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ABR 2001 NBR 6293

Materiais betuminosos - Determinação


da ductilidade
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Normas Técnicas
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Todos os direitos reservados NBR 6293 - Bituminous materials - Determination of ductility
Descriptors: Bituminous material. Ductility
Esta Norma foi baseada na ASTM D 113:1999
Esta Norma substitui a NBR 6293:1971 (MB-167)
Válida a partir de 30.05.2001
IBP-Instituto Brasileiro
de Petróleo Palavras-chave: Material betuminoso. Ductilidade 6 páginas

Sumário
Prefácio
0 Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definição
4 Resumo do método
5 Aparelhagem
6 Reagentes e soluções
7 Preparação dos corpos-de-prova
8 Procedimento
9 Expressão dos resultados
10 Precisão
ANEXO
A Figuras

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo.

0 Introdução

0.1 Advertência e precaução de segurança

O uso desta Norma pode envolver cuidados especiais a respeito de emprego de materiais, operações e equipamentos pe-
rigosos e esta Norma não pretende tratar de todos os problemas de segurança associados com seu uso.

É responsabilidade do usuário estabelecer as práticas de segurança e saúde apropriadas, e determinar a aplicabilidade de


limitações regulamentares, antes de seu uso.
2 NBR 6293:2001

0.2 Significado e uso

Esta Norma apresenta um método para a medição das propriedades à tração de corpos-de-prova de materiais betumi-
nosos preparados e tensionados em condições padronizadas. A medida da ductilidade pode ser usada em especificações,
para caracterização dos materiais betuminosos.

0.3 Unidades de medida

Nesta Norma são utilizadas Unidades do Sistema Internacional (SI).

1 Objetivo

1.1 Esta Norma estabelece o procedimento para a determinação da ductilidade de cimentos asfálticos e resíduos da des-
tilação de asfaltos diluídos e de resíduos de emulsões asfálticas.

1.2 Salvo indicação em contrário, a temperatura de ensaio deve ser (25 ± 0,5)°C e a velocidade (5 ± 0,25) cm/min.

1.3 Esta Norma se aplica também a materiais betuminosos modificados por polímeros.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, re-
comenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ASTM E 1:1998 - Specification for ASTM thermometers

NBR NM-ISO 3310-1:1997 - Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação - Parte 1: Peneiras de ensaio com
tela de tecido metálico

3 Definição

Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:

3.1 ductilidade: Distância, em centímetros, em que um corpo-de-prova de material betuminoso, em condições padroni-
zadas, se rompe quando submetido à tração em condições controladas de velocidade e temperatura.

4 Resumo do método

Uma amostra preparada é vertida em um molde, colocada em um banho d’água com temperatura controlada e submetida
a uma tração, com velocidade também controlada, por aparelhagem própria que produza o seu alongamento até ruptura
(ver figuras A.1 e A.2).

5 Aparelhagem

A aparelhagem necessária à execução do ensaio está descrita em 5.1 a 5.6.

5.1 Molde e base de latão

Com dimensões mostradas na figura A.1, para que o corpo-de-prova a ser tracionado apresente as seguintes dimensões:

Comprimento total.........................................(75 ± 0,5) mm

Distância entre as garras .............................(30 ± 0,3) mm

Largura na seção mínima ............................(10 ± 0,1) mm

Largura máxima ...........................................(30 ± 0,3) mm

Largura na boca das garras .........................(20 ± 0,2) mm

Espessura de toda a amostra ......................(10 ± 0,1) mm

5.2 Banho d’água

Para conter o corpo-de-prova, deve ter capacidade mínima de 10 L, devendo a lâmina de água sobre a amostra não ter
menos de 10 cm e estar apoiada em uma prateleira perfurada situada pelo menos a 5 cm do fundo. Deve ser capaz de
manter a temperatura de ensaio, com precisão de ± 0,1°C.

5.3 Ductilômetro

Com capacidade para tracionar com velocidade uniforme desde 1 cm/min até 5 cm/min, com tolerância de ± 5%, sem vi-
bração, e cuja construção permita que o corpo-de-prova permaneça completamente imerso em água (conforme a figu-
ra A.2).

5.4 Estufa

Com capacidade de manter a temperatura controlada automaticamente na faixa de 80°C a 200°C, com precisão de
± 1,0°C.
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5.5 Peneira

De malha quadrada com abertura de 300 µm, conforme NBR NM-ISO 3310-1.

5.6 Termômetro

Do tipo ASTM 63C ou ASTM 63F da especificação ASTM E 1. Nos casos em que as amostras para determinação da duc-
tilidade forem estabilizadas, no banho a 25°C, pode ser utilizado o termômetro ASTM 17 C.

Deve ser graduado em 0,1°C e deve apresentar um erro máximo de 0,1°C na temperatura do ensaio.

6 Reagentes e soluções

Todos os reagentes podem ser do grau comercial:

a) cloreto de sódio (usar sal de cozinha refinado);

b) glicerina e dextrina;

c) talco ou caulim;

d) álcool etílico.

