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UNIVERSIDADE PAULISTA

SEPI- SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM V

L&K CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS

MANAUS

2014
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UNIVERSIDADE PAULISTA

SEPI- SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO

MARCELO DA SILVA PINHEIRO

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM V

L&K CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS

Trabalho apresentado ao curso de


Logística da Universidade Paulista –
SEPI, como requisito obrigatório de
nota, para cumprimento das disciplinas
de Centro de Distribuição – Estratégia
de Localização; Matemática Financeira;
Movimentação e Armazenagem.

MANAUS

2014
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RESUMO
A descontinuidade do processo produtivo, com diferentes intensidades
em termos de utilização de capital e mão-de-obra em cada etapa, somada às
diversas possibilidades de utilização e combinação de matérias-primas, resulta
em uma gama bastante ampla de opções quanto ao processo técnico utilizado,
às formas de organização da produção e ao produto final desejado. Do ponto
de vista tecnológico, em grande medida, o setor absorve as inovações
tecnológicas desenvolvidas no setor de máquinas têxteis e no setor de fibras
químicas. No entanto, as diferentes aplicações finais e as possibilidades de
segmentação de mercado no elo final da cadeia colocam como elemento
fundamental de competitividade a capacidade de diferenciar produtos e de
atender de maneira flexível às mudanças nos padrões de preferência dos
consumidores.
A organização é o sistema de recursos que procura alcançar metas e
para isso são necessárias algumas estruturas, componentes e condicionantes,
que tornam os objetivos da organização mais claros e dessa forma da a
entender aonde a empresa quer chegar e quais os recursos a serem aplicados
para melhor organização.
Palavras-chave: Organização. Têxtil. Tecnologia.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................5

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO – ESTRATEGIA DE LOCALIZAÇÃO..................7

MATEMÁTICA FINANCEIRA.............................................................................16

MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM.............................................................22

CONCLUSÃO.....................................................................................................25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................26
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INTRODUÇÃO
A importância da Logística para as Empresas Brasileiras Atualmente as
Empresas Brasileiras vivem um momento extremamente desafiador. Este novo
cenário é caracterizado pela busca por maior competitividade, maior
desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados
às expectativas dos Clientes e maior desenvolvimento e motivação de seu
capital intelectual (seus recursos humanos).
Para superar estes desafios, algumas Empresas buscam tomar ações
voltadas para redução de custos de uma forma isolada (através da eliminação
de posições em seu quadro de colaboradores, eliminação do cafezinho,
controle de ligações telefônicas e outras tão conhecidas). Estas ações, às
vezes se fazem necessárias, no entanto, quando tomadas de forma isolada,
não garantem o resultado desejado. Por outro lado, temos Empresas que
enxergam a Logística como uma estratégia competitiva bastante eficaz.
Estas Empresas planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma
forma integrada, avaliando todo o processo desde o Fornecimento da Matéria
Prima até a certeza de que o Cliente teve suas necessidades e expectativas
atendidas pelo produto ou serviço entregue. O resultado é a superação dos
desafios apresentados e consequentemente um melhor posicionamento no
mercado.
Como pontos centrais da Logística podem destacar: Visão integrada e
sistêmica de todos os processos da Empresa. A ausência deste conceito faz
com que cada área / departamento da empresa pense e trabalhe de forma
isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que os maiores
concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesmos; Fazer com que as
coisas (materiais e informações) se movimentem o mais rápido possível,
conseguindo assim aperfeiçoar os investimentos em ativos (estoques);
Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu
processo.
Seus Fornecedores, Colaboradores, Comunidade e Clientes são como
elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, devemos
sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo plenamente
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atendidas; O Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante


Avaliação de Desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas
gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico.
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CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO – ESTRATEGIA DE LOCALIZAÇÃO


O Brasil é um dos principais países produtores de produtos agrícolas,
com importante posição no comércio mundial de produtos alimentícios, não
obstante o sistema agroexportador brasileiro arque com um dos custos de
distribuição mais elevados do mundo. Segundo Fonseca e Silva (1998), o custo
de distribuição de produtos agrícolas e agroindustriais brasileiros representava,
na época, 40 dólares por tonelada a mais que nos EUA. Além disto, as perdas
brasileiras com produtos hortifrúti são estimadas em torno de 30% da produção
nacional, que é de 18 milhões de toneladas/mês, resultando em um
desperdício de 5,4 milhões de toneladas de alimentos.
Deste total de perdas, 24% ocorre na colheita dos produtos no campo e
transporte até os supermercados ou feiras (Barreto et al, 2000). Dentre outros
fatores, as deficiências na distribuição da produção agrícola são apontadas
como causas do elevado custo de exportação e comercialização de produtos
agrícolas brasileiros. As principais causas da ineficiência do sistema de
distribuição da produção agrícola brasileira são: a predominância do transporte
de carga rodoviário, estradas vicinais e rodovias em mau estado de
conservação (World Bank, 1996), a falta de armazéns nas propriedades rurais,
veículos inadequados ao transporte (Caixeta-Filho et al, 2001) e problemas
operacionais nos terminais, gerando desperdício. Portanto, o aumento da
competitividade do produtor nacional requer a redução dos custos de
distribuição dos produtos agrícolas brasileiros.
Assim, o custo logístico total associado às atividades de transporte e
armazenagem deve ser otimizado. Segundo Benson et al (1994), este custo é
composto por: frete através dos modais desde o fornecimento até o mercado;
despesas fixas de armazenagem (movimentação, inventário e controle de
produtos); custo variável de estocagem; custo de vendas perdidas por
indisponibilidade do produto; custo de obsolescência do produto; custo de
ociosidade devido à utilização parcial dos processos logísticos e custo
financeiro do capital de giro da empresa investido no ciclo do produto. Contudo,
a minimização destes custos é uma tarefa complexa, dado o caráter global,
exigente e mutável do mercado consumidor.
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Além disto, a gestão otimizada da cadeia logística requer um corpo


técnico especializado, bem como o uso intensivo de sistemas de informação e
tecnologias de rastreamento de carga. Entretanto, uma estratégia de
distribuição eficaz pode contribuir significativamente para minimizar o custo
logístico total, tendo em vista que o custo de transporte dos produtos agrícolas
varia de 4% a 25% do faturamento bruto da maioria das empresas do setor
(Nazário, 2000). Um fator chave em uma estratégia de distribuição consiste na
determinação do número e localização de centros de distribuição (CD),
capazes de abastecer o mercado consumidor a partir da fonte produtora,
dentro do nível de serviço exigido pelos consumidores e ao menor custo
possível (Bowersox and Closs , 1996).
As técnicas usadas em estudos de localização de centros de distribuição
(CD) abrangem três categorias: exatas, heurísticas e de simulação. Este
trabalho apresenta uma análise comparativa entre uma modelagem de
programação linear (exato) e um método heurístico, utilizados para resolver o
problema de localização de CD do produto melão no Agro polo do Baixo
Jaguaribe, Estado do Ceará, Brasil. Ambos os métodos minimizam os custos
de transporte da produção desde a sede dos municípios do agro polo até os
mercados consumidores.
Este estudo toma como referência os custos atuais de distribuição do
melão para a análise de desempenho dos métodos citados. Cabe ressaltar que
o melão foi escolhido como objeto de estudo tendo em vista que é o principal
produto em volume de exportação do Ceará no setor de produção de frutas
frescas, secas, conservadas, castanhas e nozes, representando 51,1% do
volume total de frutas exportadas em 2001 (SEAGRI, 2001). Este trabalho está
assim subdividido: após a introdução realizada na seção 1, tem-se a
caracterização do problema na seção 2, na qual é feita a apresentação da
região do Baixo Jaguaribe do Estado do Ceará; na seção 3 são descritos os
métodos abordados para localização de centros de distribuição; os resultados
obtidos com os métodos utilizados são apresentados na seção 4; e por fim, as
conclusões estão expostas na seção 5.
Os agropolos consistem numa área geograficamente delimitada,
envolvendo um número variável de municípios com potencial para
desenvolvimento da agricultura irrigada, e onde existe uma parceria entre o
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governo e a sociedade objetivando o desenvolvimento da região (SEAGRI,


2001). O Estado do Ceará possui ao todo seis agro polos. O Agro polo do
Baixo Jaguaribe abrange uma área do semiárido do Ceará igual a 8.299 km2,
compreendendo 15 municípios (ver Figura 1): Limoeiro do Norte, Morada Nova,
Russas, Jaguaruana, Itaiçaba, Aracati, São João do Jaguaribe, Quixeré,
Banabuiú, Ibicuitinga, Icapuí, Jaguaretama, Jaguaribara, Palhano e Tabuleiro
do Norte. Agropólos do Estado do Ceará (SEAGRI, 2001).
Quanto aos custos de transporte da produção, consultas junto aos
produtores de melão da área em estudo demonstraram os seguintes custos
médios unitários em 2001. Do agropólo para o porto do Mucuripe, em
Fortaleza, capital do Estado, gastava-se R$ 250,00 por caminhão
transportando 950 caixas contendo 13kg de melão cada, em um trecho de até
150 km, perfazendo um custo médio de R$ 0,13495 ton/km. Já do Agropólo
para a região Sudeste se despendia R$ 1.300,00 para o mesmo volume de
carga descrito anteriormente, com uma distância média de 2.500 km,
perfazendo um custo de R$ 0,04211 ton/km.
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO DE CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO:
Nesta seção, apresenta-se a formulação teórica dos métodos de programação
linear e heurístico utilizados para resolver o problema de localização de CD no
Agropólo do Baixo Jaguaribe.
Método heurístico Métodos heurísticos são empregados para resolver
problemas combinatórios de localização de grande complexidade, onde
métodos exatos são inviabilizados devido ao aumento exponencial do tempo
necessário para determinar a melhor solução. Assim, métodos heurísticos
buscam determinar soluções de boa qualidade, em um tempo aceitável, para
problemas complexos de localização, usando diferentes estratégias de busca
de soluções viáveis no universo de soluções possíveis. Contudo, estes
métodos não garantem que a solução encontrada é a melhor possível.
Os principais métodos heurísticos empregados na resolução de
problemas de localização são: busca tabu (Tuzun e Burke, 1999), simulated
annealing (Syam, 2002), algoritmos genéticos (Dijin et al., 1997) e GRASP
(Gomes e Silva, 1999). O método heurístico empregado na resolução do
problema de localização de CD da área em estudo utilizou o método GRASP. A
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implementação deste método foi feita através do software TransCAD, sendo


