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28/09/2021 14:22 Fotografia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fotografia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fotografia (do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis]


("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, significa "desenhar com luz
e contraste"[1]), por definição,[2] é essencialmente a técnica de
criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-
as em uma superfície sensível.[3] A primeira fotografia
reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês
Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia
não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de
avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando, juntas ou
em paralelo, ao longo de muitos anos. Se por um lado os
princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há
décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido,
quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços
tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na
qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do
processo de produção e a redução de custos, popularizando o Câmera fotográfica de grande
uso da fotografia. formato.

Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado


drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da
fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são
oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao
usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim
como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A
simplificação dos processos de captação, armazenagem,
impressão e reprodução de imagens proporcionados
intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de
Câmera fotográfica em operação.
integração com os recursos da informática, como organização
em álbuns, incorporação de imagens em documentos e
distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais
diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm
definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.

Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá
ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro
de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

Índice
História
Processos fotográficos
Equipamentos
Controle da imagem
Usos da fotografia
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28/09/2021 14:22 Fotografia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Usos da fotografia
Fotógrafo
Essência da fotografia
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas

História
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram
agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo
destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já
em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci[4] que, como outros artistas no século XVI, a usava
para esboçar pinturas.

O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol,
supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que Johann Heinrich Schulze,
fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que era a prata
halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.

A primeira fotografia reconhecida é uma


imagem produzida em 1826 pelo francês
Joseph Nicéphore Niépce numa placa de
estanho coberta com um derivado de petróleo
fotossensível chamado Betume da Judeia. A
imagem foi produzida com uma câmera, sendo
exigidas cerca de oito horas de exposição à luz
solar. Nièpce chamou o processo de
"heliografia", gravura com a luz do Sol.
Paralelamente, Daguerre, outro francês,
produzia com uma câmera escura efeitos
visuais em um espetáculo denominado
"Diorama". Daguerre e Niépce trocaram
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo correspondência durante alguns anos, vindo
feita por Nicéphore Niépce, em 1826. finalmente a firmarem sociedade.

Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu


um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O
processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências
e Belas Artes, na França, e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A
popularização dos daguerreótipos[5] deu origem às especulações sobre o "fim da pintura",
inspirando o Impressionismo.[6]

O britânico *William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar
conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus
trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas
invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de
papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro
papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico
em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias
imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia.
Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.
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Porém, por demorar a anunciá lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.

No Brasil, o francês radicado em Campinas


(São Paulo), Hércules Florence, conseguiu
resultados superiores aos de Daguerre, pois
desenvolveu negativos. Contudo, apesar das
tentativas de disseminação do seu invento, ao
qual denominou "Photographie" - foi o
legítimo inventor da palavra - não obteve
reconhecimento à época. Sua vida e obra só
foram devidamente resgatadas em 1976 por
Boris Kossoy.[7]

A fotografia então popularizou-se como


produto de consumo a partir de 1888. A
empresa Kodak abriu as portas com um
discurso de marketing onde todos podiam tirar
suas fotos, sem necessitar de fotógrafos Imagem da primeira fotografia colorida da história,
profissionais com a introdução da câmera tipo tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
"caixão" e pelo filme em rolos substituíveis
criados por George Eastman.[8]

Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como
o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática.
Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de
reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos
da fotografia.

A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos
sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia,
minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção,
manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da
tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a
este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente
ampliando o domínio da fotografia digital.[9]

Processos fotográficos

Fotografia em preto e branco

A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente


como o preto sobre o branco, no início do século XIX.[10]
Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram,
como o daguerreótipo - aproximadamente na década de 1823 -
até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução
técnica e diminuição dos custos. Os filmes atuais têm uma
grande gama de tonalidade, superior até mesmo aos coloridos,
resultando em fotos muito ricas em detalhes. Por isso, as fotos
feitas com filmes PB são superiores as fotos coloridas
convertidas em PB.

A lua em P&B.
Meio tom

A f t fi t
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As fotografias em preto e branco destacam-se pela riqueza de tonalidades; a fotografia colorida
não tem o mesmo alcance dinâmico.
Na fotografia P&B se costuma utilizar a luz e a sombra de forma mais proeminente para criar
efeitos estéticos ­ há quem prefira fotografar apenas em filme preto e branco, mesmo com a maior
facilidade e menor custo do equipamento digital. Os sensores das câmeras digitais ainda possuem
alcance dinâmico muito menor do que a fotografia P&B e mesmo da colorida, estando mais
próximo do slide.

