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cn infin a ANORSGANZEER ERICSON SAVIO FALA FRANCISCO VERARDI HOC ETICA EM MOVIMENTO: CONTRIBUIGOES DOS GRANDES MESTRES DA FILOSOFIA Poe team are ‘iam eae ie Soa =Sonala fen tacts ay tat Som ert he, ‘esa egos ns as nice i204 2 Pala ra Reegiysarbaed ey segare vrnpilconte uweltpatccam be FOUCAULE £TICA B GOVERNO (Chiar Candi! Michel Foucan asec 1926 acide francs de Piers feos ‘tn 984 ea Pars, Grados em Flori Pacopslga So forgo ‘Salons na fae Noel Superieure ns Pari fotemnte mara pelinltcia da feamerologn No eno sina que nesses rites Forel inhutciat oversees ele quem oa flowy, eto cpr contuncente de sorrens de pense © Acne deal enpret, que ao deh ds Soup date & porele sito seta ds tras de Nica do qui sesropia ov afona, Sri pose! fae que a podem da eons (sje eu gt com s verdes fda pao sre dee inv. Quando encontemos em diverios moments da investiga do ‘kia Fouesuleapalvra "aca" ertmos longe das cas normatvss clissics: Quer dizer nose tes de encontrar uma norma regulars dascondutas apart dauilo que, nas ica deontolpcas, éconcebido ‘como "correo" e "justo" (Kan, Rawls) os daguilo que ss ics teleo- logics denominam de “bem” « “flcdade” (Stare Mil, Arsteles). [Nao esti em questio no pensamento de Foucault saber como 0 indviduo ett obrigado a agir diame de certos prinepios éticos 02 ‘como le previa se comportar em decornca dedeterminadoscSdigos moras, Enuetanto, deze que prineiios cos ou cédigos moras de ‘eiamentalidade no poder pastoral estédietamente relaionada 3 ‘hadi incondisiona &vontade de Deus, por meio de seus repre Sentantes autorizados. Analogsmente a0 gue ocorre nos procesos Ue ndividualizagio‘e de roraliagio operados pels disciplinas e pelo biopoder um dos efeitos do poder pastoral cristo €3 constirigio de uma subjsvidade sujeiada, No entanto, hi diferengs sigifcativas entre eles, Enquanta ns normalizslo moderna hi uma produsso da lima, no erstianisno i uma renicia coral & vontade pr6pria, cons derada quae sempre egoismo. elo que foi visto anteriorments 0 crisianismo tampouco consis una saa privilepada para Foucale dante dt normalizagio moderna [Era preciso eecuaruina vex mas. Recuo para um mundo que jé nfo ‘ers mais 0 nosso, para prvieas de si quate impenséveis na sociedade ‘ds confisioe das disciplinas, Mas ext recuo nfo €0sinal de um sau- tlosism dos greg e tomanos, Para Fouesult, ums moral marcada pel ssimerria entre homens e mulheres, assim como entre senhores ‘esravos fo somente es enfadonha, como também hodiernamente {ndesedvel. Consudo, 2 moral gregaclissca nfo era tio coificada ‘como pesterormente 0 sets no impéri romano, no crstinisma «até mesmo na modernidade. Noe primérdios da cultura ocidental, howe smaneiras deconduiros outros ede autocondusto ainda impermesveis 0 mecanismo da normalizago. "Foucault nota que suns livros da flosoa greg, as como A po- tia (ARISTOTELES, 1998), identiioam una plurlidade ds formas de govemar-govero da cidade, governodacass, goveeno dos ecrav05, tgoverna desl mesmo, Dentre ours coisas, ArnGtlesassevera que, "nt Insioe parte dos governos lives, ocidadio €alkernadament ou gover- ante gu governado” (ARISTOTELES, 1995, p. 72) Ess alernnea ‘do governo politico implica oposigdes que podem sr efetuadas dante ddedeverminada mancirsde goversaO quemaisimpora,porém, que ‘uno acetagio pasiva de certas ages governamentas no imbito da politica nfo pass de um dedobramento da arte de goverarem outt0 terreno: desi mesmo A referencia agors& @ dislogo platOnico Primero Alibiades (PLATAO, 1967). No curso A hermendntce do snjeto (2001), ras «speciticamente nas alas dos das 1218 de ani de 1982, Focal tergversa sobre a vic pesagem na gual Séerates orienta Alcibiades