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OSCE
UC 12
Renata Bittar
Medicina Unit
2016 1
ANAMNESE
IDENTIFICAÇÃO Nome, telefone, idade, cor (negra + leiomioma), naturalidade e procedência (CA de mama +
frequente nos EUA), profissão (grávidas que trabalham com materiais tóxicos), estado civil (nome do
parceiro + contato), religião (práticas, transfusão de sangue), escolaridade
HDA Evolução das manifestações clínicas (períodos de melhora espontânea, medicação utilizada, exames
laboratoriais e tratamentos)
INTERROGATÓRIO Cabeça e face, respiratório (tuberculose pode causar incontinência urinária de esforço pela tosse
SINTOMATOLÓGICO crônica), cardiovascular (gravidez sobrecarrega esse sistema), digestivo (algumas alterações nesse
sistema podem ser confundidas com as ginecológicas como diverticulite ou apendicite – mudança de
hábitos intestinais), urinário (cistites, litíases renais, incontinência urinária, infecção urinária)
ANTECEDENTES HAS, diabetes, osteoporose, alergias, hipo/hipertireoidismo, trombose venosa profunda, história
FAMILIARES de CA de mama (idade do parente - <50 anos: predisposição genética, >50 anos: idade), ovário, colo
do útero ou endométrio, leiomiossarcoma (ou outras neoplasias malignas)
ANTECEDENTES Doenças contagiosas na infância (toxoplasmose, caxumba, rubéola, sarampo), infecção
PESSOAIS urinária de repetição, DSTs (clamídia, gonorreia, tricomoníase, dardnerella, HPV, HIV...),
PATOLÓGICOS cirurgias e internamentos
HÁBITOS DE VIDA Tabagismo, etilismo, drogas ilícitas,
CONDIÇÕES Tipo de moradia, saneamento básico, higiene, nível socioeconômico, exercícios,
SOCIOECONÔMICAS alimentação
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ANAMNESE GINECO-OBSTÉTRICA
DESENVOLVIMENTO Idade e características da menarca, sexarca, pubarca, telarca e menopausa (ordem
PUBERAL cronológica do desenvolvimento dos caracteres secundários)
HISTÓRIA MENSTRUAL DUM, tipo menstrual (duração dos ciclos – 3 a 8 dias, intervalo regular de 26 a 32 dias ou
irregular, fluxo menstrual (normal = 80mL e intenso > 100mL), sintomas prémenstruais
(cólicas, sensibilidade, turgência das mamas, irritação, agressividade, distensão abdominal),
ingestão de estrogênios, dor pélvica, sangramento anormal
ANTECEDENTES SEXUAIS Atividade sexual (ritmo, libido normal, dispareunia, práticas sexuais, orgasmo), método
anticoncepcional, corrimento vaginal (coloração, odor, duração, quantidade, tratamento
utilizado e resultado), alterações vulvares (prurido, tumores, fístulas ou prolapsos),
cauterizações, última citologia e resultado
ANTECEDENTES Número e tipo de gestações, duração de cada gravidez, número de partos e o tipo,
OBSTÉTRICOS abortos (espontâneos ou provocados e se foi realizada a curetagem – ate 20 sem e 1500g),
vitalidade do recém-nascido, peso dos filhos ao nascer, evolução do puerpério,
amamentação (como foi e por quanto tempo), intercorrências no parto, alimentação dos filhos
Ex: G2P1A1 (2 gestações, 1 paridade e 1 aborto)
SINAIS E SINTOMAS DO Atrofia vulvogenital (dispareunia, secura vaginal, diminuição da libido), tratamento de
CLIMATÉRIO reposição hormonal (qual e a duração), fogachos
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ANAMNESE GINECOLÓGICA
Secreção sanguínea
Politelia Polimastia por um único ducto
Mamas
Simétricas
Descarga papilar presente e secreção
por incisão cirúrgica inframamária
Papila invertida
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Exame dos Linfonodos
OBS: Para facilitar o exame, a avaliação
INSPEÇÃO DAS AXILAS: dos linfonodos pode ser feita após a
Erupções provocadas por desodorantes ou material inspeção estática e dinâmica das mamas.
de depilação Essa conduta pode deixar a paciente mais
Infecções das glândulas sudoríparas (hidradenite) tranquila e evita a mudança constante de
Pigmentação posições visto que a inspeção e palpação
dos linfonodos é feita sentada e a palpação
das mamas/expressão papilar são
PALPAÇÃO DOS LINFONODOS AXILARES E realizadas com a paciente em decúbito
SUPRACLAVICULARES dorsal.
