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Conforme arquivado na Securities and Exchange Commission em 17 de Outubro de 2019

UNITED STATES
SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION
Washington, D.C. 20549

FORMULÁRIO 20-F
TERMO DE REGISTRO DE ACORDO COM O ART. 12(b) OU
12(g) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934
OU
RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d)
DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934
RELATIVO AO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018
OU
RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d)
DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934
OU
RELATÓRIO DE EMPRESA SHELL DE ACORDO COM O ART. 13 OU 15(d)
DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934

Número de arquivo na Comissão: 001-14862

BRASKEM S.A.
(Denominação exata da Requerente tal como especificado em seu estatuto social)

Não se aplica República Federativa do Brasil


(Tradução da denominação da Requerente para o inglês) (Jurisdição de constituição)

Rua Lemos Monteiro, 120 – 24° andar


Butantã—São Paulo—SP, CEP 05501-050, Brasil
(Endereço do escritório principal)

Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas


Braskem S.A.
Rua Lemos Monteiro, 120 – 24º andar
Butantã—São Paulo, SP—CEP 05501-050, Brasil
Telefone: + (55 11) 3576-9000
Fax: + (55 11) 3576-9532
(Nome, telefone, e-mail e/ou número de fax e endereço do contato da Companhia)

Valores mobiliários registrados ou a registrar de acordo com o Art. 12(b) do Exchange Act:

Nome de cada classe Nome de cada bolsa no qual estão registrados


Ações Preferenciais, Classe A, sem valor nominal, cada qual Bolsa de Valores de Nova York
representada por American Depositary Receipts
*Em 13 de maio de 2019, a Bolsa de Valores de Nova York suspendeu a negociação das American Depositary Shares da Companhia e deu
início ao processo de deslistagem da Companhia. A Companhia recorreu da decisão, e o julgamento encontra-se pendente.

Valores mobiliários registrados ou a registrar de acordo com o Art. 12(g) do Act: Nenhum

Valores mobiliários sujeitos a obrigação de apresentação de relatório de acordo com o Art. 15(d) do Act:

TÍTULO DE CADA CLASSE:


Títulos com vencimento em 2024 e remuneração de 6,450% emitidos pela Braskem Finance Limited.

O número total de ações emitidas de cada classe da Braskem S.A. em 31 de dezembro de 2018 era:

451.668.652 Ações Ordinárias, sem valor nominal


345.049.672 Ações Preferenciais, Classe A, sem valor nominal
500.230 Ações Preferenciais, Classe B, sem valor nominal

i
Assinalar se a Requerente é uma emissora conhecida e tradicional, como definido na Regra 405 do Securities Act.
Sim Não

Se este for um relatório anual ou de transição, assinalar se a Requerente é obrigada a arquivar relatórios de acordo com o Artigo 13
ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934.
Sim Não

Assinalar se a Requerente (1) entregou todos os relatórios exigidos pelo Art. 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 nos
12 meses anteriores (ou período menor, conforme exigido da Requerente) e (2) estava sujeita a tais exigências de apresentação de
documentos nos últimos 90 dias.
Sim Não

Assinalar se a Requerente apresentou eletronicamente e postou em seu site na Internet, se houver, todos os Arquivos de Dados
Interativos cuja apresentação e postagem é exigida de acordo com a Regra 405 do Regulamento S-T (§232.405 desse capítulo) nos
12 meses anteriores (ou período menor, conforme exigido da Requerente).
Sim Não

Assinalar se a Requerente, quanto à apresentação de documentos, é classificada como grande, regime acelerado ou regime não
acelerado, conforme definição de regime acelerado e muito acelerado na Regra 12b-2 do Exchange Act. (Assinalar um):
Grande, acelerado Acelerado Não acelerado Empresa de crescimento emergente

No caso de uma empresa de crescimento emergente que elabore suas demonstrações financeiras de acordo com U.S. GAAP, indique
se o emissor optou por não utilizar o período de transição estendido para cumprimento de qualquer normal contábil nova ou revisada
nos termos da Seção 13(a) do Exchange Act. O termo “norma contábil nova ou revisada” refere-se a quaisquer atualizações emitidas
pelo Financial Accounting Standards Board ao seu código Accounting Standards Codification após 05 de abril de 2012.

Assinalar que base de contabilidade a Requerente utilizou para elaborar as demonstrações financeiras constantes desta apresentação:

Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo


USGAAP Outra
International Accounting Standards Board

Se a resposta à questão acima tiver sido “Outra”, assinalar que item de demonstrações financeiras a Requerente optou por seguir.
Item 17 Item 18

Se este for um relatório anual, assinalar se a Requerente é uma empresa shell (conforme definição na Regra 12b-2 do Exchange
Act).
Sim Não

i
SUMÁRIO

Página

APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS ...................................................................................1


ADVERTÊNCIA SOBRE DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS ..................................................................................................6

PARTE I .........................................................................................................................................................................................8
ITEM 1. IDENTIDADE DE CONSELHEIROS, DIRETORES E CONSULTORES ................................................................8
ITEM 2. ESTATÍSTICAS REFERENTES À OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO ........................................................8
ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES ...................................................................................................................................8
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA .............................................................................................................40
ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO SOLUCIONADOS DOS FUNCIONÁRIOS ....................................................................68
ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS ........................................................................1
ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS ...........................................................................................111
ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ............................................125
ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ...........................................................................................................................132
ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM ..........................................................................................................................................143
ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS ............................................................................................................................145
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO ...........................158
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES.....................................................................161

PARTE II ....................................................................................................................................................................................162
ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA ...........................................................................162
ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES NOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NO USO DOS RECURSOS ......162
ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS.................................................................................................................162
ITEM 16A. PERITO FINANCEIRO DO CONSELHO FISCAL ........................................................................................167
ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA.........................................................................................................................................168
ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES PRINCIPAIS ..................................................................169
ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM EM BOLSA PARA COMITÊ DE AUDITORIA....................169
ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORAS AFILIADAS ..............................................170
ITEM 16F. MUDANÇA DOS AUDITORES DA REQUERENTE ........................................ Erro! Indicador não definido.
ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA ..................................................................................................................171
ITEM 16H. DIVULGAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE MINAS .....................................................................................173

PARTE III ..................................................................................................................................................................................174


ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................................174
ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................................174
ITEM 19. ANEXOS .............................................................................................................................................................174

i
APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS

Todas as referências aqui contidas a “real”, “reais” ou “R$ ” indicam a moeda de curso corrente da República Federativa do Brasil.
Todas as referências a “dólares norte-americanos”, “dólares” ou “US$” indicam a moeda de curso corrente nos Estados Unidos da
América. Todas as menções a “CHF” fazem referência ao franco suíço, moeda oficial da Suíça.

Todas as referências aqui contidas (1) a “Companhia”, “nós”, “nosso(a)” e variações indicam a Braskem S.A. e suas subsidiárias
consolidadas e entidades controladas em conjunto e (2) a “Braskem” indicam unicamente a Braskem S.A. Todas as referências neste
documento a “Braskem Europe” se referem à empresa Braskem Europe GmbH e suas controladas consolidadas, inclusive a Braskem
America, Inc. (Braskem America).

Demonstrações financeiras

Os livros e registros da Braskem são mantidos em reais. Nossas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2018 e
2017 e relativas aos três exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 foram auditadas, conforme informado no relatório aqui contido,
e estão incluídas neste relatório anual. As demonstrações financeiras e as notas explicativas que compõem este relatório anual são
referidas, coletivamente, como as demonstrações financeiras consolidadas auditadas da Companhia aqui e no restante deste relatório.

As demonstrações financeiras consolidadas auditadas integrantes deste relatório anual foram elaboradas em conformidade com as
normas internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards, ou IFRS), emitidas pelo International Accounting
Standards Board.

Participação de mercado e outras informações

Este relatório anual contém informações sobre a participação de mercado no setor petroquímico brasileiro da Companhia e de sua
capacidade de produção em relação à de outras empresas atuantes no setor petroquímico do Brasil, de outros países da América Latina,
dos Estados Unidos e do mundo. Tais informações têm por base dados obtidos de terceiros e considerados confiáveis. A participação
no mercado brasileiro foi calculada dividindo-se o volume de vendas líquidas de produtos específicos da Companhia no mercado interno
pelo consumo total desses produtos no mercado brasileiro. As informações relativas à capacidade de produção de outras empresas
atuantes no setor petroquímico brasileiro e a estimativa do consumo interno brasileiro total de produtos petroquímicos foram extraídas
principalmente de relatórios publicados pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM). As informações relativas à
capacidade de produção de outras empresas atuantes no setor petroquímico global, os preços internacionais de produtos petroquímicos
e o consumo per capita em algumas regiões geográficas foram extraídas principalmente de relatórios publicados pela IHS, Inc. (IHS).
As informações relativas às importações e exportações brasileiras foram extraídas do ComexStat (http://comexstat.mdic.gov.br),
elaborado pelo Ministério da Economia (Ministério da Economia). A Companhia inclui ainda informações e estatísticas relacionadas
ao crescimento econômico de países emergentes obtidas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e estatísticas relacionadas ao produto
interno bruto (PIB), crescimento do Brasil, Estados Unidos, Europa e México obtidas de fontes públicas independentes, tais com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o Departamento de Comércio dos EUA, a agência oficial de estatística da União
Europeia (Eurostat); e o Instituto Nacional de Estadística y Geografía do México.

Embora não exista nenhum motivo para se acreditar que essas informações sejam imprecisas em qualquer aspecto relevante, não foi
feita nenhuma verificação independente da capacidade de produção, da participação de mercado, do tamanho do mercado ou de dados
semelhantes fornecidos por terceiros ou extraídos de publicações especializadas ou de caráter geral.

As informações relativas ao consumo interno aparente de alguns de nossos produtos são fornecidas com base nas informações
disponíveis do governo brasileiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da ABIQUIM e em nossas estimativas
internas. O consumo interno aparente é equivalente à produção interna, acrescida das importações e deduzidas as exportações. O
consumo interno aparente de qualquer período pode diferir do consumo real, porque esta medida não leva em consideração as variações
nos níveis de estoque da cadeia de suprimento de petroquímicos.

ii
Alguns Termos Utilizados pelo Setor

Glossário de termos selecionados do setor petroquímico e do contexto dos negócios da Companhia

No contexto dos negócios da


Termo Significado Principais usos Companhia
Alifáticos Alifáticos são hidrocarbonetos de São utilizados como combustível, A Companhia produz alifáticos,
cadeia aberta que não contêm anéis solvente e químicos básicos pela tais como eteno e propeno em
estáveis conectando os seus átomos, indústria petroquímica. sua Unidade de Químicos.
em contraste aos aromáticos.

Aromáticos Aromáticos são hidrocarbonetos São utilizados como aditivos de A Companhia produz
cíclicos com união estável entre os combustível, solvente e químicos aromáticos, tais como benzeno,
seus átomos de carbono. básicos pela indústria tolueno e xileno como
petroquímica. coprodutos em sua Unidade de
Químicos.

Benzeno Hidrocarboneto aromático. É utilizado principalmente na A Companhia produz benzeno


Constituinte natural do petróleo fabricação de compostos químicos como subproduto na sua
bruto. de estrutura mais complexa, tais Unidade de Químicos.
como o etilbenzeno e o cumeno.

Produtos BTX Mistura de benzeno, tolueno e de São utilizados como aditivos de A Companhia produz benzeno,
três isômeros de xileno (orto, meta e combustível, solvente e químicos tolueno e xileno como
para), todos hidrocarbonetos básicos pela indústria subprodutos (BTX) em sua
aromáticos. petroquímica. Unidade de Químicos.

Butadieno Composto orgânico gasoso incolor. É utilizado na indústria como A Companhia produz butadieno
monômero na produção de como subproduto na sua
borracha sintética. Unidade de Químicos.

Buteno Gás incolor presente no petróleo Utilizado como monômero na A Companhia utiliza buteno na
bruto. produção de polímeros, e como produção de PEAD e PEBDL
intermediário petroquímico. em sua Unidade de
Poliolefinas. O Buteno é
fornecido por sua Unidade de
Químicos.

Soda cáustica A soda cáustica, ou hidróxido de Utilizada na produção de papel e A Companhia produz soda
sódio, é um composto inorgânico. celulose, têxteis, água potável, cáustica em sua Unidade de
Na forma de um sólido cristalino sabão e detergente, e como Vinílicos. A soda cáustica é um
incolor, a soda cáustica é tóxica, desentupidor de encanamento. subproduto da produção do
corrosiva e altamente solúvel em cloro, necessário para a
água. produção de PVC.

Cloro-Soda Processo de eletrólise utilizado na Principal processo industrial para a A Braskem opera unidades de
fabricação de cloro, hidrogênio e produção de soda cáustica. Cloro-Soda no Brasil.
hidróxido de sódio (soda cáustica).

Cloro Cloro é um elemento químico (Cl) e É utilizado na produção de A Companhia utiliza sal na
apresenta-se como um gás tóxico produtos de papel, antissépticos, produção de cloro em sua
verde-amarelado a temperatura plásticos, tinturas, têxteis, Unidade de Vinílicos.
ambiente. Possui um odor pungente medicações, inseticidas, solventes e
e sufocante. no tratamento de piscinas.

Condensado Condensado ou gás natural O condensado é utilizado como A Companhia utiliza


condensado é uma mistura de insumo nas plantas petroquímicas, condensado como matéria-
hidrocarbonetos líquidos de baixa queimado para aquecimento e na prima na sua Unidade de
densidade presentes como cozinha, e misturado no Químicos.
componentes gasosos no gás natural combustível para veículos.
bruto.

ii
No contexto dos negócios da
Termo Significado Principais usos Companhia
Cumeno Composto orgânico baseado em um É utilizado na produção de fenol e A Companhia produz cumeno
hidrocarboneto aromático com acetona. como subproduto na sua
substituição alifática, o cumeno é Unidade de Químicos.
um líquido incolor constituinte do
petróleo bruto e combustíveis
refinados.

Diciclopentadieno O diciclopentadieno, ou DCPD, é É utilizado em resinas de poliéster, A Companhia produz DCPD


um líquido amarelo com odor acre. tintas e adesivos. em sua Unidade de Químicos.

Etano Tipo de gás natural liquefeito É utilizado como matéria-prima na O etano é uma das principais
(GNL), o etano é um gás incolor e produção de eteno. matérias-primas utilizadas na
inodoro em condições normais de produção de eteno na Unidade
temperatura e pressão, extraído do de Químicos.
gás natural na forma liquefeita.

Etanol Álcool simples, produzido através da É utilizado como combustível para A Companhia utiliza o etanol
fermentação de açúcares por veículos, desinfetante ou como matéria-prima na
leveduras ou processos intermediário químico. produção de polietileno verde
petroquímicos. em sua Unidade de Químicos,
localizada em Triunfo, Brasil.

Éter etil O éter etil terbulítico, ou ETBE, é É utilizado geralmente como A Companhia produz ETBE
terbulítico um líquido incolor fabricado através aditivo na produção de gasolina. em sua Unidade de Químicos.
da esterificação ácida do isobuteno
com etanol.

Eteno Hidrocarboneto gasoso incolor, é o É utilizado principalmente na A Companhia produz eteno em


composto orgânico mais utilizado na produção de poliolefinas, sua Unidade de Químicos,
indústria química. Produzido essencialmente polietileno, a resina como principal produto da
principalmente via destilação termoplástica mais utilizada do destilação fracionada de
fracionada de matérias-primas como mundo. matérias-primas.
a Nafta e GNLs.

EVA Acetato de vinila, ou EVA, é um Utilizado na produção de materiais A Companhia produz EVA em
copolímero do etileno-acetato de similares à borracha, com sua Unidade de Poliolefinas.
vinila. aplicações em adesivos,
embalagens, moldagem e
membranas para equipamentos
eletrônicos.

Gasolina Líquido inflamável obtido no refino É utilizado principalmente como A Companhia produz gasolina
do petróleo bruto. combustível em motores à como subproduto na sua
combustão. Unidade de Químicos.

PEAD O Polietileno de Alta Densidade, ou É utilizado em diversos setores A Companhia produz PEAD
PEAD, é uma resina termoplástica para a produção de garrafas, em sua Unidade de
produzida pela polimerização do brinquedos, frascos de químicos, Poliolefinas.
eteno. encanamentos e outros produtos
plásticos.

