Você está na página 1de 5

c 



           
 
 


Publicidade

Compreendido o tema, não passaremos, de pronto, ao rascunho. Eis um erro


muito comum: os alunos não simpatizam com os esquemas. Acham que o tempo é
exíguo e atiram-se, a esmo, ao trabalho da redação. O fato é que, dispensando o
esquema, perdem, no rascunho, os minutos que pensavam economizar . O que
sucede? As idéias vêm vindo desordenadas, contraditórias. Atrapalhados, eles
rabiscam, apagam, voltam a escrever o que riscaram... É como se estivessem
dirigindo num desses dias de trânsito congestionado: querem correr e não saem
do lugar. Qual seria a causa desse "espaçamento"? Única e exclusivamente a falta
de esquema.

Quando principiamos uma redação, temos de traçar uma diretriz, haveremos de


tomar um partido. Se o assunto é "divórcio", obriga -nos a uma definição: seremos
divorcistas, ou, então antidivorcistas? Qual tese defenderemos? O esquema é um
mapa. O esquema é um guia. Não haverá lugar para desvios ou retrocessos se
tivermos, anteriormente traçado o nosso roteiro. O esquema exigirá, talvez, uns
dez minutos. Porém, esses minutos são importantíssimos. Eles nos trarão a idéia
básica, alinharão os argumentos contrários e favoráveis, darão os conceitos
introdutórios. Nosso trabalho, daí em diante, será vestir, com as roupagens da
frase, aquilo que o esquema registrou. Esquematizar é planejar. É caminhar de
olhos abertos. É saber o terreno que se pisa. É dar à redação um destino, um
sentido, um fim.

     

Todo esquema deve conter três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.


No local destinado ao rascunho o aluno representá -los-á pelas letras 
 e 
respectivamente. Se escrevesse introdução, desenvolvimento e conclusão, já
estaria despendendo tem po precioso.

      


Não se impressione os alunos se suas idéias custam a chegar. É natural que, no
início, fiquemos um tanto vazios. Idéias não caem do céu. À medida que fomos
meditando, elas irão aparecendo, ainda que desordenadament e. Não nos
esqueçamos de que esse é um momento de concentração absoluta. Imaginação,
sensibilidade, inteligência, memória, todas as faculdades, enfim, devem estar
despertas na procura penosa das idéias.

c    

O esquema deve ser breve. Caso contrário, perderá sua finalidade. Evitem -se as
minúcias, as divisões e subdivisões. O aluno não esgotará o tempo de exame,
fazendo esquema. Com cinco palavras apenas, pode -se reunir material para uma
boa redação.

        

As idéias vão surgindo sem ordem, sem critério. O aluno começara a registrá -la na
introdução (a), no desenvolvimento (b), ou na conclusão (c), com palavras
sintéticas e abreviadas. Suponha -se que o tema seja "coexistência pacífica".
Diversas idéias afloram à mente do aluno do aluno. Uma delas poderia ser a
seguinte: "as nações destinam a maior parte da sua receita à corrida
armamentista... Quantos males já poderia ter sido debelados da face da terra se
tais verbas tivessem sido empregadas no combate ao câncer, n a erradicação da
malária..." Se esta idéia não for imediatamente registrada, poderá ser esquecida.
Que devemos fazer? Basta que coloquemos no desenvolvimento do esquema a
palavra "arma". É suficiente para que posteriormente, no rascunho, se desenvolva
a idéia. Um esboço feito dessa maneira não tomará mais de uns dez minutos. Se
acharmos uma comparação expressiva ou uma imagem bonita, não deixemos
escapar. Talvez seja essa a imagem, seja essa a comparação que mais agradará
ao examinador.

O esquema não é rígido. É pessoal, e cada um o executa de maneira que achar


mais conveniente Poderemos, pode exemplo, abreviar as palavras, a fim de
poupar tempo. Assim escreveremos "destr." (destruição), interc. (intercâmbio) etc.

    

Se houver sobra de idéias, depois de registradas, deve o aluno selecionar as


melhores. Lembre-se ele de que não vai escrever um ensaio ou um tratado e, sim,
uma redação escolar. Deverá eliminar, portanto, aquelas desnecessárias, aquelas
ridículas ou infantis. Deverão sobrar ape nas alguns conceitos fundamentais e
alguns outros subsidiários, o necessário, enfim, para cumprir o limite exigo de
linhas.

°     

Já vimos que as idéias chegam desconexas, desordenadas. É natural, portanto,


que o aluno coloque na conclusão c onceitos ou fatos que, talvez, coubessem
melhor no desenvolvimento ou na introdução. Cumpre, antes de iniciar o rascunho,
ordenar as idéias de modo que as partes da redação conservem sua
autenticidade. A maneira mais fácil será numerar as idéias de acordo com sua
ordem, a fim de que não percamos tempo na montagem de um novo esquema
definitivo. O esquema é um roteiro e a redação deve caminhar progressivamente.
Um esquema ordenado, definido, não levará o aluno a retrocessos.

c    

 !"#$%  

1. A família é importante para a sociedade e a Pátria

2. Os padrões morais cultivados pela família

3. A família unida = conseqüências benéficas para os filhos.

4. A desunião é prejudicial aos filhos.

5. O divórcio em outros países = Estados Unidos

6. Apoio a todas as medidas de fortalecimento da família.

7. Deveria haver divórcio aplicável aos casos de extrema incompatibilidade.

8. Mais respeito à família = engrandecimento da Pátria.

c 

 importância

 padrões - união - desunião - divórcio - USA - fortalecimento ± extremos


 respeito - engrandecimento

As idéias que me viera à mente foram aquelas numeradas de 1 a 8 . Registrei-as


em um esquema de modo que fosse meu guia. Apenas 10 palavras me foram
suficientes, conforme se pode observar. As palavras registradas lembram -se as
idéias. Se assim não fosse, inútil seria o esquema. Se tivéssemos sido menos
sintéticos, ainda assim não teríamos perdido mais que uns dez minutos. A redação
começa com alguns digressões em torno da importância da família, fixando -a
como base da sociedade e da Pátria (introdução).

De passagem para o desenvolvimento, o autor enumera alguns padrões morais


cultivados pela família (amor, fraternidade; honestidade, respeito, etc.) para provar
que uma família unida só pode beneficiar os filhos e que a desunião é calamitosa
para eles e para a sociedade. O autor tece algumas considerações em relação ao
divórcio. Condena a indústria de divórcios que caracteriza certos países e
considera-se favorável a todas as medidas que venham a fortalecer a família. No
entanto, para alguns casos de incompatibilidade extrema, o divórcio é necessário.
O autor conclui pedindo mais preocupações, mais respeito pela família, pois uma
família sadia é o embrião de uma país sadio (conclusão).

 &  
  

1. As crianças pobres são vítimas do progresso.

2. Crianças famintas tornam-se ladrões e assassinos.

3. Os pequenos crimes aumentam com a idade.

4. A ignorância dos pais que têm muitos filhos deve ser enfrentada por uma
campanha bem séria por parte da população.

c 
 progresso ± pobreza

 fome - crime ± idade


 ignorância - educação
?
?
?
?
?
c 
V ?
 ? ? 
 ? ?

 ? ?   ? ??

c  ? ? 


 ?   ?  ?? ?  ? ? ?
 ?  ?? ? ? ??? ? ??
 ??? ? ?
 ?  ?  ??? ?
? ?  ? ??
?  ? 
 ?

Você também pode gostar