que o código do algoritmo usado é desconhecido.
Entretanto, a heurística GRASP implementada por este software
determina o somatório do custo de atendimento dos clientes (municípios e
mercado consumidores) a partir das facilidades (CD), compondo um cenário
inicial. Em seguida, o TransCAD tenta reduzir o somatório do custo de
atendimento do cenário inicial, alternando a combinação de diferentes
facilidades para o atendimento dos clientes, dentre o conjunto de facilidades
candidatas. Assim, a heurística gulosa escolhe o melhor cenário de localização
de facilidades avaliando todos os candidatos e selecionando aquele(s) que
melhor atende(m) ao objetivo especificado para o processo de localização
(CALIPER, 1996).
O TransCAD oferece quatro objetivos para o processo de localização, a
saber: minimização do custo médio de serviço; minimização do mais alto custo
de serviço (usado para a localização de bases de serviços de emergência);
maximização do mais baixo nível de serviço (usada para localização de bases
de serviços indesejáveis – ex. depósitos de lixo) e maximização de lucro. Este
trabalho utilizou o primeiro objetivo, o qual proporciona o melhor nível de
serviço para todos os clientes, devidamente ponderado por um atributo
específico do cliente. Neste estudo, o atributo de ponderação consistiu na
produção anual de melão dos municípios e na demanda deste produto pelos
mercados consumidores.
A resolução do problema de localização através do TransCAD requer a
elaboração de uma base de dados georeferenciada e de uma matriz de custo
de transporte unitário de produto entre facilidades e clientes. No caso do
Agropólo do Baixo Jaguaribe, estruturou-se uma base de dados (ver Figura 2)
contendo duas camadas geográficas. A primeira diz respeito à delimitação
geográfica dos municípios do Estado do Ceará, onde cada polígono continha
dados relativos à produção anual de melão dos municípios.
A segunda camada refere-se às malhas rodoviárias estadual e federal
do Estado, onde cada link contem dados relativos ao custo de transporte de
uma tonelada de melão no referido link. As distâncias entre as localidades
envolvidas (municípios e centros consumidores) foram obtidas junto ao
Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER) – Divisão Ceará. Os
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custos de transporte por link foram determinados com base nos custos médios
descritos no item 2. Foram feitas algumas adaptações nesta base de dados
visando representar melhor a realidade abordada. Assim, foi criado um
polígono e um link fictício para representar, respectivamente, o mercado
consumidor do sudeste do país e sua ligação com o Estado do Ceará.
A impedância associada ao link fictício foi proporcional à distância física
real média ao mercado do sudeste do país, 2.500 km. Ainda cabe ressaltar que
a rotina computacional do TransCAD não permite resolver o problema de
localização de instalações para serviços de entrega e coleta de produtos junto
ao cliente, simultaneamente. Entretanto, o problema de localização em questão
envolve a coleta da produção nos municípios do agropólo e entrega dos
produtos nos mercados consumidores.
Assim, a localização de CD no Agropólo do Baixo Jaguaribe foi obtida
assumindo apenas serviços de coleta para os clientes, mercados consumidores
e municípios produtores. Esta simplificação ocasiona o não atendimento da
demanda total dos mercados consumidores, como está explicado no estudo de
caso. Contudo, isto não inviabiliza o método, tendo em vista que os dados
resultantes permitem calcular o custo adicional de atendimento da demanda.
Relativamente à matriz de custo, esta foi obtida usando um algoritmo de
caminho mínimo do TransCAD, tendo como origens os municípios produtores
candidatos à localização de CD e como destino todos os municípios do
agropólo e os mercados consumidores.
Esta rotina usou como parâmetro, minimizar o custo de transporte da
produção entre localidades (origens e destinos), o qual foi cadastrado como
atributo da camada de rodovias.
Os códigos nas colunas e linhas indicam, respectivamente, os clientes
(mercado consumidores, municípios produtores ou não) e os municípios
candidatos à localização de CD. Os códigos M, MP e MC significam município
não produtor, produtor e mercado consumidor, nesta ordem. A correspondência
entre estes códigos e suas localidades é apresentada na Figura 2. Cabe
ressaltar que os municípios candidatos são apenas aqueles que produzem o
melão.
Método de programação linear (MPL) O MPL determina a melhor
solução de um problema, através da minimização ou maximização de uma
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função objetivo sob algumas restrições, supondo uma relação linear entre as
variáveis envolvidas. Para tanto, torna-se necessário modelar o problema de
forma matemática. Para o problema de localização de CD no Agropólo do
Baixo Jaguaribe foi elaborada uma modelagem específica.
ANÁLISE DOS RESULTADOS: Nesta seção, são apresentados os resultados
do método heurístico e do MPL para o problema de localização de dois e três
centros de distribuição no Agropólo do Baixo Jaguaribe. Ambos os métodos
consideraram todas as cidades do agropólo como candidatas à localização de
CD. Inicialmente, é apresentado o quadro atual de custo de transporte da
produção de melão, movimentada diretamente dos municípios produtores para
os mercados consumidores.
Custo atual de transporte de produção de melão no Agropólo do Baixo
Jaguaribe Tendo em vista a indisponibilidade de dados detalhados a respeito
dos volumes de venda por centro consumidor e dos custos de transporte de
cada produtor, determinou-se o custo atual de transporte da produção de
melão em termos médios, com base na Equação.
Então, assumiu-se que cada município tem uma repartição de volume de
vendas por mercado igual ao valor especificado no item 2 do presente trabalho,
ou seja, 70% para a Europa e MERCOSUL e 30% para o Sudeste do país.
Quanto aos custos médios de transporte (CMik) correspondem aos já
especificados no item 2 deste artigo. Já as distâncias de transporte (dik) foram
determinadas através da rotina de caminhos mínimos do software TransCAD,
tendo como parâmetro de minimização a distância física entre localidades. A
base de dados utilizada para determinar as distâncias mínimas é a mesma
descrita na seção.
Dado que a rotina computacional do TransCAD determinou a localização
ótima para dois CD’s considerando apenas o serviço de coleta do produto, o
atendimento da demanda dos mercados consumidores não foi garantido.
Assim, os valores de VT e custo de transporte para os mercados consumidores
não são significativos, pois o volume de produção a ser transportado para um
mercado consumidor depende da quantidade de produto recebida por um CD,
a partir dos municípios produtores. Veja-se que o volume de produto
transportado para Limoeiro do Norte (33.275 ton) é suficiente para atender a
demanda da região Sudeste, validado o valor de custo associado a este
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atendimento (R$ 1.954.825,55). Contudo, este CD ainda conta com um saldo


do produto melão igual a 15.890 toneladas, o qual deve ser transportado para a
Europa e MERCOSUL a um custo de R$ 230.330,80. Este valor é obtido pela
proporcionalidade dos custos, multiplicando-se o custo de R$ 588.003,09 pelo
quociente entre 15.890 e 40.565 ton.
Entretanto, os mercados Europa e MERCOSUL apresentam deficit de
atendimento de demanda de 24.675 ton, valor igual ao saldo de produção do
CD localizado em Aracati. Desta forma, o produto arrecadado por esta
cidade é transportado a um custo adicional de R$ 365.436,75, obtido pelo
produto entre este volume de produção e o custo de transporte entre as
localidades envolvidas (Fortaleza e Aracati) - R$ 14,81 por ton (ver Tabela 2,
códigos MP29 e MC19). Portanto, o custo total de escoamento da produção de
melão, associado ao cenário de dois CD localizados nas cidades de Aracati e
Limoeiro do Norte, equivale ao somatório dos custos parciais, adicionais e
reais, resultando num valor de R$ 2.591.928,93. Raciocínio similar ao descrito
acima deve ser empregado na obtenção do custo total para o cenário de três
CD’s.
Método de programação linear Os resultados da aplicação do método
MPL para o problema de localização em estudo, obtidos através do software
LINDO, são apresentados na Tabela 5. Cabe ressaltar que este programa não
fornece os custos individuais de atendimento, mas sim o custo total. A análise
da Tabela 5 indica que o cenário com 3 CD’s apresenta custo total inferior ao
com 2 CD’s, resultando numa economia de R$ 4.693,00. Contudo, este valor
não é significativo para viabilizar a abertura de um novo CD em Itaiçaba, tendo
em vista os custo fixos decorrentes.
Análise conjunta dos resultados do método Heurístico e do MPL A Tabela 6
apresenta um resumo dos valores de custo total de escoamento da produção
de melão do Agropólo do Baixo Jaguaribe obtidos por cada método, para
cenários com 2 e 3 CD’s. O custo total compõe apenas os custos de transporte
troncal da produção, não sendo considerados os custos de transporte das
propriedades produtoras para a sede do município.
A análise da Tabela 6 indica que o MPL obteve melhor desempenho que
o método heurístico, relativamente à minimização do custo total, em ambos os
cenários, tendo reduzido em 18,1 % o custo total entre cenários. A performance
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dos dois métodos para um mesmo cenário mostra que o MPL obteve valor
absoluto de custo total inferior ao encontrado pelo método heurístico, em
ambos cenários. Quanto às cidades escolhidas para locar os CDs, os métodos
apresentaram o mesmo resultado para o cenário com dois CD. Já para o
cenário de 3CD, o método heurístico especificou a cidade de Quixeré para a
localização do terceiro CD, e o MPL escolheu a cidade de Itaiçaba (ver figura
6). Isto demonstra que o primeiro método pondera mais a produção do
município em detrimento da restrição de atendimento das demandas dos
mercados, tendo em vista que Quixeré possui produção bem superior a
Itaiçaba. Contudo o MPL privilegia o atendimento racional da demanda dos
mercados, pois esta cidade está mais próxima do principal mercado
consumidor (Europa e MERCOSUL) do que a cidade de Quixeré. Os tempos
computacionais requeridos foram considerados desprezíveis (frações de
segundo) nos dois métodos utilizados. Isto se deveu, particularmente, pelo
tamanho da instância do problema tratado (17 cidades). Assim, em termos
comparativos, os resultados obtidos foram significativos em relação aos custos
totais obtidos pelos métodos e as cidades escolhidas para se instalar os
centros de distribuição.
A implantação de dois e três CD’s - tendo como objeto de estudo o
Agropólo do Baixo Jaguaribe, situado no Estado de Ceará, e seus mercados
consumidores. A obtenção da solução pelos dois métodos teve como critério a
minimizar o custo de transporte troncal da produção de melão entre os agentes
envolvidos: municípios do agropólo e mercados consumidores. Os resultados
obtidos demonstraram que o método de programação linear apresentou melhor
desempenho que o heurístico, tanto na redução de custo entre cenários, como
na diminuição do valor absoluto do custo total em um mesmo cenário. No
problema prático estudado, o número de agentes envolvidos é relativamente
pequeno, o que reduz o espaço de soluções viáveis. Isto confere ao método de
programação linear vantagem competitiva sobre o método heurístico, como
demonstraram os resultados.
Além disto, a modelagem torna o MPL flexível, permitindo conceber um
método exclusivo para o problema em estudo. Assim, é possível determinar
uma função objetivo e incorporar restrições ao método, capazes de retratar
melhor a realidade e atender as necessidades específicas dos tomadores de
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decisão. Contudo, o MPL requer exaustivo esforço para a elaboração escrita do


método desejado, devido à linguagem matemática exigida pelo processo de
modelagem. Esta desvantagem pode ser contornada automatizando o
processo de construção do método, através da elaboração de um programa
computacional. Cabe ressaltar que um MPL supõe a linearidade das variáveis
envolvidas, o que pode ser um ponto fraco se estas variáveis não
apresentarem comportamento linear no problema real.
Relativamente ao método heurístico implementado através do
TransCAD, cabe destacar que a qualidade dos resultados obtidos depende do
algoritmo elaborado para efetuar o processo heurístico de busca da solução
ótima, o qual é de conhecimento restrito da companhia criadora daquele
software. Contudo, os resultados obtidos para o problema prático
demonstraram que o método heurístico GRASP apresentou desempenho
próximo ao MPL. Além disto, o uso conjunto de heurística e Sistemas de
Informação Geográfica (SIG), apresenta a vantagem da combinação de um
processo otimizado de busca da melhor solução com um banco de dados
referenciado espacialmente. Cabe destacar que o SIG é capaz de reconhecer
as relações entre objetos espaciais e topologia - tais como a conectividade
entre links (ex. ruas, rodovias) - da uma malha viária. Isto permite a um
software somo o TransCAD conter algoritmos de determinação de caminhos
mínimos, fundamental para a determinação de custo mínimo de transporte
entre localidades (Church, 2002).
Portanto, este trabalho corrobora com o fato conhecido de que os
métodos de programação linear são adequados para problemas de pequeno
porte, desde que usados em conjunto com linguagens de programação que
facilitem a elaboração escrita da modelagem desejada. Já os métodos
heurísticos são recomendados para a busca de soluções de boa qualidade
quando o espaço de soluções viáveis for amplo, o que ocasiona ganhos de
tempo de processamento.
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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Ter um mínimo de conhecimento sobre matemática financeira é
imprescindível a qualquer empreendedor. A diferença entre fazer bons e maus
negócios pode residir justamente na capacidade de interpretar as informações
que o mercado oferece e, dentre tantos caminhos a escolher, optar pelo melhor
para sua empresa.

