No filme “Pantera Negra", é apresentada uma sociedade altamente tecnológica
formada exclusivamente de pessoas pretas. Fora da ficção, existem as favelas,
repartições urbanas com maiorias étnicas afrodescendentes. Porém, contrariamente à obra, essas áreas sofrem opressão policial e discriminação. Em primeira análise, observando o modo de abordagem policial para brancos e negros, constata-se que o uso excessivo da força ocorre mais com pretos. A própria máquina formadora dos agentes possui inclinações à intolerância, gerando aplicadores “nutridos” do viés racial. Os fatos supracitados levam a um sentimento coletivo de revolta, que se materializa cada vez mais, nos movimentos antirracistas. Mais profundamente, os movimentos contra a segregação do povo afrodescendente sempre existiram, com representações clássicas, como Malcon X. Com o advento das redes sociais, estas lutas isoladas foram capazes de se unir, formando grandes frentes. Entretanto, a luta pela igualdade ainda é longa, e deve se deparar com fortes inimigos, como o “racismo estrutural” e a descriminação velada. Um modo de fortalecer os movimentos contra o preconceito, é que o MEC (Ministério da Educação e Cultura) inclua à grade curricular padrão, aulas de ética racial, com o objetivo de formar novos indivíduos livres do racismo.