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Turma : 2112
Tema : Treliças
TRELIÇAS
As treliças ou "sistemas triangulados" são estruturas formadas por elementos rígidos,
aos quais se dá o nome de barras. Estes elementos encontram-se ligados entre si por
articulações/nós que se consideram, no cálculo estrutural, perfeitas (isto é, sem
qualquer consideração de atrito ou outras forças que impedem a livre rotação das
barras em relação ao nó). Nas treliças as cargas são aplicadas somente nos nós, não
havendo qualquer transmissão de momento fletor entre os seus elementos, ficando
assim as barras sujeitas apenas a esforços normais/axiais/uniaxias (alinhados segundo
o eixo da barra) de tração ou compressão.
1. Articulações perfeitas;
2. Articulações com graus de liberdade de rotação (rótulas);
Tipos de Treliças
Existem diferentes tipos de treliças que são encontrados hoje em muitas estruturas
comerciais, bem como residenciais. Muitas das treliças do telhado que temos hoje são
realmente pré-fabricados e cuidadosamente concebido com a finalidade de
efetivamente apoiar o telha de um prédio específico onde estão instalados. Os
diferentes tipos de treliças têm diferentes níveis de flexibilidade, bem como a função
para que eles possam atender às necessidades específicas de apoio de diferentes tipos
de telhado em uma casa. Os tipos de treliças também terá um projeto complexo e
outros podem apenas ter projetos simples, mas igualmente funcional. Porém, há
inovações diferentes, bem como novos modelos na arquitetura que tem suscitado
vários desafios no uso de vários tipos de treliças de ter um apoio efetivo aos estilos de
coberturas diversas.
Aspectos gerais
Malhas
Os elementos que compõem uma treliça espacial são os responsáveis
pelo seu comportamento estrutural. A disposição mais utilizada para os
elementos de duas camadas são os arranjos (das barras) quadrado sobre
quadrado com defasagem de meio módulo. Diferentes arranjos geram
distribuições diferentes dos esforços nas barras. Em geral, o arranjo com
menor número de barras e de nós é a solução mais econômica.
Apoios
As treliças espaciais podem ser apoiadas em pilares de concreto armado
ou de aço, diretamente em um nó, seja ele do banzo superior ou inferior.
Quando a estrutura está sujeita a carregamentos muito grandes, é ideal que se
utilizem elementos adicionais para minimizar os esforços que convergem para
o nó de apoio, como por exemplo: vigas de transição entre dois nós, pirâmides
invertidas, dentre outros.
Figura - Tipos de apoios: a) apoio direto no banzo inferior; b) apoio do tipo pirâmide
invertida;
c) apoio com viga de transição; d) pirâmide invertida com travejamento interno; e)
apoio direto
no banzo superior.
Figura - Nó em cruzeta.
Devido à sua composição geométrica e à natureza dos seus elementos,
as treliças espaciais apresentam maior resistência às cargas de ruptura. Suas
barras constituintes, que são fabricadas a partir de perfis tubulares, tem
excelente comportamento quanto à flambagem local ou por torção. Sua grande
rigidez no plano horizontal promove uma otimização no dimensionamento da
infraestrutura de suporte, recebendo suas respectivas cargas reativas de modo
mais uniforme, o que significa que se pode vencer maiores vãos com menor
gasto de materiais.
Uma vez que seus elementos construtivos, a barra e o nó, são bastante
simplificados, a fabricação, a montagem e o transporte das treliças espaciais é
bastante facilitado, sendo necessário, no campo, apenas o encaixe de
parafusos. Além disso, esse sistema estrutural torna mais simples a fixação de
qualquer equipamento para instalações em geral, como forros e passarelas.
Esse tipo de estrutura é, em geral, mais econômico do que as coberturas
convencionais.
Cálculo de Treliças
Consideramos para efeito de cálculo os esforços aplicados nos nós.
Existem alguns tipos de calculo para determinação dos esforços nas barras, como o
Método dos Nós, Método Ritter ou Métodos das seções.
Depois calculamos as reações de apoio e os esforços normais axiais nos nós. Tais
esforços serão denominados de N.
ΣFx = 0
ΣFy = 0
ΣM = 0 (Momento fletor)
Por convenção usaremos: no sentido horário no sentido anti-horário
+ -
3º Métodos dos Nós
Quando calculamos os esforços, admitimos que as forças saem dos nós e nos próximos
nós usamos os resultados das forças do nó anterior fazendo a troca de sinais.
Importante lembrar que somente o jogo de sinais deverão ser feitos na equação dos
nós, pois as forças das reações horizontais e verticais devem ser inseridos na equação
considerando-se exclusivamente os sinais que possuem, ou seja, não fazer jogo de
sinais para tais reações.
