não
SIMULADO OBJETIVO
1) Acerca da classificação das constituições e da Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção
correta.
a) Constituições pactuadas são aquelas cuja origem revela um compromisso entre a monarquia e o povo.
b) Constituição chapa-branca é aquela que se limita a garantir os direitos individuais e limitar a intervenção
estatal na economia.
c) Quanto à ideologia, a CF/1988 é classificada como ortodoxa.
d) Em relação ao modo de elaboração, a Constituição de 1988 não é histórica.
e) No modelo da constituição dirigente, é ampla a discricionariedade do legislador sobre o planejamento
econômico nacional.
3) A mutação constitucional
a) é fenômeno reconhecido apenas pela doutrina, uma vez que o STF evita aplicá-la.
b) ocorre em razão da natureza monossêmica do texto constitucional.
c) acarreta a alteração da configuração verbal do texto constitucional.
d) decorre da técnica de declaração de nulidade de dispositivos legais pelo controle concentrado.
e) é justificada pelas modificações na realidade fática e na percepção do direito.
a) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania; a cidadania;
a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político.
b) Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade soberana,
justa e solidária; garantir o desenvolvimento internacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
c) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
independência nacional; prevalência legalista de direitos; autodeterminação dos povos; intervenção
mínima; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e
ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político.
d) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou indiretamente, nos
termos desta Constituição.
e) São Poderes da União, dos Estados e dos Municípios, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.
a) o direito à inviolabilidade de domicílio abrange a casa em que o indivíduo mantém residência, mas não
impede que a autoridade policial ingresse em estabelecimento profissional de acesso privativo, contra a
vontade de seu proprietário, sendo desnecessária ordem judicial nesse caso.
b) o sigilo bancário e o sigilo fiscal não podem ser afastados por ato de comissões parlamentares de
inquérito, mas apenas por atos praticados por autoridades judiciais.
c) as comissões parlamentares de inquérito podem determinar a interceptação telefônica de conversas
mantidas entre pessoas por elas investigadas, desde que seja demonstrada a existência concreta de causa
provável que legitime a medida excepcional, justificando a necessidade de sua efetivação, sem prejuízo de
ulterior controle jurisdicional.
d) é constitucional lei que autorize as autoridades e os agentes fiscais tributários examinar documentos,
livros e registros de instituições financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou
procedimento fiscal em curso, se tais exames forem considerados indispensáveis pela autoridade
administrativa competente.
e) a omissão do dever de informar o preso, no momento oportuno, do direito de ficar calado, gera mera
irregularidade, não se impondo a decretação de nulidade e a desconsideração das informações
incriminatórias dele obtidas.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) I e IV.
10) O preâmbulo da Constituição dispõe que um dos propósitos da Assembleia Constituinte foi o de
instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade e a segurança. Tal avanço se deve, em certa medida, à afirmação dos direitos fundamentais
como núcleo de proteção da dignidade da pessoa humana. Considere:
I – No campo das posições filosóficas justificadoras dos direitos fundamentais, destaca-se a corrente
jusnaturalista, para quem os direitos do homem são imperativos do direito natural, anteriores e superiores
à vontade do Estado.
II – Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria
nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se
submeter à esterilização irreversível.
III – A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da
ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o ordenamento
jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
V – O Supremo Tribunal Federal considera violadora do direito fundamental da intimidade ato normativo
que permita que bancos privados repassem informações sigilosas sobre a movimentação financeira de seus
correntistas ao fisco.
a) a dimensão subjetiva dos direitos fundamentais está atrelada, na sua origem, à função clássica de tais
direitos, assegurando ao seu titular o direito de resistir à intervenção estatal em sua esfera de liberdade
individual.
b) em que pese a doutrina reconhecer a eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares
(eficácia horizontal), a tese em questão nunca foi apreciada ou acolhida pelo Supremo Tribunal Federal.
c) a cláusula de abertura material do catálogo de direitos fundamentais expressa no § 2o do art. 5o da
Constituição Federal não autoriza que direitos consagrados fora do Título II do texto constitucional sejam
incorporados ao referido rol.
d) o princípio da proibição de retrocesso social foi consagrado expressamente no texto da Constituição
Federal.
e) os direitos fundamentais de primeira dimensão ou geração possuem função normativa de natureza
apenas defensiva ou negativa.
a) Sem o consentimento do morador, a autoridade policial pode entrar no domicílio, durante o dia, para
apreensão de coisa litigiosa.
b) O juiz pode ordenar o ingresso no domicílio, à noite, para promover a prisão em flagrante delito.
c) Em caso de tragédia ambiental, o domicílio poderá ser invadido a qualquer momento.
d) Correndo iminente perigo de vida o morador, a qualquer do povo é lícito invadir o domicílio para socorrê-
lo.
e) O juiz pode ordenar o ingresso no domicílio, à noite, para apreensão de coisa litigiosa.