Fotografia colorida

A fotografia colorida[11] foi explorada durante o século XIX e


os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a
fotografia, nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a
metade daquele século as emulsões disponíveis ainda não
eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor
verde ou pela vermelha - a total sensibilidade a cor vermelha
só foi obtida com êxito total no começo do século XX.[12] A
primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861
pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o
Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era
baseado em pontos tingidos de extrato de batata.

O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi


introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A
maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome,
são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfa-color em Foto de 1942 de um carpinteiro
1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela trabalhando. Exemplo histórico das
Polaroid em 1963. primeiras fotografias coloridas.

A fotografia colorida pode formar imagens como uma


transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos
coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial.
O último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à
introdução do equipamento de foto impressão automático.

Fotografia panorâmica

A fotografia panorâmica, assim como a palavra panorama, refere-se a uma vista inteira de uma
área circunvizinha. As fotografias panorâmicas tentam capturar tal vista.

A máquina fotográfica 360° é uma câmera fotográfica capaz de fazer uma única fotografia
panorâmica completa (abrangendo toda a volta) a partir de um determinado ponto.

Fotografia digital

Fotografia digital é uma imagem digital obtida por meio de uma câmera digital. Sendo um
arquivo digital, pode, utilizando um computador, ser editada, impressa, enviada por e-mail ou
armazenada em qualquer dispositivo de armazenamento digital.

A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em


localidades distantes - como correspondentes de órgãos de imprensa - sem acesso às instalações de
produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento na urgência para se
transferir imagens aos jornais mais rapidamente.
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Fotógrafos em localidades remotas carregariam um


minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de
transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a
Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital
comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em
fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia
digital surgiu neste momento.

Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de


O sensor de CCD que substitui o
filme nas câmeras digitais.
consumo, e estão, de modo irreversível, substituindo
gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas
aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a
qualidade da imagem melhora.

A Kodak anunciou em janeiro de 2004 o fim da produção da câmeras reutilizáveis de 35


milímetros após o término daquele ano. Entretanto, a fotografia "líquida" irá perdurar, pois os
amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.

Até chegar ao que hoje é tecnologia de ponta, houve vários processos onde desenvolveram ainda
mais a composição fotográfica.

Funcionamento

Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez
converte a luz em um código eletrônico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o
valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado em um cartão de memória.
Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é
possível também transferir os dados diretamente para uma impressora gerar uma imagem em
papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este
poderá ser apagado e reutilizado.

Revelação de fotos online

Revelação de fotos online é o nome vulgarmente dado ao procedimento de envio eletrônico de


arquivos digitais de imagens para processamento e produção de cópias impressas por empresas
especializadas. O termo não é tecnicamente correto, porque este processo dispensa justamente a
etapa tradicionalmente conhecida como revelação fotográfica, porém, tem sido largamente
incorporado ao vocabulário popular.

Álbuns virtuais

Com a popularização da fotografia digital, surgiram páginas da Internet especializadas em


armazenar fotografias. Desse modo, suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do
planeta que acesse a rede. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a
livre escolha.

Os álbuns virtuais podem ser usados com vários propósitos, abaixo estão listados alguns exemplos
destes:

Portfólio: Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrarem seus trabalhos;
Armazenamento: Quem não deseja ocupar espaço em seu HD pode usar o álbum para
armazenar suas fotografias;
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Negócios: Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.

Equipamentos

Câmera

A fotografia se estabiliza como processo industrial no século XX articulando uma câmera ou


câmara escura, como dispositivo formador da imagem e um modo de gravação da imagem
luminosa – uma superfície fotossensível, que pode ser filme fotográfico, o papel fotográfico ou, no
caso da fotografia digital, um sensor digital CCD/CMOS que transforma a luz em um mapa de
impulsos elétricos, que serão armazenados como informação em um cartão digital de
armazenamento. Nesse processo fica evidente a relação entre a fotografia e seus processos
análogos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes, mas usa
a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico. Disso provém o termo
eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Ray em 1922, imagens são produzidas pelas
sombras de objetos no papel fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos
diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras electronicamente.

Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotossensível à luz, o que se altera qualitativa e
quantitativamente segundo as possibilidades de cada aparelho. Os controles são geralmente inter-
relacionados. Por exemplo, a exposição varia segundo a abertura (que determina a quantidade de
luz) multiplicado pela velocidade do obturador (que determina um tempo de exposição), o que
varia o tom da foto, a profundidade de campo fotográfico e o grau de corte temporal do modelo
fotografado. Diferentes distâncias focais das lentes permitem variar a conformação da
profundidade da imagem, bem como seu ângulo.

