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Submódulo 4.

Metodologia para elaboração das


propostas de ampliações e
reforços
Data de Data e instrumento
Rev.N
Motivo da revisão aprovação de aprovação pela
º.
pelo ONS ANEEL
Este documento foi motivado pela criação do OUT/2000
0.1 JUL/2000
Operador Nacional do Sistema Elétrico Resolução 420/2000
Atendimento à Resolução Normativa ANEEL nº 115, 25/09/2007
0.2 12/09/2005 Resolução Autorizativa
de 29 de Novembro de 2004.
nº 1051/07
Inclusão de metodologia referente à Análise de 07/07/2008
0.3 30/05/2008 Resolução Autorizativa
Superação de Equipamentos.
nº 1436/08
Versão decorrente da Audiência Pública nº 05/08/2009
1.0 049/2008, submetida para aprovação em caráter 17/06/2009 Resolução Normativa
definitivo pela ANEEL. nº 372/09
15/09/2010
Atendimento às Resoluções Normativas ANEEL nº
Despacho
1.1 312/08, de 06 de maio de 2008, e nº 395/09, de 15 18/06/2010
SRT/ANEEL nº
de dezembro de 2009.
2744/10

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METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DAS


4.3 1.1 16/09/2010
PROPOSTAS DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
4 DIRETRIZES PARA OS ESTUDOS DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS ....................................... 4
4.1 ESTABELECIMENTO DOS CONDICIONANTES DOS ESTUDOS ............................................................. 4
4.2 ESTABELECIMENTO DO ESCOPO DOS ESTUDOS ............................................................................. 6
4.3 MONTAGEM DOS CASOS DE REFERÊNCIA PARA SIMULAÇÃO............................................................ 6
4.4 SIMULAÇÃO E ANÁLISE ................................................................................................................. 6
4.5 ESTUDOS DAS DIT E DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DE ÂMBITO PRÓPRIO, DE INTERESSE
SISTÊMICO, DAS CONCESSIONÁRIAS OU PERMISSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO ........................................ 7
4.6 ESTUDOS PARA TRANSFORMAÇÃO NA FRONTEIRA ENTRE A REDE BÁSICA E A REDE DE DISTRIBUIÇÃO 8
4.7 ESTUDOS PARA DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO DE ENERGIA REATIVA ADICIONAL................. 8
4.8 ESTUDOS DE CONFIABILIDADE .................................................................................................... 10
4.9 ESTUDOS DAS INTERLIGAÇÕES INTER-REGIONAIS E INTERNACIONAIS............................................ 11
4.10 DEFINIÇÃO DAS AMPLIAÇÕES E REFORÇOS................................................................................ 11
4.11 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO ......................................................................... 12
4.12 PROPOSTA DE NOVAS INSTALAÇÕES DA REDE ELÉTRICA ............................................................ 12
4.13 ELABORAÇÃO DO PARECER TÉCNICO ........................................................................................ 12
4.14 ANÁLISE DA SUPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS............................................................................. 13
5 DIRETRIZES E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ELÉTRICO................... 13
5.1 DIRETRIZES E CRITÉRIOS DE CONTINGÊNCIAS ............................................................................. 13
5.2 ESTUDOS EM REGIME PERMANENTE ........................................................................................... 14
5.3 ESTUDOS EM REGIME NÃO PERMANENTE EM FREQÜÊNCIA INDUSTRIAL ......................................... 17
5.4 CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO REATIVA INDUTIVA.................................. 17
5.5 CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO REATIVA CAPACITIVA EM DERIVAÇÃO ....... 18
5.6 CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO REATIVA CAPACITIVA SÉRIE .................... 19
5.7 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE SUPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ..................................................... 19
6 HORIZONTES, PERIODICIDADES E PRAZOS .......................................................................... 20
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 20

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PROPOSTAS DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS

1 INTRODUÇÃO
1.1 As ampliações e os reforços são determinados a partir de estudos de avaliação do
desempenho elétrico da rede de simulação em regime permanente e em freqüência industrial, de
estudos de confiabilidade, da análise de superação de equipamentos, de estudos das interligações
inter-regionais e internacionais e de estudos de dimensionamento da compensação de energia
reativa.
1.2 Os estudos visam a adequar a cronologia do plano de expansão da transmissão estabelecido
pelo órgão responsável pelo planejamento do setor elétrico aos condicionantes de curto prazo
determinados pelas solicitações de acesso, às ampliações e aos reforços propostos pelos
agentes, bem como às variações nas previsões de carga não apreciadas pelo planejamento da
expansão de geração e transmissão. Os estudos visam também a quantificar a necessidade de
compensação reativa adicional que se faz necessária diante dos novos condicionantes. Além
disso, procuram eliminar possíveis restrições ou estrangulamentos de transmissão observados na
operação em tempo real e nos estudos de planejamento de operação.
1.3 Os critérios para a avaliação do desempenho elétrico do sistema de transmissão são
apresentados detalhadamente no Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos e
são comuns a outros estudos conduzidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. Os
programas computacionais a serem utilizados nos estudos de ampliações e reforços, no âmbito do
ONS, são apresentados no Submódulo 18.2 Relação dos sistemas e modelos computacionais.
1.4 Os agentes de geração considerados neste submódulo são aqueles detentores, por
concessão ou autorização, de usinas classificadas nas modalidades de operação como Tipo I –
Programação e despacho centralizados ou Tipo II – Programação centralizada e despacho não
centralizado, conforme critérios e sistemática estabelecidos no Módulo 26 Modalidade de
operação de usinas.
1.5 A metodologia descrita neste submódulo estabelece a forma pela qual o ONS elabora o Plano
de Ampliações e Reforços na Rede Básica – PAR e o Plano Anual de Ampliações e Reforços de
Instalações de Transmissão não Integrantes da Rede Básica – PAR-DIT.
1.6 O PAR e o PAR-DIT, elaborados pelo ONS, entidade responsável pela coordenação da
operação integrada do Sistema Elétrico Nacional – SIN, levam em conta o planejamento da
expansão de geração e transmissão, as propostas de novas obras dos agentes, e os seguintes
condicionantes:
(a) contextos de oferta – geração e importação – e carga – mercado e exportação –
sinalizados pelos agentes;
(b) solicitações de acesso à rede básica e às DIT;
(c) instrumentos contratuais referentes ao uso e à conexão às instalações de transmissão, à
autorização e à concessão para produção e à autorização para importação e exportação
de energia;
(d) informações referentes à operação, bem como ao planejamento e programação da
operação elétrica e energética;
(e) recomendações decorrentes da análise e gerência dos indicadores de desempenho da
rede, conforme padrões de desempenho descritos no Módulo 2 Requisitos para
instalações e gerenciamento de indicadores de desempenho da rede básica e de seus
componentes.
1.7 As propostas de ampliações e reforços a serem realizadas pelo ONS identificam a
necessidade das obras de transmissão na rede básica e nas Demais Instalações de Transmissão

