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1. INTRODUÇÃO
produção. Esta nova relação faz surgir novos riscos para a saúde dos trabalhadores, afetando
diversas partes do organismo, que se expressam muitas vezes no campo das chamadas
enfermidades psicossomáticas, que afetam não só a saúde e a vida individual, mas também a
vida familiar e social. Desta forma, estes riscos mais sutis para a saúde não podem ser
compreendidos com base na ótica estreita da Medicina do Trabalho, que busca sempre uma
somados à visão inadequada do ser humano, contribuem para que a gestão não se preocupe
com o bem estar físico e emocional de seus funcionários, acarretando assim o adoecimento do
como agente de mudança neste cenário, buscando integração entre a estrutura da organização
O presente estudo representa uma análise da possível relação existente entre o gestor
que vêm causando importantes mudanças no mundo do trabalho, seja na produção, seja na
sociedade como um todo, com repercussões que parecem ser bastante profundas.
uma relação com o modo de gestão da organização, faz parte da atuação do psicólogo que
de estratégias de aprendizagem
lançarmos um novo olhar para os programas de qualidade de vida dentro das organizações e
que possibilite a prevenção e promoção de saúde dos trabalhadores de forma holística, visto
que estes, compõem a sua principal fonte de energia. Intenta-se propiciar uma proposta de
promoção de saúde nas organizações que possa contribuir para uma melhor qualidade de vida,
fatores que permeiam o trabalho e sua relação com o adoecimento do trabalhador no terceiro
evidência nos dias atuais e com isso, sugerir um programa que promova a saúde no interior
das organizações.
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O novo contexto nas relações de trabalho está exigindo novas demandas e desafios
parâmetros hoje usados, para que uma organização seja considerada como bem sucedida, são
bem distintos daqueles usados no passado e, portanto, exige um repensar do modo tradicional
por meio da hierarquia são substituídos por velocidade, para uma resposta mais rápida no
mobilização dos envolvidos, com iniciativa e participação, e inovação que se caracteriza pela
século XX e em início do século XXI, que nos permite identificar, com maior clareza, as
Século XX:
Tamanho Organizacional: Quanto maior o trabalho, maior a escala de
produção e a eficiência. Tamanho não traz velocidade.
Clareza do papel: A definição de responsabilidade de cada cargo ou órgão é
clara e delimitada. Cada macaco no seu galho. Cada pessoa no seu papel
definido e imutável.
Especialização: A divisão do trabalho faz com que a tarefa organizacional
seja decomposta em áreas e em níveis.
Controle: O trabalho deve ser controlado pela hierarquia para verificar se o
planejamento foi realmente executado.
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Estes, certamente, são alguns dos principais pontos que marcam a mudança ocorrida
nas organizações desde a Era Industrial até os dias de hoje. Mas, antes de nos aprofundarmos
neste ponto, é importante pontuarmos como se deu à transição ocorrida da forma de produção
associados à tortura e ao sofrimento e somente nos dois últimos séculos passou a ocupar um
lugar de destaque como estudo de reflexões teóricas. Assim como cita Zanelli, Borges
significados”.
mentais, é muito comum o trabalho ser relacionado como perda de liberdade. Esta questão
fica muito clara para nós na seguinte citação de Zanelli, Borges Andrade & Bastos (2004,
p.25):
trabalhador tem do seu trabalho e da sua auto percepção na execução desse trabalho.
Selligmann-Silva (1994) fala sobre o trabalho e o sofrimento, quando analisa uma observação
feita por Cândido Pereira (1979), com operários de uma indústria têxtil. E o que foi
bem aproximada de como se pensava o trabalho. Platão e Aristóteles, por exemplo, exaltavam
a ociosidade. Para Platão o cidadão tinha de ser poupado do trabalho, já Aristóteles, referia-se
Borges Andrade & Bastos / 2004). A filosofia clássica classificava o trabalho como
coerção, os senhores exerciam o poder tendo direito sobre a vida dos escravos. Havia um
campo da economia e na forma em que estava estruturada a sociedade. Sendo assim, tais
O capitalismo põe de um lado o dono do capital e de outro a mão de obra, que possui
a força de trabalho. Esta oposição é resultante de um processo histórico. É neste contexto que
o trabalhador promove a venda da sua força de trabalho como se fosse uma mercadoria,
alienando, deste modo, o valor de uso no que produziu. Assim, dá-se início à exploração das
horas de trabalho na busca pelo aumento da produção. Além disso, podemos citar algumas
implicações que o novo modo de produção acarretou para a organização da sociedade como
aumento do número de pessoas em um mesmo lugar, nas fábricas, em torno de uma mesma
atividade, com fins lucrativos, além da corrida, cada vez maior, para as cidades e sua
O trabalho passa a ter prioridade na vida de quem o executa porque é através dele
que se tem abundância em geral e o sucesso pessoal e, por isso, todo o esforço e submissão
são justificados.