Os controles das câmeras podem incluir:

Foco;
Abertura das lentes;
Tempo de exposição (ou velocidade de abertura do obturador);
Distância focal das objetivas fixas: (teleobjetiva, normal ou grande-angular), ou variáveis
(zoom);
Sensibilidade do filme;
Fotômetro.

Objetiva

Para entender um pouco de objetivas, uma de 24 mm equivale a um campo de visão de 75 graus, e
uma objetiva de 300 mm equivale a um campo de visão de 12 graus. Com a lente olho de peixe de
6 mm, 8 mm ou 12 mm, o fotógrafo inclui um campo de visão de mais de 190 graus. Uma 500 mm
(aquelas que se veem em jogos de futebol, por exemplo) consegue fotografar só o guarda-redes do
outro lado do campo de futebol. Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50  mm são
consideradas grandes angulares, e com valores acima de 150 mm são consideradas teleobjetivas.

A relação que se tem para se considerar uma objetiva como grande angular ou teleobjetivas, vem
da comparação do tamanho da objetiva com a diagonal do filme utilizado. As objetivas em torno de
50  mm são consideradas normais, por possibilitarem na área do filme uma imagem com as
características e um campo de visão semelhante ao olho humano.

Superfície fotossensível
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Entre 2006 e 2007, as vendas de câmeras fotográficas digitais cresceram 5% nos Estados
Unidos, enquanto as de câmeras com filme caíram em mesma quantidade.[9] A despeito
do irreversível e crescente domínio da imagem digital no mundo da fotografia, o filme
fotográfico ainda ocupa, por variados motivos, um espaço cativo no trabalho de muitos
profissionais e aficionados que prometem a essa mídia uma sobrevida assegurada de
vários anos.[13]

Controle da imagem

Velocidade do obturador

O tempo durante o qual o obturador permanece aberto determina a quantidade de luz que chega
ao filme. Ao selecionar uma velocidade do obturador, verifica-se se a câmara está suficientemente
firme. Quanto mais firme estiver, mais baixa poderá ser a velocidade do obturador utilizada.
Mesmo um movimento minúsculo durante a exposição poderá fazer com que toda a imagem fique
tremida. Usar um tripé é a única maneira de garantir o êxito de uma fotografia que exija um tempo
de exposição longo. Com uma teleobjetiva, a instabilidade da câmara é mais notável do que com
uma grande-angular, por isso, quanto maior for a objetiva, maior será a velocidade de obturador
necessária. Além de "congelar" a acção, a velocidade do obturador permite criar efeitos que
sugerem movimentos, ou efeitos especiais com o zoom.

Efeito de Panning

Nem sempre é necessário usar uma velocidade do obturador tão alta. Muitas vezes pode
acompanhar-se o movimento enquanto se dispara, para o compensar, usa-se uma técnica chamada
"panning".

Congelamento

A velocidade do obturador desempenha um papel importante na transformação de motivos em


movimento em uma imagem estática. Quanto menos tempo o obturador permanecer aberto,
menos o motivo se moverá dentro do enquadramento e mais nítido ficará. Por isso utiliza-se uma
maior velocidade ao fotografar um motivo em movimento, como um cavalo a correr.

Há ainda outros fatores a considerar. Primeiro, a velocidade real do motivo não indica
necessariamente a rapidez com que a imagem irá mudar no visor. Se um motivo se dirigir
directamente para a câmara ou se se afastar dela, a imagem mudará mais lentamente do que se ele
passar perpendicularmente, e será necessária menos velocidade do obturador para "congelar" o
movimento. Um movimento em diagonal no enquadramento necessitará de uma velocidade de
obturador intermédiaria. O tamanho da imagem também é importante: um comboio visto como
um ponto no horizonte não parecerá mover-se tão depressa como uma papoila oscilando em uma
brisa suave em frente da objectiva. Quanto maior a distância focal e mais próximo do motivo,
maior a velocidade do obturador.

Usos da fotografia
A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de
cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações
precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887).
Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros
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g p p , p

caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças


armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e
armazenamento de dados.

Fotografias aéreas eram utilizadas para levantamento do uso da terra e planejamento de uma
determinada região.

A Fotografia no cotidiano e na vida

A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a


fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas
que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo
desses "momentos documentados" e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e
econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o
processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus
conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da
imagem fornecida através da fotografia.

Fotojornalismo

O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e


tem características próprias. O impacto é elemento
fundamental. A informação é imprescindível.