Como usar a matemática financeira Calcule Juros, Descontos e


Prestações traduz um universo que permeia os negócios, mas que muita gente
considera difícil ou mesmo intransponível. Aqui você vai encontrar a síntese do
que há de mais importante no universo da matemática financeira.

Tudo de uma forma clara, com uma linguagem simples e, ao mesmo


tempo, envolvente.

A Coleção Gestão Empresarial foi especialmente desenvolvida para


auxiliá-lo a aprimorar a gestão de seus negócios. Elaborados e
supervisionados por especialistas, os livros visam proporcionar conhecimento
em Finanças, Contabilidade, Marketing, Recursos Humanos, Planejamento
Estratégico e em muitos outros temas.

De fato, a matemática nos permite participar de uma dimensão mágica,


extrapolar as barreiras do mundo real e viajar no universo das possibilidades,
no qual a criatividade e a imaginação não encontram fronteiras. Esse
mecanismo pode parecer, em princípio, um tanto abstrato e irreal,
desconectado do dia a dia.

Porém, é uma ferramenta fundamental para analisar, por diversos


pontos de vista, o cotidiano financeiro e principalmente “pegar uma carona” na
máquina do tempo da matemática com o objetivo de planejar a vida financeira
futura tanto de uma empresa como de um indivíduo. Neste momento, você
deve estar se perguntando: “Qual a relação entre essa história aparentemente
fantasiosa com o tema central deste livro?”. Resposta: tudo. Na realidade, a
relação entre o mundo imaginário da matemática e o estudo da matemática
17

financeira é funda- mental para a análise de como o dinheiro se comporta com


o transcorrer do tempo.

A relação entre o mundo imaginário da matemática e o estudo da matemática


financeira é fundamental para a análise de como o dinheiro se comporta com o
transcorrer do tempo.

Taxa de juros Antes que você tenha mais dúvidas, vamos entender o
porquê da frase “Tempo é dinheiro”. Para isso, primeiramente devemos
compreender o conceito de taxa de juros. Como sabemos, o juro tem papel
preponderante no equilíbrio do mundo financeiro, uma vez que representa o elo
entre os indivíduos que têm dinheiro à disposição e aqueles que não o
possuem e precisam dele para determinado fim.

Em outras palavras, os juros representam o coração do custo do capital


ou do custo do dinheiro. Desde os primórdios, a essência do conceito do custo
do capital reside na noção de que o dinheiro assim como qualquer mercadoria
apresenta determinado valor. Esse valor será expresso pelo resultado entre
uma negociação daqueles que possuem o capital disponível com aqueles que
necessitam do mesmo capital para o fim determinado daí decorre a queda-de-
braço entre a oferta e a demanda de dinheiro.

Taxa de uso O indivíduo que dispõe do dinheiro pode emprestá-lo


àquele que não o possui. Para isso, terá de se privar dele por determinado
tempo. Ou seja, o detentor do dinheiro ficará momentaneamente sem o valor
emprestado. Como precisa se privar por um tempo de algo que lhe pertence, o
proprietário do capital obviamente irá cobrar uma taxa pelo uso do valor
emprestado daquele que for usá-lo, como se fosse um aluguel.

Custo do dinheiro Essa taxa é exatamente o custo do dinheiro no tempo.


Seu valor deve variar de acordo com dois fatores essenciais: O tempo em que
o capital for disponibilizado; O risco de o devedor perder o capital e não
conseguir devolvê-lo.

De modo similar, o indivíduo que não possui dinheiro e necessita de


certa quantia para determinado fim imediato deve estar disposto a pagar um
prêmio a quem lhe emprestar os recursos naquele momento tão importante.
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Com o dinheiro emprestado, ele poderá realizar seus planos, como comprar um
imóvel, abrir uma empresa, pagar dívidas etc.

Recursos na hora Pode se concluir, portanto, que o dinheiro à


disposição instantaneamente vale um prêmio. E, estendendo o raciocínio,
quanto mais tempo esse mesmo dinheiro estiver a sua disposição, maior será o
prêmio ou o aluguel por seu uso.

Torna-se evidente também que o dinheiro à disposição amanhã não tem


o mesmo valor que o dinheiro à disposição hoje. Para quem necessita de
recursos, um empréstimo futuro não é tão importante quanto um empréstimo
obtido na hora. Ou seja, quem precisa de dinheiro paga um prêmio para não ter
de esperar o tempo passar. Por sua vez, aquele que empresta determinado
valor também irá cobrar por ter de ficar sem dinheiro por tanto tempo.

Exemplo Meire descobriu que seu vizinho Roberto estava vendendo o


carro usado dele na data de hoje, porque necessitava pagar urgentemente uma
dívida no valor de 25 mil reais a vencer hoje mesmo no banco. Era de
conhecimento de todos que Meire queria justamente comprar um automóvel.
Tão logo soube da história, ela não perdeu tempo. Ligou para sua prima Fátima
que, por sua vez, tinha acabado de receber uma herança. Meire, então,
explicou à prima que necessitava pedir emprestado o dinheiro para comprar o
veículo. Fátima não ia mesmo precisar do valor da herança que havia ganhado-
do inesperadamente.

Porém, ela imaginou que, em vez de emprestar o dinheiro a Meire,


poderia finalmente realizar o sonho de viajar com a família para Fortaleza e
visitar os parentes. Assim, Fátima telefonou para Meire e explicou lhe o
desconforto em emprestar o dinheiro e a intenção de utilizá-lo para viajar. Meire
contra argumentou, dizendo que, se ela não comprasse o carro naquele
momento, Roberto venderia a outra pessoa.

As duas primas, então, estabeleceram um acordo: Meire ofereceu a


Fátima 27 mil reais a serem pagos no prazo de um mês em troca do
empréstimo naquela data de 25 mil reais. Fátima aceitou a oferta, porque,
apesar de ter de esperar um mês para realizar a viagem dos sonhos, ela
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poderia, com o dinheiro extra de 2 mil reais, renovar o guarda- roupa e comprar
presentes para a família e a prima.

Vantagem mútua Tanto para Meire como para Fátima, 25 mil reais hoje
equivalem a 27 mil reais ao final de um mês. De um lado, Meire mostrou se
disposta a pagar um prêmio de 2 mil reais para ter o dinheiro disponível no ato
e poder devolvê-lo apenas em 30 dias. De outro, Fátima se satisfez com um
aluguel de 2 mil reais para compensar o desprazer de adiar sua viagem.

O raciocínio demonstra que a disponibilidade de 25 mil reais hoje


equivale à disponibilidade de 27 mil reais dentro de determinado tempo de
acordo com as necessidades dos participantes desse mercado restrito. Muito
bem. Deu para entender porque tempo é dinheiro, uma vez que o valor do
dinheiro muda conforme sua disponibilidade com o decorrer do tempo. Mas,
espere um pouco... Por que, então, as taxas de juros também mudam de uma
hora para outra?

Juros de mercado Até o momento, vimos que os juros correspondem ao


custo cobrado para dispor de dinheiro por determinado tempo. Também
aprendemos que o valor da taxa de juros depende da quantidade de tempo e
do risco de não paga- mento do empréstimo.

Efeito do tempo o primeiro componente dessa equação, o tempo, é uma


medida relativa que afeta as pessoas de forma diferente, conforme suas
demandas financeiras. Uns necessitam de dinheiro hoje, outros amanhã;
alguns vão precisar de recursos daqui um ano, enquanto outros são
superavitários, cujas necessidades de caixa estão supridas por toda a vida.

O primeiro componente dessa equação, o tempo, é uma medida relativa


que afeta as pessoas de forma diferente.

Oferta e necessidade Com o passar do tempo, essas características de


oferta e necessidade de dinheiro irão afetar pessoas físicas e jurídicas, fundos
de investimentos, empresas e governos de cidades, estados e países. Esse
conjunto de indivíduos, dispostos a emprestar dinheiro ou a tomá-lo
emprestado, espalham-se pelo mundo e compõem o merca- do financeiro
internacional.
20

Desse modo, o resultado da soma dos indivíduos credores e devedores


ao longo do tempo, consequentemente, irá afetar o valor das taxas de juros nos
diversos mercados financeiros internacionais.

Sobe e desce dos juros Acompanhe o raciocínio: se a quantidade de indivíduos


interessados em tomar dinheiro emprestado for maior do que a de interessados
em emprestar, qual será a tendência das taxas de juros? Dica: lembre-se que
as taxas representam o preço do “aluguel” do dinheiro por determinado tempo.
Então, se você respondeu que a tendência das taxas de juros é subir, acertou!
Afinal, pela lei da oferta e da demanda, com mais pessoas interessadas em
empréstimos, ocorre aumento das taxas de juros. Com o mesmo raciocínio, é
fácil compreender o efeito inverso. Ou seja, quando existem mais indivíduos
superavitários, dispostos a emprestar, do que indivíduos deficitários, carentes
de recursos, há redução nas taxas de juros.

Período da operação Primeiro mês Segundo mês

Devedor Meire Meire


Credor Fátima Banco
Prazo do empréstimo 1 mês 1 mês
Valor do empréstimo R$ 25.000,00 R$ 27.000,00
Juro do empréstimo R$ 2.000,00 R$ 3.000,00
Valor do juro como percentual do 8% 11%
empréstimo
Valor de quitação após um mês R$ 27.000,00 R$ 30.000,00

Imagine que a empresária Maria Anita pretenda pôr à venda um vestido


por 90 reais com desconto de 10% para pagamento em dinheiro. Qual o valor
do vestido com desconto?

