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Apresentação
Caros leitores e estudantes, esta obra digital do Projeto Exame de
Ordem (PEO), o Vade PEO, oferecido pelo Gran Cursos Online,
faz parte de uma coleção do curso que reúne teoria, resolução
de questões objetivas e subjetivas, peças, entre muitas dicas. Tudo
realizado pela lavra da seleta equipe de professores do Projeto,
com cuidadoso esmero e atualização de informações.
Prof. Marcelo Borsio Trata-se de um grupo esquematizado de dicas de todas as disci-
Coordenador Científico plinas do Exame de Ordem, com sugestões de temas para estudo,
Projeto Exame de entre outros tantos detalhes que não podem passar ao largo de
Ordem quem estuda para a OAB.
Eis, então, parte do compêndio da coleção VADE PEO. Material
ímpar e vitrine sem igual da competência e capacidade técnica de
nossos professores.
Boa leitura!
Forte abraço
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Sumário
1ª FASE – PROJETO EXAME DE ORDEM:
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DIREITO PENAL:
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DIREITO DO TRABALHO:
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Prezados alunos, vamos passar algumas dicas que vêm caindo na prova da 1ª
Fase da OAB em tributário. A cada parágrafo uma dica diferente.
1. A regra da lei tributária é a lei ordinária (ler todo o artigo 97 do CTN – hipó-
teses), mas há hipóteses constitucionais (ler todo o artigo 146 da CF) que são ma-
térias de lei complementar. Há tributos federais que são veiculados por lei com-
plementar: Imposto sobre Grandes Fortunas, Empréstimo Compulsório, Impostos
Residuais, Contribuições Sociais Residuais. Decore o mnemônico: AS FORTUNAS
COMPULSÓRIAS SÃO RESIDUAIS. As matérias cabentes à lei complementar não
poderão ser objeto de medida provisória. Decore mais isso: as leis de regras ge-
rais do ICMS e do ISS são complementares. A do ITCMD (até hoje não editada)
nas hipóteses em que haja algum elemento de conexão de que possa decorrer
tributação em país estrangeiro.
Isso poderá ocorrer, por exemplo, quando o doador possuir domicílio ou re-
sidência no exterior, os bens inventariados estiverem localizados no exterior ou o
próprio inventário for realizado fora do Brasil. É também da lei complementar a
lei que confere (até hoje não editada) remissão e anistia das contribuições sociais
para a seguridade social.
2. Decore esse quadro para memorizar alíquotas máximas e mínimas e quem define:
RESOLUÇÃO DO SENADO
ALÍQUOTAS ALÍQUOTAS
MÁXIMAS MÍNIMAS
ITCMD –
ICMS ICMS
– IPVA
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4. Guarde isso que José Afonso da Silva ensina sobre o princípio da isonomia
tributária: Não basta, pois, a regra de isonomia estabelecida no caput do art.5º.
O constituinte teve consciência de sua insuficiência, tanto que estabeleceu que
é vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profis-
sional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurí-
dica dos rendimentos, títulos ou direitos (art. 150, II). Mas também consagrou a
regra pela qual, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (art.145, §1º). (…)
Aparentemente, as duas regras se chocam. Uma veda tratamento desigual; outra
autoriza. Mas em verdade ambas se conjugam na tentativa de concretizar a jus-
tiça tributária”.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA RAQUEL BUENO
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO DAHER
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5 em 1: Ética Profissional
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Dentre os assuntos mais cobrados, vamos revisar sobre os poderes dos advo-
gados – substabelecimento?
O substabelecimento é o compartilhamento de poderes entre advogados ou
a transferência de poderes de um advogado para outro. A diferença entre com-
partilhar ou transferir está no tipo de substabelecimento, podendo ser com reser-
vas ou sem reservas de poderes. O substabelecimento, sem reservas, precisa do
consentimento do cliente, devido a retirada do advogado do processo.
Melhor dizendo, o substabelecimento sem reservas, é a transferência total de
poderes do advogado para outro, retirando-se totalmente da atuação no processo.
Já o substabelecimento com reservas ocorre quando o advogado compartilha
os poderes com outro advogado, sendo dispensado o consentimento do cliente,
pois trata-se de ato privativo do advogado, podendo inclusive, substabelecer a
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estagiários.
Lembre-se que o instrumento de procuração e o substabelecimento são do-
cumentos escritos e essenciais para o exercício do advogado na via judicial e
extrajudicial.
Procuração Substabelecimento
Cliente à Advogado Advogado à Advogado
Tipo: com reservas ou sem reservas
sem reservas: é obrigatório o consentimento do
cliente / outorgante.
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DIREITO CIVIL:
PROFESSOR EDUARDO GALANTE
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6ª) Cabe aos Estados organizar sua respectiva justiça, respeitados os dispositi-
vos da CF: em cada qual haverá os juízos e tribunais estaduais, cuja competência
é dada em conformidade com as Constituições Estaduais e leis de organização
judiciária. Tanto a Justiça Federal quanto a estadual terão ainda os seus respecti-
vos juizados especiais e colégios recursais.
7ª) Em posição de destaque acima dos órgãos de primeiro e segundo graus
de jurisdição, tanto estaduais como federais, há o Superior Tribunal de Justiça,
criado pela CF de 1988 (arts. 104 e ss.), cuja função precípua é resguardar a lei
federal infraconstitucional. E, sobre todos, o Supremo Tribunal Federal, guardião
máximo da Constituição Federal, cuja competência é estabelecida no seu art. 102.
8ª) REGRAS GERAIS PARA A APURAÇÃO DE COMPETÊNCIA: Neste item, for-
mularemos algumas regras que devem ser observadas por aquele que deseja
apurar onde determinada demanda deve ser proposta. São seis os passos, su-
geridos por Nelson Nery Junior: I) Se a ação pode ou não ser proposta perante
a justiça brasileira, o que exige consulta aos arts. 21 a 23 do CPC; II) Sendo da
justiça brasileira, se não se trata de competência originária do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, o que exige consulta aos arts. 102, I, e
l05, I, da Constituição Federal; III) Se a competência não é de alguma das justiças
especiais, conforme arts. 114, 121 e 124 da Constituição Federal; IV) Não sendo de
competência das justiças especiais, verificar se a competência é da justiça comum
federal ou estadual, lembrando que será da primeira nas hipóteses do art. 109
da CF; V) Qual o foro competente, o que exige consulta ao CPC ou a lei federal
especial; VI) Qual o juízo competente, nos termos das normas estaduais de orga-
nização judiciária.
