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ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA

Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba


Curso de Engenharia Mecânica
Turma 1 – Noturno

Circuitos elétricos RLC

Piracicaba, 20/05/2010.
Sumário

Introdução 3

Material 12

Procedimento experimental 13

Resultados 17

Conclusão 19

Referências Bibliográficas 20
Introdução

Este trabalho tem como objetivo compreender as principais características de um


circuito RLC.

1.0 Fundamentos teóricos

1.1 Circuitos

1.1.4. Circuito R

Em circuitos CA somente com resistência, a tensão e Corrente estão em fase.


Assim , pode-se analisar esse tipo de circuito pelos métodos usados para o circuito cc.
Seja o circuito, abaixo, em série.

Figura 1 – Diagrama de circuito, representação da tensão e corrente e diagrama


fasorial.

Eq. 1

Eq. 2

A impedância na forma complexa para o resistor é:

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1.1.2 - Circuito RL

A reatância indutiva XL é a oposição à corrente devida à indutância do circuito. A


unidade da reatância indutiva é o ohm (Ω). A fórmula para a reatância indutiva é:

XL = 2πfL Eq. 3

Onde

XL= reatância indutiva,[Ω]


f = freqüência angular,[Hz]
L = indutância, [Hz]

Seja uma tensão ca, v, aplicada a um circuito que tenha somente indutância. A
corrente IL,que passa pela indutância estará atrasada da tensão vL, de 90º.

Figura 2 – Diagrama de circuito, representação da tensão e corrente e diagrama


fasorial de um circuito indutivo.
A impedância complexa no indutor na forma complexa é :

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Quando uma bobina tem uma resistência em série, a corrente I é limitada tanto por
XL,quanto por R.
A corrente I, através de XL, está defasada da tensão VL de 90º.

VR = IR e VL = IXL

Figura 3 – Representação do triângulo de Impedância.

A resultante da adição dos fasores R e XL é chamada de impedância. É


representada pelo símbolo Z.
A impedância é a reação total ao fluxo da corrente em ohms [Ω].

Eq. 4

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1.2.4. Circuito RC

Um capacitor é um dispositivo elétrico formado por duas placas condutoras de


metal separadas por um material isolante chamado dielétrico.

Figura 4– Representação do Capacitor e Simbologia

O capacitor armazena carga elétrica no dielétrico. A Capacitância é a capacidade


de armazenamento de carga elétrica e é dada pela expressão:

C = Q/ V eq. 5

C=capacitância,F
Q= quantidade de carga,C
V=tensão,V

A reatância capacitiva XC [ohm] é a oposição ao fluxo de corrente.

eq. 6
Onde
XC= reatância capacitiva, Ω
f = freqüência, Hz
C = capacitância, F

6
Figura 5 – Diagrama de circuito, representação da tensão e corrente e diagrama
fasorial de um circuito capacitivo.

A associação da resistência com a reatância capacitiva é chamada de impedância.

A impedância complexa no capacitor na forma complexa é :

O módulo de V na forma complexa e a defasagem entre V e I é dado por

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1.3.4. Circuito RLC

Considere o circuito abaixo:

Figura 6 – Representação de um circuito RLC.

A impedância Z do circuito é a soma complexa da resistência R com as reatâncias


indutiva jXL e capacitiva –jXc.
Na impedância Z , a resistência é a parte real e a resultando é a parte imaginária ,
que pode variar de -90 a 90, dependendo dos valores das reatâncias

Portanto o circuito RLC série pode ter 3 comportamentos distintos:

2. 0 Material
 1 Multímetro digital

Figura 7 – Representação de impedância de um circuito RLC.

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No circuito RLC em série a tensão é:

Ou

Aplicando a Lei de Ohm ao circuito RLC obtem-se:

No gerador

No resistor

No indutor

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No capacitor

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3.0 Procedimento experimental

Ligar o gerador de freqüência e ajustar a intensidade para que você


obtenha uma ddp de saída igual a 9,4V. medidos com o multímetro conforme a
Figura 16.

Figura 16 – Ajuste do gerador de freqüência

Montar circuito no proto-board e ligar o gerador de freqüência no circuito


para alimentá-lo conforme a figura 17 e esquema de circuito.

Figura 17 – Montagem do circuito no proto-board

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Ajuste o multímetro para medir a tensão em cada resistor V 1, V2 e V3, para
tal deve-se ligar as pontas do multímetro em paralelo a cada resistor, um após o
outro e anote os resultados obtidos (figura 18).

Figura 18 – Representação da medição de voltagem no circuito, multímetro ligado


em paralelo aos resistores

Novamente ajuste o multímetro só que dessa vez para medir a corrente em


cada resistor I1, I2 e I3, para tal deve-se ligar as pontas do multímetro em série a
cada resistor, um após o outro e anote os resultados obtidos (figura 19).

Figura 19 – Representação da medição da corrente no circuito utilizando o


multímetro
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Em seguida, utilize o osciloscópio para medir as tensões em cada resistor,
para tal deve-se ligar as pontas de prova em paralelo a cada resistor (figura 20).