- COMPRESSÃO
Treliça Esquemática
Exercícios
1º) Calcule as reações de apoio e as forças normais nas barras através do Método dos
Nós.
2.6 = 9+3
12 = 12 OK
VE = 200-100
VE = 100 KN
NAF NAF
VA VA
ΣFV = 0 ΣFH = 0
VA+NAB = 0 NAF = 0
100+NAB = 0
NAB = -100 KN
-50-NBA-NBF.cos45° = 0 NBC+NBF.sen45° = 0
-50-(-100)-NBF.cos45° = 0 NBC+70,7.sen45° = 0
NBF = 70,7 KN
NCF
NCF
ΣFV = 0 ΣFH = 0
-100-NCF = 0 -NCB+NCD = 0
NCD = - 50 KN
NFC+NFB.sen45°+NFD.sen45° = 0 -NFB.cos45°+NFD.cos45°-NFA+NFE = 0
-100+70,7.sen45°+NFD.sen45° = 0 -70,7.cos45°+70,7.cos45°-0+NFE = 0
NFD = 70,7 KN
Nó “E” Forças Verticais (V) Forças Verticais (H)
NED NED
NEF HE NEF HE
VE
VE
ΣFV = 0 ΣFH = 0
NED+100 = 0 0-HE = 0
NED = -100 KN HE = 0 KN
NDC NDC
NDE NDF
NDF
NDF
NDE
ΣFV = 0 ΣFH = 0
-50-NDF.sen45°-NDE = 0 -NDC-NDF.cos45° = 0
-50-70,7.sen45°+100 = 0 -(-50)-70,7.cos45° = 0
-50-50+100 = 0 50-50 = 0
0=0 0=0
2.5 = 7+3
10 = 10 OK
HA+HB = 40 VB = 20 KN -HA.2+20.4+40.1 = 0
60+HB = 40 -HA.2+120 = 0
HB = 40-60 HA = 120÷2
HB = -20 KN HA = 60 KN
ΣFV = 0 ΣFH = 0
VB-NBA-NBC.sen26,57° = 0 -HB+NBC.cos26,57° = 0
20-NBA-22,36.sen26,57° = 0 -20+NBC.cos26,57° = 0
NBC = 22,36 KN
ΣFV = 0 ΣFH = 0
NAB+NAC.sen26,57° = 0 HA+NAC.cos26,57°+NAE = 0
10+NAC.sen26,57° = 0 60+(-22,36).cos26,57°+NAE = 0
ΣFV = 0 ΣFH = 0
NEC = 0 -NEA+NED = 0
-(-40)+NED = 0
NED = -40 KN
ΣFV = 0 ΣFH = 0
NCB.sen26,57°-NCA.sen26,57°-NCE-NCD.sen26,57°=0 -40-NCB.cos26,57°-NCA.cos26,57°+NCD.cos26,57° = 0
22,36.sen26,57°-(-22,36).sen26,57°-0-NCD.sen26,57°=0 -40-22,36.cos26,57°-(-22,36).cos26,57°+44,7.cos26,57°=0
10+10-NCD.sen26,57°=0 -40-20+20+40 = 0
NCD = 44,7 KN
NDC 20 NDC 20
NDC
NDE
NDE
ΣFV = 0 ΣFH = 0
-20+NDC.sen26,57° = 0 -NDC.cos26,57°-NDE = 0
-20+44,7.sen26,57° = 0 -44,7.cos26,57°-(-40) = 0
-20+20 = 0 -40+40 = 0
0=0 0=0
ROTEIRO:
c. Cortada a treliça em duas partes, substitui-se a parte retirada pelos esforços normais
desenvolvidos
pelas barras cortadas, que devem ser calculados, de maneira que as partes ficam em
equilíbrio.
d. Os esforços normais serão encontrados pelo equilíbrio das partes, podendo-se dispor
além das
equações fundamentais de equilíbrio estático, da condição de nó onde a soma dos
momentos em
qualquer nó da treliça deve ser zero, pois rótulas não absorvem momento.
Aplicações
Figura - Exemplo de treliça espacial com malha quadrada dupla. Duas camadas
paralelas.
Centros de Convenção;
Terminais Aeroportuários;
Terminais de Metrô;
Terminais Rodoviários;
Ginásios de Esportes;
Shopping Centers;
Hipermercados;
Centro de Distribuição;
Indústrias;
Galpões de lojas de revendas de Automóveis.
Bibliografia
http://pt.scribd.com/doc/96285984/Tipos-de-trelicas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Treli%C3%A7a
http://www.fec.unicamp.br/~nilson/apostilas/sistemas_estruturais_grad.pdf