É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia


documental, que se dá um grande papel da fotografia de
informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a
fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir
informações. E essas informações podem ser passadas, com
beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a
possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações
impressas ou na mídia sem o endosso da fotografia.

Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia


jornalística:
Migrant Mother
As fotografias sociais: Nessa categoria estão incluídas a de Dorothea Lange, 1936. Um
fotografia política, de economia e negócios e as exemplo de fotografia jornalística
fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, que retrata Florence Owens
do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia; Thompson e sua família durante a
As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade Grande Depressão (ver: 100
de informações é o mais importante e o que influi na sua Fotografias que Mudaram o
publicação; Mundo).
As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia, tem como
função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser
lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a
esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte;
As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensacionalismo para
mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma
média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual
aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.

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Foto oficial
Foto oficial ou retrato oficial é uma produção fotográfica de
registro e divulgação de personalidades importantes,
notadamente de reis, presidentes e governadores. Geralmente
é ornada com cores e símbolos oficiais, como bandeira, faixas
presidenciais e brasão dos países, estados ou municípios. Há
também conotação como imagem divulgadora de ocasiões,
produtos e reuniões.[14]

Fotografia em estúdio

Uma das vantagens de um estúdio grande é permitir uma


maior distância entre o motivo e o fundo. Em condições com
pouco espaço, é difícil iluminar os dois separadamente, e há o
perigo de as sombras do motivo se formarem sobre o fundo.

Iluminando o fundo independentemente, ele pode ser


transformado de centenas maneiras. Dê-lhe uma iluminação Foto oficial de Barack Obama,
gradual, iluminando a parte superior e a parte inferior de referente ao primeiro mandato como
maneiras diferentes. Em alternativa, projecta formas ou cores Presidente dos Estados Unidos.
sobre o fundo, colocando sobre as luzes máscaras (chamadas
gobos) ou acetatos coloridos.

Os rolos de papel branco ou preto são os fundos mais utilizados e os mais versáteis. Os rolos
podem ser suspensos do alto da parede de um estúdio, e depois puxados até baixo e estendidos
sobre o chão do estúdio, criando uma curvatura de forma a que a junção da parede com o chão não
seja visível nas fotografias. A medida que o papel se vai estragando ou sujando, corta-se essa parte
e puxa-se mais papel de rolo.

Há uma grande variedade de fundos à venda nas lojas da especialidade, mas saiba que os fundos
simples muitas vezes resultam melhor, uma vez que não desviam a atenção, e porque num estúdio
pequeno nem sempre é possível desfocar as formas mais elaboradas que o fundo possa ter.

Fotografia como arte

A discussão sobre se a
fotografia é arte ou não é longa
e envolve uma diversidade de
opiniões.[15]

De acordo com Barthes,[16]


muitos não a consideram arte,
por ser facilmente produzida e
Fotomontagem feita a partir de duas fotos.
reproduzida, mas a sua
verdadeira alma está em
interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo
artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.

Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um
momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.

Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser
ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao
b d i t t
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observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

“ Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.



Fotógrafo
Fotógrafo é a pessoa que tira (registra) fotografia, usando
uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz
seu produto (a foto) com a mesma dedicação e da mesma
forma que qualquer outro artista visual.

Faz parte da cultura brasileira a figura do Fotógrafo Lambe-


lambe, profissional que ficava nas praças tirando fotos
comercialmente, quando adquirir uma máquina fotográfica
era algo muito difícil devido ao seu alto valor comercial.
Um fotógrafo em atividade no centro
da cidade de São Paulo, Brasil.
Amadores e profissionais

Quando um determinado autor de fotografias baseia grande parte do seu rendimento monetário
nesta atividade, diz-se ser um fotógrafo profissional.

Por vezes, o adjetivo profissional é usado erroneamente na fotografia para valorizar uma
determinada imagem fotográfica ou perícia de um autor. Na realidade, a qualidade da fotografia
nem sempre está relacionada com o fato do seu autor ser ou não profissional. Muitos amadores
realizam com regularidade imagens mais bem sucedidas que muitos profissionais.

Na realidade "profissional" refere-se apenas à profissão do autor, e não à qualidade do trabalho.


Ao mesmo tempo que um profissional pode realizar um trabalho mal feito, pode-se entender
melhor, adiante no parte de "arte".