9ª) TIPO DE TUTELA COGNITIVA: CONDENATÓRIA, CONSTITUTIVA E DECLA-
RATÓRIA: Dentre as ações de conhecimento, é possível identificar três tipos fun-
damentais: a condenatória, a constitutiva e a declaratória, conforme o tipo de
tutela postulada. Nas três, pede-se sempre uma sentença: as declaratórias são
mais simples que as demais, porque nelas o juiz se limita a declarar a existência
ou inexistência de uma relação jurídica. O que se pretende obter é uma certeza
jurídica sobre algo que, até então, era fonte de dúvidas, incertezas ou insegu-
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rança. A sentença declaratória não impõe obrigações’ aos litigantes, por isso não
constitui título executivo, mas torna certa uma situação jurídica que, embora já
existisse, não era reconhecida. Por exemplo: quando houver dúvida a respeito da
paternidade de alguém que queira saná-la, bastará que ajuíze ação declaratória,
na qual o juiz decidirá se, afinal, o autor é ou não filho do réu. Já a tutela consti-
tutiva é aquela cuja finalidade é modificar, constituindo ou desconstituindo, uma
relação jurídica. Um exemplo é o das ações de separação judicial ou divórcio,
que objetivam desconstituir a sociedade conjugal ou o casamento, respectiva-
mente. Tal como as ações declaratórias, as constitutivas não visam a formação
de um título executivo. Por seu intermédio, o que se busca é a modificação de
uma situação jurídica indesejada. As ações constitutivas podem ser positivas ou
negativas. As primeiras são as que criam relações jurídicas até então inexistentes;
as segundas as que as desconstituem. O que caracteriza a sentença constitutiva
é a criação de um estado jurídico distinto do anterior. Por fim, a ação condenató-
ria é aquela que visa a formação de um título executivo judicial, que atribuirá ao
autor a possibilidade de valer-se da via executiva, tornando realidade aquilo que
lhe foi reconhecido. Sua finalidade é compelir alguém ao cumprimento de uma
obrigação inadimplida. A ação condenatória tem por objetivo não a satisfação
imediata e plena do direito postulado, mas a formação de título que permita apli-
car a sanção executiva.
10ª) PROCESSO E PROCEDIMENTO: Enquanto o processo engloba todo o
conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação dura-
doura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na
forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados.
11ª) NULIDADES: No processo civil, também são admitidas as nulidades abso-
lutas e relativas, mas o tratamento dado é diferente do que se dá no direito civil,
pois ambas se sanam, se tomadas as providências necessárias para isso. Todas as
nulidades processuais, em princípio, podem ser sanadas, porque o processo não
é um fim em si, mas meio para se alcançar a proteção aos direitos materiais. As
nulidades absolutas são as que decorrem de vícios relacionados com a estrutura
do processo e da relação processual. As que não dizem respeito a esses aspectos
são relativas.
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suas atribuições. O art. 129, III, da CF autoriza o Parquet a “promover o inquérito civil e
a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
e de outros interesses difusos e coletivos”. COMO FISCAL: A outra qualidade em que
o Ministério Público pode intervir no Processo Civil é a de fiscal da ordem jurídica. O
art. 178 do CPC enumera em três incisos um rol apenas exemplificativo, quais são as
hipóteses: Quando houver interesse público ou social; Quando houver interesse de in-
capazes; Nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e urbana.
20ª) O CPC dá excepcional importância à SOLUÇÃO CONSENSUAL DOS
CONFLITOS. Dentre outras, há duas providências determinadas pelo legislador,
que visam diretamente facilitar e favorecer a autocomposição. A primeira delas
é a instituição de uma audiência de tentativa de conciliação já no início do pro-
cedimento comum, antes que o réu tenha oportunidade de oferecer resposta. A
segunda é a inclusão de mediadores e conciliadores como auxiliares da justiça.
Determina o art. 165, caput, do CPC que os tribunais criarão centros judiciários
de solução consensual de conflitos, a quem competirão duas tarefas essenciais: a
de realizar as sessões e audiências de conciliação e mediação; e a de desenvolver
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. O art.
165, §§ 2º e 3º, esclarece a atuação do conciliador e do mediador. O primeiro atua
preferencialmente em casos em que não houver vínculo anterior entre as partes;
e o segundo, quando houver esse vínculo. É ele que determinará a atuação de
mediador ou de conciliador.
21ª) PRINCÍPIOS DA CONCILIAÇÃO, CONCILIADOR E MEDIADOR: são princí-
pios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e mediadores judiciais:
confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independên-
cia e autonomia, respeito à ordem pública e às leis vigentes, empoderamento e
validação.
I – Confidencialidade- dever de manter sigilo sobre todas as informações ob-
tidas na sessão, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública
ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar como ad-
vogado dos envolvidos, em qualquer hipótese;
II – Decisão informada – dever de manter o jurisdicionado plenamente infor-
mado quanto aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido;
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DIREITO ADMINISTRATIVO:
PROFESSOR GUSTAVO SCATOLINO
1 SILVA, Almiro e Couto. O princípio da segurança jurídica (proteção à confiança) no Direito Público Brasileiro e do direito da
Administração Pública de anular seus próprios atos administrativos: o prazo decadencial do art. 54 da Lei do Processo
Administrativo da União (Lei n. 9.784/99). In: Revista Brasileiro de Direito Público – RBDP, Belo Horizonte, ano 2, n. 6, p.
48-49, jul./set., 2004.
