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Rebeca Karoliny Lima Carneiro.

ATIVIDADE DE REVISÃO

Trabalho apresentado a Prof.ª.


Pamela Correa Moraes Campos como
forma de avaliação parcial da disciplina
de Terapia Nutricional do curso de
bacharel em Nutrição da UNIFTC.

Professora orientadora: Pamela Correa Moraes Campos


Feira de Santana-BA
2021
Atividade de revisão

1) Baseado na Terapia Nutricional existe diferentes tipos de protocolos para avaliar o estado
nutricional de um indivíduo em UTI, por isso cite quais são os métodos de triagem
nutricional e suas especificidades. (1,0)

A triagem nutricional é uma ferramenta de diagnóstico fácil, padronizado, não invasivo e


de baixo custo, capaz de identificar um indivíduo como desnutrido ou que está em risco de
desnutrição. Alguns dos métodos de triagem que temos atualmente são:

• Instrumento de Triagem Universal de Desnutrição (MUST): Possui como objetivo detectar


desnutrição, em pacientes adultos e idoso, com perda de peso não intencional nos últimos
três a seis meses e presença de doença aguda com mais de cinco dias de jejum
• Instrumento de Triagem de Desnutrição (MST): O MST é um questionário de triagem da
desnutrição, desenvolvido para permitir a rápida e fácil realização de triagens nutricionais
em pacientes adultos na admissão hospitalar.
• Triagem de Risco Nutricional 2002 (NRS): Tem como objetivo detectar, no ambiente
hospitalar, a presença e o risco de desnutrição, em pacientes adultos, independentemente
da idade e do diagnóstico clínico.
• Mini avaliação Nutricional – Idosos: Finalidade de detectar a presença de desnutrição e de
risco nutricional entre os idosos em tratamento domiciliar e/ou ambulatorial e em hospitais.
• Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG): É considerada padrão-ouro para a triagem
do estado nutricional. Inicialmente foi desenvolvido para pacientes cirúrgicos, foi adaptado
para outras situações clínicas, buscando identificar pacientes com algum risco nutricional.
• Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong Kids): Objetivo de realizar uma
intervenção precoce, de forma a prevenir ou tratar a desnutrição já estabelecida nas
crianças. Atualmente é a única ferramenta de triagem para pediatria com tradução validada
para a língua portuguesa.
• Avaliação Subjetiva Global produzida pelo paciente (ASG-PPP): Utilizada como método de
avaliação nutricional preferencial em pacientes oncológicos. Suas características tornam o
método útil, principalmente quando se deseja detectar precocemente alterações
nutricionais que permitam uma intervenção nutricional precoce, assim como uma
reavaliação em pequenos intervalos de tempo.
• Nutrirition Risk in the Critically Ill (NUTRIC score): Primeiro sistema de escore validado para
a identificação de pacientes críticos em risco nutricional e com tendência de se beneficiar
de uma terapia nutricional agressiva.

REFERÊNCIAS DA QUESTÃO:
ARAUJO, M. A. R. et al., Análise comparativa de diferentes métodos de triagem
nutricional do paciente internado. Com. Ciências Saúde. 2010;21(4):331-342, 2011.

GONZALEZ M.C. et al. Validação da versão em português da avaliação subjetiva


global produzida pelo paciente. Rev Bras Nutr Clin 2010; 25 (2): 102-8, 2010.
BECKER, T. et al. Risco nutricional de pacientes críticos utilizando o NUTRIC Score.
BRASPEN J 2018; 33 (1): 26-31, 2017.

BRASPEN NEWS -Triagem e avaliação nutricional na criança com desnutrição. Disponível


em < https://www.braspen.org/post/braspen-news-triagem-e-avalia%C3%A7%C3%A3o-
nutricional-na-crian%C3%A7a-com-desnutri%C3%A7%C3%A3o> Acesso em 08/03/2021.