O adjetivo amador, quando atribuído a um fotógrafo, pode ter um significado muito vasto. Pessoas
que apenas fotografam a sua família e vida, para uso pessoal, consideram-se fotógrafas amadores.
Outros fotógrafos amadores chegam a publicar livros, realizar exposições e dedicam uma vida
inteira ao estudo da fotografia.

Especializações do fotógrafo

Uma vez que na atualidade a fotografia serve um vasto campo de assuntos e objetivos, foram
criadas especializações. O fotógrafo especializa-se para melhor dominar a técnica de um
determinado tipo de fotografia ou assunto. As especializações mais conhecidas são a foto
reportagem (de eventos sociais), moda, o fotojornalismo, a paisagem, o retrato, a publicitária, (arte
da fotografia de objetos em estúdio) e a foto em natureza, ( fotos de aves, animais, borboletas,
insetos, répteis, todos livres, não cativeiro e nem de laboratório para está modalidade).

Formação de um fotógrafo

A formação em fotografia numa escola de arte pode realizar-se através de um curso de fotografia
ou de várias disciplinas de fotografia integradas em cursos de arte, design, pintura, multimídia,
cinema, jornalismo e etc. Normalmente estes cursos estão orientados para o exercício da fotografia
enquanto arte. Porém muitos fotógrafos são autodidatas acabam procurando formação só depois
de anos de experiência na prática. Numa escola profissional, a formação em fotografia está mais
orientada para o exercício da fotografia enquanto profissão comercial.
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p g q p

Essência da fotografia
A discussão sobre o uso da Fotografia é precedido pela tentativa de compreender sua imagem, o
que ocorre desde seu desenvolvimento por diversos fotógrafos ao longo do século XIX (como
afirma Geoffrey Batchen). Seu caráter artístico evidente constitui um entrave a seu uso pelas
ciências sociais, enquanto seu caráter científico a tornou uma espécie de subalterna no campo da
arte, características que parecem se reverter na segunda metade do século vinte, na medida em
que o estudo desse meio se aprofundou, as ciências sociais se abriram para a impossibilidade de
completa objetividade, e o campo da arte passou a lidar fortemente com a ideia, em oposição a
uma ênfase na forma artística.

Os estudos históricos sobre a foto iniciam por volta de cem anos após sua invenção. Já os estudos
teóricos sobre a Fotografia parecem iniciar no pós-guerra, e a principal teoria usada para
caracterizar a Fotografia advém do campo da semiótica, ou seja, declina da Semiologia de
Saussure.

Numa leitura estrita da obra de Charles Sanders Peirce, definidora do campo da semiótica, a
Fotografia se definiria a partir das três categorias de signo, que existem numa ordem de
importância e dependência umas das outras: o ícone, que é uma representação qualitativa de um
objeto - por exemplo, por analogia (é o caso da imagem fotográfica), o índice, que caracteriza um
signo que refere-se ao significante pela causalidade ou pela contiguidade (às vezes diferenciado
como índex, como na leitura de Umberto Eco), e o símbolo, cuja relação com o significante é
arbitrária e definida por uma convenção (é o caso de uma bandeira de um país, por exemplo).

Ora, os estudos iniciais da Fotografia, bem como os artistas ao longo do século XIX E XX se
preocupavam com o problema da iconicidade da Fotografia, isto é, o potencial de sua imagem e o
caráter de seu realismo.

O primeiro sinal de problematização dessa modalidade de discurso está na obra de Walter


Benjamin, cujo texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica", revela uma
preocupação com a modificação da recepção da Fotografia e do cinema em relação aos meios
tradicionais da arte, estudo pioneiro e extremamente influente que leva instâncias inéditas, como o
problema da aura (o que a diferencia da arte clássica) bem como o da multiplicação maciça da
imagem.

É na obra de Roland Barthes que vemos um segundo momento da tentativa de tratar da Fotografia
como meio. A obra de Barthes passa pela construção do estruturalismo, e sua leitura da obra de
Peirce. Mas o universo de Barthes não se resume ao universo do signo; sua obra evidencia uma
reatualização da questão do mito e o campo de problemas relativos a morte do autor. Seu grande
livro sobre Fotografia, "Câmara Clara", possui um ponto de vista fenomenológico (que refere a
Foto ao noema, conceito da fenomenologia de Husserl), bem como utiliza elementos da psicanálise
lacaniana. Ao longo da obra de Barthes, a Foto é lida inicialmente numa chave dialógica
característica do estruturalismo, implicando a criação de conceitos tais como conotação e
denotação, ou ainda obtuso e o óbvio. O exame continuado do meio leva o autor a perceber a
necessidade de abrir o pensamento estrutural: o par studium/punctum não se relaciona
dialeticamente verdadeiramente. Os termos constituem-se como instâncias fenomenológicas da
Fotografia: como studium, a Fotografia se exibe como objeto indiferente de estudo, enquanto a
expressão punctum define a instauração de um fenômeno no qual sujeito e foto se afetam.

