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Projeto Fazendo e Aprendendo


Você constrói o seu conhecimento

O Educador do

Século XXI
Habilidades e competências para melhorar
as suas aulas e valorizar o seu trabalho.

Copyright 2008 José Carlos Prates Ribeiro


Registro 275.571 Biblioteca Nacional

Autor: Carlos Prates


www.ibahia.com (Blog de Empregos)
pratescarlos@uol.com.br
Telefax (71) 3264-9263
Salvador – Bahia
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Sumário
Capítulo 1
- O Educador do Século XXI, 5
- Habilidades e competências, 6
- Plano de ação profissional, 7
- O projeto você, 8
- Comunicação verbal, 9
- Comunicação clara e atraente, 12
- Fale verbal e corporalmente, 13
- A importância e os cuidados com a voz, 14
- Vícios de linguagem, 15
- Uso do humor, 17
- Planejando a sua comunicação, 18
- Exercícios para falar de improviso, 20
- Como usar recursos audiovisuais, 21

Capítulo 2
- Educador multimídia, 31
- A fala na televisão, 32
- Como falar no rádio, 34
- Videoconferência e teleconferência, 34
- Uso da informática e da internet para dinamizar o aprendizado, 38

Capítulo 3
- Empreendedorismo, 41
- Motivação: combustível para a vida, 43
- Hierarquias das necessidades humanas, 43
- Criatividade em sala de aula, 46
- O processo criativo, 47
- Sugestões para desenvolver a criatividade, 48
- Teste o seu cérebro. Racional ou emocional?, 51

Capítulo 4
- Faça a diferença em sala de aula, 57
- Você faz marketing pessoal?, 58
- Ética, moral e compromisso social, 60
- Como administrar o tempo, 61
- Liderança em sala de aula, 63
- O educador conhece os perfis dos seus alunos, 64
- Relações interpessoais, 66
- Gerenciamento de conflitos e feedback, 67
- Trabalho em equipe, 69
- Como coordenar e participar de reuniões, 71
Capítulo 5
- Autodesenvolvimento, 74
- Finanças pessoais do educador, 75
- Educação e solidariedade no mercador de trabalho, 78
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A quem dedico e agradeço

A minha mãe, Edilce Prates Ribeiro.

Ao meu pai, José de Souza Ribeiro (Zuzu).

Aos meus irmãos Fátima, Carlos Alberto e Célia.

Aos sobrinhos Nathale, Thaisa, Marcílio, Carlos Alberto e Diana.

As minhas amigas Sônia, Winne e Stephany.

A minha sócia e amiga, a psicóloga Vera Serra.

Com eles continuo aprendendo a cada dia.

Aos Professores de Ibotirama e ao Secretário de Educação, Prof. Silmar


Reis, pelas oportunidades de aprendizagem.

Aos queridos alunos, pelos exemplos de determinação


e força de vontade.

A todos os meus amigos, através das pessoas do


Dr. Fernando Azevedo e D. Violeta Simões.

Aos meus parentes e a todos os conterrâneos de Brumado (BA).

Pessoas que direta e indiretamente servem de inspiração para


o meu trabalho e a minha vida pessoal.
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Nota do autor

Em setembro de 2004 fomos convidados pela Secretaria de Educação da Bahia,


através do Instituto Anísio Teixeira, para realizar uma videoconferência abordando o tema
Comunicação e Criatividade em Sala de Aula, tendo como participantes dezenas de
Educadores e Diretores de escolas, faculdades e universidades. A receptividade foi
excelente e resolvemos transformar o seu conteúdo em livro.

Acreditamos que o educador do Século XXI será muito diferente do que estamos
acostumados a ver atuando. As mudanças serão, fundamentalmente, na adequação do
conteúdo das suas aulas às novas tecnologias da informação. Com elas, não teremos mais
limitações de tempo, espaço e distância.

Para implementarmos estas mudanças necessitamos pensar e agir em equipe, com


humildade e livre de preconceitos, conservando o que for importante para os novos tempos
e tendo a coragem para deixar de lado o que ficou obsoleto.

Finalizando, desejamos a você muito sucesso e colocamo-nos à disposição para


maiores esclarecimentos, pessoalmente, por telefone ou internet.

Um forte abraço,

Carlos Prates
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Capítulo 1

O Educador do Século XXI

“Se mudar fosse fácil, todos mudariam”.

Gostamos muito da frase do escritor Milôr Fernandes, que afirma: “Toda mudança
é boa, nem que seja para descansar o outro lado da bunda”. Às vezes, somos resistentes às
pequenas mudanças, a exemplo de cruzar e descruzar as pernas, por estarmos
acostumados a sentar somente com a perna direita sobre a esquerda ou vice-versa.

Se mudar fosse fácil, todos mudaríamos o que não está dando certo ou o que não
mais funciona. Os estudiosos afirmam e temos comprovado na prática, mais difícil do que
aprender algo novo é esquecer o que aprendemos no passado e que não tem mais utilidade.

A atividade docente ilustra bem esta situação, uma vez que inúmeros professores
insistem em continuar dando aula no mesmo formato de 20 anos atrás. O professor,
“conhecedor de quase todos os assuntos e, normalmente, possuidor do conhecimento e da
verdade”. Vai para a frente da sala, olha para os seus alunos, com ar de superioridade e
um ego de todo o tamanho, abre a boca e blá, blá, blá e blá!

Se fosse possível, certamente abriríamos a cabeça do estudante e “depositaríamos”


toda a nossa inteligência dentro da mesma.

No passado, isso talvez fizesse sentido, uma vez que o conhecimento estava restrito a
poucas pessoas. Hoje, devemos saber que o conhecimento está sendo compartilhado e os
alunos não mais aceitam a passividade. Querem interagir com conhecedores de algum tema
em debate na sala de aula.

Entretanto, não devemos ser injustos e generalizar a situação, pois somos


conhecedores que a maioria dos professores não age dessa forma.

Se alguns professores podem agir dessa maneira, também reconhecemos que muitos
alunos desejam somente o tão sonhado diploma, na doce ilusão de que o mesmo será capaz
de lhe proporcionar melhores salários e sucesso profissional.

Esteja preparado, pois daqui em diante a forma de dar aula mudará radicalmente,
onde a comunicação fluirá dos alunos para o educador e este terá a função de iniciar a aula
e deixar que os alunos falem dos seus conhecimentos sobre o tema proposto.
Os alunos deverão fazer “as jogadas” e o professor deve atuar como um bom
técnico, corrigindo os eventuais erros e exageros.

É claro que para chegar a isso devemos caminhar, caminhar e caminhar, onde
encontraremos muitas “pedras e espinhos” pela estrada, resistência de professores e
alunos, porém, não há volta!

Professores e alunos devem buscar juntos esses objetivos, uma vez que um depende
do outro. A sociedade do acesso e da busca de conhecimentos exige mudanças de postura
do professor e também do aluno.
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Para comprovar o quanto é difícil mudar, sugerimos que proponha ao seu esposo(a)
ou companheiro(a) que permita, por uma noite, mudar o lado da cama em que dormem.
Argumente que é apenas um exercício em prol da profissão. Tenha paciência e não se deixe
abater, caso não obtenha êxito.

O nosso querido Raul Seixas foi muito feliz quando disse: “Eu prefiro ser essa
metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

Habilidades e Competências

Guarde bem estas duas palavras, uma vez que elas serão determinantes para o
sucesso profissional. Pense cada vez mais em ter habilidades, independentemente da sua
formação acadêmica, profissional ou função que exerce hoje.

As habilidades estão relacionadas com a sua capacidade de realizar determinadas


atividades ou funções, a exemplo da comunicação, liderança, dirigir um automóvel, cantar,
dançar, entre outras.

Por outro lado, necessitamos ficar atentos às nossas competências. Nos exemplos
acima, qual o seu grau de acerto? Não basta ter habilidades, é preciso realizá-las com alto
desempenho, evitando o retrabalho. As competências são atributos pessoais que distinguem
pessoas de alto desempenho de outras, num mesmo trabalho.

Neste livro iremos abordar as principais habilidades para o Educador do Século


XXI. Em todos os nossos cursos e palestras, iniciamos com a seguinte frase: “a verdade deve
ter escravos e não donos”, de autoria do publicitário Carlito Maia. Aqui, não será diferente.
As afirmações e idéias apresentadas, têm o propósito de contribuir para ampliar os seus
conhecimentos e favorecer o debate.

Questione, avalie, perceba o que pode ser aplicado a você e decida. Se o que você
continua fazendo está dando certo, fique com os seus pontos de vistas e as suas idéias. Caso
contrário, pare e faça uma reflexão.

Todas as habilidades e competências são importantes para o nosso desempenho em


sala de aula. O grau de importância dependerá de cada Educador: comunicação verbal,
domínio da informática e da internet, automotivação, criatividade, empreendedorismo,
ética, administração do tempo, liderança, como conduzir reuniões, relacionamento
interpessoal, trabalho em equipe, autodesenvolvimento, finanças pessoais, entre outras.

Reinventando as suas habilidades e competências

“O sucesso de ontem não assegura o sucesso de hoje e de amanhã”

Este é o maior desafio de todos os educadores e demais profissionais que desejam


continuar no mercado de trabalho.
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As novas tecnologias não tirarão os empregos dos Educadores que buscarem fazer a
diferença dentro e fora da sala de aula. Por outro lado, aquele professor que não adquirir
novas habilidades e competências, infelizmente, correrá o risco de perder o emprego e a
admiração dos alunos.

Abrace esta maravilhosa profissão como nunca o fez, pois a mesma requer paixão.
Ela é um ato de doação. Você se entrega aos alunos e eles retribuem com a mesma
intensidade.

Abaixo, relacionamos habilidades e competências importantes para todos os


profissionais, principalmente aos Educadores e Diretores. Sugerimos que faça uma auto-
avaliação: 1- excelente; 2- bom (boa); 3- regular; 4- péssimo(a).

- O meu conhecimento da(s) matéria(s) que ensino é ( )


- A minha metodologia de ensino é ( )
- A minha comunicação verbal é ( )
- Sei usar os recursos audiovisuais de forma ( )
- A minha motivação para dar aula é ( )
- A minha criatividade é ( )
- Meu relacionamento com os alunos é ( )
- O meu autocontrole emocional é ( )
- A minha capacidade para adaptar às mudanças é ( )

Agora, vamos partir para a ação. Analise estes aspectos em sua carreira profissional
e proponha alternativas para melhorar o seu desempenho.

Plano de ação Profissional

I) Onde estou
(quais habilidades e competências possuo?)

II) Aonde desejo ir


(o que desejo fazer da minha profissão?

III) Oportunidades
(quais são as necessidades dos meus atuais e futuros alunos? serei bem sucedido
financeiramente? terei reconhecimento social?).

IV) Ameaças
(o que deverei fazer para enfrentar as eventuais ameaças, a exemplo das novas tecnologias,
ensino a distância e a concorrência?).
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O Projeto Você

“Quem não sabe para onde vai, qualquer lugar é caminho”

Quem sou eu e como desejo ser lembrado?

Quais os meus valores (o que julgo importante)?

Quais os meus pontos fortes?

No que preciso melhorar?

Quanto tempo do meu dia ou semana fico pensando no passado?

E no presente? E no futuro?

Quais metas são mais importantes e vão fazer diferença em minha vida pessoal?
(dedicar mais à família, casar, filhos, estudar, ter amigos, etc.)

Quem pode me ajudar na concretização das metas?


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Comunicação Verbal

“Quem não se comunica, se trumbica”.


(Abelardo Barbosa – Chacrinha)

Por que temos medo de falar em público?

Caso você já tenha superado o medo de falar em público e/ou dar aulas, parabéns.
Entretanto, pesquisas afirmam que, depois da morte, o maior medo do Ser Humano é o de
falar em público. Este medo é atribuído à preocupação que temos de não sermos aceitos
pelos ouvintes, medo de falhar e conseqüentemente, sofrer hostilidades. Os professores
mais tímidos não suportam ser o centro das atenções, principalmente quando estão no
início da carreira profissional.

Entretanto, muitos de nossos alunos, participantes do curso Falando em Público com


Sucesso, afirmam que as causas mais fortes para os seus medos estão relacionadas com
situações desfavoráveis no passado, geralmente na infância, tendo como cenários as suas
residências e escolas. Aqui estão alguns depoimentos: “meus pais são tímidos (ou
autoritários)”; “meu professor e alguns colegas zombavam da minha voz porque eu
gaguejava”; “eu não me achava bonita e não gostava do meu corpo”; “os colegas diziam que
para eu ser burro só faltava comer capim”.

Em função do medo, o nosso corpo libera uma grande quantidade de adrenalina e


podemos sentir a boca seca, o coração bater acelerado, tremores, dar um branco e as idéias
desaparecerem, um vazio no estômago, suarmos frio ou exageradamente, sensação de que o
chão está afundando, entre outras sensações desagradáveis. Não fique triste e não se
desespere que isso pode ser resolvido e acontece com milhares de pessoas.

Como vencer o medo

1. Treine antecipadamente a sua aula e conheça ao máximo o assunto que irá falar,
procurando gravar (em vídeo ou gravador) as suas aulas e analise o conteúdo e a
forma. Algumas palavras são péssimas para serem faladas e aquilo que está claro
na escrita pode deixar dúvidas na comunicação verbal. O ouvido é seletivo e certas
palavras podem não ser registradas pela memória. Fale de maneira clara, objetiva e
entusiasmada. Os temas mais importantes da sua aula devem ser repetidos, para
serem fixados pelos alunos.

2. Há um ditado popular que diz: “Mineiro não perde o trem”. Complementamos


dizendo que o educador preparado e que chega cedo, também. Evite chegar à sala de
aula em cima da hora. Caso vá utilizar um datashow, retroprojetor, tv ou vídeo, teste
antecipadamente os equipamentos.

3. Se estiver nervoso, segure uma caneta (exceto a que faz tique-taque) e contraia os
dedos dos pés se os mesmos estiverem completamente cobertos, objetivando deslocar
as tensões para o chão. Após alguns minutos, os sintomas desconfortáveis vão
diminuindo e você se sentirá melhor;
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4. Se você esquecer o que vai dizer – o famoso branco, procure ficar tranqüilo e use a
seguinte frase: “... pois bem, como estava dizendo....” e complemente com palavras
que estejam relacionadas ao tema da sua aula. Uma outra técnica que utilizamos é
aproveitar para beber um pouco de água (o copo deve estar ao seu lado) e,
lentamente, enquanto bebemos a água, procuramos lembrar as palavras ou o
assunto.

O que você tem a ganhar

A matéria-prima do Educador é o seu conhecimento e a forma como o transmite


para os seus alunos e interage com eles. É bom lembrar que a comunicação é essencial para
as nossas atividades pessoais e profissionais. Melhorando a comunicação verbal as suas
aulas serão mais prazerosas para você e os seus ouvintes. Outra vantagem é poder utilizar
a televisão, o rádio, a internet para disseminar os conhecimentos na comunidade. Realizar
apresentações em seminários, palestras e muito mais. Na vida pessoal você melhora o seu
relacionamento familiar, estimula a criatividade, eleva a sua auto-estima, tornando-se mais
atraente e admirado pelos familiares e amigos.

Questionário para avaliar a sua comunicação

Agora, você deverá preencher este questionário, pessoal e confidencial, objetivando


fazer um radiografia do seu atual estágio de comunicação. Sempre que julgar necessário,
faça a sua auto-avaliação e troque idéias com outros professores, alunos e amigos sobre o
seu desempenho.
1) Você se acha tímido, a ponto de recusar um convite para fazer uma palestra,
seminários ou ser entrevistado na tv, rádio, ou coordenar uma reunião?
( ) sim ( ) não ( ) situações não vivenciadas

2) Caso se ache tímido, a que atribui a sua timidez?


( ) medo de ser rejeitado pelos alunos ou falhar na comunicação
( ) falta de estímulos dos pais e amigos
( ) lembranças de situações desagradáveis
( ) outros motivos

3) Quais reações corporais você sente quando é o centro das atenções ou comunica-
se em sala de aula ou fora dela?
( ) o coração bate acelerado
( ) meu corpo transpira exageradamente
( ) o rosto fica vermelho
( ) a voz diminui e/ou começo a gaguejar
( ) as mãos e as pernas tremem
( ) outras reações

4) Você se lembra de ter perdido algumas das chances abaixo mencionadas, em


virtude da timidez ou comunicação inadequada?
( ) promoção na escola, faculdade ou universidade
( ) relacionar melhor com os familiares e amigos
( ) deixei de ir às festas, inaugurações, shows, etc
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( ) namorado(a)
( ) outras oportunidades
5) O que você não gosta no seu corpo ou na sua personalidade e acha que o impede
ou dificulta a sua comunicação em sala de aula?
( ) me acho feio(a)
( ) tenho corpo gordo (ou magro)
( ) estatura corporal alta (ou baixa)
( ) falo lento (ou rápido demais)
( ) sou arrogante e gosto de ser o dono da verdade
( ) tenho temperamento explosivo e não aceito ser contestado
( ) outros motivos

6) Ao melhorar a comunicação e/ou vencer a timidez, quais as suas


principais metas pessoais e profissionais?
( ) melhorar as aulas, palestras, entrevistas para televisão ou rádio
( ) fazer novos amigos, arranjar um namorado(a), dançar
( ) aprimorar ou iniciar uma carreira política
( ) melhorar o meu relacionamento familiar
( ) outras metas

Quem não se comunica ...

Este século vem sendo marcado pelo acesso às informações – computador, tv, vídeo,
telefonia móvel, fixa, internet e a disseminação do conhecimento.

Não pretendemos apontar erros do passado no processo do ensino / aprendizagem e


do relacionamento entre o educador e os seus alunos, pois as realidades são diferentes. O
que desejamos enfocar é a importância da utilização dos atuais e futuros meios de
comunicação, bem como a busca da aprendizagem compartilhada. Ora o aluno aprende
com o professor, ora o professor aprende com o aluno. “... a beleza de ser um eterno
aprendiz”, como diria o saudoso Gonzaguinha.

O maior desafio de quem se comunica é se fazer entender. Segundo o dicionário de


Aurélio: Comunicação – Ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagem por meio
da linguagem falada, escrita ou de sinais, signos ou símbolos.

David Ogilvy, um dos maiores publicitários do mundo, escreveu o seguinte:


“...comunicação não é o que nós falamos, mas o que as pessoas entendem”.

A obrigação de se fazer entender é de quem emite a mensagem e não da pessoa que


a recebe. Assim, o educador deve estar atento para este importante detalhe.

Outro aspecto relevante no processo de ensino / aprendizagem é a disponibilidade


dos atuais e futuros meios de comunicação. Vejamos a atual sala de aula, onde os
participantes podem ter acesso a recursos multimídias e não apenas o quadro negro ou
branco. A sua aula pode ser transmitida para uma enorme quantidade de alunos através
da televisão, videoconferência, internet e outros meios. Mais adiante falaremos sobre este
tema.
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Observe que a sala de aula ainda é muito parecida com a do século passado,
entretanto, os novos meios de comunicação chegaram para auxiliar na transmissão das
informações.

Ao contrário de alguns anos atrás, em que era mais comum os alunos aceitarem
passivamente quase tudo que o professor falava, os participantes de hoje dispõem de
conhecimentos e desejam interagir.

Acreditamos que aqui residem as principais mudanças do processo de ensino e


aprendizagem: a democratização dos conhecimentos e a chegada ou ampliação dos meios
para difundir as informações e transformá-las em conhecimentos úteis para a nossa vida
pessoal e profissional.

Cada mensagem deve ser adaptada ao meio em que ela será transmitida. Uma aula
convencional, com a presença física do professor e dos alunos, tem as suas características
próprias. Já uma aula através de vídeo ou teleconferência possui outras peculiaridades.
Mais adiante falaremos sobre o uso dos recursos audiovisuais, inclusive como utilizar a
televisão, videoconferência e o rádio.

Na comunicação nós temos o emissor, o receptor, o meio e a mensagem que


utilizamos para comunicar com os alunos.

Com o advento da televisão, a forma de comunicar está sendo profundamente


afetada. Vivemos uma sociedade audiovisual, marcada pela rapidez das informações.
Devemos falar o suficiente e em pouco tempo.

Comunicação clara, objetiva e atraente


(aprenda com os telejornais)
Um dos exercícios que recomendamos para os alunos é o de gravar, integralmente,
todos os telejornais das principais emissoras de televisão e em seguida analisar os aspectos:

√ Expressões faciais e os gestos dos apresentadores;


√ Como eles se vestem e combinam as cores das roupas com as cores do cenário,
maquiagem, iluminação do local, etc;
√ Volume, ritmo e inflexão da voz;
√ A clareza e objetividade do texto;
√ Utilização de recursos audiovisuais e como eles complementam o que está sendo
dito através da voz;
√ Os recursos utilizados para prender a atenção dos telespectadores;
√ Como alguns apresentadores improvisam de maneira previamente combinada,
fato que pode ser comprovado nos telejornais da Globo, principalmente o Bom
dia Brasil e Jornal Hoje.