2) Relacione a importância da semiologia nutricional em indivíduos hospitalizados e quais os


principais métodos neste tipo de avaliação. (1,0)

A Semiologia Nutricional deve ser realizada de forma minuciosa e contínua, afim de


rastrear as condições nutricionais do paciente e consequentemente possibilitar o direcionamento
mais adequado da prescrição dietética dos pacientes hospitalizados. Trata-se do estudo dos
sinais e sintomas relacionados aos sistemas e órgãos e posterior correlação entre eles. São feitos
exames físicos, bioquímicos, antecedentes e composição corporal para que possa ser identificado
possíveis distúrbios nutricionais. Os principais métodos são:

• Triagem nutricional: Deve ser realizada em até 72 horas, tem o objetivo de reconhecer uma
condição não detectada e o risco nutricional, para que sejam planejadas a forma de
tratamento o mais rápido possível. Após a triagem, o paciente em risco nutricional deve ser
encaminhado para a avaliação do estado nutricional e planejamento e início da TN, caso
seja necessária (DIAS, M.C.G. 2011).
• Avaliação Dietética: Avaliar o consumo alimentar do paciente por pesquisa qualitativa e
quantitativa, considerando a importância do cuidado nutricional para a qualidade da
atenção prestada ao paciente internado.
• Avaliação antropométrica: Considera um conjunto de medidas para investigar o estado
nutricional, diagnosticar riscos de doenças cardíacas, e monitorar a evolução do
tratamento. Inclui peso, circunferência abdominal, altura, Índice de Massa Corporal (IMC),
percentual de gordura e índice de padrão de crescimento. Servem para examinar o estado
físico geral da pessoa comparar com os parâmetros que seriam “ideias”. Dependendo dos
resultados, podem ser solicitados exames laboratoriais mais consistentes.
• Avaliação Bioquímica: Utilização de exames laboratoriais que possibilita confirmar o
diagnóstico mais rápido, correlacionando os resultados do estado clinico. Permite detectar
deficiências nutricionais antes que estas tenham sinais clínicos específicos, fornecendo um
diagnóstico mais específico.
• Exame físico: Incialmente feita uma coleta de dados (anamnese), depois deve-se
confirmar, afastar ou descobrir nova hipótese diagnóstica. Ele baseia-se na habilidade de
um profissional qualificado que irá utilizar dos sentidos para observar o quadro do paciente
através dos sinais que ele apresenta. Dentre os mais utilizados, temos a inspeção,
palpação, percussão (tato e audição) e ausculta.

REFERÊNCIAS DA QUESTÃO:

DIAS, M.C.G. et al. Triagem e Avaliação do Estado Nutricional. Associação Médica


Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2011.

3) Defina os tipos de terapia nutricional de acordo as diretrizes e Resoluções disponíveis


para. (1,0)

• Terapia Nutricional Oral: É a alimentação feita pela boca, indicada quando a


alimentação convencional não atende as necessidades do paciente. Envolve motivos
como, dificuldades ao se alimentar, processo cirúrgico e algumas doenças. O
profissional responsável pode receitar formulas orais e suplementos tanto para
complementar a alimentação do paciente, quanto como alimentação comum (varia de
acordo a individualidade).
• Terapia Nutricional Enteral: Definida como um conjunto de procedimentos terapêuticos
para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da
nutrição enteral (RDC/Anvisa Nº 63, de 06 de julho de 2000). Indicado quando o trato
gastrointestinal está total ou parcialmente funcionante, porém o paciente apresenta
alguma impossibilidade de ingestão por via oral ou a quantidade de alimentos ingerida
torna-se insuficiente para proporcionar uma nutrição adequada. Desse modo, a TNE é
fundamental para minimizar agravos provocados pela desnutrição hospitalar e manter o
funcionamento corporal.
• Terapia Nutricional Parenteral: Conjunto de procedimentos terapêuticos para
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NP.
(PORTARIA Nº 272, DE 8 DE ABRIL DE 1998). Indicada quando o uso do trato
gastrointestinal é contraindicado, seja por problemas funcionais ou de acessibilidade,
como uma obstrução intestinal, síndrome de intestino curto ou quando o indivíduo
apresentar desnutrição moderada ou grave e após 24-72 horas a oferta por via enteral
for insuficiente (Ministério da Saúde, 2016)
• Pode haver combinação destas estratégias, uma vez que o uso de uma não exclui o da
outra= Terapia Nutricional Mista.

REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde. MANUAL DE TERAPIA NUTRICIONAL NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA


HOSPITALAR NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS. Brasília-DF, 2016.
BRASIL. PORTARIA Nº 272, DE 8 DE ABRIL DE 1998. Ministério da Saúde Secretaria de
Vigilância Sanitária.
BRASIL. RESOLUÇÃO - RCD N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. Ministério da Saúde Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
SANTOS, A.L. ALVES, T.C.H.S. Terapia nutricional enteral: relação entre percentual de dieta
prescrito e administrado e intercorrências associadas em hospital público de Salvador-BA.
BRASPEN J 2018; 33 (1): 58-63. 2017.
4) Quais os princípios e responsabilidades técnicas do nutricionista mediante a atuação em
uma Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional. (1,0)

Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) deve ser formada por


profissionais de diversos, entre eles médico, farmacêutico, enfermeiro, nutricionista, com
treinamento específico para a prática da TN.
O nutricionista é uma das peças essenciais, pois contribui de forma enriquecedora no
acompanhamento de todas as etapas da terapia nutricional. É ele quem vai realizar a avaliação
do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais sejam eles subjetivos e
objetivos, de forma a identificar riscos ou deficiências nutricionais tanto na Nutrição enteral
quanto para a paraenteral; Avaliar as necessidades de nutrientes baseados no Estado Nutricional
do paciente (seja quantitativa ou qualitativamente) para elaborar a prescrição dietética com base
nas diretrizes estabelecidas na prescrição médica; Acompanhar a evolução nutricional dos
pacientes que estão em terapia, independente da via de administração; Registrar de maneira
clara as informações relacionadas à evolução do paciente; e promover e participar de
treinamentos operacionais e de educação contínua para garantir a atualização e melhor atuação
dos seus colaboradores. (Portaria Nº 272, de 08 de abril de 1988)
Em relação a supervisão do processo de aquisição e preparação da NE, o nutricionista é
o profissional responsável, devendo selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente,
os insumos necessários para o seu preparo, bem como a NE industrializada, levando em
consideração o controle de qualidade e o prazo de utilização, este preparo deve ser feito de
maneira que conserve as características sensoriais e garanta os padrões recomendados na Boas
Práticas de Preparação de Nutrição Enteral (BPPNE) Por fim, cabe também ao nutricionista
participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE. (FERRAZ, L.F;
CAMPOS, A.C.F, 2012)
A desnutrição pode estar presente no momento do enternamento hospitalar ou
desenvolver-se no decorrer da internação. Por esse motivo, o investimento em TN é importante,
principalmente quando visto que as maiores taxas de complicações clínicas e mortalidade são
provocadas por desnutrição intra-hospitala e geram encargos financeiros altos, afim de diminuir os
custos.

REFERENCIAS
BRASIL. PORTARIA Nº 272, DE 8 DE ABRIL DE 1998. Ministério da Saúde Secretaria de
Vigilância Sanitária
FERRAZ, L.F; CAMPOS, A.C.F. O papel do nutricionista na equipe multidisciplinar em
terapia nutricional. Rev Bras Nutr Clin 2012; 27 (2): 119-23. 2012

5) Explique as principais vias de acesso, tipos de sonda e suas particularidades. (1,0)

A diferença básica entre as terapias de NP e NE é o tipo de acesso, sendo a primeira


através de acesso venoso e a segunda por meio de sondas. A sonda enteral é utilizada
especificamente para a administração de alimentação, água e medicamentos, engloba os
seguintes tipos:

• Nasogástrica: É passagem da sonda através do nariz ou da boca até o


estômago. Tem por finalidade administrar nutrientes no estômago. Deve ser usado em
períodos de 4-6 semanas e requer o funcionamento intestinal, é uma das vias de maior
facilidade em acesso, não invasiva e permite a oferta de mais nutrientes, pois pode ser
usada tanto diurno quanto noturno (a depender do fracionamento), havendo uma
alimentação intermitente ou contínua dependendo da necessidade do paciente. É uma via
pré-pilórica, havendo maior risco de aspiração pulmonar, e de deslocamentos constantes, o
que pode gerar uma perfuração esofágica.
• Nasooduodenal: É uma via pós-pilórica, desemboca no duodeno. As formulas
podem ser administradas de modo continuo, intermitente ou em bolos. Reduz o risco de
aspiração, porém se houver desposicionamentos se eleva o risco de aspiração e infecção
associada (devido o translocamento e o contato com bactérias intestinais).
• Nasojeunal: Também pós-pilórica, desembocando no jejuno, tem as mesmas
formas de administração da nasoduodenal além de ser indicados nos mesmos casos,
porém com vantagens de permitir uma nutrição precoce no pós operatório, pós- trauma
(por não haver a digestão completa, conservando a energia do paciente para outras
funções) e pancreatites.
• Gastrostomia/Jejunostomia: São implantadas cirurgicamente ou via
endoscópica e permanece em um orifício (estoma) diretamente no estômago e jejuno,
respectivamente. São indicadas quando há dificuldade de acesso por via oral, nasal ou
esofágica, obstruções mecânicas (principalmente se a sonda deslocar muito), traumas,
obesidade mórbida, diálise e uso prolongado da NE (comum em pacientes em cuidado
paliativo). Possui longa duração, as sondas podem possuir calibres maiores e tem risco de
aspiração praticamente inexistente.

REFERENCIAS

MORAES, P. Terapia Nutricional Intensiva. Material de Aula.

6) Aborde as indicações e contra indicações para cada tipo de posicionamento e indicação de


utilização de Terapia enteral. (1,0)

TIPO DE SONDA INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

- Trato gastrointestinal -Refluxo Gastroesofágico;


funcionante, mas com
-Maior risco de aspiração
impossibilidade ou
pulmonar;
insuficiência de alimentação
como distúrbio de deglutição, -Pacientes inquietos

redução do nível de (descolamento de sonda);


consciência, anorexia; -Pode interferir na ingestão

- Em paciente com pouca oral (caso aja costume);


Nasogástrica aceitação alimentar, os que -Doença Terminal;
não conseguem atingir as
-Sangramento Intestinal;
metas nutricionais, está
indicado o uso de sonda para -Fistulas Intestinais
complementação; (principalmente jejunais)

-Funcionamento intestinal e - Hiperêmese Gravídica


reflexo de vômitos eficazes.

-Aspiração -Longo prazo;

Refluxo Gastroesofágico; -Risco de aspiração com o


Nasoduodenal desposicionamento da sonda.
Gastroparesia;
-Doença Terminal;
Esvaziamento Gástrico
Prejudicado. -Sangramento Intestinal;

-Vômitos Excessivos -Fistulas Intestinal


(principalmente jejunais)

-Hiperêmese Gravídica

-Aspiração; -Longo prazo;

-DRGE; -Risco de aspiração com o


desposicionamento da sonda.
Nasojejunal -Gastroparesia;
-Doença Terminal;
Esvaziamento Gástrico
-Sangramento Intestinal;
prejudicado;
-Fistulas Intestinal
-Alguns casos de pancreatites.
(principalmente jejunais)

-Hiperêmese Gravídica

-Todas as contraindicações
-Dificuldade de acesso por via
para nutrição enteral;
oral, nasal ou esofágica;
-Impossibilidade de acessar o
-Obstrução mecânica, trauma estômago com endoscópio;
ou inflamação; -Dúvida de interposição de