delimitadas pela história pessoal de cada um, personalidade e situação presente. Além disso, o
psicológicos como, por exemplo, o uso de sentimentos e estímulo pelo trabalho bem realizado
tarefas e sua divisão entre os trabalhadores. É feita pelo “ser pensante”. A hierarquização e
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divisão das tarefas devem garantir a máxima eficácia do processo e sujeição dos assalariados
Nossas grandes empresas, ou grande parte delas, foram criadas a partir da Era
planejamento e execução do trabalho assim como o uso de meios cada vez mais acurados no
trabalho humano.
unidade de tempo precisa conter mais trabalho. Com a mecanização, ocorre o aumento das
Enfim, o indivíduo nunca esteve tão pouco livre em relação ao seu corpo, ao seu
modo de pensar.
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passivo, inerte e sem vida própria que supre os processos organizacionais em termos de
é visto como uma ferramenta que não pode ser quebrada. Sua atividade é rotineira, meramente
física, repetitiva e com aplicação de energia muscular. O trabalho por produção promove a
produção capitalista. O trabalho, que deve humanizar, distorcido pelo capitalismo, faz
exatamente o contrário, passando a ser, conforme Zanelli, Borges Andrade & Bastos ( 2004,
p.33-34 ):
ganhar a vida trabalhando, mas não interessa em quê”, Zanelli ( 2004, p.34 ).
estão diretamente relacionados com os fatores acima enumerados. Além disso, a insegurança
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de mecanismos que sejam capazes de abstrair os riscos. Desta forma, o código monetário
passam a serem consideradas como unidades contábeis, reduzidas a valores de troca. Esta
lógica passa a dominar as atitudes e produção dos trabalhadores que passam a valorizar os
resultados financeiros. Como exemplo, podemos citar a questão da insalubridade, onde ocorre
brasileiros, isto se torna mais freqüente. Temos como estímulos os baixos salários oferecidos,
renda.
próprio funcionamento da empresa. Por isso, propomos uma análise sobre como as
poder e tarefas.
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Esta nova estrutura possibilitou o surgimento das funções de supervisão e chefia para
produto do seu trabalho, já que, não possui os meios de produção e nem o controle sobre o
Para Taylor, isso se justifica também através da sua avaliação sobre a “vadiagem” no
trabalho. O trabalhador, para Taylor, procura sempre fazer “corpo mole”, faz menos do que
supervisores devem reunir todos os conhecimentos tradicionais antes dos trabalhadores para
poupado de pensar para que ganhe rapidez e exatidão nos movimentos, necessários na
produção, sem que seja interrompido. “O pensar” do trabalhador deve ser eliminado, pois,
prosperidade e sucesso.
Porém, ao longo do tempo, a Era Industrial dá espaço a Era da Informação, que traz
aparecimento de novos estilos de gestão, que está entre as mudanças de maior impacto.
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Nos novos estilos gerenciais, o modelo adotado é o orgânico que orienta-se pelo
E mais:
participação e a flexibilização da produção. Esta nova etapa é marcada pela busca por novos
trabalhadores.
objetivos comuns em um clima agradável e envolvente mas, nem sempre isso é possível. O
gerentes não sabem lidar com as pessoas nas organizações e obter delas o que elas podem
oferecer de melhor. Elas têm muito a dar. E há muito ainda a aprender com elas e a respeito
delas”.
pessoas visto que, o desenvolvimento de pessoas passa a ser uma preocupação holística na
pessoas produzem melhor e mais satisfeitas quando estão comprometidas com uma gestão
as pessoas. O núcleo desse processo de interação humana é composta do líder ou líderes, seus
liderança .