13) Um Tratado Internacional que versa sobre Direitos Humanos foi assinado em 2007, aprovado em 2008,
em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
e promulgado pelo Presidente da República em 2009. Em conformidade com a Constituição Federal de
1988, referido tratado internacional será equivalente a
a) Lei complementar, pois se trata de tratado internacional sobre direitos humanos aprovado, em cada casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
b) Lei ordinária, pois não foi aprovado com o mesmo quórum exigido para a aprovação das emendas
constitucionais.
c) Emenda constitucional, pois todos os tratados internacionais aprovados, em cada casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, são equivalentes às emendas
constitucionais.
d) Emenda constitucional, pois se trata de tratado internacional sobre Direitos Humanos aprovado, em cada
casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.
e) Lei ordinária, pois, apesar de terem amparo constitucional, apenas poderão possuir status de norma
constitucional quando reiterarem ou reprisarem normas constitucionais.
a) impede a indicação de medida coercitiva, em face de decretação de estado de defesa, que importe em
restrição ao exercício do direito de reunião no âmbito de associações.
b) garante seu exercício independentemente de autorização ou prévia comunicação sobre a realização da
reunião à autoridade administrativa competente.
c) não veda medida preventiva do Poder Público voltada a impedir a utilização de carros de som ou
equipamentos assemelhados em manifestações públicas em praças e vias próximas à sede da Prefeitura ou
da Câmara Municipal.
d) veda medida preventiva do Poder Público com o objetivo de impedir a realização de reunião em local
aberto ao público em virtude de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo espaço ou local.
e) não veda medida preventiva do Poder Público com o objetivo de impedir a participação em reunião de
cidadãos munidos com arma de fogo, ainda que possuam autorização de porte nos termos da lei.
15) No que se refere à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e aos seus limites, assinale a opção
correta.
a) De acordo com o STF, o consumo de droga ilícita em passeata que reivindique a descriminalização do uso
dessa substância é assegurado pela liberdade de expressão.
b) A legislação permanente determina que os comentários de usuários da Internet nas páginas eletrônicas
dos veículos de comunicação social se sujeitem ao direito de resposta do ofendido.
c) A publicação de informações falsas em veículos de comunicação social não está assegurada pela liberdade
de imprensa.
d) A retratação ou retificação espontânea de mensagem de conteúdo ofensivo à honra ou imagem de
outrem impede eventual direito de resposta do ofendido.
e) Além do direito de resposta, a liberdade de expressão garante o direito de acesso e exposição de ideias
em veículos de comunicação social.
16) Assinale a alternativa que contempla ação de controle de constitucionalidade que é dotada da
característica da subsidiariedade.
17) É correto afirmar que, na Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada perante o Supremo Tribunal
Federal,
a) o julgamento da ADI somente será efetuado se presentes na sessão a maioria absoluta dos membros do
STF.
b) concedida a liminar na medida cautelar, essa decisão, ainda que proferida com efeitos retroativos, não
poderá, por força de expressa vedação legal, tornar aplicável a legislação anterior acaso existente.
c) é cabível a concessão de liminar em sede de medida cautelar, por decisão de pelo menos dois terços dos
membros do STF, com eficácia erga omnes e efeitos ex nunc.
d) o não conhecimento da ADI, pela falta de algum dos seus requisitos de admissibilidade, acarreta a
declaração de constitucionalidade da norma impugnada, em razão do caráter ambivalente dessa ação.
e) o relator da ADI, dentre outras possíveis decisões, poderá negar seguimento a pedido ou recurso
manifestamente inadmissível, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta e, ainda, cassar
liminarmente acórdão contrário à orientação firmada.
18) No que diz respeito ao controle de constitucionalidade brasileiro, é correto afirmar sobre a pertinência
temática na ação direta de inconstitucionalidade (ADI):
a) Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional podem ajuizar a ADI, independentemente
de seu conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias a restrição da pertinência
temática.
b) Tendo em vista as finalidades institucionais intrínsecas dessa entidade de classe de âmbito nacional em
prol da sociedade, a Associação Nacional dos Defensores Públicos dispõe de legitimidade ativa ad causam
para ajuizamento da ADI, estando dispensada da comprovação da pertinência temática.
c) Os Estados e o Distrito Federal, quando do ajuizamento da ADI, devem comprovar a pertinência temática
da pretensão formulada quando impugnarem ato normativo de outro Estado da Federação.
d) Os conselhos de fiscalização profissional equiparam-se às entidades de classe, expressão que designa
aquelas entidades vocacionadas à defesa dos interesses dos membros da respectiva categoria ou classe de
profissionais, estando sujeitos, portanto, ao requisito da pertinência temática.
e) Os Governadores de Estado estão sujeitos à comprovação da pertinência temática na ADI, mas não detém
capacidade postulatória, devendo a inicial ser firmada pelo Procurador-Geral do Estado.
