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DESENHO DE MÁQUINAS

Engenharia Mecânica
Aula IV
Representações Técnicas para Acabamento de Superfícies no
Desenho de Máquinas
Rugosidade Superficial no Desenho de Máquinas
NBR 6405-1988

Superfície geométrica: Superfície ideal


prescrita no projeto, na qual não existem
erros de forma e acabamento. Por
exemplo: superfícies plana, cilíndrica etc.,
que sejam, por definição, perfeitas. Na
realidade, isso não existe; trata-se apenas
de uma referência.

Superfície real: Superfície que limita o


corpo e o separa do meio que o envolve. É
a superfície que resulta do método
empregado na sua produção. Por
exemplo: torneamento, retífica, ataque
químico etc. Superfície que podemos ver e
tocar.
RUGOSÍMETRO
Símbolos de acabamento superficial e
seu significado
Rugosidade Superficial
 Rugosidade superficial é o conjunto de irregularidade microgeométricas
resultante na superfície de um elemento mecânico após sua fabricação. A
unidade de rugosidade superficial é o micrometro ( 1µm = 10-3 milímetros).

 A NBR 6405-88, trata apenas de três tipos de rugosidade:

 rugosidade média aritmética Ra;


 rugosidade média Rz e
 rugosidade máxima Rmax.
Sinal Gráfico para Indicação da
Rugosidade Superficial
Exemplo:

Acabamento:
Torno

Acabamento:
Peça Fundida
Formas de Indicação da Rugosidade

Posicionamento do símbolo da
Rugosidade
Símbolos para a Direção das Estrias
Símbolos para a Direção das Estrias

Outra possibilidade é que as estrias se distribuam em


muitas direções, como nos desenhos ao lado. O símbolo
indicativo de direções das estrias é M, que aparece
representado ao lado do símbolo de rugosidade, na vista
frontal.

Quando as estrias devem formar círculos


aproximadamente concêntricos, como mostram os
próximos desenhos, o símbolo de direção das estrias é C.
Repare que o símbolo C aparece representado ao lado do
símbolo de rugosidade, no desenho técnico.

As estrias podem se irradiar a partir do ponto médio da


superfície à qual o símbolo se refere. O símbolo R, ao lado
do símbolo de rugosidade, indica que a direção das estrias
é radial em relação ao ponto médio da superfície a ser
usinada.
Símbolos para Indicar o Processo
de Fabricação
Para indicar o processo de fabricação da peça ou um tratamento químico, termo-
químico ou térmico, deve-se proceder de acordo com as formas apresentadas
abaixo:

(a)

(b)

(c)
Exemplos:

(a)

(b)

(c)
Exemplos:

(d)

(e)
Rugosidade e os Processos de Fabricação
Aplicações Típicas de Rugosidade
Superficial
Aplicações Típicas de Rugosidade
Superficial
Tolerâncias no Desenho de Máquinas
NBR 6158/1995
Representação Técnica de Tolerância
NBR 6158/1995

Tolerância dimensional
É a diferença entre a dimensão máxima e a dimensão mínima que uma peça
pode assumir durante um processo qualquer de fabricação.

Obs.:A unidade utilizada para indicar tolerância dimensional é o micrometro


(1µm =10-6 metros = 10-3 milímetros).
Exemplos de tolerância dimensional:
Tolerância geométrica
São erros de fabricação ligados a forma, a orientação e a posição dos
elementos mecânicos. Desta forma uma peça pode está dimensionalmente
bem fabricada, mas ser geometricamente mal fabricada.

obs.:A unidade utilizada para indicar tolerância geométrica é o milímetro.


Sinal Gráfico para Cotagem de Tolerância
Geométrica

Sinal Gráfico Referencial


Indicação e interpretação de tolerância
geométrica de forma

a) Retitude: Uma peça será considerada "reta", se o seu erro estiver dentro
do campo da tolerância (t), onde este campo é definido por um retângulo
de comprimento igual ao trecho que se quer medir a retitude e de altura
igual a t.

Exemplo:
b) Planeza: Uma determinada superfície de uma peça será considerada
"plana" para uma determinada utilização, quando o erro estiver dentro do
campo da tolerância. Este campo está compreendido entre dois planos
ideais paralelos, distanciados da tolerância (t).