Paciente sentada de frente para o examinador
Examinador com a mão espalmada faz-se a
palpação deslizante do oco axilar e sua
proximidades (mão direita examina o lado
esquerdo do paciente)
Fossas supraclaviculares e axila são palpadas com
as pontas dos dedos
Linfonodos palpáveis: localização, quantidade,
maior diâmetro transverso, consistência,
mobilidade e coalescência
Linfonodos axilares aumentados podem sugerir
infecção das mãos ou braços e câncer de mama
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Exame das Mamas
PALPAÇÃO
2. PALPAÇÃO
Iniciada em regiões distantes da zona dolorosa
Superficial e profunda
Espessura da parede, hiperestesia, dor provocada,
defesa, contratura, tumor, tensão da parede
abdominal, soluções de continuidade e ruídos
hidroaéreos
3. PERCUSSÃO
Zonas de macicez e de timpanismo; ascite
estática
1. INSPEÇÃO dinâmica
inspeção do colo do útero
2.EXAME ESPECULAR coleta de material para a citologia
colposcopia (teste do Ácido Acético e de Schiller)
unidigital
3.TOQUE VAGINAL bidigital
combinado
4.TOQUE RETAL
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Exame da Genitália
1. INSPEÇÃO ESTÁTICA
VULVA PERÍNEO
Distribuição de pelos (ginecoide ou androide): Íntegro ou com ruptura de I, II ou III
adequados ou não para etnia, idade e sexo grau com extensão ao esfíncter e canal
Aspecto da fenda vulvar: fechada, entreaberta, anal
aberta Cicatrizes de episiorrafias
Morfologia e trofismo dos grandes e pequenos Perineoplastia
lábios
Umidade ÂNUS
Secreções Hemorroidas
Hiperemia Plicomas
Ulcerações Fissuras
Distrofias Prolapso da mucosa
Neoplasias Malformações
Dermatopatias
Distopias Clitóris
Malformações Óstio uretral
Hímen
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Canal vaginal 13
Exame da Genitália
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Prolapso uterino
Secreção
(Gardnerella) Candidíase
vulvovaginal
OBS:
Distopia = localização anômala de um órgão
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ESVAZIAR A BEXIGA ANTES! Exame da Genitália O espéculo deve ser introduzido
com uma angulação de 45° para
se desviar do meato uretral.
Objetivos:
Coleta de material para exame 2. EXAME ESPECULAR Deve deslocar as paredes anterior
e posterior da vagina
citológico, bacteriológico, cristalização
Abertura após rotação completa
e filância do muco cervical
Materiais: ORDEM
Espéculo de Collins (P, M e G) 1. Inspeção das paredes vaginais
Espátula de Ayres (trofismo)
Escova Endocervical 2. Presença ou não de secreções
Lâmina ou meio líquido vaginais e seu aspecto
Pinça hemostática 3. Fundos de saco vaginais
Algodão 4. Colo do útero
Solução de ácido acético a 5% 5. Coleta de material para a citologia
Lugol 3% a 5% 6. Teste do Ácido Acético
Renata Bittar - Medicina Unit 7. Teste de Schiler 17
Exame da Genitália
CUIDADOS PRÉVIOS
Colocar uma amostra de cada vez na
Não usar ducha higiênica durante 48h
lâmina e aplicar o fixador imediatamente
Evitar relações sexuais nos 2 dias
COLETA DUPLA OU TRÍPLICE EXAME ESPECULAR anteriores
Não usar cremes vaginais 1 semana
a) Fundo de saco vaginal com a antes
extremidade maior da espátula de
Ayres em apenas um sentido
Condiloma
Ectrópio Ectrópio Ectrópio Acuminado
Câncer
Teste de Schiller
o Temperatura
o Elasticidade
o Mobilidade
o Capacidade
o Consistência
o Extensão
o Orifício externo
o Superfície
o Lacerações
o Irregularidades
o Forma
o Sensibilidade
o Volume
OBS: PARAMÉTRIO
Tecido fibroso e frouxo que cerca parcialmente o útero. Parte
inferior do ligamento largo do útero que liga o seu bordo lateral à
parede pélvica lateral. Constituído por tecido celulofibroso, contém
os pedículos vasculonervosos uterinos.
Corrimento espesso, grumoso e Assintomático/Corrimento amarelado ou Assintomático/Disúria, dor em baixo Dispareunia, disúria, prurido e
esbranquiçado acinzentado com odor fétido ventre, corrimento amarelado ou claro, corrimento amarelado ou esverdeado
dor ou sangramento durante ato sexual bolhoso com odor fétido
Prurido local Pode ter prurido Prurido
Aspecto em
“framboesa”
Posição fetal
• O diagnóstico da posição fetal antes do trabalho de parto é,
geralmente, inconclusivo pois deve ser palpado através da
cérvice fechada.