7 Preparação dos corpos-de-prova

7.1 Preparação dos moldes

A placa de latão que suporta o molde e as partes laterais destacáveis do mesmo (A e A’ da figura A.1) devem ser tratadas
com mistura de glicerina e dextrina em partes iguais, ou talco ou caulin, antes de receber o material betuminoso.

7.2 Preparação da amostra

7.2.1 O material betuminoso a ser submetido ao ensaio deve ser aquecido até tornar-se fluido. Esta fluidez deve ser conse-
guida à temperatura mínima para liquefazer a amostra, em estufa, evitando-se superaquecimento localizado.

7.2.2 Em seguida deve-se passar o material betuminoso através da peneira descrita em 5.5.

7.2.3 Reunir o molde, juntando-se com as respectivas partes sobre a placa de latão. A placa sobre a qual o molde é colo-
cado deve ser perfeitamente plana e nivelada, de maneira que a superfície do fundo do molde fique sempre em contato
com ela.

7.2.4 Encher o molde com a amostra de 7.2.2 em movimentos alternados de uma extremidade a outra até um pouco acima
de sua face superior. Deixar esfriar à temperatura ambiente, por um período de 30 min a 40 min.

7.2.5 Colocar o conjunto (placa e molde com corpo-de-prova) no banho mantido na temperatura do ensaio durante 30 min,
após o que o excesso de material deve ser cortado por meio de uma espátula ligeiramente aquecida, de maneira a ter-se o
molde cheio e com as faces planas.

8 Procedimento

8.1 Colocar o conjunto (placa e molde com corpo-de-prova) no banho d’água, mantendo-se na temperatura especificada,
com a variação de ± 0,1°C, por um período de 85 min a 95 min. O nível de água no banho deve ser de no mínimo 10 cm
acima do corpo-de-prova.

8.2 Afastar os lados A e A’ do molde (ver figura A.1) e retirar as garras juntamente com o corpo-de-prova da placa. Sub-
meter o corpo-de-prova imediatamente ao ensaio.

8.3 Encaixar os orifícios existentes, em cada extremidade das garras, nos ganchos do ductilômetro, iniciando a tração da
amostra, com a velocidade uniforme especificada, até que o corpo-de-prova venha a romper-se (ver figura A.2).

8.4 Durante o ensaio a água no tanque do aparelho deve envolver totalmente o corpo-de-prova, o nível de água deve ser
no mínimo de 2,5 cm acima do corpo-de-prova e permanecer na temperatura especificada de ensaio com variação de
± 0,5°C.
NOTA 1 - Se o material betuminoso ficar em contato com a superfície da água ou com o fundo do banho, o ensaio não deve ser con-
siderado. A densidade do banho deve ser ajustada por adição de álcool etílico ou solução de cloreto de sódio, para evitar que o material
betuminoso venha à superfície da água ou toque o fundo do banho durante o ensaio.

NOTA 2 - Para facilitar este procedimento, moldar uma pequena esfera com o material da amostra e colocá-la no banho, ajustando a
densidade de modo que permaneça aproximadamente na metade do nível do líquido.

9 Expressão dos resultados

9.1 O resultado do ensaio de ductilidade deve ser registrado em centímetros como a distância que as garras do ductilô-
metro se deslocaram para produzir a ruptura na amostra.

9.2 Anotar, em centímetros, a média de três moldes preparados com porções da mesma amostra como sendo o resultado
de um ensaio de ductilidade.
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9.3 O resultado final de ductilidade da amostra será a média, em centímetros, de no mínimo nove determinações, sendo
aceitos como valores individuais para compor a média os resultados que se enquadrarem dentro da variabilidade expressa
pela tabela 1.

10 Precisão

Os critérios para julgar a aceitação das determinações da ductilidade a 25°C, em cimentos asfálticos, são apresentados na
tabela 1.

A amplitude de aceitação para valores diferentes dos valores médios de determinação mostrados na tabela 1 podem ser
obtidos por interpolações.
1)
Tabela 1 - Precisão dos ensaios de ductilidade

Repetitividade Reprodutibilidade
Valor médio de
determinação Amplitude de Desvio- Desvio-
Coef. Amplitude de aceitação Coef.
aceitação padrão padrão
cm variação variação
Min. Máx. (1 S) Min. Max. (1 S)
10 9,95 10,65 0,65 0,07 8,0 11,0 1,0 0,10
20 18,4 21,4 1,4 0,08 17,5 22,5 2,5 0,13
30 27,9 32,1 2,1 0,07 26,0 34,0 4,0 0,13
50 45,5 54,5 4,5 0,09 43,0 57,0 7,0 0,14
70 63,5 76,5 6,5 0,09 58,0 82,0 12,0 0,17
100 90,0 110,0 10,0 0,10 82,0 118,0 18,0 0,18
1)
Precisão para grande número de ensaios.

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/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Figuras

Dimensões em milímetros

Figura 1 - Molde para ensaio de ductilidade e sua base


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Figura 2 - Vista parcial de um ductilômetro

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