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De acordo com essa súmula, na análise pelo TCU de processos que ele deva
fazer o registro se for resultar em determinação de anulação ou revogação, pri-
meiro deve se conferir ao interessado a oportunidade para o exercício do con-
traditório e ampla defesa, antes da referida anulação ou revogação. Entretanto, a
súmula faz exceção ao registro inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Nes-
ta hipótese não haverá direito ao contraditório e da ampla defesa perante o TCU
O STF entende que o registro de aposentadoria é ato complexo. Sendo
assim, só está realmente formado o ato com a conjugação da vontade dos dois
órgãos (órgão do servidor e TCU). Enquanto o servidor tem a concessão de
aposentadoria apenas perante seu órgão de origem, esse ato ainda não está
formado, pois apenas com o registro perante o TCU é que estará finalizado.2 Na
verdade, o TCU não aprova um ato já pratica, mas sim participa da própria for-
mação do ato, que só estará finalizado com a aquiescência da Corte de Contas.
Assim, o TCU não está submetido ao prazo de 5 anos para fazer o
registro da aposentadoria. Esse é o entendimento que prevalece no STF, mas
veremos que o Supremo Tribunal Federal possui alguns acórdãos (MS n. 24.448
e 25.116) no sentido de que o TCU tem que fazer o registro dentro de um prazo
razoável, posição que, em alguns casos, já vem sendo perfilhada pelo STJ.
Entretanto, deve-se ter atenção. O TCU não está submetido ao prazo de 5
anos para o registro de aposentadoria, que se trata de ato complexo, mas para
outros atos que não têm essa natureza está esse Tribunal sujeito ao prazo de-
cadencial, a exemplo de atos que concedem incorporação de gratificação ou
adicional.
No Mandado de Segurança n. 26.117/DF, Relator Min. Eros Grau, o STF enten-
deu que se operou a decadência para anulação do ato pelo TCU. Tratava-se de
ascensão funcional interna de servidor no órgão de lotação em que o órgão de
controle somente julgou as contas depois de mais de 10 anos. Entendeu-se que
não consubstancia ato complexo a ascensão funcional.
2 Apesar do STF entender que o registro de aposentadoria é ato complexo, entendemos que seria caso de ato composto, pois
o ato do TCU apenas aprova, confirma outro ato. Entretanto, para fins de concurso deve ser adotada a posição do STF
no sentido de que é ato complexo.
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3 O termo a quo do prazo de 5 anos para que o Tribunal de Contas da União – TCU examine a legalidade dos atos concessivos
de aposentadorias, reformas e pensões, conta-se a partir da data de chegada do processo administrativo na própria Corte
de Contas. MS 24781/DF, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, 2.3. 2011. (MS-24781) – Infor-
mativo n. 618 STF.
4 REsp 1098490/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 05/03/2009, DJe 27/04/2009
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Por fim, não podemos deixar de fazer a crítica referente à edição de súmulas
vinculantes, sem debate aprofundado sobre o tema; assim como aconteceu com
a súmula vinculante n. 13, que dispõe sobre o nepotismo, entre outras. Novamen-
te sem examinar diversos precedentes antes de consolidar o entendimento, o STF
edita súmula que já não é mais aplicada conforme está disposta.
Na sua prova, então, atenção
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DICA 03 – ZONEAMENTO
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Bons estudos!
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DIREITO CIVIL:
PROFESSORA ROBERTA QUEIROZ
Oi amores…
Vamos hoje conversar um pouco sobre nossa prova da 1ª fase da OAB???
Precisamos conversar sobre alguns temas de pessoa natural que devem estar
sempre no coração …
Vamos enfrentar essa prova juntos, de mãos dadas…
Sabe o que pode ser interessante para sua prova?! Olha só…
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EMANCIPAÇÃO
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Em relação ao tema, tenha cuidado, pois a súmula 358 do STJ diz que o can-
celamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à
decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. Ou seja,
não adianta emancipar o menor, vai continuar pagando alimentos até uma pos-
sível exoneração por decisão judicial.
Outro ponto interessante é sobre a responsabilidade civil dos pais em relação
aos atos praticados por seus filhos emancipados. Nas lições sempre preciosas de
Carlos Roberto Gonçalves, seguindo a antiga jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, a emancipação voluntária não se reveste, como as demais espécies, do
efeito de isentar os pais da obrigação de reparar as vítimas dos atos ilícitos prati-
cados pelo menor emancipado, sendo forma de evitar emancipações maliciosas.
MORTE
Observe que a morte pode ser real, conforme resoluções do CFM – resolu-
ções 1480/97 e 1826/2007 do CFM, tem como critério científico a parada da fun-
ção encefálica, conhecida como morte cerebral.
Contudo, há a morte presumida, sem corpo presente. Essa morte pode acon-
tecer de duas formas: com ou sem declaração de ausência. Em verdade, haverá
morte com prévia declaração de ausência quando o sujeito ausente desaparecer
de seu domicílio sem deixar notícias. Assim, essa morte exige, antes de sua de-
claração, um período de “não presença” e “não notícias”. A lei não traz o tempo
exato de desaparecimento.
Entretanto, há a morte presumida sem declaração de ausência sempre que,
mesmo sem corpo presente, é possível e provável a morte do sujeito. Esta, inclu-
sive, foi o tema de questão da OAB. Veja que ocorre a incidência do artigo 7º do
CC, vejamos:
Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for en-
contrado até dois anos após o término da guerra.
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DIREITOS DE PERSONALIDADE
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Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da persona-
lidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça
ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indeni-
zação que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilida-
de, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
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Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em pu-
blicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda
quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que
se dá ao nome.
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Olá Examinandos(as),
O artigo de hoje contém a 1ª parte das dicas de Direito Internacional. Bons
estudos!
Fique atento(a): esta regra já foi cobrada várias vezes no Exame de Ordem.