Hexeno Um composto alifático, o hexeno é Utilizado como solvente, thinner A Companhia utiliza o hexeno
um líquido translúcido e incolor com para pintura e meio de reação em sua Unidade do México
odor similar ao do petróleo. química. Utilizado ainda como co- como matéria-prima na
monômero na produção de PEAD. produção de PEAD.

Resinas Chamadas também de resinas de Geralmente utilizadas juntas de A Companhia produz resinas
hidrocarbônicas petróleo, são produzidas pela outras resinas nos setores de tintas, hidrocarbônicas em sua
polimerização de hidrocarbonetos tinturas, adesivos e borracha. Unidade de Químicos.
aromáticos.

ii
No contexto dos negócios da
Termo Significado Principais usos Companhia
Hidrogênio Um elemento químico, o hidrogênio É utilizado na fabricação de amônia A Companhia produz
é um gás incolor e inodoro. para a produção de fertilizantes e hidrogênio em sua Unidade de
como intermediário químico na Vinílicos.
produção de plásticos e fármacos.

Solventes Solventes incolores e inodoros São utilizados na fabricação de A Companhia produz solventes
hidrogenados tratados com hidrogênio. tintas. hidrogenados em sua Unidade
de Químicos.

Isopreno Composto orgânico comum, É utilizado na produção de A Companhia produz isopreno


componente da borracha natural. borracha sintética. em sua Unidade de Químicos.
Também é subproduto do refino do
petróleo.

PEBD Polietileno de baixa densidade, ou É utilizado na fabricação de A Companhia produz PEBD


PEBD, é uma resina termoplástica frascos, garrafas, tubulações, em sua Unidade de
fabricada pela polimerização do sacolas plásticas e equipamento Poliolefinas.
eteno. moldado de laboratório.

Gás Liquefeito de O gás liquefeito de petróleo, ou É utilizado em aquecedores à A Companhia produz GLP em
Petróleo (GLP) GLP, é uma mistura de propano e combustível, equipamentos de sua Unidade de Químicos.
butano, dois líquidos do gás natural. cozinha, como combustível
veicular, propulsor aerossol e gás
refrigerante.

PEBDL O polietileno de baixa densidade É utilizado em sacolas plásticas e A Companhia produz PEBDL
linear, ou PEBDL, é um polímero mantas, filmes plásticos, filmes em sua Unidade de
linear fabricado a partir da stretch, bolsas, brinquedos, Poliolefinas.
copolimerização do eteno com coberturas, tampas, encanamentos,
olefinas de cadeia mais longa. baldes, cobertura de cabos e
tubulações flexíveis, entre outras.

Metanol P metanol é o álcool mais simples, É utilizado como precursor de A Companhia utiliza metanol
um líquido produzido outras commodities químicas, como matéria-prima para a
industrialmente pela hidrogenação inclusive o formaldeído, ácido produção de MTBE em sua
do monóxido de carbono. acético e MTBE. Unidade de Químicos.

Éter metil-terc- Corrente intermediária de É utilizado quase exclusivamente A Companhia produz MTBE
bulítico (MTBE) hidrocarboneto líquido derivado como aditivo da gasolina para em sua Unidade de Químicos.
principalmente do refino de petróleo aumentar o teor de oxigênio.
bruto.

Nafta Corrente intermediária de É utilizada como solvente, aditivo A Companhia utiliza a nafta
hidrocarboneto líquido derivado de combustível e matéria-prima na como matéria-prima na
principalmente do refino de petróleo indústria petroquímica. produção de produtos
bruto. petroquímicos em sua Unidade
de Químicos.

Gás Natural Mistura de gás hidrocarbônico de É utilizado como fonte de energia A Companhia utiliza o gás
ocorrência natural composta para aquecimento, cozinha e natural para geração de energia
principalmente por metano. geração de energia elétrica, como elétrica em seus processos
combustível para veículos e produtivos.
matéria-prima de produtos
químicos.

Gás natural Mistura de componentes É utilizado como matéria-prima na A Companhia utiliza GNLs tais
liquefeito (GNL) hidrocarbônicos do gás natural, indústria petroquímica, como como etano e propano como
principalmente etano, propano e combustível e para o aquecimento e matérias-primas em suas
butano, que são separados do gás cozinha. plantas do Rio de Janeiro e
natural cru na forma de líquidos. México.

ii
No contexto dos negócios da
Termo Significado Principais usos Companhia
N-hexano Hidrocarboneto obtido a partir do É utilizado em misturas com outros A Companhia utiliza o n-
refino do petróleo bruto. solventes para a extração de óleos hexano em sua Unidade de
vegetais e como agente de limpeza Poliolefinas como matéria-
nos setores de tintas, têxtil, prima na produção de PEAD e
mobiliário e calçados. PEBDL.

Noneno Um hidrocarboneto, o noneno é um Utilizado como plastificante para A Companhia produz noneno
líquido incolor com odor tornar flexíveis plásticos rígidos e em sua Unidade de Químicos.
reminiscente de gasolina. na produção de químicos
intermediários.

Olefinas Hidrocarbonetos insaturados que São utilizadas como produtos A Companhia produz olefinas
contêm, pelo menos, uma ligação químicos intermediários na em sua Unidade de Químicos.
dupla entre carbonos, como eteno, produção de outros químicos e
propeno e buteno. Obtidos a partir resinas.
da destilação fracionada de matérias-
primas.

Para-xileno Hidrocarboneto aromático, o para- Utilizado como matéria-prima A Companhia produz para-
xileno é produzido principalmente química na produção de polímeros, xileno como subproduto na sua
nas refinarias durante a destilação principalmente PET. Unidade de Químicos.
fracionada da nafta.

DHP Desidrogenação de propano, DHP Processo industrial para produção A Companhia utiliza o propeno
ou PDH, é uma tecnologia utilizada de propeno. das unidades de DHP como
na conversão de propano em matéria-prima em suas plantas
propeno. nos Estados Unidos.

Piperileno Hidrocarboneto líquido volátil e Utilizado como monômero na A Companhia produz


inflamável, obtido como subproduto fabricação de plásticos, adesivos e piperileno em sua Unidade de
da produção de eteno. resinas. Químicos.

Polietileno (PE) O PE é o mais comum entre as O PE possui um grande número de A Companhia produz PE em
resinas termoplásticas. É leve e aplicações, tais como em sua Unidade de Poliolefinas.
durável, e é obtido pela embalagens, bens de consumo,
polimerização do eteno. fibras, têxteis, encanamentos, setor
automotivo, fios e cabos,
construção civil, entre outras.

Poliisobuteno O PIB é uma borracha sintética Utilizado como combustível e A Companhia produz PIB em
(PIB) permeável a gases produzida através aditivo de lubrificantes, em sua Unidade de Químicos.
da polimerização do isobuteno com explosivos, como base para goma
isopreno. de mascar, e para aumentar a
resistência do polietileno ao stress
ambiental.

Poliolefinas Macromoléculas formadas pela São utilizadas em uma ampla linha A Companhia produz
polimerização de monômeros de de bens de consumo e aplicações poliolefinas em sua Unidade de
olefinas. As mais comuns são o industriais. Poliolefinas.
polipropileno (PP) e o polietileno
(PE).

Polipropileno (PP) O PP é uma resina termoplástica e o Amplamente utilizado nos setores A Companhia produz PP em
segundo plástico mais produzido automotivo e moveleiro, em bens sua Unidade de Poliolefinas.
após o PE. Obtido a partir da de consumo, embalagens e
polimerização do propeno, o PP é etiquetas, além de outras aplicações
geralmente mais rígido e resistente industriais.
ao calor que o PE.

ii
No contexto dos negócios da
Termo Significado Principais usos Companhia
Policloreto de O PVC é o terceiro polímero É utilizado principalmente em A Companhia produz PVC em
vinila (PVC) plástico sintético mais produzido do infraestruturas e na construção civil sua Unidade de Vinílicos.
mundo, atrás do PE e do PP, obtido para fabricação de canos e perfis,
a partir da polimerização do tais como portas e janelas, em
monômero cloreto de vinila (MCV), encanamentos, cabos elétricos,
um monômero fabricado geralmente pisos e como substituto da
a partir de eteno e cloro. borracha.

Propano Tipo de gás natural liquefeito Utilizado geralmente com o butano A Companhia utiliza o propano
(GNL), o propano encontra-se como em aplicações de aquecimento e na juntamente com o etano como
gás em condições normais de cozinha, serve ainda de matéria- matérias-primas na produção de
temperatura e pressão, e é extraído prima na indústria petroquímica. produtos petroquímicos em sua
do gás natural na forma liquefeita. Unidade de Químicos.

Propeno Um hidrocarboneto, o propeno é um Utilizado principalmente na A Companhia produz propeno


gás incolor e a segunda olefina mais produção de resinas de em sua Unidade de Químicos
utilizada na indústria química, após polipropileno e de diversos outros como subproduto da destilação
o eteno. Ele pode ser obtido como produtos químicos, tais como o fracionada. O propeno é ainda a
coproduto da destilação fracionada óxido de propeno e a acrilonitrila. principal matéria-prima
ou refino, ou produzido. utilizada pela Companhia na
produção de polipropileno em
suas Unidades de Poliolefinas e
EUA e Europa.

Gás de refinaria Gás produzido como subproduto do É utilizado como matéria-prima na A Companhia utiliza o gás de
refino do petróleo bruto. É uma indústria petroquímica. refinaria como matéria-prima
mistura de metano, etano, em sua Unidade de Químicos
hidrogênio e outros gases. na produção de eteno.

Sal O sal é um mineral composto É utilizado em diversas indústrias, A Companhia utiliza sal na
principalmente por cloreto de sódio. principalmente no processo de produção de cloro e soda
cloro-soda para produção de soda cáustica em sua Unidade de
cáustica e cloro, e como aditivo de Vinílicos.
alimentos.

Hipoclorito de O hipoclorito de sódio é um É utilizado como desinfetante ou A Companhia produz


sódio composto clorado. agente de branqueamento e na hipoclorito de sódio em sua
produção de outros produtos Unidade de Vinílicos.
químicos.

Tetrâmero O tetrâmero, ou tetrâmero de É utilizado como plastificante, A Companhia produz o


propileno é uma olefina. tensoativo, aditivo de óleo tetrâmero de propileno em sua
lubrificante e agente de Unidade de Químicos.
polimerização.

Resinas Polímeros crus e amorfos, como o São utilizados na indústria plástica A Companhia produz resinas
termoplásticas PE, PP e PVC. e em outras indústrias. termoplásticas em sua Unidade
de Químicos.

Tolueno Hidrocarboneto aromático. É utilizado principalmente como A Companhia produz tolueno


matéria-prima industrial e como em sua Unidade de Químicos.
solvente.

PEUAPM Polietileno de Ultra-Alto Peso Utilizado em aplicações industriais A Companhia produz


Molecular, ou PEUAPM, é um tipo que exigem durabilidade, baixa PEUAPM em suas Unidades
especial de polietileno fricção e resistência química, como dos EUA e Europa.
termoplástico. canaletas, guias de correntes e
defensas marítimas, entre outras.

ii
No contexto dos negócios da
Termo Significado Principais usos Companhia
Vinílicos Vinílicos, ou polímeros vinílicos, São utilizados na indústria plástica A Companhia produz vinílicos
constituem um grupo de polímeros e em outras indústrias. em sua Unidade de Vinílicos.
derivados de monômeros vinílicos.
O vinílico mais comum é o PVC.

Outros termos utilizados neste Relatório Anual

Neste relatório anual:

 “produtos de primeira geração” significa petroquímicos básicos, tais como eteno e propeno, produzidos a partir da nafta, gás
natural e etano. Os petroquímicos básicos são utilizados como matéria-prima na produção de produtos de segunda geração. A
Companhia também vende alguns produtos de primeira geração para os seus clientes;

 “produtos de segunda geração” significa resinas termoplásticas, tais como PE, PP e PVC;

 “terceira geração” significa os transformadores de plásticos;

 “produtos de terceira geração” significa os produtos plásticos acabados produzidos por processo de moldagem de resinas
termoplásticas em aplicações de uso final;

 “capacidade anual de produção” significa a capacidade nominal anual de uma unidade específica, calculada com base na
operação 24 horas por dia durante todo o ano;

 “kt” significa mil toneladas, e equivale a 1.000 toneladas ou 2.204.622,62 libras;

 “tonelada” significa uma tonelada métrica, que equivale a 1.000 quilogramas ou 2.204,62 libras.

Arredondamento

Alguns dos montantes constantes do presente relatório anual foram submetidos a ajustes e arredondamentos. Consequentemente,
totalizações numéricas incluídas em algumas tabelas podem não representar exatamente a soma aritmética dos montantes que as
precedem.

ADVERTÊNCIA SOBRE DECLARAÇÕES PROSPECTIVAS

Este relatório anual contém declarações prospectivas. Algumas das questões objeto de explanação relativas às operações comerciais e
desempenho financeiro da nossa Companhia, incluem declarações prospectivas segundo o significado do Securities Act de 1933, com
alterações (Securities Act) ou do Securities Exchange Act de 1934, com alterações (Exchange Act), ambos dos Estados Unidos.

As afirmações de natureza hipotética, que dependam de acontecimentos ou condições futuros ou que a eles se refiram ou que incluam
palavras como “visa”, “espera”, “acredita”, “pode”, “continua”, “estima”, “prevê”, “pretende”, “possivelmente”, “poderia”, “planeja”,
“potencial”, “planeja”, “busca”, “deve”, “objetivo”, “seria” e expressões similares, são afirmações prospectivas. Embora a
administração acredite que essas afirmações prospectivas se baseiem em pressupostos razoáveis, elas estão sujeitas a vários riscos e
incertezas e são feitas levando-se em conta as informações às quais atualmente a administração tem acesso.

As afirmações prospectivas podem ser influenciadas por diversos fatores, entre os quais:

 conjuntura geral econômica, política e comercial nos mercados ou jurisdições em que atuamos, inclusive demanda e preços de
produtos petroquímicos;
 oscilações das taxas de juros, da inflação e das taxas de câmbio do real em relação ao dólar e a outras moedas;
 natureza cíclica do setor petroquímico mundial;
 concorrência no setor petroquímico mundial;
 preços da nafta, do etano, do propano, do propeno e de outras matérias-primas e os termos e condições dos contratos de
fornecimento relacionados a estes;
 preços internacionais dos produtos petroquímicos;
 medidas tomadas pelos principais acionistas da Companhia;

ii
 riscos inerentes relacionados a qualquer alteração do controle corporativo da Companhia;
 a capacidade da Companhia de recorrer da suspensão das negociações e eventual deslistagem das suas American Depositary
Shares (“ADSs”) na Bolsa de Valores de Nova York (“NYSE”);
 capacidade de implantar a estratégia de financiamento e captar fundos em termos satisfatórios;
 progresso na integração das operações de empresas ou ativos que vierem a ser adquiridos no futuro, de modo a auferir os
benefícios previstos com essas aquisições;
 alterações em leis e regulamentos, incluindo, entre outros, aqueles que versam sobre questões tributárias e ambientais e tarifas
de importação em outros mercados ou jurisdições em que a Companhia atua ou para os quais exporta seus produtos;
 alterações futuras em políticas no Brasil, México, Estados Unidos e Europa e ações relacionadas por parte de tais governos;
 retração da economia mundial, podendo afetar negativamente as empresas petroquímicas;
 desfecho de processos de grande monta relativos a tributação, questões trabalhistas, ambientais e outras questões legais e
 outros fatores mencionados ou discutidos no “Item 3. Principais Informações — Fatores de risco”.

As informações prospectivas não constituem garantia de desempenho futuro, podendo os resultados ou acontecimentos efetivos diferir
de forma relevante das expectativas expressas nessas informações. Quanto às informações prospectivas, relacionadas a resultados
financeiros futuros e outras projeções, os resultados reais serão diferentes em razão da incerteza inerente a estimativas, previsões e
projeções. Em vista dessas incertezas, os investidores em potencial não devem basear-se unicamente nessas informações.