Principal: R$ 90,00 Juros: – 10% (desconto)

Se 100% corresponde à totalidade ou a um número inteiro, 10% de 1


corresponde a 0,1. Portanto:

1 – 10% = 1 – 0,1 = 0,9


21

Dessa forma, 0,9 corresponde a 1 inteiro menos 10%. Assim, em termos


percentuais, quando se multiplica qualquer número por 0,9, significa o mesmo
que retirar 10% desse número. Conclusão: o valor principal corresponde a um
número inteiro. Já os juros (ou descontos) correspondem a um valor percentual
desse número.

Valor com desconto:

R$ 90,00 – 10% = R$ 90,00 x 0,9 = R$ 81,00

Valor principal = R$ 90,00 Juros = – 10%

Se 10% de 90 reais é igual a:

R$ 90,00 x 0,9 = R$ 9,00

Como os juros são negativos, tem- se um valor monetário para os juros de –R$
9,00, que é equivalente a um desconto de 9 reais.
22

MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
A armazenagem é constituída por um conjunto de funções
de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-
primas, produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que este processo
envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma
operação, nas existências em trânsito, com o objetivo de lhes acrescentar valor
(Dias, 2005, p. 189). Pode-se definir a missão da armazenagem como o
compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática
isto só é possível se tiver em conta todos os fatores que influenciam os custos
de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos
(Casadevante, 1974, p. 26).

Na armazenagem pode-se considerar que intervém uma série de


variáveis, as quais se denominam “fatores”. Estes possuem uma influência
específica para cada caso e têm um papel preponderante na realização de uma
boa armazenagem (Casadevante, 1974, p. 45). Se não se veja:

O material é destacado como o principal item da armazenagem. Este


pode ser diferenciado pela sua utilização, consumo, e apresentação, bem como
outras características especiais que podem ser determinantes nas medidas a
adaptar, devendo-se por isso classificar os materiais tendo em conta diversos
itens (Casadevante, 1974, p. 62).

A espera é destacada como grande impulsionadora da armazenagem.


Esta se traduz na antecipação com que os materiais devem ser colocados na
empresa à espera de serem utilizados no processo (Casadevante, 1974, p. 62).

A existência traduz-se na acumulação ou reunião de materiais em


situação de espera. Este conceito também se pode estender à quantidade de
cada material em espera num armazém (Casadevante, 1974, p. 62).

O tráfego está incutido no processo de armazenagem, pois este envolve


a reunião de homens, máquinas e principalmente dos materiais. O tráfego
contém geralmente operações com (Casadevante, 1974, p. 72): carregamento;
23

movimentações internas do local; movimentações externas do local;


descarregamento; colocações.

Na armazenagem os custos envolvidos são geralmente fixos e indiretos,


percebendo-se desde logo a dificuldade da gestão das operações e
principalmente o impacto dos custos. Por outro lado, a alta parcela dos custos
fixos na armazenagem potencia a que os custos sejam proporcionais à
capacidade existente no armazém, isto é, independentemente deste estar vazio
ou cheio, os custos continuarão os mesmos uma vez que o espaço, os
trabalhadores, os equipamentos e outros investimentos continuam a existir. Na
análise de custos deve-se começar pela identificação dos itens responsáveis,
que podem ser equipamentos, alugueres de armazém e outros, e prosseguir
com o cálculo dos mesmos (Dias, 2005, p. 191).

Não existe nenhuma norma que regule o modo como os materiais devem estar
dispostos no armazém, porém essa decisão depende de vários fatores. Senão
veja-se: Armazenagem por agrupamento: Esta espécie de armazenagem
facilita a arrumação e busca de materiais, podendo prejudicar o
aprovisionamento do espaço. É o caso dos moldes, peças, lotes de
aprovisionamento aos quais se atribui um número que por sua vez pertence a
um grupo, identificando-os com a divisão da estante respectiva (Krippendorff,
1972, p. 110).

Armazenagem por tamanho, peso e característica do material: Neste


critério o talão de saída deve conter a informação relativa ao sector do
armazém onde o material se encontra. Este critério permite um melhor
aprovisionamento do espaço, mas exige um controlo rigoroso de todas as
movimentações (Krippendorff, 1972, p. 110).

Armazenagem por frequência: O controle através da ficha técnica


permite determinar o local onde o material deverá ser colocado, consoante a
frequência com que este é movimentado. A ficha técnica também consegue
verificar o tamanho das estantes, de modo a racionalizar o aproveitamento do
espaço (Krippendorff, 1972, p. 110).
24

Armazenagem com separação entre lote de reserva e lote diário: Esta


armazenagem é constituída por um segundo armazém de pequenos lotes o
qual se destina a cobrir as necessidades do dia-a-dia. Este armazém de
movimento possui uma variada gama de materiais (Krippendorff, 1972, p. 111).

Armazenagem por sectores de montagem: Neste tipo de armazenagem as


peças de série são englobadas num só grupo, de forma a constituir uma base
de uma produção por família de peças. Este critério conduz à organização das
peças por prioridades dentro de cada grupo (Krippendorff, 1972, p. 111).

A mecanização dos processos de armazenagem fará com que o critério


do percurso mais breve e de menor frequência seja implementado na
elaboração de novas técnicas de armazenagem (Krippendorff, 1972, p. 111).

A movimentação é um fator de extrema importância na armazenagem, da qual


se destaca (Krippendorff, 1972, p. 60-61):

Ponte móvel ou ponte rolante sobre o armazém: Na ponte móvel o


material é colhido verticalmente, o que ajuda nos acessos. É o caso do material
metálico, que implica uma armazenagem de curta distância.

Armazém munido de guindaste em rodas: Para o guindaste em rodas já


são precisos acessos de maior dimensão, pois este guindaste não possui um
grande alcance. Os guindastes têm de estar bem firme, ao passo que o
material necessita de carris ou pranchas para ser movimentado.

Movimentação por empilhador ao ar livre: Para a utilização do


empilhador ao ar livre são necessários bons acessos. O material tem de ser
previamente colocado em estrados, visto que o empilhador não tem ajudas. O
solo deve ser firme e consistente.
25

CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o trabalho teve como base a indústria têxtil. A
logística na empresa estudada pode ser considerada como o coração da
empresa, tudo na empresa depende diretamente da logística, pois 99% da
matéria prima e outros materiais são comprados em outros estados do Brasil e
dependem diretamente de transporte.
Com relação à inserção no mercado externo, é importante destacar a
importância de buscar focos de especialização que procurem não concorrer
diretamente com produtos já estruturados pelas cadeias produtivas
organizadas pelos grandes produtores e compradores globais.
A busca incessante por redução de custos, característica do mercado
atual, faz com que haja cada vez mais a necessidade de se comprar com
qualidade e a custos menores.
26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barreto, A. C. C.; Oliveira, C. B. Jr.; Medeiros, D. S. A. de; Brasil, G. H. de A. P.
e Carvalho, T. C. A. de (2000) Cadeia de Transporte de Hortifruti do
Supermercado Nordestão. Universidade Potiguar, Programa de Especialização
em Logística Empresarial, Natal, Rio Grande do Norte. Benson, D; Bugg, R.
and Whitehead, G. (1994) Transport and Logistics. Woodhead-Faulkner.
London. Bowersox, Donald J. and Closs, David J. (1996) Planning and Design
Techniques. Logistical Management - The Integrated Supply Chain Process.
McGraw-Hill, Singapura. CALIPER (1996) Crouting and Logistics with
TransCAD 3.0. Version 3.0, Microsoft Windows, Caliper Corporation, USA.
ACKERMAN, Kenneth B. - Practical handbook of warehousing. 4ª ed. Nova
Iorque: Chapman & Hall, 1997. ISBN 978-041-212-511-9MULCAHY, David E.
- Warehouse distribution and operations handbook. Nova Iorque: Mcgraw-Hill,
1994. ISBN 978-007-044-002-9TOMPKINS, James A.; SMITH, Jerry D. eds.
- The warehouse management handbook [Em linha]. 2ª ed. Raleigh, NC:
Tompkins Press, 1998. [Consult. 5 Jun. 2008]. Disponível em WWW:
<URL:http://books.google.com/books?id=oHkA15BCY9MC&hl=pt-PT>. ISBN
978-096-586-591-3
27

UNIVERSIDADE PAULISTA

SEPI- SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM VI

L&K CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS

MANAUS

2014
28

UNIVERSIDADE PAULISTA

SEPI- SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO

MARCELO DA SILVA PINHEIRO

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM VI

L&K CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS

Trabalho apresentado ao curso de


Logística da Universidade Paulista –
SEPI, como requisito obrigatório de
nota, para cumprimento das disciplinas
de Plano de Negócios; Tecnologia para
Planejamento e Operações Logísticas
Ética e Legislação: Trabalhista e
Empresarial.

MANAUS

2014
29

RESUMO
Os procedimentos metodológicos realizados envolveram a discussão
das estratégias de produção, a utilização de novas tecnologias, a organização,
o gerenciamento, a comercialização, as alianças, as parcerias e as
associações entre as empresas de confecção e os potenciais resultados, assim
como o levantamento de dados secundários da indústria e a análise dos dados
da PINTEC (2005), divulgados em agosto de 2007.
O fenômeno da reestruturação produtiva encontra suas bases em uma
ampla forma de reestruturação do capital para enfrentar as sucessivas crises
de acumulação que desde os anos setenta vinham marcando a economia
mundial.
Palavra-chave: Confecção. Comercialização. Organização.
30

SUMÁRIO
31

INTRODUÇÃO
O novo paradigma tem se apoiado em inovações tecnológicas e tem
permitido a redução dos preços relativos da produção, reordenando o mercado
mundial, alterando os processos de trabalho, as estruturas e estratégias
empresariais, na definição de novas bases de competitividade e no
aprofundamento da internacionalização (BRAVERMAN, 1977).
A transformação econômica mundial exige um novo reordenamento das
relações entre os Estados para permitir o fluxo do capital internacionalizado.
Em termos mundiais, a possibilidade de fragmentar o processo produtivo
em etapas resultou em uma cadeia produtiva integrada internacionalmente e
comandada por grandes empresas especializadas na gestão da marca e da
comercialização, ou nas próprias empresas de varejo comandando a
transferência de etapas mais intensivas em mão-de-obra para países em
desenvolvimento com baixos custos salariais.
A reorganização mundial da cadeia Têxtil e de Confecção aparece
claramente nos dados de comércio internacional, com o deslocamento
constante dos países desenvolvidos no ranking dos principais exportadores
praticamente desde a década de 60 do século passado.
32

