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O Educador do
Século XXI
Habilidades e competências para melhorar
as suas aulas e valorizar o seu trabalho.
Sumário
Capítulo 1
- O Educador do Século XXI, 5
- Habilidades e competências, 6
- Plano de ação profissional, 7
- O projeto você, 8
- Comunicação verbal, 9
- Comunicação clara e atraente, 12
- Fale verbal e corporalmente, 13
- A importância e os cuidados com a voz, 14
- Vícios de linguagem, 15
- Uso do humor, 17
- Planejando a sua comunicação, 18
- Exercícios para falar de improviso, 20
- Como usar recursos audiovisuais, 21
Capítulo 2
- Educador multimídia, 31
- A fala na televisão, 32
- Como falar no rádio, 34
- Videoconferência e teleconferência, 34
- Uso da informática e da internet para dinamizar o aprendizado, 38
Capítulo 3
- Empreendedorismo, 41
- Motivação: combustível para a vida, 43
- Hierarquias das necessidades humanas, 43
- Criatividade em sala de aula, 46
- O processo criativo, 47
- Sugestões para desenvolver a criatividade, 48
- Teste o seu cérebro. Racional ou emocional?, 51
Capítulo 4
- Faça a diferença em sala de aula, 57
- Você faz marketing pessoal?, 58
- Ética, moral e compromisso social, 60
- Como administrar o tempo, 61
- Liderança em sala de aula, 63
- O educador conhece os perfis dos seus alunos, 64
- Relações interpessoais, 66
- Gerenciamento de conflitos e feedback, 67
- Trabalho em equipe, 69
- Como coordenar e participar de reuniões, 71
Capítulo 5
- Autodesenvolvimento, 74
- Finanças pessoais do educador, 75
- Educação e solidariedade no mercador de trabalho, 78
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Nota do autor
Acreditamos que o educador do Século XXI será muito diferente do que estamos
acostumados a ver atuando. As mudanças serão, fundamentalmente, na adequação do
conteúdo das suas aulas às novas tecnologias da informação. Com elas, não teremos mais
limitações de tempo, espaço e distância.
Um forte abraço,
Carlos Prates
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Capítulo 1
Gostamos muito da frase do escritor Milôr Fernandes, que afirma: “Toda mudança
é boa, nem que seja para descansar o outro lado da bunda”. Às vezes, somos resistentes às
pequenas mudanças, a exemplo de cruzar e descruzar as pernas, por estarmos
acostumados a sentar somente com a perna direita sobre a esquerda ou vice-versa.
Se mudar fosse fácil, todos mudaríamos o que não está dando certo ou o que não
mais funciona. Os estudiosos afirmam e temos comprovado na prática, mais difícil do que
aprender algo novo é esquecer o que aprendemos no passado e que não tem mais utilidade.
A atividade docente ilustra bem esta situação, uma vez que inúmeros professores
insistem em continuar dando aula no mesmo formato de 20 anos atrás. O professor,
“conhecedor de quase todos os assuntos e, normalmente, possuidor do conhecimento e da
verdade”. Vai para a frente da sala, olha para os seus alunos, com ar de superioridade e
um ego de todo o tamanho, abre a boca e blá, blá, blá e blá!
No passado, isso talvez fizesse sentido, uma vez que o conhecimento estava restrito a
poucas pessoas. Hoje, devemos saber que o conhecimento está sendo compartilhado e os
alunos não mais aceitam a passividade. Querem interagir com conhecedores de algum tema
em debate na sala de aula.
Se alguns professores podem agir dessa maneira, também reconhecemos que muitos
alunos desejam somente o tão sonhado diploma, na doce ilusão de que o mesmo será capaz
de lhe proporcionar melhores salários e sucesso profissional.
Esteja preparado, pois daqui em diante a forma de dar aula mudará radicalmente,
onde a comunicação fluirá dos alunos para o educador e este terá a função de iniciar a aula
e deixar que os alunos falem dos seus conhecimentos sobre o tema proposto.
Os alunos deverão fazer “as jogadas” e o professor deve atuar como um bom
técnico, corrigindo os eventuais erros e exageros.
É claro que para chegar a isso devemos caminhar, caminhar e caminhar, onde
encontraremos muitas “pedras e espinhos” pela estrada, resistência de professores e
alunos, porém, não há volta!
Professores e alunos devem buscar juntos esses objetivos, uma vez que um depende
do outro. A sociedade do acesso e da busca de conhecimentos exige mudanças de postura
do professor e também do aluno.
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Para comprovar o quanto é difícil mudar, sugerimos que proponha ao seu esposo(a)
ou companheiro(a) que permita, por uma noite, mudar o lado da cama em que dormem.
Argumente que é apenas um exercício em prol da profissão. Tenha paciência e não se deixe
abater, caso não obtenha êxito.
O nosso querido Raul Seixas foi muito feliz quando disse: “Eu prefiro ser essa
metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
Habilidades e Competências
Guarde bem estas duas palavras, uma vez que elas serão determinantes para o
sucesso profissional. Pense cada vez mais em ter habilidades, independentemente da sua
formação acadêmica, profissional ou função que exerce hoje.
Por outro lado, necessitamos ficar atentos às nossas competências. Nos exemplos
acima, qual o seu grau de acerto? Não basta ter habilidades, é preciso realizá-las com alto
desempenho, evitando o retrabalho. As competências são atributos pessoais que distinguem
pessoas de alto desempenho de outras, num mesmo trabalho.
Questione, avalie, perceba o que pode ser aplicado a você e decida. Se o que você
continua fazendo está dando certo, fique com os seus pontos de vistas e as suas idéias. Caso
contrário, pare e faça uma reflexão.
As novas tecnologias não tirarão os empregos dos Educadores que buscarem fazer a
diferença dentro e fora da sala de aula. Por outro lado, aquele professor que não adquirir
novas habilidades e competências, infelizmente, correrá o risco de perder o emprego e a
admiração dos alunos.
Abrace esta maravilhosa profissão como nunca o fez, pois a mesma requer paixão.
Ela é um ato de doação. Você se entrega aos alunos e eles retribuem com a mesma
intensidade.
Agora, vamos partir para a ação. Analise estes aspectos em sua carreira profissional
e proponha alternativas para melhorar o seu desempenho.
I) Onde estou
(quais habilidades e competências possuo?)
III) Oportunidades
(quais são as necessidades dos meus atuais e futuros alunos? serei bem sucedido
financeiramente? terei reconhecimento social?).
IV) Ameaças
(o que deverei fazer para enfrentar as eventuais ameaças, a exemplo das novas tecnologias,
ensino a distância e a concorrência?).
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O Projeto Você
E no presente? E no futuro?
Quais metas são mais importantes e vão fazer diferença em minha vida pessoal?
(dedicar mais à família, casar, filhos, estudar, ter amigos, etc.)
Comunicação Verbal
Caso você já tenha superado o medo de falar em público e/ou dar aulas, parabéns.
Entretanto, pesquisas afirmam que, depois da morte, o maior medo do Ser Humano é o de
falar em público. Este medo é atribuído à preocupação que temos de não sermos aceitos
pelos ouvintes, medo de falhar e conseqüentemente, sofrer hostilidades. Os professores
mais tímidos não suportam ser o centro das atenções, principalmente quando estão no
início da carreira profissional.
1. Treine antecipadamente a sua aula e conheça ao máximo o assunto que irá falar,
procurando gravar (em vídeo ou gravador) as suas aulas e analise o conteúdo e a
forma. Algumas palavras são péssimas para serem faladas e aquilo que está claro
na escrita pode deixar dúvidas na comunicação verbal. O ouvido é seletivo e certas
palavras podem não ser registradas pela memória. Fale de maneira clara, objetiva e
entusiasmada. Os temas mais importantes da sua aula devem ser repetidos, para
serem fixados pelos alunos.
3. Se estiver nervoso, segure uma caneta (exceto a que faz tique-taque) e contraia os
dedos dos pés se os mesmos estiverem completamente cobertos, objetivando deslocar
as tensões para o chão. Após alguns minutos, os sintomas desconfortáveis vão
diminuindo e você se sentirá melhor;
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4. Se você esquecer o que vai dizer – o famoso branco, procure ficar tranqüilo e use a
seguinte frase: “... pois bem, como estava dizendo....” e complemente com palavras
que estejam relacionadas ao tema da sua aula. Uma outra técnica que utilizamos é
aproveitar para beber um pouco de água (o copo deve estar ao seu lado) e,
lentamente, enquanto bebemos a água, procuramos lembrar as palavras ou o
assunto.
3) Quais reações corporais você sente quando é o centro das atenções ou comunica-
se em sala de aula ou fora dela?
( ) o coração bate acelerado
( ) meu corpo transpira exageradamente
( ) o rosto fica vermelho
( ) a voz diminui e/ou começo a gaguejar
( ) as mãos e as pernas tremem
( ) outras reações
( ) namorado(a)
( ) outras oportunidades
5) O que você não gosta no seu corpo ou na sua personalidade e acha que o impede
ou dificulta a sua comunicação em sala de aula?
( ) me acho feio(a)
( ) tenho corpo gordo (ou magro)
( ) estatura corporal alta (ou baixa)
( ) falo lento (ou rápido demais)
( ) sou arrogante e gosto de ser o dono da verdade
( ) tenho temperamento explosivo e não aceito ser contestado
( ) outros motivos
Este século vem sendo marcado pelo acesso às informações – computador, tv, vídeo,
telefonia móvel, fixa, internet e a disseminação do conhecimento.
Observe que a sala de aula ainda é muito parecida com a do século passado,
entretanto, os novos meios de comunicação chegaram para auxiliar na transmissão das
informações.
Ao contrário de alguns anos atrás, em que era mais comum os alunos aceitarem
passivamente quase tudo que o professor falava, os participantes de hoje dispõem de
conhecimentos e desejam interagir.