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– DIT, conforme regulamentação vigente, de tal forma que se atenda aos condicionantes
mencionados no item 4.1 deste submódulo e aos padrões de desempenho requeridos pelo ONS.
1.8 Os trabalhos devem ser conduzidos pelo ONS e abertos à participação dos agentes de
transmissão, distribuição, geração e outros agentes diretamente envolvidos, no âmbito dos grupos
especiais de estudo. Pretende-se, assim, atender às responsabilidades legais do ONS com a
efetiva participação dos agentes, a fim de enriquecer os trabalhos e legitimar seus resultados.
1.9 Antes do início dos estudos, deve ser encaminhada uma carta aos agentes com a solicitação
de dados, conforme explicitado no Submódulo 4.4 Dados requeridos para os estudos de
ampliações e reforços e uma proposta para o Termo de referência dos estudos de ampliações e
reforços.
1.10 A proposição das ampliações e reforços, que se inicia com o ajuste da configuração inicial
por meio de estudos de avaliação do desempenho elétrico, abrange ainda estudos de
confiabilidade, de interligações inter-regionais e internacionais, de dimensionamento da
compensação reativa, bem como da análise de superação de equipamentos.
1.11 Os módulos e submódulos aqui mencionados são:
(a) Módulo 2 Requisitos mínimos para instalações e gerenciamento de indicadores de
desempenho;
(b) Submódulo 3.6 Requisitos técnicos mínimos para a conexão à rede básica;
(c) Módulo 4 Ampliações e reforços;
(d) Submódulo 4.2 Propostas de ampliações e reforços;
(e) Submódulo 4.4 Dados requeridos para os estudos de ampliações e reforços;
(f) Submódulo 5.2 Consolidação da previsão de carga para estudos de ampliações e reforços;
(g) Submódulo 11.3 Estudos de curto circuito;
(h) Submódulo 21.10 Revitalização das instalações do Sistema Interligado Nacional;
(i) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos; e
(j) Módulo 26 Modalidade de operação de usinas.

2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é descrever diretrizes, critérios e atividades a serem adotados
para a elaboração dos estudos para definição das ampliações e reforços na rede básica do SIN e
nas DIT, conforme regulamentação vigente.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


3.1 Alterações decorrentes para o atendimento às Resoluções Normativas nº 312, de 06 de maio
de 2008, e nº 395, de 15 de dezembro de 2009.

4 DIRETRIZES PARA OS ESTUDOS DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS

4.1 Estabelecimento dos condicionantes dos estudos


4.1.1 Nessa etapa, são consolidados os condicionantes a serem observados nos estudos de
ampliações e reforços.

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4.1.2 Em todas as simulações e análises, são considerados os valores de carga ativa e reativa,
por barramento, para patamares de carga informados pelos agentes e consolidados pelo ONS,
conforme estabelecido no Submódulo 5.2.
4.1.3 Os valores de previsão de carga não podem ser alterados pelos grupos especiais
responsáveis pela realização dos estudos. Os agentes não podem fazer alterações de previsões
de carga durante a fase de simulações da análise do desempenho elétrico, pois isso implicaria a
perda da eficácia do processo de consolidação da carga.
4.1.4 Caso seja necessário alterar valores das previsões de carga já disponibilizados para o ONS,
essas alterações devem ser feitas através do mesmo processo usado no envio de dados para a
consolidação da carga e remetidas ao órgão competente do ONS. Garante-se, assim, que a carga
utilizada esteja sempre consolidada. Entretanto, a aceitação e a inclusão das alterações no
processo dependem do andamento das simulações e do cronograma de elaboração do PAR e do
PAR-DIT.
4.1.5 O conjunto de geradores a ser considerado constitui-se de usinas existentes, usinas novas
com contratos de concessão ou com solicitações de novos acessos já formalizadas junto ao ONS
ou aos agentes de transmissão, centrais geradoras integrantes de programas estabelecidos pelo
Ministério de Minas e Energia – MME e os intercâmbios contratados em interligações
internacionais.
4.1.6 As datas de entrada em operação das máquinas das usinas consideradas nos estudos são
aquelas constantes do relatório de acompanhamento realizado pelo Grupo de Monitoramento da
Expansão da Geração do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico – CMSE/MME.
4.1.7 Os dados relativos às unidades geradoras existentes são informados pelos agentes
geradores. Os dados de unidades geradoras futuras são fornecidos pelos agentes acessantes que
já tiverem apresentado solicitação de acesso, ou recebido autorização ou concessão. Na ausência
de dados, podem ser utilizados dados típicos que, por sua vez, devem ser destacados como tais
em seus respectivos arquivos de dados.
4.1.8 O programa de geração a ser considerado nos estudos para a elaboração do PAR e do
PAR-DIT – conforme os condicionantes estabelecidos no item 4.1.5 deste submódulo – é
explicitado no Termo de referência dos estudos de ampliações e reforços, conforme item 4.2 deste
submódulo.
4.1.9 Os despachos energéticos utilizados para a análise das condições de atendimento regionais
são estabelecidos com o objetivo de evidenciar as particularidades operativas de cada sistema,
incluindo as restrições de vazão por motivos específicos de usinas hidroelétricas, conforme
informações consideradas nos estudos de planejamento e programação da operação. Os critérios
para a definição desses despachos são explicitados nos Termos de referência dos estudos de
ampliações e reforços.
4.1.10 São consideradas as informações relativas aos instrumentos contratuais estabelecidos,
referentes ao uso e à conexão às instalações de transmissão, à autorização e à concessão para
produção e à autorização para importação e exportação de energia.
4.1.11 As informações referentes a problemas operativos sinalizados nos estudos de
planejamento e programação da operação, bem como àqueles observados na operação do SIN,
devem ser tratadas nos estudos de ampliações e reforços.
4.1.12 Devem ser consideradas as expansões previstas para os sistemas dos agentes de
distribuição e para às instalações de transmissão não pertencente à rede básica, representados
na rede de simulação.
4.1.13 Devem ser consideradas as recomendações decorrentes da análise e gestão dos
indicadores de desempenho da rede básica, conforme descritos no Módulo 2.

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4.2 Estabelecimento do escopo dos estudos


4.2.1 Os estudos realizados em cada ciclo do PAR devem ser objeto de Termo de referência dos
estudos de ampliações e reforços que deve complementar o Módulo 4 no que couber,
especialmente quanto à forma de execução, ao cronograma das atividades e à descrição geral do
estudo no que se refere a dados, premissas, escopo e metodologia.
4.2.2 O Termo de referência dos estudos de ampliações e reforços deve ser preparado pelo ONS
e acordado com os agentes.

