuição de
usos, as densidades permitidas, os padrões de acessibilidade, etc.
As operações urbanas possuem grande potencial de qualificação espacial para as cidades, na medida
em que permitem tratamento quase arquitetônico dos espaços urbanos. Tal tratamento é dificilmente
obtido apenas pelo Plano Diretor e pelo zoneamento, principalmente em cidades grandes. A
necessidade de manter o plano inteligível obriga a adoção de parâmetros generalizantes para as
diversas zonas, que não podem responder às situações especiais que, certamente, fazem parte do
tecido. Através das Operações Urbanas, essas situações podem ser definidas e trabalhadas
individualmente, com maior nível de detalhamento que no Plano Diretor.
Nessa operação, a grande moeda de troca do Poder Público é a concessão de aumento do Coeficiente
de Aproveitamento ou de modificação dos usos permitidos para o local. Dessa forma, essas regalias
podem ser concedidas aos proprietários privados em troca de uma contrapartida, que pode ser
financeira ou de outra natureza (criação de espaços públicos ou habitação de interesse social, por
exemplo).
Outra possibilidade é realizar o Ajuste de Terras juntamente com a Operação Urbana, possibilitando
uma melhor distribuição das parcelas fundiárias, do sistema viário e dos espaços públicos.
De acordo com o Estatuto da Cidade (art. 33), a lei específica que aprovar a operação urbana
consorciada deve conter no mínimo:
 definição da área a ser atingida;
 programa básico de ocupação da área;
 programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela
operação;
 finalidades da operação;
 contrapartida a ser prestada pelos beneficiados;
 forma de controle da operação.
As Operações Urbanas podem acontecer em qualquer localização dentro do Município. É necessário
atenção, entretanto, para garantir que os benefícios advindos da aplicação desse instrumento sejam
distribuídos de forma justa pelos diversos setores da sociedade. Nesse sentido, alguns fatores podem
trazer dificuldades. Em primeiro lugar, a exigência constante no Estatuto de que os investimentos dos
recursos obtidos em uma operação urbana sejam feitos dentro da área definida para a operação.
Outro fator é que a iniciativa privada só tende a se interessar pela operação urbana em áreas já
atrativas do ponto de vista do capital imobiliário e que, portanto, não deveriam ser priorizadas pelo
Poder Público para reurbanização.
https://urbanidades.arq.br/2008/08/04/operacoes-urbanas-consorciadas-uma-
introducao/#:~:text=Opera%C3%A7%C3%B5es%20urbanas%20consorciadas%20s%C3%A3o%20inter
ven%C3%A7%C3%B5es,melhorias%20sociais%20e%20valoriza%C3%A7%C3%A3o%20ambiental.

A forma urbana de Feira de Santana moldou-se inicialmente em função da ampliação da malha viária,
seja pela ação de empreendimentos imobiliários próximos das vias principais ou pelo prolongamento
das mesmas. Todos os elementos ligados à mobilidade ou infraestrutura acabam por partir do centro
para as extremidades de forma radial e alternada e promovem a ampliação para áreas periféricas.
A existência de dois fixos do sistema viário localizados no centro da cidade, o Terminal Rodoviário e o
Terminal Central, são exemplos de infraestrutura urbana da mobilidade que expande na direção dos
terminais de transporte coletivo em áreas periféricas no norte e no sul.
A malha viária de Feira de Santana mescla-se entre padrões retangulares, quando esses seguem
parcelamentos antigos, e irregulares, por adotarem as principais vias e parcelamentos “naturais”.
Feira de Santana também pode ser caracterizada como anel radial, não só por ser uma cidade que se
enquadra na definição de uma “Rodópolis” ou por possuir uma avenida conhecida como “Anel de
Contorno”, mas pela presença de elementos históricos em seus planos. No PDLI de 1968 e na revisão
de 1990 existia um projeto para a malha viária com a implantação de um anel viário menor, interno a
Av. Fróes da Mota, e já no atual PDDU de 2018 existe o projeto de criação de uma segundo anel,
externo a Av. Fróes da Mota.
Independente de qual seja a forma urbana de Feira de Santana, é nítida a influência que as vias sofrem
e ao mesmo tempo exercem sobre ela. O conjunto de elementos modeladores do espaço, no que se
refere a especulação imobiliária, avanço industrial e crescimento comercial, é um fator que
complementa e é complementado pela malha viária.
Percebe-se que a extensão do espaço urbano de Feira de Santana foi e é influenciada por diversos
elementos, alguns mais predominantes que outros, com é o caso da especulação imobiliária. Esse, por
sua vez, “planeja” espaços que promovem uma malha viária isolada do sistema geral e cria “ilhas
viárias” que se conectam diretamente a vias principais, as quais ligam-se às vias coletoras ou arteriais,
que promovem a inserção de grandes fluxos em fixos não proporcionais.
Nota-se que o município de Feira de Santana possuía mais de um modal para transporte de pessoas e
cargas, característica que permite maior flexibilidade, quando esse propicia possibilidades diferentes
de mobilidade em fluxos distintos, promove o deslocamento de passageiros em vias distintas e deixa
o trânsito mais fluido.
Destaca-se que o município em seu sistema coletivo de transporte passou de uma frota de kombis
para ônibus e não adotou os antigos bondes, presentes nas grandes capitais, que no passado eram o
auge da modernização, pela hibridização das vias. Outro elemento moderno e atual, que articula vias
e trilhos ou pelo menos os colocam em paralelo ou sobrepostos, é o metrô, seja ele subterrâneo ou
de superfície, que atua principalmente na integração de áreas metropolitanas. Contudo, o mesmo não
se faz presente nos planos para o município, mesmo depois de se tornar uma região metropolitana.
https://www.agbbauru.org.br/publicacoes/revista/anoXXV_1/agb_xxv_1_web/agb_xxv_1-19.pdf

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