Cada mensagem deve ser adaptada ao meio em que ela será transmitida. Uma aula
convencional, com a presença física do professor e dos alunos, tem as suas características
próprias. Já uma aula através de vídeo ou teleconferência possui outras peculiaridades.
Mais adiante falaremos sobre o uso dos recursos audiovisuais, inclusive como utilizar a
televisão, videoconferência e o rádio.
Faça a seguinte pergunta: - por que gosto de telejornal e como ele prende a minha
atenção? Será que é diferente quando você fala ou escuta outra pessoa? E quando está
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Prepare-se para ser um educador multimídia, ou seja, versátil e capaz de dar aula
usando todos os meios de comunicação atuais e futuros.
Queremos chamar a sua atenção para o seguinte detalhe: imagine-se dando uma
aula, em qualquer cidade do Brasil, sendo gravada em vídeo e transmitida através da
internet. Percebeu a diferença entre ser um professor multimídia e aquele que somente
domina um meio de comunicação?
Como o próprio nome diz, comunicação verbal é realizada através da voz, enquanto
a linguagem corporal é feita por intermédio do corpo, utilizando-se dos gestos, posturas,
mãos, olhares, roupas, etc. Vejamos as principais funções:
√ Olhar – Ele cria uma ligação entre o professor e os seus alunos e vice-versa,
podendo sensibilizar, agredir, comover, passar confiança, simpatia, etc. Se você é tímido e
tem dificuldades em olhar para as pessoas, treine diante do espelho e imagine-se olhando
para todos. Quando assistir à televisão ou a um bom filme, perceba quanto o olhar é capaz
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de comunicar;
√ Postura corporal – Quando falar em pé o seu corpo deve ficar ereto e o seu peso
dividido entre as duas pernas. Quando achar oportuno, movimente-se pela sala. Observe os
grandes cantores e perceba como eles se movimentam no palco e ficam próximos ao seu
público. Ora para a esquerda, ora para a direita e para frente. Como isso as apresentações
ficarão mais dinâmicas.
√ Roupas - Você deve se vestir de forma parecida com os seus alunos, levando em
consideração o seu bolso e, principalmente, a sua sensação de sentir-se bem com o que está
usando. Se você é mulher, tenha cuidado com os brincos, colares, maquiagem exagerada,
decotes generosos e tudo o que contribua para concorrer com o assunto que irá comunicar.
Para você que é homem, não exagere na cor da sua camisa ou calça e tenha cuidado com a
barba, unhas, cabelos, sapatos e use desodorante. Alguns comunicadores se esquecem destes
detalhes. Se a roupa não fosse importante, por que ela movimentaria um mercado de milhões
de reais? A indústria do cinema e da televisão investiriam tanto dinheiro em figurinos?
Lembre-se de que tudo que fizer, disser e mostrar, poderá influenciar os seus alunos,
principalmente se forem crianças.
Desperte a criança que há em você. Cante, dance, interprete cenas de novelas e filmes,
declame poemas. Todo educador tem um artista latente dentro de si.
A voz é fundamental para a atividade docente, pois é através dela que nos
comunicamos com os alunos. Ao pronunciar as palavras, procure analisar qual a emoção,
volume e ritmo adequados à mensagem. Ela pede entusiasmo, tristeza, ironia, indiferença
ou arrogância?
Você não precisa ter a voz de locutor de rádio para ser um ótimo educador. Seja
claro, objetivo, passe entusiasmo e transmita algo útil para os seus alunos, sem se esquecer
da espontaneidade e de analisar o seguinte:
• Volume – Como é a sua voz? Pegue uma mão e coloque em forma de concha em
uma das orelhas, pronunciando o seu nome. Depois, coloque uma mão em cada orelha, em
forma de concha e repita o seu nome. No primeiro exercício você ouvirá a sua voz em mono
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e, no segundo, em estéreo. Utilize este recurso quando desejar perceber o ritmo e o volume
da sua voz;
• Ritmo – Você fala lento, rápido ou normal? Quem pensa de maneira rápida tem a
tendência de falar no mesmo ritmo. Lembre-se de que a velocidade dos seus pensamentos é
infinitamente maior;
Voz fraca – Sugerimos que você mude a sua postura, com ombros firmes, cabeça
erguida (evite olhar para baixo ou para o alto, buscando um ponto neutro), mentalizando
situações positivas e acreditando na sua capacidade de dar aula. Melhore a respiração,
inspirando profundamente e expirando lentamente, objetivando garantir o ar necessário a
sua comunicação. Em sua residência, coloque músicas que relaxem, a exemplo de sons de
flautas, pássaros, cachoeiras, fazendo inspirações e expirações. Com o estresse diário,
precisamos buscar alternativas de relaxamento e revigorar a energia.
Voz monótona e lenta – Procure variar o volume e o tom de sua voz, dando ênfase às
palavras mais importantes, pois assim você despertará mais interesse nos alunos. Observe
os telejornais e perceba que as manchetes são lidar com tom de voz mais forte. Por que as
notícias mais importantes dos jornais possuem letras maiores? Isso mesmo, para chamar a
atenção do leitor.
Voz estridente – Você gostaria de participar de uma aula com o professor falando
alto o tempo todo? Quando estiver entre amigos, solicite que os mesmos façam sinais
quando você estiver falando excessivamente alto. Desenvolva o hábito de ouvir a sua
própria voz.
Se você ingere bebida alcoólica, não caia na besteira de tomar uma dose para relaxar.
Ela pode lhe dar a falsa sensação de que é o educador mais brilhante do mundo. Outro
aspecto a ser levado em conta é o descrédito dos alunos quando percebem que o professor
está alcoolizado.
Vícios de linguagem
Né, tá, aí, entendeu, tipo assim, fala sério, aonde, entre outros.
Como evitá-los
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A experiência tem nos mostrado que é quase impossível deixar de ter alguns vícios
de linguagem. Assim, solicitamos que minimize os seus vícios, trocando-os por outros. Se
você fala muito aí, empregue outras expressões - “prosseguindo”, “como estávamos
dizendo”, “dando continuidade”.
Por outro lado, elimine imediatamente a palavra entendeu, pois consideramos que a
mesma funciona como uma espada no peito dos alunos, podendo inibir eventuais perguntas.
Troque a palavra entendeu por alguma dúvida?, está suficientemente claro o que
afirmamos?.
• Dê preferência aos horários em que você estiver mais descansado e com a maior
capacidade de concentração;
• Escolha um local confortável, com boa iluminação e o maior silêncio possível
(algumas pessoas conseguem ler com fundo musical);
• Ao ler uma quantidade muito grande de páginas, faça uma primeira leitura de
maneira superficial, assinalando os temas mais importantes. Em seguida, leia com
mais atenção os temas escolhidos;
• Concentre nas frases e não em palavras, assinalando aquelas que não compreendeu,
para posterior consulta ao dicionário;
• Ao ler, evite mexer os lábios e a cabeça. Entretanto, de vez em quando, utilize a
leitura em voz alta e analise se facilita a compreensão dos assuntos;
• Faça com que os seus olhos se movam constantemente para frente e evite que os
mesmos retrocedam na leitura. Prossiga, mesmo que não tenha compreendido
algumas palavras. Lá na frente entenderá o contexto em que elas foram
empregadas;
• Caso tenha filhos pequenos, leia estorinhas infantis, valorizando o tom de voz, o
ritmo e volumes adequados.
Embora a nossa profissão exija que falemos, é bom lembrar da importância de ouvir
os nossos alunos. Segundo o ex-presidente Tancredo Neves, “.... uma reunião é boa quando
saímos roucos de tanto ouvir”. O excelente comunicador é, antes de tudo, um bom ouvinte. Há
pessoas que provocam azia em Sonrisal e câimbra em perna de mesa, quando estão falando.
Não é por acaso que temos duas orelhas e uma boca!
Uso do humor
Procure colocar algumas pitadas de humor em suas aulas, pois este tempero alegra o
nosso coração e facilita o entendimento da mensagem. Conte estórias, metáforas,
procurando associar com o assunto que está abordando ou apenas para descansar os
alunos, depois de um assunto que puxou muito pela racionalidade. Evite a vulgaridade,
piadas preconceituosas e tudo que possa agredir os alunos.
Cuidado com as histórias longas, pois as mesmas podem entediar os alunos. Treine
as histórias e piadas junto aos amigos, familiares e avalie a reação. Sendo favorável, conte
em suas aulas.
Quando contamos piadas e histórias de humor nem sempre a platéia sorri. Esteja
preparado para algumas situações desagradáveis.
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Para que você se torne um bom comunicador é preciso treinar constantemente, bem
como dispor de um excelente planejamento. Tenha sempre um bom plano de aula,
principalmente quando não possui completo domínio sobre o assunto. É mais fácil
improvisar quando dispomos de um plano de ação.
a) O que falar – se refere ao tema da sua aula. Conhecer o assunto sobre o qual se
vai falar é imprescindível. Selecione o que é mais importante para os seus alunos e não para
o seu ego;
b) A quem falar – qual o perfil dos seus alunos? Todos conhecem o assunto? Se a
turma for heterogênea, comece pelo básico, até o grupo se situar no tema e depois vá
aprofundando um pouco mais;
e) Quanto falar – É a duração da sua aula. Sempre que possível, conclua o tema que
desejou abordar. Seja claro e objetivo, mencionando os detalhes que são relevantes ao
entendimento do assunto. Algumas aulas se tornam chatas em função do exagero de
detalhes do professor;
f) Objetivo – O que você deseja que os alunos façam? Defina claramente o objetivo
da sua aula, pois através dele você planejará melhor o conteúdo da aula.
A estrutura de comunicação que segue é mais adequada aos discursos, porém, você
pode utilizá-la para aulas essencialmente expositivas e palestras:
I) Introdução; II) Preparação; III) Tema central; IV) Conclusão.
