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Nº 1, Fevereiro de 2017

Documento Científico
Departamento Científico de
Medicina da Dor e Cuidados Paliativos

Cuidados Paliativos Pediátricos: O que são e qual sua importância?


Cuidando da criança em todos os momentos

Departamento Científico de Medicina da Dor e Cuidados Paliativos


Presidente: Simone Brasil de Oliveira Iglesias
Secretário: Neulânio Francisco de Oliveira
Conselho Científico: Adolfo Marcondes Amaral Neto, Cristiane Rodrigues de Souza, Ivete Zoboli,
Patrícia Miranda do Lago, Sílvia Maria de Macedo Barbosa

Introdução

O termo paliativo advém do verbo paliar, do Aplicar cuidados paliativos, então, passa a ser
latim palliare (cobrir com um manto) e de pallia- uma forma holística de cuidar, onde se transcen-
tus (aliviar sem chegar a curar) cujo significado de a objetividade do cuidado médico, passando-
seria aliviar, atenuar. Daí a expressão cuidados -se a realizar um cuidado centrado na pessoa. Este
paliativos (CP). consiste em se aplicar medidas objetivas, a fim de
realizar diagnóstico e tratamento, mas também
Ao longo do tempo, o conceito de cuidados
subjetivas, onde se leva em consideração a expe-
paliativos foi se modificando. A Organização
riência da doença, incluindo pensamentos, sen-
Mundial de Saúde (OMS), que antes considerava
timentos e comportamentos da pessoa que está
os cuidados paliativos como “os cuidados totais e
doente. Essa experiência também tem repercus-
ativos dirigidos a pacientes fora de possibilidade
são em sua família, tendo este papel importante
de cura” (1990) foi atualizado para “a abordagem
em modificar, ou não, a experiência do que sofre4.
que promove qualidade de vida de pacientes e
seus familiares diante de doenças que ameaçam De acordo com a Academia Americana de Pe-
a continuidade da vida, pela prevenção e alívio diatria, um modelo integral de cuidado paliativo
do sofrimento. Requer a identificação precoce, para crianças (CPP) deve incluir1:
avaliação e tratamento impecável da dor e outros
1. Respeito à dignidade dos pacientes e de seus
problemas de natureza física, psicossocial e espi-
familiares
ritual” (2002)1.
2. Acesso a um serviço competente e compassivo
Este novo conceito nasceu da hipótese de que
muitos problemas de final de vida têm sua ori- 3. Serviço com suporte aos profissionais de saúde
gem bem mais cedo na trajetória da doença2. A
4. Melhora do suporte social e profissional para os
detecção precoce do diagnóstico de uma doença
Cuidados Paliativos em pediatria
crônico-evolutiva já é o momento de se instalar
esse acompanhamento, tanto do paciente, como 5. Melhora contínua dos Cuidados Paliativos em
do familiar e/ou cuidador3. pediatria, através da pesquisa e educação.

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Cuidados Paliativos Pediátricos: O que são e qual sua importância? Cuidando da criança em todos os momentos.

Princípios do cuidado paliativo pediátrico

A abordagem através de cuidados paliativos Os princípios norteadores do cuidado paliati-


traz uma proposta de oferecer a melhor qualidade vo estão muito bem definidos e foram adaptados
de vida possível ao longo do processo da doença, para a população pediátrica, uma vez que está
desde o seu diagnóstico, caso haja indicação, para claro que não se pode extrapolar para o paciente
que se melhore a vida após a definição de que se pediátrico todos os conceitos e estratégias utili-
trata de doença crônica e evolutiva, com possível zados em adultos. Eles estão apresentados na ta-
desfecho desfavorável ou letal. bela abaixo5:

PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PEDIATRIA

1. Os cuidados devem ser dirigidos à criança 7. Podem ser coordenados em qualquer local
ou adolescente, orientados para a família e (hospital, hospice, domicílio, etc)
baseados na parceria
8. Devem ser consistentes com crenças e valo-
res da criança ou adolescente e de seus fa-
2. Devem ser dirigidos para o alívio dos sinto-
miliares
mas e para a melhora da qualidade de vida
9. A abordagem por grupo multidisciplinar é
3. São elegíveis todas as crianças ou adoles-
encorajada
centes que sofram de doenças crônicas, ter-
minais ou que ameacem a sobrevida 10. A participação dos pacientes e dos familia-
res nas tomadas de decisão é obrigatória
4. Devem ser adequados à criança e/ou à sua
família de forma integrada 11. A assistência ao paciente e à sua família deve
estar disponível durante todo o tempo neces-
5. Ter uma proposta terapêutica curativa não sário
se contrapõe à introdução de cuidados pa-
12. Determinações expressas de “não ressusci-
liativos
tar” não são necessárias