As declarações prospectivas são válidas apenas na data em que são feitas e a administração não assume nenhuma obrigação de atualizá-
las em função de novas informações ou acontecimentos futuros, ou de divulgar publicamente eventuais revisões dessas declarações de
modo a refletir acontecimentos ou circunstâncias posteriores ou a ocorrência de fatos não previstos.

ii
PARTE I

ITEM 1. IDENTIDADE DE CONSELHEIROS, DIRETORES E CONSULTORES

Não se aplica.

ITEM 2. ESTATÍSTICAS REFERENTES À OFERTA E CRONOGRAMA PREVISTO

Não se aplica.

ITEM 3. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES

Informações financeiras e outras informações selecionadas

As informações selecionadas a seguir devem ser lidas em conjunto com a “Apresentação das Informações Financeiras e Outras
Informações”, “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras” e nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas
e suas respectivas notas explicativas, que estão incluídas neste relatório anual.

As informações financeiras selecionadas em 31 de dezembro de 2018 e 2017 e para o período de três anos findo em 31 de dezembro de
2018 foram extraídas de nossas demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as normas de IFRS e inclusas neste
relatório anual.

Em 2018, com exceção das mudanças que ocorreram devido à adoção de novas práticas contábeis, conforme descrito no “Item 5. Análise
e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Mudanças nas principais práticas contábeis” abaixo, as práticas contábeis foram aplicadas
prospectivamente na elaboração das demonstrações financeiras da Companhia.

Em 2017, a administração da Braskem passou a classificar o pagamento de jutos como juros pagos no fluxo de caixa das atividades
operacionais, ao invés de juros pagos na conta "caixa aplicado em atividades de investimentos". A mudança permite: (i) a identificação
direta do montante total pago como juros; e (ii) maior precisão ao determinar o caixa líquido proveniente das atividades operacionais.
Como resultado de tal mudança, a Companhia reclassificou os juros pagos no período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015 nos
valores de R$ 288,4 milhões e R$ 786,1 milhões, respectivamente.

Em 2017, a Companhia padronizou a classificação da provisão para PLR entre todas as suas controladas, sejam elas produtivas ou não.
A Companhia realizou a padronização, pois considerou a classificação atual mais apropriada, uma vez que essa provisão não apresenta
elementos recorrentes ou, mesmo quando recorrentes, os montantes diferem ano a ano.

Nesse contexto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, os montantes relacionados a este item foram reclassificados de “custo
dos produtos vendidos” nos valores de R$163,1 milhões, “despesas com vendas e distribuição” nos valores de R$ 7,2 milhões, e
“despesas gerais e administrativas” nos valores de R$ 191,6 milhões, para “participação dos integrantes nos lucros e resultados” em
“outras receitas (despesas) líquidas”.

Foram incluídas informações relativas aos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio pagos a detentores de ações ordinárias e ações
preferenciais da Companhia a partir de 1° de janeiro de 2016 em reais e em dólares convertidos de reais à taxa de venda comercial em
vigor na data do pagamento, como exposto no “Item 8—Informações financeiras —Dividendos e política de dividendos —Pagamento
de dividendos”.

ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
2018(1) 2018 2017 2016 2015 2014
Ajustado (2) Ajustado (2) Ajustado (2)
(em milhões de
US$, exceto
valores por ação) (em milhões de reais, exceto valores por ação)

Dados da demonstração de resultado:

Receita líquida............................................... 14.968,5 57.999,9 49.260,6 47.664,0 46.880,0 45.135,9


Custo de produtos vendidos ......................... (11.982,9) (46.431,2) (36.177,4) (34.985,6) (36.697,8) (39.205,3)
Lucro bruto.................................................... 2.985,6 11.568,6 13.083,2 12.678,4 10.182,2 5.930,6
Receitas (despesas):
Despesas com vendas e distribuição ......... (398,9) (1.545,6) (1.459,6) (1.403,7) (1.077,3) (1.035,2)
Despesas gerais e administrativas ............. (421,4) (1.633,0) (1.434,3) (1.285,6) (1.095,4) (1.038,4)
Despesas com pesquisa e
desenvolvimento ................................... (51,6) (199,8) (167,5) (162,0) (169,6) (128,1)
Equivalência patrimonial .......................... (0,2) (0,9) 40,0 30,1 2,2 3,9
Outras receitas (despesas) operacionais,
líquidas .................................................. 23,4 90,9 (854,9) (3.906,0) (952,3) (262,9)
Lucro operacional ......................................... 2.136,9 8.280,2 9.206,9 5.951,2 6.889,8 3.469,9
Resultado financeiro:
Despesas financeiras ................................. (776,2) (3.007,6) (3.747,2) (3.571,0) (3.163,4) (2.716,4)
Receitas financeiras................................... 152,0 589,1 603,6 690,1 584,9 399,9
Variação cambial, líquida.......................... (582,5) (2.257,0) (798,8) (3.210,4) 102,9 (84,1)
Despesa financeira, líquida ........................... (1.206,6) (4.675,5) (3.942,3) (6.091,3) (2.475,6) (2.400,6)
Lucro (prejuízo) antes de IR e CSLL ............ 930,3 3.604,7 5.264,6 (140,1) 4.414,2 1.069,3
IR e CSLL corrente e diferido ....................... (190,1) (736,6) (1.357,7) (616,0) (1.660,4) (491,0)
Lucro (prejuízo) de operações continuadas ... 740,2 2.868,2 3.906,9 (756,1) 2.753,8 578,4
Lucro (prejuízo) de operações
descontinuadas ............................................. — — 8,9 26,9 6,4 0,1
Lucro (prejuízo) líquido no exercício ........... 740,2 2.868,2 3.915,8 (729,2) 2.760,2 578,2

Lucro (prejuízo) líquido no exercício


atribuível aos acionistas controladores ...... 729,8 2.827,7 3.865,4 (411,5) 3.001,7 716,0
Prejuízo líquido atribuível aos acionistas não
controladores nas controladas ....................... 10,5 40,5 50,3 (317,7) (241,5) (137,8)

Lucro (prejuízo) por ação:


Básico:
Ações ordinárias .................................... 0,9173 3,5543 4,8479 (0,5511) 3,7651 1,0857
Ações preferenciais classe "A” ............. 0,9173 3,5543 4,8479 (0,5511) 3,7651 1,0857
Ações preferenciais classe “B” ............. 0,1525 0,5910 0,6069 — 0,6065 0,6062

Diluído:
Ações ordinárias .................................. 0,9173 3,5543 4,8590 (0,5173) 3,7732 1,0857
Ações preferenciais classe "A”............ 0,9173 3,5543 4,8590 (0,5173) 3,7731 1,0857
Ações preferenciais classe “B” ........... 0,1525 0,5910 0,6069 — 0,6065 0,6062
ADS (3) ................................................ 1,8346 7,1086 9,7180 (1,0346) 7,5464 1,7992
___________________
(1) Convertido para conveniência do leitor, usando a taxa de venda divulgada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2018, de R$ 3,8748 = US$1,00.
(2) (i) Para fins de comparação, a Companhia alterou a classificação da provisão para participação dos integrantes nos lucros e resultados a fim de padronizar a
classificação para todas as empresas, sejam elas produtivas ou não e por entender que a atual classificação é mais apropriada, devido à característica dessa provisão
de não apresentar elementos recorrentes ou, quando recorrentes, que não repetem seu montante ano a ano. No exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2016,
2015 e 2014, os montantes relacionados a este item foram reclassificados das rubricas “custo dos produtos vendidos (2016 – R$163.056, 2015 – R$165.522 e 2014
– R$146.388), “despesas com vendas e distribuição” (2016 – R$7.155, 2015 – R$5.848 e 2014 – R$2.201) e “despesas gerais e administrativas” (2016 – R$191.586,
2015 – R$185.067 e 2014 – R$157.135) para a rubrica “outras receitas (despesas) líquidas”. e (ii) para fins de comparação, a Companhia está apresentando os
valores na rubrica “Custo com ociosidade de plantas industriais” para os exercícios de 2016 e 2015, reclassificados de “Outras receitas (despesas) líquidas”. Os
valores reclassificados no período findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015 foram de R$ 208.006 e R$135.341, respectivamente.
(3) American depositary shares (ADS) são ações denominadas em dólar americano de empresas estabelecidas no exterior negociadas em bolsa de valores nos EUA.
No caso da Companhia, para cada um dos períodos apresentados, cada ADS representava duas ações preferenciais classe A.

ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de

2018(1) 2018 2017 2016 2015 2014


(em milhões de
US$, exceto
quando indicado) (em milhões de reais, exceto quando indicado)

Dados do balanço patrimonial:

Caixa, equivalentes de caixa e aplicações


financeiras (2) ............................................ 2.040,2 7.905,3 6.077,8 7.892,3 7.458,2 3.085,7
Contas a receber de clientes – circulante (3) ... 793,6 3.075,2 3.281,2 1.634,1 2.755,7 2.409,1
Estoques ........................................................ 2.190,2 8.486,6 6,460.0 5.238,0 6.243,7 5.688,3
Imobilizado liquido ....................................... 8.196,5 31.759,9 29.761,6 29.336,7 34.100,3 29.071,0
Total do ativo ................................................ 15.176,9 58.807,5 52.731,8 51.821,9 60.626,9 49.501,9
Empréstimos e financiamentos – circulante .. 190,3 737,4 1.184,8 2.594,5 1.970,0 1.419,5
Empréstimos e financiamentos –
não circulante ........................................... 6.235,3 24.160,7 22.176,6 20.736,6 25.380,5 18.926,7
Capital social ................................................. 2.075,8 8.043,2 8.043,2 8.043,2 8.043,2 8.043,2
Patrimônio líquido (inclui participação de
minoritários nas controladas) .................... 1.459,3 5.654,7 5.472,8 1.720,7 945,5 5.597,1

Outras informações financeiras e


operacionais

Informações de fluxo de caixa


Caixa líquido gerado por (usado em):
Atividades operacionais ............................ 2.387,3 9.250,4 2.461,6 4.457,9 7.091,7 3.813,1
Atividades de investimento ....................... (642,2) (2.488,3) (2.406,4) (2.552,5) (3.334,2) (5.054,1)
Atividades de financiamento ..................... (1.188,0) (4.603,4) (2.988,5) (2.757,3) (97,5) 894,4

Outras informações
Investimentos de capital:
Imobilizado e intangível ............................ (698,4) (2.706,3) (2.273,2) (2.586,5) (3.337,9) (5.378,8)
Investimentos em controladas ................... — — (608,2) — — 0,1

Volume de vendas total (em milhares de


toneladas):

Eteno (4)........................................................ 623,6 624,6 576,1 548,6 511,4


Propeno (4).................................................... 355,4 403,5 370,6 416,5 445,7
Polietileno (PE) ............................................. 2.608,3 2.711,6 2.729,7 2.626,9 2.386,5
Polipropileno (PP) ......................................... 1.580,7 1.687,2 1.671,9 1.513,1 1.591,9
PVC............................................................... 535,7 607,7 645,2 594,9 659,6
___________________
(1) Convertido para conveniência do leitor, usando a taxa de venda divulgada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2018, de R$ 3,8748 = US$1,00.
(2) Inclui aplicações financeiras circulantes.
(3) Inclui adiantamentos a fornecedores não-circulantes.
(4) Inclui somente vendas de terceiros.

ii
Taxas de câmbio

A atual legislação e regulamentos que regem o regime de câmbio brasileiro permitem a compra e a venda de moedas estrangeiras e a
transferência internacional de reais por qualquer pessoa física ou jurídica, independentemente do valor, respeitados alguns
procedimentos reguladores.

Desde 1999, o Banco Central permite que a taxa de câmbio real/dólar flutue livremente e, desde então, ela de fato oscilou
consideravelmente.

No passado, o Banco Central interveio ocasionalmente visando controlar movimentações instáveis das taxas de câmbio. Não se pode
prever se o Banco Central ou o governo brasileiro continuará a permitir que o real flutue livremente ou se intervirá no mercado de
câmbio por meio de sistema de bandas cambiais ou por outra forma. O real pode apresentar substancial valorização ou desvalorização
frente ao dólar. Além disso, a legislação brasileira prevê que, sempre que houver um desequilíbrio grave na balança de pagamentos do
país ou sérias razões para prever tal desequilíbrio, poderão ser impostas restrições a remessas de capital estrangeiro para o exterior. Não
se pode assegurar que tais medidas não virão a ser tomadas pelo governo brasileiro no futuro. Ver “—Fatores de risco—Riscos relativos
ao Brasil—As políticas de controle cambial do governo brasileiro podem aumentar o custo do serviço da dívida expressa em moeda
estrangeira, afetar negativamente a capacidade de efetuar pagamentos referentes às obrigações de dívidas expressas em moeda
estrangeira e comprometer a liquidez da Companhia” e “—Fatores de risco—Riscos relativos às Ações e Títulos de Dívida da
Companhia—Se os detentores de ADSs as trocarem por ações preferenciais classe A, poderão arriscar perder ou limitar temporariamente
sua capacidade de realizar remessa de moeda estrangeira para outros países e certas vantagens fiscais brasileiras.”

Fatores de risco

Riscos relativos à Companhia e ao setor petroquímico

A natureza cíclica do setor petroquímico pode reduzir nossa receita líquida e nossa margem bruta.

A indústria petroquímica, incluindo os mercados globais em que atuamos, é cíclica e sensível a mudanças globais em oferta e demanda.
Essa natureza cíclica pode reduzir nossa receita líquida de vendas, aumentar nossos custos e diminuir nossa margem bruta, inclusive
pelas seguintes razões:

 desaquecimentos nos negócios e na atividade econômica em geral podem causar diminuição da demanda por nossos produtos;

 a queda global da demanda pode gerar pressões competitivas para menores preços;

 aumento dos preços das principais matérias-primas utilizadas, principalmente a nafta, o etano e o propeno; e

 se decidirmos ampliar nossas fábricas ou construir novas instalações, podemos fazê-lo com base na estimativa de uma demanda
futura que talvez não se concretize ou se concretize em níveis abaixo do previsto.

Historicamente, os mercados internacionais de produtos petroquímicos passaram por períodos alternados de oferta limitada, o que
acarretou aumento dos preços e margens de lucro, seguidos por expansão na capacidade de produção, resultando em excesso de oferta
e diminuição dos preços e margens de lucro. Os preços no setor petroquímico seguem o setor petroquímico mundial e os preços de
nossos produtos vendidos no Brasil, em outros países da América Latina, nos Estados Unidos e ao redor do mundo são fixados tomando
por referência os preços dos mercados internacionais. Portanto, nossa receita líquida de vendas e nossa margem bruta estão cada vez
mais vinculadas a condições da indústria global, sobre as quais não temos controle, e que podem afetar negativamente os resultados
operacionais e situação financeira da Companhia.

A Companhia recebe um montante significativo de receitas de clientes, e os riscos de crédito associados a alguns desses clientes
podem afetar de forma adversa os resultados de suas operações.

A Companhia mantém diversas operações nas quais o risco de crédito da contraparte é um fator relevante, incluindo operações com
clientes e empresas com as quais trabalha para a prestação de serviços, entre outros. Esses riscos dependem de condições de mercado e
da viabilidade real e estimada da contraparte. O não-cumprimento de obrigações por quaisquer das contrapartes ou sua vulnerabilidade
avaliada podem expor a Companhia a riscos de perda em determinadas situações. A Companhia recebe um montante significativo de
receitas de clientes, e os riscos de crédito associados a alguns desses clientes podem afetar de forma adversa os resultados de suas
operações. Alguns contratos e acordos firmados entre a Companhia e contrapartes podem conter cláusulas de indenização que a
protegem de perdas financeiras. Havendo deterioração da qualidade de crédito desses clientes ou caso eles busquem proteção contra
falência, a capacidade da Companhia de cobrar os seus recebíveis e, portanto, os resultados de suas operações, podem ser afetados de
maneira adversa.

Os resultados divulgados da Companhia podem ser afetados negativamente pelos aumentos das perdas de crédito esperadas.

ii
A Companhia possui um saldo significativo de contas a receber e, por isso, constitui uma provisão para cobrir a parcela desse montante
que não seja recebida devido à inadimplência de clientes.