Faça a seguinte pergunta: - por que gosto de telejornal e como ele prende a minha
atenção? Será que é diferente quando você fala ou escuta outra pessoa? E quando está
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dando uma aula? O meio é diferente e devemos fazer as adaptações necessárias.

Prepare-se para ser um educador multimídia, ou seja, versátil e capaz de dar aula
usando todos os meios de comunicação atuais e futuros.

Em 2004 fomos convidados para abordar o tema Comunicação e Criatividade em


Sala de Aula, tendo como público alvo os professores de 32 DIRECs do Estado da Bahia. O
meio utilizado para transmitir a mensagem foi a videoconferência. As imagens foram
geradas em um auditório, através de estúdio de televisão, com a presença de pessoas. A
transmissão foi ao vivo, para o público localizado em várias regiões do Estado. Este projeto
chama-se Rede Educação e foi implantado pela Secretaria de Educação da Bahia, com
excelente receptividade.

Queremos chamar a sua atenção para o seguinte detalhe: imagine-se dando uma
aula, em qualquer cidade do Brasil, sendo gravada em vídeo e transmitida através da
internet. Percebeu a diferença entre ser um professor multimídia e aquele que somente
domina um meio de comunicação?

Temos consciência da existência de enormes desigualdades e realidades diversas no


nosso querido Brasil. Por outro lado, não devemos achar que o fato de você dar aula em um
colégio com poucos recursos, os seus alunos não queiram aulas mais interativas, gostosas e
dinâmicas.

Heterogeneidade e a desigualdade vão continuar existindo, porém não devem servir


de pretexto para comodismo. Esta nova geração de alunos é diferente e não vai aceitar que
as aulas continuem a ser dadas de forma monótona, onde somente o professor detém o
poder de falar, falar e falar.

Abaixo, relacionamos algumas sugestões para melhorar a sua comunicação:

√ Procure gratificar os seus alunos e leve algo útil para eles;


√ Seja claro, objetivo e uma fonte permanente de entusiasmo;
√ Use a criatividade para trabalhar o conteúdo e a forma da sua aula,
combinando recursos audiovisuais, se for o caso;
√ Utilize a espontaneidade, carisma e simplicidade para comunicar.

Fale verbal e corporalmente

Como o próprio nome diz, comunicação verbal é realizada através da voz, enquanto
a linguagem corporal é feita por intermédio do corpo, utilizando-se dos gestos, posturas,
mãos, olhares, roupas, etc. Vejamos as principais funções:

√ Voz – Ela é fundamental na comunicação verbal, podendo ser grave, média ou


aguda. O seu ritmo pode ser lento, normal ou rápido. Para você conhecer melhor a sua
voz, declame um poema, a letra de uma música ou um texto e analise a sua voz;

√ Olhar – Ele cria uma ligação entre o professor e os seus alunos e vice-versa,
podendo sensibilizar, agredir, comover, passar confiança, simpatia, etc. Se você é tímido e
tem dificuldades em olhar para as pessoas, treine diante do espelho e imagine-se olhando
para todos. Quando assistir à televisão ou a um bom filme, perceba quanto o olhar é capaz
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de comunicar;

√ Gestos – Eles ampliam o poder da palavra, facilitando o entendimento da


mensagem. Evite fazer gestos abaixo da linha da cintura ou em demasia, pois eles tiram a
força da sua comunicação. Às vezes, o professor necessita mostrar objetos que nem sequer
estão em sala de aula. Neste momento ele utiliza-se dos recursos gestuais. Na sua próxima
aula, fale descrevendo um objeto inexistente. Mexa com a imaginação dos alunos. Assista a
filmes de Charles Chaplin e avalie a genialidade dos seus gestos, olhar, postura corporal e
espontaneidade;

√ Mãos – Elas devem ficar abaixadas, ao longo do corpo ou em forma de conchas,


até você necessitar delas para criar gestos. Evite colocar as mãos para trás porque elas
podem passar insegurança para os alunos. Normalmente, os homens são os que mais
gostam de colocar a mão no bolso. Quando não estão sacudindo uma chave, ficam coçando
o que não devem. Fique atento!

√ Postura corporal – Quando falar em pé o seu corpo deve ficar ereto e o seu peso
dividido entre as duas pernas. Quando achar oportuno, movimente-se pela sala. Observe os
grandes cantores e perceba como eles se movimentam no palco e ficam próximos ao seu
público. Ora para a esquerda, ora para a direita e para frente. Como isso as apresentações
ficarão mais dinâmicas.

√ Roupas - Você deve se vestir de forma parecida com os seus alunos, levando em
consideração o seu bolso e, principalmente, a sua sensação de sentir-se bem com o que está
usando. Se você é mulher, tenha cuidado com os brincos, colares, maquiagem exagerada,
decotes generosos e tudo o que contribua para concorrer com o assunto que irá comunicar.
Para você que é homem, não exagere na cor da sua camisa ou calça e tenha cuidado com a
barba, unhas, cabelos, sapatos e use desodorante. Alguns comunicadores se esquecem destes
detalhes. Se a roupa não fosse importante, por que ela movimentaria um mercado de milhões
de reais? A indústria do cinema e da televisão investiriam tanto dinheiro em figurinos?
Lembre-se de que tudo que fizer, disser e mostrar, poderá influenciar os seus alunos,
principalmente se forem crianças.

Desperte a criança que há em você. Cante, dance, interprete cenas de novelas e filmes,
declame poemas. Todo educador tem um artista latente dentro de si.

A importância e os cuidados com a voz

A voz é fundamental para a atividade docente, pois é através dela que nos
comunicamos com os alunos. Ao pronunciar as palavras, procure analisar qual a emoção,
volume e ritmo adequados à mensagem. Ela pede entusiasmo, tristeza, ironia, indiferença
ou arrogância?

Você não precisa ter a voz de locutor de rádio para ser um ótimo educador. Seja
claro, objetivo, passe entusiasmo e transmita algo útil para os seus alunos, sem se esquecer
da espontaneidade e de analisar o seguinte:

• Volume – Como é a sua voz? Pegue uma mão e coloque em forma de concha em
uma das orelhas, pronunciando o seu nome. Depois, coloque uma mão em cada orelha, em
forma de concha e repita o seu nome. No primeiro exercício você ouvirá a sua voz em mono
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e, no segundo, em estéreo. Utilize este recurso quando desejar perceber o ritmo e o volume
da sua voz;
• Ritmo – Você fala lento, rápido ou normal? Quem pensa de maneira rápida tem a
tendência de falar no mesmo ritmo. Lembre-se de que a velocidade dos seus pensamentos é
infinitamente maior;

• Entusiasmo – O professor deve entusiasmar os seus alunos, objetivando receber a


mesma energia. Nada mais chato do que uma aula sem energia, sem vida. Se o professor for
confuso e não se identificar com os temas, a situação fica insuportável.

Voz: dificuldades e como corrigi-las

Voz fraca – Sugerimos que você mude a sua postura, com ombros firmes, cabeça
erguida (evite olhar para baixo ou para o alto, buscando um ponto neutro), mentalizando
situações positivas e acreditando na sua capacidade de dar aula. Melhore a respiração,
inspirando profundamente e expirando lentamente, objetivando garantir o ar necessário a
sua comunicação. Em sua residência, coloque músicas que relaxem, a exemplo de sons de
flautas, pássaros, cachoeiras, fazendo inspirações e expirações. Com o estresse diário,
precisamos buscar alternativas de relaxamento e revigorar a energia.

Voz monótona e lenta – Procure variar o volume e o tom de sua voz, dando ênfase às
palavras mais importantes, pois assim você despertará mais interesse nos alunos. Observe
os telejornais e perceba que as manchetes são lidar com tom de voz mais forte. Por que as
notícias mais importantes dos jornais possuem letras maiores? Isso mesmo, para chamar a
atenção do leitor.

Voz estridente – Você gostaria de participar de uma aula com o professor falando
alto o tempo todo? Quando estiver entre amigos, solicite que os mesmos façam sinais
quando você estiver falando excessivamente alto. Desenvolva o hábito de ouvir a sua
própria voz.

Se você ingere bebida alcoólica, não caia na besteira de tomar uma dose para relaxar.
Ela pode lhe dar a falsa sensação de que é o educador mais brilhante do mundo. Outro
aspecto a ser levado em conta é o descrédito dos alunos quando percebem que o professor
está alcoolizado.

Vícios de linguagem

Este é um dos maiores problemas enfrentados por muitos educadores. Os vícios de


linguagem chamam a atenção de alguns alunos, a ponto de ficarem contando quantas vezes
algumas palavras são pronunciadas. Aqui nós iremos considerar como vícios de linguagem
todas as expressões que são repetidas em demasiadamente:

Né, tá, aí, entendeu, tipo assim, fala sério, aonde, entre outros.

Como evitá-los
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A experiência tem nos mostrado que é quase impossível deixar de ter alguns vícios
de linguagem. Assim, solicitamos que minimize os seus vícios, trocando-os por outros. Se
você fala muito aí, empregue outras expressões - “prosseguindo”, “como estávamos
dizendo”, “dando continuidade”.

Por outro lado, elimine imediatamente a palavra entendeu, pois consideramos que a
mesma funciona como uma espada no peito dos alunos, podendo inibir eventuais perguntas.
Troque a palavra entendeu por alguma dúvida?, está suficientemente claro o que
afirmamos?.

Sempre que possível, grave a sua comunicação e analise os vícios de linguagem.


Aumente o seu vocabulário, através de leitura sobre os mais variados assuntos e fique
atento.

Como ler mais e melhor

Para melhorar a qualidade da sua comunicação se faz necessário ampliar o


vocabulário. Com este propósito é imprescindível o hábito da leitura. Vejamos algumas
sugestões:

• Dê preferência aos horários em que você estiver mais descansado e com a maior
capacidade de concentração;
• Escolha um local confortável, com boa iluminação e o maior silêncio possível
(algumas pessoas conseguem ler com fundo musical);
• Ao ler uma quantidade muito grande de páginas, faça uma primeira leitura de
maneira superficial, assinalando os temas mais importantes. Em seguida, leia com
mais atenção os temas escolhidos;
• Concentre nas frases e não em palavras, assinalando aquelas que não compreendeu,
para posterior consulta ao dicionário;
• Ao ler, evite mexer os lábios e a cabeça. Entretanto, de vez em quando, utilize a
leitura em voz alta e analise se facilita a compreensão dos assuntos;
• Faça com que os seus olhos se movam constantemente para frente e evite que os
mesmos retrocedam na leitura. Prossiga, mesmo que não tenha compreendido
algumas palavras. Lá na frente entenderá o contexto em que elas foram
empregadas;
• Caso tenha filhos pequenos, leia estorinhas infantis, valorizando o tom de voz, o
ritmo e volumes adequados.

Analise a sua leitura

( ) costumo ler vários livros por mês


( ) leio jornais e revistas semanais
( ) faço assinatura compartilhada de revistas e jornais
( ) gosto de ler (sentado, deitado, com fundo musical)
( ) vou às livrarias e lojas de livros usados
17

Você sabe ouvir?

Embora a nossa profissão exija que falemos, é bom lembrar da importância de ouvir
os nossos alunos. Segundo o ex-presidente Tancredo Neves, “.... uma reunião é boa quando
saímos roucos de tanto ouvir”. O excelente comunicador é, antes de tudo, um bom ouvinte. Há
pessoas que provocam azia em Sonrisal e câimbra em perna de mesa, quando estão falando.
Não é por acaso que temos duas orelhas e uma boca!

Preencha este questionário com sim ou não.

( ) quando falo consigo ouvir a minha voz


( ) tenho paciência para ouvir os alunos confusos e/ou detalhistas
( ) reconheço a voz de alguns alunos, amigos e parentes
( ) após ouvir uma palestra, aula ou participar de reuniões, sou
capaz de resumir os principais temas abordados
( ) sei ouvir sem interromper e depois retomo a palavra
( ) quando ouço uma música eu consigo selecionar os sons dos
instrumentos – bateria, guitarra, baixo e a voz do cantor

A força do pronome “nós”

Sempre que for recomendável, utilize o pronome “nós” quando estiver


comunicando. Com ele o professor e o aluno fazem parte da comunicação e das idéias
apresentadas, gerando simpatia. Por outro lado, devemos evitar o uso do “eu”, pois o
mesmo pode transmitir arrogância e prepotência.

Uso do humor

Procure colocar algumas pitadas de humor em suas aulas, pois este tempero alegra o
nosso coração e facilita o entendimento da mensagem. Conte estórias, metáforas,
procurando associar com o assunto que está abordando ou apenas para descansar os
alunos, depois de um assunto que puxou muito pela racionalidade. Evite a vulgaridade,
piadas preconceituosas e tudo que possa agredir os alunos.

Recentemente, assistimos a uma palestra e o orador demonstrava ser


excessivamente machista, uma vez que todas as piadas que contava debochavam da
inteligência feminina. Um detalhe que ele não observou: mais da metade do seu público era
constituído de mulheres!

Cuidado com as histórias longas, pois as mesmas podem entediar os alunos. Treine
as histórias e piadas junto aos amigos, familiares e avalie a reação. Sendo favorável, conte
em suas aulas.

Quando contamos piadas e histórias de humor nem sempre a platéia sorri. Esteja
preparado para algumas situações desagradáveis.
18

Planejando a sua comunicação

Para que você se torne um bom comunicador é preciso treinar constantemente, bem
como dispor de um excelente planejamento. Tenha sempre um bom plano de aula,
principalmente quando não possui completo domínio sobre o assunto. É mais fácil
improvisar quando dispomos de um plano de ação.

Vejamos algumas etapas importantes do planejamento:

a) O que falar – se refere ao tema da sua aula. Conhecer o assunto sobre o qual se
vai falar é imprescindível. Selecione o que é mais importante para os seus alunos e não para
o seu ego;

b) A quem falar – qual o perfil dos seus alunos? Todos conhecem o assunto? Se a
turma for heterogênea, comece pelo básico, até o grupo se situar no tema e depois vá
aprofundando um pouco mais;

c) Como falar – diz respeito à forma, ao molho da comunicação. Tão importante


quanto o que você comunica é como você o faz. Use a criatividade para transmitir a
mensagem, utilizando recursos audiovisuais, simulações, dinâmicas de grupo, exibição de
fotos / vídeo, etc.

d) Quando falar – Hoje? Amanhã? Manhã? Noite?

e) Quanto falar – É a duração da sua aula. Sempre que possível, conclua o tema que
desejou abordar. Seja claro e objetivo, mencionando os detalhes que são relevantes ao
entendimento do assunto. Algumas aulas se tornam chatas em função do exagero de
detalhes do professor;

f) Objetivo – O que você deseja que os alunos façam? Defina claramente o objetivo
da sua aula, pois através dele você planejará melhor o conteúdo da aula.

Como estruturar a sua fala

A estrutura de comunicação que segue é mais adequada aos discursos, porém, você
pode utilizá-la para aulas essencialmente expositivas e palestras:
I) Introdução; II) Preparação; III) Tema central; IV) Conclusão.

Introdução - A finalidade principal é conquistar a atenção dos seus alunos e para


isso você deverá surpreendê-los, trazendo informações novas, úteis e que possam gerar
interesse. Observe os telejornais e perceba que no início são reveladas as notícias mais
importantes que serão detalhadas no decorrer do mesmo.

Procure criar uma afinidade com os seus alunos e lembre-se de que você não terá
uma segunda chance para causar uma primeira boa impressão. As primeiras impressões são
importantíssimas.
19

Ofereça motivos para ser ouvido e fale aos alunos o que eles ganharão com a sua
aula. O ouvinte necessita de motivos para continuar atento à comunicação. Caso contrário,
somente o corpo estará fisicamente presente.

Não peça desculpas aos alunos – “desculpe por não ter tido tempo de preparar este
tema.... por estar afônico... por não dominar o assunto...” Muitas pessoas irão se perguntar:
“se não está em condições, por que vai falar?”

Preparação – O objetivo da preparação é facilitar o entendimento dos alunos em


relação à mensagem que deseja transmitir:

- Fale de maneira breve qual é o tema da sua aula, pois assim os ouvintes poderão
acompanhar as suas idéias e tenderão a ter maior interesse;
- Se for o caso, esclareça qual o problema que deseja solucionar ou faça um
histórico do assunto e como irá ajudar a solucioná-lo.

Tema central – Aqui está a essência da sua aula e você deve falar tudo que planejou.
Organize fazendo divisões no tempo (no ano de 1980...), local, compare com algo existente,
comente sobre as conseqüências econômicas, sociais, políticas. Para sustentar suas
informações, use exemplos irrefutáveis como argumentos, faça comparações, mostre
estudos técnicos, testemunhos, etc. Se perceber que os alunos não concordarão com
algumas das suas informações, prepare bons argumentos de defesa para as suas idéias.

Conclusão – Aqui, você deve resumir os pontos mais importantes da sua aula e
lembrar aos alunos sobre suas atitudes em relação às idéias apresentadas. Em outras
palavras, o que você espera que eles façam. Outro aspecto importante é passar a sensação
de que a sua aula está completa. Faça com que a sua comunicação tenha início, meio e fim.
Cause uma ótima impressão final, transmitindo positividade e esperança. Analise os
telejornais e perceba que a última notícia é sempre boa e tem como objetivo aliviar os
telespectadores.

Avalie a sua maneira de falar

Atribua nota de zero (pior) a dez (melhor) para as seguintes afirmações.

( ) falo com clareza e sou entendido pelos alunos


( ) destaco na voz (volume e ritmo) as palavras mais importantes
( ) só falo sobre assuntos que conheço
( ) utilizo os gestos para complementar a minha fala
( ) interajo com os alunos
( ) sei ouvir e respeitar idéias e argumentos contrários
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Exercícios para falar de improviso

Escolha algumas destas frases para falar de improviso, durante o tempo mínimo de
cinco minutos. Se achar conveniente, registre no gravador ou câmera de vídeo:

1) Toda nação que se preza não abre mão de três coisas: orgulho
nacional; - esperança coletiva e moeda estável (John Stuart Mill);

2) A receita para o sucesso na comunicação é treinar, treinar e treinar!

3) Em briga de casal, quando um não quer, os dois brigam.


(Flávio Conti);

4) Para que um grande sonho se torne realidade, você precisa primeiro


de um grande sonho (Hans Seyle);

5) Não existe nada permanente, exceto a mudança (Heráclito);

6) A verdade deve ter escravos e não donos (Carlito Maia);

7) Escrever é uma questão de colocar os assentos (Machado de Assis);

8) Toda mudança é boa, nem que seja para descansar o outro lado da bunda (Milôr
Fernandes);

9) Ouse fazer as coisas que deseja fazer, antes de envelhecer demais e ficar
impossibilitado de fazê-las (autor desconhecido);

10) O importante não são os anos da sua vida, mas a vida dos seus anos
(Adlai Stevenson);

11) Só paixões, grandes paixões, elevam a alma para coisas grandiosas


(Denis Diderot).

Outro exercício interessante é a leitura de um artigo de jornal ou revista e em


seguida fazer um resumo. A improvisação deve ser feita citando um fato que contrarie ou
concorde com o referido artigo.

Também é possível improvisar a partir de assuntos polêmicos, a exemplo do aborto,


religião, casamento entre homossexuais. Em seguida, fale contrariando o que acabara de
afirmar. Desta forma, você estará treinando o improviso e a capacidade de argumentação
com base no pensamento divergente.
21

Como usar os recursos audiovisuais

A principal função do audiovisual é fazer a mensagem chegar clara e objetiva para


todos os alunos, além de tornar a sua aula mais agradável e dinâmica.

Saber escolher o tipo certo de recurso audiovisual é importantíssimo para a eficácia da


comunicação. Primeiro, defina em seu plano de aula qual o assunto a ser abordado. Em
seguida, de que maneira você fará com que as suas idéias sejam entendidas pelos alunos. Se
você ainda não domina o meio (ou mídia) escolhido, desenvolva o conhecimento sobre o seu
funcionamento.

Hoje, o multimídia (vários meios de comunicação), mais conhecido como datashow é


bastante utilizado. Ele é versátil e recomendável para aulas expositivas e palestras. Não
exagere nas novas tecnologias e somente as utilize quando forem úteis. Certamente você já
teve que suportar aulas em que o professor escreveu um número incontável de idéias em
slides, transparências ou flipchart e depois começou a ler para os alunos. Isso é realmente
muito cansativo.

Vantagens e desvantagens no uso dos recursos audiovisuais

Abaixo relacionamos algumas estatísticas que demonstram as vantagens do uso de


recursos audiovisuais.

Aprendemos

1% através do gosto
1,5% através do tato
3,5% através do olfato
11% através do ouvido
83% através da vista

Retemos

10% do que lemos


20% do que escutamos
30% do que vemos
50% do que vemos e escutamos
70% do que ouvimos, vemos e logo discutimos
90% do que ouvimos, vemos e logo realizamos

Método de ensino dados retidos dados retidos


depois de 3 horas depois de 3 dias
Somente oral 70% 10%
Somente visual 72% 20%
Visual e oral simultaneamente 85% 65%
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Desvantagens

Geralmente não tomamos alguns cuidados necessários para a utilização dos recursos
e eles nos prejudicam, ao invés de ajudar na transmissão das idéias:

- via de regra as letras são pequenas e de péssima qualidade;


- podem distrair (ou entediar) os alunos, principalmente quando colocados
inúmeros efeitos especiais ou quantidade de slides / transparências acima do
suportável;
- você passa a ter uma preocupação a mais com a sua aula, uma vez que deverá
dominar o uso dos recursos e se os mesmos estarão em condições de uso.