6. Os cuidados paliativos não se destinam a 13. Não se faz necessário que a expectativa de
abreviar a etapa final de vida sobrevida seja breve

Definição da oferta de cuidado paliativo pediátrico

E quem seriam os pacientes elegíveis para ralmente realizado em hospices ou no domicílio,


receber esse tipo de abordagem? Em que casos em pediatria as doenças congênitas e genéticas
o pediatra ou o intensivista pediátrico ou o neo- são as maiores responsáveis pela indicação des-
natologista poderiam pensar em modificar o tra- te tipo de cuidado, seguidas das condições neu-
tamento curativo para um plano de cuidados com rológicas crônicas, depois pelas onco-hematoló-
medidas de conforto e controle de sintomas? gicas. Mais da metade apresentavam mais de um
Diferentemente da população adulta, onde diagnóstico (55%) e foi evidenciado que o final
a grande maioria dos pacientes em cuidado pa- de vida ainda ocorre, em sua maior parte, no am-
liativo tem câncer e que seu seguimento é ge- biente hospitalar6.

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A tabela abaixo relaciona condições elegíveis para cuidados paliativos em crianças7:

CONDIÇÕES ELEGÍVEIS PARA CUIDADOS PALIATIVOS EM CRIANÇAS


1. Condições para as quais a cura Câncer avançado, progressivo ou de mau prognóstico
é possível, mas pode falhar Cardiopatias congênitas ou adquiridas complexas
Anormalidades complexas e graves das vias aéreas
Falência de órgãos com potencial indicação para transplante
2. Condições que requerem HIV/AIDS
tratamento complexo e Fibrose cística
prolongado Anemia falciforme
Malformações graves do trato digestivo (ex: gastrosquise)
Epidermólise bolhosa grave
Imunodeficiências congênitas graves
Insuficiência renal crônica
Insuficiência respiratória crônica ou grave
Doenças neuromusculares
Transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea
3. Condições em que o Doenças metabólicas progressivas
tratamento é apenas paliativo Algumas anormalidades cromossômicas como trissomias
desde o diagnóstico do 13 e do 18
Formas graves de osteogênese imperfeita
4. Condições incapacitantes Paralisia cerebral grave
graves e não progressivas Prematuridade extrema
Sequelas neurológicas graves de infecções
Anóxia grave
Trauma grave de sistema nervoso central
Malformações cerebro-espinhais graves

Sabe-se que, até pouco tempo atrás, entendia- Planejamento do cuidado paliativo
-se que o emprego de medidas paliativas somen- pediátrico
te era considerado nos momentos iminentes que
antecediam a morte. Dessa forma, o tratamento
curativo e os cuidados paliativos situavam-se A abordagem de uma Equipe de CPP deve
em polos opostos e excludentes. À medida que incluir aspectos físicos (controle de sintomas),
ganhamos conhecimento e familiaridade com o emocionais, sociais e espirituais da assistência,
atendimento de crianças com dependência tec- considerando as questões éticas, processos de
nológica, portadoras de doenças debilitantes e decisão compartilhada, planejamento avançado
progressivas, assim como nos casos agudos, mas do cuidado, assistência no final de vida e suporte
refratários à terapêutica, aprendemos que esses ao luto familiar. No planejamento e na instituição
tratamentos são complementares e integrados. do CPP, algumas etapas fundamentais devem ser
adequadamente ultrapassadas para que se obte-
Os cuidados paliativos em pediatria são im-
nha o pleno sucesso, dentre as quais ressaltamos:
plementados progressivamente e ajustados às
necessidades impostas pela doença e seu trata- a) O entendimento da doença, o tratamento
mento (evolução, complicações, limitações), de- disponível e as possíveis limitações: nessa fase,
vendo ser individualizada àquela criança (ajus- é importante que se tenha pleno conhecimento
tada pelos valores e anseios daquele binômio do diagnóstico, do tratamento e do prognóstico. O
família/criança). consenso da equipe favorecerá uma associação da