Caso a viabilidade do negócio de certos clientes se deteriore ou as políticas de crédito da Companhia se mostrem ineficazes na redução
da sua exposição ao risco de crédito, podem ser necessários aumentos adicionais nas perdas de crédito esperadas, o que poderia resultar
em um efeito adverso sobre o fluxo de caixa ou os resultados das operações da Companhia. A Companhia registra perdas de crédito
esperadas em valor considerado suficiente para cobrir perdas estimadas na realização dos recebíveis, levando em conta o histórico de
perdas da Companhia e a idade das contas a receber, embora a Companhia não possa garantir que estes valores sejam suficientes para
cobrir eventuais perdas.

Em 31 de dezembro de 2018, o total de contas a receber de clientes era de R$ 3.093,0 milhões e as perdas de crédito esperadas eram de
R$ 233,6 milhões.

Fatores macroeconômicos globais têm produzido, e podem continuar a produzir, efeitos negativos sobre as margens que colocamos
em nossos produtos.

Nosso resultado operacional pode ser materialmente afetado por condições adversas nos mercados financeiros e condições econômicas
negativas em geral. Pioras no ambiente econômico de determinadas regiões geográficas e jurisdições onde comercializamos nossos
produtos podem reduzir substancialmente a demanda por nossos produtos e resultar na queda do volume de vendas. Ambientes de
recessão econômica podem afetar negativamente nosso negócio, em função da redução da demanda por nossos produtos.

Segundo o FMI, a economia mundial cresceu 2,9% em 2018, uma alta de 0,7 p.p. em relação à 2017. Em 2018, o PIB brasileiro cresceu
1,1% ante crescimento de 1,0% em 2017 e retrações de 3,5% em 2016 e 3,8% em 2015.

Para os Estados Unidos, o FMI registrou crescimento do PIB de 2,9% em 2018, ante crescimentos de 2,3% em 2017, 1,5% em 2016 e
2,6% em 2015. O FMI registrou ainda crescimento do PIB de 2,2% na Europa e de 2,2% no México em 2018.

Nossa capacidade de exportar para outros países depende do nível de crescimento econômico nesses países e outras condições
econômicas, incluindo taxas de inflação e juros vigentes. Adicionalmente, quebras no equilíbrio global entre demanda e oferta podem
prejudicar nossa habilidade de exportar nossos produtos em razão de uma queda na demanda interna por esses produtos. Períodos de
prolongada volatilidade da atividade econômica em nossos principais mercados de exportação, tais como América do Sul, Europa e
Ásia podem continuar a reduzir a demanda por alguns de nossos produtos e levar a maiores pressões de preços por importadores
brasileiros, o que pode afetar negativamente nossos resultados operacionais.

Enfrentamos concorrência de produtores de polietileno, polipropileno, PVC e outros produtos petroquímicos.

Enfrentamos forte concorrência em todos os produtos petroquímicos oferecidos. Nossas operações nos Estados Unidos enfrentam
concorrência naquele país de outros produtores norte-americanos de polipropileno e demais produtores internacionais de polipropileno
que atendem o mercado dos Estados Unidos. Nossas operações na Alemanha enfrentam concorrência na Europa e nos outros mercados
de exportação que atende por parte de produtores europeus e de outros países de polipropileno. As operações da Companhia no México
enfrentam a concorrência de produtores de polietileno dos Estados Unidos. Empresas concorrentes da América do Sul podem exportar
para o Brasil com baixas taxas ou até sem taxas de importação. Adicionalmente, produtores e quase todos os continentes realizam
vendas regulares ou pontuais para empresas de trading e clientes diretos no Brasil para produtos petroquímicos e resinas.

Em geral, os preços de nossos produtos de segunda geração vendidos no Brasil são fixados tomando por referência os preços cobrados
por produtores estrangeiros nos mercados internacionais. Geralmente determinamos os preços de nossos produtos de segunda geração
exportados do Brasil com base nos preços praticados no mercado à vista internacional. Os preços do polipropileno comercializado nos
Estados Unidos e na Europa são determinados com base na precificação do mercado regional. O preço do polietileno no México é
definido com base nos preços do polímero na região da Costa do Golfo dos Estados Unidos.

Como resultado do recente comissionamento da capacidade de produção de eteno a partir de gás natural nos Estados Unidos, somado à
competitividade de preço do etano como matéria-prima para a produção de petroquímicos, a administração prevê que poderemos
enfrentar concorrência mais intensa de produtores de resinas termoplásticas, especialmente norte-americanos, nos mercados nos quais
ela vende esses produtos. Adicionalmente, a valorização do real em relação ao dólar norte-americano pode aumentar a competitividade
do preço de produtos importados em reais, o que pode causar um aumento na concorrência no Brasil por parte de outros produtores de
produtos de segunda geração. Alguns dos concorrentes estrangeiros são empresas substancialmente maiores, que contam com recursos
financeiros, produtivos, tecnológicos e/ou de marketing superiores aos da Companhia.

A Companhia poderá enfrentar a concorrência de produtores de substitutos dos seus produtos como resultado da evolução
tecnológica, tendências e preferências de consumo e setoriais, além de mudanças regulatórias.

ii
A Companhia compete em um mercado que depende da inovação tecnológica e da habilidade de se adaptar a tendências de consumo e
setoriais que estão em constante evolução. Seus produtos petroquímicos e outros produtos produzidos a partir deles, tais como bens de
consumo feitos de plástico, estão sujeitos a mudanças nas tendências, demandas e preferências dos consumidores e indústrias, bem
como a exigências regulatórias e ambientais rigorosas. Portanto, produtos que antes desfrutavam de preferência podem, ao longo do
tempo, perder a preferência entre consumidores e indústrias ou deixar de ser percebidos como a melhor opção.

Além disso, a gestão, descarte e reciclagem de resíduos plásticos tornou-se uma preocupação ambiental global e tem recebido tanta
atenção quanto outros temas ambientais, tais como o aquecimento global, de grande parte da população, governos nacionais e locais,
empresas do setor privado, formadores de tendências e consumidores do mundo todo. Há uma crescente tendência de se afastar da
utilização de produtos plásticos, o que tem sido apoiado por iniciativas governamentais e legislações, além de investimentos em sistemas
de reciclagem de plásticos por empresas do setor público e privado, bem como por governos nacionais e locais. Em novembro de 2018,
a Companhia emitiu um posicionamento apoiando o desenvolvimento de certas iniciativas para a promoção da “economia circular”
(reutilização e readequação de recursos dentro da economia), entre elas: (i) parcerias para o desenvolvimento de novos produtos e
aplicações que melhorem a eficiência e promovam a reciclagem e reutilização (design circular), principalmente de embalagens de uso
único; (ii) investimento no desenvolvimento de novos produtos renováveis a fim de apoiar a economia circular no início da cadeia de
valor; (iii) apoio e desenvolvimento de novas tecnologias, modelos de negócios e sistemas de coleta, triagem, reciclagem e recuperação
de materiais, considerando o equilíbrio ideal dos impactos econômicos, sociais e ambientais; (iv) engajamento de consumidores em
programas de reciclagem e recuperação, principalmente através de programas educacionais de consumo consciente para aumentar o
conhecimento sobre o valor dos resíduos plásticos para a economia; (v) apoio e utilização de ferramentas de avaliação de ciclo de vida
para escolher a opção mais sustentável, considerando os impactos econômicos, sociais e ambientais do plástico; (vi) apoio à mensuração
e comunicação de índices de reciclagem e recuperação de materiais de embalagens plásticas; (vii) desenvolvimento de parcerias para a
compreensão, prevenção e solução do problema do lixo nos oceanos, com apoio da comunidade científica e de pesquisadores; e (viii)
apoio a políticas científicas abrangentes para compreender as origens e prevenir o lixo nos oceanos e melhorar a gestão de resíduos
sólidos, principalmente plásticos. Apesar destas e de outras iniciativas realizadas no setor em que atua a Companhia, pode não ser
possível aumentar as taxas de reciclagem de resíduos plásticos pós-consumo, o que poderia levar à diminuição do interesse por seus
produtos por parte dos clientes e consumidores, além de impactar os resultados das suas operações e a sua condição financeira.

O contínuo sucesso da Companhia depende da sua habilidade de continuar a se diferenciar e aos seus produtos, bem como de reagir a
tais mudanças de tendências. Entre os fatores que podem afetar a percepção dos consumidores sobre os seus produtos, ou sobre os bens
de consumo produzidos a partir dos seus produtos, estão tendências de saúde e a percepção de produtos substitutos como sendo mais
ambientalmente amigáveis. Por exemplo, nos últimos anos, temos visto uma mudança na preferência dos consumidores em relação aos
canudos plásticos, favorecendo a utilização de canudos fabricados a partir de outros materiais e compostos, tais como papel e outros. A
ineficácia em reagir a tendências similares no futuro pode permitir que concorrentes cresçam e conquistem participação de mercado
antes que a Companhia tenha chance de responder.

Além disso, podem ser alteradas ou promulgadas regulações no futuro que dificultem o apelo aos seus clientes, consumidores finais ou
a alavancagem dos produtos produzidos pela Companhia. Ainda que a Companhia seja capaz de destacar seus produtos, não é possível
garantir que seus concorrentes (inclusive fabricantes de produtos substitutos) não tenham sucesso em persuadir os consumidores dos
produtos da Companhia a migrarem para os seus próprios produtos. Alguns dos concorrentes podem ter mais acesso a recursos que a
Companhia, o que poderia melhor posicioná-los para reagir e se adaptar à evolução das tendências e preferências e a mudanças
regulatórias. Qualquer perda de interesse pelos seus produtos ou por bens de consumo produzidos a partir dos seus produtos pode causar
um efeito material adverso nos negócios, resultados das operações e condições financeiras da Companhia.

Custos mais altos da matéria-prima podem aumentar o custo de produtos vendidos e diminuir a margem bruta, afetando
negativamente nosso resultado financeiro total.

A nafta, um derivado do petróleo bruto, é a principal matéria-prima utilizada por nossa Unidade de Químicos (antes conhecida como
Petroquímicos Básicos) e, indiretamente, por nossas outras unidades de negócios no Brasil. Em 2018, a nafta respondeu, direta e
indiretamente, por 41,8% dos custos consolidados de produtos vendidos, comparado a 40,0% em 2017.

Etano e propano são as principais matérias-primas utilizadas pela Companhia na produção de petroquímicos básicos em nosso complexo
petroquímico instalado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ou Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, e representam o principal
custo de produção e operacional da Unidade de Químicos. Etano e propano corresponderam juntos, direta e indiretamente, a 0,6% e
1,2%, respectivamente, do custo dos produtos vendidos consolidado em 2018, comparado a 0,6% e 0,9%, respectivamente, do custo
dos produtos vendidos consolidado em 2017.

Já o propeno, principal matéria-prima consumida na produção de polipropileno nos Estados Unidos e na Europa, representa o principal
custo de produção e operacional da Unidade EUA e Europa. A Companhia também adquire propeno no mercado brasileiro para suas
plantas de polipropileno. O propeno correspondeu, direta e indiretamente, a 21,7% e 19,4% do custo dos produtos vendidos consolidado
em 2018 e 2017, respectivamente.

O etano é a principal matéria-prima utilizada na produção de eteno no Complexo Petroquímico do México e representa o principal custo
de produção e operacional do Complexo do México. Etano correspondeu, direta e indiretamente, a 1,0% e 1,4% do custo dos produtos
vendidos consolidado em 2018 e 2017, respectivamente.

ii
No Brasil, a Companhia adquire nafta utilizada pela Unidade de Químicos a preços baseados nos preços da nafta do mercado Amsterdã-
Roterdã-Antuérpia, ou preço de referência ARA, e etano e propano precificados com base no mercado Mont Belvieu. A Companhia
adquire o propeno utilizado nas plantas do Brasil e dos EUA a preços baseados na referência do Golfo dos EUA (preço USG). A
Companhia adquire o propeno utilizado nas plantas da Europa conforme o informado pela ICIS-LOR com base em um preço de contrato
mensal para o propeno da Europa. A Companhia adquire gás de refinaria a preços referenciados no preço do gás natural importado.

O preço de referência ARA oscila principalmente de acordo com variações no preço em dólares do petróleo bruto Brent na Bolsa
Intercontinental de Londres. O preço médio da nafta, referência ARA, foi de US$602/ton em 2018, uma alta de 24% em relação a 2017,
em linha com a escalada de 31% no preço do petróleo, explicado principalmente por sanções contra o Irã e o curte da produção por
parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Em 2018, o preço médio do etano, referência Mont Belvieu, foi de 33 ¢/gal ou US$243/ton, um aumento de 33% em relação a 2017,
devido a maior demanda pelas centrais petroquímicas inauguradas recentemente, combinado à falta de gasodutos para transporte de gás
e de crackers para extração de etano.

O preço médio do propeno, referência USG, foi de US$ 1.189/ton em 2018, uma alta de 21% em relação a 2017, acompanhando a alta
do preço do petróleo e maior demanda por produtores de PP.

O preço médio do propeno, referência Europa, foi de US$ 1.170/ton em 2018, aumento de 24% em relação ao ano anterior, explicado
pela alta no preço do petróleo.

Os preços da nafta, do etano, propano e propeno em dólares têm sido e podem se manter voláteis. Além disso, futuras variações no
preço do dólar norte-americano podem efetivamente causar um aumento dos custos da nafta e do gás natural em reais. Um aumento nos
preços da nafta, do etano, propano ou propeno reduziria a margem bruta da Companhia e afetaria negativamente seu resultado financeiro
total, na impossibilidade de repasse desse aumento de custos aos clientes, e poderia reduzir o volume de vendas de nossos produtos.

Não fazemos hedge contra variações no preço de nossas principais matérias-primas, ficando expostos a flutuações no preço destas.

Atualmente, a Companhia não faz hedge contra a exposição aos preços de suas matérias-primas. A Companhia acredita que a indústria
petroquímica possui um hedge natural, principalmente pela alta correlação histórica entre a sua matéria-prima (principalmente a nafta)
e seus produtos finais (polietileno, polipropileno, PVC, entre outros). Historicamente, as variações no preço da nafta precederam
variações correspondentes dos produtos petroquímicos de primeira e segunda geração. Qualquer hedge apenas sobre o preço da nafta
poderia interromper essa proteção natural, muito provavelmente acarretando no aumento da volatilidade dos resultados da Companhia.
No entanto, considerando o processo em curso na Braskem de diversificação das matérias-primas, com o etano, propano e propeno
passando a representar uma parcela mais significativa dos custos variáveis, o hedge natural descrito acima se enfraqueceu. Isso se deve
à correlação significativamente menor do etano e do propano com o preço dos produtos finais da Companhia, em comparação à nafta e
ao propeno. Como resultado, e mais do que em anos anteriores, na hipótese de variação do preço da nafta ou do propeno, a Companhia
pode não ser capaz de repassar todos os custos correspondentes com insumos aos seus clientes finais.

A Companhia depende da Petrobras para o fornecimento de uma parcela significativa de suas necessidades de nafta, etano e
propano.

A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, ou Petrobras, é a única fornecedora de nafta no Brasil, e tem historicamente fornecido até 70%
da nafta consumida por nossa Unidade de Químicos. Em 2018, a Petrobras forneceu 50% da nafta consumida pela Unidade de Químicos.
Atualmente, a Petrobras é a principal fornecedora de etano, propano e o gás de refinaria e fornece o etano, propano e gás de refinaria
consumido pelo Polo Petroquímico localizado no Rio de Janeiro e o polo petroquímico localizado em Capuava, em São Paulo, ou Polo
Petroquímico de São Paulo.

A Companhia é parte de diversos contratos de propeno com refinarias da Petrobras, responsável historicamente por 40% do
fornecimento das demanda necessidades de propeno para produção de polipropileno no Brasil. Devido à infraestrutura limitada do Brasil
para permitir a importação de grandes quantidades de propeno e os custos substanciais associados a armazenagem e transporte do
produto, a Companhia depende de maneira substancialmente do propeno fornecido pela Petrobras.

Os contratos de fornecimento de etano e propano com a Petrobras têm vencimento em janeiro de 2021 e o contrato de fornecimento de
nafta com a Petrobras tem vencimento em dezembro de 2020. Alguns contratos de propeno com a Petrobras se encerram em 2021,
sendo que os demais têm vencimento entre 2028 e 2029. na data deste relatório anual, não é possível garantir a renovação de tais
contratos e, caso renovados, se eles manterão os mesmos termos e condições atualmente em vigor, inclusive com relação ao preço,
volume e acesso a dutos e demais infraestruturas.