PLANO DE NEGÓCIOS
Plano de negócios (do inglês Business Plan), também chamado "plano
empresarial", é um documento que especifica, em linguagem escrita, um
negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado.
Geralmente é escrito por empreendedores, quando há intenção de se
iniciar um negócio, mas também pode ser utilizado como ferramenta de
marketing interno e gestão. Pode ser uma representação do modelo de
negócios a ser seguido. Reúne informações tabulares e escritas de como o
negócio é ou deverá ser.
De acordo com o pensamento moderno, a utilização de planos
estratégicos ou de negócios é um processo dinâmico, sistémico, participativo e
contínuo para a determinação dos objetivos, estratégias e ações da
organização; assume-se como um instrumento relevante para lidar com as
mudanças do meio ambiente interno e externo e para contribuir para o sucesso
das organizações. É uma ferramenta que concilia a estratégia com a realidade
empresarial. O plano de negócio é um documento vivo, no sentido de que deve
ser constantemente atualizado para que seja útil na consecução dos objetivos
dos empreendedores e de seus sócios.
O plano de negócios também é utilizado para comunicar o conteúdo a
investidores de risco, que podem se decidir a aplicar recursos no
empreendimento.
Para E. Bolson, plano de negócio "é uma obra de planejamento
dinâmico que descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e
de inserção no mercado e prevê os resultados financeiros". Segundo o mesmo
autor, a estratégia de inserção no mercado talvez seja a tarefa mais importante
e crucial do planejamento de novos negócios.
Tal como se utiliza o PN para definir o negócio que se quer implementar,
é necessário utilizar um guia para criar o PN ideal para a empresa projecto que
o empreendedor quer lançar, existindo, para esse efeito, muitos tutoriais e
modelos disponíveis na Internet para consulta (basta fazer uma procura sobre
“business plan” ou “plano de negócios”, para obter uma grande lista de sites
sobre esta temática).
33

A construção do PN não deve restringir-se a um modelo previamente


elaborado. Um dos erros mais comuns na escrita dos planos reside na pouca
originalidade que muitos têm. Muitos empreendedores limitam-se a “emprestar”
informação de outros documentos. Este método de construção não é correto,
pois cada negócio funciona de uma maneira individual, e cada tópico relevante
necessita de ser fundamentado e posteriormente revisto.
O empreendedor deverá ter as seguintes considerações gerais antes de
elaborar o documento:
Definir os objetivos para produzir o PN – Quem vai ler o plano, e o qual o
objetivo dessa leitura? Ao definirem-se estes objetivos o empreendedor
consegue decidir qual o conteúdo, e respectiva ênfase que coloca em todas as
secções do documento.
Atribuir tempo suficiente para investigação – A qualidade de um PN é
proporcional ao tempo que se dedica à investigação antes da sua elaboração.
É possível obter informação sobre o crescimento de mercado, perspectiva da
indústria e perfis de clientes em bibliotecas, através da Internet e em serviços
de base de dados pagos. Para além de factos publicados é possível realizar
entrevistas a fornecedores, especialistas e concorrentes – quanto melhor se
conhecer a indústria, clientes e competição do negócio melhor se conseguirão
fundamentar o plano.
Definir a audiência e dimensão do PN – A dimensão de um PN típico
pode variar entre as 10 e as 100 páginas, dependendo do uso que se quer
fazer do plano e da audiência que o vai ler. Um PN interno de uma empresa
pode excluir secções como a gestão e ser mais específico na implementação.
Um PN básico para bancos tem usualmente 20 páginas onde é incluída a
análise financeira.
Redação e Revisão – O empreendedor só possui uma oportunidade
para utilizar o PN para recrutar investidores. São os planos bem escritos e
fundamentados que abrem as portas da oportunidade: é preciso editar e rever
continuamente o documento.
Mostrar rascunhos do PN a terceiros – É muito fácil a um autor de um
texto não descobrir erros de raciocínio na obra que escreve, ou subestimar
informações sobre áreas que não domina. É muito útil mostrar e rever o plano
com pessoas da mesma, ou outras áreas.
34

Cuidados antes de elaborar as diferentes secções que constituem o PN: Definir


os pontos-chave – Uma boa maneira de garantir a consistência entre as
secções, de reduzir a duplicação e de referir toda a informação relevante
consiste em delinear todos os pontos-chave para cada parte do PN antes de
iniciar a sua escrita.
Garantir que as projeções financeiras são credíveis – para muitos
leitores, a secção financeira é a secção mais relevante do plano, pois a partir
dela é possível identificar as necessidades financeiras para o empreendedor e
é possível analisar o potencial de lucro do negócio, para além de garantir a
credibilidade junto do leitor. É preciso não esquecer que nas situações em que
é preciso realizar projeções, não convém ao empreendedor ser
excessivamente optimista.
Escrever o Sumário Executivo no fim – o Sumário Executivo, uma das
primeiras secções do PN, consiste numa espécie de resumo do documento e,
como é uma das primeiras partes a ser lida, convém que tenha uma dimensão
reduzida e que sublinhe os aspectos mais importantes do plano, para incentivar
eficazmente o leitor.
O plano de negócios é composto por várias seções que se relacionam e
permitem um entendimento global do negócio. Elas são organizadas de forma
a manter uma sequência lógica que permita a qualquer leitor do plano de
negócios entender como funciona o empreendimento e o que se planeja.
O plano completo usualmente é visto como uma coleção de sub-planos,
incluindo "Plano financeiro", "Plano de marketing", "Plano de produção", e
"Plano de recursos humanos". Desse modo o leitor também espera
compreender seus produtos e serviços, seu mercado, sua situação financeira,
sua estratégia de marketing, e demais recursos.
As seções propostas, descritas sucintamente abaixo, seguem o padrão
que se capta, aproximadamente, do formato recomendado por empresas,
financiadores, livros, e exemplos de caso.
Dependendo do público alvo do plano de negócios, estruturas distintas
das aqui propostas terão, provavelmente, de ser apresentadas.
A secção de planejamento estratégico é onde são definidos os rumos do
empreendimento, sua situação atual, suas metas e objetivos de negócio, uma
análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), bem como a
35

descrição da visão e missão do empreendimento. É a base para o


desenvolvimento e implantação das demais ações do empreendimento.
Descrição da empresa/empreendimento: Nesta seção deve-se descrever
o empreendimento, seu histórico, estrutura organizacional, localização,
contatos, parcerias, serviços terceirizados, etc.
Em caso de empresa já constituída, descrever também seu
crescimento/faturamento dos últimos anos, sua razão social, e impostos.
Produtos e serviços: Descrever quais são os produtos e serviços, como
são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos, pesquisa e
desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém marca e/ou patente de
algum produto etc.
Análise de mercado: Deve-se mostrar que se conhece muito bem o
mercado consumidor do produto/serviço (através de pesquisas de mercado):
como está segmentado, as características do consumidor, análise da
concorrência, a participação de mercado do empreendimento e a dos principais
concorrentes, os riscos do negócio etc. A análise do mercado envolve pelo
menos três dimensões: o mercado consumidor atual e potencial, os
fornecedores e os concorrentes atuais e potenciais. Esta análise pressupõe,
assim, uma análise da procura e da oferta. Com os resultados obtidos, opte por
apresentar dados estatísticos que funcionem como indicadores para a
viabilidade do nosso negócio, de acordo com a atuação do mercado.
É importante: conhecer o cliente (público alvo); definir o âmbito
geográfico de atuação da empresa; identificar os concorrentes; enunciar os
pontos fracos e vantagens em relação a eles; estabelecer os fornecedores para
dar resposta a todas as necessidades do negócio; delinear a estratégia de
marketing.
Plano de marketing apresenta como você pretende vender seu
produto/serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e
aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização,
diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de
vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e
publicidade. Destaca ainda a necessidade da interação com os clientes
buscando destes respostas para melhoria contínua do mesmo.
36

Plano financeiro: A seção de finanças deve apresentar em números todas as


ações planejadas de seu empreendimento e as comprovações, através de
projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que propósito), de
sucesso do negócio. Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de 3
anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade
prevista, prazo de retorno sobre investimentos etc.
Plano de investimento: Se concluirmos que o nosso negócio tem espaço
e aceitação no mercado, vamos calcular o investimento necessário à sua
concretização. Nesta altura iremos explicitar que tipo de necessidades são
importantes e prioritárias para implementar o nosso projeto para saber qual o
investimento que terá de ser realizado. Por exemplo: Instalações - a escolha
das instalações é muito importante porque elas serão a "cara" da
empresa\marca. Para além do aspecto estético, existem três questões práticas
fulcrais: o valor do investimento, a funcionalidade, a localização.
Equipamento - é mais um investimento sem o qual não se pode passar.
A análise deverá ponderar o custo e produtividade dos equipamentos, assim
como a duração e a forma de disponibilizá-los (aquisição ou leasing).
Seleção e Recrutamento de pessoal - do trabalho da equipa depende o
sucesso do projeto. Por isso, é fundamental apostar numa equipa competente,
com a experiência necessária e com o perfil adequado. Além disso, o
investimento deverá ainda contemplar formação dos colaboradores.
Consultoria e serviços de apoio - é outro tipo de recrutamento de
pessoal. Existem competências necessárias para a implementação do projeto
que poderão não existir na empresa, o que implicará o recurso no exterior a
especialistas dessas áreas como: consultores, advogados, contabilistas, etc.
Outras despesas - são despesas relacionadas com a própria constituição da
empresa, com os estudos de mercado elaborados, etc.
Depois de ter somado todas as despesas, saberemos qual será o capital a
investir e se vale a pena ou não em concretizá-lo.
Plano de exploração: Nesta parte do Plano de Negócio, o empreendedor
tem de analisar com rigor os proveitos e os custos. Ou seja, saber como vai ser
produzido o seu produto/serviço, quanto vai gastar e que rendimento irá obter.
O plano de exploração permite-lhe conhecer o processo produtivo e os custos
37

que a ele estão relacionados. Assim, terá de analisar a nível dos: Proveitos
(com as vendas do produto/serviço)e dos custos (fixos e variáveis)
Fontes de financiamento: Para saber como vamos financiar o nosso
projeto, efetuaremos primeiramente um levantamento de todos os meios de
financiamento existentes, desde créditos bancários, leasings, capital de risco,
etc. É importante conhecer cada uma das modalidades de financiamento para
saber o cálculo da rentabilidade do nosso negócio, pois parte das receitas têm
como destino remunerar os capitais alheios. A elaboração de um plano de
negócios bem estruturado e capaz de transmitir o potencial da empresa é um
passo para conseguir boas condições de financiamento do capital.
Plano de tesouraria: Definido o modo de financiamento, avançaremos
para o cálculo dos fluxos financeiros que a empresa irá ter. Este cálculo é
fundamental porque os investidores dependem dos fluxos para obterem o
investimento realizado. Neste mapa de tesouraria provisório tem de se
estabelecer o "ciclo de tesouraria" do negócio que depende de três variáveis e
que compõem o fluxo de tesouraria: Prazo médio de recebimentos, Prazo
médio de pagamentos, Stock médio. O "ciclo de tesouraria" será favorável se o
prazo de recebimentos for curto, o prazo para os pagamentos for alargado e o
stock médio for de poucos dias.
Rentabilidade do projeto: Finalmente, deveremos calcular a rentabilidade
do nosso negócio, utilizando um dos seguintes métodos: TIR (Taxa Interna de
Rentabilidade)se a taxa de rentabilidade do projeto for maior do que a TIR,
então terá um VAL positivo e será aconselhável avançar com o negócio; VAL
(Valor Atualizado Líquido)se o VAL for positivo, o empreendedor, está no
caminho certo, pois já terá mais capital do que antes do nascimento do projeto;
se for negativo deve ser rejeitado; Pay-Back Period, indica ao investidor o
tempo necessário para ter de novo o investimento que fez.
Concluído o Plano de Negócios, a primeira etapa está concluída, saliente-se,
porém que este não evita riscos, mas ajuda a preveni-los e a optar pelo
caminho mais seguro, tendo sempre a possibilidade de fazer as correções que
forem necessárias.
Anexos: Esta seção deve conter todas as informações que você julgar
relevantes para o melhor entendimento de seu plano de negócios. Por isso,
não tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única
38