Figura 20 – Ligação em paralelo da ponta de prova para medir a ddp através do


osciloscópio
Foi feito os ajustes básicos como brilho e foco, até obter no visor uma linha
fina e nítida. Depois foi realizado os ajustes horizontais na base de tempo em
2ms .

Figura 21 – Ajustes horizontais

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A chave seletora de seletora de ganho vertical foi posicionada em 5volts/div.

Figura 22– Ajustes verticais

Em seguida anote o valor da tensão de pico a pico obtidos analisando a


onda senoidal, faça isso com todos os resistores e anote os resultados obtidos.

Figura 23 – Representação da medição de ddp no circuito utilizando o osciloscópio

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4.0 Resultados

Considerando o circuito da figura 17,pode-se calcular os valores teóricos


para tensão e corrente:

Cálculo da resistência total

Cálculo da corrente total:

ddp nos resistores R1,R2 e R3

Resistor 1

Para os resistores em paralelo V2 = V3

Utilizando-se a lei de ohm e os dados obtidos acima pode-se calcular a corrente nos
resistores R2 e R3:

Resistor 2

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Resistor 3

No osciloscópio foi levantado os seguintes dados:


Queda de tensão no resistor 1
Tabela 2: Valores da tensão obtidos através do osciloscópio

N° de Volts/div N° divisões Ponta de Valor


divisões X Volts/div Prova Medido(v)

Tensão 5,1 5 25,5 (x) 1 25,5

A tensão de pico a pico obtida no osciloscópio é de 25,5V. Utilizando a


equação 2 pode-se obter a tensão de pico.
Vpp = 2.Vp Eq. 2
25,5 = 2.Vp
Vp = 12,75V

A tensão eficaz é obtida através da equação 5

Vef = 0,707 . 12,75V


Vef= 9,01V

Nos resistores 2 e 3 não foi possível fazer a leitura no osciloscópio da ddp,


pois não apresentou onda.
Tabela 3: Valores da resistência obtidos através da tabela de cores e multímetro
Leitura 1 (código de Leitura 2
n° do Erro (código
Código de cores cores) (Multímetro) Erro(%)
resistor de cores)
(Ω) (Ω)
Laranja - Laranja-
1 3300 ±5% 3290 0,30
Vermelho - Dourado
Marrom - Preto-
2 1000 ±5% 1000 0
Vermelho -Dourado
Verde – Azul –
3 5600 ±5% 5450 2,67
Vermelho- Dourado

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O erro (%) foi calculado pela seguinte expressão:
Erro (%) = L(maior) – L(menor) * 100 / L(maior) Eq. 9

Tabela 4: Valores obtidos através do cálculo e medição

V(v) I(A)
R1 R2 R3 R1 R2 R3
Teórico 7,48 1,925 1,925 0,00226 0,00192 0,000343
Multímetro 7,5 1,9 1,9 0,00211 0,00178 0,000250
Osciloscópio 9,01 - - - - -

Tabela 5: Erros encontrados comparando-se os valores obtidos através do cálculo em


relação ao multímetro.

V(v) I(A)
R1 R2 R3 R1 R2 R3
Erro(%) 0,266667 1,298701 1,298701 6,637168 7,291667 27,1137

O erro obtido entre a tensão teórica e a encontrada no multímetro é 16,89%

4.0 Conclusão

A partir do exposto conclui-se que os resistores utilizados no experimento


encontram-se dentro da tolerância especificada pelo fabricante que é de ±5%,
sendo que o erro máximo apresentado foi de 2,67%.
Na medição de voltagem e corrente observando os valores teóricos em
relação ao medido no multímetro pode-se considerar pequeno dependendo da
aplicação, o erro máximo que ocorreu na medição da ddp ( 1,30%). Na corrente o
erro foi maior (máximo 27,11%). O erro é grande porque os valores medidos são
da ordem de miliamperes, portanto qualquer pequena diferença resulta erros
elevados.

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Na medição da ddp utilizando o osciloscópio foi encontrado um erro alto de
aproximadamente 16,9% e não foi possível medir a queda de tensão nos
resistores R2 e R3 , pois não indicavam onda no mostrador.
É necessário observar que o osciloscópio quando foi ligado ao circuito
passou a interferir no circuito, comportando-se como parte integrante ocasionando
erro de medição. Uma das causas pode ser que a impedância do osciloscópio
deve estar fora do especificado para o aparelho, sendo indicado realizar a
calibração desse aparelho de medição.

5.0 Referências Bibliográficas

1. Markus, Otávio. Circuitos elétricos – São Paulo : Editora Érica, 2001.


1a Parte (Apostila),Londrina, 2002.

2. MUSSOI, Fernando Luiz Rosa – Sinais Senoidais: Tensão e corrente alternadas –


Apostila , Florianópolis, 2006.

3. http://www.if.ufrj.br/teaching/oscilo/intro.html

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