Capítulo 1 – Conjuntos.........................................................................................................................5
1.1. - Descrição e Representação de um Conjunto..........................................................................6
1.2. - Relação de Pertinência...........................................................................................................7
1.3. - Conjuntos Iguais.....................................................................................................................7
Exercícios...............................................................................................................................8
1.4. - Subconjuntos, Relação de Inclusão........................................................................................8
Exercícios...............................................................................................................................9
1.5. - Os Quantificadores...............................................................................................................10
1.6. - Implicação e Equivalência....................................................................................................11
Exercícios.............................................................................................................................12
1.7. - Propriedades da Inclusão, Conjunto das Partes....................................................................13
Exercícios.............................................................................................................................14
1.8. - Intersecção e União: Os Conectivos E e OU........................................................................15
Exercícios.............................................................................................................................17
1.9. - Diferença e Complementar, Conjunto Universo..................................................................18
Exercícios.............................................................................................................................19
Problemas Resolvidos sobre o Capítulo 1.................................................................................20
Problemas Propostos sobre o Capítulo 1...................................................................................22
Testes Sobre o Capítulo 1..........................................................................................................24
Respostas do Capítulo 1............................................................................................................30
Capítulo 2 – Noções de Lógica..........................................................................................................34
2.1. - Proposição............................................................................................................................35
2.2. - Negação................................................................................................................................35
Exercícios.............................................................................................................................36
2.3. - Proposição Composta - Conectivos......................................................................................36
2.3.1 - Conectivo ∧....................................................................................................................36
2.3.2. - Conectivo ∨...................................................................................................................37
Exercício...............................................................................................................................38
2.4. - Condicionais.........................................................................................................................38
2.4.1. - Conectivo →.................................................................................................................39
2.4.2. - Condicional ↔..............................................................................................................39
Exercícios.............................................................................................................................40
2.5. - Tautologias............................................................................................................................40
2.6. - Proposições Logicamente Falsas..........................................................................................41
2.7. - Relação de Implicação..........................................................................................................42
2.8. - Relação de Equivalência.......................................................................................................42
Exercícios.............................................................................................................................43
2.9. - Sentenças Abertas, Quantificadores.....................................................................................43
2.9.1. - O quantificador universal.............................................................................................43
2.9.2. - O quantificador existencial...........................................................................................44
Exercício...............................................................................................................................44
2.10. - Como Negar Proposições...................................................................................................44
2.10.1. - Negação de uma conjunção........................................................................................44
2.10.2. - Negação de uma disjunção.........................................................................................45
2.10.3. - Negação de um condicional simples...........................................................................45
2.10.4. - Negação de proposições quantificadas.......................................................................45
Exercícios.............................................................................................................................46
Respostas do Capítulo 2............................................................................................................46
1
Capítulo 3 - Sistemas de Numeração..................................................................................................48
3.1. - O Sistema Binário de Numeração........................................................................................49
3.1.1. - Conversão Binário - Decimal.......................................................................................49
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................50
3.1.2. - Tabela de Potência de Dois...........................................................................................51
Exercícios.............................................................................................................................51
3.1.3. - Conversão Decimal – Binário.......................................................................................51
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................54
Exercícios.............................................................................................................................54
3.1.4. - Números Binários e Decimais Fracionários e Suas Conversões..................................55
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................55
Exercícios.............................................................................................................................56
3.1.5. - Tabela de potências negativas de dois..........................................................................56
3.1.6. - Conversão Decimal Fracionário - Binário....................................................................56
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................57
Exercícios.............................................................................................................................58
3.2. - O Sistema Octal de Numeração............................................................................................58
3.2.1 - Conversão do sistema octal para o sistema decimal......................................................59
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................59
Exercícios.............................................................................................................................59
3.2.3. - Conversão do sistema octal para o sistema binário......................................................59
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................60
Exercícios.............................................................................................................................60
3.2.4. - Conversão do sistema binário para o sistema octal......................................................60
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................61
Exercícios.............................................................................................................................61
3.2.5. - Conversão do sistema decimal para o sistema octal.....................................................61
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................61
Exercícios.............................................................................................................................62
3.3. - O Sistema Hexadecimal de Numeração...............................................................................62
3.3.1. - Conversão do sistema hexadecimal para o sistema decimal.........................................63
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................63
Exercícios.............................................................................................................................63
3.3.2. - Conversão do sistema hexadecimal para o sistema binário..........................................63
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................64
Exercícios.............................................................................................................................64
3.3.3. - Conversão do sistema binário para o sistema hexadecimal..........................................64
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................64
Exercícios.............................................................................................................................65
3.3.4. - Conversão do sistema decimal para o sistema hexadecimal.........................................65
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................66
Exercícios.............................................................................................................................67
3.4. - Operações aritméticas no sistema binário............................................................................67
3.4.1. - Adição no sistema binário.............................................................................................67
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................68
Exercícios.............................................................................................................................68
3.4.2. - Subtração no sistema binário........................................................................................69
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................70
Exercícios.............................................................................................................................70
3.4.3. - Multiplicação no sistema binário..................................................................................70
2
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................71
Exercícios.............................................................................................................................71
Capítulo 4 – Funções Lógicas: Portas Lógicas...................................................................................72
4.1. - Funções: E, OU, NÃO, NE e NOU......................................................................................73
4.1.1. - Função “E” ou “AND”.................................................................................................73
4.1.1.1. - Tabela da verdade..................................................................................................74
4.1.1.2. - Porta E ou AND....................................................................................................74
4.1.2. - Função “OU” ou “OR”.................................................................................................75
4.1.2.1. - Tabela da verdade da função OU..........................................................................76
4.1.2.2. - Porta “OU” ou “OR”.............................................................................................76
4.1.3. - Função “NÃO” ou “NOT”............................................................................................77
4.1.3.1. - Inversor e Tabela Verdade.....................................................................................78
4.1.4. - Função NÃO E, NE ou NAND.....................................................................................78
4.1.4.1. - Porta NAND ou NE..............................................................................................78
4.1.5. - Função NÃO OU, NOU ou NOR.................................................................................79
4.1.5.1. - Tabela da verdade da função NOU ou NOR.........................................................79
4.1.5.2. - Porta OU ou NOR................................................................................................79
4.1.6. - Quadro resumo..............................................................................................................80
4.2. - Interligação entra expressões, circuitos e tabelas da verdade...............................................81
4.2.1. - Expressões booleanas geradas por circuitos lógicos.....................................................81
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................82
4.2.2. - Circuitos obtidos de expressões booleanas...................................................................84
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................85
4.2.3 – Tabelas da verdade que representam expressões ou circuitos.......................................86
4.2.3.1 - Tabela da verdade obtida de uma expressão..........................................................87
4.2.3.2. - Expressão e tabela da verdade obtidas a partir de circuito...................................88
Exercícios Resolvidos..........................................................................................................89
4.3. - Equivalência de Blocos Lógicos..........................................................................................90
4.3.1. - Obtenção de Inversores.................................................................................................90
4.3.1.1. - Inversor a partir de uma porta NAND..................................................................90
4.3.1.2. - Inversor a partir de uma porta NOR......................................................................91
4.3.2. - Outras equivalências entre blocos lógicos....................................................................91
4.3.2.1. - Porta NAND a partir de portas E e inversor..........................................................91
4.3.2.2. - Porta NOR a partir da porta E e inversor..............................................................91
4.3.2.3. - Porta OU a partir de portas E e inversores............................................................92
4.3.2.4. - Porta NOR a partir da porta OU e inversores.......................................................92
4.3.2.5. - Porta NAND a parir de porta OU e inversores.....................................................92
4.3.2.6. - Porta E a partir de porta OU e inversores.............................................................93
4.3.2.7. - Quadro resumo......................................................................................................93
Exercícios.............................................................................................................................93
Capítulo 5 – Álgebra de Boole e Simplificação de Circuitos Lógicos...............................................95
5.1. - Variáveis e expressões na Álgebra de Boole........................................................................96
5.2. - Postulados.............................................................................................................................96
5.2.1. - Postulado ou complementação......................................................................................96
5.2.2. - Postulado de adição......................................................................................................96
5.2.3. - Postulado da multiplicação...........................................................................................97
5.3. - Propriedades.........................................................................................................................99
5.3.1. - Propriedade comutativa................................................................................................99
5.3.1.1. - Propriedade comutativa na adição........................................................................99
5.3.1.2. - Propriedade comutativa na multiplicação.............................................................99
3
5.3.2. - Propriedade associativa.................................................................................................99
5.3.2.1. - Propriedade associativa na adição.........................................................................99
5.3.2.2. - Propriedade associativa na multiplicação...........................................................100
5.3.3. - Propriedade distributiva..............................................................................................100
5.4. - Teoremas de Morgan..........................................................................................................101
5.4.1. - O complemento do produto é igual á soma dos complementos.................................101
5.4.2. - O complemento da soma é igual ao produto dos complementos................................102
5.5. - Identidades Auxiliares........................................................................................................102
5.5.1. - A + A . B = A...............................................................................................................102
5.5.2. - A + ĀB = A + B..........................................................................................................103
5.5.3. - (A + B) . (A + C) = A + B . C......................................................................................103
5.6. - Quadros Resumo................................................................................................................104
5.7. - Simplificação de Expressões Booleanas............................................................................105
Exercícios Resolvidos........................................................................................................108
Exercícios...........................................................................................................................109
5.8. - Simplificação de expressões e circuitos através dos diagramas de Veitch-Karnaugh........109
5.8.1. - Diagrama de Veitch-Karnaugh para 2 variáveis.........................................................109
5.8.2. - Diagramas de Veitch-Karnaugh para três variáveis....................................................116
Exercícios Resolvidos........................................................................................................121
Exercícios...........................................................................................................................122
5.8.3. - Diagramas para quatro variáveis.................................................................................123
Exercícios Resolvidos........................................................................................................130
Exercícios...........................................................................................................................132
5.8.4. - Condição irrelevante...................................................................................................132
5.9. - Exemplos de simplificação de circuitos.............................................................................132
5.10. - Diagrama para cinco variáveis.........................................................................................136
Exercícios...........................................................................................................................140
5.11. - Casos que não admitem simplificação..............................................................................141
5.12. - Outras formas de utilização do diagrama de Veitch-Karnaugh........................................143
5.12.1. - Pelo complemento da expressão...............................................................................143
5.12.2. - Pela forma da apresentação.......................................................................................143
5.13. - Quadro Resumo................................................................................................................144
Capítulo 6 : Circuitos Combinacionais.............................................................................................146
6.1. - Expressões e circuitos a partir de tabelas da verdade.........................................................147
6.1.1. - Exemplo de circuitos com duas variáveis...................................................................147
6.1.2. - Exemplo de circuitos com 3 variáveis........................................................................151
6.1.3. - Exemplo de circuitos com 4 variáveis........................................................................154
6.1.4. - Exemplo 4: Tabela verdade com 3 variáveis..............................................................157
6.1.5. - Exemplo 5: Tabela verdade com 4 variáveis..............................................................158
6.2. - Circuito OU Exclusivo.......................................................................................................159
6.2.1. - Circuito OU Exclusivo como circuito combinacionail...............................................159
6.2.2. - Circuito OU Exclusivo como bloco lógico básico......................................................160
6.3. - Circuito Coincidência.........................................................................................................160
6.3.1. - Circuito coincidência como circuito combinacionail.................................................160
6.3.2. - Circuito coincidência como bloco lógico básico........................................................161
6.4. - Interligação de blocos OU Exclusivo ou Coincidência para mais de duas variáveis.........162
6.4.1. - 3 variáveis...................................................................................................................162
6.4.2. - 4 variáveis...................................................................................................................164
Exercícios...........................................................................................................................164
4
Capítulo 1 – Conjuntos
5
1.1. - Descrição e Representação de um Conjunto
Formamos ideia de conjunto como uma coleção qualquer de objetos, que são os seus
elementos. As noções de conjunto e elementos são noções primitivas em Matemática (não são
definidas). Podemos descrever um conjunto, citando um a um seus elementos ou apresentando uma
propriedade característica dos mesmos.
Geralmente usamos as letras maiúsculas A, B, C, D, etc, para dar nomes aos conjuntos.
Assim, por exemplo, podemos falar no conjunto A formado pelos números 1, 2, 3, 4 e 5, o qual
podemos representar colocando os elementos entre chaves, como
segue:
A = {1, 2, 3, 4, 5}
Se indicamos os elementos dentro de uma curva fechada
simples (não entrelaçada) temos outra representação do conjunto
A, conhecida como diagrama de Venn*.
Consideremos agora o conjunto B dos números naturais
ímpares. Observe que este conjunto está caracterizado por uma
propriedade dos seus elementos: são os números naturais
ímpares. Podemos representá-lo assim:
B = {x|x é um número ímpar} (leia: “tal que”)
Ou também assim:
B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, …}
Colocamos as reticências para indicar que o conjunto “não tem fim” - trata-se de um
conjunto infinito (tem infinitos elementos). Às vezes empregamos as reticências também em
conjuntos finitos (que têm número finito de elementos) com grande número de elementos. Por
exemplo, o conjunto C dos números naturais ímpares menores que 100 pode ser indicado assim:
C = {1, 3, 5, 7, 9, 11, …, 99}
Lembremos ainda que há conjuntos que apresentam um único elemento – os chamados
conjuntos unitários – e há até conjuntos sem nenhum elemento – que chamamos de conjunto vazio.