4.3 Montagem dos casos de referência para simulação


4.3.1 Nessa etapa, são montados os casos de referência para simulação de todos os anos do
período do estudo; esses casos abrangem o SIN em suas diversas regiões: Norte, Nordeste, Sul,
Sudeste, Centro-Oeste.
4.3.2 Nos casos de fluxo de potência de referência, são considerados os valores atualizados de
carga ativa e reativa, por barramento, para os meses e condições de carga que melhor evidenciem
as particularidades operativas de cada sistema. Esses meses e condições de carga são
explicitados no Termo de referência dos estudos de ampliações e reforços.
4.3.3 As configurações de referência, cuja montagem é feita com a participação dos agentes,
devem considerar as instalações existentes, as novas obras da rede básica em andamento,
autorizadas ou licitadas, e os ajustes de cronograma físico informado pelas empresas e pelos
órgãos responsáveis pela fiscalização da implantação de empreendimentos. São consideradas
também as obras nas conexões e nas DIT, bem como obras de responsabilidade de novos
agentes a serem integradas à rede básica, com o objetivo de atualizar a rede de simulação.
4.3.4 As usinas a serem consideradas são aquelas definidas no item 4.1.4 deste submódulo e
explicitadas no Termo de referência dos estudos de ampliações e reforços.
4.3.5 O ajuste da configuração inicial é realizado de forma interativa entre as equipes dos grupos
especiais para acerto dos casos de referência, o que constitui a base comum dos estudos de fluxo
de potência regionais, dos estudos de definição dos limites das interligações entre regiões e dos
estudos de confiabilidade.
4.3.6 As configurações iniciais para cada ano do período dos estudos de ampliações e reforços
são ajustadas de tal forma que os condicionantes e os padrões de desempenho estabelecidos
para a rede elétrica sejam observados. As configurações são ajustadas por meio de estudos de
avaliação do desempenho elétrico. O elenco de obras indicado não só pelo órgão responsável
pelo planejamento como também pelos agentes – definido em estudos técnico-econômicos – é a
base utilizada para os ajustes das configurações iniciais, que devem atender aos critérios
apresentados no Submódulo 23.3.

4.4 Simulação e análise


4.4.1 Nas simulações é avaliada a conformidade do desempenho do sistema com o requerido
pelo ONS. O desempenho do SIN deve ser avaliado a partir dos itens apresentados a seguir:
(a) tensão;
(b) carregamento em linhas de transmissão (LT) e equipamentos;
(c) estabilidade angular; e
(d) outros que venham a ser estabelecidos no Termo de referência dos estudos de ampliações
e reforços.
4.4.2 As condições operativas do sistema – tanto com o sistema completo quanto em
contingências – devem ser simuladas em estudos de fluxo de potência, conforme diretrizes e
critérios detalhados no item 5 deste submódulo.
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4.4.3 Os estudos são realizados de forma descentralizada, por grupos especiais estabelecidos
nos Termos de referência dos estudos de ampliações e reforços, com exceção dos estudos das
interligações entre regiões. As simulações e análises das condições de atendimento realizadas de
forma regionalizada permitem avaliar as situações específicas de cada região e os cenários
alternativos de intercâmbio e despacho, tanto para condição normal como para contingências.
Nessa avaliação são detectados pontos críticos de desempenho, superação de linhas e
transformadores por carregamento, problemas de tensão, etc. Esses resultados formam um
diagnóstico que é informado e discutido com os agentes. Nos casos excepcionais onde os casos
de fluxo de potência não consigam retratar a condição crítica de desempenho da instalação,
principalmente em se tratando de transformadores de fronteira da rede básica com a rede de
distribuição, devido às características particulares da carga, o ONS e o agente diretamente
afetado deverão acordar uma forma de detectar este ponto crítico de operação. Este acordo
deverá constar no Termo de referência de estudos de ampliações e reforços.
4.4.4 Com base nesse diagnóstico, são incorporadas à configuração inicial as novas obras
recomendadas pelos estudos de planejamento da expansão e testadas as condições de
atendimento, caso a caso, até que se determine, para cada ano de estudo, uma configuração que
atenda aos critérios de desempenho elétrico estabelecidos no Submódulo 23.3. As obras que se
mostram eficazes passam a integrar a proposta de ampliações e reforços, com indicação das
datas para sua implantação.
4.4.5 Quando detectado nos estudos do PAR a falta de soluções estruturais de planejamento –
que resolvam os problemas identificados nos estudos – o Operador indicará novas obras com
base em análises de custo x benefício. As soluções propostas serão encaminhadas ao MME no
âmbito do CMSE, Empresa de Pesquisa Energética – EPE e Agência Nacional de Energia Elétrica
– ANEEL para serem analisadas, dentro de uma visão de longo prazo.
4.4.6 Além desses estudos, que têm por objetivo a avaliação do desempenho da rede elétrica de
cada região, são também desenvolvidas análises que visam a determinar as condições esperadas
de operação das interligações entre regiões e a avaliar a evolução dos níveis de confiabilidade da
transmissão.
4.4.7 As simulações podem apontar a necessidade de estudos específicos, a serem
desenvolvidos em complementação às atividades dos grupos especiais.
4.4.8 São realizados estudos específicos relativos a carga mínima, a fim de se avaliarem
problemas localizados de controle de tensão. Esses problemas são sinalizados pela operação do
SIN, pelo planejamento e programação da operação, pelas solicitações de acesso à rede básica e
às DIT e também pelos agentes.
4.4.9 Caso necessário, são realizados também estudos para avaliar o desempenho elétrico da
rede em regime não permanente em freqüência industrial.
4.4.10 Quando necessário, é solicitada a participação dos responsáveis pelo planejamento da
expansão.

4.5 Estudos das DIT e das instalações de transmissão de âmbito próprio, de interesse
sistêmico, das concessionárias ou permissionárias de distribuição
4.5.1 Os estudos das ampliações e dos reforços das DIT e das instalações de transmissão de
âmbito próprio, e de interesse sistêmico, dos agentes de distribuição, devem ser realizados
conforme estabelecido pela legislação vigente e devem incluir as novas LT e subestações de
âmbito próprio de concessionária ou permissionária de distribuição, cuja implementação seja
necessária para minimizar os custos de expansão e de operação do SIN, bem como para
promover a utilização racional dos sistemas existentes.
4.5.2 Esses estudos devem ser realizados com a participação efetiva dos agentes de distribuição
e de transmissão.

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4.5.3 De maneira geral, a avaliação do desempenho elétrico das DIT e das instalações de
transmissão de âmbito próprio, de interesse sistêmico, da concessionária de distribuição é feita
com base nas mesmas diretrizes e critérios estabelecidos para a análise da rede básica. Os
critérios específicos para estudos envolvendo as DIT e instalações de distribuição de natureza
sistêmica estão destacados no item 5 deste submódulo.
4.5.4 Os resultados dos estudos relativos às DIT e às instalações de transmissão de âmbito
próprio, de interesse sistêmico, da concessionária ou permissionária de distribuição são
consolidados no PAR-DIT.

4.6 Estudos para transformação na fronteira entre a rede básica e a rede de distribuição
4.6.1 No PAR devem ser incluídas as avaliações do desempenho e a necessidade de reforços na
transformação de fronteira entre a rede básica e a rede de distribuição das subestações
existentes.
4.6.2 As novas subestações na fronteira entre a rede básica e a rede de distribuição ou a
implantação de um novo setor em uma subestação existente são incluídas na avaliação das
condições de desempenho e na proposta de obras do PAR quando atenderem mais de uma
distribuidora – instalações compartilhadas –, ou tiverem sido objeto de licitação, ou ainda tiverem
sido objeto de solicitação formal de acesso, no caso de atender uma única distribuidora.
4.6.3 Nos estudos relativos à transformação de fronteira entre as redes básica e de distribuição
são aplicadas as diretrizes e os critérios estabelecidos neste submódulo.
4.6.4 Os estudos das ampliações e reforços que envolvem transformação na fronteira entre a
rede básica e a rede de distribuição devem ser realizados com a participação dos agentes, a fim
de que sejam identificadas as soluções para os problemas detectados.
4.6.5 No desenvolvimento dos estudos, os programas de obras informados pelas concessionárias
de distribuição são considerados como referência na indicação de soluções para os problemas
identificados na fronteira entre a rede básica e a rede de distribuição.
4.6.6 No PAR são apresentados ainda os pontos localizados na fronteira da rede básica com a
rede de distribuição, nos quais sejam identificados baixos valores de fator de potência.