Um dos legados da leitura de Barthes sobre a fotografia é a percepção da importância do conceito


de "índice", que é desenvolvido posteriormente nas obras de Rosalind Krauss (em "O Fotográfico",
e em "A originalidade da Vanguarda"), de Jean-Marie Schaeffer ("A imagem precária"), e Philippe
Dubois ("O Ato Fotográfico"). Tal relação não apenas tem sido utilizada no campo da arte, como
indica Krauss mas vem permitindo o uso da Fotografia de modo crescente nas ciências sociais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia 11/15
28/09/2021 14:22 Fotografia – Wikipédia, a enciclopédia livre
indica Krauss, mas vem permitindo o uso da Fotografia de modo crescente nas ciências sociais.

Memória e Afeto

Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação


dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que
desapareceram.

Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar


figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a
necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo
de que o vínculo persista.

Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p.  60) assinala que a Fotografia e memória.
imagem nasce da morte, como negação do nada e para
prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua
representação haja uma transferência de alma. A imagem não é uma simples metáfora do
desaparecido, mas sim "uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de
sua carne".

A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O
conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória
vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o
antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que
virá.

A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não para
de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o
momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião
fotografada é capaz de conter o antes e depois.

Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se


consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é
necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se
perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), "A memória se premia
recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento".

Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem,


porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram
memoráveis por terem sido fotografados.

A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em


produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e
que lhe deem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta
imagens do mundo, mas pode registrar o "gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida
que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não
escolhemos a fração essencial imperceptível" (CORTÁZAR, 1986,p. 30)

Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes
que agem profundamente (nem sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lúcia
Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo, como agente; o fotógrafo, a
máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a
fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua
reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.

É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A
f t fi é d f i d
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia
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fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de
afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o
fotógrafo (operator), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar
sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se
modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera
mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a
imagem.

Barthes (1984, p.  45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o
fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já
quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse
último gera um outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.

Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia


com elas, aprová-las, discuti-las em mim mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é
um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (…) A esse segundo elemento que vem
contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou buscá-lo, é ele que
parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).

Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que
estão escondidas na memória. Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles
momentos não estavam explícitas.

As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma


infinidade de discursos em torno delas.

Ver também

Fotografia básica Histórico Diversos


Abertura Cronologia da tecnologia Albertipia
Ampliador fotográfica Câmera Diana
Câmera digital Falsificações de fotografias Câmera pinhole
Câmera escura na União Soviética Composição fotográfica
Fotografia no Brasil
Filme fotográfico Fotografia espírita
Filtro fotográfico História da fotografia Fotografia Kirlian
Flash fotográfico Lista de fotografias Gelatin-silver process
Formatos de filme Holografia
Lente fotográfica Técnica(s) Lomografia
Modo de exposição Processo platina / paládio
Objetiva Ângulo visual
Projetor de slide Balanço de cores
Tabela das câmeras SLR Bokeh
digitais Double exposure (dupla
Revelação fotográfica exposição)
Valor de exposição Efeito dos olhos vermelhos
Velocidade do obturador Estereoscopia
Exposímetro
Fotografia panorâmica
Interferência na fotografia
Macrofotografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia
HDR 13/15
28/09/2021 14:22 Fotografia – Wikipédia, a enciclopédia livre
HDR

Referências
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Ligações externas
«Portal Globo G1» (http://g1 globo com/fotos/noticia/2012/08/descoberta da fotografia no bras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia 14/15
28/09/2021 14:22 Fotografia – Wikipédia, a enciclopédia livre
«Portal Globo G1» (http://g1.globo.com/fotos/noticia/2012/08/descoberta-da-fotografia-no-bras
il-faz-180-anos-despercebida-por-brasileiros.html). - Descoberta da fotografia no Brasil faz 180
anos despercebida por brasileiros
«Museu Imperial» (http://www.museuimperial.gov.br/exposicoes-virtuais/3023.html). - Tour
Virtual: A fotografia
«Universidade Federal de Uberlândia - Prof. Thomaz M. Harrel» (http://www.tharrell.prof.ufu.b
r/pdfs/A%20Fotografia%20Cap.%20I.pdf) (PDF). - Da Pintura Rupestre à Fotografia

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