Por exemplo, são conjuntos unitários:
• O conjunto D dos números naturais que são pares e primos ao mesmo tempo.
D = {2}
• O conjunto E das capitais atuais do Brasil.
E = {Brasília}
Já um exemplo de conjunto vazio:
• O conjunto F dos estados do Brasil que são banhados pelo Oceano Pacífico.
F = {} ou F = { Ø }
6
1.2. - Relação de Pertinência
Para indicar que um elemento pertence a um conjunto A escrevemos:
a∈A (leia: “a pertence a A”)
Quando a não pertence a A escrevemos:
a∉ A (leia: “a não pertence a A”)
7
Exercícios
1. Reescreva cada conjunto dando um a um os seus elementos:
a) A = {x | x é número natural menor que 10}
b) B = {x | x é número natural menor que 20}
c) C = {x | x é mês de 30 dias}
d) D = {x | x é satélite natural da Terra}
e) E = {x | x é país da América do Norte}
2. Identifique os conjuntos unitários e os vazios:
a) A = {x | x é Oceano que banha o Brasil}
b) B = {x | x é ser vivo que não precisa de oxigênio para sobreviver}
c) C = {x | x é mês cujo nome começa com a}
d) D = {x | x é mês com menos de 30 dias}
e) E = {x | x é natural e x + 1 = 0}
f) F = {x | 1/X = 0}
3. Dados os conjuntos A = {a, b} e B = {{a}, {b}}, classifique em verdadeiro (V) ou falso (F):
a) a ∈A f) {a} ∈ B
b) a ∈ B g) {b} ∉A
c) b ∉A h) {b} ∉ B
d) b ∉ B i) A = B
e) {a} ∈A j) A e B têm a mesma quantidade de elementos.
4. Sendo A = {1, 2, {1}, {1,2}} complete com ∈ ou ∉, formando sentenças verdadeiras:
a) 2 ____ A b) {2} ____ A c) {1, 2} ____ A d) Ø ____ A
5. Complete com ∈ ou ∉, formando sentenças verdadeiras:
a) {a} ____ {a, b, c, d} c) 0 ____ Ø
b) {a} ____ {{a}, {b}, {c}, {d}} d) Ø ____ {Ø}
6. Sendo A = {x| x é ímpar compreendido entre 2 e 8}, B = {x| x é algarismo do número 735} e C =
{x| x é algarismo do número 33577}, classifique em verdadeiro ou falso:
a) A = B b) B = C c) A ≠ C d) B ≠ C
8
Em diagrama, se A ⊂B e a linha fechada que contorna os elementos
de A fica dentro da que contorna B. O símbolo ⊂ é chamado sinal de
inclusão. Note que ele é colocado entre dois conjuntos e a sentença A ⊂B é
verdadeira se todo elemento de A também pertencer a B. Caso haja pelo
menos um elemento de A que não pertença a B, então a sentença A ⊂B é
falsa; nesse caso, devemos escrever A ⊄B (A não está contido em B) ou
então B ⊅ A (B não contém A).
→ Exemplos
Sendo A = {1, 2, 3, 4}, B = {2, 3, 4, 5} e C = {1, 2, 3, 4, 5, 6} temos:
A ⊄B, porque 1 ∈A e 1 ∉ B;
A ⊂C, porque todo elemento de A pertence a C;
B ⊄ A, porque 5 ∈ B e 5 ∉A;
B ⊂C, porque todo elemento de B pertence a C;
C ⊄A, porque 5 ∈ C e 5 ∉A (também 6 ∈ C e 6 ∉A);
C ⊄B, porque 1 ∈ C e 1 ∉ C (também 6 ∈ C e 6 ∉ B).
Em diagrama:
A ⊂C A ⊄B
B ⊂C B ⊄A
C ⊄A C ⊄B
C ⊃A C ⊃B
Dissemos anteriormente que dois conjuntos A e B são iguais
se todo elemento de A também pertence a B e todo elemento B também pertence a A. Isso significa
que:
Exercícios
7. Dado A = {a, e, i, o, u}, dê quatro exemplos de subconjuntos de A, todos com três elementos cada
um.
8. Dado A = {1, 2, 3, 4} forme os subconjuntos de A, com dois elementos cada um.
9. Sendo A = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3, 4}, C = {3, 4, 5, 6, 7} e D = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, classifique em
verdadeira ou falsa cada sentença:
a) A ⊂B e) D ⊃B i) B ⊄D
b) B ⊂C f) C ⊃ A j) C ⊄ B
c) C ⊂D g) C ⊃B k) A ⊄ C
d) D ⊂A h) B ⊃A l) D ⊄ A
9
11. Represente num diagrama o conjunto A de todas as pessoas nascidas no estado de São Paulo e o
conjunto B de todos os brasileiros.
12. Seja A o conjunto de todos os cariocas e B o conjunto de todas as pessoas inteligentes.
Admitindo que é verdadeira a frase “Todo carioca é inteligente”, como se representa num diagrama
os conjuntos A e B?
13. A negação da sentença A ⊂B (“Todo elemento de A pertence a B”) é a sentença A ⊄B (“Existe
elemento de A que não pertence a B”). Então, qual é a negação da frase “Todo carioca é
inteligente”?
14. Considerando os conjuntos A e B do exercício 12, e supondo que “Existe carioca que não é
inteligente” podemos ter os seguintes casos:
I. II. III.
1.5. - Os Quantificadores
Em relação ao conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12} podemos dizer que:
- Qualquer que seja o elemento A , ele é um número natural.
- Existe elemento de A que é um número par.
- Existe um único elemento de A que é ímpar.
- Não existe elemento de A que é número primo.
Em Matemática dispomos de símbolos próprios para representar as expressões grifadas
acima. Estes símbolos, chamados quantificadores, são os seguintes:
∀- Qualquer que seja
∃- Existe
∃| – Existe um único
∄- Não existe
Colocando-se x ∈ A ao lado de cada um deles, lemos:
∀x ∈ A – Qualquer que seja x pertencente a A (ou para todo x pertencente a A).
∃x ∈ A – Existe x pertence a A.
∃| x ∈ A – Existe um único x pertencente a A.
∄x ∈ A – Não existe x pertencente a A.
10
Então, no caso do conjunto A = {6, 8, 9, 10, 12} temos:
∀x ∈ A, x é natural.
∃x ∈ A | x é par.
∃| x ∈ A | x é ímpar.
∄x ∈ A | x é primo.
Já a sentença (∀x ∈ A, x é par) é falsa, porque 9 ∈ A e 9 não é par. Em outras palavras, a
sentença ( ∀x ∈ A, x é par) é falsa porque (∃x ∈ A | x não é par) é verdadeira. Dizemos que a
sentença (∃x ∈ A | x não é par) é a negação lógica da sentença (∀x ∈ A, x é par). Quando uma
sentença é a negação lógica de outra, sendo uma delas verdadeira a outra é falsa. A negação lógica
de uma sentença do tipo (∀x, x tem a propriedade P) é a sentença (∃x | x não tem propriedade P).
Por exemplo, a negação de “Todo sorvete é gostoso” é “Existe sorvete que não é gostoso”.
A negação lógica de uma sentença do tipo (∃x | x tem a propriedade P) é a sentença (∄x | x
tem a propriedade P) ou, equivalente, (∀x, x não tem a propriedade P). Por exemplo, para negar
que “Existe menino de cabelos verdes” podemos dizer “Não existe menino de cabelos verdes” ou
“Nenhum menino tem cabelos verdes”, ou ainda “Todo menino não tem cabelos verdes”.
11
Imaginemos agora que E é um subconjunto de um conjunto F e
seja x um elemento qualquer. Podemos afirmar que se x ∈ E, então x ∈ F.
X ∈E ⇒X ∈ F
E também podemos afirmar que se x ∉ F, então x ∉ E:
x∉F⇒x∉E
A afirmativa x ∉ F é a negação de x ∉ F. Costumamos representar
a negação de uma afirmativa a pelo símbolo ~a (leia: não a).
Exercícios
15. Sendo A = { 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19} , classifique em verdadeiro ou falso:
a) ∀x ∈ A, x é menor que 20.
b) ∀x, (x ∈ A ⇒ x é número primo).
c) ∃x ∈ A | x é ímpar.
d) ∃| x ∈A | x é par.
e) ∄x ∈ A | x é maior que 10.
f) ∀x, (x ∈ A ⇒ x é maior que 10).
g) ∃x ∈ A | é maior que 10.
h) ∃| x ∈A | x é maior que 10.
i) ∄x ∈ A | x é a negativo.
j) ∀x, ( x é número primo ⇒x ∈ A).
12
16. Sendo x um número inteiro qualquer, positivo nulo ou negativo, classifique em verdadeiro ou
falso:
a) x – 1 = 1 ⇔x = 2. d) x2 = 100 ⇔x = 10.
b) x = 10 ⇒ x2 = 100. e) x2 = 100 ⇔(x = 10 ou x = -10).
2
c) x = 100 ⇒ x = 10. f) A ⊂B ⇒ B ⊂A.
17. Sendo a e b números quaisquer, classifique em verdadeiro ou falso:
a) a – b = 0 ⇔a = b. b) a + b = 0 ⇔(a = 0 e b = 0).
18. Dê a negação (lógica) de sentença.
a) Existe menina feia.
b) Todo menino gosta de futebol.
c) Nenhuma menina gosta de futebol.
d) Tudo o que é bom engorda.
19. Em todo sábado que não chove, Ricardo anda de bicicleta. Se no sábado passado Ricardo não
andou de bicicleta, o que você pode concluir?
20. Considere a afirmativa a: “Todo aluno que gosta de matemática também gosta de poesia”.
a) Qual a negação lógica de a?
b) Se a é verdadeira, o que se pode concluir a respeito de um aluno que não gosta de poesia?
c) Se a é verdadeira e Adriana não gosta de matemática, pode-se concluir que Adriana não gosta de
poesia?
Todo conjunto
é conjunto dele mesmo
→ Exemplos
• {a, b, c} ⊂{a, b, c}
• {7} ⊂{7}
• {1, 2, 4, 8} ⊂{1, 2, 4, 8}
• {0, 1, 2, 3, …} ⊂{0, 1, 2, 3, …}
Para concluir que A ⊄B é necessário exibir um elemento que pertence a A e não pertence a B.
O conjunto vazio
é subconjunto de qualquer conjunto
13
→ Exemplos
• ∅ ⊂{a, b, c}
• ∅ ⊂{1, 2, 4, 8}
• ∅ ⊂{7}
• ∅ ⊂∅
Quando vamos escrever os subconjuntos de um dado conjunto E devemos, então, incluir os
conjuntos ∅ e E. Por exemplo, sendo E = {a, b, c} são seus subconjuntos:
• Com nenhum elemento: ∅
• Com um elemento: {a}, {b}, {c}
• Com dois elementos: {a, b}, {a, c}, {b, c}
• Com três elementos: E
Notemos que E tem 3 elementos e que formamos 8 subconjuntos. É possível mostrar
(veremos isso posteriormente em Análise Combinatória) que se um conjunto tem n elementos, então
ele tem 2n subconjuntos. Observe que sendo n=3 vem 23 = 8.
Podemos formar um conjunto cujos elementos são todos os subconjuntos de E, que vamos
indicar por P(E) (leia: P de E):
P(E) = {∅, {a}, {b}, {c}, {a,b}, {a,c}, {b, c}, E}
Esse conjunto é denominado conjunto das partes de E.
Exercícios
14
31. Classifique em verdadeiro ou falso:
a) ∅ ⊂{3} e) {3} ⊂{3}
b) ∅ ∈ {3} f) {3} ∈ {3}
c) ∅ ∈ {∅, {3}} g) {3} ∈ {∅, {3}}
d) ∅ ⊂{∅, {3}} h) {3} ⊂{∅, {3}}
32. Faça um diagrama de Venn representando três conjuntos A, B e C sendo A ⊂B e B ⊂C. O que
se conclui a respeito de A e C?
→ Exemplo
• A = {1, 3, 5, 7, 9, 11}
B = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19}
A ∩ B = {3, 5, 7, 11}
15
Caso particular: A ⊂B
Quando A ⊂B é fácil verificar que A ∩ B = A e A U B = B.
A∩B=A AUB=B
→ Exemplos
• {a, b} ∩ {a, b, c, d} = {a, b}
• {a, b} U {a, b, c, d} = {a, b, c, d}
Conjuntos Disjuntos
Quando dois conjuntos não têm elementos em comum, eles são chamados conjuntos
disjuntos. Os conjuntos A e B são disjuntos quando A ∩ B = ∅
→ Exemplo
• {1, 3, 5, 7, 9} ∩ {2, 4, 6, 8, 10} = ∅
{1, 3, 5, 7, 9} e {2, 4, 6, 8, 10} são conjuntos disjuntos.
Propriedades
Quaisquer que sejam os conjuntos A, B, e C valem as igualdades seguintes:
• Propriedade Idempotente:
A∩A=A e AUA=A
• Propriedade Comutativa:
A∩B=B∩A e AUB=BUA
• Propriedade Associativa:
(A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) e (A U B) U C = A U (B U C)
• Propriedade Distributiva:
A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C) e A U (B ∩ C) = (A U B) ∩ (A U C)
16
Exercícios
Determine A ∩ B e A U B.