a) Admite-se que qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do poder público proponha uma ADPF no
Supremo Tribunal Federal.
b) A decisão que julgar improcedente o pedido em ADPF é irrecorrível, podendo, no entanto, ser objeto de
ação rescisória no prazo de 02 (dois) anos.
c) Admite-se o conhecimento de ADPF como ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) quando houver
dúvida razoável, tendo em vista a possibilidade de aplicação do princípio da fungibilidade.
d) A decisão em sede de ADPF terá eficácia erga omnes, efeito vinculante e eficácia a partir do trânsito em
julgado (ex nunc).
e) O STF, por decisão da maioria relativa de seus membros, ou pelo relator no período de recesso, poderá
deferir pedido de liminar na ADPF.
21) Se uma pessoa, maior e capaz, representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade
sabendo que ele é inocente, a sua conduta poderá ser considerada
a) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa, conforme o disposto na Lei n. 8.429/1992.
b) ilícito administrativo, por atipicidade penal da conduta.
c) crime, estando essa pessoa sujeita a detenção e multa, conforme o disposto no Código Penal.
d) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa, conforme o disposto na Lei n. 8.429/1992.
e) crime, estando essa pessoa sujeita a reclusão e multa, conforme o disposto no Código Penal.
a) A ação de improbidade administrativa apresenta prazo de proposição decenal, qualquer que seja a
tipicidade do ilícito praticado pelo agente público.
b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administrativa por uso de maquinário
da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe aplicada pena de suspensão dos direitos políticos
por período de cinco a oito anos.
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou em conluio com agente
público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, desde que tenha obtido alguma
vantagem pessoal.
d) Enriquecimento ilícito configura ato de improbidade administrativa se o autor auferir vantagem
patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, emprego ou atividade, mesmo que de forma
culposa.
e) Caso um servidor público federal estável, de forma deliberada, sem justificativa e reiterada, deixar de
praticar ato de ofício, poderá ser-lhe aplicada multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração,
conforme a gravidade do fato.
a) Em razão do cargo que ocupa, o prefeito deveria ter sido submetido à legislação específica referente à
prática de crimes de responsabilidade em vez de responder a ação de improbidade administrativa.
b) Dada a comprovação de concreta dilapidação patrimonial, o deferimento da medida cautelar de
indisponibilidade de bens deveria ter sido condicionado à prévia citação do prefeito.
c) No curso da instrução processual, a demonstração do dolo enquanto elemento subjetivo é fundamental
para a caracterização da conduta imputada ao prefeito como ato de improbidade administrativa.
d) O ressarcimento integral do dano, a perda da função pública e a cassação dos direitos políticos são
sanções aplicáveis ao prefeito da situação hipotética, conforme a Lei n. 8.429/1992.
e) Eventual reconhecimento de prescrição da ação de improbidade administrativa não impedirá o
prosseguimento da demanda relativa ao pedido de ressarcimento do prejuízo ao erário.
24) Sobre a responsabilidade do agente público e de particulares a ele associados por atos de
improbidade, é correto afirmar, à luz da legislação pertinente e da jurisprudência dominante dos
Tribunais:
25) Acerca da responsabilidade por improbidade administrativa, a Lei Federal n. 8.429/1992 estatui que
a) é imprescritível a pretensão de impor sanções para os atos de improbidade administrativa que importem
em lesão ao erário ou enriquecimento ilícito do agente.
b) constitui crime a representação injustificada por ato de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, sendo punível tal prática tanto na modalidade dolosa, quanto na modalidade culposa.
c) não constitui ato de improbidade punível a lesão a patrimônio de entidade para cuja criação ou custeio o
erário haja concorrido com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual.
d) as condutas descritas nos artigos 9º, 10 e 11 constituem um rol taxativo, sendo que condutas que ali não
estejam descritas são consideradas atípicas para fins de aplicação das sanções previstas na referida lei.
e) será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,
o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens e valores que compõem seu patrimônio
privado no prazo determinado para tanto.
26) Nos crimes em que não couber ação penal de iniciativa pública, concluído o inquérito policial, o
delegado deverá
a) O inquérito policial somente poderá ser avocado ou redistribuído, mediante decisão fundamentada de
superior hierárquico, por motivo de interesse público ou por inobservância dos procedimentos previstos em
regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
b) Formulado o pedido judicial de arquivamento pelo Ministério Público Federal a partir de notícia criminal
trazida a seu conhecimento por terceira pessoa, é possível o ajuizamento de ação penal subsidiária da
pública pelos mesmos fatos enquanto não houver decisão judicial a respeito da manifestação de
arquivamento. Após a decisão judicial, resta inviável a ação penal subsidiária.
c) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, de imediato, deverá
mandar instaurar inquérito.