A Petrobras controla uma parcela substancial da infraestrutura de dutos utilizados no transporte de nafta pelo Brasil, sendo o nosso
principal fornecedor de nafta, etano, propano e propeno. A não renovação ou extensão dos contratos atuais para fornecimento de
matérias-primas ou utilização da infraestrutura de dutos, ou a rescisão de tais contratos com a Petrobras, poderia levar a dificuldades de

ii
acesso à infraestrutura de dutos da Petrobras. Alternativamente, a Companhia poderia acessar a infraestrutura de dutos através da
Agência Nacional de Petróleo, ou ANP, o que garantiria acesso à tal estrutura a um custo definido pela ANP.

Portanto, nosso volume de produção e nossas receitas de vendas provavelmente cairiam, enquanto nossos custos provavelmente
aumentariam, e impactariam negativamente o nosso desempenho financeiro, nas seguintes hipóteses:

 danos significativos à estrutura de fornecimento da Petrobras por meio das quais a Petrobras e a Braskem importam nafta, ou
a quaisquer dos dutos que ligam a Companhia às instalações da Petrobras, seja em consequência de acidente, desastre natural,
incêndio ou por outro motivo qualquer;

 a eventual rescisão, pela Petrobras, dos contratos de fornecimento de nafta, etano, propano ou propeno à Companhia, que
dispõem que a Petrobras pode rescindir o por determinadas razões descritas no “Item 4. Informações sobre a Companhia”; ou

 além disso, considerando que a Petrobras (e/ou suas controladas) controla uma parcela significativa da infraestrutura logística
da matéria-prima da Companhia no Brasil e os acordos em vigor para utilização dos seus ativos e a sua operação acerca de
determinados ativos da Braskem, a Companhia poderia presumir que enfrentaria dificuldades para importar e garantir o acesso
a matérias-primas para as suas centrais petroquímicas em um cenário de rescisão de tais acordos pela Petrobras (e/ou suas
controladas) causando, portanto, um impacto significativo na estrutura acessada atualmente pela Companhia.

Além disso, apesar de alterações regulatórias terem extinguido o monopólio da Petrobras no mercado brasileiro de nafta, o que permitiu
à Companhia importar nafta, eventuais restrições impostas à importação de nafta pelo Brasil podem aumentar os custos de produção.
Para uma análise dos riscos adicionais relacionados a fornecedores únicos, vide “—A Companhia depende de um número limitado ou
de um único fornecedor para obtenção das suas matérias-primas”.

A Companhia depende do propeno fornecido por terceiros nos Estados Unidos e na Europa

A confiança depositada pela Companhia em fornecedores representa riscos significativos aos seus resultados operacionais, negócios e
perspectivas. A Companhia adquire propeno de terceiros para abastecimento das suas plantas. Em 31 de dezembro de 2018, a
Companhia mantinha contratos de longo prazo com diversos fornecedores. A fórmula para cálculo do preço do propeno nos termos
destes contratos de fornecimento baseia-se geralmente em preços de mercado. Na data deste relatório anual, não é possível garantir que
tais acordos sejam renovados e, caso sejam, se a Companhia será capaz de manter os mesmos termos e condições em vigor atualmente,
inclusive com relação à precificação, volume, acesso a dutos e a outras infraestruturas.

Na Alemanha, a Companhia adquire propeno para suas plantas de polipropileno através de contratos de fornecimento de longo prazo
que preveem o atendimento de 88% das necessidades de propeno destas plantas. A Companhia possui dois principais contratos na
Alemanha. Um deles tem vencimento em setembro de 2021 e é renovável automaticamente por períodos adicionais de um ano, salvo
se rescindido por uma das partes. Já o outro contrato tem vencimento em dezembro de 2021. A Companhia celebrou um terceiro contrato
com vencimento no final de 2020, aumentando o fornecimento das suas plantas para 94% das necessidades de propeno. A fórmula para
cálculo do preço do propeno nos termos destes contratos de fornecimento baseia-se em preços de mercado. Na data deste relatório anual,
não é possível garantir que tais acordos sejam renovados e, caso sejam, se a Companhia será capaz de manter os mesmos termos e
condições em vigor atualmente, inclusive com relação à precificação, volume, acesso a dutos e a outras infraestruturas.

Atrasos na disponibilidade de propeno de qualidade aceitável, ou a incapacidade da Companhia de obter tal propeno aceitável nas
quantidades necessárias em relação ao contratado, ou em qualquer quantidade, poderão impactar negativamente suas receitas e
resultados operacionais.

A Companhia depende do etano fornecido pela Pemex TRI no México.

No México, a Braskem Idesa S.A.P.I, ou Braskem Idesa, joint venture da Companhia com o Grupo Idesa S.A. de C.V., ou Idesa,
celebrou um contrato com cláusula “Take or Pay” em condições comerciais competitivas de fornecimento de longo prazo (“contrato de
fornecimento de etano”) para aquisição de um volume acordado de etano da Pemex Transformación Industrial (sucessora da Pemex Gas
y Petroquímica Básica), ou Pemex TRI, uma estatal mexicana, que é subsidiária da Petróleos Mexicanos, ou Pemex, a estatal mexicana
de petróleo e gás. O contrato possui vencimento originalmente em 2035. O encerramento do contrato de fornecimento de etano pela
Pemex TRI ou qualquer interrupção prolongada, descontinuidade ou outro tipo de dificuldade no fornecimento de etano para a Braskem
Idesa poderia impactar significativamente as operações do Complexo do México e causar um efeito material adverso no desempenho
financeiro geral da Companhia. Os dispositivos acerca da rescisão antecipada por parte da Pemex TRI incluem, mas não se limitam, a
(i) não pagamento pela Braskem Idesa por mais de 180 dias após notificação, ou (ii) uma interrupção emergencial nas operações ou
evento de força maior que persista por mais de 48 meses. A perda da Pemex TRI como um fornecedor de etano poderia levar à
interrupção das operações da Companhia no Complexo do México e exigir que a Companhia encontre uma alternativa adequada. Não
é possível garantir que, no caso de encerramento deste contrato ou outra dificuldade enfrentada no fornecimento de etano da Pemex TRI
para a Braskem Idesa, a Companhia seja capaz de substituir tal fornecedor em tempo hábil e em termos favoráveis, evitando uma parada
não programada das suas operações.

ii
Além disso, os volumes de produção e a receita líquida de vendas provavelmente cairiam e afetariam negativamente o nosso desempenho
financeiro, nas seguintes hipóteses: (i) danos significativos às refinarias da Pemex TRI ou às instalações portuárias utilizadas pela
Pemex TRI para importação de etano, ou a quaisquer das tubulações que conectam nossas plantas às instalações da Pemex TRI, seja em
consequência de acidentes, desastres naturais, incêndio, paralisações, fora maior ou outro motivo; ou (ii) interrupção pela Pemex TRI
do fornecimento à Companhia do volume de etano acordado, ou de, pelo menos, o volume mínimo de etano, nos termos do contrato de
fornecimento (conforme discutido abaixo).

O contrato de fornecimento de etano inclui cláusula de desempenho de entrega de volume de longo prazo que exige que a Pemex TRI
cumpra com a entrega de um volume de etano durante um período de seis meses equivalente a 70% do volume acordado nos termos do
contrato de fornecimento de etano (“Teste de Desempenho de Longo Prazo”). Em janeiro de 2019, as entregas de volumes da Pemex
TRI nos termos do Teste de Desempenho de Longo Prazo encontravam-se próximas do limite de 70%. Caso a Pemex TRI deixe de
cumprir o Teste de Desempenho de Longo Prazo, além do impacto negativo direto nos volumes de produção do Complexo Petroquímico
do México, ela poderia: (i) tornar a Companhia incapaz de gerar caixa suficiente para cumprir com seus compromissos de dívida perante
credores nos termos do Financiamento da Braskem Idesa; (ii) fazer com que tais credores acelerem o vencimento de tal endividamento;
e/ou (iii) exigir que a Braskem Idesa exerça o direito de rescisão e a opção de venda contra a Pemex TRI, o que forçaria a Pemex TRI
a adquirir o Complexo Petroquímico do México da Companhia. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Unidade do México—
Contratos de Fornecimento da Unidade do México—Etano” e “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—
Investimentos—Joint Venture—Complexo Petroquímico do México.”

Para uma análise dos riscos adicionais relacionados a fornecedores únicos, vide “—A Companhia depende de um número limitado ou
de um único fornecedor para obtenção das suas matérias-primas”.

A Companhia depende de um número limitado ou de um único fornecedor para obtenção das suas matérias-primas.

A Companhia depende da Petrobras para o fornecimento da maior parte do seu consumo de nafta, etano, propano, gás de refinaria e
propeno no Brasil, de algumas empresas para grande parte do fornecimento de propeno à Unidade EUA e Europa, e da Pemex TRI para
o fornecimento de etano no México. Como resultado disso, a Companhia está sujeita a riscos substanciais por contar com esses e outros
fornecedores que podem ter limitações ou serem os únicos a fornecer determinada matéria-prima. Alguns exemplos desses riscos são:

 caso um fornecedor deixe de fornecer nafta, etano, propano, gás de refinaria ou propeno, conforme o caso, que atenda as
especificações determinadas por ele ou pela Companhia em quantidades suficientes e com desempenho ou qualidade aceitáveis
entregue pontualmente ou quando solicitado, as vendas, produção, entrega, dos produtos da Companhia aos seus clientes
oportunamente e o resultados das plantas podem sofrer um impacto negativo;

 caso a relação da Companhia com um fornecedor-chave mude ou seja afetada de forma adversa, em decorrência de pressões
competitivas (ou conflitos de interesses), por exemplo, a companhia pode não ser capaz de obter nafta, etano, propano ou
propeno, conforme o caso, sem recorrer a termos financeiros satisfatórios;

 caso ocorra a interrupção do fornecimento de nafta, etano, propano, gás de refinaria ou propeno, conforme o caso, porque o
fornecedor alterou seu roadmap tecnológico, sofreu danos em suas instalações de produção, decidiu deixar de fornecer tais
produtos ou serviços, aumentou o preço de tais produtos ou serviços de forma significativa ou impôs restrições às quantidades
entregues aos seus clientes, a Companhia poderá levar um tempo considerável para identificar e qualificar fornecedores
alternativos;

 alguns dos principais fornecedores da Companhia são pequenas empresas com limitados recursos, financeiros e de outra
natureza, que estão mais sujeitas a passar por dificuldades financeiras e operacionais do que empresas maiores e mais bem
estabelecidas, o que aumenta o risco de não conseguirem entregar os produtos conforme as necessidades da Companhia; e

 caso um fornecedor-chave seja adquirido ou passe por uma mudança significativa em seu negócio, a produção e a venda dos
sistemas e serviços da Companhia poderão sofrer atrasos ou ser afetados de negativamente, ou os programas de
desenvolvimento da Companhia poderão sofrer atrasos ou não ser concluídos.

Atrasos na disponibilidade de nafta, etano, propano, gás de refinaria ou propeno de qualidade aceitável, ou a incapacidade da Companhia
de obter tal nafta, etano, propano ou propeno aceitável nas quantidades necessárias ou em qualquer quantidade, poderão afetar suas
receitas e resultados operacionais de forma adversa.

As Unidades de Poliolefinas e de Vinílicos dependem de nossas plantas de Químicos para o fornecimento de suas necessidades de
eteno e propeno. Além disso, as plantas da Companhia localizadas no Complexo de Camaçari, no estado da Bahia, dependem de
determinados prestadores de serviços ambientais para o tratamento de efluentes, resíduos industriais e fornecimento de água para
uso industrial.

A Unidade de Químicos é a única fornecedora de eteno à Unidade de Vinílicos, a única fornecedora de eteno às plantas, e a principal
fornecedora de propeno às plantas de polipropileno de nossa Unidade de Poliolefinas. Como o custo de armazenamento e transporte de
eteno é significativo e não existe no Brasil infraestrutura adequada que possibilite a importação de grandes volumes de eteno e propeno,
nossa Unidade de Poliolefinas no Brasil e nossa Unidade de Vinílicos dependem grandemente do fornecimento desses produtos por
ii
nossas plantas de Químicos. Consequentemente, nossos volumes de produção e receita líquida de vendas proveniente das vendas de
produtos Vinílicos e de Poliolefinas diminuiriam e seu desempenho financeiro como um todo seria negativamente afetado nas seguintes
hipóteses:

 eventuais danos significativos às instalações de nossa Unidade de Químicos por meio das quais é produzido eteno ou propeno,
ou ao duto ou outras instalações que conectam nossas plantas de vinílicos e poliolefinas às nossas plantas de Químicos, seja
em consequência de acidente, desastre natural, incêndio ou outro motivo;

 eventuais reduções significativas do fornecimento de nafta à Unidade de Químicos, tendo em vista que a nafta é a principal
matéria-prima utilizada por nossa Unidade de Químicos na produção de eteno e propeno; ou

 eventuais reduções significativas no fornecimento de etano ou propano à unidade de petroquímicos básicos no Rio de Janeiro,
tendo em vista que o etano e o propano são as principais matérias-primas usadas pela RioPol na produção de eteno e propeno.

As plantas da Companhia localizadas no Polo de Camaçari, no estado da Bahia, dependem das controladas Cetrel S.A. (“Cetrel”) e
Água de Camaçari (“DAC”) para: (i) o tratamento de efluentes e resíduos industriais; (ii) o fornecimento de água de reuso; (iii) o
fornecimento de água desmineralizada, clarificada e potável; e (iv) a administração dos reservatórios de água. A interrupção das
operações da Cetrel ou da DAC poderiam resultar na parada de todas as plantas da Companhia no Polo de Camaçari, e no aumento dos
riscos ambientais, o que poderia levar à parada de todo o complexo petroquímico da Companhia. Na ocorrência de tal parada, os volumes
de produção e a receita líquida de vendas da Companhia a partir das plantas localizadas no Polo de Camaçari diminuiriam, e o
desempenho financeiro e resultado das operações da Companhia seriam afetados negativamente.

Veja também “—Os negócios da companhia estão sujeitos a perigos ambientais, de saúde e segurança. Como resultado, seus negócios
estão sujeitos a rigorosos regulamentos ambientais e outros.” abaixo.

A Companhia poderá ser afetada adversamente, caso suas operações de transporte, armazenagem e distribuição sofram interrupções
e tenham custos maiores que o esperado.

As operações da Companhia dependem da continuidade das operações de transporte, armazenagem e distribuição dos seus produtos. O
transporte, armazenagem e distribuição dos seus produtos poderá ser parcial ou totalmente, temporária ou permanentemente
interrompida como resultado de diversas circunstâncias que não estão sob o seu controle, tais como:

 catástrofes;

 greves ou outras dificuldades trabalhistas; e

 problemas diversos com meios de transporte.

Por exemplo, em maio de 2018, o Brasil passou por uma greve nacional de caminhoneiros que impactou materialmente as operações de
logística de muitas empresas em todo o país, inclusive a entrega das matérias-primas, produtos e outros bens da Companhia. Em resposta
a tal greve, a Companhia reduziu gradualmente a taxa de utilização da capacidade dos seus polos petroquímicos no Brasil, que operaram
a 50% da sua capacidade nominal em maio de 2018. Após a greve, o Brasil introduziu uma agenda nacional de custos de frete que
estabelece preços mínimos para serviços de transporte prestados por caminhoneiros e transportadoras em todo o país, o que poderia ter
um impacto de longo prazo nos preços do transporte de cargas no Brasil e levar a aumentos constantes no custo do transporte no futuro
no âmbito das operações da Companhia.

Qualquer interrupção significativa das unidades de distribuição da Companhia, incapacidade de transportar seus produtos de ou para
tais unidades, ou de ou para seus clientes ou fornecedores internos ou estrangeiros, ou aumento nos custos do transporte, por qualquer
motivo, causariam um impacto material adverso na Companhia.