Como utilizar os recursos audiovisuais

Transparências e slides – Retroprojetor e Datashow (através do PowerPoint). Estes


recursos são excelentes e facilitam o entendimento da mensagem. A sua criação é mais fácil
que a de slides e o programa PowerPoint é genial. Porém, tenha alguns cuidados:

a) não deixe para fazer a sua apresentação de última hora;


b) verifique os erros de ortografia;
c) utilize somente as informações relevantes e não faça delas uma “muleta” para
a sua fala, colocando muito texto para ser lido na frente dos alunos;
d) enumere os slides e transparências;
e) ensaie a sua aula e o manuseio do equipamento;
f) fale sobre o que você está mostrando;
g) não use todo o texto em maiúsculas ou em minúsculas;
h) não use texto demais;
i) não misture muitos tipos de letras. Máximo de 3 fontes;
j) não saliente tudo, pois a exceção será salientada;
k) não use muitas cores – uma para o fundo, uma para os títulos, outra para o
corpo do texto. Use uma cor escura para o fundo – talvez azul ou roxo – com
títulos amarelos e o corpo do texto em branco, por exemplo. Na dúvida sobre a
combinação das cores, contrate o trabalho de um profissional. Sairá mais
barato do que a sua dor de cabeça e valorizará a sua aula, podendo ser
reutilizada em breve.

Não espere que as cores do seu slide e transparências tenham a mesma aparência
que na tela do computador.

Retroprojetor – cuidados:

• Use um projetor com duas lâmpadas ou tenha uma lâmpada de reserva e


teste o aparelho com antecedência mínima de 30 minutos;
• Leve uma extensão e um adaptador. Você não pode encaixar pinos
quadrados em buraco redondo, mas pode encaixar um plugue de três pinos em
uma tomada de dois furos;
23

• Use menos transparências, mostrando apenas partes delas. Esta técnica é


chamada revelação gradual. Você revela gradualmente o que está na
transparência. Quanto menos transparências você precisar fazer e manusear,
menos problemas você terá.

Onde ficar

Você deve ficar próximo à tela e não ao aparelho. Não fale com os elementos visuais
e sim para os seus alunos, evitando ficar de costas para os mesmos. Um outro detalhe
importante é que as pessoas instintivamente olham para onde você estiver olhando. Assim,
quando desejar chamar a atenção das pessoas para algo na tela, gire o seu corpo para o
lado e fale com o elemento visual ali colocado. Todos irão seguir o seu gesto.

Flipchart - É um bloco de papel grande, montado sobre um cavalete, semelhante a


um risque-rabisque. Ele é bastante versátil e você pode escrever enquanto fala ou preparar
antecipadamente as páginas. Seu funcionamento é sempre perfeito – a menos que sua
caneta marcadora seque. O seu transporte é fácil e não precisa ligar e desligar, além do
pequeno custo. Agora, vamos a má notícia. Ele é adequado para grupos pequenos - máximo
de 25 pessoas, a depender da arrumação da sala. Ideal para turma no formato de “U”,
possibilitando a visualização de todos os alunos.

Erros mais comuns no uso do flipchart:

• Palavras demais – coloque tópicos e textos essenciais, deixando pequenos


espaços em branco para você completar, se for o caso;
• Não escreva em toda a folha de papel. Utilize a escrita em dois terços
superiores. Isso deve ser feito, principalmente quando alguns alunos estiverem
na frente de outros;
• Escrita pequena demais – O tamanho da letra deve possibilitar que todos
enxerguem o que está escrito;
• Cores que dificultam a visualização – Procure usar o azul-marinho e o preto,
uma vez que possibilitam uma boa visão para quem estiver no fundo da sala.
Limite-se a duas ou três cores, no máximo.

Quadro branco – As recomendações são parecidas com as do flipchart. Está cada vez
mais comum o uso de ambos – flipchart e quadro branco, em substituição ao quadro de giz.

Vídeos – A televisão e a internet têm influenciado bastante a forma de comunicar e


podem ser eficazes como meio de comunicação Use os vídeos em segmentos curtos para
salientar os pontos principais e aumentar o interesse dos alunos.

Assista antecipadamente ao vídeo e verifique a qualidade do conteúdo e da forma


(cuidados com a cor e a qualidade do áudio). Caso ele tenha mais de 30 minutos, procure
exibir em duas etapas ou selecionando algumas partes.

Outras idéias para uso do vídeo – Utilize filmes que tenham relação direta ou
indireta com o tema da sua aula. Em nossos cursos exibimos filmes e promovemos debate
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sobre os temas ali enfocados. O cinema pode contribuir para ampliar os conhecimentos dos
alunos, além de estimular a sua criatividade.

Utilização de áudio – A música possui um grande poder de comunicação,


possibilitando a fixação do conhecimento, além de proporcionar uma agradável sensação.
Utilize-a para passar a sua mensagem e/ou para motivar os seus alunos.

Material didático - Todos sabem que não se deve distribuir apostilas, folhetos ou
qualquer material didático antes de começar a falar. Eles podem distrair os alunos e os
mesmos ficarem lendo antecipadamente os assuntos e deixarem de prestar atenção a sua
mensagem.

O momento apropriado para distribuir o material de apoio depende do objetivo. Se


os impressos resumem suas idéias e apresentam informações suplementares, então,
distribua-os depois de sua aula. Contudo, se os mesmos incluem exercícios com a
participação dos alunos, entregue-os antes de começar a falar.

Microfone – Em algumas pessoas ele pode causar medo e inibição. Isso ocorre em
virtude da falta de prática do educador. Os principais modelos são:

- Microfone de punho (com ou sem fio) – Geralmente ele capta som na parte
superior ou também lateral e deve ser usado numa distância de até 15
centímetros da boca, a depender da qualidade do mesmo e potência do
amplificador. Para verificar se o equipamento está ligado basta pronunciar
algumas frases. Não bata na sua extremidade, uma vez que provoca um barulho
horrível e pode danificá-lo. Cuidado ao caminhar com o microfone para não
tropeçar ou ficar enrolado no fio;

- Lapela – Ele fica preso à roupa, um pouco abaixo do queixo. Bastante prático e
favorece os movimentos do comunicador. Evite ficar mexendo na roupa, gravata
principalmente, para não provocar ruídos estranhos;

- Microfone de mesa – Com ou sem fio, preso em uma pequena haste e colocado
em cima da mesa;

- Microfone no pedestal – Com ou sem fio, preso em um pedestal, a exemplo


daquele utilizado pelo nosso querido Roberto Carlos.

È bom lembrar que o microfone somente deve ser utilizado quando o volume da sua
voz não for suficiente para fazer a mensagem chegar até os alunos.
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Como ser persuasivo ao falar

Persuadir é usar todos os meios disponíveis para influenciar os outros.


Para atingir este objetivo, necessitamos ter credibilidade e passar a mensagem
de maneira clara, objetiva e que prenda a atenção dos alunos.

Fatores importantes no processo de persuasão:

Atitudes – As atitudes referem-se a sentimentos positivos ou negativos que se tem


sobre as pessoas, coisas e idéias. Você já observou quantas pessoas desejam se identificar
com as pessoas famosas? Compram os produtos que anunciam, usam roupas e se
comunicam de forma semelhante.

Os alunos observam cada detalhe do professor e muitos deles se modelam em suas


atitudes, valores morais e éticos.

Valores – Os valores referem-se a diretrizes importantes que orientam sua vida.


Tratar a outra pessoa com honestidade e cortesia representa um valor e poderemos ou não
acreditar no comunicador, conforme os seus argumentos e de que maneira as idéias estarão
em sintonia com os nossos valores.

Vivemos momentos de grande turbulência e alguns valores éticos e morais estão


ficando desacreditados por muitos jovens, a exemplo de honestidade, solidariedade,
família, etc. O educador deve ressaltar a importância da manutenção destes valores dentro
e fora da sala de aula.

Credibilidade – Se você tem alta credibilidade é porque a sua história, os seus


valores, seu conhecimento sobre o assunto a ser comunicado, sua maneira de vestir, falar e
construir os argumentos são capazes de formar uma boa imagem a seu respeito.

Há um ditado popular que afirma: “as palavras comovem e os exemplos arrastam.”


Para se ter credibilidade é preciso mais do que um discurso bonito e politicamente correto.
É imprescindível que a ação esteja em sintonia com as palavras.

O Carisma do Professor

O dicionário Aurélio tem as seguintes definições para a palavra carisma: força


divina conferida a uma pessoa, mas em vista da necessidade ou utilidade da comunidade
religiosa; atribuição a outrem de qualidades especiais de liderança, derivadas da sanção
divina, mágica, diabólica ou apenas de individualidade excepcional; conjunto dessas
qualidades especiais de liderança.

A pesquisadora americana Doe Lang identificou várias palavras que traduzem o que
é carisma: “Sedução, mágica, originalidade, atração, charme, dinamismo, presença,
magnetismo, personalidade, confiança, força, poder, persuasão, desinibição, comunicação...”
26

Na atividade docente, verificamos que alguns professores são extremamente


carismáticos e outros, apesar de conhecerem muito bem os temas que ensinam, não
conseguem gerar empatia e magnetizar os seus alunos. Colocam-se em posição de
superioridade, têm fisionomias fechadas, sorriem pouco, não se interessam
verdadeiramente pelos alunos, não sabem ao menos o nome de alguns pupilos.

Recentemente fizemos um debate com os nossos alunos sobre o tema carisma e


solicitamos que fossem analisadas atitudes comuns aos comunicadores famosos e como isso
refletia no carisma e na capacidade de persuadir:

• Eles sorriem com facilidade;


• São persuasivos e dizem o que o ouvinte quer escutar;
• Sabem passar energia, entusiasmo e motivação;
• A grande maioria fala com clareza e objetividade;
• Trabalham adequadamente as técnicas do marketing pessoal;
• Realizam ações em favor dos mais carentes;
• Transmitem confiança, sucesso e alegria em viver;
• Geralmente exercem papéis de liderança;
• Muitos sabem ouvir com atenção.

Em seguida, pedimos aos alunos que avaliassem se estas características poderiam


ser desenvolvidas. A resposta foi sim!

Não queremos com isso negar a influência hereditária, porém acreditamos que
algumas características são confundidas como genéticas e que na verdade são copiadas dos
modelos familiares (pais, irmãos, tios, avós), professores e de outras pessoas com quem
relacionamos ao longo da vida, através dos livros, ídolos da tv, rádio, cinema, teatro,
música, etc.

Exercícios para você praticar em casa e/ou em sala de aula

Acreditamos que o ato de dar aula é semelhante à lapidação de um diamante bruto.


A cada aula que ministramos, aprendemos como melhorar, desde que tenhamos humildade
para aprender e possibilitemos que os alunos se manifestem, dando as suas opiniões sobre o
conteúdo e a forma da nossa comunicação. Seja persistente, audacioso e criativo, colocando
em prática estes e outros exercícios:

1) Em frente ao espelho, leia notícias de jornal como se fosse um locutor de rádio ou


televisão. Interprete algumas canções, poemas e sonetos, dando-lhes sentimentos. Avise aos
familiares que “não ficou maluco” e que é apenas um exercício para saborear as palavras;

2) Se tiver uma filmadora ou gravador, utilize para registrar o seu exercício e depois
analise a sua voz, gestos, olhar, postura corporal, etc. Interrompa as partes que não gostou
e faça novas apresentações;

3) Assista a um bom filme, no cinema ou em vídeo, observando os diálogos, os efeitos


audiovisuais, a movimentação dos atores, as expressões faciais, tom e ritmo da voz.
Sugestões de filmes: O Advogado do Diabo; Casablanca; O Poderoso Chefão I; D. Juan de
27

Marco; Cinema Paradiso. Para analisar a expressão corporal, sugerimos os filmes de


Charles Claplin – o inesquecível Carlitos;

4) Assista à televisão com espírito crítico, observando as vozes (volume, ritmo e


entusiasmo), as expressões faciais, as roupas dos apresentadores, atores, cenários e
iluminação;

5) Analise os telejornais e perceba como os mesmos são concisos e harmonizam os


recursos audiovisuais, combinando com a voz, gestos e posturas dos apresentadores. Eles
dizem muito em pouco tempo;

6) Grave comerciais de televisão e analise os argumentos utilizados para persuadir o


consumidor;

7) Procure assistir a algumas aulas, palestras, conferências, seminários e cursos para


o aperfeiçoamento das técnicas de comunicação;

8) Cante em casa e/ou em um videokê e pague vários “micos”. Professor que se


preza tem que conviver com eles, pois são inevitáveis. Dance, descubra o lado lúdico da
vida. Assista a um bom filme infantil e dê gostosas gargalhadas. Libere a criança que há
dentro do seu coração;

9) Exercite seu corpo. Ande bastante. Escolha exercícios físicos que lhe agradem e
aproveite-os para eliminar tensões. Se possível, participe de uma oficina de teatro. Este
espaço é seu. Quais as suas dicas?
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Exercícios para saborear as palavras

Este exercício é indicado para todos, principalmente para quem fala muito rápido e
de uma forma linear, sem emoção.

Persistência e sonho concretizado

Era uma vez um homem que:

Faliu nos negócios aos 31 anos de idade;

Foi derrotado numa eleição para o legislativo, aos 32 anos;

- Faliu outra vez nos negócios, aos 34 anos;

Superou a morte da namorada aos 35 anos;

Teve um colápso nervoso aos 36 anos;

Perdeu nas eleições para o Congresso aos 34, 36 e 48 anos;

Perdeu uma disputa para o senado com 55 anos;

Fracassou na tentativa de tornar-se vice-presidente aos 56 anos;

Foi eleito presidente dos Estados Unidos, aos 60 anos.

O nome deste homem é: Abraham Lincoln!

Faça um breve comentário sobre a persistência. O que leva uma pessoa a


concretizar os seus sonhos?

O Homem e a Máquina

Tenho prestado muita atenção aos “tempos Modernos”. Não tenho nada contra a
modernidade. Porém, se modernidade é substituir o homem pela máquina, qual o papel
reservado para o ser humano na sociedade do futuro?

Ainda ontem, ao me dirigir a uma agência bancária, fui abordado por um


funcionário, que perguntou o que eu desejava . Afirmei que precisava retirar um
dinheiro. O mesmo indicou-me um caixa eletrônico. Ressaltei que gosto de ser atendido por
ser humano.

O funcionário franziu a testa e afirmou com entusiasmo:


29

“O nosso banco investiu milhões de dólares em tecnologia para dar aos clientes mais
conforto e rapidez no atendimento...”

Tentei argumentar mais uma vez, porém não obtive êxito. O papel dele era evitar ao
máximo que eu fosse atendido no interior da agência, por uma pessoa de carne e osso!

Fui ao caixa eletrônico, retirei o dinheiro e voltei para a minha casa. Enquanto
andava, refletia sobre o que acabara de acontecer!

Depois de alguns minutos, cheguei a uma triste conclusão: O papel do homem na


“sociedade moderna” talvez seja o de evitar o contato com outros seres humanos!

Estou ultrapassado? Resisto ao novo? Eh!!! se a gente não tomar cuidado, na


sociedade do futuro o homem terá que virar máquina para sobreviver.

Exercício: Durante 5 minutos você deve falar sobre as oportunidades e ameaças das
novas tecnologias da informação e como elas ajudarão os professores e alunos.

O Sorriso e a Comunicação

Um sorriso não custa nada e rende muito!

Enriquece quem o recebe e não empobrece quem o dá.


Dura somente um instante, mas a sua recordação pode ser eterna.

Ninguém é tão pobre que não possa dá-lo.


Gera harmonia e felicidade no lar e no ambiente de trabalho.

Sinal visível de uma amizade.


Um sorriso representa repouso no cansaço, coragem no
desânimo, consolo na tristeza e alívio na angústia!

É um bem que não se pode comprar e nem emprestar.


Roubar? Nem pensar! O seu valor é instantâneo e, se não for
consumido na hora, desaparece.

Porém, se encontrar alguém que recuse a dar um sorriso, seja


generoso e dê o seu. Ele é contagioso e afeta, profundamente,
quem recebe e quem o dá.

Em cada sorriso há uma chance, uma esperança de amor!


Na comunicação, o sorriso funciona como a luz verde do
semáforo: É caminho livre para a interação com os alunos.

Em cada sorriso há uma esperança de paz!...


30

Exercícios para quem fala leennttoo ou tem a língua “plesa”

Pronuncie estas frases de duas maneiras: uma com rapidez, semelhante ao locutor
esportivo e a segunda, de maneira eloqüente.

Caso você tenha a língua presa e troque o “r” por “l”, pegue um lápis de seis lados
ou caneta BIC e coloque horizontalmente na boca, a língua por cima e pronuncie estas
frases:

√ Em cima daquela serra tem dois pés de mafagarfo, com dois


mafagarfinhos. Quem disser quantos mafagarfos tem, um bom
desmafagarfizador será.

√ Lá vem o velho Félix com o fole velho nas costas. Quanto mais mexem
no fole do velho Félix, mais o fole do velho Félix fede.

√ Dudu dizia danado da vida: - Dadá, deixe disso, onde vai dar tanta
doidice?

√ A vida é um sucesso que sucede sucessivamente sem cessar.

√ As folhas do chá da arquiduquesa já estão secas, supersecas ou


ressecadas?

√ Se cem serras serram cem cigarras, seiscentas serras serram


seiscentas cigarras e seiscentas e seis serras serram seiscentas e seis
cigarras.

√ Seis caçadores sobre seis sofás cochichavam ao caçador sem sorte:


- Seja sortudo sem suspeita e sua sorte salvará seus segredos.

√ O rato roeu a roupa de renda do rei de Roma, a rainha ruim resolveu


remendar.
31

Capítulo 2

O Educador Multimídia

Como dizia o mestre em comunicação, Prof. McLuhan “... o meio é a mensagem”. A


depender do meio (sala de aula, internet, tele ou videoconferência, ensino a distância,
através do telefone e internet), em que você estiver usando para comunicar, a mensagem
deverá ser adequada ao respectivo meio ou mídia. Vejamos o seguinte exemplo: você foi
convidado para participar de uma videoconferência. Neste caso, além de utilizar o
conteúdo da sua mensagem, a mesma deve obedecer às leis deste veículo de comunicação.
Clareza, objetividade, pouquíssimos movimentos corporais, adequação do vestuário,
maquiagem, etc.

Quando afirmamos sobre a importância do domínio dos vários meios de


comunicação, estamos falando de recursos a serem utilizados em sala de aula e fora dela. O
professor é formador de opinião na comunidade em que vive e trabalha. Assim, é preciso
conhecer e dominar os meios de comunicação de massa, a exemplo da televisão, rádio,
jornal, internet, entre outros.

Não devemos restringir a nossa aula a quatro paredes, uma vez que dispomos de
excelentes meios de comunicação capazes de multiplicar e agilizar a transmissão das idéias.

Temos consciência das enormes diferenças entre as escolas e as condições de


trabalho em nosso Brasil, entretanto, devemos conhecer todas as tecnologias e adaptá-las à
realidade dos alunos, sem abandonar a criatividade.

Como falar e aparecer bem na televisão

Quanto mais os seus conhecimentos forem importantes para os telespectadores,


maiores as chances de aparecer na televisão. Ela é uma grande vitrine para projetar a sua
imagem e torná-lo conhecido da sociedade. Entretanto, fique atento aos seguintes aspectos:

a) Você será convidado se aquilo que tem a dizer for interessante para o público do
programa e/ou a sociedade;
b) Não menospreze o jornalista caso ele não conheça o tema que você irá abordar.
Faça dele um aliado e procure tirar todas as suas dúvidas;
c) Tudo que for dito a um jornalista ele pode publicar, por isso, não fale algo que
não deseja ser divulgado, principalmente momentos antes e depois de uma
entrevista. Lembra da parabólica que derrubou o ministro da Fazenda – Rubem
Ricupero? As paredes têm ouvidos...
d) Não faça comentários sobre o seu desempenho junto ao entrevistador ou sua
equipe. Grave as suas apresentações e discuta com as pessoas mais íntimas, a não
ser que contrate a assessoria de alguém especializado;
e) Depois da entrevista, sugira novos temas para o entrevistador ou repórter.
Deixe a porta aberta para novos contatos sobre outros assuntos do seu
conhecimento.
32

A fala na televisão

Falar através da TV não é discursar! Você pode utilizar-se das técnicas


anteriormente mencionadas, ficando atento que a televisão é um outro meio de
comunicação que exige cuidados especiais:

a) Não esconda o seu sotaque e não procure justificá-lo para pronunciar palavras
erradas. Isso acaba com qualquer entrevista;
b) Use frases curtas e de fácil compreensão, dando inflexão nas palavras-chaves do
assunto, para chamar a atenção do telespectador;
c) Seja claro e conciso, fale com entusiasmo e procure despertar o interesse do
telespectador, caso contrário ele mudará de canal;
d) Planeje as suas apresentações e lembre-se de que o tempo da televisão é pequeno
e a sua comunicação deve se adequar ao tempo que lhe foi dado. Treine, treine e
treine em sua casa;
e) Eventuais histórias devem ser simples e de preferência, sobre idéias e fatos fáceis
de descrever;
f) Identifique o que é mais importante para o público alvo do programa que você
participará e direcione a sua comunicação para as áreas de maior interesse do
telespectador;
g) Se você não souber uma informação, diga que não sabe e que vai se informar.
Não enrole o telespectador, pois o mesmo percebe e você perde a credibilidade;
h) Passe confiança e credibilidade para o jornalista, pois antes de você chegar aos
telespectadores, deverá passar por esse profissional;
i) Não queime etapas somente para aparecer na televisão. Fale somente de assuntos
que detém conhecimento e os espaços se abrirão para você;
j) Não se impressione com a fama do entrevistador e esqueça que você é fã dele.
Concentre-se na mensagem que pretende passar.