28) Salvo exceções expressamente previstas em leis especiais, o prazo para a conclusão do inquérito
policial cujo indiciado estiver preso, que tramita junto à Polícia Civil (Estadual) e à Polícia Federal é,
respectivamente, de
a) 10 dias; 10 dias.
b) 10 dias, prorrogáveis por mais 10 dias; 15 dias.
c) 10 dias; 15 dias prorrogáveis por mais 15 dias.
d) 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias; 10 dias.
e) 5 dias; 10 dias.
a) O ato de instauração de inquérito policial é inerente à Polícia Judiciária, podendo o Ministério Público,
excepcionalmente, lavrar a portaria inicial.
b) A verificação da procedência das informações, providência cabível em seguida ao recebimento da notícia
do crime, condiciona a instauração do inquérito policial à plena comprovação da ocorrência da infração
penal.
c) A autoridade policial não poderá instaurar inquérito policial se o crime for de ação penal pública
condicionada à representação e esta não estiver formalmente assinada pelo ofendido ou seu representante
legal.
d) O requerimento do ofendido, dirigido à autoridade policial, é bastante para, posteriormente, dar início à
ação penal privada.
e) A autoridade judiciária, ao ler notícia da prática de um crime de ação penal pública incondicionada em
um jornal, pode determinar a instauração de inquérito policial.
a) Quando o delegado de polícia toma conhecimento de infração de ação penal pública, por meio de notícia
da imprensa, tem-se a notícia crime de cognição mediata;
b) Em crime de ação penal privada exclusiva, o inquérito policial é indispensável para que o ofendido
apresente queixa em juízo, pois é vedada a investigação criminal particular;
c) Elementos de prova colhidos por autoridade policial sem atribuição territorial acarretam nulidade da ação
penal respectiva;
d) Um elemento probatório do inquérito policial, ainda que corroborado por outras provas produzidas no
contraditório judicial, não pode fundamentar a convicção do juiz;
e) O inquérito policial é procedimento de natureza administrativa, tendo como características a oficialidade,
inquisitoriedade, indisponibilidade e discricionariedade.
a) uma vez relatado o inquérito policial, não poderá ser devolvido à autoridade policial, a requerimento do
Ministério Público.
b) o sigilo total do inquérito policial pode ser oposto ao indiciado, de acordo com entendimento sumulado
do Supremo Tribunal Federal.
c) depois de ordenado seu arquivamento pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
d) nos crimes de ação penal privada, a autoridade policial pode iniciar o inquérito policial mediante notícia
de crime formulada por qualquer do povo.
e) a autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito, quando se convencer acerca da
atipicidade da conduta investigada.
33) Demétrio foi vítima de ameaça. O prazo para representação finda em 15 de janeiro, em plenas férias
forenses. Neste caso, o prazo
a) o direito de representação somente poderá ser exercido por procurador, mediante declaração, escrita ou
oral, em casos de impossibilidade de execução do ato pelo próprio ofendido.
b) se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, a vítima poderá, no prazo de seis meses, oferecer
ação penal privada subsidiária.
c) após a Constituição Federal de 1988, a ação penal privada subsidiária da pública não respeitará mais o
prazo de seis meses previsto para as ações penais privadas, por se tratar de um direito constitucional,
conforme já decidiu o STF.
d) sendo a ação de natureza privada, no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão, salvo nos casos de ação penal privada personalíssima.
e) nos casos de ação penal privada, ocorrendo a morte do ofendido, se comparecer mais de uma pessoa
com direito de queixa, a preferência será definida pela ordem de manifestação.
a) Nos crimes de ação penal privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza ou do
Ministério Público, nomeará Defensor Público para promover a ação penal
b) Na ação penal pública condicionada à representação do ofendido, a retratação poderá ser realizada
impreterivelmente até o recebimento da denúncia.
c) No caso de ação penal privada subsidiária da pública, o prazo decadencial para o ofendido exercer o seu
direito de queixa será contado do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
d) Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o prazo para o Ministério Público oferecer denúncia é
de 10 (dez) dias, se o réu estiver preso, e de 30 (trinta) dias, se estiver solto.
e) Na ação penal privada, havendo mais de um autor do crime, caberá ao ofendido a escolha de exercer o
direito de queixa contra aquele que melhor lhe aprouver.
a) pode ser realizado por sistema de videoconferência, desde que necessária a medida para prevenir risco
à segurança pública e intimadas as partes da decisão que o determinar com 05 (cinco) dias de antecedência.
b) em processo por tráfico de entorpecentes deve ocorrer após a inquirição das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa, nesta ordem, sob pena de nulidade do feito, independentemente da data de
encerramento da instrução criminal.
c) deve ser realizado novamente nas hipóteses de emendatio libelli e mutatio libelli.
d) pode ser procedido novamente a todo tempo a pedido fundamentado de qualquer das partes, vedada,
no entanto, a repetição do ato por determinação de ofício do juiz.
e) pode ser novamente realizado por tribunal, câmara ou turma no julgamento de recurso de apelação.