Procure criar uma afinidade com os seus alunos e lembre-se de que você não terá
uma segunda chance para causar uma primeira boa impressão. As primeiras impressões são
importantíssimas.
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Ofereça motivos para ser ouvido e fale aos alunos o que eles ganharão com a sua
aula. O ouvinte necessita de motivos para continuar atento à comunicação. Caso contrário,
somente o corpo estará fisicamente presente.
Não peça desculpas aos alunos – “desculpe por não ter tido tempo de preparar este
tema.... por estar afônico... por não dominar o assunto...” Muitas pessoas irão se perguntar:
“se não está em condições, por que vai falar?”
- Fale de maneira breve qual é o tema da sua aula, pois assim os ouvintes poderão
acompanhar as suas idéias e tenderão a ter maior interesse;
- Se for o caso, esclareça qual o problema que deseja solucionar ou faça um
histórico do assunto e como irá ajudar a solucioná-lo.
Tema central – Aqui está a essência da sua aula e você deve falar tudo que planejou.
Organize fazendo divisões no tempo (no ano de 1980...), local, compare com algo existente,
comente sobre as conseqüências econômicas, sociais, políticas. Para sustentar suas
informações, use exemplos irrefutáveis como argumentos, faça comparações, mostre
estudos técnicos, testemunhos, etc. Se perceber que os alunos não concordarão com
algumas das suas informações, prepare bons argumentos de defesa para as suas idéias.
Conclusão – Aqui, você deve resumir os pontos mais importantes da sua aula e
lembrar aos alunos sobre suas atitudes em relação às idéias apresentadas. Em outras
palavras, o que você espera que eles façam. Outro aspecto importante é passar a sensação
de que a sua aula está completa. Faça com que a sua comunicação tenha início, meio e fim.
Cause uma ótima impressão final, transmitindo positividade e esperança. Analise os
telejornais e perceba que a última notícia é sempre boa e tem como objetivo aliviar os
telespectadores.
Escolha algumas destas frases para falar de improviso, durante o tempo mínimo de
cinco minutos. Se achar conveniente, registre no gravador ou câmera de vídeo:
1) Toda nação que se preza não abre mão de três coisas: orgulho
nacional; - esperança coletiva e moeda estável (John Stuart Mill);
8) Toda mudança é boa, nem que seja para descansar o outro lado da bunda (Milôr
Fernandes);
9) Ouse fazer as coisas que deseja fazer, antes de envelhecer demais e ficar
impossibilitado de fazê-las (autor desconhecido);
10) O importante não são os anos da sua vida, mas a vida dos seus anos
(Adlai Stevenson);
Aprendemos
1% através do gosto
1,5% através do tato
3,5% através do olfato
11% através do ouvido
83% através da vista
Retemos
Desvantagens
Geralmente não tomamos alguns cuidados necessários para a utilização dos recursos
e eles nos prejudicam, ao invés de ajudar na transmissão das idéias:
Não espere que as cores do seu slide e transparências tenham a mesma aparência
que na tela do computador.
Retroprojetor – cuidados:
Onde ficar
Você deve ficar próximo à tela e não ao aparelho. Não fale com os elementos visuais
e sim para os seus alunos, evitando ficar de costas para os mesmos. Um outro detalhe
importante é que as pessoas instintivamente olham para onde você estiver olhando. Assim,
quando desejar chamar a atenção das pessoas para algo na tela, gire o seu corpo para o
lado e fale com o elemento visual ali colocado. Todos irão seguir o seu gesto.
Quadro branco – As recomendações são parecidas com as do flipchart. Está cada vez
mais comum o uso de ambos – flipchart e quadro branco, em substituição ao quadro de giz.
Outras idéias para uso do vídeo – Utilize filmes que tenham relação direta ou
indireta com o tema da sua aula. Em nossos cursos exibimos filmes e promovemos debate
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sobre os temas ali enfocados. O cinema pode contribuir para ampliar os conhecimentos dos
alunos, além de estimular a sua criatividade.
Material didático - Todos sabem que não se deve distribuir apostilas, folhetos ou
qualquer material didático antes de começar a falar. Eles podem distrair os alunos e os
mesmos ficarem lendo antecipadamente os assuntos e deixarem de prestar atenção a sua
mensagem.
Microfone – Em algumas pessoas ele pode causar medo e inibição. Isso ocorre em
virtude da falta de prática do educador. Os principais modelos são:
- Microfone de punho (com ou sem fio) – Geralmente ele capta som na parte
superior ou também lateral e deve ser usado numa distância de até 15
centímetros da boca, a depender da qualidade do mesmo e potência do
amplificador. Para verificar se o equipamento está ligado basta pronunciar
algumas frases. Não bata na sua extremidade, uma vez que provoca um barulho
horrível e pode danificá-lo. Cuidado ao caminhar com o microfone para não
tropeçar ou ficar enrolado no fio;
- Lapela – Ele fica preso à roupa, um pouco abaixo do queixo. Bastante prático e
favorece os movimentos do comunicador. Evite ficar mexendo na roupa, gravata
principalmente, para não provocar ruídos estranhos;
- Microfone de mesa – Com ou sem fio, preso em uma pequena haste e colocado
em cima da mesa;
È bom lembrar que o microfone somente deve ser utilizado quando o volume da sua
voz não for suficiente para fazer a mensagem chegar até os alunos.
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O Carisma do Professor
A pesquisadora americana Doe Lang identificou várias palavras que traduzem o que
é carisma: “Sedução, mágica, originalidade, atração, charme, dinamismo, presença,
magnetismo, personalidade, confiança, força, poder, persuasão, desinibição, comunicação...”
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Não queremos com isso negar a influência hereditária, porém acreditamos que
algumas características são confundidas como genéticas e que na verdade são copiadas dos
modelos familiares (pais, irmãos, tios, avós), professores e de outras pessoas com quem
relacionamos ao longo da vida, através dos livros, ídolos da tv, rádio, cinema, teatro,
música, etc.
2) Se tiver uma filmadora ou gravador, utilize para registrar o seu exercício e depois
analise a sua voz, gestos, olhar, postura corporal, etc. Interrompa as partes que não gostou
e faça novas apresentações;
9) Exercite seu corpo. Ande bastante. Escolha exercícios físicos que lhe agradem e
aproveite-os para eliminar tensões. Se possível, participe de uma oficina de teatro. Este
espaço é seu. Quais as suas dicas?
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Este exercício é indicado para todos, principalmente para quem fala muito rápido e
de uma forma linear, sem emoção.
O Homem e a Máquina
Tenho prestado muita atenção aos “tempos Modernos”. Não tenho nada contra a
modernidade. Porém, se modernidade é substituir o homem pela máquina, qual o papel
reservado para o ser humano na sociedade do futuro?
“O nosso banco investiu milhões de dólares em tecnologia para dar aos clientes mais
conforto e rapidez no atendimento...”
Tentei argumentar mais uma vez, porém não obtive êxito. O papel dele era evitar ao
máximo que eu fosse atendido no interior da agência, por uma pessoa de carne e osso!
Fui ao caixa eletrônico, retirei o dinheiro e voltei para a minha casa. Enquanto
andava, refletia sobre o que acabara de acontecer!
Exercício: Durante 5 minutos você deve falar sobre as oportunidades e ameaças das
novas tecnologias da informação e como elas ajudarão os professores e alunos.
O Sorriso e a Comunicação
Pronuncie estas frases de duas maneiras: uma com rapidez, semelhante ao locutor
esportivo e a segunda, de maneira eloqüente.
Caso você tenha a língua presa e troque o “r” por “l”, pegue um lápis de seis lados
ou caneta BIC e coloque horizontalmente na boca, a língua por cima e pronuncie estas
frases:
√ Lá vem o velho Félix com o fole velho nas costas. Quanto mais mexem
no fole do velho Félix, mais o fole do velho Félix fede.
√ Dudu dizia danado da vida: - Dadá, deixe disso, onde vai dar tanta
doidice?
Capítulo 2
O Educador Multimídia
Não devemos restringir a nossa aula a quatro paredes, uma vez que dispomos de
excelentes meios de comunicação capazes de multiplicar e agilizar a transmissão das idéias.
a) Você será convidado se aquilo que tem a dizer for interessante para o público do
programa e/ou a sociedade;
b) Não menospreze o jornalista caso ele não conheça o tema que você irá abordar.
Faça dele um aliado e procure tirar todas as suas dúvidas;
c) Tudo que for dito a um jornalista ele pode publicar, por isso, não fale algo que
não deseja ser divulgado, principalmente momentos antes e depois de uma
entrevista. Lembra da parabólica que derrubou o ministro da Fazenda – Rubem
Ricupero? As paredes têm ouvidos...
d) Não faça comentários sobre o seu desempenho junto ao entrevistador ou sua
equipe. Grave as suas apresentações e discuta com as pessoas mais íntimas, a não
ser que contrate a assessoria de alguém especializado;
e) Depois da entrevista, sugira novos temas para o entrevistador ou repórter.
Deixe a porta aberta para novos contatos sobre outros assuntos do seu
conhecimento.
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A fala na televisão
a) Não esconda o seu sotaque e não procure justificá-lo para pronunciar palavras
erradas. Isso acaba com qualquer entrevista;
b) Use frases curtas e de fácil compreensão, dando inflexão nas palavras-chaves do
assunto, para chamar a atenção do telespectador;
c) Seja claro e conciso, fale com entusiasmo e procure despertar o interesse do
telespectador, caso contrário ele mudará de canal;
d) Planeje as suas apresentações e lembre-se de que o tempo da televisão é pequeno
e a sua comunicação deve se adequar ao tempo que lhe foi dado. Treine, treine e
treine em sua casa;
e) Eventuais histórias devem ser simples e de preferência, sobre idéias e fatos fáceis
de descrever;
f) Identifique o que é mais importante para o público alvo do programa que você
participará e direcione a sua comunicação para as áreas de maior interesse do
telespectador;
g) Se você não souber uma informação, diga que não sabe e que vai se informar.