Muitos tendem a confundir gestão com liderança, como aqui iremos destacar a
pela direção de uma empresa para atingir os objetivos que tenha fixado.
chegarem a lugares em que jamais iriam sozinhos. Partindo dessa premissa, podemos
identificar que em muitas situações onde os colaboradores têm uma capacidade infinita e
naturalmente, pois esse líder não faz nada mais do que encorajá-los, ressaltar suas
naturalmente, é como se todos que estão sob o seu comando passassem a acreditar no sonho
Stogdill (1948) afirmou que “uma pessoa não se torna um líder por possuir alguma
combinação de traços; o padrão das características pessoais dos líderes precisa manter alguma
trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo o bem
comum.
de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, apenas ao cargo do líder, mas também
O poder é a força no direcionamento dos sistemas e das situações sociais através dos recursos
organizacionais.
3.1 O Poder
Poder se refere à capacidade que um sujeito tem de fazer com que o outro atue
Conforme cita Hunter (2004, p.26) em seu livro O Monge e o Executivo: “o poder é
uma faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou
O poder pode apresentar-se como potencial, que pode ser possuído e não utilizado.
contexto social.
A liderança requer alguma congruência entre o objetivo do líder os daqueles que estão
sendo liderados.
poder tem se dedicado a uma área mais ampla e focada as táticas de conquista da submissão.
O líder precisa ter em mente que é preciso fazer as coisas simples antes de tentar
planos mirabolantes de motivação. Maslow, em sua teoria, traz em sua pirâmide que os
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indivíduos precisam primeiro suprir suas necessidades básicas, antes de qualquer outra
motivação.
A origem da influência da liderança pode ser formal, como a conferida por um alto
cargo na organização. Como essas posições subentendem certo grau de autoridade, uma
pessoa pode assumir um papel de liderança apenas em função do cargo que ocupa. Nem todo
os líderes são gestores, nem todos os gestores são lideres. Diante desta pontuação, podemos
ressaltar a importância do verdadeiro líder em uma equipe e não apenas um gestor designado
para tal cargo, no que diz respeito à saúde da equipe, pois para se alcançar a um objetivo
comum, é necessário que este líder formal, seja não só um ocupante de um cargo, mas uma
boa vontade o que você quer por causa da sua influência pessoal.
Seis traços que costumam diferenciar os líderes dos liderados são ambição e energia,
Segundo Robbin (2002; p.304) “A abordagem dos traços apresenta pelo menos
quatro limitações. Primeiro não existe nenhum traço universal que possa prever a liderança
situação “fortes”.
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Situações fortes, para o referido autor seriam aquelas em que existem rígidas normas
dos traços estiverem certas, os lideres são natos: ou nascem ou não nascem líderes. Por outro
liderança poderia se ensinada. Poderíamos elaborar programas para implantar esses padrões
comportamentais nos indivíduos que desejassem tornar-se lideres eficazes e afirma que este
seria um caminho muito mais estimulante. Se tal treinamento apresentasse bons resultados,
parece estar faltando é a consideração dos fatores situacionais que influenciam o sucesso e o
fracasso.
e reproduzidas resultaram de uma pesquisa iniciada no final dos anos 40, na Universidade
definir e estruturar o seu próprio papel e o dos seus subordinados na busca dos objetivos.
O líder com alto grau de estrutura de iniciação, pode ser descrito como alguém que
“delega tarefas específicas aos membros do grupo”, “espera que os trabalhadores mantenham
manter relacionamentos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito às idéias dos
funcionários e cuidado com sentimentos deles. Esse líder demonstra preocupação pelo bem-
Um líder com alto grau de consideração, pode ser descrito como alguém que ajuda
seus funcionários em seus problemas pessoais, é amigável e disponível e trata como iguais
todos os subordinados.
No modelo de Fildler acreditava que um fator essencial para o sucesso, era o estilo
de liderança do indivíduo. Com base neste, Fiedler começou a tentar descobrir qual seria o
estilo básico.