33. A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {2, 4, 6, 8, 10}
34. A = {l, o, g, i, c, a} e B = {m, a, l, u, c, o}
35. A = {1, 2, 3, 4, 5, 6 …, 50} e B = {1, 3, 5, 7, 9, …, 51}
36. A = {1, 2, 3, 4, 5, …, 100} e B = {2, 4, 6, 8, …, 100}
37. A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …} e B = {3, 6, 9, 12, …}
38. A = {1, 3, 5, 7, 9, …} e B = {2, 4, 6, 8, 10, …}
39. A = { } e B = {x, y, z}
Dados A = {2, 4, 6, 8, 10, 12}, B = {3, 6, 9, 12, 15} e C = {0, 5, 10, 15, 20} determine:
40. A ∩ B e A U B
41. A ∩ C e A U C
42. B ∩ C e B U C
43. A ∩ B ∩ C e A U B U C
44. A ∩ (B U C)
45. (A ∩ B) U (A ∩ C)
46. A U (B ∩ C)
47. (A U B) ∩ (A U C)
48. (A ∩ B) ∩ (B U C)
49. Sendo A e B conjuntos quaisquer, determine:
a) A ∩ ∅ d) A ∩ (B ∩ ∅)
b) A U ∅ e) A U (B ∩ ∅)
c) A ∩ (B U ∅) f) (A ∩ ∅) U (A U B)
50. Classifique em verdadeiro ou falso, supondo A e B conjuntos quaisquer.
a) A ⊂(A U B) d) (A ∩ B) ⊂B
b) B ⊂(A U B) e) (A ∩ B) ⊂(A U B)
c) (A ∩ B) ⊂A
51. Diga que região ou regiões (1, 2, 3, ou 4) devemos sombrear
no diagrama ao lado para indicar:
a) A ∩ B ∩ C
b) (A ∩ B) U C
52. Idem para o diagrama abaixo. 53. Idem para o diagrama abaixo.
a) A ∩ B ∩ C a) A ∩ B ∩ C
b) (A ∩ B) U C b) (A ∩ B) U C
17
55. Represente num diagrama de Venn três conjuntos A, B e C tais que A ∩ B ≠ ∅, B ∩ C ≠ ∅ e A ∩
C ≠ ∅.
56. Determine o conjunto B sabendo que A = {a, b, c, d, e, f}, A ∩ B = {c, e, f} e A U B = {a, b, c,
d, e, f, g, h}.
→ Exemplos
• Sendo A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {2, 4, 6, 8, 10}, temos:
A – B = {1, 3, 5} e B – A = {8, 10}
Quando B ⊂A a diferença A – B também é chamada complementar de B em
A e indicamos por CAB (leia: complementar de B em A).
18
Consideremos agora o complementar da intersecção : (A ∩ B)C. Temos:
• x ∈ (A ∩ B)c ⇔x ∉ (A ∩ B)c ⇔(x ∉A ∨ x ∉ B) ⇔(x ∈AC ∨ x ∈ BC) ⇔x ∈ (AC U BC)
Isso significa que os conjuntos (A ∩ B)C e AC U BC são formados pelos mesmos elementos.
Logo:
→ Exemplos
• Seja:
U = conjunto de todos os torcedores de futebol
A = conjunto dos torcedores do Flamengo
B = conjunto dos torcedores fanáticos
Temos:
A ∩ B = conjunto dos torcedores fanáticos do Flamengo
(A ∩ B)C = conjunto dos que não são torcedores fanáticos do Flamengo
(A ∩ B)C = AC U BC = conjunto dos que não são torcedores do Flamengo ou
não são fanáticos.
• A negação de x ∈ A ∩ B é x ∉ A ∨ x ∉ B. Assim, a negação da sentença “Chico é cantor e
compositor” é a sentença “Chico não é cantor ou não é compositor”.
• A negação de x ∈ A U B é x ∉ A ∧ x ∉ B. Assim, a negação da sentença “Regina gosta de
cinema ou gosta de teatro” é a sentença “Regina não gosta de cinema e não gosta de teatro”.
Exercícios
Dados A = {a, r, t, e}, B = {p, i, n, t, a, r} e C = {a, t, o, r} determine:
57. A – B e B – A.
58. A – C e C – A.
59. B – C e C – A.
60. Sendo A = {2, 4, 6, 8, ..., 40} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ..., 40} determine B – A e A – B.
61. Sendo A um conjunto qualquer, determine:
a) A – A b) A - ∅ c) ∅ - A
19
64. Sombreie o conjunto pedido em cada diagrama.
a) (A – B) U (B – A) b) (A U B) – (A ∩ B)
65. Denominamos diferença simética dos conjuntos A e B ao conjunto A ∆ B (leia: A delta B) dado
por A ∆ B = (A – B) U (B – A). Dados A = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18} e B = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12}
determine A ∆ B.
66. Considere no conjunto universo U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10] os subconjuntos A = {2, 3, 5, 7}
e B = {1, 3, 5, 7, 9}. Determine:
a) AC b) BC c) (A ∩ B)C d) (A U B)C
20
2. Dados A = {1, 2} e B = {2, 3, 4}, determine o conjunto X tal que A ∩ X =
{1}, B ∩ X = {3} e A U B U X = {1, 2, 3, 4, 5}.
Resolução e Diagrama
(A = {1, 2} e A ∩ X = {1}) ⇒ (1 ∈ X e 2 ∉ X)
(B = {2, 3, 4} e B ∩ X = {3}) ⇒ (3 ∈ X, 2 ∉ X e 4 ∉ X)
(A U B U X = {1, 2, 3, 4, 5}, 5 ∉A e 5 ∉ B) ⇒ (5 ∈ X)
Logo, X = {1, 3, 5}
3. No conjunto universo U = {a, b, c, d, e, f} consideremos o
subconjunto A = {a, b, c}. Determine o subconjunto X tal que A – X =
{b, c}, A ∩ X ≠ ∅ e AC ∩ X = ∅.
Resolução e Diagrama
(A = {a, b, c}, A – X = {b, c} e A ∩ X ≠ ∅) ⇒ (b ∉ X, c ∉ X e a ∈ X)
(AC = {d, e, f} e AC ∩ X = ∅) ⇒ (d ∉ X, e ∉ X e f ∉ X)
Então X = {a}.
4. Sendo conhecidos n(A) = números de elementos do conjunto A, n(B) = número de elementos do
conjunto B e n(A ∩ B) = números de elementos de A ∩ B, determine o número de elementos de
A U B.
Resolução
Notamos que A U B é formado pelos elementos:
- Que pertencem só a A: há n (A) – n (A ∩ B) elementos.
- Que pertencem só a B: há n(B) – n (A ∩ B) elementos.
- Que pertencem a A e a B: há n (A ∩ B) elementos.
Então: n (A U B) = {n (A) – n (A ∩ B)} + {n (B) – n (A ∩ B)} + n (A ∩ B).
5. Num grupo de mototristas há 28 que dirigem carro, 12 que dirigem moto e 8 que dirigem carro e
moto. Quantos motoristas há nesse grupo? Quantos só dirigem carro?
Resolução e Diagrama
C = conjunto dos que dirigem carro.
M = conjunto dos que dirigem moto.
Número total de motoristas: n (C U M) = n (C) + n (M) – n (C ∩ M) = 28 + 12 – 8 = 32
Número dos que dirigem só carro: n (C) – n (C ∩ M) = 28 – 8 = 20.
Também podemos resolver o problema construindo o diagrama ao lado.
Marcamos os 8 elementos comuns, depois completamos o conjunto C
(tem 28 elementos – como 8 são comuns, há mais 20 que pertencem só a
C) e o conjunto M (tem 12 elementos - como 8 são comuns, há mais 4
que pertencem só a M).
6. Numa classe de 36 alunos temos: 19 jogam futebol, 25 jogam vôlei, 13 jogam basquete, 12 jogam
futebol e vôlei, 8 jogam vôlei e basquete, 8 jogam futebol e basquete e quatro praticam outros três
esportes. Determine:
a) Quantos alunos da classe não praticam estes esportes?
b) Quantos praticam exatamente um destes esportes?
c) Quantos praticam exatamente dois destes esportes?
21
Resolução e Diagrama
Construímos o diagrama começando pelos 4 elementos que praticam os três
esportes (F ∩ V ∩ B). Depois completamos F ∩ V (12 elementos), V ∩ B (8
elementos) e F ∩ B (8 elementos), V (25 elementos) e B (13 elementos).
Como marcamos 4 + 8 + 4 + 4 + 3 + 9 + 1 = 33 elementos e a classe tem 36
alunos, há 3 que não praticam nenhum dos esportes.
As respostas são:
a) 3.
b) 3 + 9 + 1 = 13.
c) 8 + 4 + 4 = 16.
7. Admitindo verdadeira as premissas:
(1) O professor não erra.
(2) João é distraído.
(3) Quem é distraído erra.
Classifique em V ou F as seguintes conclusões:
a) João não é professor. b) Nenhum professor é distraído.
Resolução e Diagrama
P = conjunto dos professores.
D = conjunto dos distraídos.
E = conjunto dos que erram.
(1) ⇒ P ∩ E = ∅
(2) ⇒ João ∈ D
(3) ⇒ D ⊂E
Resposta: a) V (pois D ∩ P = ∅ e João ∈ D, logo João ∉ P)
b) V (pois D ∩ P = ∅)
22
15. Sendo A e B subconjuntos quaisquer de um conjunto universo U, classifique em verdadeiro ou
falso:
a) A ⊂(A U B) d) (A ∩ B) ⊂BC
b) AC ⊃(B – A) e) (AC ∩ BC) ⊃(A - B)
C
c) A ⊃(A – B) f) (A ∩ B)C ⊃(A U B)C
18. Dados A = {0, 1, 2} e B = {1, 2, 3, 4}, determine o conjunto X tal que A ∩ X = {0, 1}, B ∩ X =
{1, 4} e A U B U X = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}.
19. Dados A = {a, b, c, d, e, f}, B = {c, b, d} e C = {d, e, f}, determine o conjunto X tal que X ⊂A,
B – X = {b, c}, X – C = {a} e C – X = {e, f}.
21. Num grupo de 22 universitários há 8 que cursam Engenharia, 10 cursam Administração e 3 que
cursam Engenharia e Administração. Quantos não estão cursando Engenharia nem Administração?
22. O tipo sanguíneo de uma pessoa é classificado segundo a presença no sangue de antígenos A e
B. Podemos ter:
Tipo A: pessoas que têm só o antígeno A.
Tipo B: pessoas que têm só o antìgeno B.
Tipo AB: pessoas que têm A e B.
Tipo O: pessoas que não têm A nem B.
Em 55 amostras de sangue observamos que 20 apresentavam o antígeno A, 12 apresentam B e 7
apresentam ambos os antígenos. Quantas amostras são de:
a) Sangue tipo AB? c) Sangue tipo B?
b) Sangue tipo A? d) Sangue tipo O?
23. O tipo sanguíneo também é classificado segundo a presença do fator Rh. Podemos ter:
Rh positivo: pessoas que têm o antígeno Rh.
Rh negativo: pessoas que não tem o antígeno Rh.
Assim, por exemplo, uma pessoa tem sangue tipo A com Rh positivo (A+) se ela apresenta os
antígenos A e Rh e não tem o antígeno B.
Sendo: A = {pessoas que têm o antígeno A}.
B = {pessoas que têm antígeno B}.
R = {pessoas que têm o antígeno Rh}
Determine o tipo sanguíneo de uma pessoa que pertence a:
a) A ∩ B ∩ R b) A ∩ BC ∩ R c) AC ∩ B ∩ RC d) AC ∩ BC ∩ R
24. Sendo A, B e R como no exercício anterior, faça um diagrama de Venn indicando todos os tipos
sanguíneos.
23
25. Num avião encontravam-se 122 passageiros dos quais 96 eram brasileiros, 64 homens, 47
fumantes, 51 homens brasileiros , 25 homens fumantes, 36 brasileiros fumantes e 20 homens
brasileiros fumantes. Calcule:
a) O número de mulheres brasileiras não fumantes.
b) O número de homens fumantes não brasileiros.
c) O número de mulheres fumantes.
26. Os 36 alunos de uma classe fixeram uma prova de 3 questões. Sabendo que 4 erram todas as
questões, 5 só acertaram a primeira questão, 6 só acertaram a segunda, 7 só acertaram a segunda e a
terceira, determine quantos acertaram as três questões.
27. Num grupo de 100 pessoas constata-se que 12 têm sangue tipo A, 84 não têm sangue tipo B e 93
não têm sangue tipo AB. Quantas pessoas têm sangue tipo O?
3. (FEC-SP) Dados os conjuntos: M = {3, 5, 6}, N = {5, 6, 7} e P = {6, 7, 8}, podemos afirmar que:
a) M ∩ N = ∅ c) 3 ∈ M ∩ N
b) 8 ⊂P d) n.d.a.
24
5. (MACK-SP) Sendo A = {{1}, {2}, {1, 2}} pode-se afirmar que:
a) {1} ∈A c) {1} ∩ {2} ⊄A e) {1} U {2} ∈A
b) {1} ⊂A d) 2 ∈A
25
14. (UFOP-MG) Numa sala de aula com 60 alunos, 11 jogam xadrez, 31 são homens ou jogam
xadrez e 3 mulheres jogam xadrez. Conclui-se, portanto, que:
a) 31 são mulheres.
b) 29 são homens.
c) 29 mulheres não jogam xadrez..
d) 23 homens não jogam xadrez.
e) 9 homens jogam xadrez.