38) De acordo com o Código de Processo Penal, na audiência de instrução para a colheita de depoimento
de testemunha, o juiz
39) Ao tratar da prova, o Código de Processo Penal estabelece que serão considerados documentos
quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. Em relação aos documentos em
língua estrangeira, eles
a) só poderão ser juntados aos autos, traduzidos ou não, mediante requerimento das partes.
b) sendo originários de órgãos públicos não necessitam de tradução, enquanto que os particulares deverão
sempre ser traduzidos.
c) só poderão ser juntados aos autos após necessariamente traduzidos por tradutor público ou pessoa
idônea nomeada pela autoridade.
d) poderão ser juntados aos autos, mas deverão ser posteriormente traduzidos por tradutor público ou
pessoa idônea nomeada pela autoridade.
e) poderão ser juntados aos autos, mesmo sem tradução, se a crivo do julgador esta se revele desnecessária
e não cause prejuízo às partes.
a) vige como regra em nosso ordenamento processual penal o sistema de valoração de provas denominado
“prova legal ou tarifada”.
b) a confissão qualificada, ainda que utilizada como elemento de convicção do magistrado, não servirá para
atenuar a pena.
c) é válida a prova obtida quando ocorrer a serendipidade de primeiro grau.
d) de acordo com o art. 206 do Código de Processo Penal, o ascendente, o descendente ou cônjuge da vítima
podem se recusar a depor como testemunha em processo penal.
e) a proibição das provas ilícitas é absoluta em nosso ordenamento processual penal.
41) A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas
com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que
42) Expedido mandado de prisão contra réu condenado, o executor do mandado, encontrando-o em casa
de terceiro, e no período noturno, deverá
a) intimar o morador a entregar o réu condenado e, em caso de recusa, convocar 2 (duas) testemunhas e
entrar imediatamente e à força na casa para cumprir a ordem judicial.
b) entrar na casa do terceiro, a quem dará voz de prisão pelo crime de favorecimento pessoal, cumprir o
mandado de prisão e conduzir ambos à presença da Autoridade policial.
c) intimar o morador a entregar o condenado e, em caso de recusa, esperar o amanhecer para ingressar na
casa e efetuar a prisão.
d) entrar na casa do terceiro, mesmo contra sua vontade, e efetuar a prisão do condenado em cumprimento
ao mandado judicial.
e) intimar o morador a entregar o réu condenado e, em caso de recusa, entrar imediatamente e à força na
casa para cumprir a ordem judicial, para evitar a fuga.
a) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 2 anos.
b) O delito putativo por obra do agente provocador é contemplado na lei e mesmo na doutrina como espécie
do chamado quase-flagrante.
c) Para existir a prisão em flagrante nas hipóteses de perseguição é necessário que o agente seja preso em
até 24 horas após o fato.
d) A atribuição para a lavratura do auto de prisão em flagrante é da autoridade policial do local em que
ocorrer a prisão-captura, mesmo que esta se dê em local diverso do da prática do crime.
e) Chama-se flagrante impróprio a situação de prisão em que o agente é surpreendido quando acabou de
cometer o delito.
44) No que concerne à prisão em flagrante, à prisão temporária e à prisão preventiva, assinale a
alternativa correta, nos estritos termos legais e constitucionais.
a) Regularmente intimado para o ato do processo, deixa, o acusado, de comparecer sem motivo justo.
b) Descumpre, o acusado, medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança.
c) Quando for exigido reforço da fiança e o acusado não prestá-lo.
d) Quando o acusado resiste injustificadamente à ordem judicial.
e) Quando o acusado deliberadamente pratica ato de obstrução ao andamento do processo.
46) Prescreve o art. 327 do CP: “considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.”
47) Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com pena privativa de liberdade
previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão.
No ano seguinte decorreu o período de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de dezembro de
2017. Em relação à aplicação da lei penal indique a opção CORRETA.
a) Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.
b) Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de considerar crime.
a) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o
patrimônio do Presidente da República;
b) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro,
mesmo que o fato não seja punível também no país em que foi praticado;
c) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé
pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade
de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
d) para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
e) é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou em alto-mar.
I- A teoria finalista, no conceito analítico de crime, o define como um fato típico e antijurídico, sendo a
culpabilidade pressuposto da pena.
II- A teoria clássica, no conceito analítico de crime, o define como um fato típico, antijurídico e culpável.
III- A teoria clássica entende que a culpabilidade consiste em um vínculo subjetivo que liga a ação ao
resultado, ou seja, no dolo ou na culpa em sentido estrito.
IV- A teoria finalista entende que, por ser o delito uma conduta humana e voluntária que tem sempre uma
finalidade, o dolo e a culpa são abrangidos pela conduta.