Para exercitar a sua comunicação através da TV, utilize duas cadeiras, uma para o
entrevistado e outra para o entrevistador. Assim, você simulará as perguntas e respostas,
de acordo com o personagem da cadeira em que estiver sentado. Se conseguir um amigo,
ótimo! Caso contrário, faça você mesmo os dois personagens. Vale a pena!

Você também poderá utilizar uma câmera de vídeo ou, na falta dessa, um espelho e
um gravador, para simular a entrevista. Analise as perguntas e as respostas e vá fazendo as
correções necessárias.

Grave antecipadamente uma edição do programa que irá participar e avalie o estilo
do entrevistador, o público alvo, a cor do cenário (para adequar o seu vestuário), a forma
da entrevista (sentado, em pé, ao vivo, gravado). Colha todas as informações necessárias
para o sucesso da sua apresentação.

Lembre-se de que não terá “uma segunda chance para causar uma primeira boa
impressão”. Não perca a chance que está tendo e caso não esteja adequadamente
preparado, agradeça pelo convite ou marque outra data.
33

Como se comportar no estúdio da TV

Cuidado para não “queimar o seu filme” e preste bastante atenção aos seguintes
conselhos:

I) Chegue bem antes (de vinte a trinta minutos) ao estúdio, principalmente se


você tiver que ser maquiado. Algumas emissoras oferecem maquiagem ao
entrevistado;
II) Não fique olhando para as pessoas no estúdio e concentre-se em olhar para o
entrevistado e a câmera;
III) Não se deixe intimidar pelas câmeras e faça de conta que elas são os olhos dos
seus telespectadores;
IV) Não se preocupe com a quantidade de pessoas, pois quanto maior, melhor.
Não seja vaidoso e fale com espontaneidade;
V) A sua postura na cadeira deve ser ereta e não deixe o ombro tomar conta da
telinha. Não ria em demasia, principalmente se o assunto enfocar temas mais
sérios. Fale com entusiasmo e um leve sorriso na face;
VI) O microfone de lapela é o mais utilizado e ele é colocado próximo a sua boca
e você não deve falar com se estivesse discursando. Use o tom de voz normal,
com se estivesse próximo ao telespectador.

Roupas, gestos e posturas

a) Analise antecipadamente o cenário do programa, quais as cores de fundo e


use roupas discretas para não desviar a atenção do telespectador. Cuidado com brincos,
argolas, gravatas, batons com cores berrantes. Cuidado com o nó da gravata;
b) A sua roupa deve ser adequada ao programa, público-alvo e horário do
programa. Normalmente, os homens devem estar de paletó e gravata; mulheres com roupas
discretas.
c) Cuidado com listras finas ou padrões quadriculados, pois provocam
“batimento” na imagem e sensações desconfortáveis nos olhos do telespectador;
d) É importante chegar ao estúdio já barbeado, pois facilita a maquiagem. As
mulheres podem utilizar a maquiagem do dia-a-dia, sem esquecer de retocá-las (antes da
entrevista), podendo inclusive pedir ajuda da maquiadora da televisão;
e) Os gestos devem ser moderados, predominando as expressões faciais e a voz.
Grave os telejornais e analise os entrevistados nos programas do Jô, Roberto Dávila, Hebe
Camargo, entre outros.

Como falar bem no rádio


34

Aqui está um meio de comunicação que muitas vezes é negligenciado pelo


entrevistado. Quase tudo que mencionamos para a TV serve para o rádio. Lembre-se de
que no rádio você não será visto pelos ouvintes e a sua voz terá que “passar uma boa
imagem”:
• Use frases curtas e de fácil compreensão, dando inflexão nas palavras-
chaves do assunto, para chamar a atenção do ouvinte. O rádio é um meio
de comunicação que “fala ao pé do ouvido”. Utilize uma linguagem que
passe intimidade, como se tivesse batendo um papo com alguém,
pessoalmente;
• Seja claro e conciso, fale com entusiasmo e procure despertar o interesse
do ouvinte, caso contrário ele mudará de emissora;
• Planeje as suas apresentações e lembre-se de que o tempo do rádio é um
pouco maior que o da TV, porém a sua comunicação deve se adequar ao
tempo que lhe foi dado. Treine, treine e treine em sua casa;
• Eventuais histórias devem ser simples e de preferência, sobre idéias e
fatos fáceis de descrever;
• Identifique o que é mais importante para o público alvo do programa que
você participará e direcione a sua comunicação para as áreas de maior
interesse do ouvinte.

Videoconferência e teleconferência

A tele e a videoconferência estão sendo utilizadas com muita freqüência para


auxiliar no ensino a distância, debates de idéias e divulgação de projetos entre diretores,
educadores e alunos.

Esteja preparado para utilizar estes novos meios de comunicação, uma vez que os
mesmos serão (já estão sendo) populares no futuro próximo, haja vista o barateamento das
câmeras – webcan (câmeras posicionadas em cima do monitor). A qualidade ainda deixa a
desejar, entretanto, esses problemas serão resolvidos em breve.

Televisão, computador e internet irão se fundir e tornarão importantes


instrumentos a serem usados pelos educadores para transmitirem os conhecimentos.

As novas tecnologias vencerão as limitações de tempo, ou seja, a sua aula será dada
no horário presencial e arquivada para o aluno ver e rever quando desejar. O espaço
limitado da sala de aula dará lugar a uma “sala sem paredes”, de maneira virtual.

Como afirmamos, a linguagem do professor deverá ser adaptada aos novos meios,
onde a interação com os alunos será mais importante, e todos aprenderemos juntos, ora
sendo professor, ora sendo aluno!

Videoconferência – Como falar e aparecer bem


35

√ Chegue bem antes (de vinte a trinta minutos) ao estúdio ou local da


videoconferência, para ir “entrando no clima”, principalmente se for a sua primeira
vez;

√ Transmita confiança e credibilidade;

√ Seja claro e conciso, fale com entusiasmo e procure despertar o interesse dos
participantes;

√ Use frases curtas e de fácil compreensão, dando inflexão nas palavras-chaves do


assunto, para chamar a atenção do telespectador;

√ Os gestos devem ser moderados, predominando as expressões faciais e a voz;

√ A sua roupa deve ser adequada para o tipo de reunião e perfil dos participantes;

√ Cuidado com roupas com listras finas ou padrões quadriculados, pois provocam
“batimento” na imagem e sensações desconfortáveis nos olhos dos participantes;

√ A sua postura na cadeira deve ser ereta e não fique se balançando;

√ Não se deixe intimidar pelas câmeras e faça de conta que elas são os olhos dos
participantes.

Teleconferência (telefone + computador)

Para falar bem ao telefone

a) Crie uma boa imagem - Na comunicação por telefone não existe o contato visual,
portanto, sua voz deve criar a imagem na mente do aluno. Desta forma, é importante
não apenas "o que você diz" mas, também, "como você diz". Sua voz deve transmitir:
"eu sou cortês, diplomático, prestativo e competente". Portanto, use a voz com um
sorriso.

b) Informações e competência - Conheça antecipadamente o que irá abordar e prepare-se


para dirimir todas as dúvidas; Tenha as informações necessárias na ponta da língua e
em seu computador;

c) Use volume certo de voz - Posicione o monofone ou o fone de cabeça corretamente


junto ao ouvido e à boca. Assim, não precisará falar muito alto nem muito baixo. Fale
normalmente.

d) Use o ritmo de voz adequado - Falar muito rápido pode causar mal entendidos e gerar
desconfiança. Falar lentamente também é um problema. Sua voz soará como uma
canção de ninar e fará você parecer enfadonho e sem entusiasmo.

e) Use riqueza e variação na sua voz - Através da entonação (mais grave ou mais aguda)
uma mesma palavra, dentro de uma frase, pode transmitir emoções diferentes ao ser
36

pronunciada. Sons graves são mais vigorosos e sérios enquanto os agudos são mais
alegres e vivos. Use a combinação dos dois para enfatizar idéias e argumentos junto
aos alunos.

f) Boa dicção - Para ser bem compreendido, é preciso ter boa dicção e falar com voz
clara e expressiva. Articule bem as palavras. Não coloque na boca lápis, caneta, palito,
chicletes ou qualquer outra coisa, enquanto falar ao telefone.

g) Use palavras corretas - O vocabulário usado deve ser do conhecimento do aluno. Use
palavras e termos que os participantes da teleconferência conheçam.

Para ouvir bem ao telefone

I) Não interrompa o aluno - Coloque-se no lugar dele e ouça sem interromper.


Lembre-se: Quando duas ou mais pessoas falam ao mesmo tempo, nenhuma está ouvindo.

II) Fique atento - Concentre sua atenção no que o aluno está dizendo e não se
distraia. Atente para as entonações de voz do interlocutor; isto pode ajudá-lo a perceber
exatamente o que ele está sentindo.

III) Entenda tudo o que está sendo dito - Se você não entender tudo, faça perguntas,
pois se não esclarecer tudo imediatamente, um ponto perdido pode prejudicá-lo mais tarde.

IV) Ouça - Assim como se fala sem dizer, pode-se escutar sem ouvir. Enquanto o
aluno estiver falando, não fique pensando na resposta; faça isto antes, preparando bem
seus argumentos. Nunca tire conclusões antecipadas do que o aluno está dizendo, nem tente
terminar suas frases mentalmente.

V) Faça anotações - É muito bom tomar notas, mas escreva apenas as idéias chaves.
Você pode facilmente se perder na conversação, caso se concentre demais na sua escrita.

Avalie a sua comunicação verbal e corporal

Sempre que possível, procure avaliar o seu desempenho, atribuindo notas de zero a
dez para os seguintes itens:

a) Conhecimento dos temas abordados na aula

b) Postura corporal

c) Clareza e objetividade na comunicação

d) Voz

e) Olhar
f) Gestos
37

g) Uso dos recursos audiovisuais

h) Capacidade de argumentação

i) Interação com os alunos

j) Vícios de linguagem

k) Marketing Pessoal

l) Relacione outros itens importantes

Dividir o total das notas pelo número de quesitos analisados.

Média:

Uso da informática e da internet para dinamizar o aprendizado


38

“Com as novas tecnologias da informação, nunca mais teremos limitações


de tempo e de espaço geográfico. Basta apertar um botão...”

Na década de 80, Bill Gates, o criador da Microsoft, afirmava que as tecnologias da


informática e da internet ajudariam a construir a estrada da informação – Infovia,
contribuindo para a disseminação do conhecimento, onde as pessoas estariam interligadas
mundialmente.

Hoje, a Infovia é realidade e muito pode contribuir para o dinamismo do processo


de ensino e aprendizagem. As novas tecnologias devem ser colocadas a serviço da educação
e para democratizar o acesso às informações e que as mesmas sejam transformadas em
conhecimento e aplicadas na vida pessoal e profissional de todas as pessoas do Planeta.

Há quem receie que as novas tecnologias irão desumanizar a educação formal. Não
acreditamos nesta possibilidade. A história tem nos mostrado que a maioria das invenções
pode ser utilizada para o bem ou para o mal. Cada pessoa tem o livre arbítrio para
escolher o que fazer com a internet e as tecnologias da informação do Século XXI.

O mundo empresarial está se reinventando, em função das novas tecnologias da


informação. Com o processo de ensino aprendizagem não será diferente. As salas de aula,
os alunos e, principalmente os professores, passarão por mudanças inimagináveis.

Como estamos percebendo, estas mudanças estão sendo graduais e tenderão a


aumentar o ritmo nos próximos cinco anos. Os padrões básicos da educação, irão
permanecer os mesmos. Os alunos continuarão freqüentando aulas, escutando os
professores, fazendo perguntas, participando de trabalhos individuais e em equipe e a
fazerem lições em casa.

Embora uma sala de aula continue a ser uma sala de aula, a tecnologia já está
transformando uma porção de detalhes: O aprendizado na sala de aula incluirá
apresentações em multimídia, os alunos poderão dialogar com os professores de igual para
igual, a depender do assunto (o conhecimento não é somente do professor), os estudantes
serão estimulados a seguir áreas de interesse específicos. Cada aluno poderá ter as suas
questões respondidas simultaneamente com as de outros alunos. A turma passará uma
parte do dia no microcomputador da sua escola e/ou residência, explorando informações
individualmente ou em grupos. Depois, levarão as suas idéias e questões para debates em
sala ou em grupos de interesses comuns. Enquanto os alunos estiverem nos computadores,
o professor poderá utilizar o tempo livre para trabalhar com indivíduos ou grupos
pequenos e concentrar-se menos em falar e mais na resolução dos problemas.

Os educadores que trouxerem energia (automotivação), criatividade e fortalecerem


as relações com os seus alunos, colherão bons resultados e se adaptarão ao futuro. Caso
contrário, amargarão a derrota e “perderão o bonde da história”. É preciso que o professor
saiba se diferenciar, trabalhar o conteúdo e a forma de sua aula, presencial ou a distância.

Temos percebido que uma expressiva parcela de professores ainda resiste ao uso da
informática e da internet em sala de aula. Certamente, a pouca familiaridade com estes
novos meios de comunicação, o temor de que os mesmos substituam os educadores,
culminando com a escassa quantidade de computadores nas escolas públicas, sejam as
principais razões para o pouco uso destas tecnologias.
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È bom lembrar que os grandes educadores sempre souberam que aprender não é
algo que você faz apenas na sala de aula ou através de um educador, professor, facilitador,
tutor ou qualquer nome que lhe seja dado.

Qualquer que seja a realidade da sua escola, é bom ir se preparando para o uso da
informática e da internet em sala de aula. Aqui vão algumas sugestões para o uso da
internet:

- Selecione antecipadamente os sites que os alunos deverão pesquisar, evitando a perda


de tempo em busca de informações desnecessárias ou que podem ser abordadas de
maneira mais eficaz em sala de aula;

- Divida a turma em grupos de estudo para que os mesmos possam debater entre si as
informações coletadas sobre o assunto;

- Identifique no grupo os alunos que têm mais facilidades no uso da informática, para
que os mesmos possam multiplicar o conhecimento entre os colegas. Dê um espaço em
sua aula para que eles falem sobre o assunto;

- Após o debate, fixe os temas pesquisados utilizando dinâmicas de grupo e apresentações


das equipes, podendo combinar com a exibição de vídeo, filme e dramatizações, entre
outros recursos;

Somente utilize a informática e a internet quando estes meios forem os mais


indicados para a aprendizagem dos alunos. Eles não devem substituir o professor e muito
menos servir de “muleta” para as suas aulas.

Se você não domina a informática, este é um excelente momento para começar a


aprender. Não tenha vergonha de dizer aos alunos que você não sabe usar o computador.
Eles terão enorme prazer em ajudá-lo a conhecer o maravilhoso mundo virtual.

Em algumas famílias, as crianças estão auxiliando os seus pais, tios, avós, na


aprendizagem da informática e do uso da internet. Crianças e computadores dão-se muito
bem. Elas não estão condicionadas à maneira instituída de fazer as coisas, o cérebro está
fresquinho e absorve todas as informações com muita facilidade. Um outro aspecto muito
importante é a interatividade proporcionada pelo computador. Eu tive a oportunidade de
aprender internet, com o auxílio da minha sobrinha Diana, que na época tinhas apenas sete
anos.

Por outro lado, temos percebido que os familiares adultos que dominam a
informática e a internet, estão ensinando as suas crianças a utilizarem software do mundo
empresarial. Alguns professores e diretores de escolas estão utilizando programas
comerciais para administrar suas atividades e dar aos estudantes experiências com as
ferramentas dos modernos locais de trabalho. No mundo atual, todos devemos ser
facilitadores do aprendizado. Somos ao mesmo tempo professores e alunos, aqui entendido
os pais, filhos, avós, tios, sobrinhos...

Para os educadores e profissionais de educação, as novas tecnologias estão


possibilitando que os mesmos compartilhem os seus conhecimentos, objetivando melhorar
40

as suas experiências. Assistir a uma palestra em vídeo não proporciona o mesmo interesse
de uma aula presencial. Mas, às vezes, a possibilidade de ouvir um determinado professor
que está a milhares e milhares de quilômetros de distância ou que o seu tempo escasso não
permitiria uma aula presencial, compensara a perda de interatividade. Por outro lado, os
sistemas de videoconferência permitem que o professor interaja com os telespectadores, em
tempo real ou posteriormente.

Para os alunos, as tecnologias da informação possibilitam uma aprendizagem sob


medida e no ritmo de cada participante. Algumas crianças com deficiência de aprendizado
poderão fazer uso dos recursos multimídia, assistindo às aulas quantas vezes desejarem.

Os professores do Século XXI sabem que terão de fazer muito mais do que mostrar
às crianças onde encontrar as informações na internet ou nos recursos multimídia (vídeo,
CD, DVD, etc.). Elas ainda precisarão entender quando investigar, observar, estimular ou
agitar. Ainda terão que desenvolver as habilidades infantis em comunicações orais e
escritas. Os professores bem-sucedidos atuarão mais como treinadores, conselheiros,
facilitadores, parceiros criativos e pontes de comunicação com o mundo.

Mas a tecnologia não vai isolar os estudantes. Uma das experiências educacionais
mais importantes é a colaboração. Em algumas salas de aulas mais adaptadas às novas
tecnologias, os computadores e a internet já estão mudando a relação convencional dos
estudantes entre si e entre alunos e professores, ao facilitar o aprendizado colaborativo.

O ritmo da mudança tecnológica é tão rápido que às vezes parece que o mundo vai
estar completamente diferente de um dia para o outro. Não vai. Mas devemos estar
preparados para a mudança. Teremos que fazer escolhas difíceis. Como sabemos, mudar
não é fácil e algumas pessoas resistem mais que outras.

Ao tempo em que é importante que comecemos a pensar no futuro (que já chegou),


devemos nos resguardar contra o impulso de tomar decisões precipitadas ou porque “estão
na moda”.

Talvez a nossa angústia principal e mais freqüente seja: “Como é que eu fico nessa
economia em constante mudança?”. A maioria tem medo de que os seus empregos se
tornem obsoletos, de não serem capazes de se adaptar as novas formas de trabalho. São
todas preocupações legítimas. Por outro lado, as mudanças estão acontecendo e elas serão
cada vez mais rápidas e às vezes violentas. Se é quase impossível adivinhar os efeitos
colaterais de mudanças que conseguimos prever, imagine daquelas que não conseguimos.
Devemos estar preparados, atentos e automotivados para enfrentá-las.

Mais do que nunca, uma educação que enfatize as habilidades e competências para
resolver os problemas, será fundamental. Em um mundo em constantes mudanças, a
educação é a melhor preparação para garantir a capacidade de adaptação. O lema é:
aprender, aprender e aprender, sempre!

Capítulo 3
41

Empreendedorismo

“Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez”

Patrão ou funcionário de uma escola, faculdade ou universidade, seja um


empreendedor. Em nenhum outro momento da história do Brasil se falou tanto sobre esse
tema. Certamente, entre as principais razões, podemos destacar a globalização e as novas
tecnologias da informação, provocando mudanças de comportamento e atitudes no mundo
empresarial e na vida das pessoas.

O que significa a palavra Empreendedorismo?

Segundo o consultor, palestrante e escritor Fernando Dolabela, autor do livro O


Segredo de Luísa, que aborda o tema empreendedorismo, essa palavra é uma livre
tradução que se faz de entrepreneurship. Designa uma área de grande abrangência e trata
de outros temas, além da criação de empresas:

• Geração de auto-emprego (trabalhador autônomo);


• Empreendedorismo comunitário (como as comunidades empreendem);
• Políticas públicas (políticas governamentais para o setor).

Vejamos alguns exemplos do que vem a ser um empreendedor:

1. Indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;


2. Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na
forma de administrar, fabricar, vender, distribuir, fazer propaganda dos seus
produtos e serviços, agregando novos valores;
3. Funcionário que faz inovações em uma empresa, provocando o surgimento de
valores adicionais;

O empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, empreendedores nascem por


influência do meio em que vivem. Pesquisas afirmam que os empreendedores têm sempre
um modelo, alguém que os influencia.