15. (Sta. Casa-SP) Feito exame de sangue em um grupo de 200 pessoas, constatou-se o seguinte: 80
delas têm sangue com fator Rh negativo, 65 têm sangue tipo O e 25 têm sangue tipo O com fator Rh
negativo. O número de pessoas com sangue de tipo diferente de O e com fator Rh positivo é:
a) 40 b) 65 c) 80 d) 120 e) 135
18. (FATEC-SP) Em cada uma das alternativas a seguir tem-se um universo U e seus subconjuntos,
não vazios, X, Y e Z. Assinale a alternativa onde a região hachurada representa (X U Y) ∩ Z.
a) b) c)
d) e)
26
19. (UF-MG) No diagrama abaixo, a parte sombreada representa:
a) (E ∩ F) ∩ G
b) E ∩ G
c) CRE U F
d) (E ∩ G) – F
e) E – G
23. (MACK-SP) Dados os conjuntos A, B e C não vazios, com A ⊂B e A ⊂C, então é sempre
verdadeiro que:
a) B = C d) A ⊃(B U C)
b) B ⊃C e) A ⊂(B ∩ C)
c) B ⊂C
27
25. (MACK-SP) Se A e B são dois conjuntos tais que A ⊂B e A ≠ ∅, então:
a) Sempre existe x ∈A tal que x ∈ B.
b) Sempre existe x ∈ B tal que x ∈A.
c) Se x ∈ B então x ∈A.
d) Se x ∈ B então x ∈A.
e) A ∩ B = ∅.
30. (ESAL) Um conjunto A admite um subconjunto não vazio D, tal que D também é subconjunto
dos conjuntos B e C. Assim está incorreto afirmar que:
a) A ∩ D = D
b) A ∩ C ≠ ∅
c) D ⊂(A U (B - C)
d) B ∩ C = D
e) A U D = A
28
32. (PUC-SP) A negação da proposição x∈ (A U B) é:
a) x ∉ (A ∩ B)
b) x ∉A ou x ∈ B
c) x ∉A e x ∈ B
d) x ∈A ou x ∉ B
e) x ∉A e x ∉ B
36. (UNESP) Uma pessoa que gosta de todas e apenas das pessoas que não gostam de si mesmas:
a) Gosta de si mesma. d) Gosta de alguém.
b) Não gosta de si mesma. e) Não gosta de ninguém.
c) Não existe.
38. (FEI-SP) Dadas as premissas: “Todos os corintianos são fanáticos” - “Existem fanáticos
inteligentes”, pode-se tirar a conclusão seguinte:
a) “Existem corintianos inteligentes.”
b) “Todo corintiano é inteligente.”
c) “Nenhum corintiano é inteligente.”
29
d) “Todo inteligente é corintiano.”
e) Não se pode tirar conclusão.
39. (MACK-SP) Duas grandezas x e y são tais que “se x = 3 , então y = 7”. Pode -se concluir que:
a) Se x ≠ 3, então y ≠ 7.
b) Se y = 7, então x = 3.
c) Se y ≠ 7, então x ≠ 3.
d) Se x = 5, então y = 5.
e) Nenhuma das conclusões anteriores é válida.
40. (FUVEST-SP) Cada um dos cartões abaixo tem de um lado um número e do outro uma letra.
Alguém afirmou que todos os cartões que têm uma vogal numa face têm um número par na outra.
Para verificar se tal afirmação é verdadeira:
a) É necessário virar todos os cartões.
b) É suficiente virar os dois primeiros cartões.
c) É suficiente virar os dois últimos cartões.
d) É suficiente virar os dois cartõesdo meio.
e) É suficiente virar o primeiro e o último cartão.
Respostas do Capítulo 1
- Exercícios
1. A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} 2. Unitários: A, C, D
B = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19} Vazio: B, E, F
C = {Abril, Junho, Setembro, Novembro}
D = {Lua} 3. a) V c) F e) F g) V i) F
E = {Estados Unidos, Canadá, México} b) F d) V f) V h) F j) V
30
18. a) Nenhuma menina é feia.
b) Existe menino que não gosta de futebol (Pode ser também: Nem todo menino gosta de
futebol.)
c) Existe menina que gosta de futebol.
d) Nem tudo o que é bom engorda (Pode ser também: Existe o que é bom e não engorda.)
21. 16.
22. P(E) = {∅, {1}, {2}, {4}, {8}, {1, 2}, {1, 4}, {1, 8}, {2, 4}, {2, 8}, {4, 8}, {1, 2, 4}, {1, 2, 8},
{1, 4, 8}, {2, 4, 8}, {1, 2, 4, 8}.
24. a) 64 25. 1 26. {∅} 27. a) 31 c) 1 28. {a, b}, {a, b, c}, {a, b, d}
b) 256 b) 1023 d) Nenhum {a, b, c, d}
29. {1}, {0,1}, {1, 2}, {1, 3} 30. {1, 3, 5} 31. a) V d) V g) V 32.
{0, 1, 2}, {0, 1, 3}, ou b) F e) V h) F
{1, 2, 3}, {0, 1, 2, 3} {1, 2, 3, 5} c) V f ) F
38. A ∩ B = ∅ 39. A ∩ B = { } = A
A U B = {1, 2, 3, 4, 5, ..., } = ℕ* A U B = {x, y, z} = B
46. A U (B ∩ C) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 15} 47. (A U B) ∩ (A U C) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 15}
31
50. Todas V. 51. a) Região 3. 52. a) Nenhuma região. 53. a) Região 3.
b) Região 2. b) Regiões 2 e 4. b) Regiões 2, 3 e 4.
57. A – B = {e} 58. A – C = {e} 59. B – C = {p, i, n} 60. B – A = {1, 3, 5, 7, ..., 39}
B – A = {p, i, n} C – A = {o} C – B = {o} A–B={}
63. 64.
- Problemas
1. {1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10} 2. {2. 8} 3. {2, 8} 4. {6, 9, 10} 5. {5, 7} 6. {4, 6, 7}
32
23. a) AB b) A c) B d) O 24.
- Testes
1. E 6. E 11. A 16. B 21. B 26. C 31. C 36. C
2. D 7. B 12. D 17. B 22. D 27. A 32. E 37. D
3. D 8. A 13. E 18. C 23. E 28. A 33. B 38. E
4. C 9. A 14. C 19. D 24. A 29. B 34. D 39. C
5. E 10. E 15. C 20. D 25. D 30. D 35. E 40. E
33
Capítulo 2 – Noções de
Lógica
34
2.1. - Proposição
Chama-se proposição ou sentença toda oração declarativa que pode ser classificada em
verdadeira ou falsa. Observamos que toda proposição apresenta três características:
1º. Sendo oração, tem sujeito e predicado;
2º. É declarativa (não é exclamativa nem interrogativa);
3º. Tem um, e somente um, dos dois valores lógicos: ou é verdadeira ou falsa.
→ Exemplo
• São proposições:
a) Nove é diferente de cinco. (9 ≠ 5)
b) Sete é maior que três. (7 > 3)
c) Dois é um número inteiro. (2 ∈ ℤ)
d) Três é divisor de onze (3 | 11)
e) Quatro vezes cinco é igual a vinte. (4 ∙ 5 = 20)
Dessas proposições, todas são verdadeiras menos a d
2.2. - Negação
A partir de uma proposição p qualquer, sempre podemos construir outra, denominada
negação de p e indicada com o símbolo ~p.
→ Exemplos:
• a) p: Nove é diferente de cinco. (9 ≠ 5)
~p: Nove é igual a cinco. (9 = 5)
• b) p: Sete é maior que três. (7 > 3)
~p: Sete é menor que três. (7 < 3)
• c) p: Dois é um número inteiro. (2 ∈ Q)
~p: Dois não é um número inteiro. (2 ∉ Q)
• d) p: Três é divisor de onze. (3 | 11)
~p: Três não é divisor de onze. (3 | 11)
• e) p: Quatro vezes cinco é igual a vinte. (4 ∙ 5 = 20)
~p: Quatro vezes cinco é diferente de vinte. (4 ∙ 5 ≠ 20)
Para que ~ p seja realmente uma proposição, devemos ser capazes de classificá-la em
verdadeira (V) e falsa (F). Para isso vamos postular (decretar) o seguinte critério de classificação:
35
Este critério está resumido na tabela ao lado, denominada tabela-verdade da preposição ~ p.
Assim, reexaminando os exemplos anteriores, temos ~p é verdadeira no exemplo d e ~p é falsa nos
demais.
Exercícios
1. Quais das sentenças abaixo são proposições? No caso das proposições, quais são verdadeiras?
a) 5 ∙ 4 = 20 e) 1 + 3 ≠ 1 + 6
b) 5 – 4 = 3 f ) (-2)5 ≥ (-2)3
c) 2 + 7 ∙ 3 = 5 ∙ 4 + 3 g) 3 + 4 > 0
d) 5(3 + 1) = 5 ∙ 3 + 5 ∙1 h) 11 – 4 ∙ 2
2. Qual é a negação de cada uma das seguintes proposições? Que negações são verdadeiras?
a) 3 ∙ 7 = 21 e) (½)7 < (½)3
b) 3 ∙ (11 – 7) ≠ 5 f ) √2 < 1
c) 3 ∙ 2 + 1 > 4 g) - (-4) > 7
d) 5 ∙ 7 – 2 < 5 ∙ 6 h) 3 | 7
2.3.1 - Conectivo ∧
Colocando o conectivo ∧entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p ∧q,
denominada conjunção das sentenças p e q.
→ Exemplos
1º) p: 2 > 0
q: 2 ≠ 1
p ∧ q: 2 > 0 e 2 ≠ 1
2º) p: -2 < -1
q: (-2)2 < (-1)2
p ∧ q: -2 < -1 e (-2)2 < (-1)2
36
Vamos postular um critério para estabelecer o valor lógico (V e F) de uma conjunção a partir
dos valores lógicos (conhecidos) das proposições p e q:
Esse critério está resumido na tabela ao lado, em que são examinadas todas as
possibilidades para p e q. Essa tabela é denominada tabela-verdade da proposição p ∧
q. Reexaminando os exemplos anteriores, temos:
1º) p: 2 > 0 (V)
q: 2 ≠ 1 (V)
Então:
p ∧ q: 2 > 0 e 2 ≠ 1 (V)
2.3.2. - Conectivo ∨
Colocando o conectivo ∨ entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p ∨q,
denominada disjunção das sentenças p e q.
→ Exemplos
37
4º) p: 34 < 26
q: 22 < (-3)5
p ∨ q: 34 < 26 ou 22 < (-3)5
Vamos postular um critério para decidir o valor lógico (V ou F) de uma disjunção a partir
dos valores lógicos (conhecidos) das proposições p e q:
2º) p: 3 = 3 (V)
q: 3 < 3 (F)
Então:
p ∨ q: 3 < 3 (V)
Exercício
3. Classifique em verdadeira ou falsa cada uma das seguintes proposições compostas:
a) 3 > 1 e 4 > 2 e) ½ < ¾ ou 5|11
b) 3 > 1 ou 3 = 1 f ) (-1)6 = -1 e 25 < (-2)7
c) 2|4 ou 2(4 + 1) g) √16 = 6 ou mdc (4, 7) = 2
d) 3(5 + 2) = 3 ∙ 5 + 3 ∙ 2 e 3|7
2.4. - Condicionais
Ainda a partir de proposições dadas podemos construir novas proposições mediante o
emprego de outros dois símbolos lógicos chamados condicionais: o condicional se… então…
(símbolo →) e o condicional ...se, e somente se, … (símbolo: ↔).
38
2.4.1. - Conectivo →
Colocando o condicional → entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p
→ q, que se lê: “se p, então q”, “p é condição necessária para q”, “q é condição suficiente para p”.
No condicional p → q, a proposição p é chamada antecedente e q é chamada consequente.
→ Exemplos
1º) p: dois é divisor de quatro (2|4)
q: quatro é divisor de vinte (4|20)
p → q: se dois é divisor de quatro, então quatro é divisor de vinte (2|4 → 4|20)
2.4.2. - Condicional ↔
Colocando o condicional ↔ entre duas proposições p e q, obtemos uma nova proposição, p
↔ q, que se lê “p se, e somente se, q”, “p é condição necessária e suficiente para q”, “q é condição
necessária e suficiente para p” ou “se p, então q e reciprocamente”.
→ Exemplos:
1º) p: 2|12
q: 2 ∙ 7|12 ∙ 7
p ↔ q: 2|12 ↔ 2 ∙ 7|12 ∙ 7
39
3º) p: 6 = 12 : 3
q: 3 ∙ 6 = 18
p ↔ q: 6 = 12 : 3 ↔ 3 ∙ 6 = 18
4º) p: 4 < 3
q: 4 ∙ 5 < 3 ∙ 5
p ↔ q: 4 < 3 ↔ 4 ∙ 5 < 3 ∙ 5
Exercícios
4. Classifique em verdadeira ou falsa cada uma das proposições abaixo.
a) 2 – 1 = 1 → 5 + 7 = 3 ∙ 4 e) 2|8 → mmc (2, 8) = 2
b) 22 = 4 ↔ (-2)2 = 4 f)6<2↔6–2>0
c) 5 + 7 ∙ 1 = 10 → 3 ∙ 3 = 9 g) 3/5 < 2/7 → 3 ∙ 7 = 2 ∙ 5
d) mdc (3,6) = 1 ↔ 4 é número primo
2.5. - Tautologias
Seja v uma proposição formada a partir de outras (p, q, r, …) mediante o emprego de
conectivos (∨ ou ∧) ou de modificador (~) ou de condicionais (→ ou ↔). Dizemos que v é uma
tautologia ou proposição logicamente verdadeira quando v tem valor lógico V (verdadeira)
independentemente dos valores lógicos de p, q, etc.