-Uso prolongado da NE; estruturas entre a parede


Gastrostomia/ Jejunostomia abdominal e o estômago;
-Obstrução intestinal, dialise,
-Coagulopatia significativa
mórbida, heptomegalia.
-Ascite volumosa
-Intolerância a sonda -Doenças neoplásicas,
nasoentérica; infiltrativas e inflamatórias do
estômago e da parede
-Manejo de medicações com
abdominal (pode haver
paladar desagradável;
disseminação)
-Pos-operatorio de cirurgias de
-Doenças respiratórias graves
grande porte do aparelho
(dificuldade de realização da
digestivo;
endoscopia)
-Disfagia

REFERÊNCIAS:

MORAES, P. Terapia Nutricional Intensiva. Material de Aula.


MORAES, P. Terapia Nutricional Enteral. Material de Aula.

7) Como deve ocorrer o monitoramento clinico e nutricional dos pacientes de Terapia


Nutricional? (1,0)

Durante a internação, vários fatores podem interferir e comprometer a adequada oferta


de Terapia Nutricional ao paciente, (exemplo o jejum para exames e pausa para procedimentos,
vômitos, diarreias e distensão abdominal), sendo extremamente importante o monitoramento
clinico e nutricional minucioso, com implantação de procedimentos de rotina hospitalar e
protocolos voltados para a identificação destes problemas o mais rápido possivel, afim de evitar
maiores complicações ao prognostico.
As informações de todos os profissionais da equipe multiprofissional de terapia nutricional
(EMTN) são fundamentais para a adequada monitorização e acompanhamento nutricional, o
nutricionista deve-se monitorar o consumo alimentar do paciente internado e intervir com
adaptações alimentares, servindo de grande impacto não só na melhora do seu estado
nutricional, mas também no custo da internação. Algumas ações de rotina são eficazes para
minimizar os problemas nutricionais, como história alimentar, sinais clínicos, medidas
antropométricas e sua variação temporal e as determinações hematológicas, séricas e urinárias,
porém, sua análise depende do conhecimento e experiência do observador.
Segundo o Manual de terapia nutricional na atenção especializada hospitalar no âmbito
do sistema unico de saúde- SUS, há uma sugestão para acompanhamento do paciente definidos
em 3 fases, são elas:
-Fase 1: Período de estabilização, onde o nutricionista deve prevenir e tratar
complicações (metabolicas e eletroliticas), corrigir deficiencias especificas para iniciar a Terapia
com intuito de manter uma estabilização clinica e metabolica;
-Fase 2: Etapa de Reabilitação, onde a terapia nutricional tera objetivo de recuperar o
estado nutricional do individuo, podendo ser ofertada uma dieta hipercalorica e hiperproteica em
caso de desnutrição;
-Fase 3: É a fase final, focada em prevenção de recaidas e garantia de continuidade do
tratamento do paciente para melhor prognostico, devendo ser orientada a alta com
acompanhamento.

REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde. MANUAL DE TERAPIA NUTRICIONAL NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA


HOSPITALAR NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS. Brasília-DF, 2016.
GONÇALVEZ, C.V. et al. Monitoramento da Terapia Nutricional Enteral em Unidade de
Terapia Intensiva: Adequação calórico-proteica e sobrevida. BRASPEN J 2017; 32 (4): 341-6,
2017.