Na condição de educador, você será modelo para os seus alunos e muitos irão lembrar
das suas idéias, atitudes e comportamentos por toda a vida.

Na vida pessoal e no mundo empresarial necessitamos cada vez mais de atitudes e


comportamentos empreendedores. Vejamos algumas das principais características de um
empreendedor:

• Saber exercitar a criatividade - O empreendedor faz a diferença e a coloca em


prática as suas idéias. Não teme o ridículo e nem teme o fracasso. Enxerga soluções
onde a maioria procura ver apenas os problemas;

• Amor e entusiasmo – Ele se identifica com o que faz e o realiza da melhor maneira
possível. É bom lembrar que toda profissão tem as suas atividades apaixonantes e
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aquelas de que não gostamos e que precisam ser realizadas. Na atividade de


professor não é diferente;

• Planejamento e controle – Tem plano de metas e sabe aonde quer chegar e quais
ações devem ser implementadas;

• Conhecimento diversificado – Não fica restrito aos temas ligados a sua área
específica de atuação. Ele busca novos conhecimentos e percebe de que maneira os
mesmos se relacionarão com a sua vida pessoal e profissional;

• Autoconfiança e persistência – Sabe que mais cedo ou mais tarde concretizará os


seus planos. Não desiste quando as primeiras e inevitáveis dificuldades e derrotas
começarem a aparecer. Enxerga os fracassos como oportunidades de
aprendizagem;

• Paciência – Sabemos quanto se faz necessária essa qualidade, uma vez que lidamos
com todo tipo de personalidade, acolhendo e ajudando a resolver problemas e
conflitos oriundos da família e situação econômica do País, sem falar na fome, uso
de drogas.... que, de maneira direta ou indireta, afetam a relação professor / aluno.

Teste a sua capacidade de empreender

1- sempre 2- normalmente 3-raramente 4- nunca

( ) Sou apaixonado pela profissão de educador;


( ) Quando tenho uma idéia, corro para implementá-la ou busco
alguém capaz de ajudar na sua realização.
( ) Tenho alegria de viver e sou otimista em relação ao meu futuro.
( ) Tomo decisões acertadas e ouço as demais pessoas entendidas no assunto.
( ) Sou persistente e não me deixo abater pelas eventuais dificuldades.
( ) Apresento-me para trabalhar em projetos de outros professores.
( ) Possuo planos de fazer mestrado ou doutorado.
( ) Comunico com clareza, objetividade e entusiasmo.

Habilidades dos Empreendedores

a) Capacidade de trabalhar em equipe.

b) Capacidade de educar, desenvolver pessoas e gerar aprendizagem coletiva.

c) Capacidade de energizar pessoas.

d) Capacidade de se comunicar, sensibilizar e disseminar idéias.

e) Capacidade de motivar, estimular e desafiar pessoas.

f) Capacidade de liderar e transmitir valores éticos e morais.


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Invista em Você

A competitividade excessiva está levando as empresas a buscarem no mercado de


trabalho, profissionais que façam a diferença. Nas escolas, faculdades e universidades a
situação é parecida. Seja o melhor educador que puder e você será disputado pelos
estabelecimentos de ensino.

Escreva sim ou não, sobre o que você tem feito nos últimos 6 meses para melhorar o
seu crescimento profissional e pessoal:

( ) Participo(ei) de cursos e palestras


( ) Experimento(ei) novas formas de dar aula
( ) Conheço o básico de informática
( ) Tenho um computador em casa (ou pretendo comprar)
( ) Utilizo a internet para o meu crescimento pessoal e profissional
( ) Leio uma revista semanal (Veja, Istoé, Época, etc.)
( ) Leio jornal pelo menos três vezes por semana
( ) Leio X livro(s) por mês – técnicos ou não
( ) outros – relacione algo importante e que não foi mencionado

Motivação: Combustível para a vida

“Precisamos criar motivos para continuarmos a longa e árdua trajetória da vida”

O que é motivação? Ela é a força que nos leva à ação. Estes estímulos motivacionais
podem variar de pessoa para pessoa e também o seu grau de intensidade.

Sem dúvida nenhuma, para realizar bem a nossa profissão é preciso muita, muita e
muita motivação. Dificuldades não faltam: baixa remuneração, condições de trabalho
muitas vezes inadequadas, excesso de cobrança dos pais, da sociedade e da própria escola,
faculdade ou universidade.

Por outro lado, devemos reconhecer que alguns professores estão dando aula sem
nenhuma identificação com o que fazem, talvez por falta de opção ou até mesmo por não
descobrirem como apaixonar-se pela profissão.

Hierarquias das Necessidades Humanas

Esta teoria foi desenvolvida pelo psicólogo Abrahan H. Maslow, partindo do


princípio de que os motivos do comportamento humano residem no próprio indivíduo.
Elas são colocadas em forma de pirâmide, onde no topo estão as necessidades mais
secundárias e na sua base, as necessidades primárias:

Necessidades fisiológicas – são as necessidades inatas, como de alimentação (fome e sede),


de sono e repouso (cansaço), de abrigo (contra o frio e calor), ou desejo sexual
(reprodução da espécie). São também denominadas necessidades biológicas ou básicas
e exigem satisfação periódica, a fim de garantir a sobrevivência do indivíduo;
44

Necessidades de segurança – constituem o segundo nível das necessidades. Levam a


pessoa a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. A
busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga ao perigo de estabilidade, a
busca de um mundo ordenado e previsível são manifestações típicas destas
necessidades. Surgem quando as necessidades fisiológicas estão relativamente
satisfeitas. Os diretores devem cobrar dos professores, porém devem dar apoio
para aqueles que desejarem ousar, irem além do seu tempo e do momento atual.

Necessidades sociais – são as necessidades relacionadas com a vida em grupo, em


comunidade, com outras pessoas.Ser aceito pelos colegas, amigos, familiares, ter afeto e
amor. Surgem quando as necessidades mais essenciais (fisiológicas e de segurança) se
encontram relativamente satisfeitas. Normalmente, quando não suficientemente
satisfeitas, a pessoa pode tornar-se resistente, antagônica e hostil com relação às
pessoas que a cercam. A frustração dessas necessidades conduz geralmente à falta de
adaptação social e à solidão. Dar e receber afeto é uma importante ativadora do
comportamento humano;
Esta é uma das maiores necessidades dos educadores e dos seus alunos. O
sentimento “de fazer parte” do convívio social da escola. O desejo de aprender é
capaz de tornar mais jovem o aluno e também o professor.

Necessidades de estima – elas estão relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e
se avalia, isto é, com a auto-avaliação e a auto-estima. Envolvem a auto-apreciação, a
autoconfiança, a necessidade de aprovação e reconhecimento social, de status,
prestígio e reputação. A satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos de
autoconfiança, valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. Sua frustração
pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, os
quais, por sua vez, podem levar ao desânimo;
Em quase toda a nossa vida, buscamos o reconhecimento pelo nosso trabalho e
esperamos elogios de pessoas da sociedade. Embora tenha mudado para pior e o
respeito ao professor esteja “fora de moda”, acreditamos que, no futuro bem
próximo, as pessoas voltarão a ter mais respeito e orgulho dos seus professores.

√ Necessidades de auto-realização – são as mais elevadas e que se encontram no topo


da (pirâmide) hierarquia. São as necessidades que levam cada pessoa a tentar
realizar seu próprio potencial e se desenvolver continuamente ao longo da vida. Essa
tendência expressa-se por meio de impulso da pessoa em tornar-se mais do que é e
de vir a ser tudo o que pode ser. As necessidades de auto-realização estão
relacionadas com autonomia, independência, autocontrole, competência e plena
realização daquilo que cada pessoa tem de potencial, da utilização plena dos
talentos individuais. Enquanto as necessidades anteriores podem ser satisfeitas por
recompensas externas à pessoa e que tem uma realidade concreta (comida, dinheiro,
amizade, elogios de outras pessoas), as necessidades de auto-realização somente
podem ser satisfeitas por recompensas dadas somente pela própria pessoa, a
exemplo de sentimento de realização, não sendo fáceis de observar e nem de
controlar por outras pessoas. A satisfação dessa necessidade pode não ter fim, uma
vez que, quanto mais a pessoa obtém mais ela deseja. Queremos ser lembrados pelas
pessoas. O educador que não se sentir realizado dentro da sala de aula, deve mudar
de profissão. Dar aula é compartilhar, é um ato de doação. Você pode enganar uma
vez, duas vezes e até alguns anos, porém não conseguirá sentir a gostosa sensação do
dever cumprido.
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Motivação Humana: Fatores Internos e Externos

O professor trabalha e os alunos estudam para:

√ viver com dignidade;


√ melhorar a qualidade de vida;
√ possuir estabilidade financeira, emocional e reconhecimento;
√ crescer pessoal e profissionalmente;
√ alcançar o sucesso.

Motivando os alunos

Preste bem atenção neste tema e saiba porque alguns professores podem deixar os
alunos irritados:

1. O conteúdo da aula é fraco ou sem novidade para os alunos, não


correspondendo às suas expectativas;
2. Professor sem entusiasmo, confuso, prolixo, arrogante e/ou que não
consegue interagir com os alunos;
3. Os alunos estão cansados de tanto ouvir, com fome, sede, etc;
4. O professor não foi capaz de convencer os alunos ou os mesmos rejeitaram
as suas idéias;
5. Recursos audiovisuais de má qualidade, a exemplo de transparências ou
slides com letras pequenas ou em excesso, som alto, baixo ou com
interferências, inadequação do “meio” escolhido para transmitir a
mensagem;
6. Calor ou frio em excesso, barulhos internos ou externos, cadeiras
desconfortáveis e excessivo número de alunos;
7. Outros motivos. Este espaço é seu para relacionar alguns motivos que
podem irritar os alunos.

Agora vamos falar sobre o que pode motivar os alunos. Há um ditado popular que
resume o fator mais importante: “Diga-me o que eu tenho a ganhar que lhe darei todo o
tempo do mundo”. Quando um aluno, principalmente o adulto, participa de uma aula, ele
deseja ter a recompensa pelo seu esforço. Além disso, o tempo é cada vez menor para os
compromissos diários e tendemos a selecionar os eventos (curso, palestra, seminário) que
darão mais retorno para a nossa vida pessoal e profissional.

Para que você motive os alunos, faça o contrário daquilo que os irritam e transmita
idéias úteis para os mesmos, falando de maneira espontânea, clara e objetiva.
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Criatividade em sala de aula

“Criar é uma forma de brindar a vida”

No processo de ensino / aprendizagem a criatividade sempre estará presente e


devemos incentivá-la cada vez mais. Vejamos algumas definições sobre este empolgante
tema:
√ Criatividade é uma forma de loucura (Platão);
√ Inspiração divina (Sócrates);
√ Processo natural que obedece a leis imprevisíveis (Kant);
√ Criatividade é fruto de conhecimento, imaginação e avaliação
(Sidney Pames);

Definições populares

√ Pensar diferente da maioria das pessoas sobre um mesmo problema;


√ É tirar do nada, é fazer do velho o novo;
√ Criatividade é um estado permanente de insatisfação com o que existe.

Como podemos perceber, criatividade é muita coisa e a grande questão é: - como


podemos desenvolver a criatividade? Vamos primeiro conhecer como a mente funciona.

O cérebro possui dois hemisférios - esquerdo (racional) e direito (emocional). De


uma maneira mais simples podemos afirmar que o nosso cérebro:

- Absorve, através da aplicação e da atenção;


- Retém, através da memória;
- Cria, visualizando, prevendo e gerando idéias;
- Julga, analisando, comparando e escolhendo.

Os Dois Hemisférios

Esquerdo (racional) Direito (holístico)

Detalhista Amplo
Mecânico Criativo
Preto e Branco Cores
Lógico Artístico
Fechado Aberto
Cauteloso Corre risco
Analítico Sintético
Intelectual Espacial
Detalhado Musical
Seqüencial Simbólico
Material Emocional
Escrita Intuitivo
Ordenamento seqüencial Espiritual
47

O Processo Criativo

O início do processo criatividade ocorre quando temos um forte desejo em resolver


um problema, contribuir para a melhoria de produtos e serviços, mas, principalmente,
para desafiar e irmos além dos nossos limites.

O processo criativo possui as etapas de identificação, preparação, incubação,


aquecimento e iluminação.

1) Identificação – Nesta maravilhosa viagem, esta é a primeira “estação”, onde você vai
identificar qual é o problema, o que deseja solucionar. Para ficar mais claro o
entendimento, vamos definir o problema com a seguinte pergunta: Como posso melhorar a
minha comunicação verbal e a minha metodologia de ensino? Estudiosos afirmam que um
problema bem definido já é 50% da solução.

2) Preparação – Aqui é a sua segunda “estação”. Ela pode ser direta, quando acumulamos
informações pertinentes ao problema que deve ser resolvido. No caso específico, podemos
assistir a aulas de professores que se comunicam bem e tenham uma metodologia que
empolga os alunos. Vamos fazendo as anotações necessárias, ao tempo em que deixamos a
vaidade de lado e procuramos aprender com quem sabe mais.

A preparação é indireta quando buscamos informações sobre tudo o que possa


colaborar para a solução do problema, mesmo que em princípio não tenha nenhuma
ligação. Vejamos alguns exemplos: você vai ao teatro e observa a dicção e expressão
corporal do atores; assiste a um filme e percebe a maneira como o diretor usou para contar
a sua estória, muitas vezes comum, porém com muita criatividade, através de um ângulo
pouco visto, com cenários e diálogos atraentes e atores talentosos.

3) Incubação – Na terceira “estação” da sua viagem, talvez seja necessário descansar, fazer
outras atividades, procurando se desligar um pouco da pressão para resolver o problema.
Se quiser, deite na sua rede e embale as idéias, ande, ouça música, cante, dance, faça tudo
que lhe der prazer. Deixe as informações se combinarem naturalmente dentro da sua
cabeça. A mente é tão fantástica que trabalha sozinha, através do inconsciente.
Normalmente, sentimos angústia quando estamos no processo de criação e precisamos
colocar para fora este sentimento nada agradável.

4) Aquecimento – Chegando à quarta “estação”, você está bem próximo do seu destino, ou
seja, a solução dos problemas definidos. Semelhante a um jogador de futebol que precisa
aquecer os seus músculos para não se machucar quando disputar uma bola, a sua mente
foge e retorna ao problema com freqüências cada vez menores, às vezes de maneira
desordenada, porém encaminhando para a solução.

Existem várias técnicas que podem auxiliar na aceleração do processo criativo, a


exemplo do brainstorm - geração de idéias em quantidade e julgamento adiado. No
brainstorm ao contrário (reverse brainstorm), buscamos os defeitos e pontos fracos dos
produtos e serviços.
48

5) Iluminação – Pronto! Você chegou ao final da maravilhosa viagem criativa. É o


momento em que a solução, também conhecido como “insight” aparece e você sentirá um
grande alívio, fazendo brotar um sorriso em seu rosto. Embora possa surgir de repente,
este momento é, na verdade, resultado de etapas anteriores bem sucedidas e enorme
persistência.

A partir daí, você deverá colocar as idéias no papel e experimentá-las em grupos


menores de alunos (até 15 pessoas), analisar os prós e os contras das mudanças. É bom
saber que nenhuma idéia nasce perfeita e precisamos dar um tempo para corrigir eventuais
falhas.

Não se deixe abater pelas críticas de colegas, professores, alunos e busque parceiros
para ajudar na implementação das mudanças na sua forma de comunicar e dar aula.

Bloqueios e desbloqueios mentais

São estas posturas que contribuem para os bloqueios mentais! Abaixo, estão
relacionados dez bloqueios mentais especialmente danosos para o pensamento:

1- "A resposta certa" 6- “É proibido errar”

2- "Isso não tem lógica" 7- “Brincar é falta de seriedade”

3- "Siga as normas" 8- “Isso não é da minha área”

4- "Seja prático" 9- “Não seja bobo”

5- "Evite ambigüidades" 10- “Eu não sou criativo”

Sugestões para desenvolver a criatividade


1) Saiba que há um tesouro em sua cabeça - uma mina de ouro entre as suas orelhas. O
conhecimento e a sua forma de transmiti-lo farão toda a diferença em sua vida de
educador.

2) Todo o dia escreva pelo menos uma idéia sobre estes assuntos:
- como eu posso melhorar a minha aula?
- como eu posso fazer diferença na vida dos alunos?
- como eu posso ser mais feliz?

3) Descubra o que está sendo mostrado de maneira óbvia e de forma diferente.

E S J E F D
S E E S I E
C U T P C
R S I E O V
E V C S I
V O O I D
A B S - A
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4) Faça anotações. Não saia sem papel e lápis ou algo para escrever. Anote tudo. Não
confie na memória. Caso possível, compre um microgravador.

5) Armazene idéias, coloque em cada envelope um assunto. Idéias para casa, para
aumentar sua eficiência no trabalho, para melhorar o relacionamento com a(o) esposa(o),
namorado, filhos, amigos, etc.

6) Observe tudo cuidadosamente. Observe e absorva. Aproveite o que você observa e,


principalmente, observe tudo como se fosse a última vez que você fosse ver.

7) Desenvolva uma forte curiosidade sobre pessoas, coisas e lugares. Ao falar com
outra pessoa faça com que ela se sinta importante. A nossa atividade tem como finalidade
principal o relacionamento com pessoas e a transmissão de idéias e conhecimentos.

8) Aprenda a escutar e a ouvir, tanto com os olhos, quanto com os ouvidos. Perceba o que
não foi dito. Seja também “um eterno aprendiz” e estimule os seus alunos a expressarem as
suas idéias.

9) Descubra novas fontes de idéias através de novas amizades, de novos livros e de


assuntos diversos. Esteja aberto ao novo, ao diferente e desconhecido. Analise, experimente
e depois decida se deve mudar ou continuar fazendo da mesma forma de antes.

10) Compreenda primeiro, depois julgue. Fique o mais longe possível dos preconceitos.
Vivemos numa sociedade consumista e que, muitas vezes as pessoas são avaliadas pelo que
possuem de bens materiais, do saldo em conta bancária, pela cor da pele e não pelo que elas
realmente são, os sentimentos e as idéias que possuem.

11) Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso o ajudará a dar uma boa aula. Deixe
o cansaço bater somente quando for dormir, com a agradável sensação do dever cumprido
e que está fazendo diferença na vida dos seus alunos.

12) Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos por dia: ao dormir, quando
estiver tomando banho, caminhando, dançando, etc.

13) Ataque os seus problemas de maneira ordenada. Uma delas é descobrir qual é
realmente o problema. Faça o seu subconsciente trabalhar. Ele pode e precisa, dia e
noite. Fale com os colegas e alunos sobre as suas idéias e projetos.

14) Não se contente com a primeira idéia, pois da quantidade nasce a qualidade.

15) As idéias podem e devem ser aprimoradas, uma vez que não nascem perfeitas e
necessitam de um tempo para o aprimoramento. Sempre haverá uma maneira de torná-las
mais eficazes.

16) Ouça opiniões de pessoas que pensam diferente do seu ponto de vista. As soluções para
o aprimoramento das suas idéias podem estar com a divergência.
50

Como realizar um brainstorm

Você já ouviu falar da técnica de brainstorm ou tempestade de idéias ou “toró de


parpites”? Consiste numa reunião de pessoas com a finalidade de gerar idéias para um
problema definido. O mais importante é não permitir o julgamento imediato das idéias.

Faça as perguntas no plural e não no singular. Como posso melhorar a minha aula e
a minha comunicação verbal? Como posso interagir com os alunos e estimular a
participação? Quais recursos audiovisuais posso utilizar para transmitir a mensagem? De
que maneira as dinâmicas de grupo podem ajudar na transmissão das idéias?

Você pode fazer uma sessão de brainstorm sozinho, porém, o ideal é que faça em
grupo. Sugerimos até dez pessoas, a exemplo de diretores, coordenadores do curso,
professores e alunos que possam contribuir com idéias.

Técnicas de brainstorm para buscar defeitos

Esta técnica funciona buscando apenas defeitos de um determinado produto ou


serviço. Semelhante à técnica anterior, o julgamento das idéias não deve ocorrer no
momento da criação e sim, posteriormente. Em seguida, proponha soluções para os
problemas.

Por que as minhas aulas não despertam interesse? Se eu fosse o meu próprio aluno,
o que mudaria no conteúdo e na forma de comunicar? Por que não permito uma maior
participação dos alunos?

Agora, vamos colocar em prática o pensamento imaginário e perguntar:

E se eu resolver dar uma aula na praia?


E se eu permitir que algumas aulas sejam dadas pelos alunos?
E se eu fizer algumas dinâmicas de grupo?
E se eu usar a música para abordar alguns temas das aulas?

Idéias que valem ouro

Este formulário pode ser usado para registro de idéias surgidas após as técnicas de
brainstorm, em sala de aula ou qualquer outro momento.

• Nome da idéia -

• Desenvolvimento – (como funciona, para que serve, a quem se destina).

• Pessoas que podem ajudar a colocá-la em prática

• Local, data e como surgiu.-


51

• Informações complementares - (pode ser combinada com outra idéia?, qual o


custo/benefício da sua implantação? há algum risco se ou não for implementada?)