40
→ Exemplos:
1º) (p ∧ ~p) → (q ∨p) é uma tautologia, pois:
41
2.7. - Relação de Implicação
Dadas as proposições p e q, dizemos que “p implica q” quando na tabela de p e q não ocorre
VF em nenhuma linha, isto é, quando não temos simultaneamente p verdadeira e q falsa. Quando p
implica q, indicamos p → q.
→ Observações:
•
1º) Notemos que p implica q quando o condicional p → q é verdadeiro.
2º) Todo teorema é uma implicação da forma.
Hipótese → Tese
Assim, demonstrar um teorema significa mostrar que não ocorre o caso de a hipótese ser
verdadeira e a tese falsa.
→ Exemplos
1º) 2|4 → 2|4 ∙ 5 Significa dizer que o condicional “se 2 é divisor de 4, então 2 é divisor
•
de 4 ∙ 5” é verdadeiro.
2º) p é positivo e primo → mdc (p, p2) = p Quer dizer que o condicional “se p é número
primo e positivo, então o máximo divisor comum de p e p2 é p” é verdadeiro.
2º) 2|8 ↔ mdc (2, 8) = 2 Significa dizer que é verdadeiro o bicondicional “2 é divisor de
8 se, e somente se, o máximo divisor comum de 2 e 8 é 2”.
42
Exercícios
7. Verifique, por meio das tabelas-verdade, a validade das equivalências abaixo.
a) Da conjunção b) Da disjunção
p ∧q ↔ q ∧p p ∨q ↔ q ∨p
(p ∧ q) ∧ r ↔ p ∧ (q ∧ r) (p ∨ q) ∨ r ↔ p ∨ (q ∨ r)
p ∧p ↔ p p ∨p ↔ p
p ∧v ↔ p p ∨v ↔ v
p ∧f ↔ f p ∨f ↔ p
c) Da conjunção relativamente à disjunção d) Da negação
p ∧ (q ∨ r) ↔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) ~(~p) ↔ p
p ∨ (q ∧ r) ↔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) ~(p ∧ q) ↔ ~p ∨ ~q
p ∧ (p ∨ q) ↔ p ~(p ∧ q) ↔ ~p ∧ ~q
p ∨ (p ∧ q) ↔ p
Em que p, q, r são proposições quaisquer, v é uma tautologia e f uma proposição logicamente falsa.
43
4º) (∀y) (y 2 + 1 > 0), que se lê: “para todo número y, temos y 2 + 1 positivo”. (Verdadeira)
Exercício
8. Transforme as seguintes sentenças abertas em proposições verdadeiras usando quantificadores:
a) x2 – 5x + 4 = 0 e) -(-x) = x
2
b) (a + 1) (a – 1) = a – 1 f ) 5a + 4 < 11
c) y/3 + y/4 ≠ y/7 g) √x2 = x
d) √m2 + 9 ≠ m + 3 h) (a2 – a) / a = a – 1
44
2º) p: 2|4
q: 3|9
p ∧ q: 2|4 e 3|9
~(p ∧ q): 2 | 4 ou 3 | 9
45
4º) Sentença: Todo losango é um quadrado.
Negação: Existe losango que não é quadrado.
Uma sentença qualificada como quantificador existencial, do tipo (∃x) (p(x)), é negada
assim: substitui-se o quantificador pelo universal e nega-se p(x), obtendo: (∀x) (~p(x)).
→ Exemplos
Exercícios
9. Diga qual é a negação de cada proposição abaixo.
a) mdc (2, 3) = 1 ou mmc (2, 3) ≠ 6
b) ⅗ = 6/10 ou 3 ∙ 10 ≠ 6 ∙ 5
c) 3/7 ≥ 1 e -3 ≥ -7
d) 22 = 4 → √4 = 2
e) (-3)2 = 9 → √9 ≠ -3
f) 2 ≤ 5 → 32 ≤ 52
g) (∀x) (x > 2 → 3x > 32)
h) (∃x) (√x < 0)
i) Todo número inteiro primo é ímpar.
j) Todo triângulo isósceles é equilátero.
k) Existe losango que não é quadrado.
l) Existe um número cuja raiz quadrada é zero.
m) Todo triângulo que tem três ângulos congruentes, tem três lados congruentes.
Respostas do Capítulo 2
1. São proposições: a, b, c, d, e, f, g.
São verdadeiras: a, c, d, e, g.
46
3. a) V e) V 4. a) V e) F 5. a) F e) F
b) V f) F b) V f) F b) V f) V
c) V g) F c) V g) V c) V g) V
d) F d) V d) V h) V
8. a) (∃x) (x2 – 5x + 4 – 0)
b) (∀a) ((a + 1) (a – 1) = a2 -1)
c) (∃y) (y/3 + y/4 ≠ y/7)
d) (∀m) (√m2 + 9 ≠ m + 3)
e) (∀x) (-(-x) = x)
f) (∃a) (5a + 4 ≤ 11)
g) (∃x) (√x2 = x)
h) (∃a) (a2 – a /a = a – 1)
47
Capítulo 3 - Sistemas de
Numeração
48
3.1. - O Sistema Binário de Numeração
O sistema binário de numeração é um sistema no qual existem apenas dois algarismos:
- o algarismo 0 (zero)
- o algarismo 1 (um)
5 x 100 + 9 x 10 + 4 x 1 = 5 (centena)
↓ ↓ ↓
centena dezena unidade 9 (dezena)
↑ ↑ ↑
5 x 10 + 9 x 10 + 4 x 100 =
2 1
4 (unidade)
Esquematicamente temos:
5 x 100 + 9 x 10 + 4 x 1 = 594
Nesse exemplo, podemos notar que o algarismo menos significativo (no caso o quatro)
multiplica a unidade (1 ou 100), o segundo algarismo (o nove) multiplica a dezena (10 ou 101) e o
mais significativo (no caso, o 5) multiplica a centena (100 ou 102). A soma desses resultados irá
representar o número.
49
Podemos notar que a base deste sistema é o número 10 (dez). A base do sistema binário é o
número 2 (dois). Tomemos agora, um número binário qualquer, por exemplo, o número 101. Na
tabela anterior podemos reparar que o número 101 no sistema binário equivale ao número 5 no
sistema decimal. Utilizando o conceito básico de formação de um número, podemos também
mostrar que o número 101 na base 2 (sistema binário), é igual ao número 5 na base 10 (sistema
decimal). Vejamos abaixo:
Exercícios Resolvidos
1. Converter o número 011102 em decimal.
50
3.1.2. - Tabela de Potência de Dois
Exercícios
1. Converta os seguintes números binários em decimal:
a) 1001100
b) 1111
c) 11111
d) 10000
e) 10001
f) 1010110
g) 011001100110101
Ou seja, teremos: 2 x 23 + 1 = 47
Ou também: 23 x 21 + 1 x 20 = 47 (equação A)
51
Se dividirmos agora 23 por 2 teremos:
(2 x 11 + 1) x 21 + 1 x 20 = 47
11 x 22 + 1 x 21 + 1 x 20 = 47 (equação C)
(2 x 5 + 1) x 22 + 1 x 21 + 1 x 20 = 47
5 x 23 + 1 x 22 + 1 x 21 + 1 x 20 = 47 (equação E)
52
O último quociente será o algarismo mais significativo, fica colocado à esquerda; os outros
algarismos seguem-se na ordem: último resto, penúltimo resto, anti-penúltimo, etc, até o primeiro
resto. Teremos, então, no caso acima:
1 0 1 1 1 1
último 5º 4º 3º 2º 1º
quociente quociente quociente quociente quociente quociente
⸫ 1011112 = 4710
Um outro exemplo seria a transformação do número 40010 em binário. Pelo método prático,
temos:
⸫ 1100100002 = 40010
3510 = 1000112
Vamos conferir:
1 x 25 + 1 x 21 + 1 x 20 = 32 + 2 + 1 = 3510
53
Exercícios Resolvidos
Converter o número 2110 em binário. Vamos utilizar o método prático:
confere, pois:
1 x 24 + 1 x 22 + 1 x 20 = 2110
Exercícios
2. Converter os seguintes números decimais em binário:
a) 78
b) 102
c) 215
d) 404
e) 808
f) 5429
g) 1683
54
3. Quantos algarismos binários necessitaríamos para representar os números decimais abaixo:
a) 512
b) 12
c) 2
d) 17
e) 33
f) 43
g) 7
Para um número binário, agimos da mesma forma, por exemplo, no nosso caso, temos:
Tomemos, agora, um número binário qualquer, por exemplo, o número 1010,11012. Vamos
verificar qual o seu valor em decimal:
Exercícios Resolvidos
- Converter o número binário 111,0012 em decimal.
55
- Converter o número binário 0100,110012 em decimal.
Exercícios
4. Transformar para decimal os seguintes números binários:
a) 1111,1112
b) 1000,00012
c) 1010,10102
d) 11,112
e) 1011,112
f) 1100,0011012
Podemos também converter um número decimal fracionário em binário e, para isso, vamos
utilizar uma regra prática. Por exemplo, para transformarmos o número 8,375 em binário.
Este número significa:
8 + 0,375 = 8,375
56
Quando atingimos o número 1 e a parte do número após a vírgula não for nula, separamos
essa última e reiniciamos o processo, no caso:
Teremos então:
0,0112 = 0,375 e 1000,0112 = 8,375
Vamos, agora, transformar um outro número decimal binário, por exemplo, o número 4,810
Atingimos o número 1
Exercícios Resolvidos
- Converter o número 3,380 em binário.
3,380 = 3 + 0,380
No caso, temos:
0,0110000102 = 1 x 2-2 + 1 x 2-3 + 1 x 2-4 = 0,378906
57
Notamos que quanto mais casas possuímos após a vírgula, maior é a precisão obtida. Logo,
devemos aplicar o método até obter a precisão desejada.
Exercícios
5. Transformar os seguintes números decimais em binários:
a) 0,125
b) 0,0625
c) 0,7
d) 0,92
e) 7,9
f) 47,47
g) 53,3876
h) 1,1111
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Para representarmos a quantidade oito, agimos do mesmo modo que visto anteriormente
para números binários e decimais. Colocamos o algarismo 1 seguido do algarismo 0. Isto
significará: teremos um grupo de oito adicionado a nenhuma unidade.
Veremos em capítulos posteriores que esse se trata de um sistema que simplifica muito a
numeração do mapa de teorias de máquinas digitais de palavras de 6 bits. Desta pequena introdução
já podemos mostrar a sequência da numeração octal.
58
3.2.1 - Conversão do sistema octal para o sistema decimal
1 x 82 + 4 x 81 + 4 x 80 = 1 x 64 + 4 x 8 + 4 x 1 = 64 + 32 + 4 = 10010
1448 = 10010
Exercícios Resolvidos
- Converter o número 778 em decimal.
7 x 81 + 7 x 80 = 7 x 8 + 7 x 1 = 56 + 7 = 6310
778 = 6310
1 x 82 + 0 x 81 + 0 x 80 = 64 + 0 + 0 = 6410
1008 = 6410
Exercícios
6. Converter os seguintes números em decimal:
a) 148 b) 678 c) 1538 d) 15448
59
Exercícios Resolvidos
- Converter o número 348 em binário.
348 = 111002
5368 = 1010111102
Exercícios
8. Converter os seguintes números octais em binários.
a) 4778
b) 15238
c) 47648
d) 100008
e) 43218
110 010
Fazemos, agora, a conversão desses grupos de algarismos para o sistema decimal. Podemos
notar que o maior número que se pode formar com três algarismos binários é o número 7. Esta
conversão resultará diretamente o número no sistema octal.
Podem ocorrer casos em que separando-se o número binário em grupos de três grupos de
três algarismos a partir da direita, sobre um grupo de dois ou de um algarismo. Nesses casos, basta
adicionarmos zeros à esquerda até complementarmos o grupo de três algarismos. Por exemplo, para
convertermos o número 10102 em octal, teremos:
10102 = 128
60
Exercícios Resolvidos
- Converter 101112 em octal
101112 = 278
- Converter 110101012
110101012 = 3258
Exercícios
9. Converter os seguintes números binários em octal.
a) 10112
b) 100111002
c) 1101011102
d) 10000000012
9210 = 1348
Exercícios Resolvidos
- Converter o número 7410 em octal.
1º método
7410 = 1128
2º método
61
7410 = 10010102
7410 = 1128
Exercícios
10. Converter os seguintes números decimais em octal.
a) 10710
b) 18510
c) 204810
d) 409710
62
3.3.1. - Conversão do sistema hexadecimal para o sistema
decimal
Análogo aos outros sistemas. Tomemos por exemplo, o número hexadecimal 3F e vamos
convertê-lo em decimal:
Exercícios Resolvidos
- Converter os seguintes números em hexadecimal para decimal.