para que o govern politico de Atenas, objeto de sus pretenio, sch amtecedido pelo adequado governo desi mesmo Ninguém pode 40 vernar os outros se antes no for eoninente em selagio asi proprio, ‘A contigo da polis 6 ia, antapara quem governa quanto path ‘quem resist em ser govern, Se alguém quis livremente governat ‘os outros, convém eesti ecleitncs do queres, maeraliada no deseo de dominago, em virrude da ccupagio de um earg, do leva status social ou do acim deriqueas; a melhor menses de esate dleterminada forma de govern consist em ita aquilo que no indi viduo parece ser ngovernive, que slo suss préprias ambigdes polities ccondmiess, dente outs ‘A problematizagzo da potica édesdobrada pla problematiagio «a ican invesigagio de Foucault. O embate entce 0 goveeno dos ‘outros e2 resstncia em se governado remeteré 3 tensio presente no proprio individu, enereseu querer desmedid esa iberdade insistence, Para exemplifies oust equilbriodesesvel ence csi ficldades in- tiara todo lgar fix, a qualquer eritério.ou port seguro. Torarse iimpereptve éenunciar ase metido no mueo dos siguifiantse das couifieages, no rst lis significa ser caps de se desprendee des ‘mesmo, ou sea, apreider a trai tsidor de seu pr6prio reino, desi ‘mesmo, das propriasconvicies, das verdades absoluts, dos dsejos ‘esquinhos, pos quer poss ¢posruo, O waldo écaprz de iar, porcint, de resi: “E que wie € df rar preciso perder sb entidade, ses rose. E preciso desaparecer, ornare desconhesido” (DELEUZE, 1995, p. 58)" “Taias vostidades as codificngtis quenot rota, subjecvidade que aos produ. Tair priprioeao terri, pois quem peemanece reso um tncoe no territtio nda 60 ndmade e clandestino,maso ovatde,oreprodator do rostoe das coificeses, Porisso trai tsi (Cala ver queterimos, excapamos de permanece fos eideticos; cada vex que resiimos, tornamo-n0s impercepiveise ndmades. Um dos ‘entatutos da dic, pois, épreciamente resis 20rosto, ov escapar dos process derostieagioempenhados pela méquinasbsrats. Em outros fermos,paaalém de todos 0s mecaismos que 2 méquinaabstrata do ‘apa enprea pata no ofr, stavs dos seustenticloseengrena- gens que penetra em oda estutirasocl,codifcandon; iso no deve fer um argumeno conta nossa principal possibidade« resistencia.” ‘Resitr ao rosto no Eu fre que we ergota em si mess, pois la precisa dar umn paso a maize eaminhar para areinvengio ou crisgfo ineem perder roxoe "epee 9K pS a defn ce mse ne pital Pesos ‘annie (2) Ser enim credo ome pa eon oi teh fie EDBAR SE pO ern comm me Ne come que Delve fs Miche Foucea, ele eee shone som fo rnin PEELE iy dou ace honey oppress. SSoCUSSs ester e's ome soae ‘denovas formas de vids A rsidncia 0 cana para rinvengso ‘do expagospré-fabricados pelo ost, para acragto de novas possibl ‘dads de vids, pars a reinvengio de novor dos deexstnca, iso ‘onsite segundo extatuto da ea, Nese ponto, Deleuze considera 0 Thome como obra de art: a vide meu € obra de are que precisa ser reinvent cad insane “teata-se de rerasfactaioasque rode existncia como obra dear regras ao mesmorempo case esttcas ‘que constinuem modos de exadnca ou eats de vide” (DELEUZE, 1992 p. 123), Deleuze vE ns resstncia ema crag de novos modos deexistenia mas do que uma simples rsinvengi ict ele também v6 ‘uma ete "masse BS nssotads uma tc, bi eambéms una estiica (2), ainvengio deuma possibildadede vids, dum medodeesistncia” (DELEUZE, 199, p. 126), ‘© stato ds ia em Deleuze resume dus eafras: por um ado, esis aos espagos pe-Labricados, 20 muro branco da codifcages ¢ so buraco negro dis subjeividader: resin x0 roxas, por outa lado, ‘ resisneia implica erage novas Formas de vida relavengio da rips vida. ResisdniaercinvensS, portant sf as inhas gesiscom te quis