4.7 Estudos para dimensionamento da compensação de energia reativa adicional

4.7.1 Considerações gerais


(a) No desenvolvimento dos estudos de ampliações e reforços são realizadas análises para
determinar a compensação reativa de modo a atender aos seguintes objetivos:
(i) fornecer recursos suficientes para controle de tensão em regime permanente e
dinâmico;
(ii) avaliar a compensação reativa das novas LT propostas no PAR;
(iii) reduzir a necessidade de desligamentos de circuitos em situações de baixo
carregamento nas LT; e
(iv) indicar os geradores que devem prestar serviços ancilares de compensação reativa.
(b) O montante de potência reativa necessário ao sistema de transmissão é calculado
assumindo-se a tensão nas barras de fronteira conforme valor expresso em módulo
específico dos Procedimentos de Rede. As variações máximas de tensão estão
estabelecidas no Módulo 23.3 e o fator de potência está definido no Submódulo 3.6.
(c) Uma vez que o próprio sistema de transmissão pode gerar ou absorver reativos – o que é
função do ponto de operação – e que as cargas podem não cumprir seus requisitos de
fator de potência, o dimensionamento da compensação reativa deve prever reserva de
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potência reativa, em regime permanente e dinâmico, que permita manter a qualidade do


suprimento em diferentes situações.
(d) Em instalações de transmissão, a compensação reativa em derivação do tipo fixo é
realizada por meio de banco de capacitores ou reatores, ao passo que a do tipo controlável
é suprida com compensadores síncronos ou estáticos.
(e) A proposta de instalação de reatores manobráveis de barra para fornecer recursos para o
controle de tensão deve ser compatibilizada com a necessidade de implantação de
reatores para agilizar a recomposição do sistema.
(f) O montante de compensação de energia reativa adicional é quantificado para permitir o
controle adequado de tensões para a operação do sistema em condição normal e de
emergência, bem como para manobras nas novas LT propostas no PAR.
(g) Deve ser quantificada também a necessidade de compensação reativa em derivação, onde
a abertura de linhas é usada de forma sistemática para o controle adequado de tensão, ou
nas situações onde essas aberturas de linhas possam comprometer a confiabilidade do
SIN.
(h) Em instalações de geração, a compensação reativa pode ser realizada por meio da
operação das unidades geradoras existentes como compensadores síncronos, o que
caracteriza um serviço ancilar prestado pela usina.
(i) Nos estudos de ampliações e reforços é avaliada a necessidade de se contratarem usinas
para prestar o serviço de suporte de reativos. As contratações recomendadas no PAR são
respaldadas em pareceres específicos que caracterizam os benefícios, para o SIN, da
operação das unidades geradoras como compensadores síncronos.
(j) O dimensionamento da compensação reativa é realizado em estudos em regime
permanente e em estudos de transitórios eletromecânicos, em condição normal e de
emergência.

4.7.2 Diretrizes para estudos em regime permanente e de transitórios eletromecânicos


(a) O nível de compensação reativa no sistema de transmissão, necessário para um
desempenho satisfatório em regime permanente, é avaliado com a simulação da operação
do sistema para as condições de carga mínima, leve, média e pesada, e deve dar suporte
– sem violação dos critérios de desempenho elétrico estabelecidos no Submódulo 23.3 – à
saída não simultânea e permanente de qualquer dos seus elementos.
(b) Na análise de contingências nas instalações de transmissão, as medidas corretivas
passíveis de uso, com o objetivo de melhoria de comportamento operativo do sistema, são
estabelecidas nos Termos de referência dos estudos de ampliações e reforços.
(c) Nos estudos de carga pesada, avalia-se se os reatores definidos pelos estudos de carga
leve e mínima são do tipo fixo ou manobrável.
(d) São realizados estudos de transitórios eletromecânicos para o dimensionamento do
montante de compensação reativa adicional necessária para que o sistema de transmissão
possa controlar as sobretensões provenientes de manobras de energização ou de rejeição
de carga que envolvam as novas LT, bem como para manter os níveis de tensão e as
condições de operação satisfatórias do sistema após contingências, com suficiente
margem de potência reativa.
(e) Os critérios para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos nos estudos de
dimensionamento de compensação reativa estão descritos no Submódulo 23.3. Alguns
critérios específicos estão explicitados no item 5 deste submódulo.
(f) Estudos de energização:

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(i) Nos estudos de energização de linhas em regime permanente, são consideradas


configurações que resultem em solicitações mais severas para o sistema, considerando
sempre – para verificação da capacidade de absorção de potência reativa nos
geradores e compensadores síncronos – o menor número possível de unidades
geradoras em cada situação.
(ii) Para verificar a viabilidade de implementação da compensação reativa em derivação
convencional, predefinida nas análises de fluxo de potência em carga leve e pesada
como tipo fixo, devem ser simuladas manobras de energização de LT em regime
permanente, a partir da subestação onde se propõe o reforço de compensação.
(iii) Para o dimensionamento da compensação reativa indutiva é adotada a máxima tensão
possível em regime contínuo no barramento de partida da linha a ser energizada.
(iv) A energização de uma LT é efetuada, sempre que possível, em ambos os sentidos, de
modo a se determinar o disjuntor que deve ser fechado em primeiro lugar.
(v) Os critérios para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos nos estudos de
energização estão descritos no Submódulo 23.3. Alguns critérios específicos estão
explicitados no item 5 deste submódulo.

4.8 Estudos de confiabilidade


4.8.1 Devem ser realizados estudos de confiabilidade para monitorar a evolução dos riscos
probabilísticos do sistema relacionados à expansão da rede elétrica.
4.8.2 Deve ser avaliado o nível de confiabilidade da rede elétrica do SIN, no seu aspecto de
adequação, para atender aos critérios estabelecidos no Submódulo 23.3.
4.8.3 Os critérios específicos dos estudos de confiabilidade que permitem a avaliação das
incertezas e dos riscos probabilísticos intrínsecos ao sistema elétrico são definidos nos Termos de
referência dos estudos de ampliações e reforços.
4.8.4 A configuração da rede, os parâmetros elétricos dos equipamentos e os limites de variação
de tensão, de geração de potência ativa e reativa e de carregamento das instalações, em
condição normal e de emergência utilizados para tais estudos são os adotados nos estudos de
fluxo de potência, previamente depurados de violações operativas.
4.8.5 O espaço de estados probabilísticos a ser definido deve considerar essencialmente a malha
de transmissão da rede com os dados típicos da malha brasileira, para o caso de LT. Para
transformadores, são usados os dados estocásticos representativos da função de transformação.
Esses dados são levantados pelo ONS, por nível da tensão mais elevada dos transformadores. Os
níveis de transmissão considerados para tratamento de incertezas englobam as tensões de 765,
525, 500, 440, 345 e 230 kV. Para fins de identificação de influências por níveis de tensão, cada
transformador do sistema é relacionado ao seu nível de tensão mais elevado. Todos os demais
elementos da rede são tratados de forma determinística.
4.8.6 Para fins de definição do espaço de estados, monitoração de grandezas, cálculo de índices
e recursos de controle são consideradas todas as áreas elétricas originalmente definidas nos
casos de fluxo de potência.
4.8.7 A modelagem das usinas é realizada de forma individualizada por unidade geradora, com
um despacho compatível com aquele especificado no caso base de fluxo de potência, adotando-
se o critério de montagem do parque gerador pela inércia mínima. Quando das simulações das
contingências, não é permitido o redespacho da potência ativa das usinas.
4.8.8 Os principais resultados desses estudos são:
(a) evolução dos índices globais de severidade;
(b) evolução dos índices de severidade sob o ponto de vista dos estados da federação;

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(c) contribuições relativas regionais de cada nível de tensão nos índices globais; e
(d) avaliação dos riscos por classe de elemento – LT, transformadores de malha e de
fronteira.