V- A teoria finalista entende que pode existir crime sem que haja culpabilidade, isto é, censurabilidade ou
reprovabilidade da conduta, inexistindo, portanto, a condição indispensável à imposição e pena.
a) Somente o II e o III são verdadeiros.
b) Somente o I e o IV são verdadeiros.
c) Somente o I, IV e V são verdadeiros.
d) Somente o I e II são verdadeiros.
e) Todos são verdadeiros.
50) Doutrinadores nacionais admitem que a reforma de 1984 da Parte Geral do Código Penal,
especialmente no que concerne ao “conceito de crime”, aderiu ao “finalismo”. Quem é considerado o
criador de tal sistema jurídico-penal?
a) Hans Welzel.
b) Claus Roxin.
c) Von Liszt.
d) Günther Jakobs.
e) Cesare Beccaria.
Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que perdeu o
pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatário.
Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que
estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular do dirigente será
fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar que torcedores ou funcionários da
agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a explosão. Como para ele nada mais importa, a
bomba explode e, lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três
torcedores e um funcionário morrem. A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento
do jogador pelos crimes de homicídio sucederá
53) O erro inevitável sobre a ilicitude do fato e o erro sobre elementos do tipo excluem
54) “Existe _________ quando o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá;
configura-se ________ quando a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois
ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade
de sua produção. ” Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas.
a) culpa consciente ... dolo eventual
56) Segundo entendimento doutrinário, o consentimento do ofendido (quando não integra a própria
descrição típica), a adequação social e a inexigibilidade de conduta diversa constituem causas supralegais
de exclusão, respectivamente, da
57) Para repelir a arremetida de um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O
animal tinha sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. O agente
praticou o fato
a) em estado de necessidade.
b) em legítima defesa.
c) em exercício regular de direito.
d) em inexigibilidade de outra conduta.
e) em estrito cumprimento de um dever legal.
58) O Assinale a alternativa com o nome e a nacionalidade do principal defensor da teoria da tipicidade
conglobante.
59) João e Paulo são amigos e colegas de faculdade. João avista Paulo na via pública e, movido por animus
jocandi, encosta o dedo indicador nas costas de Paulo, falseia a voz e anuncia um “assalto”. João
determina a Paulo que não olhe para trás, e prosseguem assim, andando juntos, o dedo indicador de João
sob a sua camisa e ao mesmo tempo encostado nas costas de Paulo, simulando o cano de uma arma de
fogo. Pedro, amigo de Paulo, mas que não conhece João, visualiza a cena e interpreta que Paulo está
prestes a ser morto por João. Nesse momento, Paulo ameaça reagir, e João, em voz alta, diz que irá atirar.
Todas as pessoas que tiveram a atenção atraída para a cena intuíram que Paulo seria morto e com Pedro
não foi diferente. Pedro, então, saca arma de fogo e efetua um disparo contra João. O tiro foi mal
executado e acaba por atingir e matar Paulo. A partir de tal caso hipotético, é de se considerar que Pedro
agiu
a) em legítima defesa de terceiro, mas em razão do erro e do excesso cometeu homicídio culposo.
b) amparado por causa excludente de culpabilidade e, apesar do erro quanto à pessoa, não se vislumbra
crime algum.
c) em legítima defesa putativa de terceiro e cometeu erro na execução, motivo pelo qual praticou homicídio
culposo.
d) em legítima defesa putativa de terceiro e cometeu erro na execução, motivo pelo qual não se vislumbra
crime algum.
e) em legítima defesa de terceiro, mas em razão do erro e do excesso cometeu homicídio doloso.
a) antijuridicidade.
b) culpabilidade, por inimputabilidade.
c) culpabilidade, por não exigibilidade de conduta diversa.
d) tipicidade.
e) culpabilidade, por impossibilidade de conhecimento da ilicitude.
61) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial que investigue a prática do crime de tráfico de drogas,
que é equiparado ao delito hediondo, será concluído no prazo de:
a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo os prazos
serem duplicados pelo Juiz, a requerimento da Autoridade Policial.
b) 10 (dez) dias se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.
c) 15 (quinze) dias se o indiciado estiver preso ou solto.
d) 60 (sessenta) dias se estiver preso ou solto.
e) 10 (dez) dias se preso ou solto.
a) ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 dias.
b) receberá a denúncia e designará data para interrogatório do réu, após o qual passará a correr o prazo de
3 dias para defesa prévia.
c) receberá a denúncia e ordenará a citação do réu para apresentar defesa prévia no prazo de 3 dias.
d) designará data para interrogatório do réu, após o qual decidirá pelo recebimento ou rejeição da denúncia.
e) ordenará a citação do réu para apresentar defesa prévia no prazo de 3 dias, após a qual decidirá pelo
recebimento ou rejeição da denúncia.