A Companhia depende do acesso a tecnologias licenciadas por terceiros e da correspondente propriedade intelectual, principalmente
no contexto do processo de fabricação de determinados produtos seus. Caso tal tecnologia licenciada e propriedade intelectual de
terceiros utilizadas pela Companhia deixem de estar disponíveis em termos comercialmente razoáveis, ou em quaisquer termos, e
caso qualquer um de tais terceiros deixe de prestar assistência técnica nos termos dos acordos de licenciamento ou atendimento
técnico celebrados com eles de forma a permitir que a Companhia opere satisfatoriamente determinadas instalações produtivas,
seus resultados operacionais e condição financeira poderão ser negativamente impactados.

A Companhia utiliza tecnologia e propriedade intelectual licenciada de terceiros na operação regular dos seus negócios, principalmente
na operação de determinadas máquinas e equipamentos necessários para a produção de determinados produtos, tais como seus produtos
de primeira e segunda geração, sendo que a Companhia poderá continuar a depender do acesso a tecnologias e propriedade intelectual
de terceiros no futuro.

Não é possível garantir que a Companhia seja capaz de continuar a obter ou renovar qualquer tecnologia ou as licenças necessárias em
termos aceitáveis, ou em quaisquer termos. A não obtenção ou não renovação dos direitos de uso de tecnologias ou propriedade
intelectual de terceiros em termos comercialmente razoáveis, ou de manutenção do acesso a assistência técnica satisfatória, poderia
ii
levar a paradas em seus processos produtivos e impedir que a Companhia comercialize determinados produtos, o que poderia causar
um impacto material e adverso sobre os seus resultados operacionais e condição financeira.

Adicionalmente, caso a Companhia não consiga manter o acesso atual a tecnologias, licenças e assistência técnica de terceiros em
termos comercialmente razoáveis, ou em quaisquer termos, ou obter as tecnologias, licenças ou assistência técnica adicional necessárias
para a fabricação dos produtos atuais ou para o desenvolvimento de novos produtos, poderia ser necessário obter tecnologias ou licenças
alternativas a custos maiores ou de menor qualidade ou nível de desempenho, ou exigir que a Companhia realize paradas não
programadas de suas unidades produtivas. Quaisquer circunstâncias como estas poderiam prejudicar as condições financeiras e os
resultados das operações da Companhia. Não é possível garantir que a Companhia seja capaz de substituir oportunamente tais
tecnologias, propriedade intelectual ou assistência técnica de terceiros por qualquer tecnologia, propriedade intelectual ou assistência
técnica adequada a fim de evitar a parada não programada dos seus processos ou unidades de produção, ou que possa fazê-lo de uma
maneira eficiente em termos de custo.

O eventual rebaixamento na classificação de risco do Brasil, da Companhia ou de seus títulos de dívida provavelmente resultaria
em aumentos das taxas de juros e de outras despesas financeiras relacionadas aos empréstimos e títulos de dívida, podendo reduzir
sua liquidez.

Atualmente, a Standard & Poor’s Ratings Group, uma divisão da McGraw Hill, Inc. ou Standard and Poor’s, e a Fitch Ratings Ltd. ou
Fitch, atribuem classificações à Companhia em escala nacional e global. A Moody’s Investors Service, Inc. (Moody’s) apenas atribuiu
classificação à Companhia em escala global. Em escala global, a Companhia mantém seu grau de investimento conforme segue: (i)
Standard & Poor's de BBB- com perspectiva estável; e (ii) Fitch Ratings de BBB- com perspectiva estável; e pela Moody’s, de Ba1 com
perspectiva estável. Os ratings da Companhia são superiores ao rating soberano brasileiro de acordo com as três principais agências.
Em escala nacional, a Companhia mantém seu grau de investimento conforme segue: (i) Standard & Poor's de brAAA com perspectiva
estável; e (ii) Fitch Ratings de AAA com perspectiva estável. A classificação de crédito da Companhia é sensível a qualquer variação
da nota de crédito soberana do Brasil. A classificação de crédito do governo federal brasileiro foi rebaixada em janeiro de 2018, e não
conta com o grau de investimento pelas principais agências há vários anos. Qualquer decisão dessas agências de classificação de rebaixar
as classificações da Companhia e seus títulos de dívida no futuro teria como provável resultado o aumento das taxas de juros e outras
despesas financeiras relacionadas aos empréstimos e títulos de dívida, e a inclusão de covenants financeiros nos instrumentos que
regulem novas dívidas, podendo reduzir expressivamente a capacidade de captação de recursos da Companhia em condições satisfatórias
ou nos valores necessários para assegurar sua liquidez, bem como obrigar a Companhia a emitir garantia em dinheiro em decorrência
de suas obrigações, ou de letras de crédito para lastrear garantias dadas pela Companhia no âmbito do Complexo do México.

A Companhia está sujeita a eventuais tentativas de aquisição do seu controle, o que poderia levar a mudanças significativas na
administração, nas estratégias atuais, ou nas atuais práticas de governança corporativa.

A Companhia está sujeita a eventuais tentativas de aquisição do seu controle. A alteração do controle da Companhia poderia levar a
uma mudança significativa na administração, nas estratégias atuais, ou nas atuais práticas de governança corporativa.

Por exemplo, em junho de 2018, a Companhia foi informada pela Odebrecht S.A., ou Odebrecht, sobre discussões entre a Odebrecht e
a LyondellBasell Industries N.V., ou LyondellBasell, a respeito de uma potencial operação envolvendo a transferência de toda a
participação da Odebrecht na Companhia para a LyondellBasell. Em junho de 2019, a Companhia foi informada pela Odebrecht de que
tais discussões relativas à transferência do controle com a LyondellBasell haviam se encerrado. Não é possível garantir que tais
negociações não sejam retomadas, ou que a Odebrecht não inicie discussões com outras partes com relação à transferência do controle
no futuro.

Alguns dos acionistas da Companhia podem determinar o resultado de atos ou decisões societárias, o que pode afetar os detentores
de ações preferenciais classe A e ADSs da Companhia.

A Odebrecht, direta ou indiretamente, através de sua subsidiária integral OSP Investimentos S.A. (OSP Inv) detém 38,3% do capital
social em circulação da Companhia, incluindo 50,1% do capital votante, e a Petrobras detém 36,1% do capital circulante da Companhia,
incluindo 47,0% de seu capital votante. Pessoas indicadas pela Odebrecht constituem a maioria dos membros do conselho de
administração da Companhia. De acordo com o acordo de acionistas, do qual a Odebrecht e a Petrobras são partes, aqui designado como
Acordo de Acionistas da Braskem S.A. a Companhia pode somente se comprometer a praticar determinados atos após a Odebrecht e a
Petrobras chegarem a um consenso com relação a eles. No entanto, a Odebrecht terá o poder exclusivo de aprovar o plano de negócios
da Companhia, por meio de conselho de administração, conforme descrito no “Item 7. Principais acionistas e operações com partes
relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas”. Desta forma, a Odebrecht tem a possibilidade de determinar o resultado
da maioria dos atos e decisões societários que requerem a aprovação dos acionistas ou do conselho de administração – em alguns casos,
com a anuência da Petrobras — o que poderia afetar os detentores de ações preferenciais classe A e American Depositary Shares, ou
ADSs.

Adicionalmente, em 17 de junho de 2019, a Odebrecht, juntamente com algumas de suas controladoras e controladas, protocolou um
pedido de recuperação judicial perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, no Brasil, buscando uma

ii
recuperação judicial voluntária e recurso emergencial de suspensão de determinadas ações de execução por seus credores (“Processo
de Recuperação Judicial da Odebrecht”). O Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht não inclui a Companhia.

Embora a Companhia não faça parte de qualquer processo de falência ou recuperação judicial pendente no Brasil ou em outro país, ela
encontra-se exposta a alguns riscos relacionados ao Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht, tais como os riscos relacionados à
alteração do seu controle corporativo resultante de decisões tomadas e/ou acordadas em tais procedimentos e as suas consequências,
inclusive, mas não limitado a, mudanças significativas na sua administração e na estratégia a ser adotada por qualquer novo acionistas
controlador que resulte da conclusão de tais processos. A Companhia não tem controle sobre o Processo de Recuperação Judicial da
Odebrecht e não pode fornecer nenhuma garantia com relação ao resultado do Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht ou dos
seus efeitos sobre a Companhia.

Pode haver conflitos de interesses nas operações com partes relacionadas.

A Companhia tem contas a receber de clientes e contas a pagar correntes e de longo prazo com algumas de suas afiliadas e outras partes
relacionadas, entre elas a Petrobras, sua fornecedora interna de nafta e de outros insumos básicos como propeno, etano, propano e gás
de refinaria, e a Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial), umas das suas fornecedoras de etanol. Os referidos saldos de contas a receber
de clientes e contas a pagar a fornecedores são provenientes, sobretudo, da compra e venda de bens, a preços e em condições equivalentes
às condições e preços médios pagos das operações que realizamos com terceiros. Essas e outras operações entre a Companhia e suas
afiliadas poderiam dar margem a conflitos de interesses.

A Companhia poderá buscar oportunidades em aquisições ou investimentos. Caso uma aquisição ou investimento não produza os
resultados esperados, ou caso a Companhia não seja capaz de integrar completamente a empresa adquirida, seus negócios poderiam
ser afetados negativamente.

A Companhia pode, eventualmente, adquirir ou investir em empresas e negócios complementares. O sucesso de uma aquisição ou
investimento dependerá da sua habilidade de realizar estimativas precisas com relação à avaliação, operações, potencial de crescimento,
integração e outros fatores relacionados a tal negócio. Não é possível garantir que tais aquisições ou investimentos produzam os
resultados esperados à época da celebração ou conclusão de uma operação. Além disso, as aquisições podem resultar em dificuldades
de integração das empresas adquiridas, e resultar na dispersão do capital da Companhia da atenção da sua administração em relação a
outras questões e oportunidades de negócios. A Companhia pode não ser capaz de integrar com sucesso as operações adquiridas,
inclusive seu pessoal, sistemas financeiros, de distribuição ou procedimentos operacionais. Caso não seja possível integrar aquisições
com sucesso, os negócios da Companhia poderiam ser afetados. Além disso, as despesas com a integração de qualquer negócio adquirido
e seus resultados operacionais podem afetar adversamente os resultados operacionais da Companhia.

Determinadas aquisições, parcerias e joint ventures podem vir a impedir a Companhia de concorrer por certos clientes ou em
determinadas linhas de negócio, levando à perda de clientes. A Companhia pode vir a gastar tempo e dinheiro em projetos que não
aumentem a sua receita. Caso a Companhia pague o preço de compra à vista, isso reduziria suas reservas de caixa, e caso o preço de
compra seja pago em ações, isso diluiria a participação dos seus acionistas. Caso a Companhia pague o preço de compra com recursos
provenientes de novas dívidas, isso aumentaria o seu endividamento e poderia afetar negativamente a sua liquidez e restringir suas
operações. Os concorrentes da Companhia podem estar dispostos ou ser capazes de pagar mais que a Companhia por aquisições, o que
poderia fazer com que a Companhia perdesse oportunidades de aquisição. Não é possível garantir que qualquer aquisição, parceria ou
joint venture não cause um efeito material negativo nos negócios, condições financeiras e resultados das operações da Companhia.

A Companhia pode enfrentar dificuldades não previstas na operação do Complexo Petroquímico do México, de forma que tal
unidade de negócio poderia deixar de proporcionar os benefícios esperados para a Companhia.

Durante o primeiro semestre de 2016, a Companhia concluiu a construção de um complexo de olefinas, o Complexo México, localizado
no estado mexicano de Veracruz. Para mais informações sobre o Complexo Petroquímico do México, vide “Item 5. Análise e
Perspectivas Operacionais e Financeiras—Investimentos de capital—Projetos de Joint Ventures – Complexo Petroquímico do México”.

A Braskem Idesa, precisou realizar significativos investimentos de capital para o desenvolvimento do Complexo Petroquímico do
México. A possibilidade de a Companhia atingir seus objetivos estratégicos em relação a essa unidade de negócio dependerá
principalmente do sucesso de sua operação. Estes são fatores que poderiam afetar tal unidade de negócio:

 condições econômicas, políticas e empresariais gerais no México e demanda global por polietileno;

 ocorrência de dificuldades técnicas e mecânicas imprevistas, que possam interromper a produção ou resultar em tempo de
parada inesperado das plantas do Complexo Petroquímico do México;

 fornecimento estável e contínuo de etano e gás natural no longo prazo; e

ii
 aumento da concorrência por parte de empresas locais ou estrangeiras e/ou surgimento de novos concorrentes locais ou
estrangeiros.

Não se pode assegurar que o Complexo Petroquímico do México trará os benefícios esperados para a Companhia, mesmo depois de
dois anos completos de operações. Eventuais interrupções significativas poderiam prejudicar ou impedir a implantação do plano de
negócios da Companhia em sua versão original e resultar em receitas e lucro líquido abaixo do esperado. Vide “—Dependência do etano
fornecido pela Pemex TRI no México”.

Reajustes de tarifas sobre importações que concorrem com nossos produtos poderiam forçar uma baixa em nossos preços.

Atualmente, a Companhia se beneficia de tarifas de importação impostas pelo países-membros do Mercosul que lhe permitem cobrar
preços internos de poliolefinas e vinílicos que incluem um fator baseado nas tarifas incidentes sobre importação de produtos
comparáveis. No entanto, em outras ocasiões, o governo brasileiro já usou tarifas de importação e exportação como instrumento de
políticas econômicas, resultando na variação dos níveis das tarifas. Em setembro de 2012, por exemplo, o governo brasileiro aumentou
as taxas de importação de produtos relacionados a diversos setores, inclusive a taxa de importação do polietileno. Em outubro de 2012,
houve aumento da tarifa de importação do polietileno de 14% para 20%, e em outubro de 2013 reestabeleceu a tarifa de importação de
polietileno para o nível anterior de 14%. A tarifa atual permanece em 14%. Reajustes de tarifas poderiam causar um aumento na
concorrência por parte de importados e levar a Companhia a baixar seus preços no mercado interno, o que provavelmente resultaria em
diminuição da receita líquida de vendas e poderia afetar negativamente o desempenho financeiro como um todo. Adicionalmente, os
produtos exportados aos Estados Unidos e na Europa estão sujeitos a tarifas de 6,5% em cada jurisdição, sujeito a determinadas
preferências. Essas tarifas costumam favorecer os produtos da Companhia produzidos localmente, e qualquer ajuste futuro a essas
estruturas tarifárias poderá afetar negativamente as vendas da Companhia nessas jurisdições. Futuros acordos comerciais firmados entre
o Brasil, o Mercosul, os Estados Unidos ou a União Europeia poderão também levar a um aumento da concorrência por parte de
importados e à queda dos preços no mercado interno. Recentemente, o governo Trump impôs uma tarifa de 25% sobre uma variedade
de importações da China e, posteriormente, instituiu tarifas sobre outros produtos chineses.

Mudanças nas políticas comerciais norte-americanas e globais e outros fatores que estão fora do controle da Companhia podem
impactar negativamente os seus negócios, condições financeiras e resultados operacionais.

O ambiente internacional em que opera a Companhia é afetado por acordos comerciais e tarifas estabelecidas entre países. Como
resultado da recente alteração das políticas administrativas dos Estados Unidos, foram realizadas, e poderão ser realizadas ainda,
alterações a acordos comerciais existentes, aumento da restrição ao livre comércio e aumentos significativos nas tarifas de bens
importados pelos Estados Unidos, principalmente aqueles fabricados na China, México e Canadá. Ações futuras do governo norte-
americano e de outros governos estrangeiros, inclusive a China, com relação a tarifas ou acordos comerciais e políticas internacionais
não estão claras no momento.

A intensificação da guerra comercial, tarifas, tarifas de retaliação e outras restrições comerciais sobre produtos e materiais exportados
pela Companhia à China ou matérias-primas importadas pela Companhia da China ou de outros países pode comprometer a capacidade
da Companhia de fornecer os seus produtos para clientes na China ou em outras localidades afetadas. Isso resultaria na redução da
demanda por seus produtos, além de atrasos no recebimento de pagamentos de clientes. Adicionalmente, outras ações governamentais
relacionadas a tarifas ou acordos comerciais internacionais, mudanças nas condições sociais, políticas, regulatórias e econômicas dos
Estados Unidos, ou em leis e políticas relacionadas ao comércio internacional, indústria, desenvolvimento e investimentos em territórios
e países onde se encontram os clientes da Companhia poderiam levar a um reequilíbrio dos fluxos globais de exportação e a um aumento
da concorrência global, o que, por sua vez, poderia impactar negativamente os negócios, as condições financeiras, resultados das
operações e fluxo de caixa da Companhia.