Conforme ressaltado por Robbins (2002; p.309), para chegar a tal estilo, Fiedler
Fildler afirma que o estilo de liderança de uma pessoa é fixo. Tal afirmação é de
grande importância, tendo em vista que uma situação requer um líder orientado para tarefa e a
modificada ou o líder substituído, para que a eficácia ótima possa ser conseguida.
Fidler e Joe Garcia enfatizam também a teoria do recurso cognitivo, ou seja, uma
teoria sobre liderança que propõe que o estresse afeta desfavoravelmente a situação, e que a
inteligência e a experiência do líder podem diminuir essa influência sobre ele. A essência de
tal teoria é a de que o estresse é o inimigo da racionalidade. É difícil para o líder e para
qualquer outra pessoa pensar lógica e analiticamente quando está sob forte tensão.
Tal modelo tem sido incorporado aos programas de treinamento de liderança de mais
Essa teoria é focada nos liderados, pois Hersey e Blanchard argumentam ser
contingente ao nível de prontidão dos liderados.Esta ênfase nos liderados refere-se à eficácia
da liderança, reflete a realidade de que são eles que aceitam ou não um líder. Independente do
que o líder fizer, a eficácia dependerá das atitudes / ações de seus liderados.
àquela existente entre pais e filhos e ainda é uma teoria que tem um apelo intuitivo.
mais Laissez-faire.
tratamento de igualdade que o líder exerce sobre seus liderados. Neste tipo de teoria será
destacada a liderança na qual os líderes teriam seus favoritos, que formariam um “grupo de
dentro”.
referido grupo.
Segundo Robbins (2002; p.313), tal teoria propõe que, logo no inicio da história da
dentro” ou um “de fora”, e que se esse relacionamento vai se manter relativamente estável é
muito claro, mas há evidências de que os membros “de dentro” são escolhidos em função da
de que os lideres eficazes abrem os caminhos para ajudar seus liderados e atingirem seus
• O líder diretivo: faz com que os liderados saibam o que se espera deles,
organiza o trabalho a ser feito e fornece instruções precisas sobre como as tarefas devem ser
realizadas.
seus subordinados.
decisões;
simbólicos e emocionais apelativos dos líderes, tentam explicar como certos líderes são
A teoria liderança carismática, segundo Robbins (2002; p. 317) diz que os seguidores
determinados comportamentos.
trabalho tornou-se um promotor de doenças sejam elas psíquicas e / ou físicas. Diante disso,
se faz necessário, uma análise da cultura de cada organização, como afirma Amado ( in Codo,
2000, p. 103) : “...a reflexão sobre cultura organizacional encontra-se atualmente em destaque
remuneração por unidade produzida, planos de participação nos lucros, participação nos
Em face a tantas tentativas de se adaptar a este novo cenário, o homem revela sua
face camaleônica.O homem camaleão nos dias de hoje, é aquele que constrói sua identidade
de acordo com a situação que se encontra.Esta personalidade camaleão, tende a obedecer mais
ambiente, ele simplesmente muda como um mecanismo de defesa, motivado pelo medo e por
trabalhador é a relação com os profissionais da área da saúde, que não estão preparados em
intervenção.
Muitas vezes, as doenças ocupacionais não são diagnosticadas como tais, pois ainda
diagnóstico, como cita tal importância, Menezes ( in Codo, 2004, p.33): “Contudo,
É nesse espaço que a Psicologia deve ser inserida, como afirma Tavares (in Codo,
2004, p.53):
Não se deve cometer o mesmo equívoco, como nos lembra Menezes (in Codo, 2004,
p.:35): “...a prática clínica muitas vezes fecha os olhos às queixas emitidas aos médicos e
criação do CIPA.
Plenário do Conselho Nacional de Previdência Social em 24/11/2004. Esta foi uma proposta
de vida, a realização pessoal e social dos trabalhadores e sem prejuízo para a saúde,
Esta medida deu-se, pois entre 1999 e 2003, a Previdência Social registrou 1.875.190
Neste período o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS registrou 105.514 casos
Hoje se faz necessário adotar novas tecnologias e métodos gerenciais nos processos
Trabalho, em cumprimento do Art. 6o, §3º, inciso VII, da Lei 8.080/90, servindo como base
• Doenças do Ouvido;
• Neoplasias;
sindicato da categoria a que o trabalhador pertence. Esta relação causal pode ser estabelecida
4.2. Estresse
O estresse ocorre quando um sujeito é confrontado com alguma situação que ele
deseja e seu resultado parece importante e incerto.Pode ser positivo, (quando oferece um
ganho) ou negativo.