Não enrole o telespectador, pois o mesmo percebe e você perde a credibilidade;
h) Passe confiança e credibilidade para o jornalista, pois antes de você chegar aos
telespectadores, deverá passar por esse profissional;
i) Não queime etapas somente para aparecer na televisão. Fale somente de assuntos
que detém conhecimento e os espaços se abrirão para você;
j) Não se impressione com a fama do entrevistador e esqueça que você é fã dele.
Concentre-se na mensagem que pretende passar.
Para exercitar a sua comunicação através da TV, utilize duas cadeiras, uma para o
entrevistado e outra para o entrevistador. Assim, você simulará as perguntas e respostas,
de acordo com o personagem da cadeira em que estiver sentado. Se conseguir um amigo,
ótimo! Caso contrário, faça você mesmo os dois personagens. Vale a pena!
Você também poderá utilizar uma câmera de vídeo ou, na falta dessa, um espelho e
um gravador, para simular a entrevista. Analise as perguntas e as respostas e vá fazendo as
correções necessárias.
Grave antecipadamente uma edição do programa que irá participar e avalie o estilo
do entrevistador, o público alvo, a cor do cenário (para adequar o seu vestuário), a forma
da entrevista (sentado, em pé, ao vivo, gravado). Colha todas as informações necessárias
para o sucesso da sua apresentação.
Lembre-se de que não terá “uma segunda chance para causar uma primeira boa
impressão”. Não perca a chance que está tendo e caso não esteja adequadamente
preparado, agradeça pelo convite ou marque outra data.
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Cuidado para não “queimar o seu filme” e preste bastante atenção aos seguintes
conselhos:
Videoconferência e teleconferência
Esteja preparado para utilizar estes novos meios de comunicação, uma vez que os
mesmos serão (já estão sendo) populares no futuro próximo, haja vista o barateamento das
câmeras – webcan (câmeras posicionadas em cima do monitor). A qualidade ainda deixa a
desejar, entretanto, esses problemas serão resolvidos em breve.
As novas tecnologias vencerão as limitações de tempo, ou seja, a sua aula será dada
no horário presencial e arquivada para o aluno ver e rever quando desejar. O espaço
limitado da sala de aula dará lugar a uma “sala sem paredes”, de maneira virtual.
Como afirmamos, a linguagem do professor deverá ser adaptada aos novos meios,
onde a interação com os alunos será mais importante, e todos aprenderemos juntos, ora
sendo professor, ora sendo aluno!
√ Seja claro e conciso, fale com entusiasmo e procure despertar o interesse dos
participantes;
√ A sua roupa deve ser adequada para o tipo de reunião e perfil dos participantes;
√ Cuidado com roupas com listras finas ou padrões quadriculados, pois provocam
“batimento” na imagem e sensações desconfortáveis nos olhos dos participantes;
√ Não se deixe intimidar pelas câmeras e faça de conta que elas são os olhos dos
participantes.
a) Crie uma boa imagem - Na comunicação por telefone não existe o contato visual,
portanto, sua voz deve criar a imagem na mente do aluno. Desta forma, é importante
não apenas "o que você diz" mas, também, "como você diz". Sua voz deve transmitir:
"eu sou cortês, diplomático, prestativo e competente". Portanto, use a voz com um
sorriso.
d) Use o ritmo de voz adequado - Falar muito rápido pode causar mal entendidos e gerar
desconfiança. Falar lentamente também é um problema. Sua voz soará como uma
canção de ninar e fará você parecer enfadonho e sem entusiasmo.
e) Use riqueza e variação na sua voz - Através da entonação (mais grave ou mais aguda)
uma mesma palavra, dentro de uma frase, pode transmitir emoções diferentes ao ser
36
pronunciada. Sons graves são mais vigorosos e sérios enquanto os agudos são mais
alegres e vivos. Use a combinação dos dois para enfatizar idéias e argumentos junto
aos alunos.
f) Boa dicção - Para ser bem compreendido, é preciso ter boa dicção e falar com voz
clara e expressiva. Articule bem as palavras. Não coloque na boca lápis, caneta, palito,
chicletes ou qualquer outra coisa, enquanto falar ao telefone.
g) Use palavras corretas - O vocabulário usado deve ser do conhecimento do aluno. Use
palavras e termos que os participantes da teleconferência conheçam.
II) Fique atento - Concentre sua atenção no que o aluno está dizendo e não se
distraia. Atente para as entonações de voz do interlocutor; isto pode ajudá-lo a perceber
exatamente o que ele está sentindo.
III) Entenda tudo o que está sendo dito - Se você não entender tudo, faça perguntas,
pois se não esclarecer tudo imediatamente, um ponto perdido pode prejudicá-lo mais tarde.
IV) Ouça - Assim como se fala sem dizer, pode-se escutar sem ouvir. Enquanto o
aluno estiver falando, não fique pensando na resposta; faça isto antes, preparando bem
seus argumentos. Nunca tire conclusões antecipadas do que o aluno está dizendo, nem tente
terminar suas frases mentalmente.
V) Faça anotações - É muito bom tomar notas, mas escreva apenas as idéias chaves.
Você pode facilmente se perder na conversação, caso se concentre demais na sua escrita.
Sempre que possível, procure avaliar o seu desempenho, atribuindo notas de zero a
dez para os seguintes itens:
b) Postura corporal
d) Voz
e) Olhar
f) Gestos
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h) Capacidade de argumentação
j) Vícios de linguagem
k) Marketing Pessoal
Média:
Há quem receie que as novas tecnologias irão desumanizar a educação formal. Não
acreditamos nesta possibilidade. A história tem nos mostrado que a maioria das invenções
pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Cada pessoa tem o livre arbítrio para
escolher o que fazer com a internet e as tecnologias da informação do Século XXI.
Embora uma sala de aula continue a ser uma sala de aula, a tecnologia já está
transformando uma porção de detalhes: O aprendizado na sala de aula incluirá
apresentações em multimídia, os alunos poderão dialogar com os professores de igual para
igual, a depender do assunto (o conhecimento não é somente do professor), os estudantes
serão estimulados a seguir áreas de interesse específicos. Cada aluno poderá ter as suas
questões respondidas simultaneamente com as de outros alunos. A turma passará uma
parte do dia no microcomputador da sua escola e/ou residência, explorando informações
individualmente ou em grupos. Depois, levarão as suas idéias e questões para debates em
sala ou em grupos de interesses comuns. Enquanto os alunos estiverem nos computadores,
o professor poderá utilizar o tempo livre para trabalhar com indivíduos ou grupos
pequenos e concentrar-se menos em falar e mais na resolução dos problemas.
Temos percebido que uma expressiva parcela de professores ainda resiste ao uso da
informática e da internet em sala de aula. Certamente, a pouca familiaridade com estes
novos meios de comunicação, o temor de que os mesmos substituam os educadores,
culminando com a escassa quantidade de computadores nas escolas públicas, sejam as
principais razões para o pouco uso destas tecnologias.
39
È bom lembrar que os grandes educadores sempre souberam que aprender não é
algo que você faz apenas na sala de aula ou através de um educador, professor, facilitador,
tutor ou qualquer nome que lhe seja dado.
Qualquer que seja a realidade da sua escola, é bom ir se preparando para o uso da
informática e da internet em sala de aula. Aqui vão algumas sugestões para o uso da
internet:
- Divida a turma em grupos de estudo para que os mesmos possam debater entre si as
informações coletadas sobre o assunto;
- Identifique no grupo os alunos que têm mais facilidades no uso da informática, para
que os mesmos possam multiplicar o conhecimento entre os colegas. Dê um espaço em
sua aula para que eles falem sobre o assunto;
Por outro lado, temos percebido que os familiares adultos que dominam a
informática e a internet, estão ensinando as suas crianças a utilizarem software do mundo
empresarial. Alguns professores e diretores de escolas estão utilizando programas
comerciais para administrar suas atividades e dar aos estudantes experiências com as
ferramentas dos modernos locais de trabalho. No mundo atual, todos devemos ser
facilitadores do aprendizado. Somos ao mesmo tempo professores e alunos, aqui entendido
os pais, filhos, avós, tios, sobrinhos...
as suas experiências. Assistir a uma palestra em vídeo não proporciona o mesmo interesse
de uma aula presencial. Mas, às vezes, a possibilidade de ouvir um determinado professor
que está a milhares e milhares de quilômetros de distância ou que o seu tempo escasso não
permitiria uma aula presencial, compensara a perda de interatividade. Por outro lado, os
sistemas de videoconferência permitem que o professor interaja com os telespectadores, em
tempo real ou posteriormente.
Os professores do Século XXI sabem que terão de fazer muito mais do que mostrar
às crianças onde encontrar as informações na internet ou nos recursos multimídia (vídeo,
CD, DVD, etc.). Elas ainda precisarão entender quando investigar, observar, estimular ou
agitar. Ainda terão que desenvolver as habilidades infantis em comunicações orais e
escritas. Os professores bem-sucedidos atuarão mais como treinadores, conselheiros,
facilitadores, parceiros criativos e pontes de comunicação com o mundo.
Mas a tecnologia não vai isolar os estudantes. Uma das experiências educacionais
mais importantes é a colaboração. Em algumas salas de aulas mais adaptadas às novas
tecnologias, os computadores e a internet já estão mudando a relação convencional dos
estudantes entre si e entre alunos e professores, ao facilitar o aprendizado colaborativo.
O ritmo da mudança tecnológica é tão rápido que às vezes parece que o mundo vai
estar completamente diferente de um dia para o outro. Não vai. Mas devemos estar
preparados para a mudança. Teremos que fazer escolhas difíceis. Como sabemos, mudar
não é fácil e algumas pessoas resistem mais que outras.