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Cuidados Paliativos Pediátricos: O que são e qual sua importância? Cuidando da criança em todos os momentos.

abordagem paliativa ao tratamento prévio em cur- c) Prover as necessidades individualizadas e


so. Pacientes com doenças crônicas limitantes e antecipar eventos: compreender que cada indi-
ameaçadoras da vida podem se beneficiar de uma víduo é único, é o primeiro passo. Entender suas
abordagem paliativa, estando ou não em fase de necessidades de acordo com o estágio em que
terminalidade. Em situações de irreversibilidade da a doença se encontra, os valores e as crenças da
doença, o consenso nasce do conjunto de dados ob- criança/família se tornam muito importantes. An-
jetivos sobre a condição da criança e subjetivos que tecipar-se aos eventos pode promover mais con-
a equipe traz de sua experiência. A conversa que forto e permitir que os estágios sejam ultrapassa-
definirá essa etapa deverá envolver toda a equipe e, dos pelo paciente e seus familiares de modo que
posteriormente, a família. É um processo e não pre- equipe e familiares possam integrar-se nesse pla-
cisa acontecer em apenas um momento, poderá ser no de cuidados. Nesta etapa, fica patente a atenção
retomada quantas vezes se fizer necessário; ao controle dos sintomas associados ao quadro do
paciente, bem como a definição de quais são as
b) Definição dos objetivos e intervenções mé-
prioridades terapêuticas e de cuidados que serão
dicas: nesse momento, deve-se buscar o melhor
propostas, evitando-se medidas fúteis e interven-
interesse do paciente juntamente com a família.
ções desnecessárias. Ficar atento para o fato de
Que aspectos podem ser considerados como be-
que mudanças no ambiente podem ser necessá-
néficos nesse plano de cuidados que possam ir de
rias para promover maior conforto. O trabalho da
encontro aos objetivos da criança ou adolescente
equipe multidisciplinar é condição imprescindível
e de seus familiares. É de grande importância que
para que se alcance a melhor abordagem possível
a família participe, mas não se deve transferir para
durante todo o processo de doença, especialmen-
ela a responsabilidade sobre a definição do que
te quando se aproximar a fase terminal e mesmo
será ou não feito pelo paciente. A equipe deve pro-
após a morte, no apoio à família em luto8.
por um plano e permitir que a família participe na
sua definição, nas decisões tomadas. Dessa forma, No momento da definição de plano de cuida-
ela sentirá que “tem voz” no que diz respeito às dos, ter um instrumento objetivo que possa au-
tomadas de decisão do seu filho e que está sendo xiliar na avaliação do paciente e na tomada de
respeitada e apoiada pela equipe. Isso cabe desde decisão para antecipação de eventos pode ser
a adoção dos cuidados paliativos como opção para muito útil. Para tanto, pode-se lançar mão de uma
o paciente, até a definição de limitação de suporte avaliação por escalas ou escores, como a repre-
de vida nos casos de morte iminente; sentada na tabela abaixo, por exemplo1:

Tabela 3 – Escala de avaliação de funcionalidade: Escore de Lansky

Escore de Lansky
Escore Avaliação do desempenho
100 Totalmente ativo, normal
90 Pequena restrição em atividade física extenuante
80 Ativo, mas cansa mais rapidamente
70 Maior restrição nas atividades recreativas e menor tempo gasto nestas atividades
60 Levanta-se e anda, mas brinca ativamente o mínimo; brinca em repouso
50 Veste-se, mas permanence deitada a maior parte do tempo, sem brincar ativamente, mas
é capaz de participar em todas as atividades e de jogos em repouso
40 Maior parte do tempo na cama; brinca em repouso
30 Na cama, necessita de auxílio, mesmo para brincar em repouso
20 Frequentemente dormindo; o brincar está totalmente restrito a jogos muito passivos
10 Não brinca; não sai da cama
0 Arresponsivo

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Particularidades do cuidado paliativo neonatal