• Com o início do trabalho de parto e depois da dilatação
cervical, as apresentações de vértice e suas posições são
reconhecidas por palpação das diversas fontanelas e suturas
fetais.
• As apresentações da face e pelve podem ser identificadas pela
palpação dos aspectos faciais e do sacro fetal,
respectivamente.
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TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
• A presença ou não da bolsa amniótica, a sua Apagamento e dilatação cervical
integridade e, eventualmente, a sua ruptura Comumente, o grau de apagamento cervical é expresso em relação ao
• Com maior frequência, a menos que tenha comprimento do canal cervical em comparação com o de um colo normal. Quando
havido sangramento além do muco cervical o comprimento do copo se encontra reduzido pela metade, está apagado em 50%.
sanguinolento, deve-se realizar um exame Quando o colo se torna tão fino quanto o segmento uterino inferior adjacente,
vaginal. Os dedos indicador e médio enluvados encontra-se totalmente apagado ou 100% apagado.
devem ser introduzidos na vagina, evitando a
região anal A dilatação cervical é determinada estimando o diâmetro médio da abertura
• O número de exames vaginais correlaciona-se cervical ao deslizar o dedo examinador desde a margem da abertura cervical em
com a morbidade decorrente da infecção, um lado até a margem do lado oposto. O diâmetro transverso é estimado em
principalmente nos casos de ruptura precoce centímetros. Diz-se que o colo se encontra totalmente dilatado quando o diâmetro
das membranas mede 10 cm, porque a parte apresentada de um neonato a termo comumente pode
atravessar um colo amplamente dilatado.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Rebaixamento da consciência, convulsões, coma, Carvão ativado, NaHCO3 para controle da acidemia,
sintomas ANTI-COLINÉRGICOS variados, taquicardia terapêutica para as crises convulsivas, hipotensão e
sinusal, arritmias ventriculares, hipotensão, assistolia arritmia
DIGITÁLICOS (digoxina) Bradiarritmias, taquicardia, fraqueza, náuseas, vômitos, Anticorpo Fab antidigoxina
dor abdominal, diarreia
1. Ofídios
2. Escorpionismo
3. Araneismo
4. Quilópodos
5. Himenópteros
6. Lepidépteros
7. Coleópteros
8. Peixes, celenterados e
equinodermos
9. Sifonóforos e medusas
10.Batráquios
11.Sáurios
12.Mamíferos Renata Bittar - Medicina Unit 57
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
Peçonhenta: cabeça mais triangular e destacável do corpo, causa mais curta e afina abruptamente, mais
arisca, rasteja mais devagar e se enrola, possui mais hábitos noturnos
Efeitos locais discretos + fácies Soro anti-elapídico Medidas gerais de suporte (repouso,
Elapídico miastênica elevação do membro afetado,
(Micrurus – Coral hidratação, lavar o local da picada
apenas com água ou água e sabão,
Verdadeira) ferida deve ser debridada)
Soro (hidratação)
Renata Bittar - Medicina Unit 60
Profilaxia para o tétano
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ESCORPIONISMO
Quadro clínico
a) Leve: apenas dor (dura 24h), parestesias, eritema e
sudorese local
b) Moderado e Grave: manifestações sistêmicas (alteração
do estado mental, hipo ou hipertensão, sialorreia, arritmas,
choque, alterações do ECG
Tratamento:
a) Soro antiescorpiônico ou antiaracnídico (apenas para casos
moderados e graves)
b) Suporte
Renata Bittar - Medicina Unit 61
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ARANEÍSMO
Marrom
Armadeira
Viúva
Negra
MERCÚRIO Fabricação de pesticidas e Sintomas pulmonares, História + exame físico + níveis no Prevenção e alguns quelantes
fungicidas, garimpeiros, consumo gastrointestinais, renais e lesões sangue e na urina podem ser utilizados
de peixes e frutos do mar permanentes do SNC (MAIS
contaminados ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS)
ARSÊNIO Fundição e indústrias de Gastroenterite hemorrágica, lesões Dosagens séricas, urinárias, nos Dimercaprol
microeletrônica renais, vasoespasmo, neoplasias, cabelos e nas unhas
hiperceratose, linhas de Mees
CROMO Galvanoplastias, indústrias de Prurido nasal, rinorreira e epistaxe Quelante não é eficaz e pode
cimento, produção de ligas ulceração e perfuração do septo agravar a nefropatia
metálicas, soldagem de aço nasal; irritação de conjuntiva com
inoxidável, pigmentos da indústria lacrimejamento e irritação da
têxtil, cerâmica, vidro e borracha, garganta, erupções eritematosas
indústria fotográfica, vulcões “olho de pombo”; risco aumentado
para câncer de pulmão