Veja, por exemplo, a questão cobrada no VI Exame, aplicado em Duque de Caxias:
Uma sociedade brasileira, sediada no Rio de Janeiro, resolveu contratar uma
sociedade americana, sediada em Nova York, para realizar um estudo que lhe per-
mitisse expandir suas atividades no exterior, para poder vender seus produtos no
mercado americano. Depois de várias negociações, o representante da sociedade
americana veio ao Brasil, e o contrato de prestação de serviços foi assinado
no Rio de Janeiro. Não há no contrato uma cláusula de lei aplicável, mas alguns
princípios do UNIDROIT foram incorporados ao texto final. Por esse contrato, o
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estudo deveria ser entregue em seis meses. No entanto, apesar da intensa troca
de informações, passados 10 meses, o contrato não foi cumprido. A sociedade
brasileira ajuizou uma ação no Brasil, invocando a cláusula penal do contrato, que
previa um desconto de 10% no preço total do serviço por cada mês de atraso. A
sociedade americana, na sua contestação, alegou que a cláusula era inválida se-
gundo o direito americano. Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, qual é a lei material que o juiz deverá aplicar para solucionar a causa?
1. a) A lei brasileira, pois o contrato foi firmado no Brasil.
2. b) A lei americana, pois o réu é domiciliado nos Estados Unidos.
3. c) Os princípios do UNIDROIT, porque muitas cláusulas foram inspiradas
nessa legislação.
4. d) A Lex Mercatoria, porque o que rege o contrato internacional é a prática
internacional.
Explicando: no caso desta questão verifica-se que o contrato foi assinado no
Rio de Janeiro. Assim, a lei de direito material aplicável para reger o contrato, será
a lei brasileira. Isso não é pelo fato de a sociedade contratante ser brasileira, mas
sim pelo fato de o contrato ter sido celebrado no Brasil. Portanto, alternativa “a”
o gabarito.
No III Exame de Ordem aplicaram uma questão muito similar que cobrava a
mesma regra, a saber:
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo,
África do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por ob-
jeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital
do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo
para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem
quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem chegar a
uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça
paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com
relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que:
1. a) o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a
lide, pois o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o
do local onde o contrato é assinado.
2. b) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua
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2) Competência Internacional:
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Fique atento(a): este artigo tinha redação similar ao antigo artigo 89 CPC/76.
Foi, no entanto, inserido o inciso III. Esse inciso, inclusive, já foi objeto de cobrança
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Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência
e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e
das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados in-
ternacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não
impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para
produzir efeitos no Brasil.
Continuaremos com nossas dicas de Direito Internacional no próximo encon-
tro que será no dia 26 de setembro. Até lá!
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR JOSÉ CARLOS
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Além dessas, outras gerações têm sido estudadas, a exemplo da quarta gera-
ção (direito a bioética e limites da manipulação genética); quinta geração (direito
à paz em toda a humanidade), entre outros.
Em recente exame aplicado pela FGV, cobraram a seguinte questão:
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da justiça militar para a justiça comum dos crimes dolosos contra a vida
praticados por policiais militares (Lei n. 9.299/96), que permitiu o indicia-
mento e o julgamento de policiais militares em casos de múltiplas e graves
violações como os do Carandiru, Corumbiara e Eldorado dos Carajás; a
tipificação do crime de tortura (Lei n. 9.455/97), que constituiu marco re-
ferencial para o combate a essa prática criminosa no Brasil; e a construção
da proposta de reforma do Poder Judiciário, na qual se inclui, entre outras
medidas destinadas a agilizar o processamento dos responsáveis por vio-
lações, a chamada ‘federalização’ dos crimes de direitos humanos.”
Alguns examinandos ficaram com dúvidas nessa questão. Primeiro pela exten-
são do texto e por juntar a questão do IDC com os PNDHs – Programas Nacionais
de Direitos Humanos. A resposta, no entanto, foi simples e cobrou, novamente, a
literalidade do artigo 109, § 5º (alternativa, portanto, “b”).
Não se espante quando tratar dos PNDHs. São programas instituídos no Brasil
para a proteção dos Direitos Humanos. Desses programas podem advir altera-
ções legislativas, tal qual a do IDC que, inicialmente, foi prevista no PNDH-2 in-
formado no comando da questão aplicada no XV Exame de Ordem. Trataremos
dos PNDHs na próxima dica.
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mocrática para revisar e atualizar o PNDH, com o desafio de tratar de forma in-
tegrada as múltiplas dimensões dos Direitos Humanos.
O PNDH-3 foi aprovado por intermédio do Decreto 7.037, de 21 de dezembro
de 2009, estando estruturado em 6 eixos orientadores e 25 Diretrizes:
• Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil (Diretrizes 1 a 3);
• Desenvolvimento e Direitos Humanos (Diretrizes 4 a 6);
• Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades (Diretrizes 7 a 10);
• Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência (Diretrizes 11 a 17);
• Educação e Cultura em Direitos Humanos (Diretrizes 18 a 22);
• Direito à Memória e à Verdade (Diretrizes 23 a 25).
As ações propostas nesses Eixos são consideradas transversais, uma vez que
são executadas por vários ministérios em cooperação, inclusive, com a sociedade
civil.
Observação: as metas, prazos e recursos necessários para a implementação
do PNDH-3 serão definidos e aprovados em Planos de Ação de Direitos Huma-
nos bianuais.
Por intermédio do PNDH-3 institui-se o Comitê de Acompanhamento e
Monitoramento que tem por finalidade:
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Por hoje são essas as dicas! Continuaremos com nossas dicas de Direitos Hu-
manos no próximo encontro que será no dia 26 de setembro. Até lá!
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Por falta de justa causa, a Turma deferiu habeas corpus para trancar ação
penal proposta contra ex-prefeita que fora denunciada pela prática de crime
de responsabilidade (DL 201/67, art. 1º, XIII) por ter contratado, de forma
isolada e por curto período, uma pessoa para a atividade de “gari”, sem a
devida observância da exigência do concurso para provimentos de cargo
público. Com base nos princípios da razoabilidade e da proporcio-
nalidade, entendeu-se configurada a insignificância jurídica do ato
tido como criminoso. HC 77.003-PE, rel. Min. Marco Aurélio, 16.6.98.