a) O crime de porte de droga para consumo pessoal, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, está sujeito aos prazos prescricionais do Código Penal.
b) Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a aplicação da redução da
pena.
c) O crime de associação para o tráfico, caracterizado pela associação de duas ou mais pessoas para a prática
de alguns dos crimes previstos na Lei de Drogas, é delito equiparado a hediondo.
d) A condenação anterior por cometimento de crime tipificado no art. 28, da Lei 11.343/06, atrai a agravante
da reincidência.
e) Adolescente que pratica ato infracional análogo ao do artigo 28 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas),
pois apreendida consigo substância entorpecente para uso pessoal, não pode ter contra si aplicada medida
socioeducativa prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990) que restrinja, ainda que
parcialmente, sua liberdade pessoal, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
64) O legislador elegeu como circunstâncias preponderantes, sobre o previsto no artigo 59 do Código
Penal Brasileiro, para a fixação das penas nos crimes de tráfico de drogas, Lei nº 11.343/06, a natureza e
quantidade da substância ou do produto,
65) Considerando a importância do tema consumo e tráfico de drogas no cenário brasileiro, assinale a
opção correta à luz da Lei no 11.343/2006.
a) O agente que prepara e mantém em depósito substância entorpecente com o objetivo de vendê-la
responderá por tentativa de tráfico, se for preso em flagrante antes da venda da mercadoria.
b) O concurso de pessoas e o emprego de arma de fogo não constituem causas de aumento de pena imposta
pela prática de crime de tráfico de drogas.
c) É equiparado ao usuário de drogas, dada a baixa potencialidade lesiva da conduta, o indivíduo que,
eventualmente e sem objetivo de obter lucro, oferece droga a pessoa com a qual mantém relacionamento.
d) Quem, após consumir drogas, conduz embarcação coletiva de passageiros, expondo a dano potencial a
incolumidade alheia, comete, de acordo com a lei, crime qualificado.
e) Configura abolitio criminis o fato de a conduta de portar substância entorpecente para uso próprio ter
deixado de ser punida com privação de liberdade e multa.
66) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca do crime
de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores (Lei n. 9.613/1998),
a) a pena será aumentada de metade, se os crimes definidos na Lei n. 9.613/1998 forem cometidos de forma
reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
b) somente constitui o crime de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores se o valor em pecúnia
envolvido tiver decorrido de um dos crimes referidos no rol exaustivo da Lei n. 9.613/1998.
c) a lei de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, muito embora criminalize a conduta de ocultar
ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de determinados crimes, é omissa
quanto à tipificação das condutas de importar ou exportar bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros.
d) não é punível a tentativa de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
e) é adotada nos tribunais superiores brasileiros a doutrina norte-americana que aponta a existência de três
fases distintas do crime de “lavagem” de bens, direitos e valores: a colocação, o encobrimento e a
integração.
67) A fase da lavagem de capitais, de acordo com as definições do COAF, em que são realizados diversos
negócios e movimentações financeiras, a fim de impedir o rastreamento e encobrir a origem ilícita dos
valores é denominada pela doutrina de:
a) ocultação.
b) colocação.
c) destinação.
d) evaporação.
e) integração.
68) A extinção do rol de crimes antecedentes da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98), promovida
pela Lei 12.683/12, teve como consequência:
69) De acordo com o Código Penal, o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza,
70) A ação de Cleópatra ao ministrar um antídoto que neutralizou, em tempo, o veneno dado
anteriormente a Marco Antônio, caracteriza
a) o crime impossível.
b) o arrependimento posterior.
c) a desistência voluntária.
d) o arrependimento eficaz.
e) o crime tentado.
I – Delegado de Polícia poderá instaurar, de ofício, inquérito policial para apurar crime de abuso de
autoridade supostamente praticado por “Auditor da Receita Estadual” que age no exercício da função.
II – A Nova Lei de Abuso de Autoridade prevê ao infrator apenas sanções de natureza administrativa.
III – Assim como na Lei de Tortura, os efeitos da sentença condenatória por crimes previstos na Nova Lei de
Abuso de Autoridade são automáticos.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) III e III.
c) I, II e III.
d) I e III.
e) I.
72) Segundo a redação do artigo 18, I, do Código Penal (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis
o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”), é possível concluir que foi adotada:
a) a teoria do assentimento;
b) a teoria da representação;
c) as teorias do assentimento e da representação;
d) as teorias do assentimento e da vontade;
e) as teorias da representação e da vontade.
73) José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da confusão. Certo dia,
discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a discussão e ouviram as ameaças de morte feitas por
João a José. Ninguém soube o motivo da discussão. José não se importou com o fato e levou na
brincadeira. Alguns dias depois, em um evento comemorativo na empresa, João bradou “eu te mato José”
e efetuou disparo de arma de fogo contra José. Contudo o projétil não atingiu José e sim Juliana, matando
a criança que chegara à festa naquele momento, correndo pelo salão.
