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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.1, n.5, p.24-36. Set/Out. 2007. ISSN 1981-9900.
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Atleta 1 2 3 4 5 6 X DP
Idade 17 17 16 15 18 15 16,33 ±1,21
Estatura 1,83 1,82 1,75 1,71 1,67 1,78 1,76 ±0,06
Tempo prática (anos) 10 9 8 11 9 8 9,17 ±1,17
X = média; DP = desvio padrão
A amostra foi composta por seis O registro dos dados foi realizado em
jogadores da equipe de futsal de um colégio um formulário individual e as informações
particular da cidade de Curitiba, indivíduos obtidas foram transpostas para duas tabelas
com idade entre 15 e 18 anos (X = 16,33 ± que contêm os itens necessários. Para se
1,21), estatura entre 1,67m e 1,83m (X = obter uma visão geral dos resultados, serão
1,76m ± 0,06) e tempo de prática dessa apresentadas a seguir: a tabela 2, referente ao
modalidade variando entre 8 e 11 anos (X = pré-treino e a tabela 3, com os dados do pós-
9,17 ± 1,17). treino.
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dissolvidas na amostra. Por ser uma medida mas também pelo tamanho dessas partículas
da densidade da amostra, é influenciada não (Strasinger, 2000).
só pelo número de partículas nela presentes,
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pré-treino - peso corporal pós-treino) / peso ser uma tática importante para jogadores que
corporal pré-treino].100 não foram irão competir no calor.
significativos (entre +1 e -1), indicando que os Outras medidas prévias incluem
atletas se encontravam euidratados cuidados com o estado nutricional e de
A manifestação de sede muito intensa hidratação do atleta, melhora do
está ligada a no mínimo 2% de desidratação. condicionamento físico através de exercícios
Quando isto ocorre, o desempenho físico fica aeróbios regulares e adequados para
comprometido, a temperatura corporal e a aumentar a capacidade de trabalho e a
freqüência cardíaca aumentam (Wilmore e tolerância ao calor, o que resulta em menor
Costill, 2001). fadiga (Rodrigues e Magalhães, 2004).
As regras oficiais de futsal de 2007, Uma capacidade termorregulatória
não se referem à ingestão de líquidos durante insuficiente durante a realização de um
uma partida de futsal. Segundo experiência, o exercício em ambiente quente e úmido pode
atleta ingere líquidos nos intervalos da partida, levar o indivíduo à exaustão pelo calor.
quando o técnico solicita tempo técnico ou O sistema cardiovascular deixa de
quando acontece uma falta em que o jogo é suprir as necessidades dos músculos e da
parado para atendimento. Neste momento, o pele, devido a uma redução do volume
atleta que sente sede se dirige à lateral da sangüíneo, causada pela perda excessiva de
quadra e bebe líquido. A arbitragem não líquido e eletrólitos pela transpiração
interfere, pois o cronômetro é parado. prolongada e excessiva. Se esse quadro
Vários procedimentos adaptativos que evoluir para uma intermação, que é uma falha
acompanham um condicionamento físico cada dos mecanismos termorregulatórios, pode ser
vez melhor ajudam a prevenir problemas fatal (Wilmore e Costill, 2001).
relacionados à desidratação (Nadel, 1996). A desidratação e a hipertermia são
Um deles é a aclimatação, um aceleradores do consumo de glicogênio e,
conjunto de adaptações fisiológicas que assim, da fadiga muscular. Guerra, Soares e
permite ao indivíduo suportar um maior Burini (2001) acreditam que a hidratação e o
estresse ao calor ambiental, aumentando sua suprimento glicídico constituem os principais
capacidade de sudorese, auxiliando a ergogênicos nutricionais para os futebolistas,
minimizar o acúmulo de calor, aumentando o recomendando para estes atletas que iniciem
tempo de desempenho da atividade física e o jogo bem hidratados.
diminuindo o risco de doenças provocadas Meyer e Perrone (2004) relatam que a
pelo calor (Salum e Fiamoncini, 2006). hidratação pós-exercício é um dos fatores que
Silami-Garcia, Dias e Garcia (2004) garantem a manutenção de fluídos e eletrólitos
observaram que a realização de treinamento e o armazenamento de glicogênio muscular e
em ambientes quentes e úmidos durante 5 a hepático.
10 dias que antecedem uma competição pode
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mecanismos hormonais que controlam a sudorese pode ser influenciada por fatores
osmolalidade, o conteúdo de sódio e o volume fisiológicos individuais como: idade, gênero,
de líquido extracelular, mantendo a regulação hidratação, capacidade aeróbica, aclimatação
do balanço hídrico (Maugham, Leiper e e também pela presença de algumas
Shirreffs, 1997). doenças.”