Exercício: Qual foi a última grande idéia que você não realizou?
Por que não realizou?

( ) Não tive tempo ( ) Não sabia o que fazer


( ) Não consegui vendê-la ( ) Não tive apoio nenhum
( ) Não dispunha de recursos ( ) Fiquei com medo de falhar
( ) Não me empenhei de verdade ( ) Outros motivos

Caso você não coloque em prática as suas idéias, outros professores o farão, mais
cedo ou mais tarde.

Teste seu cérebro. Ele é mais racional ou emocional?

Responda rápido e intuitivamente às perguntas, sem pensar em contagem de


pontos. Não há respostas boas ou más. Marque apenas uma letra, a não ser que a
pergunta exija outra coisa.

1) Quando precisa resolver um problema você:


( ) a. dá um passeio, pensa nas soluções e depois as discute
( ) b. reflete, anota as alternativas, coloca-as na ordem de
prioridade e depois escolhe a melhor
( ) c. relembra soluções passadas que foram bem-sucedidas e
depois as implementa
( ) d. espera para ver se a situação se corrige por si mesma

2) Sonhar acordado é:
( ) a. uma perda de tempo
( ) b. divertido e relaxante
( ) c. realmente útil na solução de problemas e no pensamento criativo
( ) d. instrumento viável para o planejamento do meu futuro.

3) No tocante a intuições, você


( ) a. freqüentemente tem fortes palpites e os segue
( ) b. tem fortes palpites mas não confia muito neles
( ) c. vez por outra tem palpites mas não confia muito neles
( ) d. não confia em palpites para tomar decisões importantes

4) Ao pensar em suas atividades, o que é mais típico em seu "estilo"?


( ) a. montar uma lista de tudo o que precisa para fazer e das pessoas com
quem deve falar
( ) b. visualizar os lugares aonde deve ir e as pessoas com quem deve falar
( ) c. simplesmente deixar que as coisas aconteçam
( ) d. planejar o programa do dia, determinando a hora adequada para
cada item ou atividade
52

5) Você costuma ter um lugar para tudo, um modo de fazer as coisas e


aptidão de organizar dados e materiais da sua aula?
( ) a. sim ( ) b. não

6) Você gosta de mudar a posição dos móveis e/ou outros objetos em


sua residência e/ou sala de aula?
( ) a. sim ( ) b. não

7) Assinale as atividades que você mais gosta de praticar:


( ) nadar ( ) tocar um instrumento ( ) jogar tênis
( ) ler ( ) acampar/excursionar ( ) jogar golfe
( ) esquiar ( ) fazer conserto em casa ( ) pescar
( ) cantar ( ) debater ( ) culinária
( ) fotograr ( ) conversar ( ) costurar
( ) tocar ( ) jogar cartas ( ) fazer nada
( ) viajar ( ) dar aula ( ) charada
( ) dançar ( ) andar de bicicleta ( ) escrever
( ) caminhar ( ) colecionar coisas ( ) correr
( ) abraçar ( ) jogar xadrez ( ) beijar
( ) lidar com artes/artesanatos
( ) fazer jardinagem

8) Você aprende a fazer exercícios físicos e a dançar melhor:


( ) a.imitando ou deixando-se levar pela música
( ) b.aprendendo a seqüência e repetindo os passos mentalmente

9) Ao dar uma aula ou praticar um esporte você costuma sair-se melhor do


que seria de esperar do seu treinamento ou de suas aptidões naturais?
( ) a. sim ( ) b. não

10) Você se comunica com clareza e objetividade quando fala?


( ) a. sim ( ) b. não

11) Adota metas e deixa-se guiar por elas?


( ) a. sim ( ) b. não

12) Quando você quer lembrar-se de um assunto ou nome de aluno:


( ) a. visualiza a informação
( ) b. anota-a
( ) c. verbaliza-a (repete-a para si mesmo em voz alta)
( ) d. associa-a a alguma informação anterior

13) Você tem facilidades para lembrar-se de rostos?


( ) a. sim ( ) b. não

14) Ao fazer uso da linguagem, você:


( ) a. inventa palavras
( ) b. inventa rimas e incorpora metáforas
( ) c. escolhe termos exatos e preciosos
53

15) Em uma conversa, você se sente mais à vontade:


( ) a. quando escuta
( ) b. quando fala

16) Quando lhe pedem para falar de improviso em uma reunião, você:
( ) a. faz um rápido esboço
( ) b. simplesmente começa a falar
( ) c. transfere a atenção para outra pessoa ou diz o mínimo possível
( ) d. fala lenta e cuidadosamente

17) Em uma discussão, você tende a:


( ) a. falar até demonstrar o seu argumento
( ) b. encontra uma autoridade em apoio ao seu argumento
( ) c. simplesmente se fecha
( ) d. empurra a cadeira e mesa, bate na mesa mais alto, grita

18) Pode dizer com alguma precisão quanto tempo passou desde que
você viu o relógio pela última vez?
( ) a. sim ( ) b. não

19) Você prefere eventos sociais que são:


( ) a. planejados com certa antecedência
( ) b. espontâneos

20) Ao preparar-se para abordar um assunto novo ou difícil, você:


( ) a. visualiza-se executando com eficiência
( ) b. relembra sucessos passados em situações semelhantes
( ) c. prepara grande quantidade de dados referentes ao assunto

21) Quando está criando ou planejando a sua aula você costuma trabalhar:
( ) a. sozinho ( ) b. em grupo

22) Quando se trata de uma exceção à regra ou mudar as normas da


escola, faculdade ou universidade, você acha:
( ) a. regras e normas devem ser obedecidas
( ) b. o progresso ocorre quando desafiamos as estruturas
( ) c. as regras são feitas para serem quebradas

23) Na escola você preferia:


( ) a. álgebra ( ) b. geometria

24) Ao fazer anotações você escreve em letra de forma


( ) a. nunca ( ) b. freqüentemente

25) Você usa gestos para:


( ) a. dar ênfase ao que diz
( ) b. exprimir seus sentimentos
54

26) Você sente instintivamente que determinada questão está certa ou


errada ou decide com base em informações?
( ) a. sente ( ) b. decide

27) Você gosta de correr riscos?


( ) a. sim ( ) b. não

28) Depois de assistir a um espetáculo musical, você é capaz de:


( ) a. cantarolar grande parte das letras das canções
( ) b. lembrar-se de grande parte da música

29) Assinale as afirmativas que você acha que se aplicam ao seu caso
( ) "Sou capaz de deduzir o sentido dos contratos, manuais de
instrução e documentos legais"
( ) "Prefiro trabalhar com diagramas e plantas"
( ) "Visualizo nitidamente os personagens, o ambiente e o enredo
de um romance"
( ) "Prefiro que os amigos me telefonem antes de me visitar"
( ) "Não gosto de conversar ao telefone"
( ) "Gosto de planejar e acertar os detalhes de uma viagem"
( ) "Eu adio meus telefonemas"
( ) "Encontro facilmente as palavras em um dicionário e os nomes em uma
lista telefônica"
( ) "Adoro trocadilhos"
( ) "Faço muitas anotações durante uma reunião, palestra ou aula"
( ) "Fico gelado quando tenho de realizar coisas mecânicas sob pressão"
( ) "Freqüentemente as idéias me vêm não sei de onde"

30) Você muda de humor:


( ) a. freqüentemente ( ) b. quase nunca

31) Você:
( ) a. não é muito receptivo no tocante à linguagem corporal; prefere
ouvir o que dizem as pessoas
( ) b. sabe interpretar a linguagem corporal
( ) c. sabe compreender o que as pessoas dizem e também interpretar a
linguagem corporal.

Contagem de pontos

Faça um círculo em torno do número de pontos para cada resposta.

a b c d Pergunta 7 Pontos
------------------------ - nadar .................. 9
1 7 1 3 9 jogar tênis ........... 4
-------------------------- - jogar golfe .. ........ 4
2 1 5 7 9 acampar/excursionar 7
-------------------------- esquiar . ............. 7
3 9 7 3 1 pescar .. ............... 8
-------------------------- - cantar ................. 3
55

4 1 7 9 3 fazer jardinagem ... 5


-------------------------- - costurar . .............. 3
5 1 9 tocar um instrumento 4
-------------------------- ler .................... 3
6 9 1 fazer consertos em casa 3
-------------------------- lidar com artes/artesanato 5
7 (confira a seguir) - culinária .... .......... 5
-------------------------- - fotograr ..... ........ 3
8 9 1 fazer nada ... .......... 9
-------------------------- - viajar . ................ 5
9 9 1 andar de bicicleta .... 8
-------------------------- - escrever .... ........... 2
10 1 7 colecionar coisas ..... 1
-------------------------- - jogar xadrez . ......... 2
11 1 9 jogar cartas . .......... 2
-------------------------- - dar aula . ................ 7
12 9 1 3 5 charadas . .............. 5
-------------------------- - dançar ................. 7
13 7 1 caminhar ............... 8
-------------------------- correr ................. 8
14 9 5 1 abraçar ................ 9
-------------------------- - beijar ... .............. 9
15 6 3 - tocar . ................. 9
-------------------------- - conversar .. ............ 4
16 1 6 9 4 debater .. .............. 2
--------------------------
17 3 1 7 9 Pergunta 29 Pontos
-------------------------- - contratos . ............. 1
18 1 9 diagramas . ............. 7
-------------------------- - visualizar . ............ 9
19 1 9 antes de visitar . ...... 2
-------------------------- conversar ... ........... 3
20 9 5 1 planejar viagem ...... 1
-------------------------- - adiar .. ................ 7
21 3 7 encontrar palavras ... 1
-------------------------- trocadilhos ............ 3
22 1 5 9 anotações ......... ..... 1
-------------------------- gelar .................. 3
23 1 9 não sei de onde ........ 9
--------------------------
24 1 9
--------------------------
25 2 8
--------------------------
26 9 1
--------------------------

27 7 3
--------------------------
28 9 1
56

29 (confira ao lado)
--------------------------
30 9 1
--------------------------
31 1 7 5

Some o número de pontos e divida o total pelo número de respostas dadas. Este
último número tende a variar, por causa da possibilidade de
respostas múltiplas nas questões 7 e 29.

Se Você contou 300 pontos em 40 respostas, por exemplo, sua contagem final de
pontos vai dar 7,5 indicando forte tendência para pensar com o lado direito do cérebro.
Procure na escala abaixo a sua localização:

Médias
1 3 5 7 9
Esquerdo Direito
57

Capítulo 4

Faça a diferença em sala de aula

“Ou você se diferencia ou desaparecerá do mercado de trabalho”

Quando estiver planejando as suas aulas, analise de que maneira a sua presença
fará diferença para os alunos.

Observe a arrumação das cadeiras e avalie a possibilidade de colocá-las em círculo


ou em U. Desta maneira os alunos poderão olhar uns aos outros, participar através de
perguntas e respostas, gerar mais segurança em si próprios.

Sempre que possível, utilize a música. Ela é um bálsamo para o coração e estimula
as nossas emoções. Ela poderá ser usada para integrar, acalmar, animar, iniciar um debate
e outras atividades. Se você não tiver um aparelho de som, solicite emprestado aos alunos
ou cante com os mesmos. Eles vão adorar e você também.

Use recursos teatrais, faça exercícios de comunicação verbal, desinibição, técnicas


para falar de improviso, comunicação corporal, entre outros. Eles servem para fortalecer a
auto-estima, vencer a timidez e possíveis fobias de falar em público.

Os jovens adoram o audiovisual. Procure exibir filmes, na íntegra ou resumidos e


debata com os alunos sobre os mais diversos temas. Abaixo, relacionamos sugestões de
filmes por nós testados e de comprovada eficácia:

- O Náufrago – Serve para debater criatividade e a luta pela sobrevivência;

- Mudança de Hábito – Enfoca a importância das mudanças, o trabalho em


equipe
e a criatividade;

- O Terminal – Utilizado para trabalhar relações interpessoais e a comunicação


verbal;

- O Gladiador – Ideal para discutir liderança e persistência;


- A Corrente do Bem – Adequado para debater a importância da solidariedade.

Em nossas aulas e palestras, convidamos pessoas da comunidade para falarem sobre


os mais variados temas, a exemplo de empreendedorismo, música, atendimento, vendas,
mercado de trabalho, comunicação em rádio e TV, entre outros assuntos. Com isso os
alunos têm contato com pessoas de outras áreas profissionais, além de contribuir para
aproximar a escola da sociedade e vice-versa, humanizando mais o conhecimento.

Pense como os seus alunos e faça as seguintes perguntas: Se eu fosse o meu próprio
professor, como gostaria que as aulas fossem realizadas? Qual a nota que daria para a
metodologia e o conteúdo das minhas aulas?
58

Não esqueça que a criatividade é infinita. Não se acomode e vá em frente!

Você é uma marca: - Saiba valorizá-la!

“ Quanto vale a marca Coca-Cola? E a sua?”

Talvez você nunca tenha parado para pensar, mas temos algumas semelhanças com
os produtos e serviços que consumimos no dia-a-dia: Temos um nome; uma embalagem;
atendemos necessidades; somos encontrados em um determinado local; cobramos pelos
serviços/produtos e fazemos propaganda.

Façamos uma comparação com um produto que gostamos de consumir: qual o seu
nome (marca)? como é a sua embalagem? quais necessidades ele atende? onde é
encontrado? qual o preço? como ficamos sabendo da sua existência?

Semelhante aos produtos e serviços, também podemos desaparecer do mercado em


função da concorrência, se ficarmos parados e não reinventarmos as nossas habilidades.

Fazendo uma adaptação das afirmações acima, a atividade de Educador requer uma
postura mais comedida no que se refere à propaganda. Por outro lado, os professores que
se destacam costumam ser requisitados para trabalhar em escolas mais renomadas e que
pagam melhor.

Comece agora mesmo a visualizar-se de modo diferente. Você é um professor


mediano ou é membro de uma equipe? Você faz falta na sua escola? Os alunos o
admiram? O que você fará se ficar desempregado?

É claro que não devemos atribuir um valor para o ser humano, e sim para a sua
hora de trabalho. Invista em seus conhecimentos e tenha sempre o currículo atualizado e às
mãos.

O momento adequado para buscar um novo emprego é quando se está trabalhando


e não quando estiver desempregado.

Você faz Marketing Pessoal?

“Consumimos mais ovos de galinha porque ela costuma informar


a vizinhança que acabou de fabricar um. O ovo de pata é maior e também gostoso,
porém, ninguém fica sabendo da sua existência”

A competitividade vem sendo cada vez maior no mundo, o desemprego aumenta a


cada dia e desejamos estar entre os profissionais que continuarão no mercado de trabalho.
Para atingirmos esta meta, buscamos novos conhecimentos - graduações, pós, MBA,
mestrados, doutorados e transformamos esses conhecimentos em habilidades e
competências que nos levem à realização pessoal, profissional e financeira.

É nesse contexto que entra o marketing pessoal. Conceituamos como marketing


pessoal o conjunto de conhecimentos e habilidades ligadas ao corpo. Vejamos os exemplos
dos professores, médicos, advogados, cantores, músicos, dançarinos, vendedores,
59

profissionais da informática, apresentadores de TV, rádio, jornalistas e tantos outros.

Você pode estar se perguntando: Se for assim, todos os profissionais se encaixam


nesta definição? Sim. Uns mais e outros menos. Alguns necessitam de vários equipamentos
e pessoas para colocarem as suas habilidades profissionais a serviço dos clientes. Os
profissionais acima mencionados utilizam o próprio corpo e os conhecimentos adquiridos.

No curso que ministramos, Falando em Público com Sucesso, perguntamos aos


alunos o que é marketing pessoal. Muitos afirmam que é vestir de maneira elegante, fazer
propaganda, é promover a própria imagem, entre outras definições. É certo que também é
isso. Entretanto, o fator mais importante é corresponder às expectativas do cliente, ser
competente, ético, honesto e saber se relacionar com pessoas. Uma boa propaganda de um
produto ruim ajuda a matá-lo mais rapidamente!

Muitas vezes somos induzidos a procurar ajuda de um determinado profissional em


função de tê-lo visto na mídia. Entretanto, poderemos ter uma grande decepção entre o que
foi prometido e aquilo que efetivamente recebemos. Nesse caso, a propaganda foi enganosa
e não conceituamos como um bom marketing pessoal. A melhor propaganda continua
sendo o boca-a-boca.

Na atividade docente, devemos obedecer às normas éticas e morais, bem como uma
especial cautela no uso da nossa imagem e afirmações em sala de aula. Caso você não faça
marketing pessoal, assinale algumas das razões:

( ) Você não foi criado assim. Na família e na escola pediram que


não fosse exibicionista.
( ) Você não sabe como fazer.
( ) Você presenciou exemplos negativos no trabalho e acha que isso é
coisa de bajulador.
( ) Por timidez e/ou medo de falhar e ser ridicularizado.
( ) Falta de tempo ou comodismo.
( ) outras razões (especificar).

É bom lembrar que construir um marca leva tempo e para ser destruída, bastam
alguns minutos. Desenvolva e aprimore habilidades e competências que solidifiquem a sua
marca pessoal. Seja ético e construa um bom relacionamento com as pessoas, objetivando
ajudar e ser ajudado por elas.

Abaixo, relacionamos alguns exercícios para você praticar:

- Simule entrevistas de emprego e fale sobre as suas habilidades e


competências
profissionais;

- Vista-se mais elegante e fique em frente ao espelho olhando o seu novo visual.
Analise o que gostou e o que pretende mudar;

- Simule uma entrevista na rádio ou TV, abordando temas do seu conhecimento e


útéis para os ouvintes e telespectadores.
60

Ética, Moral e Compromisso Social

“ Solidariedade, ética e moral são atitudes e comportamentos cada vez mais escassos”

Segundo o dicionário do Aurélio, Ética significa estudo do juízo de apreciação


referente à conduta humana, passível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal,
seja relativamente a determinada sociedade ou de um modo geral.
Moral é um conjunto de regras de condutas consideradas como válidas, quer de
modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
Nos últimos anos, a Sociedade Brasileira vem debatendo esse tema, principalmente
sobre o comportamento dos políticos, funcionários do serviço público e das empresas
transnacionais.
Quase todos os dias a imprensa revela casos de subornos de funcionários, para que
empresas ganhem licitações ou informações privilegiadas no Setor Público.
No meio educacional, nos deparamos com alguns educadores solicitando atestados
médicos para faltarem ao trabalho, mesmo dispondo de condições para exercerem as suas
atividades. Professores falando mal de um colega para outras pessoas. Você já presenciou
algo semelhante?
É chegado o momento de debatermos ética e moral em sala de aula e nas reuniões
internas de diretores e professores, pais e mestres.
“Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Você conhece esse ditado popular?
Acreditamos que a hipercompetitividade no mercado de trabalho, os péssimos exemplos
dos líderes e demais pessoas envolvidas na política brasileira, a ausência de punição para os
culpados, notadamente aqueles que podem pagar bons advogados, estejam contribuíndo
para o aumento de condutas inadequadas.
Cuidado com a lei de Gérson (gosto de levar vantagem em tudo, certo?), pois um dia o
efeito pode ser contrário.
Não queremos sugerir modelos de ética e moral para ninguém, entretanto, ao deitar,
solicite ao seu travesseiro, resposta para esta pergunta: posso dormir tranqüilo, com a
certeza do dever cumprido?
O nosso compromisso social será maior e mais importante, na medida em que a
nossa conduta, dentro e fora da sala de aula, seja referência para os alunos. Pense nisso!
61

Como Administrar o Tempo

“Tempo é dinheiro... é vida. Não desperdice”

Um dos problemas cruciais que enfrentamos em nosso dia-a-dia é a organização do


tempo. Raramente dispomos de tempo de sobra e quase sempre vivemos com as atividades
pedagógicas atrasadas. É comum formularmos a seguinte pergunta: cadê tempo?

As principais causas da falta de tempo estão relacionadas com o excesso de aulas,


um, dois ou três empregos que os educadores necessitam ter para equilibrarem as suas
finanças, longas distâncias a serem percorridas até as escolas e engarrafamentos no
trânsito caótico das grandes cidades.

Com raríssimas exceções, os professores têm baixos salários, apesar de reconhecer


que os mesmos estão melhorando nos últimos anos. Como a maioria dos educadores é
constituída de mulheres, dezenas de horas são utilizadas para administrar os problemas
domésticos. Ufa! Haja tempo.

Em quase todos os cursos e palestras que ministramos sobre esse tema, indagamos
aos professores: - Quem possui e utiliza uma agenda? Infelizmente, alguns poucos
respondem afirmativamente e destes, um percentual diz que tem agenda, mas, não a utiliza
com freqüência.

Assim, é fácil concluir que o não planejamento do seu tempo pode resultar em
elevado stress, aumento de conflitos interpessoais e comprometer a qualidade das aulas,
sem contar a qualidade de vida e momentos de lazer.

É claro que somos ocupados, porém, não somos os trabalhadores mais ocupados do
mundo. Os grandes homens de negócios e estadistas, possuem atividades tão ou mais
intensas que nós e consegue realizá-las. A verdade é que o dia tem vinte e quatro horas
para todas as pessoas.