Por fim, destaca-se que o Superior Tribunal de Justiça possui várias decisões
em sentido contrário, defendendo a inadmissibilidade do princípio em estudo, no
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namento jurídico ocorre a inconstitucionalidade total. Por outro lado, para efeitos
de controle de constitucionalidade, podem os atos normativos sofrer um parce-
lamento. Neste caso, apenas a parcela viciada da disposição infraconstitucional
será fulminada, ocorrendo, na espécie, a inconstitucionalidade parcial.
5. Quanto ao momento, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo
ou repressivo. No controle preventivo, fiscaliza-se a validade do projeto de lei com
o fim de se evitar que seja inserida no ordenamento jurídico uma norma incompa-
tível com a Constituição. Já no controle repressivo, fiscaliza-se a validade de uma
norma já inserida no ordenamento jurídico. Procura-se expurgar do Direito Posto
norma que contraria formal e/ou materialmente o texto constitucional.
6. No Brasil, o Poder Judiciário atua em dois modelos de controle de constitucio-
nalidade: o modelo concentrado e o modelo difuso. O Poder Judiciário atuará no
modelo concentrado quando somente o órgão de cúpula do Poder Judiciário – no
caso, o Supremo Tribunal Federal – puder realizar o controle de constitucionalidade
das leis e dos atos normativos. Por outro lado, no modelo difuso, todos os órgãos
do Poder Judiciário, inclusive o próprio STF, podem realizar o controle de constitu-
cionalidade das leis e dos atos normativos.
7. Vamos, a partir de agora, aprofundar no controle difuso de constitucionali-
dade. No que tange à legitimação ativa, esta é ampla, uma vez que qualquer das
partes (autor e réu) poderá levantar a questão constitucional, bem assim o membro
do Ministério Público que oficie no feito ou, ainda, o próprio magistrado de ofício.
8. Por seu turno, quanto à competência, qualquer juiz ou tribunal do País dis-
põe de competência para declarar a inconstitucionalidade das leis e dos atos nor-
mativos no controle difuso. No entanto, quando o processo chega às instâncias
superiores, um órgão fracionário do tribunal não possui esta competência, já que
se deve respeitar o princípio da reserva de plenário prescrito no art. 97, da CF.
9. Os efeitos da decisão em controle difuso de constitucionalidade realizado
por juízes monocráticos e tribunais, inclusive o próprio STF, são inter partes (al-
cançan-do apenas o autor e o réu) e ex tunc (retroativos).
Vamos começar agora a tratar do controle concentrado de constitucionalida-
de. Vamos falar inicialmente da ação direta de inconstitucionalidade (ADI), que
tem por fim retirar do ordenamento jurídico uma lei ou ato normativo federal ou
estadual que desrespeita a Constituição Federal.
11. Quem são os legitimados ativos para propor ADI? O art. 103, incs. I a IX,
nos dá a resposta, vamos lá:
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12. Ainda no que tange à legitimação ativa em ADI, temos legitimados universais
e especiais. Os legitimados universais podem impugnar qualquer matéria, indepen-
dentemente da comprovação de interesse, são eles: Presidente da República; Mesa
do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com repre-
sentação no Congresso Nacional. Já os legitimados especiais só podem propor ADI
em face de leis ou atos normativos em relação aos quais comprovarem interesse, co-
nhecido doutrinariamente como “pertinência temática”, são eles: Mesa da Assembleia
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do
Distrito Federal; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
13. Como fica a atuação do Procurador-Geral da República (PGR) na ADI? O
PGR é um dos legitimados universais para propor as ações de controle concen-
trado de constitucionalidade, independentemente da comprovação de interesse
na matéria. Além disso, por força do art. 103, § 1º, da CF, deverá ser previamen-
te ouvido em todas as ações do controle concentrado e em todos os demais
processos de competência do STF, atuação esta chamada de custus legis. Nesta
atuação, o parecer do PGR é obrigatório, ficando totalmente livre para opinar a
favor ou contra a (in)constitucionalidade do tema constitucional debatido, ainda
que tenha impetrado a ADI.
14. E o Advogado-Geral da União (AGU), qual o seu papel no julgamento da
ADI? O AGU é citado para defender o ato normativo impugnado (art. 103, § 3º,
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da CF). A atuação do AGU é vinculada, pois age como curador do ato normativo
debatido.Cabe a ele defender a norma guerreada, não podendo, como regra,
opinar pela inconstitucionalidade, ainda quando a ADI tenha sido proposta pelo
Presidente da República.
15. Por fim, vamos falar da natureza dúplice ou ambivalente da ADI. À luz do
art. 24, da Lei n. 9.868, de 1999, e tendo por base que o pedido formulado pelo
autor é pelo reconhecimento da inconstitucionalidade da norma, teremos o se-
guinte: a) se a ação direta é julgada procedente, estará sendo declarada a incons-
titucionalidade da norma impugnada; b) se a ação direta é julgada improcedente,
estará sendo declarada a constitucionalidade do texto guerreado.
É isso meus amigos. Contem conosco para a sua aprovação.
Fé na missão.
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STF entendeu não ser aplicável a técnica progressividade fiscal ao ITBI, classificado
como um imposto real, nos termos da Súmula 656 do STF. Em relação ao IPTU
(Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), o STF entendeu que
a aplicação da técnica da progressividade fiscal ao IPTU (real) somente ocorre-
ria a partir da Emenda Constitucional n. 29\2000, conforme Súmula 668, STF. A
evolução da jurisprudência ocorreu a partir do julgamento da progressividade do
ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), na medida em que o
STF (RE562045/RS) entendeu que todos os impostos, independentemente de sua
classificação como de caráter real ou pessoal, podem e devem guardar relação
com a capacidade contributiva do sujeito passivo.
5. TAXAS – Os entes políticos poderão instituir taxas, em razão do exercício
do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, com
a ressalva de não poderem ter base de cálculo própria de impostos (CF, art. 145,
lI e § 2º; CTN, art. 77 caput; CTN, art. 80).