4.9 Estudos das interligações inter-regionais e internacionais


4.9.1 Deve ser analisado o desempenho das interligações inter-regionais e internacionais, a partir
de estudos de fluxo de potência e estabilidade transitória e dinâmica, para atender aos critérios
estabelecidos no Submódulo 23.3. Devem ser identificadas as contingências críticas, suas
conseqüências, bem como as medidas necessárias para eliminá-las.
4.9.2 Os critérios específicos dos estudos das interligações inter-regionais e internacionais são
definidos nos Termos de referência dos estudos de ampliações e reforços.
4.9.3 A configuração de geração e da rede, os parâmetros elétricos dos equipamentos e os limites
de carregamento das instalações em condição normal e de emergência a serem utilizados para
esses estudos são aqueles definidos no âmbito dos Termos de referência dos estudos de
ampliações e reforços.
4.9.4 Os dados e modelos de máquinas, reguladores de tensão, reguladores de velocidade e
sinais adicionais estabilizantes utilizados para simulações referentes à análise da estabilidade
angular são os constantes na Base de Dados Técnica do ONS – BDT.
4.9.5 As atividades elaboradas para realização dos estudos das interligações são:
(a) determinação dos cenários de intercâmbio entre subsistemas a serem analisados;
(b) preparação dos casos base de fluxo de potência;
(c) estudos de estabilidade angular para análise do desempenho dinâmico das interligações,
bem como para determinação dos limites de intercâmbio e avaliação das restrições locais
dos subsistemas, como emissores ou receptores de potência; e
(d) outras atividades definidas no Termo de referência de estudos de ampliações e reforços.
4.9.6 Os principais resultados dos estudos de interligação são:
(a) limites de intercâmbio entre as diversas áreas geoelétricas do SIN;
(b) fatores restritivos no estabelecimento de limites de intercâmbios entre subsistemas;
(c) desempenho elétrico das interligações inter-regionais e internacionais; e
(d) análise do impacto do atraso ou da antecipação de obras nos intercâmbios inter-regionais.

4.10 Definição das ampliações e reforços


4.10.1 Como resultado das etapas de simulação e análise, é estabelecido o conjunto de obras a
ser proposto no PAR. Devem ser destacados, para o período em estudo, os principais aspectos do
desempenho nas diversas áreas do sistema, as obras necessárias para que o sistema atenda aos
padrões de desempenho desejados, as ações recomendadas para a implementação dessas obras
e seu respectivo cronograma, bem como a projeção das estimativas dos investimentos
relacionados à sua implantação.
4.10.2 Devem ser indicados os locais que não estão atendendo aos critérios estabelecidos nos
Procedimentos de Rede, bem como a data a partir da qual essa violação passou a acontecer.
Devem ser também explicitadas as conseqüências de as obras de ampliações e reforços
propostos não entrarem em operação nas datas previstas.
4.10.3 Caso se verifiquem, em certas áreas, dificuldades de atendimento que não possam ser
superadas com o elenco de obras estabelecido no plano de expansão, o ONS indicará novas
obras com base em análises de custo x benefício. As soluções propostas serão encaminhadas ao
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MME no âmbito do CMSE, EPE e ANEEL para serem analisadas dentro de uma visão de longo
prazo.

4.11 Avaliação das condições de atendimento


4.11.1 Com base nos resultados fornecidos pelos modelos de simulação para avaliação do
desempenho elétrico, respeitados os critérios estabelecidos no Submódulo 23.3, devem-se avaliar
os riscos de não atendimento à carga no horizonte de estudo. Os resultados são apresentados por
regiões geoelétricas.
4.11.2 Além da análise do desempenho do sistema para a configuração completa, é feita uma
avaliação para as situações em que ocorrem as contingências definidas no escopo do estudo,
identificando suas conseqüências e as medidas necessárias para eliminá-las.
4.11.3 A avaliação das condições de atendimento tem por base os atributos referidos no item
4.4.1 deste submódulo.
4.11.4 Caso sejam identificados problemas que possam comprometer a segurança operativa do
SIN e a otimização dos custos de operação, o ONS deve propor e desenvolver ações junto ao
Poder Concedente, ao CMSE, ao MME e aos agentes envolvidos para solucionar tais problemas.

4.12 Proposta de novas instalações da rede elétrica


4.12.1 As novas instalações a serem integradas à rede básica, propostas pelo ONS ao Poder
Concedente, devem estar em conformidade com os Procedimentos de Rede e em consonância
com o planejamento da expansão do sistema. Esse programa de obras visa a subsidiar o
correspondente processo de licitação de concessão ou de autorização de reforços, conforme
regulamentação vigente.
4.12.2 Tal proposta é parte integrante do PAR, apresentada anualmente e acompanhada de
justificativa técnica para cada instalação.

4.13 Elaboração do parecer técnico


4.13.1 Os pareceres devem conter a demonstração de que os empreendimentos constantes no
PAR, bem como os julgados emergenciais fora do ciclo do PAR, se justificam do ponto de vista
técnico.
4.13.2 Os pareceres são realizados tendo como referência os estudos de planejamento da
expansão, de modo a caracterizar a necessidade do empreendimento diante dos condicionantes
dos estudos de ampliações e reforços.
4.13.3 Os estudos de planejamento da expansão, que caracterizam as alternativas indicadas
como as melhores para a solução do problema observado, devem ser obtidos pelo ONS junto ao
MME/EPE.
4.13.4 Os agentes de geração, transmissão e de distribuição podem encaminhar a qualquer
tempo proposta de empreendimentos para a rede básica e DIT, conforme legislação vigente,
juntamente com os estudos técnico-econômicos que os justifiquem.
4.13.5 Os pareceres devem apresentar o seguinte conteúdo:
(a) descrição do problema com a indicação da não-conformidade com os Procedimentos de
Rede;
(b) caracterização da área de atendimento do empreendimento;
(c) resumo dos condicionantes que orientaram o trabalho;
(d) indicação das obras relacionadas à solução, incluindo os custos e as características
básicas operativas. Com essas informações, são apresentados os requisitos técnicos

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mínimos necessários para subsidiar o processo de outorga a ser conduzido pelo Poder
Concedente, bem como a especificação das instalações feita pelo concessionário
transmissor responsável.