Talvez a nossa angústia principal e mais freqüente seja: “Como é que eu fico nessa
economia em constante mudança?”. A maioria tem medo de que os seus empregos se
tornem obsoletos, de não serem capazes de se adaptar as novas formas de trabalho. São
todas preocupações legítimas. Por outro lado, as mudanças estão acontecendo e elas serão
cada vez mais rápidas e às vezes violentas. Se é quase impossível adivinhar os efeitos
colaterais de mudanças que conseguimos prever, imagine daquelas que não conseguimos.
Devemos estar preparados, atentos e automotivados para enfrentá-las.
Mais do que nunca, uma educação que enfatize as habilidades e competências para
resolver os problemas, será fundamental. Em um mundo em constantes mudanças, a
educação é a melhor preparação para garantir a capacidade de adaptação. O lema é:
aprender, aprender e aprender, sempre!
Capítulo 3
41
Empreendedorismo
Na condição de educador, você será modelo para os seus alunos e muitos irão lembrar
das suas idéias, atitudes e comportamentos por toda a vida.
• Amor e entusiasmo – Ele se identifica com o que faz e o realiza da melhor maneira
possível. É bom lembrar que toda profissão tem as suas atividades apaixonantes e
42
• Planejamento e controle – Tem plano de metas e sabe aonde quer chegar e quais
ações devem ser implementadas;
• Conhecimento diversificado – Não fica restrito aos temas ligados a sua área
específica de atuação. Ele busca novos conhecimentos e percebe de que maneira os
mesmos se relacionarão com a sua vida pessoal e profissional;
• Paciência – Sabemos quanto se faz necessária essa qualidade, uma vez que lidamos
com todo tipo de personalidade, acolhendo e ajudando a resolver problemas e
conflitos oriundos da família e situação econômica do País, sem falar na fome, uso
de drogas.... que, de maneira direta ou indireta, afetam a relação professor / aluno.
Invista em Você
Escreva sim ou não, sobre o que você tem feito nos últimos 6 meses para melhorar o
seu crescimento profissional e pessoal:
O que é motivação? Ela é a força que nos leva à ação. Estes estímulos motivacionais
podem variar de pessoa para pessoa e também o seu grau de intensidade.
Sem dúvida nenhuma, para realizar bem a nossa profissão é preciso muita, muita e
muita motivação. Dificuldades não faltam: baixa remuneração, condições de trabalho
muitas vezes inadequadas, excesso de cobrança dos pais, da sociedade e da própria escola,
faculdade ou universidade.
Por outro lado, devemos reconhecer que alguns professores estão dando aula sem
nenhuma identificação com o que fazem, talvez por falta de opção ou até mesmo por não
descobrirem como apaixonar-se pela profissão.
Necessidades de estima – elas estão relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e
se avalia, isto é, com a auto-avaliação e a auto-estima. Envolvem a auto-apreciação, a
autoconfiança, a necessidade de aprovação e reconhecimento social, de status,
prestígio e reputação. A satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos de
autoconfiança, valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. Sua frustração
pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, os
quais, por sua vez, podem levar ao desânimo;
Em quase toda a nossa vida, buscamos o reconhecimento pelo nosso trabalho e
esperamos elogios de pessoas da sociedade. Embora tenha mudado para pior e o
respeito ao professor esteja “fora de moda”, acreditamos que, no futuro bem
próximo, as pessoas voltarão a ter mais respeito e orgulho dos seus professores.
Motivando os alunos
Preste bem atenção neste tema e saiba porque alguns professores podem deixar os
alunos irritados:
Agora vamos falar sobre o que pode motivar os alunos. Há um ditado popular que
resume o fator mais importante: “Diga-me o que eu tenho a ganhar que lhe darei todo o
tempo do mundo”. Quando um aluno, principalmente o adulto, participa de uma aula, ele
deseja ter a recompensa pelo seu esforço. Além disso, o tempo é cada vez menor para os
compromissos diários e tendemos a selecionar os eventos (curso, palestra, seminário) que
darão mais retorno para a nossa vida pessoal e profissional.
Para que você motive os alunos, faça o contrário daquilo que os irritam e transmita
idéias úteis para os mesmos, falando de maneira espontânea, clara e objetiva.
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Definições populares
Os Dois Hemisférios
Detalhista Amplo
Mecânico Criativo
Preto e Branco Cores
Lógico Artístico
Fechado Aberto
Cauteloso Corre risco
Analítico Sintético
Intelectual Espacial
Detalhado Musical
Seqüencial Simbólico
Material Emocional
Escrita Intuitivo
Ordenamento seqüencial Espiritual
47
O Processo Criativo
1) Identificação – Nesta maravilhosa viagem, esta é a primeira “estação”, onde você vai
identificar qual é o problema, o que deseja solucionar. Para ficar mais claro o
entendimento, vamos definir o problema com a seguinte pergunta: Como posso melhorar a
minha comunicação verbal e a minha metodologia de ensino? Estudiosos afirmam que um
problema bem definido já é 50% da solução.
2) Preparação – Aqui é a sua segunda “estação”. Ela pode ser direta, quando acumulamos
informações pertinentes ao problema que deve ser resolvido. No caso específico, podemos
assistir a aulas de professores que se comunicam bem e tenham uma metodologia que
empolga os alunos. Vamos fazendo as anotações necessárias, ao tempo em que deixamos a
vaidade de lado e procuramos aprender com quem sabe mais.
3) Incubação – Na terceira “estação” da sua viagem, talvez seja necessário descansar, fazer
outras atividades, procurando se desligar um pouco da pressão para resolver o problema.
Se quiser, deite na sua rede e embale as idéias, ande, ouça música, cante, dance, faça tudo
que lhe der prazer. Deixe as informações se combinarem naturalmente dentro da sua
cabeça. A mente é tão fantástica que trabalha sozinha, através do inconsciente.
Normalmente, sentimos angústia quando estamos no processo de criação e precisamos
colocar para fora este sentimento nada agradável.
4) Aquecimento – Chegando à quarta “estação”, você está bem próximo do seu destino, ou
seja, a solução dos problemas definidos. Semelhante a um jogador de futebol que precisa
aquecer os seus músculos para não se machucar quando disputar uma bola, a sua mente
foge e retorna ao problema com freqüências cada vez menores, às vezes de maneira
desordenada, porém encaminhando para a solução.
Não se deixe abater pelas críticas de colegas, professores, alunos e busque parceiros
para ajudar na implementação das mudanças na sua forma de comunicar e dar aula.
São estas posturas que contribuem para os bloqueios mentais! Abaixo, estão
relacionados dez bloqueios mentais especialmente danosos para o pensamento:
2) Todo o dia escreva pelo menos uma idéia sobre estes assuntos:
- como eu posso melhorar a minha aula?
- como eu posso fazer diferença na vida dos alunos?
- como eu posso ser mais feliz?
E S J E F D
S E E S I E
C U T P C
R S I E O V
E V C S I
V O O I D
A B S - A
49
4) Faça anotações. Não saia sem papel e lápis ou algo para escrever. Anote tudo. Não
confie na memória. Caso possível, compre um microgravador.
5) Armazene idéias, coloque em cada envelope um assunto. Idéias para casa, para
aumentar sua eficiência no trabalho, para melhorar o relacionamento com a(o) esposa(o),
namorado, filhos, amigos, etc.
7) Desenvolva uma forte curiosidade sobre pessoas, coisas e lugares. Ao falar com
outra pessoa faça com que ela se sinta importante. A nossa atividade tem como finalidade
principal o relacionamento com pessoas e a transmissão de idéias e conhecimentos.
8) Aprenda a escutar e a ouvir, tanto com os olhos, quanto com os ouvidos. Perceba o que
não foi dito. Seja também “um eterno aprendiz” e estimule os seus alunos a expressarem as
suas idéias.
10) Compreenda primeiro, depois julgue. Fique o mais longe possível dos preconceitos.
Vivemos numa sociedade consumista e que, muitas vezes as pessoas são avaliadas pelo que
possuem de bens materiais, do saldo em conta bancária, pela cor da pele e não pelo que elas
realmente são, os sentimentos e as idéias que possuem.
11) Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso o ajudará a dar uma boa aula. Deixe
o cansaço bater somente quando for dormir, com a agradável sensação do dever cumprido
e que está fazendo diferença na vida dos seus alunos.
12) Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos por dia: ao dormir, quando
estiver tomando banho, caminhando, dançando, etc.
13) Ataque os seus problemas de maneira ordenada. Uma delas é descobrir qual é
realmente o problema. Faça o seu subconsciente trabalhar. Ele pode e precisa, dia e
noite. Fale com os colegas e alunos sobre as suas idéias e projetos.
14) Não se contente com a primeira idéia, pois da quantidade nasce a qualidade.
15) As idéias podem e devem ser aprimoradas, uma vez que não nascem perfeitas e
necessitam de um tempo para o aprimoramento. Sempre haverá uma maneira de torná-las
mais eficazes.
16) Ouça opiniões de pessoas que pensam diferente do seu ponto de vista. As soluções para
o aprimoramento das suas idéias podem estar com a divergência.
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Faça as perguntas no plural e não no singular. Como posso melhorar a minha aula e
a minha comunicação verbal? Como posso interagir com os alunos e estimular a
participação? Quais recursos audiovisuais posso utilizar para transmitir a mensagem? De
que maneira as dinâmicas de grupo podem ajudar na transmissão das idéias?
Você pode fazer uma sessão de brainstorm sozinho, porém, o ideal é que faça em
grupo. Sugerimos até dez pessoas, a exemplo de diretores, coordenadores do curso,
professores e alunos que possam contribuir com idéias.