8) Como se define os níveis de assistências nutricionais ao serviço de nutrição para


caracterizar a assistência ao indivíduo? (1,0)

Os níveis de assistência de nutrição (NANs), dividem os procedimentos nutricionais de


acordo com o grau de complexidade das ações do nutricionista a serem executadas no
atendimento ao paciente em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
Permite ao profissional, estabelecer condutas especificas, através de um instrumento de
trabalho sistematizado e de fácil compreensão. Gera uma facilidade de obtenção de dados
nutricionais do paciente e o conhecimento da atuação do nutricionista. Para o paciente, o
atendimento pode ser feito de forma mais rápida, objetiva e científica, gerando um melhor
atendimento ao paciente, além de permitir para a instituição um maior controle administrativo do
processo e aumento de produtividade.
Maculevicius agrupou esses serviços da seguinte classificação:
• Nível Primário: Aqueles pacientes que não apresentem risco nutricional; e que
sua patologia não exija cuidados dietoterápicos específicos (ex: conjuntivite, gripe, etc.);
• Nível Secundário: Pacientes cuja patologia não exija cuidados dietéticos
específicos, porém apresentem riscos nutricionais; ou aqueles que a doença apresentada
exija cuidados dietéticos, mas SEM riscos nutricionais (ex: disfagia, diabetes, APLV, etc.)
• Nível Terciário: Pacientes COM riscos nutricionais; e pacientes que possuam
patologia que exijam cuidados dietoterápicos específicos.
A resposta ao critério de risco nutricional deve ser obtida através de algum instrumento
de triagem. Já à necessidade de dietoterapia, é necessário conhecer a condição clínica do
paciente, seu estado nutricional e a prescrição médica da dieta para definir a necessidade de
atenção dietética especializada

REFERÊNCIAS:

Associação Brasileira de Nutrição-ASBRAN. Sistematização Do Cuidado de Nutrição.


Disponível em < https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf >
Acesso em 15/03/2021.

9) Quais protocolos preconizados dentro da terapia nutricional para iniciarmos a


administração da dieta evitando possíveis complicações? (1,0)

A administração e evolução da dieta do paciente deve ocorrer conforme tolerância e


necessidade individualizada. Seu uso só deve ser feito após a avaliação do Nutricionista junto
com sua equipe, de que não há possibilidade de uma alimentação oral, e que não há
contraindicação TNE.
Em seguida deve-se avaliar o tempo estimado que o paciente fará uso de terapia
nutricional enteral. Se for entre 4-6 semanas utiliza-se sondas nasogástricas ou nasoentéricas,
mas se for maior que 6 semanas, é indicado o uso de ostomias. Não esquecendo de avaliar as
condições clínicas do paciente para definir a localização da sonda.
Após todos esses processos, O nutricionista define o tipo de dieta a ser utilizada e o
volume de infusão inicial a ser atingido e disponibiliza a prescrição da dieta, que deve ser feita
progressivamente, de modo que:
• 25% das calorias desejadas no 1° dia
• 50% das calorias desejadas no 2º dia
• 100% das calorias desejadas no 3º dia
Mas atenção, as dietas hipercalóricas devem ser limitadas a pacientes com necessidade
de restrição hídrica e administrar separadamente a diferença entre o aporte hídrico desejado e o
oferecido pela dieta.

REFERENCIAS:

MORAES, P. Terapia Nutricional Intensiva. Material de Aula.


EBSERH- Protocolo de Indicação e Desmame de Terapia Nutricional Enteral. Disponível em:
<http://www2.ebserh.gov.br/documents/733616/2933940/Protocolo+de+Indica%C3%A7%C3%A3
o+de+TNE+FINAL.pdf/04079d6f-30bf-4f8d-8a00-979b6ad798a2 > Acesso em: 15/03/2021

10) Diferencie e conceitue suplemento nutricional de complemento nutricional.


(1,0)

Os suplementos nutricionais, servem para complementar com calorias e nutrientes na


dieta diária de um idividuo, em casos onde sua ingestão pela alimentação seja insuficiente, ou
quando for necessário. Pode ser compostos por fibras, aminoácidos, carboidratos, proteínas e etc.

Complemento nutricional é um produto elaborado que tem como foco complementar a


dieta, quando há carência de um nutriente específico, afim de alcançar os valores de doses de
recomendações diárias.

REFERENCIAS:

MORAES, P. Terapia Nutricional Intensiva. Material de Aula.

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