podetot pensar extra da Een ers Deleuze: Fragrentos pare discsso: ‘Os rottosconeretornscen dena ménina abstate de rouidede, que it produz-los a0 mesmo tempo que der ao siguiente seu muro branco,subjeividade seu bursco negeo.O sstemaburaconegro-muro branco nfo svn ento jf um oso, sere a mfquinaabstrata que o pro- du, segundo a combinagdesdeformiveis de suse engrenigens, NiO ‘experemos que a miu abstata se passa com o que ela produziu, com o qu et produsir (DELEUZE, 198, p. 3) Seo vets 6 Cen; quérdicero Hiowet beasio mio qual: que ab primciasdesviangas, os primetosdesvios-padefo sia rai ‘chomem smarlo,o hort ney, homens deseguada ou vereiret- tegoria. let também 0 inscrtor no muro, ditibuds pel burs. Deven sr erindanizado, ito 6 ronifcador.(.) O raclamo prosede por determinasio das variagSes de desvangas, em fungiodorostoHo- ‘mem branco que pretend imegrarem ondas cada vez mais excntrieas « retardadas os wagor que no so conforms, os pars toler los em leterminado lgae¢ em determina condigbes, em certo guet, ora pats apagi-los no muro que jamais suport lerdal.) do pono tle vistado racismo, no exit exterior, ado existem a pessoas de on. 6 exstem pessos que deveriam sr como née cxjo crime € nfo 0 sercin (DELEUZE, 1996p. 48). ‘Os corpos serio dscplinadas, a corporsdade see desfeits Produvit-se-i uma tnica substiacia de express. Coasteuirse-é 0 sistema muro branco-bursco negro, ow antes deslancharse- essa tmiguin abstata que deve jstamente pecmitir egarantir a onipo- téncia do sgaficante, ber como 3 autonomia do sujet. Yous serio alfinetados no muro branco, ersvados no buraco negro.) A des terrtrializagio do corpo implies uma reeritoraizagio no rosto; 2 descodifeagio do corpo implica uma sobrecodifcagio pelo roxio (DELEUZE, 1996, p. 49), (Os poderes exabelevids tm necesidade denosssrstezas para fazer de nds catavos, O reno, 0 pad, 08 tomadores de alma, tin necesiade de nos persuade de quea vida €durae pes, Os podercs tm menos netesidade de nor eprmir do quede nos angustiar(.).O8| docntes antada alma quanto do corpo, 10 aos largarso, vampires, tenquanta rio ns tiverem communicado sua neuroses anit sa Castagiobem-amds,oresenimento conta vids mundo contigio (DELEUZE, 1998, p73) 1 que eae € dif, cia pretso perder sua idenidad, seu rosto. preciso dessparece tomar se desconhecido (DELEUZE, 1988, P58) Proposta de atividades 1, O que significa rostidade? 2, Fageumaandizeelacionando tics, miqunas abstrtas ros 3,0 que sipnifica pensar aca como reetngiaereinvensio? Indicagbe de fbmes: ‘The Corporation, Dine: Mark Achbar e Jenifer Abbott. UA, 2003 ‘Supls, Diregdo: Eek Gann 2003 El caxita fu, Diteio: Jordi Rede Nosbert Lars. Barelons, 208 Referéncasbibliogrifces: DELEUZE, G. Diferengee rept 1988, Rio de Jensros Eaigbes Gel, Fowesul. Si Pau: Brasinss, 1988 (GI GUATTARD, Ati Plate capitalomoe exqnizfrenia, Vol.3 Ri de Janez: Ba, 34, 1996, 0 que 4 filosfa? Rio de Jansro Bd. 3, 1997. DELEUZE, G; PARNET, C. Didogos. So Paulo: Bdors Eseus, 198, Converge, Rio de Janeiro: Ed, 34, 1992, *Pos-seriptum sobreas sociades de controle” In: Caver- ‘apes, Rio de anera: B34, 1992 Signose Aconzeimentos, In: ESCOBAR, Carlos H. (org) Dosis Deewze. Rio de Janeiro: Hélon eitotal, 191, pp. 930. "Aiming ite VASCONCELLGB Daler “Be agens de um lsofo de imanéncis Londrina: EDUEL, sofia) fo confecida coma aciénéa des clr claseFoje tame plas ders reas do conhecmento:aq/aseambetal, bol da sade, exatas © da teanologia, humanes @ de teloa', lure Soca entie outas. Nesse sentdo, Eca em Ioumento, baseadh Gara seas da asta pete er numero aco tls desafoseicos da contermporaneldade Anor Sganzerla Ericson S, Falabretti Francisco V. Bocca {orgs.)

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