1) 1C316
1 x 162 + C x 161 + 3 x 160
mas C16 = 1210
então: 1 x 162 + 12 x 161 + 3 x 160 = 1 x 256 + 12 x 16 + 3 x 1= 45110
Portanto, 1C316 = 45110
2) 23816
2 x 162 + 3 x 161 + 8 x 160 = 2 x 256 + 3 x 16 + 8 x 1 = 56810
Portanto, 23816 = 56810
Exercícios
11. Converter para o sistema decimal os seguintes números hexadecimais:
a) 47916
b) 4AB16
c) BDE16
d) F0CA16
e) 203F16
63
C 1 3 (deve-se lembrar que C16 = 1210)
1100 0001 0011 Portanto, C1316 = 1100000100112
Exercícios Resolvidos
- Converter para o sistema binário os seguintes números:
1) 1ED16
1 E D E16 = 410
0001 1110 1101 D16 = 1310
Portanto, 1ED16 = 1111011012
2) ABF16
A B F
1010 1011 1111
Portanto, ABF16 = 101010111111
Exercícios
12. Converter para o sistema binário os seguintes números hexadecimais:
a) 8416
b) 7F16
c) 3B8C16
d) 47FD16
e) F1CD16
Exercícios Resolvidos
- Converter para o sistema hexadecimal os seguintes números binários
1) 11000112
64
0110 0011
6 3
Portanto, 11000112 = 6316
2) 110001111000111002
0001 1000 1111 0001 1100
1 B F 1 C
Portanto, 110001111000111002 = 18F1C16
Exercícios
13. Converter para o sistema hexadecimal os seguintes números binários:
a) 100112
b) 11100111002
c) 1001100100112
d) 11111011112
65
Exercícios Resolvidos
1) Converter o número 13410 para o sistema hexadecimal
1º método:
2º método:
1000 0110
8 6
Portanto, 13410 = 8616
2º método
66
Exercícios
14. Converter os seguintes números decimais em hexadecimais:
a) 48610
b) 200010
c) 409610
d) 555510
e) 3547910
67
Outro exemplo:
1102 + 1112
(610 + 710 = 1310)
1 + 1 → “zero vai um”
Exercícios Resolvidos
1) 11001 + 1011
2) 101101 + 11100011
Exercícios
15. Realizar as adições abaixo:
a) 1000 + 1001 =
b) 10001 + 11110 =
c) 101 + 1001011 =
d) 110 + 1001011 =
e) 10101 + 1001001 =
68
3.4.2. - Subtração no sistema binário
O método de resolução é análogo a uma subtração no sistema decimal.
Temos, então:
0–0=0
1–1=0
1–0=1
0 – 1 = 1 e “empresta um”
Para ficar mais claro vamos exemplificar:
a) 7 – 4 = 3
em binário, temos 111 – 100 = 0112 = 310
b) 8 – 7 = 1
em binário, temos: 1000 – 111
69
Exercícios Resolvidos
1) 10010 – 10001 (1810 – 1710 = 110)
Exercícios
16. Resolva as subtrações a seguir:
a) 11002 – 10102 =
b) 101012 – 11102 =
c) 111102 – 11112 =
d) 10110012 – 110012 =
e) 1000002 – 111002 =
70
Exercícios Resolvidos
1) 10002 x 02 =
2) 110102 x 102 =
Exercícios
17. Resolva as multiplicações:
a) 101012 x 112 =
b) 110012 x 102 =
c) 1101102 x 1112 =
d) 111102 x 10002 =
Nota: A divisão de números binários é a mais complexas das operações aritméticas binárias, pois.,
abrange operações de multiplicação e subtração. Não vamos abordá-la nesse capítulo, pois não a
utilizaremos nessa parte do estudo dos circuitos lógicos.
71
Capítulo 4 – Funções
Lógicas: Portas Lógicas
72
4.1. - Funções: E, OU, NÃO, NE e NOU
Nas funções lógicas teremos apenas dois estados:
- o estado 0 (zero) e
- o estado 1 (um).
O estado zero (0) representará, por exemplo: portão fechado, aparelho desligado, ausência
de tensão, chave aberta, não, etc.; o estado um (1) representará, então: portão aberto, aparelho
ligado, presença de tensão, chave fechada, sim, etc.
Note, então, que se representarmos por zero (0) uma situação, representaremos por um (1) a
situação contrária.
Para qualquer bloco lógico faremos o estudo somente desses dois estados. Deve-se salientar
aqui que cada terminal de um bloco lógico pode assumir somente duas situações distintas: 0 ou 1.
Convenções:
chave aberta = 0
chave fechada = 1
lâmpada apagada = 0
lâmpada acesa = 1
Situações possíveis:
1) Se tivermos a chave A aberta (0) e a chave B aberta (0), nesse circuito não circulará corrente,
logo, a lâmpada permanecerá apagada (0).
2) Se tivermos a chave A aberta (0) e a chave B fechada (1), logo a lâmpada permanecerá apagada
(0). (A=0, B=1, A.B=0)
3) Se tivermos a chave A fechada (1) e a chave B aberta (0), a lâmpada permanecerá apagada: (A=1,
B=0, A.B=0);
4) Se tivermos, agora, a chave A fechada (1) e a chave B fechada (1) a lâmpada acenderá, pois
circulará corrente: (A=1, B=1, A.B=1)
73
4.1.1.1. - Tabela da verdade
Tabela da verdade é um mapa onde colocamos todas as possíveis situações com seus
respectivos resultados. Nesta tabela encontraremos o modo como a função se comporta perante
todas as situações possíveis.
Tabela da verdade de uma função E ou AND
A porta E executa a tabela da verdade da função E, ou seja, teremos a saída no “estado um”
se, e somente se as duas entradas forem iguais a um, e teremos a saída igual a zero nos demais
casos.
Até agora, descrevemos a função E para duas variáveis de entrada. Podemos estender esse
conceito para qualquer número de entradas.
Teremos neste caso uma porta E de N entradas, e somente uma saída. A saída permanecerá
no “estado um” se, e somente se as N entradas
forem iguais a um (1), e permanecerá no
“estado zero” nos demais casos. Para
exemplificar, vamos mostrar uma porta E de
quatro entradas e sua tabela da verdade.
74
Notamos que a tabela da verdade
anterior mostra as dezesseis possíveis
combinações das variáveis de entrada e
seus respectivos resultados na saída
O número de situações possíveis é igual
a 2n,, onde N é o número de variáveis.
No exemplo acima: N=4 portanto, 24 =
16, que são as dezesseis combinações
possíveis para 4 variáveis de entrada.
A função E também é conhecida como
função “AND”, nome derivado do
inglês.
2) Se tivermos a chave A aberta (0) e a chave B fechada (1), circulará uma corrente pela chave B e a
lâmpada acenderá (1): (A=0, B=1, A+B=1).
3) Se tivermos a chave A fechada (1) e chave B aberta (0), circulará uma corrente pela chave A e a
lâmpada acenderá (1): (A=1, B=0, A+B=1).
75
4) Se tivermos a chave A fechada (1) e a chave B fechada (1), circulará corrente pelas duas chaves e
a lâmpada acenderá (1): (A=1, B=1, A+B=1). A soma A+B=1, a princípio é estranha, é verdadeiro,
pois como veremos mais a frente, trata-se de uma soma booleana: no sistema binário 1 + 1 = 10; na
álgebra de Boole 1 + 1 = 1.
É a porta que executa a função OU. Representaremos a porta OU através dos símbolos a
seguir:
A porta OU executa a tabela da verdade da função OU, ou seja, teremos a saída no “estado
um” quando uma ou mais variáveis de entrada forem iguais a um (1), e teremos a saída no estado
zero (0) se, e somente se todas as varáveis de entradas forem iguais a zero.
Podemos entender o conceito de porta OU para mais de duas variáveis.
76
Exemplo de porta OU de 3 variáveis de entrada:
Essa barra ou apóstrofe sobre a letra que representa a variável significa que esta sofrerá uma
inversão. Também, podemos dizer que A’ (“Não A”) significa a negação de A.
Para entendermos melhor a função NÃO vamos representá-la pelo circuito a seguir:
77
4.1.3.1. - Inversor e Tabela Verdade
O inversor é o bloco lógico que executa a função NÃO.
Sua representação será:
Tabela da verdade.
78
Podemos notar pela tabela da verdade que formamos uma porta NE ou NAND a partir de
uma porta E ou AND e um bloco inversor ligado à sua saída.
A porta NAND, como os outros blocos lógicos, pode ter duas ou mais entradas.
O termo NAND, derivado do inglês, é ainda o mais usual.
Podemos notar pela tabela da verdade acima que a função NOR, realmente, é a função OU
invertida.
A porta NOR é o bloco lógico que executa a função NOR. Sua representação será:
79
tabela da verdade para porta NOR de 2 entradas:
Podemos notar pela tabela da verdade que formamos uma porta NOU ou NOR a partir de
uma porta OU e um bloco inversor ligado à sua saída.
80
4.2. - Interligação entra expressões, circuitos e tabelas
da verdade
Todo circuito entre expressões lógico executa uma expressão booleana, e, por mais
complexo que seja, é formado pela interligação das portas lógicas básicas. Por exemplo:
A porta E executa a expressão S = A.B, esquematicamente lemos:
= A.B
81
Vamos dividir o circuito em duas partes:
Na saída S1 teremos o produto A.B, pois, este bloco é uma porta E, então, a expressão de S1
será: S1 = A.B. Esta saída da S1 será injetada em uma das entradas da porta OU pertencente á
segunda parte do circuito. Na outra entrada da porta OU está a variável C, e a expressão da segunda
parte do circuito será: S = S1 + C.
Para sabermos a expressão final, basta agora, substituirmos a expressão S1 na expressão
acima, ficamos, então, como S = (A.B) + C, que é a expressão que o circuito executa.
Uma outra maneira mais simples para resolvermos o problema é a de colocarmos nas saídas
dos diversos blocos básicos do circuito as expressões por esses executadas da seguinte maneira:
Exercícios Resolvidos
- Escrever a expressão booleana executada pelo circuito abaixo:
82
- Determinar a expressão booleana característica do circuito abaixo:
83
4.2.2. - Circuitos obtidos de expressões booleanas
Vimos até agora, que podemos obter uma expressão booleana que um circuito lógico
executa.
Podemos também desenhar um circuito lógico que execute uma expressão booleana
qualquer, ou seja, podemos desenhar um circuito a partir de sua expressão característica. Por
exemplo, um circuito que executa a expressão: S = A + B
onde: S =A + B
Podemos também obter circuitos de expressões mais comuns, por exemplo:
S = (A+B) . C . (B+D)
Faremos como na aritmética elementar, iniciaremos os parênteses e fazemos primeiramente
as somas e após as multiplicações.
Dento do primeiro parêntese, temos a soma booleana A+B, logo o circuito que executa esse
parêntese será uma porta OU.
Dentro do segundo parêntese, temos a soma booleana B+D, logo o circuito será uma porta
OU, teremos até aí:
S = (A+B) . C . (B+D)
Agora, temos uma multiplicação booleana dos dois parênteses com a variável C, e o
circuito que executa essa multiplicação será uma porta E. Teremos, então:
84
O circuito completo será:
Podemos conferir e veremos que realmente, esse circuito executa a expressão booleana.
S = (A + B) . C . (B + D)
Exercícios Resolvidos
- Desenhar o circuito que executa a seguinte expressão booleana: S = A.B.C + (A + B) . C
Primeiramente, vamos dividir a expressão em partes:
85
O próximo passo será o produto entre a variável C e a soma 1,
Devemos lembrar que as entradas que representam a mesma variável estão ligadas entre si.
Utilizamos o desenho acima, sem as interligações, para melhor interpretação do circuito.
86
Como já visto, existe uma ligação íntima entre o circuito lógico e sua expressão
característica, ou seja, e podemos, portanto, uma tabela da verdade representará o comportamento
tanto do circuito como de sua expressão característica.
87
Na coluna do 1º membro colocaremos o resultado da multiplicação A.B.C (1º membro).
Na coluna do 2º membro colocaremos o resultado da multiplicação A.D (2º membro).
Na coluna do 3º membro colocaremos o resultado da multiplicação A.B.D (3º membro).
Na coluna de resultados, colocaremos a soma dos 3 termos, que é o resultado final da
expressão.
No caso de termos na expressão a inversão de uma variável ou de um membro, agimos como
no exemplo abaixo:
S = A’ + B + A.B.C’
88
Extraímos do circuito a expressão:
Exercícios Resolvidos
- Montar a tabela da verdade da expressão abaixo:
89
4.3. - Equivalência de Blocos Lógicos
Antes de encerrarmos este capítulo, deve-se mencionar que podemos obter qualquer bloco
lógico básico utilizando um outro bloco qualquer e inversores, e mais, podemos também obter
inversores á partir de portas NAND e NOR.
Se aplicarmos 1 à entrada X ( X = A = B), pela tabela da verdade acima, notamos que a saída
será zero, e se aplicarmos zero à entrada X, notamos que a saída será igual a 1.
Podemos, montar então, a seguinte tabela da verdade.
90
4.3.1.2. - Inversor a partir de uma porta NOR
Como já visto anteriormente, basta colocarmos um inversor na saída de uma porta E, que
teremos uma porta NAND.
91
4.3.2.3. - Porta OU a partir de portas E e inversores
Seria somente colocarmos um inversor na saída da porta NOR obtida acima, ou seja:
Como já visto, anteriormente, basta colocarmos um inversor na saída de uma porta OU que
teremos uma porta NOR.
Podemos provar que o circuito acima é uma porta NAND através da tabela da verdade:
92
4.3.2.6. - Porta E a partir de porta OU e inversores.
Necessitamos colocar um inversor no circuito obtido acima, ou seja:
Exercícios
1. Desenhe os circuitos das expressões abaixo:
a) b)
93
2. Escreva as expressões dos circuitos abaixo e suas tabela-verdade.
a)
b)
c)
94
Capítulo 5 – Álgebra de
Boole e Simplificação de
Circuitos Lógicos
95
5.1. - Variáveis e expressões na Álgebra de Boole
As variáveis booleanas, que são representadas através de letras, podem assumir apenas dois
valores 0, e 1.