• Fatores organizacionais,
estresse potencial em real: percepção que o sujeito tem da realidade, a experiência do sujeito
que ocasiona meios para enfrentar o estresse, o apoio social que pode amenizar o estresse, o
• Sintomas físicos:
-ataques do coração,
-dores de cabeça,
-mudanças no metabolismo.
• Sintomas psicológicos:
-ansiedade,
-irritabilidade,
-procrastinação
-tensão.
• Sintomas comportamentais:
-absenteísmo e rotatividade,
-distúrbios do sono,
-inquietação,
- mudanças na produtividade.
Esta Síndrome ocorre nas seguintes etapas: exaustão emocional a qual a pessoa sente
que não pode dar nada de si, avaliação negativa de si mesmo, insensibilidade e depressão.
1º esgotamento emocional;
4º manifestações emocionais;
5º manifestações físicas;
6º manifestações comportamentais.
• Alergias;
• Atitude cínica;
• Cansaço emocional;
• Fadiga Crônica;
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família.
• Hipertensão;
• Impaciência;
• Irritabilidade;
• Perda de Peso;
• Sentimento de Onipotência;
• Úlceras Digestivas;
4.4. LER
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), é uma síndrome de dor nos membros
superiores.Também é conhecida por LTC (Lesão por Trauma Cumulativa) e por DORT
Uma das formas de se combater a LER, é o uso da ergonomia, que é a ciência que
projeta e arruma os objetos de trabalho para que este seja mais seguro e eficiente.
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de ritmo, incluindo rodízios para que os trabalhadores executem tarefas diferentes e por
equipamentos apropriados.
exige um esforço grandioso de cada trabalhador, já que este vive no dilema da necessidade de
trabalhar e na tentativa de se adaptar ao mesmo como cita Menezes (in Codo, 2004, p. 40) :
Hoje, se faz necessário, investir em qualidade de vida no trabalho para a saúde e bem
estar dos trabalhadores e pela sobrevivência das próprias organizações, já que trabalhadores
trabalho, não produzem de forma eficaz e têm como conseqüência maior, o adoecimento.
industrial.
5.3. Teorias
O tema organizacional pode ser tratado por diversas teorias, já que cada uma com
necessidades individuais;
se torne mais produtivo e saudável, já que várias patologias estão relacionadas à estrutura e
e características próprias de cada trabalhador, por isso cada organização, cada setor desta,
possui um perfil.
das organizações.
forma como o indivíduo percebe-se e percebe o outro, é que vai facilitar ou dificultar as
Human Relations, que por volta de quarenta anos atrás, foi constituído por pesquisadores
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No final dos anos sessenta, Davis começou a utilizar o termo Qualidade de Vida no
Trabalho, e esta linha difundiu-se nos EUA e Canadá. Este termo pode variar de acordo com o
contexto social e organizacional e de pessoa para pessoa, por isso, deve ser definido por cada
padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade em que ele vive, equidade interna e
externa;
• Congruência entre trabalho e vida pessoal, para haver o equilíbrio entre jornada
no trabalho a sua subsistência bem como, a satisfação e auto – realização. A qualidade de vida
tem que atuar na humanização do trabalho. Para auxiliar este trabalho, as organizações podem
implantar como forma preventiva e até mesmo de intervenção um Programa de Saúde Mental.
quanto para os empregados, por isso, faz-se necessário uma conscientização de todos a fim de
motivos que levam a esta prevenção e às expectativas de cada pessoa envolvida. Este comitê
deve se reunir com a periodicidade que o Programa exigir. E como não podia deixar de ser: o
que provocam o adoecimento. Estes fatores podem ser conseqüentes do ambiente de trabalho,
projetivas, diretivas, não diretivas, individual e coletiva. Estas entrevistas devem ser
de intervenção.
