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A verdade e o belo na arte

Protágoras: Ah, bela pintura esta com a qual nos deparamos! O que os senhores
entendem dela e o que acham sobre a frase: “Estará o belo no objeto, nos olhos de
quem vê ou em uma série de regras, ideias e critérios universais?” ?
Aristóteles: Na minha interpretação, esta pintura remete a dois pássaros que
acompanham um ao outro durante seus voos diários. Contudo, conheço pensadores
que relacionam essa pintura a vegetação de Santorini antes da erupção minoica.
Protágoras: Vejam, meus caros. Isso é lindo sobre a arte! Não existe uma verdade
absoluta, então cada um interpreta do jeito que bem entender. Se para um indivíduo, a
sua interpretação de arte é uma verdade, então o belo estará nos olhos de quem vê.
Platão: É uma pintura muito bem feita, mas terei que discordar de você, Protágoras. A
arte se encaixa perfeitamente no Mundo das Sombras, porque não passa de uma
mera imitação e de uma idealização. Desse modo, as aparências presentes na arte
remetem aos sentidos e se afastam cada vez mais do Mundo das Ideias e,
consequentemente, da verdade absoluta. Apesar de bela, a arte não expressa a
verdade.
Aristóteles: Meu querido Platão, qual é o seu problema com a imitação? A imitação é
natural e fonte de aprendizado. Pense em uma criança em seus primeiros anos de
vida; ela aprende ao imitar seus pais e reproduzir seus movimentos e falas. Então,
assim como a arte, a imitação é incrível, pois permite o aprendizado.
Protágoras: De fato é uma ótima discussão, mas apenas o grande filósofo Ricardo
Salgado poderá agregar com a sua opinião sobre a verdade e o belo na arte.

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