Por que as minhas aulas não despertam interesse? Se eu fosse o meu próprio aluno,
o que mudaria no conteúdo e na forma de comunicar? Por que não permito uma maior
participação dos alunos?
Este formulário pode ser usado para registro de idéias surgidas após as técnicas de
brainstorm, em sala de aula ou qualquer outro momento.
• Nome da idéia -
Exercício: Qual foi a última grande idéia que você não realizou?
Por que não realizou?
Caso você não coloque em prática as suas idéias, outros professores o farão, mais
cedo ou mais tarde.
2) Sonhar acordado é:
( ) a. uma perda de tempo
( ) b. divertido e relaxante
( ) c. realmente útil na solução de problemas e no pensamento criativo
( ) d. instrumento viável para o planejamento do meu futuro.
16) Quando lhe pedem para falar de improviso em uma reunião, você:
( ) a. faz um rápido esboço
( ) b. simplesmente começa a falar
( ) c. transfere a atenção para outra pessoa ou diz o mínimo possível
( ) d. fala lenta e cuidadosamente
18) Pode dizer com alguma precisão quanto tempo passou desde que
você viu o relógio pela última vez?
( ) a. sim ( ) b. não
21) Quando está criando ou planejando a sua aula você costuma trabalhar:
( ) a. sozinho ( ) b. em grupo
29) Assinale as afirmativas que você acha que se aplicam ao seu caso
( ) "Sou capaz de deduzir o sentido dos contratos, manuais de
instrução e documentos legais"
( ) "Prefiro trabalhar com diagramas e plantas"
( ) "Visualizo nitidamente os personagens, o ambiente e o enredo
de um romance"
( ) "Prefiro que os amigos me telefonem antes de me visitar"
( ) "Não gosto de conversar ao telefone"
( ) "Gosto de planejar e acertar os detalhes de uma viagem"
( ) "Eu adio meus telefonemas"
( ) "Encontro facilmente as palavras em um dicionário e os nomes em uma
lista telefônica"
( ) "Adoro trocadilhos"
( ) "Faço muitas anotações durante uma reunião, palestra ou aula"
( ) "Fico gelado quando tenho de realizar coisas mecânicas sob pressão"
( ) "Freqüentemente as idéias me vêm não sei de onde"
31) Você:
( ) a. não é muito receptivo no tocante à linguagem corporal; prefere
ouvir o que dizem as pessoas
( ) b. sabe interpretar a linguagem corporal
( ) c. sabe compreender o que as pessoas dizem e também interpretar a
linguagem corporal.
Contagem de pontos
a b c d Pergunta 7 Pontos
------------------------ - nadar .................. 9
1 7 1 3 9 jogar tênis ........... 4
-------------------------- - jogar golfe .. ........ 4
2 1 5 7 9 acampar/excursionar 7
-------------------------- esquiar . ............. 7
3 9 7 3 1 pescar .. ............... 8
-------------------------- - cantar ................. 3
55
27 7 3
--------------------------
28 9 1
56
29 (confira ao lado)
--------------------------
30 9 1
--------------------------
31 1 7 5
Some o número de pontos e divida o total pelo número de respostas dadas. Este
último número tende a variar, por causa da possibilidade de
respostas múltiplas nas questões 7 e 29.
Se Você contou 300 pontos em 40 respostas, por exemplo, sua contagem final de
pontos vai dar 7,5 indicando forte tendência para pensar com o lado direito do cérebro.
Procure na escala abaixo a sua localização:
Médias
1 3 5 7 9
Esquerdo Direito
57
Capítulo 4
Quando estiver planejando as suas aulas, analise de que maneira a sua presença
fará diferença para os alunos.
Sempre que possível, utilize a música. Ela é um bálsamo para o coração e estimula
as nossas emoções. Ela poderá ser usada para integrar, acalmar, animar, iniciar um debate
e outras atividades. Se você não tiver um aparelho de som, solicite emprestado aos alunos
ou cante com os mesmos. Eles vão adorar e você também.
Pense como os seus alunos e faça as seguintes perguntas: Se eu fosse o meu próprio
professor, como gostaria que as aulas fossem realizadas? Qual a nota que daria para a
metodologia e o conteúdo das minhas aulas?
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Talvez você nunca tenha parado para pensar, mas temos algumas semelhanças com
os produtos e serviços que consumimos no dia-a-dia: Temos um nome; uma embalagem;
atendemos necessidades; somos encontrados em um determinado local; cobramos pelos
serviços/produtos e fazemos propaganda.
Façamos uma comparação com um produto que gostamos de consumir: qual o seu
nome (marca)? como é a sua embalagem? quais necessidades ele atende? onde é
encontrado? qual o preço? como ficamos sabendo da sua existência?
Fazendo uma adaptação das afirmações acima, a atividade de Educador requer uma
postura mais comedida no que se refere à propaganda. Por outro lado, os professores que
se destacam costumam ser requisitados para trabalhar em escolas mais renomadas e que
pagam melhor.
É claro que não devemos atribuir um valor para o ser humano, e sim para a sua
hora de trabalho. Invista em seus conhecimentos e tenha sempre o currículo atualizado e às
mãos.
Na atividade docente, devemos obedecer às normas éticas e morais, bem como uma
especial cautela no uso da nossa imagem e afirmações em sala de aula. Caso você não faça
marketing pessoal, assinale algumas das razões:
É bom lembrar que construir um marca leva tempo e para ser destruída, bastam
alguns minutos. Desenvolva e aprimore habilidades e competências que solidifiquem a sua
marca pessoal. Seja ético e construa um bom relacionamento com as pessoas, objetivando
ajudar e ser ajudado por elas.
- Vista-se mais elegante e fique em frente ao espelho olhando o seu novo visual.
Analise o que gostou e o que pretende mudar;
“ Solidariedade, ética e moral são atitudes e comportamentos cada vez mais escassos”
Em quase todos os cursos e palestras que ministramos sobre esse tema, indagamos
aos professores: - Quem possui e utiliza uma agenda? Infelizmente, alguns poucos
respondem afirmativamente e destes, um percentual diz que tem agenda, mas, não a utiliza
com freqüência.
Assim, é fácil concluir que o não planejamento do seu tempo pode resultar em
elevado stress, aumento de conflitos interpessoais e comprometer a qualidade das aulas,
sem contar a qualidade de vida e momentos de lazer.
É claro que somos ocupados, porém, não somos os trabalhadores mais ocupados do
mundo. Os grandes homens de negócios e estadistas, possuem atividades tão ou mais
intensas que nós e consegue realizá-las. A verdade é que o dia tem vinte e quatro horas
para todas as pessoas.
Imprescindível – Como o próprio nome indica, deve ser feito. Não pode ser adiado e
nem esquecido, pois as conseqüências são grandes. A atividade deve estar localizada na sua
agenda, nas primeiras horas do dia, pois, não sendo realizada, você terá o período da tarde
para concretizá-la.
Importante - É o que deve ser realizado, depois que você já tiver feito o que era
imprescindível. Esta atividade é de média prioridade e o fato de não realizá-la
antecipadamente não comprometerá os resultados. Chegará o momento em que se tornará
imprescindível e deverá ser realizada. Caso você tenha horas ociosas, aproveite para iniciar
ou concluir a atividade. Sempre que possível, deixe algumas horas vagas em sua agenda,
pois atividades importantes podem se tornar imprescindíveis no mesmo dia.
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II) O tempo é o recurso mais precioso que dispomos e temos apenas vinte e quatro
horas por dia. É bom lembrar que o tempo não se economiza. O dia que passou,
passou e as horas não serão recuperadas;
IV) Administrar melhor o tempo não significa trabalhar mais arduamente. É preciso
trabalhar com inteligência, saber delegar e usar mais eficazmente as novas
tecnologias da informação;
VI) Tão importante quanto saber o que deve ser feito é praticar a ação de fazê-lo e não
ficar adiando, adiando e adiando. É preciso automotivação e coragem para resolver
os problemas que estamos adiando;
63
VII) Administrar o tempo não é uma cartilha que você segue os passos e tudo se
resolverá. É uma questão de postura e atitude para enxergar o presente, sem perder
de vista o futuro;
VIII) O tempo é escasso e implacável. Evite arrependimentos por não realizar as suas
metas pessoais e profissionais. Corra riscos (calculados) e assuma as conseqüências
de eventuais enganos.
Administrar o tempo é mais fácil na teoria e mais difícil na prática; caso contrário,
as pessoas usariam mais eficazmente as vinte e quatro horas diárias. Exige planejamento,
persistência, criatividade e automotivação.
Este tema vem ganhando enorme importância no mundo empresarial, uma vez que
as empresas públicas e privadas necessitam de executivos, administradores, gerentes e
supervisores capazes de arregimentarem os seus funcionários para tarefas mais complexas,
ousadas e criativas, num cenário de rápidas mudanças, alta tecnologia e incertezas.
Alguns pais omissos e que não colocam limites comportamentais em seus filhos, têm
incentivado esta falta de respeito, inclusive, pressionando a Direção da Escola contra os
professores mais disciplinadores. Também não devemos deixar de lembrar que alguns
professores exageram na forma de exercerem a sua autoridade e punição aos alunos. Todos
cometemos equívocos e o mais importante é buscarmos um equilíbrio nos relacionamentos.
Uns poucos alunos costumam afirmar: “os meus pais estão pagando o seu salário e
você não vai me dar ordem...”. Nas escolas públicas, ameaças à integridade física dos
educadores são constantes.
Muitas vezes, ser líder é confundido com o cargo que a pessoa exerce. Porém, nem
todo professor, diretor ou administrador, necessariamente é um líder. Liderança é a arte de
mobilizar pessoas para que as mesmas queiram lutar por aspirações e objetivos
compartilhados. A liderança não é imposta. Ela é aceita ou não pelo grupo.