4.14 Análise da superação de equipamentos


4.14.1 O processo de análise de superação das capacidades nominais de equipamentos é parte
1
integrante dos processos do PAR e é coordenado por grupo de trabalho específico para este fim.
4.14.2 Os critérios adotados para a análise de superação de equipamentos foram acordados
entre o ONS e os agentes e são explicitados no item 5.7 deste submódulo.
4.14.3 O processo de análise de superação se inicia com os estudos de curto-circuito na rede
básica e DIT, consolidadas no relatório Estudos de Curto-Circuito, emitido pelo ONS com
periodicidade anual e descrito no Submódulo 11.3. Este relatório fornece as informações
necessárias para identificar os casos de superação por corrente simétrica de curto-circuito para
disjuntores, chaves secionadoras, transformadores de corrente e bobinas de bloqueio. Fornece
também os valores de X/R calculados para todas as barras do SIN, necessários para efetuar as
análises de superação por crista da corrente de curto-circuito para os equipamentos mencionados,
e análise de superação de disjuntor e TC devido à evolução da constante de tempo da rede.
4.14.4 Cabe aos agentes realizar as análises de superação dos equipamentos integrantes das
suas respectivas concessões e encaminhar ao ONS sua proposta de substituição de
equipamentos superados.
4.14.5 Cabe ao ONS analisar as indicações encaminhadas pelos agentes e emitir parecer final
sobre as necessidades de substituição. Os resultados dessas análises são encaminhadas à
ANEEL através do Plano de Modernização das Instalações de Interesse Sistêmico – PMIS
descrito no Submódulo 21.10.

5 DIRETRIZES E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ELÉTRICO

5.1 Diretrizes e critérios de contingências


5.1.1 O conjunto de LT e transformadores na rede básica, inclusive na fronteira da rede básica
deve ser dimensionado de tal forma que haja capacidade suficiente para o escoamento da
geração e atendimento da carga, durante todo o período de estudo, em condição normal de
operação e nas situações de contingência de um elemento da rede de simulação – critério n-1 –
considerados os condicionantes estabelecidos no item 4.1 deste submódulo.
5.1.2 Na análise de contingências devem ser consideradas também as saídas de LT de circuito
duplo – dois circuitos que compartilham a mesma torre – e as saídas simultâneas de LT de circuito
simples que compartilhem a mesma faixa de passagem, ou que atravessem regiões onde há
ocorrência de fenômenos naturais e/ou queimadas que possam atingi-las, ou ainda por perdas de
seções de barras em subestações, devendo-se ponderar as condições descritas a seguir:
(a) a contingência apresentar evidência estatística de ocorrência;
(b) a análise de contingências identificar um nível de conseqüência inadmissível ao SIN e à
sociedade, previamente quantificado no escopo dos estudos, considerando os seguintes
aspectos:
(i) instabilidade de potência, freqüência ou tensão numa região geográfica (Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste);

1
O Grupo de Trabalho de Análise de Superação de Equipamentos de Alta Tensão (GT-AS) coordena as
análises de superação para rede básica e DIT.
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(ii) nível de interrupção de carga, abrangência da interrupção (SIN, região geográfica,


unidade da federação, capital, pólo industrial), população afetada, ou possibilidade
de danos a equipamentos.
5.1.2.1 Os casos a serem considerados devem ser definidos no Termo de referência dos estudos
de ampliações e reforços.
5.1.3 Na análise de contingências o desempenho elétrico deve ser verificado nas seguintes
situações:
(a) imediatamente após o desligamento de elemento(s) do sistema, quando se considera a
atuação da regulação de tensão em barras controladas por unidades geradoras,
compensadores síncronos e estáticos, e após a atuação dos tapes dos transformadores
com comutação sob carga que operem no modo automático;
(b) quando a situação antes da atuação dos tapes de transformadores com comutação sob
carga - que operem no modo automático - implicar corte de carga, essa situação deverá
ser considerada na análise; e
(c) após a atuação dos controles automáticos, onde deve ser considerada a viabilidade de
adoção de medidas operativas que dependem da ação humana, tais como:
(i) o chaveamento de capacitores e/ou reatores;
(ii) a alteração da tensão de referência de unidades geradoras, compensadores
síncronos e estáticos;
(iii) a alteração de ângulo nos transformadores defasadores;
(iv) o redespacho de potência ativa em unidades geradoras;
(v) o remanejamento de carga.
5.1.4 Em três situações nos estudos de ampliações e reforços é admitida a não-observância do
critério de contingência n-1: quando se trata de locais atendidos por circuitos singelos – sistemas
radiais; de subestações conectadas à rede básica em derivação – tapes; e de DIT. Para esses
casos, deve-se observar que:
(a) no caso de LT radiais, o tratamento a ser dado fica explicitado nos Termos de referência
dos estudos de ampliações e reforços e tem por base o desempenho dos pontos de
controle localizados nos sistemas radiais da rede básica, por meio dos indicadores de
continuidade e de valores preditivos de índices de confiabilidade. Quando os estudos para
sistemas radiais concluírem, com base nos critérios de indicadores de continuidade e
índices de confiabilidade, que há necessidade de ampliações, o ONS deve solicitar ao
MME/EPE que confirme essa indicação por meio de estudos de planejamento de longo
prazo para a caracterização da alternativa de mínimo custo global.
(b) A análise das subestações atendidas em derivação deve ser feita com base nos
indicadores de continuidade e nos valores preditivos de severidade. A contribuição da rede
básica na composição dos indicadores do conjunto de distribuição deve ser caracterizada
por meio dos indicadores de continuidade.
(c) Na avaliação das DIT, devem ser utilizados, para o dimensionamento das redes onde as
DIT estão inseridas, os critérios de contingência adotados pela distribuidora responsável,
critérios esses que devem ser explicitados no Termo de referência dos estudos de
ampliações e reforços. No caso de instalações compartilhadas entre distribuidoras, devem-
se adotar os critérios que proporcionem maior confiabilidade ao sistema.

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5.2 Estudos em regime permanente

5.2.1 Estudos de fluxo de potência


(a) Os estudos de fluxo de potência – efetuados para verificar o comportamento do sistema
em regime permanente, tanto em condição normal como durante emergências – visam a
avaliar se os níveis de tensão nos barramentos do sistema e os fluxos de potência nas LT
e transformadores atendem aos critérios estabelecidos no Submódulo 23.3.
(b) No horizonte de estudos devem ser utilizadas as faixas de tensão estabelecidas na Tabela
1 – Tensões entre fases admissíveis a 60 Hz, constantes do Submódulo 23.3.
(c) Na análise de condição operativa normal, a tensão nas barras onde há agentes
conectados – distribuidores, consumidores livres, importadores / exportadores – deverá ser
adicionada uma margem de 0,025 p.u. em relação aos limites de tensão identificados
como “condição operativa normal” na Tabela 1 – Tensões entre fases admissíveis a 60 Hz,
constantes do Submódulo 23.3, com o objetivo de garantir uma margem de controle de
tensão para a operação do sistema, tendo em vista possíveis variações nos valores das
previsões de carga e/ou variações nas condições operativas do sistema. Assim sendo,
devem ser utilizadas as faixas de tensão estabelecidas na Tabela 1, apresentada a seguir:
Tabela 1 – Tensões entre fases admissíveis a 60Hz nas barras onde há agentes conectados

Tensão
Condição operativa
nominal de
normal
operação
(1)
(kV) (pu)
≤ 138 0,975 a 1,025
230 0,975 a 1,025

345 0,975 a 1,025


440 0,975 a 1,021
500 1,025 a 1,075
525 0,975 a 1,025

765 0,925 a 1,021

(1) Valores em pu tendo como base a tensão nominal de operação.