A Companhia pode ser impactada pela instabilidade da economia global e turbulência financeira.

A instabilidade dos mercados globais e do ambiente geopolítico em diversas partes do mundo, além de outras dificuldades, podem
continuar pressionando as condições econômicas globais. Caso as condições econômicas e mercadológicas globais, ou as condições
econômicas nos principais mercados, permaneçam incertas ou se deteriorem, os negócios, resultados das operações e condição
financeira da Companhia poderiam ser materialmente impactados.

A Companhia pode não ser capaz de especificar em detalhes as especificações técnicas exigidas por seus clientes ou atualizar
mecanismos para atender prontamente a exigências regulatórias, e pode estar sujeita a prejuízos com base em demandas perpetradas
contra ela por seus clientes como resultado da insuficiência das especificações dos seus produtos.

As especificações de produtos da Companhia podem não atender a determinadas exigências técnicas ou regulatórias, especificações ou
padrões. Além disso, seus clientes poderiam impor exigências mais rigorosas aos seus produtos, ou governos poderiam aprovar regras
mais rigorosas para a distribuição, comercialização ou utilização dos seus produtos. O não atendimento a tais níveis de exigência poderia

ii
afetar material e negativamente os seus negócios, condição financeira e os resultados das suas operações, caso a Companhia não seja
capaz de vender os seus produtos em um ou mais mercados ou para clientes importantes em tais mercados.

Assim como acontece em qualquer sistema de controle de qualidade, qualquer dificuldade ou deterioração dos seus sistemas de controle
de qualidade poderia resultar em defeitos em seus produtos, o que, por sua vez, poderia sujeitar a Companhia a reclamações contratuais,
regulatórias, relacionadas a responsabilidade por produtos e de outro tipo, as quais poderiam causar um efeito material adverso na sua
reputação, negócios, condição financeira e resultado operacional.

Os negócios e operações da Companhia estão sujeitos a perigos ambientais, de saúde e segurança. Como resultado, seus negócios
estão sujeitos a rigorosos regulamentos ambientais e outros.

Como participante do setor petroquímico, as operações da Companhia envolvem a geração, utilização, manuseio, armazenagem,
transporte, tratamento, eliminação e descarte de substâncias perigosas e resíduos no meio ambiente. Não obstante as normas, políticas
e controles da Companhia para questões ambientais, de saúde e segurança, suas operações permanecem sujeitas a incidentes ou acidentes
que poderiam afetar negativamente os seus negócios e a sua reputação. O setor em que opera a Companhia está, de maneira geral, sujeito
a riscos e perigos significativos, tais como incêndios, explosões, vazamentos de gases tóxicos, derramamento de poluentes e outros
materiais perigosos, falhas de estruturas operacionais e incidentes envolvendo equipamentos móveis, veículos ou maquinário,
associados ou não à produção de produtos petroquímicos e à armazenagem e ao transporte de matérias-primas e de produtos
petroquímicos. Tais eventos podem resultar de falhas técnicas, erro humano ou eventos naturais, entre outros fatores, e poderiam causar
impactos ambientais e sociais significativos, danos ou destruição de unidades industriais ou comunidades, danos pessoais, doença ou
morte de funcionários, terceiros ou membros da comunidade do entorno das operações, danos ambientais, atrasos na produção e, em
determinadas circunstâncias, ensejar responsabilidade em processos civis, trabalhistas, criminais e administrativos.

Além disso, os processos de produção e logística da Companhia estão sujeitos a riscos de segurança inerentes, o que poderia levar à
morte ou invalidez dos seus funcionários ou outros indivíduos envolvidos em tais processos. Tais riscos não podem ser inteiramente
eliminados ou mitigados apesar do cumprimento estrito da Companhia com todas as medidas de segurança disponíveis ou exigências
legais e regulamentares aplicáveis. Apesar de todos os esforços de monitoramento, a Companhia poderia sofrer um impacto negativo
na sua imagem e reputação, bem como em seus negócios, condição financeira e resultado operacional.

Um acidente de grandes proporções em uma de nossas plantas ou instalações de armazenamento pode nos obrigar a suspender
temporariamente nossas operações, resultando em altos custos de reparação e perda de receita líquida de vendas. Apesar da cobertura
de seguros em relação a danos causados por incêndio e lucros cessantes em razão de paradas ocasionadas por incêndio, explosão ou
avarias elétricas, os recursos de seguros de tais apólices de seguros podem não estar disponíveis em tempo hábil ou ser insuficientes
para cobrir todos os prejuízos em caso de sinistro, o que poderia causar um efeito material adverso em nosso desempenho financeiro.

No estado de Alagoas, no Brasil, as atividades da Companhia de mineração de sal-gema, uma matéria-prima utilizada na produção
de determinados produtos na Unidade de Vinílicos, também está sujeita a riscos e perigos similares, sendo que qualquer incidente
relacionado a tais atividades poderia causar impactos socioambientais materialmente adversos. Por exemplo, em alguns bairros da
cidade de Maceió localizados próximos à área geológica da mina de sal-gema da Companhia, houve alegações recentes de que a
superfície teria cedido como resultado das atividades realizadas pela Companhia na mina, afetando propriedades públicas e privadas na
região. No dia 04 de abril de 2019, em resposta a um pedido do Ministério Público do Estado de Alagoas e da Defensoria Pública do
Estado de Alagoas buscando o bloqueio de recursos da Companhia no valor de até R$ 6,7 bilhões com o intuito de garantir suposta
remediação e indenização por danos ambientais, pessoais e a propriedades potencialmente causados pelo incidente, um juiz de primeira
instância do Tribunal Estadual de Alagoas ordenou o bloqueio de R$ 100 milhões das contas bancárias da Companhia. Além disso, o
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas determinou a suspensão da distribuição de dividendos referentes ao exercício fiscal de 2018
que haviam sido propostos, no valor de R$ 2,7 bilhões, ou, alternativamente, o bloqueio de bens no mesmo valor da distribuição de
dividendos proposta. Essa decisão foi em seguida reformada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a
distribuição de dividendos mediante depósito judicial no mesmo valor. O Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria
Pública do Estado de Alagoas alteraram a demanda inicial para excluir o pedido de indenização por supostos danos ambientais e reduzir
o valor dos bens a serem bloqueados para R$ 3,7 bilhões, valor esse que, de acordo com as alegações desses órgãos, seria equivalente
aos danos efetivos causados aos residentes dos bairros afetados pelo evento geológico. Em seguida, em 26 de junho de 2019, o juiz
presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas proferiu uma decisão que determinava o bloqueio de R$ 3,7 bilhões. Essa
decisão também foi subsequentemente revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o desbloqueio de R$ 3,7
bilhões nas contas da Companhia após mais um depósito judicial em valor equivalente. Em 25 de julho de 2019, a Companhia foi
informada de uma segunda ação civil protocolada pelo Ministério Público do Trabalho do Estado de Alagoas (MPT-AL), pleiteando
medida cautelar para bloqueio no valor de R$ 2,5 bilhões, em garantia do pagamento de possíveis danos sofridos pelos trabalhadores
afetados pelo evento geológico. Nesse processo, o MPT-AL também pleiteou, entre outras coisas, pagamento de indenização aos
trabalhadores por danos morais. Em 10 de outubro de 2019, o tribunal de primeira instância indeferiu a medida cautelar. Em 19 de
agosto de 2019, a Braskem tomou ciência de uma terceira ação civil protocolada pelo Ministério Público Federal em face da Companhia
e de outras partes, buscando as seguintes medidas cautelares: (i) constituição de um fundo no valor de R$ 3,1 bilhões em prol de
programas socioambientais e medidas emergenciais a serem tomadas, além da manutenção em tal fundo de capital de giro no valor
mínimo de R$ 2,0 bilhões ou, após a aprovação de um cronograma financeiro para tal fundo, do valor equivalente a 100% das despesas
esperadas para os 12 meses subsequentes; (ii) garantia do juízo no valor de R$ 20,5 bilhões; (iii) vedação à oneração ou alienação de
bens do ativo fixo da Companhia e à distribuição de lucros, seja na forma de dividendos, juros sobre capital próprio ou de qualquer

ii
outra forma; (iv) bloqueio de qualquer lucro ainda não distribuído; e (v) suspensão do recebimento de financiamento público do BNDES
(banco federal de desenvolvimento) e de incentivos públicos, além da aceleração da dívida atual com o BNDES. Na data deste relatório
anual, o pedido de medida cautelar do autor ainda não havia sido julgado. A Companhia tem adotado todas as medidas relevantes para
se defender nestes processos.

Em 08 de maio de 2019, a Companhia tomou conhecimento do Relatório n° 1, elaborado pela Companhia de Pesquisa de Recursos
Minerais (CPRM), entidade do Ministério de Minas e Energia do Brasil, sobre os eventos geológicos ocorridos na cidade de Maceió.
Esse relatório indicou a ocorrência de: (i) desestabilização de cavernas, como resultado da extração de cloreto de sódio, ou sal-gema,
que criou uma situação dinâmica que reativou estruturas e deformações geológicas pré-existentes nos distritos de Pinheiro, Mutange e
Bebedouro; e (ii) instabilidade no distrito de Pinheiro, agravada pelos efeitos erosivos causados por um aumento na infiltração da água
de chuva nas fraturas pré-existentes em um solo extremamente erosivo, e acelerada pela falta de uma rede de drenagem da água de
chuva e de saneamento básico adequado, entre outros fatores. Nesse contexto, em razão dos desdobramentos da publicação do Relatório
n° 1 pela CPRM, em 09 de maio de 2019, a Braskem suspendeu todas as atividades de mineração de sal-gema e, consequentemente, as
operações das plantas de cloro-soda e dicloroetano localizadas no distrito de Pontal da Barra, em Maceió, estado de Alagoas, além de
reduzir a produção do Complexo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia, devido à sua integração à cadeia produtiva. Diante
disso, a Braskem implementou um modelo de negócio não integrado segundo o qual a Companhia importará (i) soda cáustica para suprir
o mercado brasileiro utilizando sua estrutura de logística e terminais ao longo da costa brasileira, (ii) EDC para continuar operando suas
plantas de PVC em Alagoas e na Bahia; e (iii) sal marinho para abastecimento da planta de Cloro-Soda na Bahia. A Companhia tem
cooperando continuamente com as autoridades aplicáveis e com a comunidade local. Caso as autoridades venham a concluir que as
atividades nas minas de sal-gema da Companhia foram causaram os incidentes. Contudo, a Companhia poderá ser responsabilizada por
quaisquer impactos socioambientais adversos atribuíveis ao incidente.

Adicionalmente, a Companhia poderia enfrentar dificuldades em obter e manter licenças operacionais, além de sofrer danos à sua
reputação após a ocorrência de tal evento. Os produtores petroquímicos estão eventualmente sujeitos a percepções de mercado
desfavoráveis devido ao impacto ambiental de seus negócios, o que pode ocasionar um efeito adverso nos resultados de suas operações.

Além disso, a Companhia, assim como outras produtoras petroquímicas brasileiras, está sujeita a rigorosas leis e regulamentos
ambientais federais, estaduais e locais relacionados à saúde humana, ao manejo, armazenamento, transporte, tratamento, eliminação e
descarte de resíduos e substâncias perigosas no meio ambiente. As operações da Companhia no Brasil, inclusive aquelas das controladas
Cetrel e DAC, que são responsáveis por prestar serviços ambientais e fornecimento de água para o Complexo Petroquímico de Camaçari,
no estado da Bahia, por exemplo, estão sujeitas a diversas leis, regulamentos, regras e despachos federais, estaduais e municipais
relativos à poluição, proteção do meio ambiente e geração, armazenagem, gestão, transporte, tratamento e descarte e remediação de
substâncias perigosas e resíduos. O governo brasileiro promulgou em 1998 a Lei de Crimes Ambientais, que impõe sanções criminais
a empresas e indivíduos causadores de danos ambientais. Empresas condenadas por poluição podem ser multadas em até R$ 50,0
milhões, ter suas operações suspensas, ser proibidas de prestar serviços para o governo, ter de reparar os danos causados e perder
determinados benefícios e incentivos fiscais. Diretores, conselheiros e outros indivíduos podem ser sujeitos a até cinco anos de prisão
por crimes ambientais.

As operações da Companhia nos Estados Unidos, na Alemanha, na Europa e no México estão sujeitas a um grande número de leis,
regulamentos, normas e portarias federais, estaduais e locais daqueles países relativas a poluição, proteção do meio ambiente e geração,
armazenamento, manuseio, transporte, tratamento, descarte e reparação de substâncias e resíduos perigosos. As leis e regulamentos
ambientais dos Estados Unidos podem responsabilizar a Companhia pela conduta de terceiros ou por atos que, quando praticados,
cumpriam os requisitos então aplicáveis, a despeito de negligência ou falha. São de particular importância nesse sentido (1) os programas
reguladores a serem estabelecidos para implementar normas de qualidade do ar de acordo com as Normas Nacionais para a Qualidade
do Ar Ambiente no tocante a ozônio e partículas finas, promulgadas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos e
(2) várias medidas legislativas e reguladoras atualmente em fase de análise, discussão ou implementação nos Estados Unidos que versam
sobre as emissões de gases do efeito estufa. No México, a Companhia aderiu ao programa de responsabilidade integral promovido pela
Associação Nacional de Indústria Química do país (ANIQ), que se baseia na norma de atuação responsável utilizada nos Estados Unidos
e no Canadá. A Companhia é a ainda signatária do programa de tratamento responsável nos Estados Unidos e no Brasil.

O cumprimento de tais rigorosas regulações ambientais e de outro tipo exigem investimentos significativos. A Companhia registrou
gastos anuais consolidados com controles ambientais nos valores de R$ 353,3 milhões em 2018, R$ 330,1 milhões em 2017 e R$ 427,4
milhões em 2016, incluindo investimentos, tratamento de resíduos e efluentes, gestão de emissões, licenças ambientais, passivo
ambiental e outros gastos ambientais. Adicionalmente, exigências reguladoras em evolução poderiam exigir dispêndios significativos
de capital adicional dependendo da época da adoção e entrada em vigor das correspondentes normas específicas. Ademais, mudanças
nos regulamentos ambientais poderiam inibir ou interromper as operações da Companhia ou exigir modificações em suas instalações.
Desta forma, questões ambientais, de saúde ou segurança podem resultar em custos ou passivos significativos e não previstos.

A Companhia pode ainda, eventualmente, envolver-se em reclamações, disputas ou litígios relacionados a riscos e passivos ambientais,
relacionados a saúde e segurança, entre outros. Para mais informações, vide o “Item 8. Informações Financeiras––Processos”.

ii
A Companhia poderá ser negativamente impactada pelos efeitos do Acordo Global.

No contexto das alegações de pagamentos indevidos no âmbito da Operação Lava Jato no Brasil, contratamos auditores independentes
para realizar uma investigação de tais alegações (“Investigação”) e relatar os seus resultados. A Companhia tem cooperado com
autoridades públicas de diversas jurisdições, inclusive com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), a Comissão de Valores
Mobiliários dos EUA (SEC), o Ministério Público Federal do Brasil (MPF) e a Procuradoria Geral da Suíça (OAG). Em 14 de dezembro
de 2016, a Companhia celebrou um Acordo de Leniência com o MPF (Acordo de Leniência), que foi homologado pela justiça brasileira
em 06 de junho de 2017. Em 21 de dezembro de 2016, a Companhia celebrou um acordo de leniência com o Tribunal Distrital dos EUA
para o Distrito Leste de Nova York, assumindo a culpa por uma denúncia única que acusava a companhia de conspiração para
descumprir com as disposições de combate ao suborno da Lei Norte-Americana Anticorrupção (FCPA). Na mesma data, a Companhia
concordou com a decisão final proferida em uma ação civil iniciada pela SEC com base em violações civis às disposições de combate
ao suborno, livros e registros e controles contábeis internos da FCPA. Os tribunais federais competentes dos Estados Unidos
homologaram as decisões do DoJ e da SEC em 26 de janeiro de 2017 e em 28 de fevereiro de 2017, respectivamente. Adicionalmente,
em 21 de dezembro de 2016, a OAG concluiu suas investigações sobre os temas. Referimo-nos a estas ações como Acordo Global. Nos
termos do Acordo Global, a Companhia concordou em pagar às autoridades de tais jurisdições o valor total de US$ 957 milhões
(equivalente a R$ 3,1 bilhões), com base na taxa de câmbio de R$ 3,27 por dólar norte-americano, aplicável na época da negociação.