Estilos de liderança
São diversos os estilos de liderança e não é fácil afirmar qual o melhor, uma vez que
cada um deles é mais vantajoso em determinada situação. O ideal é utilizar um ou outro,
conforme a situação:
64
• Líder facilitador – Como o próprio nome indica, ele auxilia os seus alunos a
identificarem os valores, interesses, metas e objetivos.
• Líder avaliador – Informa aos pupilos os critérios pelos quais eles serão julgados, diz
como estão os seus desempenhos e indica ações para o aperfeiçoamento.
• Líder autocrático – Através deste estilo ele determina o que fazer e quem executará
as tarefas, exigindo obediência dos demais alunos.
• Líder democrático – Nesse estilo, não apenas a pessoa do líder, mas todo o grupo é
considerado o centro das decisões. É o contrário do estilo anterior.
Ao contrário dos líderes criados pela mídia, principalmente em época de eleição, que
aparecem e desaparecem rapidamente, os líderes verdadeiros são pessoas comuns com uma
determinação extraordinária, honestos, éticos e comprometidos com o sucesso dos seus
alunos.
O solitário – Como o nome indica, esse aluno prefere ser deixado sozinho e considera-se
capaz de aprender por conta própria. Geralmente, é atencioso e participativo, freqüentemente
mostrando um tipo de personalidade que parece ser perfeita para uma sala de aula. O
problema é que ele, de maneira geral, prefere ter o mínimo de envolvimento possível com os
colegas e a tendência é se isolar.
Como lidar com o solitário – Sendo possível, verifique quais os seus gostos – esporte,
música, cinema, trabalho e crie alguma atividade para integrá-lo ao grupo.
O quieto – Em quase todas as salas de aula existirão alunos mais quietos que outros.
Um dos erros que nós tendemos a cometer é exigir igual participação das pessoas quietas.
Como lidar com o quieto – Quando possível, principalmente em grupos menores, faça
exercícios em que o quieto possa assumir papéis de líder ou relator. Isso contribuirá para que
o mesmo assuma papéis de liderança nos grupos pequenos e comece a se relacionar com os
demais participantes.
O amável – Ele está o mais perto possível do aluno modelo. Obediente e pronto para
realizar os desejos do professor. A maior preocupação com o aluno amável é a sua crença
cega. Geralmente ele concorda com tudo que é dito pelo professor.
Como lidar com o lamuriento – Esse aluno parece representar um grande obstáculo para
o sucesso da aula. Tenha cuidado com as perguntas que você fizer a ele e não hesite, quando
possível, em usar as seguintes táticas:
- Chame-o para tomar um café e demonstre interesse em conhecê-lo. Um simples “como
vai?” pode funcionar muito bem.
- Reconheça a existência dos seus problemas. Um simples “eu posso entender sua
frustração” é tudo que ele deseja ouvir.
Como lidar com o iluminado – O iluminado possui um ego muito carente de elogios e
deseja que todos os participantes saibam como ele é brilhante nos assuntos que estão sendo
discutidos. Conduzido apropriadamente, o iluminado pode tornar-se o melhor amigo do
professor.
Como lidar com o brincalhão – Para trabalhar com o brincalhão requer apenas um pouco
de psicologia. Massageie um pouco o seu ego, dando-lhe a oportunidade de agir, porém de
forma controlada. Você pode escolhê-lo para se apresentar como voluntário em alguma
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atividade ou envolvê-lo em estudo de casos, contar uma piada no início e final da aula. Isso
estimulará o grupo e você ganhará um forte aliado.
O franco atirador – Talvez ele seja o mais perigoso dos tipos de personalidades. Como um
verdadeiro franco atirador, ele utiliza como cobertura os demais colegas. Tem como
característica o desejo de competir com o professor. Envergonhe o iluminado, o brincalhão ou
qualquer outro aluno e você poderá estar criando um franco atirador em potencial.
Como lidar com o franco atirador – Converse com ele durante um café e faça-o “jogar
no seu time”. “Olha Paulo, se não for incômodo, eu estava pensando em contar com a sua
ajuda nesta e em futuras aulas. Estou percebendo que você conhece muito sobre esse assunto e
gostaria de contar com você. Como está percebendo, os demais alunos não possuem o mesmo
conhecimento. Posso contar com a sua ajuda?”
Relações Interpessoais
As pessoas diferem umas das outras, não havendo dois seres iguais no mundo. O
homem sempre teve consciência das suas características individuais, das suas necessidades
diferenciadas.
Não é fácil aceitar, nem mesmo as nossas próprias atitudes. Precisamos aprender que,
se quisermos nos relacionar adequadamente com os alunos e colegas de trabalho,
necessitamos relacionar bem, primeiro com nós mesmos, vencendo preconceitos,
intolerâncias, medos e inseguranças.
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Cognição é a maneira pela qual uma pessoa percebe e interpreta a si própria ou seu
ambiente externo. Ela constitui o filtro pessoal através do qual a pessoa se vê, sente e
percebe o mundo que existe a seu redor.
1) Fale com os alunos. Não há nada tão agradável e animado quanto uma palavra de
saudação, particularmente hoje em dia, quando necessitamos mais de sorrisos amáveis.
2) Sorria para as pessoas. Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a testa e
somente 14 para sorrir.
3) Chame, sempre que possível, os seus alunos pelo nome. A música mais suave para
muitos, ainda continua sendo o próprio nome.
4) Seja mais do que educador e, quando possível, aproxime-se dos alunos e ofereça a sua
amizade. Se você quer ter amigos, seja um amigo.
5) Desenvolva a cordialidade. Fale e aja com toda sinceridade; tudo o que fizer, faça com o
máximo de prazer e satisfação.
6) Tenha interesse pelos alunos. Mostre que você está comprometido com o aprendizado e o
sucesso deles.
7) Cultive a generosidade em elogiar e seja cauteloso em criticar. Os Educadores elogiam,
sabem encorajar, dar confiança e elevar a auto-estima dos alunos.
8) Considere os sentimentos dos outros. Existem três lados em qualquer controvérsia: o
seu, o do outro e o que está certo.
9) Preocupe-se com a opinião dos alunos. Três comportamentos de um verdadeiro
Educador: ouça, aprenda e saiba elogiar.
10) Apresente um excelente trabalho. O que realmente vale nessa nossa vida é aquilo que
fazemos para os outros. Faça a diferença em sala de aula e dê o melhor de si.
“No mundo, o que não falta é motivo para brigarmos com os outros”.
Os conflitos sempre estiveram presentes dentre e fora da sala de aula. Com os pais
dos alunos cada vez mais omissos, a hipercompetividade no mercado de trabalho,
dificuldades financeiras, culminando com elevados índices de casamentos desfeitos, a
tendência é aumentar os conflitos sociais, com reflexos no relacionamento entre alunos,
pais e professores. Além de atuarmos como profissionais da educação, às vezes somos
conselheiros e ouvintes dos nossos pupilos que estão em conflito com os seus pais.
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Sem desejar ser uma cartilha para solucionar conflitos, relacionamos alguns
procedimentos que podem contribuir para a solução dos problemas de relacionamentos em
sala de aula:
√ Não ignore algo que o incomoda. Trabalhe rapidamente na questão antes que ela
se torne insustentável para você. No entanto, se necessário, um período de esfriamento de
cabeça talvez seja oportuno desde que seja definida uma data para lidar com aquela
situação mais tarde. Isso vale para o relacionamento entre colegas professores, diretores e
os alunos;
√ Fale diretamente com a pessoa envolvida. Trabalhe junto com a pessoa, tentando
resolver a questão entre vocês mesmos. Evite a “rádio fofoca”. É comum pessoas
distorcerem os fatos e dar uma importância maior do que eles merecem;
√ Esteja aberto para novas idéias e sugestões de colegas e alunos. É melhor dar
feedback quando a própria pessoa solicita, porém, somente uma minoria o faz;
√ Se alguém lhe reclamar sobre uma outra pessoa que não está presente, dê força
para que esta pessoa fale diretamente com ela. Esta abordagem pode reduzir conflitos e é
muito mais positiva, além de desencorajar a perpetuação de boatos e fofocas.
√ Quando for difícil ou impossível falar diretamente com a pessoa que você deseja
dar feedback, solicite ajuda de alguém que possa atuar como mediador.
Dar feedback é uma maneira de contribuir para que a outra pessoa cresça e
modifique comportamentos indesejáveis. Feedback é a comunicação que se retorna à outra
pessoa, acerca de como a informação tratada lhe afetou.
- Verifique se o que você disse foi bem claro e entendido. È importante lembrar
que, na raiz de quase todos os conflitos, temos uma comunicação inadequada ou que não
foi entendida por uma das partes. “eu quis dizer uma coisa e acabei falando outra”. Às vezes
o ouvido do receptor da mensagem “é seletivo” e só ouve o que lhe convém. Da próxima vez
que estiver diante de um conflito, analise-o do fim para o começo, como se estivesse
assistindo um filme ao contrário. Certamente você encontrará um problema de
comunicação na origem das discussões;
- No feedback não existe quem está certo ou errado. Existem apenas percepções
diferentes dos mesmos fatos. O objetivo não é convencer a outra pessoa que você está certo.
O mais importante é combinar como agirão no futuro em relação ao assunto tratado;
Trabalho em Equipe
“Professores e alunos podem formar uma
grande equipe e crescerem mutuamente”
Para que uma equipe trabalhe em sintonia é preciso que cada participante cumpra o
seu papel e tenha competência para tal. Estes são alguns dos papéis desempenhados:
1. Coordenador – Como o próprio nome diz, ele cuida do bom funcionamento da equipe;
6. Auditor – Analisa a qualidade dos trabalhos, os prazos, atuação dos participantes, entre
outras funções;
Fazendo uma transposição destes papéis para a sala de aula, podemos observar que o
Educador e os alunos, quando estão engajados em objetivos comuns, alternam algumas
destas funções.