6. VEDAÇÃO DE BASE DE CÁLCULO IDÊNTICA À DE IMPOSTOS – Se-
gundo o art. 145, § 2º, da CF, “as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de impostos”. Entretanto, a questão deve ser analisada em conjunto com o en-
tendimento do STF sobre esse ponto. Conforme se verifica da dicção expressa da
Súmula Vinculante 29, STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,
de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto,
desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
7. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA – A taxa de iluminação pública se
refere a atividade estatal que se traduz em prestação de utilidades inespecíficas,
indivisíveis e insuscetíveis de serem referidas a determinado contribuinte, não
podendo ser custeada senão por meio do produto da arrecadação dos impostos
gerais. (Al-AgR 542122. DJ 22.9.2006). Nesse sentido é a Súmula Vinculante n.
41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. O
constituinte derivado, a fim de evitar a perda de receita dos municípios editou a
Emenda Constitucional 39 , que criou a COSIP (Contribuição para o Custeio dos
Serviços de Iluminação Pública), senão vejamos: Art. 149-A Os Municípios e o
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Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para
o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e
III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002) Parágrafo único. É facul-
tada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo
de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002).
8. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria pode ser
cobrada por qualquer ente tributante no âmbito de suas respectivas atribuições
(CTN, art. 81). Nesse particular, sua instituição é competência comum da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Esclareça-se que apesar de o texto consti-
tucional dizer simplesmente que a contribuição de melhoria será devida em “de-
corrência de obra pública”, em verdade, é obrigação decorrente de “valorização
de bem imóvel em decorrência de obra pública”. Ademais, tem como fundamen-
to a vedação ao enriquecimento sem causa.
9. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os empréstimos compulsórios são
tributos temporários que a União (competência exclusiva da União e exige Lei
Complementar) compulsoriamente cobra dos administrados para custear despe-
sas urgentes, ficando obrigada a devolvê-los assim que solucionada a causa que
justificou sua instituição. Não há previsão constitucional que vincule a instituição
dos empréstimos compulsórios a qualquer fato ou situação jurídica específica
relacionada ao contribuinte, nem faça menção aos seus fatos geradores, limitan-
do-se a prever os motivos pelos quais a exação pode ser criada (CF, art. 148). Mo-
tivos estes que não devem ser confundidos com fatos geradores. Motivos para
criação dos empréstimos compulsórios A) atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; B) no
caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional
(nesse caso, observado o princípio da anterioridade).
10. CONTRIBUIÇÕES – O artigo 149 da Constituição Federal estabelece que
compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto
nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativa-
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mente às contribuições a que alude o dispositivo. Por sua vez, os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art.
40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União. Ademais, elenca características principais, na medida
em que é expresso no sentido de que as contribuições sociais e de intervenção
no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: não incidirão sobre
as receitas decorrentes de exportação; incidirão também sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços; poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo
por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medi-
da adotada. Em complemento, estabelece que a pessoa natural destinatária das
operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da
lei; bem como é expresso no sentido de que a lei definirá as hipóteses em que as
contribuições incidirão uma única vez.
Bons estudos!
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outras situações.
A inexigibilidade compõe-se de casos EXEMPLIFICATIVOS. O art. 25 esta-
beleceu três situações exemplificativas, mas tornou possível ao agente público,
quando se encontrar em outra situação de inviabilidade de competição, fazer a
contratação direta pela inexigibilidade.
Outro ponto distintivo entre dispensa e inexigibilidade se refere ao fato de que
a licitação dispensada é uma atuação vinculada, em que o agente público não
faz licitação porque a lei assim previamente estabeleceu, não havendo liberdade
do administrador de querer licitar. A licitação dispensável é atuação discricio-
nária, pois, diante das situações do art. 24, o agente público pode decidir em
fazer ou não a licitação, conforme seus critérios de conveniência e oportunidade.
Por outro lado, nos casos de inexigibilidade, não há o procedimento licitatório,
por ser inviável a competição. Mesmo que o agente público pretendesse fazer
licitação, não teria como executá-la.
1. Fornecedor exclusivo
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valentes;
A comprovação da exclusividade será feita através de atestado fornecido pelo
órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra
ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, por
entidades equivalentes (art. 25).
A lei veda a preferência pela marca. Contudo, a vedação exposta pela lei
deve ser compreendida no sentido de ser evitada a preferência pela marca
com o intuito de não se fazer a licitação. É possível, em algumas situações,
dentro de um processo licitatório, a preferência pela marca. Confira os
casos apontados por José dos Santos Carvalho Filho15:
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Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Dessa forma, não é qualquer tipo de serviço que pode ser contratado sem
licitação, apenas os serviços selecionados pela lei. Para fins de memorização,
devem-se relacionar os serviços apenas com “atividades de natureza intelectual”.
O conceito de notória especialização do profissional contratado é fixado pelo
art. 25, § 1º:
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patenteado tenha. Só o fato de esse produto ser patenteado não quer dizer que
ele deva ser adquirido sem a devida licitação, pois, talvez, os melhoramentos
criados não sejam indispensáveis à Administração e os outros produtos disponí-
veis no mercado atendam às necessidades da Administração. De outro modo se
o inventor produz um melhoramento no produto, adquirindo a patente, com um
diferencial que realmente faz o produto ser incomparável e indispensável, condu-
zirá à exclusividade e contratação direta sem licitação.
Inclusive, o STJ já proferiu decisão nesse sentido:
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO POR PREGÃO PRESENCIAL. EXCLUSIVIDADE.
HIPÓTESE QUE NÃO SE ENQUADRA NAS HIPÓTESES DE LICITAÇÃO PREVISTAS
NO ART. 25, INCISO I, DA LEI N. 8.666/93.
1. Buscou-se com a impetração anular o Pregão n. 040/2008, realizado pela
Secretaria de Estado de Saúde de Minas gerais, defendendo o impetrante que o
fornecimento do produto licitado enquadra-se em uma das hipóteses de inexigi-
bilidade de licitação previstas no art. 25 da Lei n. 8.666/92 diante do privilégio de
exclusividade para o fornecimento de “capa para tampa de reservatório de água
potável (caixa d’água)”, que está tutelado por carta de patente.
2. As hipóteses de contratação direta por inexigibilidade de licitação, elenca-
das no art. 25 da Lei n. 8.666/93, somente se justificam quando se configura a
inviabilidade de competição, diante da existência de apenas um objeto ou pessoa
capaz de atender às necessidades da Administração Pública.