(d) Essa faixa de tensão deve ser observada desde que o agente atenda à condição de fator
de potência mínimo no mesmo ponto, conforme apresentado na Tabela 6 do Submódulo
3.6, reproduzida a seguir como Tabela 2:

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Tabela 2 – Fator de potência operacional nos pontos de conexão

Tensão nominal do Faixa de fator de potência


ponto de conexão
Vn ≥ 345 kV 0,98 indutivo a 1,0

69 kV ≤ Vn < 345 kV 0,95 indutivo a 1,0

Vn < 69 kV 0,92 indutivo a 1,0


0,92 capacitivo a 1,0

(e) Os limites de tensão nas barras de conexão à rede básica de agentes de distribuição e de
consumidores livres podem ser ajustados para atender às necessidades desses agentes,
desde que não seja afetado o desempenho do SIN, sejam respeitadas as limitações
específicas dos equipamentos e haja anuência do agente de transmissão envolvido.
Especial atenção deve ser dada à ultrapassagem dos limites superiores das faixas em
decorrência da possibilidade de dano aos equipamentos.
(f) Não se atenderá o agente que solicitar valor de tensão acima do limite inferior da faixa de
tensão estabelecido no item 5.2.1(c) deste submódulo nas barras de conexão à rede
básica ou no barramento secundário das subestações de fronteira entre a rede básica e a
rede de distribuição, em condições normais de operação, quando os estudos indicarem
que esse valor implica a necessidade de reforços ou ampliações na rede básica.
(g) Na análise de contingências devem ser observados:
(i) os limites de tensão identificados como “condição operativa normal” na Tabela 1, do
Submódulo 23.3, nas barras de conexão à rede básica de agentes de distribuição e
de consumidores livres ou potencialmente livres;
(ii) os limites de tensão identificados como “condição operativa de emergência” na
Tabela 1 do Submódulo 23.3, nas demais barras da rede básica.
(h) Nas análises de fluxos de potência referentes às interligações entre regiões, considera-se
que o SIN deve ser simulado, em cada um dos subsistemas que o compõem, sob
condições de carga e situação de hidrologia relevante para o dimensionamento da rede.
(i) No caso de interligação assíncrona, quando da perda de um pólo, e nos casos de elo
singelo – em que a perda desse elo acarreta a separação dos subsistemas interligados –,
o desempenho de cada subsistema deve ser simulado para a perda da interligação, após o
despacho da reserva disponível no subsistema receptor e a correspondente redução de
despacho no subsistema exportador.
(j) Os limites de carregamento de cada LT e de transformadores existentes são os informados
no Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST.
(k) Os limites de carregamento de cada LT e de transformadores futuros são os considerados
nos estudos de planejamento da expansão e nos editais de licitação; na ausência desses,
são os valores típicos.
(l) Devem ser explicitados os casos de LT e transformadores cujo carregamento, em
emergências, exceder a capacidade operativa estabelecida no CPST.
(m) Os limites de carregamento das LT e de equipamentos das instalações classificadas como
DIT são os informados pelas transmissoras proprietárias. Para a rede de distribuição
considerada nas simulações são adotados os limites de carregamento informados pelas
distribuidoras proprietárias.

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(n) Devem ser relacionados no PAR todos os elementos terminais que limitarem o
carregamento de linhas, para recomendação de futuro ajuste ou substituição, tendo em
vista que não se deve limitar o carregamento das LT existentes em função das
características dos equipamentos terminais. Deve-se dar especial atenção aos casos em
que essa limitação de carregamento implicar restrições de geração e deixar explícito o
caráter de urgência para a solução dos problemas.

5.2.2 Estudos de curto-circuito


(a) Os estudos de curto-circuito visam, basicamente, a fornecer elementos para o
dimensionamento elétrico e mecânico de disjuntores, de chaves seccionadoras, de
barramentos e de LT; para o dimensionamento de aterramento de instalações; para o
dimensionamento de transformadores de corrente; para as análises de superação de
equipamentos e instalações e para a escolha e ajuste da proteção.
(b) Deve ser considerado o aumento das potências de curto-circuito previsto para os pontos
de interligação entre agentes, ou o aumento que afete essa interligação, de modo a
minimizar a superação de equipamentos e instalações existentes. Caso necessário, pode
ser admitida a utilização de equipamentos limitadores ou alteração na configuração do
sistema, como, por exemplo, a abertura de barramentos, caso não ocorra redução no nível
de confiabilidade do sistema.
(c) Nos processos do PAR os estudos de curto-circuito, cujos critérios e diretrizes estão
explicitados no Submódulo 23.3, são utilizados para análises mencionadas no item 5.2.2
(a) deste submódulo. Além destas poderão ser realizadas análises específicas de curto-
circuito relacionadas às propostas de expansão da rede que constem do PAR.

5.3 Estudos em regime não permanente em freqüência industrial

5.3.1 Estudos de estabilidade para sistemas de transmissão em corrente alternada


(a) Esses estudos visam a verificar se o sistema de transmissão atinge um ponto de operação
satisfatório e se as máquinas síncronas se mantêm em sincronismo durante a transição de
uma condição operativa para outra causada por perturbação de qualquer natureza.
(b) Analisa-se a estabilidade transitória para pequenas perturbações, tais como variações de
carga, e para grandes perturbações, como contingências de elementos da rede – carga,
gerador, LT, transformador. O amortecimento das oscilações do sistema é examinado com
a análise da estabilidade dinâmica.
(c) Os critérios para avaliação do desempenho dos sistemas elétricos nos estudos de
estabilidade estão descritos no Submódulo 23.3.

5.4 Critérios para dimensionamento da compensação reativa indutiva


(a) A compensação reativa indutiva tem como objetivo básico o controle das sobretensões do
sistema, tanto na operação em regime permanente com rede completa, como nas
manobras de linhas ou perturbações no sistema. Costuma ser implementada com o uso de
reatores em derivação, fixos ou manobráveis.
(b) No dimensionamento dos requisitos de compensação indutiva para controle da tensão em
regime permanente, deve-se atender aos níveis máximos de tensão apresentados na
Tabela 1 do Submódulo 23.3.
(c) A compensação reativa indutiva relacionada a novas LT tem como finalidade o controle
das sobretensões no sistema provenientes de manobras de energização ou decorrentes
de rejeição de carga envolvendo essas LT. Para avaliar os requisitos de compensação
relacionados devem ser considerados os seguintes aspectos:

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(i) a energização de uma LT deve ser analisada para duas situações operativas: com rede
completa e com rede incompleta, em recomposição;
(ii) para energização com rede completa devem ser considerados três patamares de
carga: pesada, intermediária e leve;
(iii) a variação de tensão no terminal emissor, após o chaveamento da linha nesse terminal,
não deve exceder 5% da tensão no mesmo terminal antes da manobra;
(iv) os níveis de tensão no terminal emissor antes da energização não devem exceder os
valores máximos apresentados na Tabela 1 do Submódulo 23.3. Os níveis de tensão
no terminal aberto depois da manobra não devem exceder os valores de tensão
explicitados na Tabela 3, levando em consideração as limitações dos equipamentos
existentes informados pelos agentes;
Tabela 3 – Níveis de tensão (fase-fase) no terminal aberto
TERMINAL ABERTO
TENSÃO BASE TENSÃO PÓS - MANOBRA
(kV) (p.u.) (kV) (p.u.)
230,0 1,0 253,0 1,1
345,0 1,0 379,5 1,1
440,0 1,0 528,0 1,2
500,0 1,0 600,0 1,2
525,0 1,0 600,0 1,14
765,0 1,0 841,5 1,1

(v) a energização de uma LT com tensão pré-manobra, no terminal emissor, a partir de


valores de tensão inferiores aos máximos apresentados na Tabela 1 do Submódulo
23.3, deve resultar em níveis de tensão no terminal aberto, depois da manobra, iguais
ou inferiores aos valores de tensão máximos estabelecidos na mesma tabela;
(vi) os limites de absorção de potência reativa nas unidades geradoras e compensadores
síncronos não devem ser ultrapassados por ocasião da energização;
(vii) a tensão nos terminais das máquinas, antes da energização, deve ser superior à
mínima permitida para o funcionamento automático do regulador de tensão;
(viii) na rejeição de carga envolvendo uma nova LT, devem ser considerados os limites de
tensão em regime permanente e as sobretensões em freqüência fundamental; e
(ix) em regime permanente devem ser considerados os níveis máximos de tensão
apresentados na energização com rede completa. Os valores máximos admissíveis das
sobretensões em freqüência fundamental não devem ser superiores a 140% da tensão
nominal do sistema, para um tempo máximo de 3,6 s, em pontos em que existam
equipamentos com elementos saturáveis, e a 150% da tensão nominal do sistema para
um tempo máximo de 1,7 s nos demais pontos. A compensação indutiva relacionada a
novas LT tem como finalidade o controle das sobretensões no sistema provenientes de
manobras de energização ou decorrentes de rejeição de carga envolvendo essas LT.
Para avaliar os requisitos de compensação relacionados devem ser considerados os
aspectos apresentados nos próximos itens.

5.5 Critérios para dimensionamento da compensação reativa capacitiva em derivação


5.5.1 A compensação reativa capacitiva em derivação tem como finalidade promover o controle
do nível de tensão operativa em regime permanente, ao passo que a compensação do fator de

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potência das cargas, no nível de subsistema, é implementada usualmente por capacitores fixos ou
manobráveis.
5.5.2 No dimensionamento dos requisitos de compensação capacitiva em derivação, deve-se
atender aos níveis de tensão especificados na Tabela 1 do Submódulo 23.3, bem como aos
valores de fator de potência por nível de tensão nos pontos de conexão, apresentados na Tabela 2
deste submódulo.
5.5.3 A modulação dos bancos de capacitores é definida em função da máxima flutuação de
tensão causada pelo chaveamento de cada estágio; admite-se como limite uma variação de
tensão de 5% tanto no caso de energização dos estágios, como no seu desligamento.

5.6 Critérios para dimensionamento da compensação reativa capacitiva série


5.6.1 O grau de compensação reativa capacitiva série deve ser estabelecido de tal modo que o
sistema apresente desempenho adequado em regime permanente e transitório, durante condições
normais de operação e em emergências.
5.6.2 A corrente nominal dos capacitores série deve ser determinada considerando-se a
emergência que provoque o maior carregamento na LT compensada e a tensão mínima de
operação do sistema.
5.6.3 Uma vez que a potência do banco de capacitores varia com o quadrado da corrente
nominal, como critério alternativo para o estabelecimento dessa corrente, a fim de reduzir o custo
dos capacitores, pode-se considerar a capacidade de sobrecarga padronizada. Essa capacidade é
de 50% durante 10 (dez) minutos, em um período de 2 (duas) horas; de 30% durante 30 (trinta)
minutos, em um período de 6 (seis) horas; e de 10% durante 8 (oito) horas, em um período de 12
(doze) horas.
5.6.4 Deve ser avaliado o risco de ressonância subsíncrona no sistema de transmissão para o
grau de compensação reativa capacitiva série determinado da forma acima. Caso se verifique tal
possibilidade, devem ser tomadas medidas para eliminar esse problema.

5.7 Critérios para análise de superação de equipamentos


5.7.1 Os critérios acordados entre os agentes e o ONS para as análises de superação de
disjuntores, chaves secionadoras, transformadores de corrente e bobinas de bloqueio estão
descritos em detalhes nas referências do item 7 deste submódulo. A aplicabilidade dos critérios
adotados para cada tipo de equipamento sob análise é definida na Tabela 4.
Tabela 4 – Critérios para análise de superação de equipamentos de alta tensão
Critério Disjuntor Secionador TC Bob. de bloqueio
1 Corrente de curto-circuito nominal X X X X
2 Crista da corrente de curto-circuito X X X X
3 Corrente nominal X X X X
4 Constante de tempo (X/R) X X
5 TRT X

5.7.2 A análise de superação de equipamentos de alta tensão é iniciada por meio da comparação
das características nominais dos equipamentos com as solicitações de rede a elas relacionadas,
conforme a seguir discriminado:
(a) corrente de curto-circuito nominal versus corrente de curto-circuito passante no
equipamento, obtida por programa de cálculo de curto-circuito;
(b) valor de crista da corrente suportável versus máxima crista da corrente de curto-circuito
passante pelo equipamento;

Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 19/20


Procedimentos de Rede
Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DAS


4.3 1.1 16/09/2010
PROPOSTAS DE AMPLIAÇÕES E REFORÇOS

(c) corrente nominal do equipamento versus carregamento máximo que o equipamento é


submetido na rede;
(d) para disjuntores os seguintes critérios adicionais são aplicáveis:
(i) Constante de tempo (X/R) especificada para o disjuntor versus constante de tempo
determinada para a barra da rede à qual o disjuntor está conectado.
(ii) TRT especificada para o disjuntor versus TRT determinada para a condição de falta
terminal trifásica não aterrada para o disjuntor analisado.
(e) para TCs o seguinte critério adicional é aplicável:
(i) Análises mais completas de saturação de núcleos de TCs de proteção devem ser
efetuadas para as condições e critérios estabelecidos na referência [2].

6 HORIZONTES, PERIODICIDADES E PRAZOS


6.7.1 Os prazos para a elaboração de propostas de ampliações e reforços estão explicitados no
item 7 do Submódulo 4.2.

7 REFERÊNCIAS
[1] Diretrizes para análise de Superação de Disjuntores, Secionadores e Bobinas de Bloqueio,
Relatório Técnico ONS n° RE 2.1 206/2004 e suas revisões.
[2] Diretrizes para análise de superação de transformadores de corrente, relatório ONS
2.1/207/2004 e suas revisões;
[3] Diretrizes de aplicação de medidas mitigadoras para a superação de equipamentos de alta
tensão, relatório ONS 2.1/001/2006 e suas revisões.
[4] Metodologia de Cálculo da TRT para Estudos de Superação de Disjuntores, Relatório
Técnico ONS n° RE 2.1 079/2005 e suas revisões.

Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 20/20

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