A ocorrência de uma maior Posteriormente, ao avaliar as diretrizes
concentração de sódio devido à diminuição do para reposição de fluídos do Institute of
volume sanguíneo aumenta a percepção da Medicine’s Food and Nutrition Board
sensação de sede. Se a ingestão líquida for (Washington, EUA), Kenney (2004) observou
somente de água, rapidamente desaparecerá que as recomendações para consumo diário
a sensação de sede, devido à pressão de água, sal e potássio indicadas para um
osmótica e também pela redução do volume a indivíduo sedentário adulto, poderiam ser
ser ingerido. Como resultado não ocorrerá a inadequadas para atletas e indivíduos que
reposição adequada de líquidos. A presença praticam exercícios moderados e/ou intensos.
de pequenas quantidades de cloreto de sódio O pesquisador também alertou para o fato de
ajuda a manter a pressão osmótica orientada que a sede não é o melhor indicador de
para a sensação de sede e garante a ingestão desidratação ou da necessidade corporal de
de um volume maior de líquidos, (Nuse e líquidos, um fato que é particularmente
colaboradores citados por Murray, 1997). verdadeiro durante a prática de exercícios. Em
Monteiro, Guerra e Barros (2003) função disso, torna-se importante uma
observaram que o desempenho do jogador é avaliação da taxa de sudorese dos atletas
otimizado, tanto com a ingestão de água, durante situações de jogo e de treinamento
como de carboidrato, embora as taxas em que para que seja possível estimar a reposição
ambos são absorvidos pelo organismo possam hídrica necessária em detrimento ao que foi
ser limitadas pelas taxas de esvaziamento perdido pela sudorese.
gástrico e absorção intestinal. Deve-se levar O American College of Sports
em consideração a importância relativa da Medicine (1996) recomenda que as perdas
reposição de substrato ou de água, já que a hídricas ocorridas pela transpiração durante a
depleção de carboidrato pode resultar em prática esportiva sejam repostas em
fadiga e queda de rendimento. quantidades próximas ou iguais à da taxa de
A performance e a saúde de sudorese ou então que o indivíduo consuma o
praticantes de exercício, atletas amadores ou máximo tolerável, em intervalos regulares.
profissionais, podem ser melhoradas se o Um estudo sobre as práticas de
processo recuperativo ocorrer imediatamente hidratação em atletas de judô, realizado por
após uma sessão de treino ou competição. A Brito e Marins (2005), revelou procedimentos
reposição adequada de água, eletrólitos e inadequados de hidratação. A utilização de um
carboidratos perdidos pelo suor beneficia a questionário indicou os sintomas mais
recuperação em atividades intermitentes e de freqüentes da prática: sede intensa, perda de
alta intensidade (Meyer e Perrone, 2004). força e dificuldade em realizar um movimento
Níveis ideais de água no organismo facilmente executável em condições normais.
mantêm a capacidade funcional do sistema Os pesquisadores concluíram que a maior
cardiovascular, a termorregulação e o parte dos atletas avaliados nunca receberam
desempenho físico durante a prática de orientação técnica sobre o tema, fazendo com
exercícios (Lamb e Shehata, 1999). que a desidratação e a hipoglicemia sejam
Vimieiro-Gomes e Rodrigues (2001) recorrentes no grupo.
destacam que a ingestão de água em Perrella, Noriyuki e Rossi (2005)
quantidades suficientes para repor a perda consideram que o sucesso de uma hidratação
hídrica pela sudorese tem sido recomendada adequada após a realização do exercício
em consensos internacionais. A taxa de ocorra com uma reposição de 150% do
sudorese pode ser calculada e depende de volume perdido durante o exercício.
fatores como: o custo calórico, a duração e o Algumas conseqüências fisiológicas
tipo de atividade, assim como das condições decorrentes da prática de exercícios físicos
térmicas ambientais. são a elevação da temperatura corporal e a
Kenney (citado por Vimieiro-Gomes e produção de calor pelo organismo. Este calor
Rodrigues, 2001) afirma que “a taxa de precisa ser transferido para o meio ambiente,
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ºC
32,2
ZONA SEGURA
21,1
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
A performance e a saúde de
praticantes de exercício, atletas amadores ou CONCLUSÃO
profissionais, podem ser melhoradas se o
processo recuperativo ocorrer imediatamente Os atletas iniciaram o treinamento
após uma sessão de treino ou competição. A desidratados.
reposição adequada de água, eletrólitos e As sessões de treinamento foram
carboidratos perdidos pelo suor beneficia a conduzidas em um ambiente classificado
recuperação em atividades intermitentes e de como risco baixo para hipertermia.
alta intensidade (Meyer e Perrone, 2004).
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2- Brito, C.J.; Marins, J.C.B. Caracterização Condições Climáticas. Revista Treinamento
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