informação que você não pode esquecer-se de incluir é a relação


dos curriculum vitae dos sócios da empresa ou elementos-chave do
empreendimento. Você poderá anexar ainda informações como fotos de
produtos, plantas da localização, roteiro e resultados completos das pesquisas
de mercado que você realizou, material de divulgação de seu negócio, folders,
catálogos, estatutos, contrato social da empresa, planilhas financeiras
detalhadas etc.
Como manter atual um Plano de Negócios? Tal como no mundo real,
também no mundo de negócios tudo se transforma e evolui, sendo que
geralmente o primeiro a mudar é o mercado onde o negócio está inserido. Se
não se acompanhar estas evoluções e possíveis mudanças a empresa pode
enfrentar graves problemas. Para lidar com estas situações mais
problemáticas, o plano que define o negócio deve estar preparado para
suportá-las, devendo para tal ser regularmente revisto e atualizado.
Uma das soluções para manter o PN atualizado consiste em monitorizá-
lo constantemente. Para este método funcionar é necessário identificar as
métricas que definam eficazmente a desempenho do negócio. Depois de se
encontrarem estes parâmetros de medição, como relatório de inventários, ou
de vendas, é possível acompanhá-los para identificar anomalias (positivas, ou
negativas) e desta forma, corrigir problemas, ou capitalizar as oportunidades
que possam surgir.
Muita empresa limita-se a atualizar o seu PN anualmente. No mercado
atual verifica-se que esta periodicidade é insuficiente, pelo que se torna
corrente a prática de transformar os planos de negócios em “planos biológicos”.
Desta forma, o PN não é apenas um documento que fica estático numa
prateleira durante 12 meses, mas que é atualizado quando surgem novas
condições de mercado, ou quando ocorrem oportunidades estratégicas
inesperadas.
39

TECNOLOGIA PARA PLANEJAMENTO E OPERAÇÕES


LOGISTICAS
Conforme é do conhecimento de todos, vive-se a era da liberdade de
expressão e dos avanços tecnológicos; a comunicação é instantânea, porém
decodificada por grupos de pessoas que a percebem de acordo com sua
cultura. O planeta é globalizado, e, a alta tecnologia em conjunto com a
internet, fez aumentar também a concorrência, a competição e a disputa entre
mercados, de maneira que não se fala mais em barreira intransponível, seja
entre pessoas, seja entre mercados, seja entre uns e outros.
A tecnologia da informação (T.I.) passou a ser fundamental para o êxito
de qualquer organização, pois ela possibilita o alinhamento estratégico dos
negócios, trabalhando para assegurar o retorno do investimento em conjunto
com a estratégia de sourcin, ou seja, com a logística do negócio, agendamento
de compras, suprimento, obtenção, contratação e fornecedores.
A T.I. Que antes era vista apenas como um suporte administrativo ocupa
hoje uma posição de destaque e estratégia dentro da empresa, constituindo em
importante vantagem competitiva, pois além de alicerçar as operações de
negócio existentes, proporciona que sejam viabilizadas novas estratégias
empresariais. Neste estudo será abordada a integração da logística com a
tecnologia da informação. Sendo a informação um dos elementos fundamentais
da logística, esta não deve permanecer adstrita (...) “apenas aos aspectos
físicos do sistema (veículos, armazéns, etc), mas aos aspectos informacionais
e gerenciais, que envolvem o processamento de dados e os processos de
controle gerenciais, entre outros” (ALMEIDA).
Logística é o processo de planejar, programar e controlar de maneira
eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços de
informação associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de
consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor (ALMEIDA).
A T.I. pode colaborar de maneira substancial para tornar a empresa mais
competitiva e com mais sucesso no mercado, desde que interligada com toda a
estrutura organizacional. O uso eficaz da TI e a integração entre sua estratégia
e a estratégia do negócio vão além da ideia de ferramenta de produtividade,
40

sendo muitas vezes fator crítico de sucesso. Hoje, o caminho para este
sucesso não está mais relacionado somente com o hardware e o software
utilizados, ou ainda com metodologias de desenvolvimento, mas com o
alinhamento da TI com a estratégia e as características da empresa e de sua
estrutura organizacional (LAURINDO, 2001, p.161).
Como dito alhures, o presente estudo enfocará a integração da logística
com a tecnologia da informação. Esta atividade visa analisar as aplicações da
tecnologia da informação e suas influências no modelo de estratégia e
organização, detectando ainda os objetivos destes principais modelos, e, por
fim, expectativas que a governança de T.I. Deve esclarecer. No cenário
mercadológico contemporâneo, onde as disputas para lograr êxito são cada
vez mais acirradas, torna-se imprescindível, encontrar um meio adequado para
buscar oportunidades, driblar concorrentes, antever ameaças e estreitar o
relacionamento com clientes, o que poderá ser feito por meio da integração da
logística com a T.I.
A palavra Logística nos dias de hoje é sinônimo de bons resultados para
os diversos negócios. Atualmente o seu significado é melhor compreendido
entre as pessoas, porém ainda existe um longo caminho a percorrer. Assim
antes de falarmos sobre os principais tópicos para o bom gerenciamento
logístico vamos relembrar o conceito de Logística.O CSCMP - Council of
Supply Chain Management Professionals ( Conselho dos Profissionais de
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), organismo de renome mundial no
campo da Logística, define-a como:
Logística: é o processo de  planejar, executar  e controlar o   fluxo e
armazenagem, de forma eficaz e eficiente em termos      de  tempo, qualidade
e custos, de   matérias-primas, materiais em  elaboração, produtos acabados e
serviços, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com
objetivo de atender aos requisitos do consumidor.
Após algumas solicitações de leitores elaborei uma lista com os principais
processos que o profissional da área de Logística deve ter, para obter o bom
desempenho de suas atividades, garantindo o sucesso esperado.
A prática do planejamento é muito comentada em diversos livros,
revistas, artigos, entre outros. Nos processos logísticos não é diferente, o
planejamento é o alicerce sólido para garantia da boa execução das atividades.
41

Quando planejamos analisamos uma série de situações, sempre buscando as


melhores alternativas que trarão os melhores resultados. Com planejamento
fica mais fácil de visualizar onde queremos chegar e o que temos de fazer para
podermos alcançar o resultado desejado. Um das práticas utilizadas para
garantia do cumprimento do planejamento é a ferramenta PDCA (Plan, Do,
Check, Action – Planejar,Fazer, Checar,Agir) com está ferramenta você
estabelece um formato ideal para acompanhar o que foi planejado e corrigir o
que for preciso para que o planejamento seja concretizado.  É necessário
determinar o melhor método, do ponto de vista econômico e estratégico para o
uso dos recursos considerando-se as condições particulares de cada atividade.
Sistema Integrado: Pessoas: Todas as áreas e processos devem estar
interligados, ou seja, é preciso saber quem é responsável por cada momento
dentro de um processo, do início ao final de cada etapa. É necessário integrar
as atividades logísticas, coordenando o conjunto de operações (recebimento,
estocagem, planejamento da produção, movimentação, embalagem, expedição
e transporte).
Tecnologia: A tecnologia da Informação é de grande importância e
também trata-se de um sistema integrado. A agilidade e confiabilidade das
informações são fatores decisivos para o crescimento de uma organização,
pois é ela quem possibilita aos gestores tomar a decisão correta no tempo
certo. Esta mesma tecnologia da informação propicia melhor desempenho da
área operacional integrando e disponibilizando informações em tempo real.
Através de um sistema integrado utilizando-se de softwares de ERP, WMS,
TMS, conforme sua organização, a mesma obterá resultados expressivos.
Fluxo de materiais: Boa visão do processo se faz necessária pois
somente assim podemos colocar em pratica as melhores ferramentas para bom
desempenho das atividades. É essencial planejar um fluxo contínuo e
progressivo de materiais e o mais econômico. Para isto é importante que se
conheça o processo de sua área, pois assim você poderá desenvolver
melhores práticas para obter o bom desempenho desejado.
O fluxo de materiais deve ser contínuo como o fluxo das águas de um
rio. Muitas empresas contratam empresas especializadas para programar estas
práticas. Quando falamos em fluxo contínuo falamos tanto de uma linha de
42

produção na execução da montagem de equipamentos quanto na realização de


armazenagem, picking e parking de materiais em um centro de distribuição.
Simplificação: Para a Logística simplificar não significa deixar de fazer
algo, muito pelo contrário, simplificar significa buscar a melhor prática
conseguindo reduzir, combinar ou eliminar movimentos e/ou equipamentos
desnecessário.
Para trabalharmos bem com a simplificação temos de quebrar alguns
paradigmas, como aquela frase bem conhecida “Sempre foi assim”. Não
podemos agir desta forma, principalmente nos dias de hoje com tantas
novidades e mudanças acontecendo ao mesmo tempo.
Simplificar significa colocar as melhores práticas de forma objetiva para obter
os melhores resultados. Se podemos simplificar pra que complicar?
Seleção dos equipamentos: Na escolha dos equipamentos para
logística, devem-se considerar todos os aspectos dos materiais a ser
movimentado, o tipo dos  movimentos a serem realizados e os métodos a
serem utilizados.
A seleção do equipamento correto implica em melhorias de processos e
ganhos financeiros  significativos para a empresa. Grande cuidado deveu ter
quanto ao treinamento dos colaboradores que utilização estes equipamentos.
Não adianta selecionarmos os melhores equipamentos se não selecionarmos
os melhores operadores para a mesma.
Padronização: Padronizar não é fazer tudo igual para facilitar o
entendimento e unicidade de uma operação ou processo. A padronização se
faz necessária para todos que atuem em um mesmo departamento, área ou
processo os compreendam da mesma forma.
A padronização de métodos de processo, formulários, documentação,
facilita nossa vida, reduzem o tempo e minimizam os erros. Quando
padronizamos criamos uma identidade, mas lembre-se nenhuma padronização
deve engessar uma atividade ou processo.
Flexibilidade: Flexibilidade é uma das palavras mais importantes dentro
dos processos logísticos. Em um país com uma extensão  territorial tão grande
a flexibilidade em muitos momentos do processo é quem faz  diferença.
Como todas as empresas são diferentes umas das outras as pessoas
também são. Quando falo de flexibilidade, falo especialmente de fazer a
43

diferença. Muitas pessoas só fazem aquilo a qual foi determinado muitas vezes
não pensam em alternativas e isto pode custar caro, muitas vezes a perda de
um cliente.
Manutenção: Planejar a manutenção preventiva e o reparo programado
de todos os  processos e/ou equipamentos. Um grande aliado é a manutenção
preventiva, repare antes que quebre.
Não devemos conduzir as coisas acreditando que do jeito que está, está
bom. Precisamos ter muito cuidado. Quando falamos de Logística a mesma
deve ter um tratamento especial. Devemos ter os equipamentos sempre em
bom estado operacional, jamais podemos deixar de atender nossos clientes por
conta de problemas internos.
Obsolescência: Obsoleto, fora de uso, que não tem mais serventia.
Substituir métodos e equipamentos obsoletos por métodos e equipamentos
mais eficientes. Equipamentos em uso deverão ser mantidos em atividades,
equipamentos obsoletos deverão ser substituídos.
Para tomar a decisão correta é preciso além de conhecer muito bem os
processos e equipamentos, é principalmente conhecer as novas tecnologias e
práticas utilizadas em nosso ramo de atividade.
Controle: Costumo dizer que controlar é uma das atividades mais
importantes na Logística. O controle de um planejamento, de uma operação, de
uma produção reduz erros e problemas futuros.
Estabelecer uma unidade de medida e acompanhar um processo é
fundamental, pois assim podemos realizar as melhorias necessárias quando a
mesma não estiver dentro do que foi estabelecido. A função de controlar
consiste em averiguar se as atividades efetivas estão de acordo com as
atividades que foram planejadas. Controle sempre pois assim obterá o sucesso
que deseja.
As dicas mencionadas neste artigo, se bem compreendidas e utilizadas,
lhe trarão muito sucesso. Costumo dizer que estas dicas nem sempre são
mencionadas, pois representam o pulo do gato para os profissionais de
Logística.
44

ETICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL


A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas
atividades envolvem uma carga moral. Ideias sobre o bem e o mal, o certo e o
errado, o permitido e o proibido definem a nossa realidade.
Em nossas relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do
tipo: devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir?
Será que é correto tomar tal atitude? Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo
correndo risco de vida? Será que posso mentir para conquistar o meu cliente?
Ao analisar o problema do comportamento ético-moral que hoje é o tema
nos negócios que invade todas as áreas das empresas da mesma forma é
assunto presente na mídia.
Para Valls (1993, p.7) a ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o
que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta. Nesse
sentido pode-se dizer que, alguns diferenciam éticos e moral de vários modos,
mas na verdade uma completa a outra.
A fim de maior compreensão fez-se necessário uma busca nos
dicionários Aurélio e o dicionário Sérgio Ximenes, no qual o sentido de ética e
moral nos expressa que ética é como moral, como norma baseia-se em
princípios e regras morais fixas que precisam ser seguidas para vivermos em
uma sociedade mais justa.
No dicionário de Aurélio (2005, p.407), conceitua-se ética e moral como
estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto.
O autor Aurélio (2005, p.604), também conceitua moral como conjunto
de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para
qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
O dicionário de Sérgio Ximenes (2002, pg. 409), define ética como
ciência que estuda os juízos moral referente á conduta humana, virtude
caracterizada pela orientação dos atos pessoais segundo os valores do bem e
da decência pública, e a moral conjunto de regras de conduta baseadas nas
noções de bem e de mal, Os estudos de Maximiano (1974, p.294) demonstram
45

que a ética tem sido entendida sob várias concepções. Assim, a concepção de
ética tratada pelo autor afirma que.
A ética é como a disciplina ou campo do conhecimento que trata da
definição e avaliação de pessoas e organização, e a disciplina que dispõe
sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo levando-se em
consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos
sociais particulares. Reale (1999, p.29 apud Ourives, 2006, p.2) também afirma
que a ética é a ciência normativa dos comportamentos humanos.
Segundo esses autores, a ética é como um conjunto de normas no qual
o ser humano deve seguir para ser respeitado na sociedade. Já Nogueira,
(1989, p.5), conceitua a ética de uma forma um pouco diferente dos demais
autores citados. Godim,(2005,p.6), define a ética como o estudo geral do que é
bom ou mal, para ele um dos objetivos da ética é a busca de justificativa para
as regras propostas pela moral pois é diferente, pois não estabelece regras
está reflexão sobre a ação humana diz que a moral estabelece regras que são
assumidas pelas pessoas como uma forma de garantir o seu bem-viver a moral
depende das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas
que se quer se conhece, mas utilizam este mesmo referencial comum.
Em um outro entendimento Moreira (1999, p.28, apud, Ourives, 2006,
p3), conceitua ética empresarial como o comportamento da empresa entendida
lucrativa quando age de conformidade com os princípios morais e as regras do
bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas).
Na definição de Denny (2001, p.134), não há distinção entre moral e ética, a
ética empresarial, para ele consiste na busca do interesse comum, ou seja, do
empresário, do consumidor e do trabalhador. Os dois autores explicam que as
empresas devem seguir as regras e os princípios morais, e que as empresas
imorais não são autênticas empresas.
Já no que diz respeito à ética nas vendas tem se observado que as
maiorias das empresas estão mais preocupadas com declarações de princípios
ou cartas de valores, de princípios e a sua missão, há empresa que querem
mostra que estão realmente preocupadas com as relações com os seus
clientes, mas muitas delas esquecem do significado da palavra ÉTICA.
(EDUARDO BOTELHO, 2000, pg. 5).
46

O que fica disto é a imagem de que algumas empresas não estão na


realidade, voltada para os clientes, mas sim, que estão apenas dizendo isto,
mas sem ética como praticar qualquer outro princípio.
Afinal ética é algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas
na verdade poucos levam a sério, na ética profissional as regras não devem
ser quebradas e sim seguidas.
Valores Éticos e sua Interpretação: Na interpretação de Maximiano (1974,
p.371) os valores éticos podem ser absolutos, baseia-se na premissa de que as
normas de conduta são válidas em todas as situações, ou relativa, que as
normas dependem da situação.
Para melhor entender, fez-se um estudo mais aprofundado onde os
orientais entendem a ética relativa de forma que os indivíduos devem dedicar-
se inteiramente à empresa, que constitui uma família à qual pertence à vida
dos trabalhadores. Já, para os ocidentais, o entendimento é de que há
diferença entre a vida pessoal e a vida profissional. Assim, encerrado o horário
normal do trabalho, o restante do tempo é do trabalhador e não do patrão. Em
relação à ética absoluta, parte-se do princípio de que determinadas condutas
são intrinsecamente erradas ou certas, qualquer que seja a situação, e, dessa
maneira, devem ser apresentadas e difundidas como tal.
Ética empresarial e sua Importância: A empresa tem sido entendida,
doutrinariamente, como uma atividade econômica organizada, exercida
profissionalmente pelo empresário, através do estabelecimento. (BULGARELLI,
WALDIRIO. 1993 p. 22) Para um melhor entendimento uma empresa é uma
organização particular, governamental, ou de economia mista, que produz e
oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de obter lucros.
Ética empresarial diz respeito a regras, padrões e princípios morais
sobre o que é certo ou errado em situações específicas.
Serão apresentadas algumas definições de ética empresarial, para um
melhor entendimento sobre sua importância. Segundo Arnold Wald (1999, p.5),
manifestando sobre a crescente importância da ética expressa que, evoluímos,
assim, para uma sociedade em que alguns denominaram.
Pós-capitalista e outros neocapitalista ou, ainda, sociedade do saber,
caracterizada pela predominância do espírito empresarial e pelo exercício da
função reguladora do direito. O Estado reduz-se a sua função de operador para
47

torna-se o catalisador das soluções, o regulador e o fiscal da aplicação da lei e


a própria administração se desburocratiza. O espírito empresarial, por sua vez,
cria parcerias que se substituem aos antigos conflitos de interesses que
existiam, de modo latente ou ostensivo, entre o poder público e a iniciativa
privada.
A sociedade contemporânea apresenta um novo modelo para que a
empresa possa progredir e o Estado evolua adequadamente, mediante a
mobilização construtiva de todos os participantes, não só do plano político, pelo
voto, mas também no campo econômico, mediante várias formas de parcerias,
com base na confiança e na lealdade que devem presidir as relações entre
partes.
Neste contexto, a empresa abandona a organização hierárquica e
apodera do mundo empresarial, com os valores que lhes são próprio, como
iniciativa, com responsabilidade, comunicação, transparência, tranquilidade,
inovação, flexibilidade, nas lúcidas lições. Em outras palavras Denny (2001,
p.134), tem uma visão de que a empresa abandonando sua estrutura originária,
sob o comando dos proprietários de companhia, e agora, terá que aceitar
novas regras. Já nos dizeres de Wald (1989, p.5), há uma nova forma de
governo, com maior poder atribuídos aos acionistas e empregados e até a
própria saciedade civil, passando a ter verdadeiros deveres, não só com os
seus integrantes e acionistas, mas também com os seus consumidores,
clientes e até com o meio ambiente.
Nesse sentido, entende-se, assim, que um regime de completa liberdade
para uma nova ordem na qual a liberdade das partes importa responsabilidade,
devendo inspirar-se em princípios éticos, abandonando-se a igualdade formal
para atender às situações respectivas dos contratantes, ou seja, à igualdade
material. (OURIVES, 2006, p.6).
Na questão ambiental houve também uma grande transformação de
valor, que segundo ibid (2000, p. 164 apud Ourives2006, p6), "transformou-se
em um valor permanente para a sociedade, de forte conteúdo ético". Assim,
protegê-lo, tornou-se um imperativo para todos os habitantes da Terra, exigindo
que cada um se conscientize dessa grande necessidade, requerendo esforço
comum, em resposta aos desafios do futuro. Com todas essas transformações
48

hoje as exige-se que empresas promovam o desenvolvimento sustentável (1),


conforme tem insistido a Câmara de Comércio Internacional.
Entende também Santo (1999, apud Ourives, 2006. p6) que nos dias de
hoje é preciso pensar e pensar rápido, com coragem e ousadia, numa nova
ética, para o desenvolvimento.
Em uma ética que transcenda a sociedade de mercadoria, da suposta
generalização dos padrões de consumo dos países ricos para as sociedades
periféricas, promessa irrealizável de certos correntes desenvolvimentistas do
passado e dos neoliberais de hoje. Tal promessa não passa de um jogo cheio
premissas falsas, devido a obstáculos políticos criados pelos países ricos (que
brecam a generalização da riqueza) e as limitações impostas pela base de
recursos naturais. Ou seja, as limitações ecológicas inviabilizam (devido ao
efeito estufa, destruição da camada de ozônio, dilapidação das florestas
tropicais etc.) a homogeneização para toda a Humanidade dos padrões
suntuários do consumo.
Teorias éticas na organização: Em um estudo realizado por Srour (2000, p. 50).
Apresenta que há pelo menos duas teorias éticas: A ética da convicção,
entendida como deontologia (estudo dos deveres); A ética da responsabilidade,
conhecida como teleologia (estudo dos fins humanos).
Afirma, ainda, o autor sobre as teorias que, toda atividade orientada pela
ética pode subordinar-se a duas máximas totalmente diferentes e
irredutivelmente opostas. Ela pode orientar-se pela ética da responsabilidade
ou pela ética da convicção. Isso não quer dizer que a ética da convicção seja
idêntica à ausência de responsabilidade e a ética da responsabilidade à
ausência de convicção. Não se trata evidentemente disso. Todavia, há uma
oposição abissal entre a atitude de quem age segundo as máximas da ética da
convicção em linguagem religiosa, diremos: "O cristão faz seu dever e no que
diz respeito ao resultado da ação remete-se a Deus" - e a atitude de quem age
segundo a ética da responsabilidade que diz: Devemos responder pelas
consequências previsíveis de nossos atos. (1) conciliar o desenvolvimento
econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no
mundo. CAVALCANTI, 1995, P. 429
Razões Para a Empresa Ser Ética: Em um estudo feito por vários
autores que estudam a ética empresarial fica estabelecida que, o
49