Exemplo:
Circularidade: Uma peça será considerada circular, quando o círculo real
ficar compreendido entre duas circunferências concêntricas ideais
distanciadas radialmente da tolerância (t).

Exemplo:
Cilindricidade: Uma peça será considerada cilíndrica, se o erro de
cilindricidade for inferior à tolerância indicada. O cilindro real deve se
encontrar entre dois cilindros ideais, que se encontram separados radialmente
de uma distância igual à tolerância (t).
Forma de linha qualquer: A tolerância de forma para o perfil de forma
qualquer de um elemento, é definida por duas linhas imaginárias, cuja
distância ente si é determinada por uma circunferência de diâmetro t, que
tem o seu centro se deslocando sobre o perfil teórico desejado.

Exemplo:
Indicação e interpretação de
tolerância de orientação
Paralelismo: Uma linha será consideradas paralela a outra se todos os seus
pontos se encontrarem entre duas retas ideais paralelas separadas da
tolerância t ou no interior de um cilindro de diâmetro de diâmetro t, e que seja
paralela à linha de referência. O mesmo raciocínio deve ser empregado para
definir paralelismo entre dois planos.
Perpendicularidade: Uma linha será considerada perpendicular a uma
superfície de referência, se o seu erro se encontrar dentro do campo da
tolerância (t), definido por dois plano ideais perpendiculares à superfície de
referência e distanciados de (t). Se a tolerância vier precedida do símbolo ϕ,
o campo da tolerância passará a ser definido por um cilindro ideal de
diâmetro t, perpendicular ao plano de referência.

Exemplo:

Obs.: Nesta peça, o eixo do furo vertical B deve ficar perpendicular ao eixo do furo horizontal C. Portanto, é
necessário determinar a tolerância de perpendicularidade de um eixo em relação ao outro.
Inclinação: O erro de inclinação de um elemento, é medido entre duas retas
ideais coplanares separadas de uma distância igual ao valor da tolerância (t),
e inclinadas do ângulo θ em relação à superfície de referencia.

Exemplo:
Indicação e interpretação de tolerância
geométrica de Posição

Localização: Quando a localização de um elemento é de importância, é


necessário a indicação da tolerância para a sua posição ou localização. Esta
pode ser indicada utilizando-se tolerância dimensional ou através da
tolerância de localização.

OBS.:Como a localização do furo é importante, o eixo do furo deve ser tolerado. O campo de tolerância do eixo do
furo é limitado por um cilindro de diâmetro t. O centro deste cilindro coincide com a localização ideal do eixo do
Elemento tolerado.
Concentricidade: É indicado normalmente em peças com formas circulares
concêntricas, de pequena espessura, para quantificar o erro admissível ligado
à excentricidade deste elemento. O erro de Concentricidade é medido em
relação ao centro teórico da circunferência,

Exemplo:
Simetria: Em alguns elementos mecânicos a condição de simetria é necessária
para o seu bom funcionamento, seja um rasgo, ranhura, furo, etc. Como a
simetria também é um conceito teórico não realizável na prática, torna-se
necessário indicar uma tolerância para esta condição, que é conseguida quando
o eixo de simetria real da peça fica no interior do campo de tolerância definido
por duas retas paralelas ou dois planos ideais, simétricos em relação ao eixo de
simetria de referência.
Exemplo:

Na peça mostrada na Figura , os centros dos furos de diâmetro 17 mm e 30 mm,


devem situar-se entre dois planos ideais paralelos e simétricos em relação ao eixo
de simetria de referência, distanciados da tolerância 0,1 mm.
Indicação e interpretação de tolerância
geométrica de Oscilação

Oscilação (ou batimento): Este erro aparece nas peças mecânicas apenas
quando estas são submetidas a movimento rotativo sem deslocamento axial
(na direção do eixo), é um erro que pode ser provocado pela não
circularidade/cilindricidade, ou pela excentricidade do elemento. Este erro pode
ser radial ou axial.

Radial:

Axial:
EXEMPLOS

Válvula
EXEMPLOS

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