3. Deflui do inciso I do referido dispositivo a necessidade de implementação
das seguintes condições para que o fornecimento de equipamento ou produtos
prescinda de licitação: (i) o produto estar tutelado por exclusividade, atestada
por órgão ou entidades competentes para tanto, o que impede que o Estado
adquira produto similar; (ii) quando inviável a competição pela ausência de outro
licitante capaz de produzir objeto equivalente, que atenta às necessidades da
Administração; e (iii) o produto, ainda que seja tutelado por patente, não possa
ser fornecido por terceiros.
4. Assim, o que torna inexigível a licitação, segundo a dicção do inciso I do
artigo 25 em referência, não é o simples fato de o fornecedor deter a patente de
seu produto, mas o fato desse produto deter certas características peculiares, não
encontradas nos produtos que lhe são concorrentes, e, ainda, que tais caracterís-
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Examinandos e examinandas,
dando prosseguimento a nossa caminhada rumo ao XXI Exame de Ordem,
vamos abordar hoje temas importantes sobre o Direito Empresarial:
Dica 1:
Dica 2:
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As Unidades de Conservação podem ser criadas não apenas por lei, como
também, como exemplo, por Decretos.
No tocante à redução dos limites da Unidade de Conservação, como nos en-
sina Paulo Affonso Leme Machado, só deverá haver a necessidade de lei quando
essa alteração significar mudança para pior, ou seja, acarretar degradação am-
biental, ainda que potencial.
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Caros alunos,
dando continuidade a Regressiva de 100 dias para o Exame de Ordem, hoje
veremos dicas de Direito Administrativo:
1.1 ESTADO
• Pessoa Jurídica Territorial Soberana;
• Nação politicamente organizada, dotada de personalidade jurídica;
• Pessoa Jurídica de Direito Público com Elementos Formadores e 3 Poderes;
• Atual tanto no âmbito do Direito Público quanto do Direito Privado;
• Teoria da Dupla Personalidade do Estado: Essa teoria admitia que o
Estado poderia ter tanto personalidade de DIREITO PÚBLICO, quando atu-
ando na área do direito público, quanto de DIREITO PRIVADO, quando atu-
ando nas questões regidas pelo direito privado;
• Elementos originários e indissociáveis:
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• Modelo de Montesquieu;
• Elementos estruturais do Estado – orgânicos ou organizacionais;
• Não se confundem com os poderes Administrativos – são formas estrutu-
rais de manifestação da Vontade Estatal;
• Funções típicas e Funções atípicas: LEGISLATIVA, JUDICIAL e ADMINIS-
TRATIVA
• Munus Publico: Um encargo para quem exerce. Um dever de defesa, con-
servação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
Não há liberdade para a perseguição de outros interesses.
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PRINCÍPIOS:
• Não são meras recomendações ou orientações;
• São normas que obrigam aqueles que a elas se submetem;
• A generalidade quanto aos destinatários e ao conteúdo não prejudica sua
força coercitiva;
• São mandamentos de OTIMIZAÇÃO. Ponderação dos valores.
REGRAS:
• Caracterizam-se pela concretude;
• Amplitude fixada antecipadamente;
• Conflito entre elas é dirimido no plano da validade;
• Não há hierarquia normativa entre princípios e regras, qualquer um pode
prevalecer.
4.2 Princípios do Direito Administrativo:
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José Cretella Júnior afirma que princípio é toda proposição que age como
pressuposto do sistema, legitimando-o. Classifica-os em:
a) princípios onivalentes(ou universais) – os princípios lógicos encontra-
dos em toda construção científica elaborada pelo homem;
b) princípios plurivalentes – os princípios comuns a um grupo de ciências
semelhantes;
c) princípios monovalentes – os princípios que atuam em somente uma
ciência;
d) princípios setoriais – os princípios de um setor de determinada ciência.
Para Celso Antônio, o Regime Jurídico Administrativo fundamenta-se em
dois princípios basilares: Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e Indis-
ponibilidade do Interesse Público pela Administração.
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resses do Estado;
• Divergência quanto ao cabimento de ARBITRAGEM nos contratos com a
Administração; (Agravo de Instrumento 52.181, 1973);
• Possibilidade de transação entre Município e Servidores – RE 253.885-0,
2002- STF);
• Possibilidade de Juízo Arbitral, STJ, Agravo Regimental no MS 11.308-DF,
Fux, 2006).
4.2.1 Legalidade:
• Legalidade estrita e legalidade ampla;
• Presunção de Legitimidade;
• Restrições: MEDIDAS PROVISÓRIAS, ESTADO DE SÍTIO, ESTADO DE DEFESA.
4.2.2 Impessoalidade:
4.2.3 Publicidade:
• Condição de Eficácia;
• Termo inicial dos prazos;
• Controle e Fiscalização;
• Publicidade e Publicação;
• Mandado de Segurança e Habeas Data;
• Exceções: 5º, X, XXXII e LX (Lei n. 12.527/2011);
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Requisitos:
a)Comprovar uma situação subjetiva de confiança (boa-fé de quem invoca);
b)Que tenha atuado de forma prudente (boa-fé);
c) que o direito gerador tenha sido idôneo para produzi-la.
• Decorre dos postulados: Estado de direito, da segurança jurídica e da equi-
dade.
• Valida a crença de boa-fé nos comportamentos, promessas, declarações e
informes das autoridades públicas;
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Tribunal por ocasião do julgamento da ADC 12-MC/DF, Rel. Min. Ayres Britto.” Rcl
9.013, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Decisão Monocrática, julgamento
em 21.9.2011, DJe de 26.9.2011.