Existem condições que podem levar um re- não houver retardo de crescimento. E aque-
cém-nascido (RN) a ter sua vida abreviada. Estas les com peso < 750g ou IG<27semanas, que
condições podem ser diagnosticadas ainda intra- tenham desenvolvido complicações sérias,
-útero ou advirem de um trauma ou fenômeno que limitem a vida com o passar do tempo;
que ocorra durante ou logo após o parto. Dados
2) Malformações congênitas múltiplas, que im-
americanos apontam que cerca de 15000 RN es-
pliquem em limitação da vida;
tão nesta condição a cada ano. Em sua maioria,
estes pacientes são levados para a Unidade de 3) Problemas genéticos, como as trissomias do
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), onde a equipe 13, 15 e 18 ou a osteogenesis imperfecta e
muitas vezes tem dificuldades em determinar o ainda erros inatos do metabolismo, cuja evo-
limite para o investimento com condutas tera- lução seja desfavorável, mesmo quando há
pêuticas e início de cuidados paliativos9. terapia disponível;

Estudo australiano mostrou que, em 20 4) Problemas renais como síndrome de Potter,


anos, situações de Limitação de Suporte de Vida agenesia ou hipoplasia renal bilateral impor-
em neonatos, que oscilava entre 14% e 30%, tante, insuficiência renal grave, alguns casos
aumentou para cerca de 75% em uma unidade de rins policísticos, com necessidade de diá-
neonatal de referência para pacientes sindrô- lise;
micos, cirúrgicos e com encefalopatia hipóxico-
5) Alterações do sistema nervoso central como
-isquêmica, embora a taxa de mortalidade da
anencefalia, acrania, holoprosencefalia, en-
UTIN tenha caído. O prognóstico parece ser o
cefalocele gigante, hidroanencefalia, doen-
ponto mais considerado para definir a limitação
ça neurodegenerativa que exija ventilação
do tratamento curativo. A proporção de pacien-
mecânica;
tes recebendo analgesia e sedação ao longo do
tempo aumentou o que parece se dever a uma 6) Problemas cardíacos, como a acardia ou car-
mudança de atitude em relação ao manejo da diopatias complexas inoperáveis;
dor do RN10.
7) RN que não respondam ao tratamento apesar de
Contudo, definir cuidado paliativo em pa- todos os esforços para ajudá-lo a se recuperar: so-
cientes RN pode ser difícil. Algumas condições breviventes de paradas cárdio-respiratória (PCR)
devem ser consideradas para abordagem do de repetição; injúrias cerebrais severas, como a
paciente com cuidados paliativos proposta em hemorragia intracraniana grave com leucomalá-
publicação de Catlin e Carter9. cia; asfixia perinatal severa com encefalopatia
hipóxico-isquêmica; disfunção de múltiplos ór-
1) RN no limite da viabilidade, com extremo bai-
gãos; enterocolite necrotizante ou vólvulo com
xo peso e idade gestacional muito prematura,
perda de grandes extensões do intestino.
como os menores de 24 semanas ou 500g se

Barreiras ao cuidado paliativo pediátrico

Apesar da maior divulgação e conhecimento liativas e de final de vida, a educação dos profis-
sobre Cuidado Paliativo Pediátrico, sua imple- sionais de saúde, a presença de barreiras pessoais
mentação nos serviços de saúde enfrenta algu- (tabus, dificuldades emocionais, resistência à mu-
mas barreiras, como: a mudança de perspectivas dança) e no sistema de saúde (acesso aos servi-
no curar/cuidar, a implementação de práticas pa- ços, fragmentação da assistência à saúde).

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Além destas barreiras, alguns mitos assistenciais contribuem para a limitação na aceitação do
Cuidado Paliativo Pediátrico, são eles11:

MITO 1: Para consultar o especialista e/ou a Equi- Portanto, a indicação de CPP não deve ser encarada
pe de Cuidados Paliativos Pediátricos a criança como um sinal de que a equipe primária de cuidados
deve ter uma doença terminal, ou seja, estar no “perdeu a esperança“ ou que “não há nada mais a fa-
final da vida. zer”. Assim, a consulta com a Equipe de CPP não deve
O CPP é apropriado para qualquer criança com uma ser realizada tardiamente, no final da vida12.
enfermidade ameaçadora da vida que apresente ou MITO 7: Se é feita interconsulta com a Equipe de
tenha risco de sofrimento, desde o diagnóstico, e CPP, se administram opioides e se acelera a morte.
devem ser fornecidos independentemente do prog-
É um engano comum a crença de que os opioi-
nóstico. Inclui, mas não se limita ao fim da vida.
des causam depressão respiratória e antecipam
MITO 2: CPP são para crianças com câncer. a morte e, portanto, devem ser administrados so-
Os Cuidados Paliativos foram iniciados em pa- mente como último recurso. Drogas opioides e/
cientes adultos com câncer. Na Pediatria, porém, ou benzodiazepínicos, administrados oportuna
crianças com câncer não são a única população de e adequadamente, juntamente com outras inter-
interesse para o CPP; crianças com doenças neuro- venções não-farmacológicas para aliviar dor e
lógicas, neurodegenerativas ou congênitas/genéti- dispneia, não só prolongam a vida, mas também
cas também podem ser incluídas nestes cuidados. melhoram a qualidade de vida da criança13.

MITO 3: Tratamentos curativos e cuidados paliati- MITO 8: Adequação do esforço terapêutico equiva-
vos são excludentes. le a abandono ou má qualidade de atenção.

O CPP pode ser iniciado concomitantemente com A adequação do esforço terapêutico, pela ordem
tratamentos que visam o tratamento/controle da de não reanimação cardiopulmonar, de limitação
doença de base. de procedimentos desproporcionados ou outras
decisões, tem como objetivo evitar distanásia
MITO 4: A criança que recebe CPP deve deixar o e prolongamento do sofrimento, melhorando
acompanhamento com sua equipe primária de cui- a qualidade da atenção. Pensa-se que ajustar o
dados (Especialistas). esforço terapêutico equivale a “não fazer nada”.
Equipes de CPP têm função de consultores e tra- Entretanto, estas decisões são tomadas se elas
balham em conjunto com os especialistas que são a melhor estratégia terapêutica para o do-
acompanham a criança, contribuindo com reco- ente. Cuidar de um paciente e sua família nesta
mendações para o controle dos sintomas, redução fase exige um apoio de alta qualidade, e requer
do sofrimento e cuidados de fim de vida. Estabe- monitorização clínica e apoio psicossocial e es-
lecem uma relação de longo prazo com o paciente piritual próximos.
e a família. MITO 9: Cuidados Paliativos sempre incluem or-
MITO 5: A criança que recebe CPP deve ser transfe- dens de não reanimação cardiopulmonar.
rida para uma unidade ou local diferente. Equívoco comum é considerar que todas as crianças
CPP é uma especialidade de interconsulta que dá cuidadas por uma equipe de CPP devem ter uma
suporte onde o paciente está. A Equipe primária de ordem de “não reanimação”. A discussão destas
cuidados exerce a liderança no cuidado. A transfe- questões é importante no CPP, porém muitas crian-
rência de pacientes para a Equipe de CPP ocorrerá ças não têm qualquer adequação gravada nas suas
apenas se todos os envolvidos concordarem e se for intervenções de registros médicos.
o melhor para esta família. MITO 10: Todas as famílias querem estar em casa na
MITO 6: Se é realizada interconsulta com Equipe de fase final de vida de seus filhos.
CPP, a criança vai perder as esperanças de cura e Embora esta possa ser uma opção, várias famílias
morrer mais rápido. poderão preferir receber suporte em ambiente hos-
Evidências na literatura sugerem que pacientes que pitalar, com garantia de recursos adequados e me-
receberam CPP vivem mais e com melhor qualidade. nor sofrimento de seu ente querido.

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Aspectos legais do cuidado paliativo pediátrico

Os seguintes documentos respaldam a ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou


equipe médica para a execução dessas ações e obstinadas, levando sempre em consideração a
para atuação de Equipes de CPP14-16. A equipe vontade expressa do paciente ou, na sua impossi-
deve ter, portanto, a segurança para desenvol- bilidade, a de seu representante legal.
ver suas práticas sem o receio de estar infrin-
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/200616:
gindo algum princípio ético ou cometendo al-
gum desvio legal. Art. 1º É permitido ao médico limitar ou sus-
pender procedimentos e tratamentos que prolon-
DIRETRIZES DA OMS14:
guem a vida do doente em fase terminal, de en-
(...) Muitos aspectos dos cuidados paliativos de- fermidade grave e incurável, respeitada a vontade
vem ser aplicados mais cedo, no curso da doença, da pessoa ou de seu representante legal.
em conjunto com o tratamento ativo;
§ 1º O médico tem a obrigação de esclarecer ao
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA15: doente ou a seu representante legal as mo-
Capítulo I – Princípios Fundamentais - Artigos dalidades terapêuticas adequadas para cada
XXII: Nas situações clínicas irreversíveis e termi- situação.
nais, o médico evitará a realização de procedimen- § 2º A decisão referida no caput deve ser funda-
tos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e mentada e registrada no prontuário.
propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
§ 3º É assegurado ao doente ou a seu represen-
cuidados paliativos apropriados.
tante legal o direito de solicitar uma segun-
Capítulo V - Relação com paciente e familia- da opinião médica.
res. É vedado ao médico:
Art. 2º O doente continuará a receber todos
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que os cuidados necessários para aliviar os sintomas
a pedido deste ou de seu representante legal. que levam ao sofrimento, assegurada a assistên-
Parágrafo único. Nos casos de doença incurá- cia integral, o conforto físico, psíquico, social e
vel e terminal, deve o médico oferecer todos os espiritual, inclusive assegurando-lhe o direito da
cuidados paliativos disponíveis sem empreender alta hospitalar.

Conclusão

Poder ofertar um melhor cuidado e ampliar cialmente em fase de final de vida, é, sem dúvida
a perspectiva de uma melhor qualidade de vida nenhuma, uma oportunidade de ultrapassar os li-
de crianças portadoras de enfermidades crônicas mites de uma assistência tecnicista e presa a uma
ou em curso de doenças que levam à morte, espe- medicina preocupada apenas com a cura.

Sugestão

Saberque podemos fazer mais e melhor, compaixão, humanismo, respeito, abertura e


podemos tornar nossas unidades locais de dignidade humana17.

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA


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Clóvis Francisco Constantino (SP) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
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Sidnei Ferreira (RJ) Consortium) Isabel Rey Madeira (RJ)
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Cláudio Hoineff (RJ) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
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Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
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COORDENADORES REGIONAIS: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Norte: Isabel Rey Madeira (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Jocileide Sales Campos (CE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Nordeste: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Sudeste: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Sul: Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Jefferson Pedro Piva (RS)
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Cecim El Achkar (SC) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Centro-oeste: Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Regina Maria Santos Marques (GO) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Normeide Pedreira dos Santos (BA) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Marun David Cury (SP) Dirceu Solé (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Relações Institucionais: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Sérgio Luís Amantéa (RS)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Gil Simões Batista (RJ)
Rubens Feferbaum (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Aurimery Gomes Chermont (PA)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Adolescentes com Deficiência: COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Maternidade e Paternidade: Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
João Coriolano Rego Barros (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Alexandre Rodrigues Ferreira (MG)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
GRUPOS DE TRABALHO:
COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Drogas e Violência na Adolescência: PEDIÁTRICA (CANP)
Evelyn Eisenstein (RJ) Gilberto Pascolat (PR)
Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Doenças Raras: CONVERSANDO COM O PEDIATRA Isabel Rey Madeira (RJ)
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Metodologia Científica: PORTAL SBP Valmin Ramos da Silva (ES)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Flávio Diniz Capanema (MG) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Leone (SP) Tânia Denise Resener (RS)
COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Pediatria e Humanidade: José Maria Lopes (RJ) João Coriolano Rego Barros (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA
Marisa Lopes Miranda (SP)
Christian Muller (DF) Altacílio Aparecido Nunes (SP)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) CONSELHO FISCAL
João de Melo Régis Filho (PE) Titulares:
Transplante em Pediatria: DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Núbia Mendonça (SE)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Luciana Rodrigues Silva (BA) Nélson Grisard (SC)
Irene Kazue Miura (SP) Dirceu Solé (SP) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Suplentes:
Adriana Seber (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES João de Melo Régis Filho (PE)
Fabiana Carlese (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Joel Alves Lamounier (SP) Presidente:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Altacílio Aparecido Nunes (SP) José Martins Filho (SP)
PROFISSIONAL Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Vice-presidente:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Flávio Diniz Capanema (MG) Álvaro de Lima Machado (ES)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Secretário Geral:
Hélcio Villaça Simões (RJ) Renato Procianoy (RS) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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