É possível fazer isso na sala de aula? Sim! Para tal, devemos abrir mão do excesso de
autoritarismo (ou democracia) e vaidades pessoais, fazendo a comunicação fluir do
educador para o educando e vice-versa.
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Qual a sua reação quando é convidado para uma reunião? A maioria costuma dizer:
“ Mais uma reunião? É pura perda de tempo”.
Antes da próxima reunião, faça uma breve pausa e formule a seguinte pergunta: -
Esta reunião se faz necessária? Caso a resposta seja afirmativa, faça outras perguntas: -
qual é o tipo de reunião mais apropriado? Quem deve participar? Qual objetivo deve ser
alcançado?
√ Como definir a pauta – A pauta de uma reunião é, na essência, uma lista de ítens
que devem ser postos em debate. Ela deve ser clara e objetiva. Primeiro junte toda a
informação relevante. Depois, selecione quais itens têm de ser discutidos e com que
profundidade.
√ Cada um no seu lugar – A distribuição dos assentos pode ter enorme impacto em
uma reunião, para o bem e para o mal. Assegure-se de que todos possam ver e serem vistos.
Evite cadeiras confortáveis demais, pois elas ajudam a puxar uma soneca.
√ Como ser visto e ouvido – Para ter certeza de que sua mensagem está sendo
entendida, você deve apresentar o melhor que puder. Vista-se de acordo para cada reunião
e certifique-se de falar com clareza e confiança toda vez que intervier nas discussões.
Qualquer equívoco cometido durante sua intervenção deve ser corrigido no ato. Isso
mostra que você sabe do que está falando. Outro aspecto importante é variar o tom de voz
(cordial, enérgico ou formal) isso afetará positivamente o resultado. Ao final, resuma os
principais pontos da sua argumentação. Seja claro, sucinto e convincente.
√ Como ouvir os outros – Em uma reunião é tão importante ouvir quanto falar.
Escute cada participante e reflita sobre o significado escondido em suas palavras.
Interprete sinais como linguagem corporal e tom de voz para avaliar o grau de convicção
do interlocutor.
Saiba que os bons ouvintes são atenciosos, olham nos olhos de quem fala, não faz
interrupções e mostram interesse pelo que é dito. Além disso, cochichar e remexer-se em
uma reunião atrapalha os participantes que estejam querendo ouvir.
As atas de uma reunião são feitas pelo secretário da reunião, através de registro
escrito do que foi discutido. Elas devem ser concisas e podem ser escritas em letra de
forma. Saiba que a entrega imediata estimula ação mais rápida. Além disso, a ordem da ata
deve seguir a ordem da pauta.
Por último, evite fazer reuniões após o almoço, devido a baixa energia corporal. Às
segundas feiras pela manhã ou às sextas-feiras a tarde, nem pensar. Discuta os itens mais
importantes no começo da reunião, quando as pessoas estão mais alertas.
Evite que as ligações telefônicas sejam transferidas para a sala de reuniões, além de
solicitar aos participantes que desliguem os celulares.
Analise a possibilidade de fazer a sua reunião com os participantes em pé. Ela pode
ser útil para reuniões do tipo informais e assuntos mais simples.
74
Capítulo 5
Autodesenvolvimento:
Arma secreta contra a obsolescência profissional
√ Reserve algumas horas do seu escasso tempo para ler revistas, livros,
jornais, acessar a internet. Nunca tivemos tantas informações à disposição.
O desafio é transformá-las em conhecimentos úteis para você e os seus alunos;
√ Seja persistente, pois os motivos para você desistir serão muitos – falta de
tempo, dinheiro, desencanto com a atividade docente, entre outros.
Acreditamos que algumas pessoas possuem uma “brasa interna”, capaz de
acender com os próprios estímulos, metas e esperança no amanhã. Podemos
chamá-la de automotivação. Entretanto, outros colegas costumam ficar
aguardando estímulos e elogios externos, condições ideais e melhorias de
salários para investirem em suas habilidades. Prepare-se para o mercado de
trabalho da sua cidade, de outros municípios e do outros paises.
Resolvemos incluir este tema, por sugestão de vários professores e por compreender a
importância de uma vida financeira saudável. Durante vários anos, trabalhamos em uma
grande Instituição Financeira, onde fazíamos empréstimos a pessoas físicas.
Não se iluda. Toda as estratégias de vendas são estudadas pelas Empresas, com base no
comportamento dos consumidores, objetivando fornecer aos mesmos, crédito “fácil”, ou
seja, dinheiro que na verdade eles não possuem. Com isso, os agentes financeiros ganham
milhões e milhões e nós ficamos mais endividados a cada dia. O Brasil é o país com a maior
taxa de juros do mundo.
√ Evite tomar empréstimo para cobrir saldo devedor de cheque especial. Ao fazê-lo,
solicite que o mesmo seja cancelado. Caso contrário, a tendência é você voltar a ficar
devendo o cheque especial e o empréstimo que tomou;
√ Não caia na tentação de emprestar o seu cartão de crédito para outras pessoas
efetuarem compras. Hoje está muito fácil obter um cartão de crédito e, quando alguém
solicita que outro compre, pode ser um forte sinalizador de que está com problemas
financeiros;
√ Procure economizar 20% do seu salário mensal, para futuras despesas e situações
inesperadas – doenças, faculdade, aquisição de bens, etc.;
√ Se você está endividado, evite gastos com supérfluos e vincule as suas compras,
exclusivamente com dinheiro, evitando o uso do cartão de crédito. Normalmente,
compramos mais do que desejamos, pois temos a falsa ilusão de que estamos adquirindo os
produtos sem pagá-los. Quando chega a fatura mensal, o sonho vira pesadelo;
√ Não comente a sua vida financeira com os outros. Ela deve ser reservada a você e às
pessoas íntimas (marido, mulher, pais e filhos);
Receita mensal - R$
Nome da empresa empregadora -
Pensão alimentícia
Outras receitas (especificar)
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Despesas mensais - R$
Aluguel da casa
Condomínio
Iptu
Mercado
Telefone fixo
Telefone celular
Energia
Gasolina
Plano de saúde
Escola ou faculdade
Lazer
Outras (especificar)
Dívidas - R$
Cartão de crédito X prestação mensal juros saldo devedor Parcelado
Empréstimo em bancos
ou financeiras
Cheque especial
Condomínio
Consórcio
Outras dívidas (especificar)
Alimentação
Higiene / limpeza
Telefonia (fixa ou móvel)
Energia
Lazer
Outras (detalhar)
PLANO B
Vender um bem para quitar parcial ou integralmente as dívidas
PLANO C
Aumentar receita
Dando aulas particulares
Alugando o imóvel
Conseguindo um novo emprego, etc.
78
PLANO D
Renegociação das dívidas (detalhar as ações)
Por último, não se desespere e saiba que para quase tudo, exceto para a morte, há uma ou
mais alternativas.
No seu livro O Fim dos Empregos, publicado pela M. Books, o escritor Jeremy
Rifkin, afirma: “A economia global está provocando uma mudança radical na natureza do
trabalho, com profundas conseqüências para o futuro da sociedade”.
No século atual, grande parte do trabalho físico e mental, desde meras tarefas
repetitivas até atividades profissionais altamente complexas, está e cada vez mais
continuará a ser desempenhada por máquinas inteligentes, mais baratas e eficientes”.
Algumas perguntas angustiam a todos nós, uma vez que elas não são fáceis de serem
respondidas:
Há alternativas e elas não são fáceis de serem aplicadas, pois envolvem mudanças
profundas de comportamento e, principalmente, trocar o nosso egoísmo excessivo pela
solidariedade e o amor para com o próximo.
Para ficar mais claro o que estamos afirmando, abra o seu guarda-roupa e perceba a
quantidade de roupas que você possui. Certamente, algumas delas você há muito tempo
não as utiliza. Caso você resolva doar para uma pessoa, elas não lhe farão falta. Pelo
contrário, você ficará mais feliz!
Por outro lado, sabemos que as empresas são pressionadas pelos consumidores do País
e do exterior para produzirem bens duráveis e serviços cada vez mais baratos. Reduzir a
jornada de trabalho pode significar a necessidade de contratar mais funcionários, pagar
horas extras ou colocar máquinas para substituí-los.
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Tudo começa e termina em nós, Seres Humanos! Vamos arregimentar pessoas para
fazerem parte deste trabalho de inclusão social, digital e tantas outras.
Há quatro anos assistimos ao filme “A Corrente do Bem”, onde o professor solicita aos
alunos que pratiquem uma boa ação a três pessoas e elas para mais três, e assim,
sucessivamente.
Guardadas as devidas proporções entre ficção e realidade, todos podemos fazer parte
dessa corrente. Ajude uma pessoa desempregada, quer seja através de uma palavra de
esperança, dando informações que possam levar ao novo emprego e, principalmente,
compartilhando os seus conhecimentos.
Cada pessoa que detém conhecimentos valorizados pelo novo mercado de trabalho pode
se transformar em um “Multiplicador do Conhecimento”. Esta é uma missão gratificante e
digna. Estamos no “mesmo barco e se ele afundar, todos morreremos na praia.”
A educação será determinante para o nosso sucesso pessoal e profissional. Todos devem
participar: Educador, o Estado, a Sociedade, as Empresas e todos os cidadãos. A tendência
indica que será um caminho longo, árduo e cheio de incertezas, porém, haveremos de
construir um Brasil mais justo para todos.
Mensagem final
Bem, colega Educador, estamos chegando ao final deste nosso bate-papo e desejamos
que as idéias aqui mencionadas possam ajudá-lo a melhorar as suas habilidades e
competências profissionais e pessoais.
Críticas e sugestões sobre as idéias aqui apresentadas podem ser enviada para e-mail
pratescarlos@uol.com.br
Carlos Prates
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Bibliografia