Súmula Vinculante 13 e não exaustão das possibilidades de nepotis-
mo – “Ao editar a Súmula Vinculante n. 13, a Corte não pretendeu esgotar todas
as possibilidades de configuração de nepotismo na Administração Pública, dada
a impossibilidade de se preverem e de se inserirem, na redação do enunciado,
todas as molduras fático-jurídicas reveladas na pluralidade de entes da Federa-
ção (União, estados, Distrito Federal, territórios e municípios) e das esferas de
Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), com as peculiaridades de organização
em cada caso. Dessa perspectiva, é certo que a edição de atos regulamentares
ou vinculantes por autoridade competente para orientar a atuação dos demais
órgãos ou entidades a ela vinculados quanto à configuração do nepotismo não
retira a possibilidade de, em cada caso concreto, proceder-se à avaliação das
circunstâncias à luz do art. 37, caput, da CF/88.” MS 31.697, Relator Ministro Dias
Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 11.3.2014, DJe de 2.4.2014.
Servidor público efetivo indicado para cargo em comissão e relação
de parentesco com servidor não efetivo do mesmo órgão – “Considerada
a amplitude e a complexidade da estrutura administrativa dos diversos órgãos do
Poder Judiciário no tocante à gestão de seus servidores (efetivos ou não), enten-
do que não configura nepotismo a nomeação de pessoa sem vínculo efetivo com
o órgão para cargo de direção, chefia ou assessoramento sem que se questione
a existência de qualquer influência do servidor efetivo com quem o nomeado é
casado, mantém relação estável ou possui relação de parentesco sobre a autori-
dade nomeante, seja para fins de se alcançarem interesses pessoais do servidor
efetivo (devido a relações de amizade, subordinação ou mudança de localidade,
por exemplo) ou da autoridade nomeante (mediante troca de favores), sob pena
se afrontar um dos princípios que a própria Resolução CNJ n. 7/05 e a Súmula
Vinculante n. 13 pretenderam resguardar, qual seja, o princípio constitucional da
impessoalidade.” MS 28.485, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julga-
mento em 11.11.2014, DJe de 4.12.2014.
Nepotismo e lei estadual que prevê hipóteses de exceção – “A previ-
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CONCILIAÇÃO
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do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segu-
rança.
A estipulação do acordo pressupõe a discriminação da natureza das parcelas
ajustadas, ou seja, se são indenizatórias ou remuneratórias. É o que se infere do
art. 832, § 3º, da CLT: “As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre
indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo
homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhi-
mento da contribuição previdenciária, se for o caso”.
Se a parcela for discriminada como remuneratória, haverá incidência de con-
tribuições previdenciária. É o que ocorre com as horas extras, salários, adicionais,
gratificações etc. Por outro lado, se a parcela for indenizatória (tais como férias
vencidas, multa do art. 477, § 8º, da CLT etc), não há que se falar incidência de
contribuições previdenciárias.
Caso não haja essa discriminação, as contribuições previdenciárias incidirão
sobre o valor total do acordo. Essa mesma lógica se aplica mesmo quando não
há vínculo de emprego reconhecido no acordo. Nessa direção segue a inteligên-
cia da OJ 368 da SDI-I do TST:
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO. INE-
XISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. PARCELAS INDENIZATÓRIAS. AUSÊN-
CIA DE DISCRIMINAÇÃO. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR TOTAL (DEJT divulgado
em 03, 04 e 05.12.2008)
É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor
total do acordo homologado em juízo, independentemente do reconhecimento
de vínculo de emprego, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas
à incidência da contribuição previdenciária, conforme parágrafo único do art. 43
da Lei n. 8.212, de 24.07.1991, e do art. 195, I, “a”, da CF/1988.
Se o acordo for efetuado após o trânsito em julgado, deve haver proporcio-
nalidade entre as parcelas remuneratórias e indenizatórias estipuladas na conde-
nação e no objeto do acordo. A Súmula 376 do TST aponta:
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MANDADO DE SEGURANÇA
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I – Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que de- termi-
na penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir cré-
dito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC.
Apenas para registro: atualmente a ordem de gradação de penhora encontra-se
no art. 835 do CPC de 2015.
Mais um exemplo apenas para ilustrar. O deferimento de liminar para impor
uma reintegração de empregado estável, seja porque sua estabilidade decorre
de lei, seja porque decorre de norma coletiva, não viola direito líquido e certo do
empregador. Nessa direção segue a OJ 64 da SDI-II do TST:
Não fere direito líquido e certo a concessão de tutela antecipada para reinte-
gração de empregado protegido por estabilidade provisória decorrente de lei ou
norma coletiva.
Importante lembrar que o recurso cabível da decisão que julga o mérito do
mandado de segurança é o recurso ordinário. Assim, muito embora a Lei n.
12.016/09 preveja a apelação como recurso cabível da sentença (art. 14, caput),
no Processo do Trabalho é cabível o recurso ordinário.
Aliás, o Tribunal Superior do Trabalho editou a Instrução Normativa 27/05 que
preceituou:
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(…)
No caso de extinção do processo sem resolução de mérito pelo juiz (compe-
tência originária da Vara), caberá recurso ordinário (art. 895, I, da CLT).
Todavia, se a decisão de extinção liminar for de desembargador relator (nos
processos de competência originária do TRT), o recurso cabível contra a decisão
monocrática é agravo regimental para o colegiado e não recurso ordinário. O even-
tual erro, contudo, não se reputa tão grave, já que o TST aceita receber o recurso
ordinário como agravo regimental e mandar o processo para o TRT julgar o agravo.
Esse é o entendimento da OJ 69 da SDI-II do TST:
FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO
RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RE-
CEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS
AO TRT. Inserida em 20.09.00.
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da
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so III, e importa dizer que a boa fé deve estar presente em todas as relações de
consumo, e isso quer dizer que os contratantes não são obrigados somente a
realizar a prestação principal, mas também usar de seus esforços para garantir o
perfeito adimplemento do contrato, pensando no direito do outro que precisa ser
preservado, afastando a ideia ou a hipótese de vantagem excessiva. O que conta
é a probidade e a colaboração entre as partes.
Em breve, teremos mais dicas! Continue estudando!!!
Abraço afetuoso,
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DIREITO PENAL:
PROFESSOR FLÁVIO MILHOMEM
De acordo com a Constituição Federal (art. 5º, LIV), ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Entende-se por devido processo legal o con