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Finalmente ganharei
aquela promoção que tanto mereci.
Estou caminhando, escuto passos. Olho para trás. Não vejo nada, nem
ninguém. Ando mais rápido. Os passos cada vez mais próximos e intensos. Olho
novamente. Nada. Chego perto do ponto de ônibus. Estou sozinho, mas alguém
se aproxima e senta ao meu lado: um adolescente, alto, usava um casaco
escuro, com capuz. Não pude ver seu rosto. Suas roupas estavam sujas. Isso me
incomodou. Afastei-me um pouco, seu cheiro não me agradava.
Passa das nove, o ônibus ainda não chegou. Acho melhor ir andando.
Levanto, continuo andando, e novamente escuto os passos.
- Ei, senhor.
(Disparos)
Ele passou o resto do seu dia trabalhando e pensando como ele estaria em
apuros sem o objeto da sorte.
Ao sair de casa, viu de costas um homem bem vestido com o seu colar da
sorte. Não pensou duas vezes, sacou o revólver e deu dois tiros nas costas do
homem, o que foi suficiente para ele morrer. Quando foi pegar seu amuleto de
volta, percebeu que havia acabado de matar seu próprio filho, que tinha um colar
igual ao dele.
Alexandre Bevilacqua
Mas havia algo errado. Uma avassaladora e repentina onda circulava pelo
meu sangue, tomando conta de mim. Um homem displicente se encontrava em
minha poltrona. Seu uniforme de trabalho estava amassado e puído. Minha visão
ficou vermelha, e gritei “Meu lugar!”. O homem não me deu ouvidos e minha mão
correu à bolsa, involuntariamente, e o último som que ele ouviu foi o disparo de
meu revólver. Empurrei o corpo inerte ao chão, antes que o sangue sujasse a
poltrona. Peguei um dos meus lenços umedecidos e limpei o suor do assento,
ignorando a parada do ônibus e os gritos desesperados dos passageiros. Sentei
em minha poltrona, guardei meu revólver e a paz voltou a mim.
Luiza C. e Thaís
2,0
Às 8:00 horas da manhã toca o despertador. Ele não acorda. Depois de
uma hora a sua mulher o chama, dizendo que está muito atrasado para o
trabalho
Indo para o carro, percebe que deixou sua lanterna acesa e que a bateria
acabou. Furioso, chuta tudo o que vê pela frente e a sua mulher, vendo o que lhe
ocorreu, sugere que não vá ao trabalho naquele dia, mas ele não concorda com a
sugestão e diz que dinheiro não cai do céu. Ela, ainda preocupada com a
alteração do marido, implora a ele que não vá e começa a chorar, pois está com
um mau pressentimento.
Chateado com o tudo o que lhe aconteceu, vai ao trabalho a pé. No fim do
dia, voltando para casa, ele pensa em tudo o que sua mulher lhe disse e acha
tudo uma bobeira, pois nada vai lhe acontecer. Já na rua de sua casa, um
homem o aborda por trás e pede a sua carteira, mas ele não dá, pois tinha
acabado de receber seu salário. O ladrão o mata com um simples tiro.
Bianca Miranda
Larissa Valente
1,4
Maria acorda às 5 da manhã, e toma seu café junto com o seu filho e
marido que havia deslocado os ossos da perna e, por isso, não podia trabalhar
por um bom tempo. Depois do café, se apronta para o trabalho, e se despede do
seu filho e seu marido dando-lhes um beijo no rosto.
Maria chega ao ponto. Vendo que o ônibus com o seu destino estava para
chegar, separa o dinheiro da passagem. Dentro do ônibus, estava muito
aglomerado. Maria paga sua passagem, e tendo acontecido isso, começa um
tiroteio violento perto de uma comunidade perigosa, e o pneu do ônibus acaba
sendo atingido. Muito assustada, começa a entrar em desespero e reza para
Deus que não a leve, pois, ela tinha que cuidar do seu filho e do seu marido. Com
o ônibus parado e as pessoas deitadas no chão, Maria reconhece uma vizinha
que era uma grande amiga e elas se abraçam e ficam deitadas juntas.
Ana Olívia, nº 3
Gabriela Gérios, nº 12 1,8
Eram 7 da noite, quando os irmãos João e Gabriel foram acordados com
pressa por seus pais que estavam atrasados para o casamento de sua amiga.
Eles lhe disseram:
- Queridos, vocês terão de ficar sozinhos em casa por algumas horas, tudo
bem?
Gustavo Milano
Lucas Novaes
1,7
Acordei em minha barraca, sozinho, não há ninguém em volta. Ainda é de
manhã, estou saindo para trabalhar.