comportamento ético é a única maneira de obtenção de lucro com respaldo


moral. A sociedade tem exigido que a empresa sempre pugne pela ética nas
relações com seus clientes, fornecedores, competidores, empregados, governo
e público em geral.
As empresas precisam ter um comportamento ético tanto dentro quanto
fora da empresa, com isso permite que elas barateiem os produtos, sem
diminuir a qualidade e nem os custos de coordenação, outras razões também
podem ser feitas como o não pagamento de subornos, compensações
indevidas.
Se as empresa agirem de forma ética, podem estabelecer normas de
condutas para que seus dirigentes e empregados, exigindo que ajam com
lealdade e dedicação. (DENNY, 2001, p.276).
Algumas questões básicas sobre a eficácia da ética nos negócios
precisam ser devidamente avaliadas para um melhor entendimento, sendo que
a ética é determinada pela cultura na qual cada empresa possui a sua, ética da
empresa deve mostrar, então, que em optar por valores que humanizam, é o
melhor para a empresa, entendida como um grupo humano, e para a
sociedade onde ela opera, deixando claro que não precisar passar por cima de
ninguém para ter um bom sucesso.
Ser competente envolve ser ético, para quem quer uma empresa, com
um relacionamento de pessoas e indivíduos extremamente competentes, mas
sem ética os profissionais competentes são aéticos(2) frequentemente ganham
negócios, e perdem clientes, o engano ensina ao cliente que basta ir uma vez
só à empresa e não voltar mais, a falta de qualidade afunda a empresa.
Na verdade a atividade empresarial não é só para ganhar dinheiro, uma
empresa é algo mais que um negócio é antes de tudo um grupo humano que
persegue um projeto, necessitando de um líder para guiá-los e precisa de um
tempo para desenvolver todas as suas potencialidades, entende-se que a ética
deve estar acima de tudo, e a empresa que age dentro da postura ética,
aceitos pela sociedade só tende a prosperar.
Uma boa razão para a empresa ser ética, a Responsabilidade Social que
é uma exigência básica à atitude e ao comportamento ético, demonstra que a
empresa possui uma alma, cuja preservação implica solidariedade e
50

compromisso social. Na empresa precisa de uma boa observação da visão


antiética.
Uma visão antiética: Observando o mercado como um todo se sabe que a
visão imediatista (3) é antiética, pois não respeita valores. Vale tudo para obter
resultados: o concorrente tem que ser eliminado, o cliente tem que ser
"encantadoa qualquer preço, esses valores estão fortemente expressos no
inconsciente do marketing massificado, é uma coisa que não se deve fazer,
porém acontece muito.
Tenho observado o seguinte sobre a ética nas organizações: Vejo em
centenas delas as tais declarações de princípios, ou carta de valores, ou carta
de princípios, ou "a nossa missão; enfim, vejo que há empresas que querem
parecer que estão realmente preocupadas com as suas relações com os seus
clientes; mas, até hoje não vi, em nenhuma dessas declarações, a palavra
ÉTICA.
Com isso é bom refletir sobre o que vale mais se a ética ou o lucro. A
função da empresa, ou seja, seu objetivo essencial, não é o lucro, mas prestar
serviços. Há empresa, em contrapartida existe demanda e os clientes têm
necessidades a serem satisfeitas. Com isso surge a empresa e a qualidade em
servir que é a sua responsabilidade básica.
O lucro é objetivo dos negócios, que a empresa desenvolve para realizar
sua missão de servir ao cliente. O lucro é exatamente isso: remuneração pelos
serviços prestados.
É importante que essa distinção seja clara, pois suas distorções são
evidentes no mercado, muitos são os empresários que praticam o discurso
radical, no que diz respeito ao objetivo da empresa.
O objetivo de nossa empresa é lucrar e com isso induzem ao vale tudo pelo
lucro". Este conceito introduz-se no espírito do empregado e torna-se princípio
de cultura, e a ética vai para o arquivo morto, retirado em momentos de festa,
em tempos de discursos (FRANCISCO MATOS, 2001, P.3). (2) Alheio à ética;
antiético e anético, Aurélio, 2005, p. 68. (3) Filosofia e prática daqueles que
cuidam absorventemente do que dá vantagem imediata. Aurélio, 2005, p. 568
Responsabilidade Social: É a obrigação que a empresa assumiu com a
sociedade, que inclui responsabilidades econômicas e legislação.
51

As responsabilidades éticas são definidas como comportamento ou


atividades que a sociedade espera das empresas, mas que não estão
codificadas em leis.
A responsabilidade social é também aplicada à gestão dos negócios e
se traduz como um compromisso ético voltado para a criação de valores para
todos os públicos com os quais a empresa se relaciona: clientes, funcionários,
fornecedores, comunidade, acionistas, governo, meio ambiente. A
responsabilidade social empresarial é um movimento crescente no Brasil e no
mundo, que tem na adesão voluntária das empresas a sua maior força.
Natura uma empresa que trabalha com ética e responsabilidade social:
Empresa há cada vez mais evidência de que recursos usados para aperfeiçoar
os sistemas de valores éticos da empresa melhoram o desempenho dos
funcionários o clima ético esta associado ao maior empenho em busca da
qualidade, da satisfação do consumidor e do compromisso com a empresa.
Ao completar 35 anos em 2004, a Natura reafirma sua posição de
liderança no setor de cosméticos e produtos de higiene e de perfumaria.
Consolida-se, principalmente, como empresa comprometida com a qualidade
das relações que estabelece com seus diferentes públicos - que congrega na
chamada Comunidade Natura - e com a inovação e o aperfeiçoamento
constante dos seus produtos e serviços, dentro de um modelo de
desenvolvimento sustentável de negócios.
Desde a sua fundação, em 1969, contando com um laboratório e uma
pequena loja na cidade de São Paulo, a Natura já era movida por duas paixões
fundamentais: pela cosmética como veículo de autoconhecimento e de
transformação na vida das pessoas; e pelas relações, cujo encadeamento
permite a expressão da vida.
Na trajetória da Natura, um dos pontos fortes do êxito está na opção,
feito em 1974, pela venda direta. Surgiram, assim, as Consultoras Natura,
participantes de um sistema hoje vitorioso não só no Brasil como nos outros
países nos qual a companhia mantém operações. Com elas e com
lançamentos de produtos inovadores, a Natura tem conseguido avançar
mesmo em períodos adversos da economia. Nos anos 80, por exemplo, em
plena "década perdida" no Brasil, a companhia cresceu mais de 30 vezes em
faturamento.
52

Fortalecida, a Natura entrou em um novo ciclo de crescimento e, no fim


da década de 80, promoveu uma ampla reorganização. Novas empresas, que
entre 1979 e 1981 tinham se agregado ao grupo, fundiram-se em 1989. Surgia
uma companhia com a atual constituição. Em seguida, no início da década de
90, a Natura explicitava suas Crenças e Razão de Ser, formalizava seu
compromisso social e preparava-se para a abertura do mercado brasileiro às
importações.
A expansão prosseguiu aceleradamente e, em 1994, a Natura dava
início à internacionalização, com presença na Argentina, no Chile e Peru,
países nos quais estabeleceu centros de distribuição e trabalhou na formação
de Consultoras. Novos negócios seriam acrescentados com a aquisição, em
1999, da Flora Medicinal, tradicional fabricante nacional de fitoterápicos.
Em 2000, inicia-se o terceiro ciclo na vida da empresa, uma fase de
investimentos em infraestrutura e capacitação, com a construção do Espaço
Natura, um importante centro integrado de produção, logística, pesquisa e
desenvolvimento de cosméticos, inaugurado em 2001, e o lançamento da linha
Ekos, com produtos que incorporam ativos da biodiversidade brasileira obtidos
de forma sustentável.
O êxito da iniciativa fica patente no desempenho dos anos seguintes,
culminando com resultados históricos em 2003, tanto em termos de produção,
como de vendas e de rentabilidade, acompanhados de importantes avanços
nas áreas sociais e ambientais.
Como Funciona Comunicação e Responsabilidade Natura: Utiliza a
publicidade, o merchandising e os programas de relacionamento como
instrumentos de apoio e disseminação de crenças e valores para a construção
de um mundo melhor. Por isso, o foco são as causas e a visão de mundo da
empresa e não os produtos em si.
Na propaganda, os vínculos se criam por meio de uma história ou de um
tema, como a campanha Mulher Bonita de Verdade, que estimula a autoestima
e mostra que a beleza não depende da idade nem deve estar ligada a
estereótipos. Outro destaque é campanha que promove a compra de produtos
com Refil, que além de ser mais econômico para o consumidor contribui para
reduzir o impacto ambiental, pois esse tipo de embalagem consome menos
matéria-prima e sua utilização diminui a produção de lixo.
53

A Natura assume que uma empresa ambientalmente responsável deve


gerenciar suas atividades de maneira a identificar os impactos sobre o meio
ambiente, buscando minimizar aqueles que são negativos e amplificar os
positivos. Deve, portanto, agir para a manutenção e melhoria das condições
ambientais, minimizando ações próprias potencialmente agressivas ao meio
ambiente e disseminando para outras empresas as práticas e conhecimentos
adquiridos na experiência da gestão ambiental.
Ao assumir a política de meio ambiente como uma das três vertentes de
seu compromisso com a sustentabilidade, a Natura visa também a eco
eficiência ao longo de sua cadeia de geração de valor; e, ao buscar a eco
eficiência, favorece a valorização da biodiversidade e de sua responsabilidade
social.
54

CONCLUSÃO
Foram analisados todos os processos relacionados à produção e
distribuição, desenvolvemos todas as disciplinas ministradas em nosso curso.
Este estudo procurou analisar as estratégias utilizadas pelas empresas
de confecção brasileira para enfrentar as mudanças provocadas pela
reestruturação produtiva.
Dentre as estratégias adotadas pelas as empresas do Setor de
Confecção do país, para lhes garantir a permanência no mercado
concorrencial, encontram-se a terceirização, as exportações indicadas para
empresas de pequeno e médio porte, os licenciamentos e franquias e o
investimento com joint ventures que possibilitam associações entre empresas
de países diversos.
A natureza dessas estratégias está relacionada à busca da
competitividade, baseada na reestruturação do negócio e downsizing; na
reengenharia de processos e melhoria contínua; e na reinvenção dos setores e
a regeneração de estratégias.
As mudanças de natureza incrementais mais observadas são as
tecnológicas. O processo de transformação tecnológico setorial e a
reestruturação das empresas do setor de vestuário são bastante lentos e atinge
as empresas de forma assimétrica. Uma vez que a maioria das empresas não
possui recursos financeiros suficientes para a adoção de inovações
tecnológicas, em função dos riscos econômicos, das adversidades econômicas
e do grau de abertura ao exterior do setor.
55

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