Expressão Booleana é uma expressão matemática cujas variáveis são booleanas. Seu
resultado assumirá apenas dois valores: 0 ou 1. Exemplo:
S = A . B, tanto A como B como S podem assumir os valores 0 ou 1.
5.2. - Postulados
5.2.1. - Postulado ou complementação
Esse postulado mostra como são as regras da complementação.
96
1. 0 + 0 = 1
2. 0 + 1 = 1
3. 1 + 0 = 1
4. 1 + 1 = 1
Através desse postulado, podemos estabelecer as seguintes identidades:
1. A + 0 = 1: porque A pode ser o ou 1, vejamos em todas as possibilidades:
A=0 >0+0=1
A=1→1+0=1
Obs.: Notamos que o resultado será sempre igual à variável A.
O circuito lógico que executa o postulado da adição, como já foi visto, é o circuito
OU.
1. 0 x 0 = 0
2. 0 x 1 = 1
97
3. 1 x 0 = 0
4. 1 x 1 = 1
Através desse postulado, podemos estabelecer as seguintes identidades:
1. A x 0 = 0: todo número multiplicado por zero será zero. Podemos confirmar
verificando todas as possibilidades:
A=0→0x0=0
A=1→1x0=0
Obs.: Notamos que todo número multiplicado por zero s
será zero.
3. A x A = A
Essa identidade, a primeira vista estranha é verdadeira, como podemos confirmar
pela análise de todas as possibilidades.
A= 0→0x0=0
A=1→1x1=1
Obs.: Notamos que os resultados serão sempre iguais a
A.
Notamos que para ambos os valores possíveis que a variável pode assumir, o
resultado da expressão será sempre zero.
98
5.3. - Propriedades
5.3.1. - Propriedade comutativa
5.3.1.1. - Propriedade comutativa na adição
A+B=B+A
99
Notamos que, também nesse caso, para cada possibilidade, as expressões assume o mesmo
valor.
Nesse caso, também, notamos que para cada possibilidade as expressões assumem o mesmo
valor.
100
5.4. - Teoremas de Morgan
5.4.1. - O complemento do produto é igual á soma dos
complementos
Para provar esse teorema vamos montar a tabela da verdade de cada membro e comparar os
resultados.
Concluímos que uma porta NAND, com mais de duas entradas é equivalente a uma porta
OU com o mesmo número de entradas, apenas que com essas últimas invertidas, esquematicamente:
101
5.4.2. - O complemento da soma é igual ao produto dos
complementos
Esse teorema é uma extensão do primeiro:
Ou, generalizando:
102
Do postulado da soma temos: 1 + B = 1, logo podemos escrever:
A.1=A portanto, A(1 + B) = A
5.5.2. - A + ĀB = A + B
5.5.3. - (A + B) . (A + C) = A + B . C
Vamos provar essa identidade:
103
5.6. - Quadros Resumo
104
5.7. - Simplificação de Expressões Booleanas
Utilizando esse conceito da Álgebra de Boole podemos simplificar expressões. Lembrando
que a cada circuito corresponde uma expressão, veremos que simplificações de expressões
implicam simplificações dos circuitos.
Para efetuarmos essas simplificações, existem, basicamente, dois processos. O primeiro
deles é a simplificação através da fatoração. O outro é a utilização dos mapas de Veitch Karnauh
que, veremos no item 5.8.
105
Essa expressão mostra a importância da simplificação de expressões e a consequente
minimização do circuito, pois, os resultados dessa expressão são idênticos aos valores assumidos
pela variável A.
Circuito antes da simplificação:
106
Circuito após a simplificação:
Notamos que todo esse circuito pode ser substituído por um fio.
Como um outro exemplo, temos a expressão:
Circuitos:
Antes da simplificação:
Após a simplificação:
107
Exercícios Resolvidos
- Simplificar as expressões abaixo:
108
Exercícios
1. Simplificar as expressões abaixo:
A região na qual A = 1
109
A região onde A = 0 (A =1)
A região onde B = 1
A região onde B = 0 (B = 1)
→ caso 0
→ caso 1
4 possibilidades
→ caso 2
→ caso 3
Região onde A = 0 (A = 1)
110
Região onde B = 0 ( B = 1)
111
Podemos distribuir, então as 4 possibilidades neste diagrama, da seguinte forma:
Logo notamos que cada linha da tabela verdade possui sua região própria no diagrama de
Veitch-Karnaugh.
Essas regiões são portanto os locais onde devem ser colocadas os valores que a expressão
assume nas diferentes possibilidades.
Para entendermos melhor o significado desse conceito, vamos utilizar o exemplo abaixo:
Exemplo 1:
A tabela verdade mostra o estudo de uma função de duas variáveis. Vamos colocar seus
resultados do Diagrama de Veitch-Karnaugh.
Caso 0
Caso 1
Caso 2
Caso 3
S = AB + AB + AB
Primeiramente, vamos colocar no diagrama o valor que a expressão assume no caso zero, ou
seja, vamos colocar o valor de S, para esse caso, na região AB.
112
Agora, vamos colocar no diagrama o valor que a expressão assume no casa 1 (S = 1, caso 1,
na região AB).
Uma vez entendida a colocação dos valores assumidos pela expressão em cada caso no
digrama de Veitch-Karnaugh, vamos verificar como podemos efetuar a simplificação.
Para obtermos a expressão simplificada do diagrama, utilizaremos o seguinte método:
Tentamos agrupar as regiões onde S é igual a um (1), no menor número possível de pares.
113
As regiões onde S é um (1), que não puderem ser agrupadas em pares serão consideradas
isoladamente.
No exemplo, temos:
Notamos que um par é o conjunto de duas regiões onde S é um (1) que tem um lado em
comum, ou seja, são vizinhos. O mesmo um (1) que pode pertencer a mais de um par.
Feito isto, escrevemos a expressão de cada par, ou seja, a região que o par ocupa no
diagrama.
O par 1 ocupa a região onde A é igual a um, então, sua expressão será: Par 1 = A
O par 2 ocupa a região onde B é igual a um, então, sua expressão será: Par 2 = B
Notamos também que nenhum um (1) ficou fora dos pares. Agora, basta somarmos para
obtermos a expressão simplificada. No caso:
S = Par 1 + Par 2
S= A + B
Como podemos notar essa é a expressão de uma porta OU, pois a tabela verdade também é a
da porta OU. Outro fato a ser notado é que a expressão obtida diretamente da tabela verdade é
visivelmente maior que a expressão minimizada.
Expressão obtida diretamente da tabela da verdade: S = AB + AB + AB.
Circuito relativo a essa expressão:
114
É evidente que a minimização da expressão, simplifica o circuito e como consequência,
diminui o custo e a dificuldade de montagem.
Exemplo 2:
Vamos simplificar o circuito que executa a tabela verdade abaixo:
Par 1 → A
Par 2 → B
S = A + B = A.B.
115
5.8.2. - Diagramas de Veitch-Karnaugh para três variáveis
116
Nesse diagrama também teremos uma região para cada caso da tabela verdade:
Vamos analisar a colocação somente de uma das possibilidades, visto que as outras serão de
uma maneira análoga.
Vamos colocar no diagrama no caso 3:
Caso ABC
3 01 1
Para melhor compreensão, vamos traspor para o diagrama a tabela verdade abaixo:
117
Transpondo a tabela para o diagrama, teremos:
Quadra A Quadra A
Quadra B Quadra B
Quadra C Quadra C
118
Notamos também que, num diagrama de três variáveis, as quadras são os locais onde uma
das variáveis assume, um dado valor fixo. Exemplo: a quadra B assume o valor 1 (B = 0).
Nosso exemplo, vamos ter:
Feita a localização das quadras, localizamos o número de pares possíveis e escrevemos suas
expressões. Não devemos considerar como par, os pares já incluídos nas quadras, porém poderá
acontecer de termos uma par formando “um” externo à quadra e um outro “um” pertencente à
quadra.
Deve-se ressaltar que são também considerados pares os seguintes casos abaixo:
Notamos que esse par não depende de C, pois está localizado tanto em C como em C, ou
seja, nesses dois casos a expressão resultará independente de valor de C.
Feita a localização dos pares, resta considerarmos os termos isolados qjue não puderem ser
agrupados em nenhum par e em nenhuma quadra.
No nosso exemplo não temos esse caso.
O passo final, é somarmos as expressões referentes às quadras, aos pares e aos termos
isolados.
No nosso exemplo, temos:
Quadra: C
Par: AB
119
A expressão final minimizada será: S = A B + C
Vamos efetuar a comparação entre as expressões e circuitos antes e após minimização.
Expressão antes da minimização:
S=ABC+ABC+ABC+ABC+ABC
Circuito antes da minimização:
Como outro exemplo vamos minimizar o circuito que executa a tabela verdade abaixo:
120
Agora, vamos agrupar as quadras, os pares e os termos isolados.
Nesse caso vamos notar que teremos três pares.
Pares: A C
AB
AC
Gerando a expressão: S = A C + A C + B C
Exercícios Resolvidos
- Minimizar as expressões abaixo, utilizando o diagrama de Veitch-Karnaugh
1) S = A B C + A B C + A B C + A B C + A B C
121
Transpondo para o diagrama de três variáveis, teremos: Temos 1 quadra e 1 par:
2) S = A B C + A B C + A B C
Exercícios
2. Minimizar as expressões abaixo:
a) S = A B C + A B C + A B C + A B C
b) S = A B C + A B C + A B C + A B C
c) S = A B C + A B C + A B C + A B C
122
5.8.3. - Diagramas para quatro variáveis
123
Essas regiões também são conhecidas como oitavas:
Região onde A = 1: oitava A
Região onde A = 1: oitava A
Região onde B = 1: oitava B
Região onde B = 1: oitava B
Região onde C = 1: oitava C
Região onde C = 1: oitava C
Região onde D = 1: oitava D
Região onde D = 1: oitava D
Nesse tipo de diagrama, também temos uma região para, cada caso da tabela verdade, como
podemos verificar no diagrama completo abaixo:
Vamos analisar a colocação de uma das possibilidades, visto que as outras são análogas.
Tomemos como exemplo, o caso 8.
124
ABCD →1000
A = 1; B = 0; C =0; D = 0
S=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ AB
CD+ABCD+ABCD
125
Para efetuarmos a simplificação, seguimos o mesmo processo para os diagramas de três
variáveis, somente que nesse caso o principal agrupamento será a oitava.
Devemos ressaltar aqui, que no diagrama os lados extremos opostos se comunicam, ou seja,
podemos formar oitavas, quadras, pares com termos localizados em lados extremos opostos.
Vamos, como exemplo, verificar alguns desses casos no diagrama:
Os casos abaixo são considerados pares:
126
Expressões e circuito antes da minimização:
S= ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+
A B C D +A B C D + A B C D + A B C D + A B C D
127
Vamos analisar outro exemplo:
Minimizar o circuito que executa a tabela verdade abaixo:
Expressão:
S=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ AB
CD
128
Temos, então, que a expressão minimizada de S será a soma de todas esses agrupamentos:
S=ABCD+BCD+AB+AD
129
Exercícios Resolvidos
1) Minimizar a expressão abaixo utilizando o diagrama de Veitch-Karnaugh.
S=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ AB
CD
S=ABC+CD+ BD
130
2) Minimizar o circuito que executa a tabela verdade abaixo:
131
Exercícios
3. Simplificar as expressões abaixo, utilizando os diagramas de Veitch-Karnaugh.
a) S = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D
b) S = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B
CD
c) S = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B
CD+ABCD+ABCD+ABCD
d) S = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B
CD
e) S = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D
O símbolo Ø representa que nessa condição a expressão pode assumir valores zero (0) ou
um (1). No caso de escolhermos valor zero, a expressão simplificada será: S = A C + A B. No caso
de escolhermos o valor um, a expressão ficará: S = A.
Nesse caso é interessante adotarmos a condição irrelevante com o valor um (1), pois
representa maior simplificação da expressão.
Nos próximos itens aplicaremos esses conceitos.
132
Notamos a presença de condição irrelevante
Vamos transpor a tabela para os diagramas incluindo estas condições irrelevantes.
Nos diagramas omitimos as letras A e B, isto porque, onde não temos A implicará
automaticamente a condição A e onde não tivermos B implicará a condição B.
Analisando o diagrama do V¹, verificamos a presença do par A, logo tomaremos a condição
irrelevante como sendo zero. A expressão simplificada de V¹ será: V¹ = A.
Analisando o diagrama de V², verificamos que é mais interessante tomar a condição
irrelevante como sendo um (1) pois a expressão ficará: V² = A, isto é, devido ao agrupamento do
par:
133
Comparando-se esses circuitos com o item 3.2.1 notamos que a simplificação foi
significativa.
Tomemos, agora, o exemplo do item 3.2.2. Neste exemplo temos a seguinte tabela verdade:
Fazendo-se Ø = 0, temos: Sa = A
SB :
Fazendo-se Ø = 0, temos: Sb = A B
SC :
Fazendo-se Ø = 1, temos: Sc = A B
134
Temos neste exemplo a seguinte tabela verdade:
SA: SB:
SA=A S B= A B
SC : SD:
SC=A B C SD= A B C D
135
Os circuitos simplificados ficarão:
Região onde A = 1:
136
Região onde B = 1:
Região onde C = 1:
Região onde D = 1:
137
Região onde E = 1:
A colocação de uma condição neste diagrama se faz de uma maneira análoga às anteriores.