Um dos aspectos mais relevantes para o sucesso na administração do nosso tempo é


decidirmos o que é imprescindível, importante e ocasional:

Imprescindível – Como o próprio nome indica, deve ser feito. Não pode ser adiado e
nem esquecido, pois as conseqüências são grandes. A atividade deve estar localizada na sua
agenda, nas primeiras horas do dia, pois, não sendo realizada, você terá o período da tarde
para concretizá-la.

Importante - É o que deve ser realizado, depois que você já tiver feito o que era
imprescindível. Esta atividade é de média prioridade e o fato de não realizá-la
antecipadamente não comprometerá os resultados. Chegará o momento em que se tornará
imprescindível e deverá ser realizada. Caso você tenha horas ociosas, aproveite para iniciar
ou concluir a atividade. Sempre que possível, deixe algumas horas vagas em sua agenda,
pois atividades importantes podem se tornar imprescindíveis no mesmo dia.
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Ocasional - É aquilo que você fará quando se tornar importante e depois


imprescindível. A sua prioridade é baixíssima e as conseqüências de não realizá-la são
insignificantes.
A verdade é que perdemos grande parte de nosso precioso tempo com atividades
ocasionais. Às vezes, nos envolvemos com atividades sem a mínima importância, enquanto
os afazeres imprescindíveis são adiados. Vejamos o exemplo de um profissional que passa
horas e horas na internet, em sala de bate-papo ou navegando por sites que pouco ou nada
contribuirão para o seu aprimoramento profissional. É claro que, uma vez estabelecida
esta atividade como lazer e em dia e tempo adequados, elas integrarão à categoria de
imprescindíveis.

É fato que constantemente fugimos do imprescindível e importante, pois, costumam


ser as atividades mais difíceis ou chatas e que exigirão inteligência, esforço e
concentração. Assim, fingimos que aquelas atividades não são imprescindíveis ou
importantes e as adiamos. Por falar nisso, você sabe o que significa a palavra
procrastinação? É o ato ou efeito de procrastinar, transferir para o outro dia, adiar ou
delongar.

O Relógio é seu amigo ou inimigo?

Podemos e devemos aprender a administrar o tempo. Analise cuidadosamente as


afirmações abaixo e pense como você utiliza o seu tempo:

I) Estudar, praticar esportes, assistir a um filme, amar, pensar, almoçar, dormir e


ficar parado exigem tempo;

II) O tempo é o recurso mais precioso que dispomos e temos apenas vinte e quatro
horas por dia. É bom lembrar que o tempo não se economiza. O dia que passou,
passou e as horas não serão recuperadas;

III) Normalmente, os profissionais mais empreendedores são aqueles que planejam as


suas atividades, notadamente as mais complexas e que farão diferença em suas
vidas. Ao contrário, as pessoas menos empreendedoras tendem a acreditar que suas
vidas estão ao sabor das ondas. “vou empurrando com a barriga”, “deixo a vida me
levar”.

IV) Administrar melhor o tempo não significa trabalhar mais arduamente. É preciso
trabalhar com inteligência, saber delegar e usar mais eficazmente as novas
tecnologias da informação;

V) Saber administrar o tempo é administrar a si próprio. É tornar-se consciente e


avaliar permanentemente os seus hábitos, modificando-os quando necessário;

VI) Tão importante quanto saber o que deve ser feito é praticar a ação de fazê-lo e não
ficar adiando, adiando e adiando. É preciso automotivação e coragem para resolver
os problemas que estamos adiando;
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VII) Administrar o tempo não é uma cartilha que você segue os passos e tudo se
resolverá. É uma questão de postura e atitude para enxergar o presente, sem perder
de vista o futuro;

VIII) O tempo é escasso e implacável. Evite arrependimentos por não realizar as suas
metas pessoais e profissionais. Corra riscos (calculados) e assuma as conseqüências
de eventuais enganos.

Administrar o tempo é mais fácil na teoria e mais difícil na prática; caso contrário,
as pessoas usariam mais eficazmente as vinte e quatro horas diárias. Exige planejamento,
persistência, criatividade e automotivação.

Liderança em sala de aula

“Liderar é servir ao outro e ajudá-lo a ser feliz”

Este tema vem ganhando enorme importância no mundo empresarial, uma vez que
as empresas públicas e privadas necessitam de executivos, administradores, gerentes e
supervisores capazes de arregimentarem os seus funcionários para tarefas mais complexas,
ousadas e criativas, num cenário de rápidas mudanças, alta tecnologia e incertezas.

Obter o respeito e a admiração dos alunos é um dos nossos maiores desafios. Em


um passado recente, o Educador era admirado e respeitado por uma grande maioria de
alunos e pela Sociedade. Com o decorrer do tempo, este respeito foi diminuindo e os alunos
passaram a questionar determinadas atitudes disciplinadoras e que exigiam mais
educação (maneira de se comportar) em sala de aula.

Alguns pais omissos e que não colocam limites comportamentais em seus filhos, têm
incentivado esta falta de respeito, inclusive, pressionando a Direção da Escola contra os
professores mais disciplinadores. Também não devemos deixar de lembrar que alguns
professores exageram na forma de exercerem a sua autoridade e punição aos alunos. Todos
cometemos equívocos e o mais importante é buscarmos um equilíbrio nos relacionamentos.

Uns poucos alunos costumam afirmar: “os meus pais estão pagando o seu salário e
você não vai me dar ordem...”. Nas escolas públicas, ameaças à integridade física dos
educadores são constantes.

Muitas vezes, ser líder é confundido com o cargo que a pessoa exerce. Porém, nem
todo professor, diretor ou administrador, necessariamente é um líder. Liderança é a arte de
mobilizar pessoas para que as mesmas queiram lutar por aspirações e objetivos
compartilhados. A liderança não é imposta. Ela é aceita ou não pelo grupo.

Estilos de liderança

São diversos os estilos de liderança e não é fácil afirmar qual o melhor, uma vez que
cada um deles é mais vantajoso em determinada situação. O ideal é utilizar um ou outro,
conforme a situação:
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• Líder facilitador – Como o próprio nome indica, ele auxilia os seus alunos a
identificarem os valores, interesses, metas e objetivos.

• Líder avaliador – Informa aos pupilos os critérios pelos quais eles serão julgados, diz
como estão os seus desempenhos e indica ações para o aperfeiçoamento.

• Líder conselheiro – Ajuda os alunos a identificarem metas próprias, relacionadas à


carreira profissional, estimula e facilita o acesso aos recursos didáticos e
pedagógicos que irão proporcionar o desenvolvimento dos mesmos. Favorece o
autodesenvolvimento, para que os seguidores aprendam a estudar por conta
própria.

• Líder participativo – Receptivo às sugestões e críticas dos alunos e colegas de


trabalho. Ouve, analisa, premia, chama os seguidores para implementarem as idéias
selecionadas.

• Líder autocrático – Através deste estilo ele determina o que fazer e quem executará
as tarefas, exigindo obediência dos demais alunos.

• Líder democrático – Nesse estilo, não apenas a pessoa do líder, mas todo o grupo é
considerado o centro das decisões. É o contrário do estilo anterior.

Características do Educador que os alunos admiram:

Primeiro lugar – Honestidade e ética.


Segundo lugar – Conhecer os assuntos e saber transmiti-los com clareza,
objetividade e entusiasmo.
Terceiro lugar – Ser exemplo e inspirar os alunos. Antecipar aos acontecimentos
(visão de futuro).
Outras características: saber dar apoio, amigo, democrático, motivado, criativo,
audacioso e humilde.

Ao contrário dos líderes criados pela mídia, principalmente em época de eleição, que
aparecem e desaparecem rapidamente, os líderes verdadeiros são pessoas comuns com uma
determinação extraordinária, honestos, éticos e comprometidos com o sucesso dos seus
alunos.

O Educador conhece os perfis dos seus alunos

Para que o educador lidere os seus alunos, comunicando-se com clareza,


objetividade e entusiasmo, se faz necessário conhecer a personalidade, valores morais,
culturais e respeitar as individualidades das pessoas. Os verdadeiros líderes são profundos
conhecedores da alma humana e das suas peculiaridades.

Sem o propósito de “rotular” os alunos, porém, objetivando melhor compreender as


suas atitudes, traçamos um perfil dos variados comportamentos em sala de aula:
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O solitário – Como o nome indica, esse aluno prefere ser deixado sozinho e considera-se
capaz de aprender por conta própria. Geralmente, é atencioso e participativo, freqüentemente
mostrando um tipo de personalidade que parece ser perfeita para uma sala de aula. O
problema é que ele, de maneira geral, prefere ter o mínimo de envolvimento possível com os
colegas e a tendência é se isolar.

Como lidar com o solitário – Sendo possível, verifique quais os seus gostos – esporte,
música, cinema, trabalho e crie alguma atividade para integrá-lo ao grupo.

O quieto – Em quase todas as salas de aula existirão alunos mais quietos que outros.
Um dos erros que nós tendemos a cometer é exigir igual participação das pessoas quietas.

Como lidar com o quieto – Quando possível, principalmente em grupos menores, faça
exercícios em que o quieto possa assumir papéis de líder ou relator. Isso contribuirá para que
o mesmo assuma papéis de liderança nos grupos pequenos e comece a se relacionar com os
demais participantes.

O amável – Ele está o mais perto possível do aluno modelo. Obediente e pronto para
realizar os desejos do professor. A maior preocupação com o aluno amável é a sua crença
cega. Geralmente ele concorda com tudo que é dito pelo professor.

Como lidar com o amável – Faça o amável pensar por si mesmo.

O lamuriento – Agora vamos sair da alegria e do entusiasmo do participante amável


para o desalento negativo do lamuriento. Você esta lidando com um tipo de personalidade que
geralmente é depressivo, desanimado e passa esse tipo de sentimento para o grupo.

Como lidar com o lamuriento – Esse aluno parece representar um grande obstáculo para
o sucesso da aula. Tenha cuidado com as perguntas que você fizer a ele e não hesite, quando
possível, em usar as seguintes táticas:
- Chame-o para tomar um café e demonstre interesse em conhecê-lo. Um simples “como
vai?” pode funcionar muito bem.
- Reconheça a existência dos seus problemas. Um simples “eu posso entender sua
frustração” é tudo que ele deseja ouvir.

O iluminado – O famoso “sabe tudo”. Gosta de informar ao grupo a sua grande


experiência em seja lá qual for o assunto que estiver sendo discutido. Semelhante ao franco
atirador, ele gosta de concorrer com o professor.

Como lidar com o iluminado – O iluminado possui um ego muito carente de elogios e
deseja que todos os participantes saibam como ele é brilhante nos assuntos que estão sendo
discutidos. Conduzido apropriadamente, o iluminado pode tornar-se o melhor amigo do
professor.

O brincalhão – Similar ao iluminado, a personalidade desse participante é logo revelada.


Geralmente é sabichão e muito agressivo.

Como lidar com o brincalhão – Para trabalhar com o brincalhão requer apenas um pouco
de psicologia. Massageie um pouco o seu ego, dando-lhe a oportunidade de agir, porém de
forma controlada. Você pode escolhê-lo para se apresentar como voluntário em alguma
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atividade ou envolvê-lo em estudo de casos, contar uma piada no início e final da aula. Isso
estimulará o grupo e você ganhará um forte aliado.

O franco atirador – Talvez ele seja o mais perigoso dos tipos de personalidades. Como um
verdadeiro franco atirador, ele utiliza como cobertura os demais colegas. Tem como
característica o desejo de competir com o professor. Envergonhe o iluminado, o brincalhão ou
qualquer outro aluno e você poderá estar criando um franco atirador em potencial.

Como lidar com o franco atirador – Converse com ele durante um café e faça-o “jogar
no seu time”. “Olha Paulo, se não for incômodo, eu estava pensando em contar com a sua
ajuda nesta e em futuras aulas. Estou percebendo que você conhece muito sobre esse assunto e
gostaria de contar com você. Como está percebendo, os demais alunos não possuem o mesmo
conhecimento. Posso contar com a sua ajuda?”

Relações Interpessoais

“Gente é pra brilhar, gente é pra ser feliz”


- Caetano Veloso

A matéria-prima do Educador é o conhecimento, a sua comunicação e capacidade


de se relacionar com os alunos.

Quando estamos realizando os nossos cursos e palestras, olhamos discretamente


para os pés e as cabeças dos participantes, onde tentamos imaginar por quais caminhos os
seus pés já trilharam e para onde irão caminhar no futuro. Em suas cabeças, buscamos
identificar possíveis sonhos e de que maneira podemos contribuir para a concretização das
suas metas pessoais e profissionais.

As pessoas diferem umas das outras, não havendo dois seres iguais no mundo. O
homem sempre teve consciência das suas características individuais, das suas necessidades
diferenciadas.

Um dos maiores equívocos que podemos cometer em sala de aula é fazer


comparações entre alunos, pois, mesmo que fossem irmãos gêmeos, freqüentando os
mesmos colégios, possuiriam características diferentes.

Não é fácil aceitar, nem mesmo as nossas próprias atitudes. Precisamos aprender que,
se quisermos nos relacionar adequadamente com os alunos e colegas de trabalho,
necessitamos relacionar bem, primeiro com nós mesmos, vencendo preconceitos,
intolerâncias, medos e inseguranças.
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Cognição - Como eu sou e como vejo o outro

Cognição é a maneira pela qual uma pessoa percebe e interpreta a si própria ou seu
ambiente externo. Ela constitui o filtro pessoal através do qual a pessoa se vê, sente e
percebe o mundo que existe a seu redor.

Os dez mandamentos das relações interpessoais

1) Fale com os alunos. Não há nada tão agradável e animado quanto uma palavra de
saudação, particularmente hoje em dia, quando necessitamos mais de sorrisos amáveis.
2) Sorria para as pessoas. Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a testa e
somente 14 para sorrir.
3) Chame, sempre que possível, os seus alunos pelo nome. A música mais suave para
muitos, ainda continua sendo o próprio nome.
4) Seja mais do que educador e, quando possível, aproxime-se dos alunos e ofereça a sua
amizade. Se você quer ter amigos, seja um amigo.
5) Desenvolva a cordialidade. Fale e aja com toda sinceridade; tudo o que fizer, faça com o
máximo de prazer e satisfação.
6) Tenha interesse pelos alunos. Mostre que você está comprometido com o aprendizado e o
sucesso deles.
7) Cultive a generosidade em elogiar e seja cauteloso em criticar. Os Educadores elogiam,
sabem encorajar, dar confiança e elevar a auto-estima dos alunos.
8) Considere os sentimentos dos outros. Existem três lados em qualquer controvérsia: o
seu, o do outro e o que está certo.
9) Preocupe-se com a opinião dos alunos. Três comportamentos de um verdadeiro
Educador: ouça, aprenda e saiba elogiar.

10) Apresente um excelente trabalho. O que realmente vale nessa nossa vida é aquilo que
fazemos para os outros. Faça a diferença em sala de aula e dê o melhor de si.

Gerenciamento de Conflitos e Feeddback

“No mundo, o que não falta é motivo para brigarmos com os outros”.

Os conflitos sempre estiveram presentes dentre e fora da sala de aula. Com os pais
dos alunos cada vez mais omissos, a hipercompetividade no mercado de trabalho,
dificuldades financeiras, culminando com elevados índices de casamentos desfeitos, a
tendência é aumentar os conflitos sociais, com reflexos no relacionamento entre alunos,
pais e professores. Além de atuarmos como profissionais da educação, às vezes somos
conselheiros e ouvintes dos nossos pupilos que estão em conflito com os seus pais.
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Sem desejar ser uma cartilha para solucionar conflitos, relacionamos alguns
procedimentos que podem contribuir para a solução dos problemas de relacionamentos em
sala de aula:

√ Não ignore algo que o incomoda. Trabalhe rapidamente na questão antes que ela
se torne insustentável para você. No entanto, se necessário, um período de esfriamento de
cabeça talvez seja oportuno desde que seja definida uma data para lidar com aquela
situação mais tarde. Isso vale para o relacionamento entre colegas professores, diretores e
os alunos;

√ Fale diretamente com a pessoa envolvida. Trabalhe junto com a pessoa, tentando
resolver a questão entre vocês mesmos. Evite a “rádio fofoca”. É comum pessoas
distorcerem os fatos e dar uma importância maior do que eles merecem;

√ Se sua escola possui um profissional de recursos humanos, peça a ele


sugestões de como dar feedback a uma pessoa;

√ Se a solução que você esta trabalhando envolve uma mudança em potencial de


procedimentos, solicite a aprovação de seu superior (coordenador, diretor) antes de
implementá-la;

√ Esteja aberto para novas idéias e sugestões de colegas e alunos. É melhor dar
feedback quando a própria pessoa solicita, porém, somente uma minoria o faz;

√ Se alguém lhe reclamar sobre uma outra pessoa que não está presente, dê força
para que esta pessoa fale diretamente com ela. Esta abordagem pode reduzir conflitos e é
muito mais positiva, além de desencorajar a perpetuação de boatos e fofocas.

√ Quando for difícil ou impossível falar diretamente com a pessoa que você deseja
dar feedback, solicite ajuda de alguém que possa atuar como mediador.

Como dar Feedback

Feedback significa retorno, retroalimentação. É a minha percepção sobre


determinado comportamento ou ação de uma outra pessoa, equipe ou empresa.

Dar feedback é uma maneira de contribuir para que a outra pessoa cresça e
modifique comportamentos indesejáveis. Feedback é a comunicação que se retorna à outra
pessoa, acerca de como a informação tratada lhe afetou.

Antes de dar feedback, leve em consideração os sentimentos, a personalidade e os


valores da outra pessoa. Não atribua ao aluno ou colega de trabalho, algo que você é quem
necessita mudar. Inconscientemente, estamos sujeitos a projetar comportamentos
indesejáveis que são da nossa personalidade. Vejamos algumas sugestões para um feedback
eficaz:

- Descreva o comportamento da pessoa e não a julgue. Descreva sua própria reação


àquele comportamento. Evite julgamento e a outra pessoa ficará mais receptiva.
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- O feedback deve se referir a fatos específicos, evitando generalizações e utilizando


rótulos. Por exemplo, em vez de dizer: “você é uma pessoa irritante”, o feedback seria mais
bem utilizado se contivesse a seguinte informação: “você me irritou quando, na última
reunião, não deixou que eu manifestasse o meu ponto de vista”.

- O conteúdo e como falar são importantíssimos para o sucesso do feedback. Seja


franco com os seus alunos e colegas de trabalho. As coisas que não são ditas claramente
acabam aparecendo de outras maneiras que prejudicam o relacionamento. Entretanto, isto
deve ser feito com cautela e respeito. A forma com que se consegue dar um feedback pode
diminuir eventual resistência de quem está recebendo;

- Verifique se o que você disse foi bem claro e entendido. È importante lembrar
que, na raiz de quase todos os conflitos, temos uma comunicação inadequada ou que não
foi entendida por uma das partes. “eu quis dizer uma coisa e acabei falando outra”. Às vezes
o ouvido do receptor da mensagem “é seletivo” e só ouve o que lhe convém. Da próxima vez
que estiver diante de um conflito, analise-o do fim para o começo, como se estivesse
assistindo um filme ao contrário. Certamente você encontrará um problema de
comunicação na origem das discussões;

- No feedback não existe quem está certo ou errado. Existem apenas percepções
diferentes dos mesmos fatos. O objetivo não é convencer a outra pessoa que você está certo.
O mais importante é combinar como agirão no futuro em relação ao assunto tratado;

- Prefira termos específicos ao invés de gerais. Não diga: “Você é um aluno


problema”, “você não tem jeito”. Tire a mensagem da pessoa e direcione para a ação que
gerou o fato. Lembre-se de que as palavras ferem o coração e costumam ser arquivadas na
mente, para o resto da vida;

Trabalho em Equipe
“Professores e alunos podem formar uma
grande equipe e crescerem mutuamente”

Trabalhar em equipe é algo fácil de compreender e difícil de colocar em prática.


Estas dificuldades estão diretamente ligadas à cultura do participante e também da
empresa onde ele trabalha. Se ambos estimularem o trabalho em equipe, o resultado final
será bom. Caso contrário, salve-se quem puder!

Para que uma equipe trabalhe em sintonia é preciso que cada participante cumpra o
seu papel e tenha competência para tal. Estes são alguns dos papéis desempenhados:

1. Coordenador – Como o próprio nome diz, ele cuida do bom funcionamento da equipe;

2. Crítico – Tem o senso observador bastante apurado e avalia a eficiência da equipe;

3. Gerador de idéias – A cabeça dele funciona como um radar e estimula os demais


participantes da equipe a terem idéias inovadoras;
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4. Implementador – É a pessoa que coloca a “mão na massa” e garante o andamento dos


projetos;

5. Relações Públicas – Faz os contatos com as áreas envolvidas, favorecendo as soluções


que dependem de outros setores da empresa;

6. Auditor – Analisa a qualidade dos trabalhos, os prazos, atuação dos participantes, entre
outras funções;
Fazendo uma transposição destes papéis para a sala de aula, podemos observar que o
Educador e os alunos, quando estão engajados em objetivos comuns, alternam algumas
destas funções.