Uma das estratégias pode ser a apresentação do diagnóstico a toda demanda com a
discussão sobre as formas de intervenção. Para isso, é necessário criar um espaço público de
A etapa da avaliação da intervenção deve ser constante para que se faça correções ao
longo das intervenções. Os critérios de avaliação devem ser estabelecidos pelo grupo, de
trabalhador devido às situações de trabalho. Esta redução pode ser percebida através da
comparação das queixas de sintomas antes e depois do Programa, através de exames médicos,
CONCLUSÃO
Após todas as exposições que foram feitas no decorrer deste estudo, podemos
perceber que o trabalhador, o operário, por muitas vezes, no seu ambiente de trabalho é
desvinculado de sua figura humana. Isto ocorre através de uma descaracterização que este
indivíduo sofre, perdendo-se de sua identidade social e de ser humano. Porém, nos tempos
atuais, as organizações conscientizam-se de que o trabalho não pode mais ser visto pelos
surge como uma forma de se encontrar uma saída para esta imagem desgastante que o
trabalho representa para o trabalhador. É uma tentativa de focalizar este trabalhador não
apenas como fonte de renda e lucros para as empresas. E sim, como um capital intelectual, ao
qual esta empresa deve valorizar e preservar, sobretudo, no que diz respeito à sua integridade
O trabalho exerce uma função primordial na vida do ser humano. Ele afeta
fortemente a vida de um indivíduo e de sua família. Este é um dos fatores que justifica a
participação por parte dos funcionários no ambiente organizacional que integram. O ambiente
de trabalho é uma extensão da vida do indivíduo. É necessário que o gestor perceba que o
ambiente organizacional é também um ambiente de relações humanas, e por isso, precisa ser
um lugar saudável, não apenas em seu aspecto físico, porém também mental. A preocupação
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campo organizacional. Muito se tem falado sobre a importância do trabalho na vida humana.
Mas por que falar em Qualidade de Vida no Trabalho? De onde vem esta
De acordo com alguns autores, a crise nas tradicionais relações de produtividade das
empresas, foi o ponto de partida para que se começasse a repensar nestas práticas e em
organizacionais que provocam o adoecimento, mas algumas providências que visam à saúde
bastante considerável As doenças mais freqüentes são: Estresse, Síndrome de Burnout e Lesão
trabalhador.
adoecimento do trabalhador.
Saúde Mental, que além destes, tem como objetivo reduzir os riscos do adoecimento.
um empreendedor como ele, e está ali para estabelecer uma parceria com o seu patrão. O
funcionário é a máquina principal de que uma empresa dispõe para alcançar os seus objetivos.
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Este é o principal ponto de divergência que há entre o antigo e o novo. Há que se pensar nesta
diferença.
Atualmente, o mundo do trabalho vem sendo conquistado pela visão de que, para se
alcançar um bom objetivo, é necessário visar à qualidade dos produtos produzidos para o
cliente e a participação dos funcionários neste processo, ou seja, o funcionário deixa de ser
desenvolvimento de uma equipe e isso faz com que a organização tenha uma maior
que aquele que vem na forma de pagamento mensal. A satisfação do funcionário reflete no
produto gerado pelo seu trabalho e seu esforço deixa de ser um enfrentamento diário, para ser
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALDAS, Miguel Pinto, TONELLI, Maria José. O homem camaleão e modismos gerenciais:
1995.
soluções para o trabalho no final do século./ Eduardo Paes Barreto, João Gualberto Moreira
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente,
2002.
51
GLINA, Débora Miriam Raab, ROCHA, Lys Esther. Saúde mental no trabalho: desafios e
MENEZES, Iône Vasques. “Por onde passa a categoria trabalho na prática terapêutica?”, in
SAMPAIO, J. R. Qualidade de vida, saúde mental e psicológica social. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1999
2004.
ANEXO
Identificação:...................................................................................................................
Nome:...............................................................................................................................
Endereço:..........................................................................................................................
Naturalidade:
Data de nascimento:...............................Idade.......
Profissão:................................................................
Atividade atual
• Organização do trabalho, contrato de trabalho, salário, jornada diária, pausas, horas extras,
Atividades anteriores
significativas, tanto pela presença de fatores de risco quanto pela duração da exposição.