Vemos, por exemplo, verificar a região onde: A =1, B=0, C=1,D=0 e E=0.
Para efetuarmos a simplificação num diagrama de cinco variáveis, devemos tentar agrupar,
primeiramente, em hexas, em seguida em oitavas, em seguida em quadras, e os pares, por último os
temos isolados.
138
Vamos, agora, fazer a transposição e a simplificação da tabela verdade a seguir:
Temos, então:
2 quadras: quadra C D E
quadra A B C
5 pares: par A B D E
par A B C D
par A B D E
par A B D E
par A B D E
S= CDE+ABC+ABDE+ABCD+ABDE
+ABDE+ACD E
139
Exercícios
4. Desenhar os circuitos minimizados que executam as saídas S1 e S2 da tabela verdade a seguir:
140
5.11. - Casos que não admitem simplificação
Vamos analisar o caso da expressão abaixo:
S=AB+AB
Pode-se notar que não podemos agrupar termos, logo temos que tomar dois termos isolados
o que significa que a expressão já foi dada na forma minimizada.
S=A+B
S=AB+AB
No diagrama temos:
Podemos verificar que esse é um caso análogo ao anterior, logo a forma minimizada da
expressão será:
Vamos agora analisar os casos dos circuitos OU exclusivo e coincidência para 3 variáveis:
S1 = A + B + C
S2 = A . B . C
141
Passemos as expressões acima para a tabela verdade:
Podemos notar que S1 e S2 são iguais e mais, olhando no diagrama podemos notar que não
admitem simplificação:
Logo: S = A . B . C = A + B + C
Se estendermos veremos que: para um número par de variáveis, temos a função OU exclusivo como
sendo o complemento da função coincidência. E para um número ímpar de variáveis, temos a
função OU exclusivo como sendo igual à função coincidência.
142
5.12. - Outras formas de utilização do diagrama de
Veitch-Karnaugh
5.12.1. - Pelo complemento da expressão
Significa tomarmos os casos onde a expressão é nula (os zeros do diagrama). Desta forma
teremos o complemento da função S, bastando apenas inverter a saída. Isso nada mais é que
utilizarmos o teorema de Morgan. Exemplo: tomemos a tabela abaixo e vamos simplificar a
expressão:
143
Pode-se reparar que este nada mais é que o diagrama já conhecido.
5 variáveis
144
2) Para simplificarmos:
a) Fazemos o menor número possível de:
1-Oitavas
2- Quadras
3- Pares
4- Termos isolados
3) 2 variáveis A+B=A.B
3 variáveis A+B+C=A.B.C
A . B .C = A + B + C
145
Capítulo 6 : Circuitos
Combinacionais
Um dos capítulos importantes da eletrônica digital é o
que trata dos circuitos combinacionais. É através do estudo
desses que poderemos compreender o funcionamento de
circuitos, tais como: somadores, somadores completos,
subtratores, circuitos que executam prioridades,
codificadores, decodificadores e outros circuitos muito
utilizados na construção de computadores e em vários outros
sistemas digitais.
O circuito combinacional é aquele em que a saída
depende única e exclusivamente das várias combinações
das variáveis de entrada.
Podemos utilizar um circuito lógico combinacional para
solucionar problemas em que necessitamos de uma resposta
quando acontecerem determinadas situações, situações
estas, representadas pelas variáveis de entrada. Para
construirmos esses circuitos, necessitamos de sua expressão
característica, como vimos no capítulo anterior.
Precisamos, então obter uma expressão que represente
uma dada situação. Para extrairmos uma expressão de uma
situação, o caminho mais fácil será o de obtermos a tabela
verdade desta situação e, em seguida levantarmos a
expressão. Esquematicamente, teremos:
146
6.1. - Expressões e circuitos a partir de tabelas da
verdade
No capítulo 3 tratamos de:
-Expressões a partir de circuitos
-Circuitos a partir de expressões
-Tabelas verdade a partir de circuitos ou expressões.
Veremos, agora, como podemos obter expressões e circuitos a partir da tabela verdade. Este
é o caso mais comum na prática, pois geralmente, necessitamos representar situações através de
circuitos lógicos. E com esta finalidade que utilizamos as tabelas verdade, pois elas mostram todas
as situações possíveis e suas respostas.
O desenho acima representa o cruzamento das ruas A e B, com seus respectivos semáforos.
Nesse cruzamento queremos instalar um sistema automático para os semáforos, que possua as
seguintes características:
1ª Quando houver carros transitando somente na rua B, o semáforo 2 deverá permanecer
verde para que essas viaturas possam trafegar livremente.
2ª Quando houver carros transitando somente na rua A, o semáforo 1 deverá permanecer
verde para que essas viaturas possam trafegar livremente.
3ª Quando houver carros transitando somente na rua A e B, deveremos abrir o semáforo para
a rua A, pois é preferencial.
Para solucionarmos esse problema, podemos utilizar um circuitos lógico. Para montarmos
esse circuito lógico, necessitamos de sua expressão, então, vamos agora analisar a situação, para
obter sua tabela verdade.
147
Primeiramente, vamos estabelecer as seguintes convenções:
Onde o símbolo O significa que as variáveis podem assumir os valores 0 ou 1. Esta condição
é chamada condição irrelevante.
A situação 1 (A = 0 e B = 1) representa presença de veículos na rua B e a ausência de
veículos na rua A, logo devemos acender o sinal verde para rua B (v2 = 1).
Teremos, então:
148
Temos, então:
No caso 0, condição irrelevante, tanto faz qual o sinal permanece aceso. Vamos adotar, por
exemplo, que o verde do sinal 2 permaneça aceso. Teremos, então:
V2 = 1 V1 = 0 Vm1 = 1 Vm2 = 0
Cada saída, ou seja, tanto V1 como Vm1 como Vm2 como V2, possuirá um circuito
independente. Vamos escrever, primeiramente, a expressão de V1.
Em que casos V1 deve acender?
No caso 2 OU no caso 3
No caso 2 temos:
V1 = 1 quando: A = 1 e B = 0, ou seja,
V1 = 1 quando: A = 1 e B = 1
Logo, se tivermos como variáveis de uma função E, A e B, essa função assumirá valor 1
neste, e só neste caso. Logo:
V1 = 1 quando A . B = 1
No caso 3 temos:
V1 = 1 quando: A = 1 e B = 1, portanto,
V1 = 1 quando: A = 1 . B = 1
149
Podemos escrever, então:
V1 = A . B + A . C - que é a expressão que representa a situação referente ao verde do
semáforo 1.
OU
Caso 0 A . B = 1 V2 = 1
OU
Caso 1 A . B = 1 V2 = 1
V2 = A . B + A . B
Podemos notar pela tabela verdade e pela expressão, que V2 = Vm1. Lógico, pois se acende o
sinal verde para a rua B deve acender o vermelho para a rua A.
Caso 2 A . B = 1 Vm2 = 1
OU
Caso 3 A . B = 1 Vm2 = 1
Vm2 = A . B + A . B
Como podemos notar pela tabela e pela expressão, Vm2 = V1. Lógico, pois se acende o farol
verde para a rua A deve simultaneamente acender vermelho para a rua B.
As expressões ficam:
V1 = Vm2 = A . B + A . B
V2 = Vm1 = A . B + A . B
150
E os circuitos que executarão essas funções serão:
Através desse exemplo, deixamos bem claro que um circuito combinacional tem suas saídas
dependentes única e exclusivamente das variáveis de entrada. No caso, esse semáforo será
comandado única e exclusivamente pelas variáveis A e B (vide convenções adotadas).
Através desse exemplo, também deixamos claro como podemos extrair expressões de tabela
verdade. Podemos notar aqui a importância dos assuntos tratados no capítulo anterior, pois sem
conhecimento desses ficaria impossível a esquematização do circuito a partir da expressão obtida a
partir da tabela verdade.
151
Convenções utilizadas:
Sa = 1 = ch1 fechada
Sb = 1 = ch2 fechada
Sc = 1 = ch3 fechada
Para preenchermos a tabela acima vamos analisar todas as oito situações possíveis.
Situações possíveis:
152
Vamos, agora, escrever as expressões de Sc, Sb e Sa
153
Notamos que quanto maior for o número de variáveis, maior será o número de situações
possíveis, e por conseguinte, maiores serão os circuitos, porém, esses circuitos admitem
simplificações como veremos no capítulo seguinte Álgebra de Boole. Aqui vamo-nos preocupar
somente em extrair circuitos das situações.
Presidente: 1ª prioridade
Vice-presidente: 2ª prioridade
Engenharia: 3ª prioridade
Chefes de secção: 4ª prioridade
Esquematicamente, teremos:
-Ausência de chamada: 0
-Intercomunicador do presidente A
-Intercomunicador do vice-presidente B
-Intercomunicador da engenharia C
154
Estabelecidas as convenções, montamos a tabela de verdade:
Expressão de Sd
Sd = 1 somente no caso 1
Sd = A . B . C . D
Expressão de Sc
Sc = 1 nos casos 2 ou 3
Sc = A B C D + A B C D
Expressão de Sb
Sb = 1 nos casos 4, 5, 6, 7
Sb = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D
Expressão de Sa
Sa = 1 nos demais casos (8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15)
Sa = A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D + A B C D +
ABCD+ABCD
155
Os circuitos que executarão as funções serão:
156
6.1.4. - Exemplo 4: Tabela verdade com 3 variáveis
Suponhamos que a tabela abaixo represente uma situação qualquer, da qual queremos
levantar a expressão, para após montarmos o circuito.
Expressão de Sa.
Se assume o calor 1 nos casos:
1 ou 2 ou 3 ou 7 Sa = X Y Z + X Y Z + X Y Z + X Y Z
Expressão de Sb
Se assume valor 1 nos casos:
0 ou 2 ou 3 ou 6 ou 7 Sb = X Y Z + X Y Z + X Y Z + X Y Z + X Y Z
Expressão de Sc
Sc assume valor 1 nos casos:
0 ou 2 ou 5 ou 6 Sc = X Y Z + X Y Z + X Y Z + X Y Z
157
6.1.5. - Exemplo 5: Tabela verdade com 4 variáveis
Agora, vamos levantar a expressão e montar o circuito de uma situação onde temos 4
variáveis e somente uma saída conforme a tabela verdade abaixo:
Expressão de S.
S assume valor de 1 nos casos:
1 ou 5 ou 6 ou 7 ou 11 ou 12 ou 13 ou 14
S=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+
ABCD
158
Circuito
A função que ele executa, como o próprio nome diz, consiste em fornecer 1(um) à saída
quando as variáveis de entrada forem diferentes entre si. Com esta peque apresentação podemos
montar sua tabela verdade e, obter pelo mesmo processo visto até aqui, sua expressão característica
e, posteriormente, esquematizarmos o circuito.
Tabela verdade: 2 variáveis.
Circuito Ou exclusivo:
159
6.2.2. - Circuito OU Exclusivo como bloco lógico básico
Existe também uma outra notação que representa a função OU exclusivo.
S = A + B (lê-se: A OU Exclusivo B)
Logo: S=A+B=AB+AB
160
Montamos, agora, a tabela verdade.
Ou seja, quando lermos A . B temos de compreender que isso significa a função coincidência
cuja expressão característica é S = A . B + A . B
Os símbolos da porta coincidência são:
Obs: Notamos que os símbolos são portas OU Exclusivo com a saída invertida. Podemos
comprovar que existe esta inversão comparando-se as tabelas verdade de ambos circuitos.
161
E bom lembrarmos também que o bloco lógico coincidência pode ser formado por blocos
lógicos fundamentais, esquematizando temos:
162
Tabela verdade
Como podemos notar nos circuitos acima, deve-se efetuar essa expressão parcialmente de
dois em dois termos:
S=(A+B)+C
S=A+(B+C)
S = ( A + C) + B
163
Podemos confirmar a validade dos circuitos acima, através das respectivas tabelas da verdade.
6.4.2. - 4 variáveis
Para a expressão: S = A + B + C + D, temos:
Exercícios
1. Elaborar um circuito lógico que permita encher automaticamente um filtro de água de dois
recipientes e vela, conforme desenho abaixo. A eletroválvula permanecerá desligada quando
tivermos nível 0 (zero). O controle será efetuado por 2 eletrodos A e B colocados nos recipientes a e
b respectivamente.
Convenções:
-Recipiente “a” cheio eletrodo A em nível 1
-Recipiente “a” vazio eletrodo A em nível 0
-Recipiente “b” cheio eletrodo B em nível 1
-Recipiente “b” vazio eletrodo B em nível 0
164
2. Suponhamos o entrocamento das ruas A, B e C como no desenho acima, e que nesse
cruzamento queremos instalar um conjunto de semáforos para as seguintes funções:
1ª) Prioridades:
a) Quando o semáforo 1 abrir para a Rua A, automaticamente os semáforos 2 e 3 devem fechar, para
possibilitar ao motorista ambas as conversões..
b) Analogamente quando o semáforo 2 abrir, devem fechar os semáforos 1 e 3.
c) Pelo mesmo motivo, quando o semáforo 3 abrir devem fechar os semáforos 1 e 2.
3. Supondo que a tabela verdade abaixo represente uma situação qualquer, escrever as suas
expressões características, e esquematizar os circuitos.
165
4. Idem para a tabela a seguir de quatro variáveis.
166