Nesse caso, é correto afirmar que, presente a figura
a) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3º, do Código Penal, João deve responder por homicídio
doloso sem a agravante de crime cometido contra criança.
b) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3º, do Código Penal, João deve responder por homicídio
doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
c) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de homicídio e homicídio
culposo sem a agravante de crime cometido contra criança, em concurso formal de crimes.
d) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso sem a agravante de
crime cometido contra criança.
e) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de homicídio e homicídio
culposo, com a agravante de crime cometido contra criança, em concurso material de crimes.
74) Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de fogo contra homem
que estava na varanda da residência do genitor, causando a morte deste. Flavio, então, deixa o local
satisfeito, por acreditar ter concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir que matara um amigo de
seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido. A Flavio poderá ser imputada a prática
do crime de homicídio doloso, com erro:
a) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de aumento em
razão da idade da vítima;
b) sobre a pessoa, considerando a causa de aumento em razão da idade da vítima, mas não a agravante de
crime contra ascendente;
c) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de aumento em
razão da idade da vítima;
d) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente e a causa de aumento em razão da
idade da vítima;
e) de execução, considerando a causa de aumento da idade da vítima, mas não a agravante de crime contra
ascendente.
75) Luca nasceu em território brasileiro. Seus pais tinham nacionalidade italiana e, na ocasião, estavam a
serviço de uma conhecida indústria de automóvel com sede na Itália. Logo após o nascimento, Luca
retornou para a Itália. Após completar dezoito anos de idade, decidiu viver na República Federativa do
Brasil e seguir carreira política.
À luz da sistemática constitucional afeta à nacionalidade, é correto afirmar que Luca
a) não é brasileiro, pois é filho de pais italianos; logo, para candidatar-se a um cargo eletivo, deveria
naturalizar-se.
b) é brasileiro nato, por ter nascido no território brasileiro, podendo candidatar-se a qualquer cargo eletivo.
c) é brasileiro nato, desde que não tenha sido registrado na Itália, podendo candidatar-se a qualquer cargo
eletivo.
d) é brasileiro nato, desde que optante pela nacionalidade brasileira, podendo candidatar-se a qualquer
cargo eletivo.
e) é brasileiro naturalizado, pois passou a residir no Brasil após a maioridade, o que limita as possibilidades
de candidatura.
76) Enrico e Giorgia Rossi, casados e cidadãos italianos, estão, como voluntários, a serviço da Alemanha,
participando de programas de combate à fome e à pobreza no Brasil. Eventual filho do casal nascido
durante sua estadia em território brasileiro é considerado
a) apátrida.
b) brasileiro naturalizado.
c) estrangeiro.
d) brasileiro nato, desde que opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.
e) brasileiro nato.
77) Dentre os cargos a seguir, assinale aquele que, conforme as disposições constitucionais vigentes, não
é privativo de brasileiro nato:
a) Vereador.
b) Vice-Presidente da República.
c) Presidente do Senado Federal.
d) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
e) Presidente da Câmara dos Deputados.
78) A espécie de extradição requerida por um Estado soberano estrangeiro ao Brasil é classificada de
a) bilateral.
b) unilateral.
c) objetiva.
d) fundamental.
e) passiva.
79) Em condições de reciprocidade, os portugueses nem precisam se naturalizar, pois detêm, no Brasil,
uma "quase nacionalidade". Os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa também são
privilegiados, pois, para se naturalizarem, além da idoneidade moral, exige-se apenas residência no país
por
a) um ano ininterrupto.
b) dois anos ininterruptos.
c) cinco anos ininterruptos.
d) dois anos, ininterruptos ou não.
e) cinco anos, ininterruptos ou não.
80) Assinale a alternativa que indica corretamente a idade mínima necessária exigida como condição de
elegibilidade.
QUESTÃO DISCURSIVA
Pedro Luiz Alburquerque, brasileiro, solteiro, sem ocupação definida, com 25 anos de idade,
reincidente específico, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas sanções do
artigo 155, caput, do Código Penal, por haver subtraído, para proveito próprio, um par de
tênis, avaliado em R$ 150,00, após adentrar na residência da vítima Bernardo Silva. Uma vez
preso em flagrante restou apreendido o bem objeto subtração e restituído ao proprietário.
Devidamente concluída a instrução judicial, em sede de alegações finais escritas, o
representante do Ministério Público postula a condenação do agente nos moldes da
denúncia. Por sua vez, a defesa, manifesta-se pelo reconhecimento da incidência do
princípio da insignificância na hipótese vertente e consequente decreto de absolvição do
denunciado. diante do caso exposto: a - conceitue o princípio da insignificância; b - enuncie
as condições objetivas necessárias ao reconhecimento do referido princípio; c - justifique a
tese defensiva merece ser acolhida ou não.
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