Pego minha maleta e minha melhor amiga. Saio, o campo está sem
ninguém, mas entre as árvores vejo um homem, como eu, carregando sua melhor
amiga. É Ghost, meu colega de trabalho.
Estamos andando até o ponto de encontro onde iremos para casa,
enquanto conversamos sobre família e amigos que perdemos. De repente, ele
exclama:
- Olhe! É o Shepherd!
Ele está se aproximando, devagar, andando como se estivesse em um
parque. Quando chega, ele encosta em meu ombro e diz:
- Vocês têm a maleta?
Com orgulho, respondo
- Sim!
Ele me olha com uma cara fria e diz:
- Ótimo, isso acaba aqui.
Quando eu relaxo meus músculos, Shepherd puxa um revólver e dá um tiro
no peito, e outro no ombro de Ghost. Depois que já estamos no chão, quase
mortos, ele fala:
-Essa guerra não acaba aqui...
- Vá embora agora!
Quando me toquei, estava sendo levado por policiais até uma das viaturas.
1,2
Um executivo chamado Valter Debei acorda e toma o seu café da manhã
em uma padaria que frequenta. Ele mora em um apartamento alugado, na zona
leste, perto de seu trabalho. Ele terminou o café e partiu ao seu trabalho,
passando na banca para comprar um jornal que, em destaque, alertava o
aumento de violência na cidade.
O chefe dele manda-o ir para a sede da empresa, para uma reunião. Então
ele sai do prédio, muito irritado com seu chefe, e pega um trem a caminho da
sede, que fica no outro lado da cidade. Na troca de linhas, ele percebe que está
atrasado, quando recebe uma ligação de seu chefe, falando que vai deixar mais
serviço para ele, pois os outros funcionários haviam tirado férias. Ele diz que está
bem, desliga, apertando o botão com muita força, e pega o trem.
Ao chegar à sede, Valter tem dificuldade para entrar, pois não tinha o cartão
daquele prédio, só podendo entrar quando chega um segurança, que estava
almoçando. Quando ele chega, já está 15 minutos atrasado. Na reunião, ele não
consegue se concentrar, pois estava cansado e irritado com seu dia.
1,5
- Meu marido, meu querido marido... Tão carinhoso comigo. Todos os dias
acordo com tulipas amarelas em minha cabeceira, as toalhas do banheiro,
cuidadosamente alinhadas e meu copo de água, cheio ao lado da pia. A louça do
jantar anterior, limpa e guardada, perfeitamente organizada na cristaleira por ele.
Como todas as manhãs, ele estava sentado em sua poltrona, ouvindo seu rádio a
pilha, lendo o caderno de economia do jornal, com as pernas repousando acima
do banquinho velho e desgastado. Como sempre, dei-lhe um beijo apaixonado e
pedi que fosse à padaria comprar croissants e leite...
(Disparos).
Seu corpo estava frio e duro, assim como o chão que o sustentava. Seus
cabelos grisalhos, manchados com o sangue que de suas costas escorria.
-Foi a melhor recompensa por aturar aquele velho desgraçado por tantos
anos.
Maïtê Guillard, nº 24
2,0
São 05h30min da manhã, ainda é escuro em São Paulo, hoje será o meu
primeiro dia de aula no novo colégio. Acordei entusiasmado, tomei o café da
manhã e fui pro meu quarto, me arrumar para o meu grande dia. Eu chamo meu
pai, o apresso, não quero me atrasar já no primeiro dia.
Chegando lá, amarro o meu tênis, arrumo o meu cabelo, respiro fundo e
entro na classe. Quando entrei, fiquei muito sem graça, sem saber o que fazer.
Todos me olharam de modo diferente, e logo sentei no fundo. Estava tão nervoso
que não sabia nem onde colocar as mãos. Então, para me enturmar, lembrei que
havia na minha mala um saco de balas, e resolvi distribuir. Comecei pelas
meninas, e com isso fiquei sabendo que havia um tal de Juninho que era
diabético. Resolvi não distribuir para os meninos, para o Juninho não ficar
constrangido. Porém, no recreio, Juninho voltou para a classe para pegar seu
lanche, quando viu embaixo da minha carteira o pacote de balas que eu havia
perdido. Ele olhou bem e resolver comer, achando que não lhe faria mal.
O recreio acabou e, com isso, percebi que Juninho não estava na classe.
Perguntei a um amigo. Foi aí que fiquei sabendo que Juninho estava passando
mal, na enfermaria .