O exemplo mais evidente da importância de uma equipe sintonizada, é um concerto


sinfônico. Todos os músicos têm objetivos e metas comuns. As habilidades individuais são
valorizadas (maestro, violinista, pianista, etc.) e cada um vai “brilhar” no momento
adequado. O maestro tem a função de reger a orquestra, entusiasmando e incentivando os
participantes. A música deve encantar aos ouvintes e qualquer deslize poderá comprometer
toda equipe.

É possível fazer isso na sala de aula? Sim! Para tal, devemos abrir mão do excesso de
autoritarismo (ou democracia) e vaidades pessoais, fazendo a comunicação fluir do
educador para o educando e vice-versa.
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Como Coordenar e Participar de Reuniões

“Uma reunião é boa, quando saímos roucos de tanto ouvir”


(Tancredo Neves)

Qual a sua reação quando é convidado para uma reunião? A maioria costuma dizer:
“ Mais uma reunião? É pura perda de tempo”.

Antes da próxima reunião, faça uma breve pausa e formule a seguinte pergunta: -
Esta reunião se faz necessária? Caso a resposta seja afirmativa, faça outras perguntas: -
qual é o tipo de reunião mais apropriado? Quem deve participar? Qual objetivo deve ser
alcançado?

Vejamos alguns exemplos de reuniões: pais e mestres, comitês formais, brainstorming


(busca de soluções), videoconferência, teleconferência, etc.

Como conduzir uma reunião eficaz

Melhor cenário Atuação do coordenador Pior cenário

A introdução é Abra a reunião Participantes


direta e positiva chegam atrasados

As discussões Discuta os temas Ocorrem desvios


respeitam o limite na ordem da pauta da pauta

Participantes dão Peça opiniões sobre Participantes


boas contribuições cada assunto discordam sobre algo

Todas as opções Mova-se em direção Continuam as


são discutidas aos objetivos disputas e provocações

Negocia-se um Chegue a uma Debate termina


acordo conclusão em impasse

Os tópicos são Encerre a reunião A reunião não


recaptulados e endossados leva a nada
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Detalhes que tornam as reuniões eficazes

√ Fase da preparação - O tempo gasto na preparação quase nunca é desperdício.


Assegure-se de que as pessoas certas, no local e horários certos, tomem as decisões certas.
Avalie as contribuições de cada participante, levando em consideração os objetivos da
reunião.

√ Como definir a pauta – A pauta de uma reunião é, na essência, uma lista de ítens
que devem ser postos em debate. Ela deve ser clara e objetiva. Primeiro junte toda a
informação relevante. Depois, selecione quais itens têm de ser discutidos e com que
profundidade.

√ Cada um no seu lugar – A distribuição dos assentos pode ter enorme impacto em
uma reunião, para o bem e para o mal. Assegure-se de que todos possam ver e serem vistos.
Evite cadeiras confortáveis demais, pois elas ajudam a puxar uma soneca.

√ O participante eficaz – É vital estar bem informado. Descubra as metas a serem


alcançadas e quais assuntos da pauta você poderá contribuir.
Contatar outros participantes antes do evento, quebra o gelo e permite a troca de
informações. Eventuais rivalidades entre participantes devem ser identificadas. Fique
atento para a necessidade de angariar apoio, antes da reunião começar, para assuntos
fundamentais.

√ O caminho da negociação – A negociação é o embate que ocorre entre duas partes


quando cada uma tem algo que a outra quer. O alvo pode não ser um objeto tangível, mas
apoio para uma determinada ação.

√ Como ser visto e ouvido – Para ter certeza de que sua mensagem está sendo
entendida, você deve apresentar o melhor que puder. Vista-se de acordo para cada reunião
e certifique-se de falar com clareza e confiança toda vez que intervier nas discussões.

Qualquer equívoco cometido durante sua intervenção deve ser corrigido no ato. Isso
mostra que você sabe do que está falando. Outro aspecto importante é variar o tom de voz
(cordial, enérgico ou formal) isso afetará positivamente o resultado. Ao final, resuma os
principais pontos da sua argumentação. Seja claro, sucinto e convincente.

√ Como ouvir os outros – Em uma reunião é tão importante ouvir quanto falar.
Escute cada participante e reflita sobre o significado escondido em suas palavras.
Interprete sinais como linguagem corporal e tom de voz para avaliar o grau de convicção
do interlocutor.

Saiba que os bons ouvintes são atenciosos, olham nos olhos de quem fala, não faz
interrupções e mostram interesse pelo que é dito. Além disso, cochichar e remexer-se em
uma reunião atrapalha os participantes que estejam querendo ouvir.

Discussões irrelevantes devem ser desencorajadas de imediato. Ao rejeitar uma


idéia, tente achar pelo menos um ponto de acordo.
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As atas de uma reunião são feitas pelo secretário da reunião, através de registro
escrito do que foi discutido. Elas devem ser concisas e podem ser escritas em letra de
forma. Saiba que a entrega imediata estimula ação mais rápida. Além disso, a ordem da ata
deve seguir a ordem da pauta.

Por último, evite fazer reuniões após o almoço, devido a baixa energia corporal. Às
segundas feiras pela manhã ou às sextas-feiras a tarde, nem pensar. Discuta os itens mais
importantes no começo da reunião, quando as pessoas estão mais alertas.

Evite que as ligações telefônicas sejam transferidas para a sala de reuniões, além de
solicitar aos participantes que desliguem os celulares.

Analise a possibilidade de fazer a sua reunião com os participantes em pé. Ela pode
ser útil para reuniões do tipo informais e assuntos mais simples.
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Capítulo 5

Autodesenvolvimento:
Arma secreta contra a obsolescência profissional

“Conhecimento é uma estrada que não tem fim, somente início.


Permanecer caminhando fará toda a diferença”

Mercado de trabalho hipercompetitivo, mudanças rápidas, violentas e alta


tecnologia estão contribuindo para que busquemos melhorar o nosso desempenho
profissional e pessoal. Na atividade de professor, este desafio é redobrado, uma vez que a
nossa matéria-prima é o conhecimento e os mesmos estão ficando obsoletos da noite para o
dia.
Autodesenvolvimento é a pessoa cuidar de sua evolução educacional, cultural e das
suas habilidades e competências profissionais. Podemos dizer que é a capacidade de
aprender por conta própria. Ele contribui para aumentar a auto-estima e autoconfiança.

Sugestões para você se autodesenvolver:

√ Planeje, identifique e priorize quais conhecimentos necessita adquirir. Estabeleça


objetivos claros e atingíveis, acompanhe e avalie o seu desempenho como educador;

√ Reserve algumas horas do seu escasso tempo para ler revistas, livros,
jornais, acessar a internet. Nunca tivemos tantas informações à disposição.
O desafio é transformá-las em conhecimentos úteis para você e os seus alunos;

√ Amplie cada vez mais o vocabulário e tenha uma consciência crítica


sobre o que lê, ouve e fala. Desenvolva ou aprimore a arte de perguntar,
duvidar e criticar. Vivemos um século de grande manipulação, onde notícia
e publicidade se misturam; interesses sociais são substituídos por propaganda
institucional e “notícias são plantadas” para ganharem espaço na mídia;

√ Forme um grupo de conversa e debates periódicos sobre os mais diversos


assuntos. Sugerimos cinco ou seis pessoas e que cada participante estude um
tema e depois o apresente para o grupo;

√ Amplie os seus conhecimentos e não fique restrito a uma matéria (português


ou matemática). Especialize-se e busque novos desafios. Você se encantará com as
novas possibilidades de trabalho;

√ Desenvolva ou aprenda informática e plugue-se na internet. O Educador deve estar


em sintonia com as novas formas de comunicação. A internet, quando adequadamente
utilizada, pode ser uma forte aliada do professor e dos seus alunos;

√ Faça cursos e palestras. Pesquise na internet e jornais quais são os mais


importantes, bem como os valores. Alguns são gratuitos.
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√ Seja persistente, pois os motivos para você desistir serão muitos – falta de
tempo, dinheiro, desencanto com a atividade docente, entre outros.
Acreditamos que algumas pessoas possuem uma “brasa interna”, capaz de
acender com os próprios estímulos, metas e esperança no amanhã. Podemos
chamá-la de automotivação. Entretanto, outros colegas costumam ficar
aguardando estímulos e elogios externos, condições ideais e melhorias de
salários para investirem em suas habilidades. Prepare-se para o mercado de
trabalho da sua cidade, de outros municípios e do outros paises.

Finanças Pessoais do Educador

“Quem não possui uma vida financeira organizada,


será prisioneiro das suas dívidas”

Resolvemos incluir este tema, por sugestão de vários professores e por compreender a
importância de uma vida financeira saudável. Durante vários anos, trabalhamos em uma
grande Instituição Financeira, onde fazíamos empréstimos a pessoas físicas.

A todo instante somos abordados por funcionários de bancos, financeiras, consórcios,


cartões de crédito, através de telefonemas, pela internet e correspondências tipo mala
direta, com ofertas de empréstimos consignados em folha de pagamento, cartões de
créditos isentos de taxas, CDC – Crédito Direto ao Consumidor previamente aprovados,
cheques especiais, aquisição de automóvel, etc.

Não se iluda. Toda as estratégias de vendas são estudadas pelas Empresas, com base no
comportamento dos consumidores, objetivando fornecer aos mesmos, crédito “fácil”, ou
seja, dinheiro que na verdade eles não possuem. Com isso, os agentes financeiros ganham
milhões e milhões e nós ficamos mais endividados a cada dia. O Brasil é o país com a maior
taxa de juros do mundo.

Alto índice de desemprego, aumentos constantes das taxas de energia, telefonia,


planos de saúde, mensalidades escolares, aluguel de imóvel e despesas cotidianas,
culminando com correções salariais menores, têm forçado uma grande parcela de
profissionais a tomarem dinheiro emprestado. Diante deste cenário, um orçamento
financeiro organizado, baseado em números reais, possibilitará o controle e a redução de
despesas, evitando que fiquemos enrolados em dívidas.

Às vezes, evitamos elaborar um orçamento doméstico, para evitar que reconheçamos


determinados gastos que fazemos, sob forte impacto emocional e que poderiam ser adiados.
Deixar de fazer um orçamento com base na sua realidade financeira é como acionar uma
bomba de efeito retardado. Mais cedo ou mais tarde explodirá e os efeitos poderão ser
devastadores em sua vida pessoal e profissional.

Vejamos o seguinte exemplo: O Governo Federal liberou empréstimos para os


aposentados do INSS, mediante desconto em folha de pagamento. No início, foi um alívio.
Agora, muitos pensionistas e aposentados estão com os orçamentos ainda mais apertados
do que estavam antes. Algo semelhante ocorre quando nos desorganizamos
financeiramente e recorremos a empréstimos, cartões de crédito e agiotas.
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Abaixo, relacionamos algumas sugestões para você administrar eficazmente as suas


finanças, com base em experiências próprias e orientações de outros profissionais:

√ Tenha no máximo um cartão de crédito e procure pagar a sua fatura integralmente.


O saldo devedor do cartão é como uma bola de neve. Se deixar de pagar ou abater apenas o
valor mínimo por mês, incidirão os juros e estes agirão como cupins, corroendo o seu
dinheiro. Se não tomar cuidado, você acabará perdendo o controle financeiro;

√ Evite tomar empréstimo para cobrir saldo devedor de cheque especial. Ao fazê-lo,
solicite que o mesmo seja cancelado. Caso contrário, a tendência é você voltar a ficar
devendo o cheque especial e o empréstimo que tomou;

√ Não caia na tentação de emprestar o seu cartão de crédito para outras pessoas
efetuarem compras. Hoje está muito fácil obter um cartão de crédito e, quando alguém
solicita que outro compre, pode ser um forte sinalizador de que está com problemas
financeiros;

√ Procure economizar 20% do seu salário mensal, para futuras despesas e situações
inesperadas – doenças, faculdade, aquisição de bens, etc.;

√ Desenvolva ou aprimore o hábito de pechinchar e negociar. Valorize cada centavo.


Pesquise, pesquise e pesquise antes de comprar. Você já observou o quanto as pessoas mais
ricas gostam de pechinchar? Não tenha vergonha de fazer o mesmo;

√ Se você está endividado, evite gastos com supérfluos e vincule as suas compras,
exclusivamente com dinheiro, evitando o uso do cartão de crédito. Normalmente,
compramos mais do que desejamos, pois temos a falsa ilusão de que estamos adquirindo os
produtos sem pagá-los. Quando chega a fatura mensal, o sonho vira pesadelo;

√ Não comente a sua vida financeira com os outros. Ela deve ser reservada a você e às
pessoas íntimas (marido, mulher, pais e filhos);

√ Se você é um consumidor compulsivo, procure ajuda psicológica e cancele todos os


seus cartões de crédito e cheque especial. Compre somente à vista e com dinheiro.

Recentemente, orientamos uma professora a vencer as suas dificuldades financeiras. A


mesma utilizou o modelo de orçamento abaixo mencionado. Graças ao seu esforço e
dedicação, algumas dívidas já foram pagas e outras, renegociadas. Faça as alterações que
julgar necessárias.

Orçamento familiar– mês _______________

Receita mensal - R$
Nome da empresa empregadora -
Pensão alimentícia
Outras receitas (especificar)
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Despesas mensais - R$

Aluguel da casa
Condomínio
Iptu
Mercado
Telefone fixo
Telefone celular
Energia
Gasolina
Plano de saúde
Escola ou faculdade
Lazer
Outras (especificar)

Dívidas - R$
Cartão de crédito X prestação mensal juros saldo devedor Parcelado
Empréstimo em bancos
ou financeiras
Cheque especial
Condomínio
Consórcio
Outras dívidas (especificar)

Planos para pagamento das dívidas


PLANO A
Reduzir algumas despesas

Alimentação
Higiene / limpeza
Telefonia (fixa ou móvel)
Energia
Lazer
Outras (detalhar)

PLANO B
Vender um bem para quitar parcial ou integralmente as dívidas

PLANO C
Aumentar receita
Dando aulas particulares
Alugando o imóvel
Conseguindo um novo emprego, etc.
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PLANO D
Renegociação das dívidas (detalhar as ações)

Por último, não se desespere e saiba que para quase tudo, exceto para a morte, há uma ou
mais alternativas.

Educação e Solidariedade no Mercado de Trabalho

“Somente a educação será capaz de elevar a auto-estima de um povo


e fazer com que ele se orgulhe do seu País”

No seu livro O Fim dos Empregos, publicado pela M. Books, o escritor Jeremy
Rifkin, afirma: “A economia global está provocando uma mudança radical na natureza do
trabalho, com profundas conseqüências para o futuro da sociedade”.

Na era industrial, o trabalho humano massificado coexistia com as máquinas, para


produzir bens e serviços. Na era do acesso, máquinas inteligentes, através de programas de
computador, da robótica e da biotecnologia substituíram rapidamente a mão-de-obra humana
na agricultura, nas manufaturas e no setor de serviços.

No século atual, grande parte do trabalho físico e mental, desde meras tarefas
repetitivas até atividades profissionais altamente complexas, está e cada vez mais
continuará a ser desempenhada por máquinas inteligentes, mais baratas e eficientes”.

Não é novidade para ninguém que o mundo do trabalho está excessivamente


competitivo, contribuindo para aumentar os conflitos interpessoais, dentro e fora das
empresas. O ditado popular “farinha pouca, meu pirão primeiro”, parece ser a lógica do
atual momento.

Algumas perguntas angustiam a todos nós, uma vez que elas não são fáceis de serem
respondidas:

1) Qual o papel reservado para as demais pessoas excluídas do mercado formal e


informal de trabalho? O que farão os jovens que estão desempregados?

2) Como incluir milhões de profissionais desempregados num mundo sem ou com


poucos empregos?

3) Podemos limitar o uso da tecnologia e da robótica nas empresas?

Certamente, do ponto de vista da maioria dos empresários, acionistas e investidores da


Bolsa de Valores do Brasil e do Mundo, a premissa básica é “produzir mais, gastando
menos, colocando máquinas no lugar do homem”, buscando aumentar e aumentar cada vez
mais o lucro.
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Por outro lado, os profissionais que estão formalmente e informalmente no mercado de


trabalho, buscam a sobrevivência a qualquer custo. A tendência do atual mercado formal
de trabalho, com carteira assinada, é substituir os profissionais que restarem, por pessoas
mais jovens, pagando o menor salário possível.

Há alternativas e elas não são fáceis de serem aplicadas, pois envolvem mudanças
profundas de comportamento e, principalmente, trocar o nosso egoísmo excessivo pela
solidariedade e o amor para com o próximo.

Para ficar mais claro o que estamos afirmando, abra o seu guarda-roupa e perceba a
quantidade de roupas que você possui. Certamente, algumas delas você há muito tempo
não as utiliza. Caso você resolva doar para uma pessoa, elas não lhe farão falta. Pelo
contrário, você ficará mais feliz!

O mesmo pode estar acontecendo com as suas idéias e conhecimentos profissionais.


Divida, compartilhe com as outras pessoas. Se você sabe vender, atender, negociar, usar o
computador, a internet, procure dividir estes conhecimentos com pessoas que estão
desempregadas e excluídas do mercado de trabalho.

Acreditamos que milhões e milhões de pessoas em todo o Planeta Terra já descobriram


e outras irão perceber em breve, que a nossa sobrevivência virá da generosidade e
solidariedade, ou seja, buscarmos incluir o maior número de pessoas excluídas, esmagadas,
trituradas, por esse novo modelo de trabalho.

Já existe em centenas de Países e precisamos reforçar no Brasil, a força de trabalho


baseada na vida comunitária, no voluntariado, em que doar o próprio tempo para o
crescimento do próximo seja uma constante.

Estas atividades comunitárias abrangem serviços sociais no atendimento à saúde,


educação, pesquisas, às artes, religião, advocacia, além de auxílio aos idosos, deficientes
físicos, doentes mentais, desabrigados e indigentes.

Ao que tudo indica, a maioria da população irá dedicar as suas habilidades e


competências profissionais e humanas para cuidar das outras pessoas. Estes profissionais
serão pagos e/ou dedicarão o seu tempo de maneira filantrópica. Existirão cada vez menos
empregos nas indústrias e no comércio varejista, onde as máquinas ocuparão todos os
cargos e funções que forem possíveis.

A redução da jornada de trabalho é algo que também devemos avaliar, entretanto, se


não houver uma forte pressão da Sociedade, dificilmente ela será implantada. Apesar dos
ganhos de produtividade, as empresas não desejam reduzir a jornada de trabalho dos seus
funcionários.

Por outro lado, sabemos que as empresas são pressionadas pelos consumidores do País
e do exterior para produzirem bens duráveis e serviços cada vez mais baratos. Reduzir a
jornada de trabalho pode significar a necessidade de contratar mais funcionários, pagar
horas extras ou colocar máquinas para substituí-los.
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Como afirmamos anteriormente, os desafios são inúmeros e precisamos pensar de


maneira criativa, diferente e audaciosa. Ao que tudo indica, necessitamos “fazer do limão
uma limonada”.

Tudo começa e termina em nós, Seres Humanos! Vamos arregimentar pessoas para
fazerem parte deste trabalho de inclusão social, digital e tantas outras.

Há quatro anos assistimos ao filme “A Corrente do Bem”, onde o professor solicita aos
alunos que pratiquem uma boa ação a três pessoas e elas para mais três, e assim,
sucessivamente.

Guardadas as devidas proporções entre ficção e realidade, todos podemos fazer parte
dessa corrente. Ajude uma pessoa desempregada, quer seja através de uma palavra de
esperança, dando informações que possam levar ao novo emprego e, principalmente,
compartilhando os seus conhecimentos.

Cada pessoa que detém conhecimentos valorizados pelo novo mercado de trabalho pode
se transformar em um “Multiplicador do Conhecimento”. Esta é uma missão gratificante e
digna. Estamos no “mesmo barco e se ele afundar, todos morreremos na praia.”

As nossas maiores virtudes sempre foram e continuarão a ser o amor e a generosidade.


Juntos superaremos os atuais e futuros obstáculos, como sempre o fizemos, ao longo de
toda existência humana.

A educação será determinante para o nosso sucesso pessoal e profissional. Todos devem
participar: Educador, o Estado, a Sociedade, as Empresas e todos os cidadãos. A tendência
indica que será um caminho longo, árduo e cheio de incertezas, porém, haveremos de
construir um Brasil mais justo para todos.

Mensagem final
Bem, colega Educador, estamos chegando ao final deste nosso bate-papo e desejamos
que as idéias aqui mencionadas possam ajudá-lo a melhorar as suas habilidades e
competências profissionais e pessoais.

Não se acomode e procure se reinventar a todo dia, enfrentando os atuais e futuros


desafios. Há um ditado popular que diz: “pé que não anda não toma topada”.
Complementamos dizendo que “não conhece e nem realiza novas aventuras”.

Críticas e sugestões sobre as idéias aqui apresentadas podem ser enviada para e-mail
pratescarlos@uol.com.br

Um forte abraço e sucesso!

Carlos Prates
81

Bibliografia

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