O MPF distribuirá a maior parte dos valores recebidos como restituição para terceiros por danos decorrentes dos atos ilícitos. No âmbito
do Acordo Global, o MPF comprometeu-se a empreender gestões perante outras autoridades ou órgãos públicos, bem como empresas
públicas e sociedades de economia mista com as quais a Braskem venha a iniciar tratativas relativas aos fatos abordados pelo Acordo
Global, com o objetivo de evitar o ressarcimento em duplicidade. Nesse sentido, conforme comunicado ao mercado em 10 de julho de
2018, e anunciado via fato relevante em 27 de maio de 2019, a Braskem cooperou e deu início a tratativas com o Ministério da
Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), no Brasil, e o seu Conselho de
Administração aprovou a celebração de um acordo de leniência similar com a CGU e a AGU (“Acordo CGU/AGU”).

O Acordo CGU/AGU, no valor de R$ 2,9 bilhões, a ser atualizado pela taxa SELIC, trata dos mesmos fatos tratados no Acordo Global
celebrado em dezembro de 2016 com o Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), a Comissão de
Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e a Procuradoria Geral da Suíça (“Acordo Global”). Desse total, R$ 2,5 bilhões serão compensados
por valores já comprometidos pela Companhia no âmbito do Acordo Global, resultando em um desembolso adicional de R$ 410 milhões.

Na data deste relatório anual, a Companhia já havia pago R$ 2 bilhões da multa total estabelecida no Acordo Global, conforme abaixo:

 US$ 94,9 milhões (R$ 296,6 milhões) para o DoJ em 08 de fevereiro de 2017;

 US$ 65,0 milhões (R$ 206,5 milhões) para a SEC em 27 de abril de 2017;

 CHF 30,2 milhões (R$ 104,3 milhões) para a OAG em 27 de junho de 2017;

 R$ 736,4 milhões para o MPF em 06 de julho de 2017;

 R$ 267,9 milhões para o MPF em 30 de janeiro de 2018;

 CHF 16,1 milhões (R$ 62 milhões) para a OAG em 28 de junho de 2018;


 R$ 278 milhões para o MPF em 30 de janeiro de 2019; e

 CHF 16,1 milhões (R$ 58 milhões) para a OAG em 27 de junho de 2019;

O restante, no valor de R$ 1,6 bilhão, relacionado ao Acordo Global e também ao Acordo com a CGU/AGU, em aberto será pago
conforme abaixo:

 CHF 32,1 milhões à OAG relacionado às duas parcelas anuais restantes de CHF 16,1 milhões em 30 de junho de cada ano a
partir de 2020; e

 R$ 1,1 bilhão ao MPF em quatro parcelas anuais restantes, devidas em 30 de janeiro de cada ano a partir de 2020. Como
garantia pelo pagamento das parcelas em aberto, a Braskem ofereceu em garantia ativos imobilizados no valor
correspondente a uma parcela anual; e

 R$ 409,9 milhões no âmbito do Acordo CGU/AGU a ser pago em duas parcelas anuais com vencimento em 30 de janeiro de
2024 e 2025.

O MPF distribuirá a maior parte dos valores recebidos como restituição para terceiros por danos decorrentes dos atos ilícitos. No âmbito
do Acordo Global, o MPF comprometeu-se a empreender gestões perante outras autoridades ou entidades públicas, bem como empresas
públicas e sociedades de economia mista com as quais a Braskem venha a iniciar tratativas relativas aos fatos abordados pelo Acordo
Global, com o objetivo de evitar o ressarcimento em duplicidade. Nesse sentido, conforme comunicado ao mercado em 10 de julho de
2018 e divulgado através de fato relevante em 27 de maio de 2019, a Braskem tem cooperado e deu início a tratativas com o Ministério
ii
da Transparência e a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), e o seu Conselho de Administração
aprovou a assinatura de um acordo de leniência com a CHU e a AGU (“Acordo CGU/AGU”).

O Acordo Global não exime a Braskem de responder a qualquer terceiro com interesse legítimo que busque indenização por danos
causados pela Braskem relativos aos fatos abordados pelo Acordo Global. Portanto, não é possível assegurar que o montante total
desembolsado para ressarcimento nos termos do acordo será suficiente para a reparação integral de todas as vítimas. A Companhia pode
ser obrigada a realizar desembolsos adicionais para cobrir tais demandas.

Outras autoridades com jurisdição sobre a Braskem podem vir a buscar a aplicação de novas sanções pecuniárias ou multas ou a
instauração de novas investigações sobre a Companhia. Como resultado da celebração do Acordo Global, a Braskem pode ser impedida
de firmar determinados acordos com entidades governamentais e estar sujeita ao aumento dos seus custos operacionais em decorrência
de obrigações de aperfeiçoar suas práticas de governança e de combate à corrupção e demais procedimentos, incluindo o custo do
monitoramento externo.

Nos termos do Acordo Global, a Companhia seguirá cooperando com tais autoridades públicas e implementando melhorias em suas
práticas de conformidade e combate à corrupção. A Companhia estará sujeita ainda a monitoramento externo por um período de três
anos a partir de 2017, período durando o qual o monitor verificará o cumprimento do Acordo Global, inclusive a eficácia de controles,
políticas e procedimentos internos para redução do risco de descumprimento de leis anticorrupção. O período de monitoria poderá se
encerrar antecipadamente ou se estender por mais um ano, à critério das autoridades, dependendo da evolução do cumprimento do
Acordo Global pela Companhia. A Companhia contratou monitores, nos termos do Acordo Global, os quais foram aprovados pelas
autoridades competentes. Tais monitores poderão recomendar alterações nas políticas e procedimentos que a Companhia deverá adotar,
salvo se estas forem excessivamente onerosas ou desaconselháveis. Nestes casos, ela poderá propor alternativas, as quais poderão não
ser aceitas pelas autoridades. A operação sob a observação do monitor provavelmente exigirá que os membros da administração
assumam responsabilidades adicionais. Os custos que poderão ser incorridos com o cumprimento do Acordo Global poderão impactar
material e negativamente a Companhia ao exigir esforços da administração e tirar a sua atenção do curso normal dos negócios.

A Braskem está cumprindo integralmente suas obrigações sob o Acordo Global.

O desfecho desfavorável de processos em curso pode diminuir nossa liquidez e afetar negativamente nosso desempenho e nossa
situação financeira.

A Companhia é e pode voltar a ser no futuro parte em numerosas disputas tributárias, cíveis e trabalhistas envolvendo, entre outros
aspectos, reivindicações monetárias. Se forem proferidas decisões desfavoráveis em um ou mais desses processos, a Companhia poderá
ter de pagar quantias substanciais. Para alguns desses processos, não foi constituída provisão no balanço patrimonial, ou foram
constituídas provisões para parte dos montantes em questão, com base na avaliação da administração e no parecer dos advogados quanto
à probabilidade de perda nesses processos.

Em julho de 2015, duas ações coletivas foram movidas contra a Companhia e alguns dos seus, então, atuais e ex-diretores e conselheiros
(Réus) no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, ou Tribunal dos EUA. Nestas ações, que foram
consolidadas posteriormente sob o nome de In re Braskem, S.A. Securities Litigation, No 15-cv-5132, o Autor Líder, Boilermaker-
Blacksmith National Pension Trust, alega que os Réus realizaram declarações falsas ou omissões, causando o aumento do preço das
ações da Companhia, em violação à legislação de títulos e valores mobiliários dos EUA.

Após ser proferida decisão sobre o pedido de motion to dismiss apresentado pela Companhia, acolhendo parcialmente os seus
argumentos, a Companhia e o Autor Líder assinaram proposta de acordo de resolução (“Acordo Proposto”), o qual foi homologado pelo
Tribunal competente, que proferiu decisão final encerrando as demandas de todos os membros da classe de Investidores. A proposta de
acordo não representa a admissão, por parte da Companhia, de qualquer ato ilícito ou responsabilidade.

Nos termos do Acordo Proposto, a Braskem pagou US$ 10 milhões (R$31,7 milhões) para resolver todas as demandas oriundas ou
relacionadas ao objeto da ação coletiva dentro de uma classe de acordo composta por adquirentes ou aqueles que tenham adquirido
propriedade legal ou efetiva de American Depositary Receipts da Braskem no período de 15 de julho de 2010 até 11 de março de 2015,
inclusive. O valor do acordo foi depositado pela Braskem na conta designada pelo juízo (“Escrow Account”) em 2 de outubro de 2017.

Em 21 de fevereiro de 2018, foi realizada audiência, na qual foi proferida a decisão de homologação final do acordo em relação a toda
classe de investidores e a extinção da ação. Tal decisão já foi objeto de trânsito em julgado. A individualização do valor do acordo cabe
ao administrador da Escrow Account, conforme determinação do Tribunal e nos termos do plano de alocação homologado. O Acordo
Proposto foi assinado com o objetivo exclusivo de evitar riscos, incertezas e custos associados à continuidade dessa disputa e não
constitui qualquer admissão pela Braskem de práticas ilícitas ou assunção de responsabilidade.

Em abril de 2019, o Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas protocolaram uma ação
pleiteando o bloqueio de bens da Companhia no valor de até R$ 6,7 bilhões, com o intuito de garantir eventual remediação e indenização
por danos ambientais, pessoais e patrimoniais potencialmente causados por esse evento geológico relacionado às atividades de
mineração da Companhia na cidade de Maceió. Uma decisão liminar determinou o bloqueio de R$ 100 milhões nas contas bancárias da
Braskem.

ii
Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas determinou a suspensão da distribuição de dividendos referentes ao exercício
de 2018 que haviam sido propostos, no valor de R$ 2,7 bilhões, ou, alternativamente, o bloqueio de bens no mesmo valor da distribuição
de dividendos proposta. Essa decisão foi em seguida reformada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a
distribuição de dividendos mediante depósito judicial no mesmo valor. O Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria
Pública do Estado de Alagoas alteraram a demanda inicial para excluir o pedido de indenização por supostos danos ambientais e reduzir
o valor dos bens a serem bloqueados para R$ 3,7 bilhões, valor esse que, de acordo com as alegações desses órgãos, seria equivalente
aos danos efetivos causados aos residentes dos bairros afetados pelo evento geológico. Em 26 de junho de 2019, o juiz presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas proferiu uma decisão determinando o bloqueio de R$ 3,7 bilhões. Essa decisão também foi
subsequentemente revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o desbloqueio de R$ 3,7 bilhões nas contas da
Companhia após mais um depósito judicial em valor equivalente. Em 25 de julho de 2019, a Companhia foi informada de uma outra
ação civil protocolada pelo Ministério Público do Trabalho do Estado de Alagoas (MPT-AL), pleiteando medida cautelar para bloqueio
no valor de R$ 2,5 bilhões, em garantia do pagamento de possíveis danos sofridos pelos trabalhadores afetados pelo evento geológico.
Nesse processo, o MPT-AL também pleiteou, entre outras coisas, pagamento de indenização aos trabalhadores por danos morais. Em
10 de outubro de 2019, o tribunal de primeira instância indeferiu a medida cautelar.

Em 19 de agosto de 2019, a Braskem tomou ciência de uma terceira ação civil protocolada pelo Ministério Público Federal em face da
Companhia e de outras partes, buscando as seguintes medidas cautelares: (i) constituição de um fundo no valor de R$ 3,1 bilhões em
prol de programas socioambientais e medidas emergenciais a serem tomadas, além da manutenção em tal fundo de capital de giro no
valor mínimo de R$ 2,0 bilhões ou, após a aprovação de um cronograma financeiro para tal fundo, do valor equivalente a 100% das
despesas esperadas para os 12 meses subsequentes; (ii) garantia do juízo no valor de R$ 20,5 bilhões; (iii) vedação à oneração ou
alienação de bens do ativo fixo da Companhia e à distribuição de lucros, seja na forma de dividendos, juros sobre capital próprio ou de
qualquer outra forma; (iv) bloqueio de qualquer lucro ainda não distribuído; e (v) suspensão do recebimento de financiamento público
e de incentivos públicos, além da aceleração da dívida atual com o BNDES (banco federal de desenvolvimento). Na data deste relatório
anual, o pedido de medida cautelar do autor ainda não havia sido julgado.

A Companhia vem adotando todas as medidas cabíveis para se defender em tais ações e cooperando continuamente com as respectivas
autoridades na identificação das causas do incidente, com o apoio de especialistas independentes.

Para mais informações sobre processos judiciais, vide “Item 8. Informações Financeiras—Processos Judiciais”.

Agitações trabalhistas podem afetar nossas operações significativa e negativamente.

Agitações trabalhistas em nossas plantas e instalações podem produzir um efeito negativo relevante em nossa condição financeira ou
resultados operacionais. Por exemplo, em agosto de 2010, os funcionários sindicalizados da planta em Neal, West Virginia, entraram
em greve e, durante esse período, a planta foi operada sob a supervisão da administração até maio de 2011, quando a Braskem America
assinou um novo acordo coletivo. Embora a Companhia acredite que mantenha um bom relacionamento com seus funcionários, ações
trabalhistas futuras, inclusive greves, podem ter um impacto negativo substancial em seu desempenho financeiro.

Desastres naturais, condições climáticas extremas e gerais podem afetar nossos os negócios da Braskem significativa e
negativamente.

Algumas das instalações da Companhia estão localizadas em regiões que podem ser afetadas por desastres naturais, tais como
inundações, terremotos, furacões, tornados e outros, o que poderia causar a interrupção de suas operações ou das operações de seus
clientes, além de prejudicar ou destruir a infraestrutura necessária para transportar os produtos da Companhia como parte da cadeia de
fornecimento. Tais eventos poderiam exigir a realização de paradas de manutenção, causar atraso nas entregas do estoque existente ou
resultar em reparos custosos, substituição de equipamento ou outros custos, todos os quais poderiam produzir um impacto negativo e
material no desempenho financeiro da Companhia.

Embora a política de riscos relativos à energia da Braskem prevê a compra antecipada de energia a preços fixos por meio de contratos
de longo prazo, a maior parte da capacidade instalada de geração de energia do Brasil é fornecida por usinas hidrelétricas de geração.
Se a quantidade de água disponível para produtores de energia passar a ser escassa, devido à estiagem ou a desvios para outras
aplicações, o custo da energia poderia sofrer um aumento. Essas condições teriam um efeito adverso significativo sobre nossas vendas
e margens.

A Companhia poderia ser impactada materialmente por violações ao Foreign Corrupt Practices Act nos EUA, à Lei Anticorrupção
no Brasil e leis anticorrupção similares.

A Companhia, suas controladas e coligadas estão sujeitas a diversas leis anticorrupção, entre elas a Lei n o. 12.846/2013, conhecida
como Lei Anticorrupção no Brasil, que entrou em vigor em 28 de janeiro de 2014, e o FCPA, ou Lei de Combate a Práticas de Corrupção
dos EUA, além de diversas outras leis anticorrupção e de combate a práticas de suborno em outras jurisdições.

A FCPA, a Lei Brasileira Anticorrupção e outras legislações similares de combate à prática de suborno em outras jurisdições proíbem
companhias e seus agentes de realizar pagamentos indevidos a agentes públicos ou outras pessoas para fins de obtenção ou manutenção
de negócios. Qualquer violação a tais leis poderá resultar em sanções criminais ou cíveis, comprometimento de negócios atuais ou

ii
futuros com parceiros de negócios, medidas cautelares contra condutas futuras, comprometimento de lucros, proibição de participação
direta ou indireta em determinados tipos de negócios, perda de licenças ou outras restrições que poderiam causar um impacto material
adverso nos negócios, situação financeira, resultado das operações ou liquidez da Companhia. Por exemplo, vide “—A Companhia
poderá ser negativamente impactada pelos efeitos do Acordo Global” para saber mais sobre os impactos das alegações contra a
Companhia por pagamentos indevidos no âmbito da Operação Lava Jato.

A Companhia está exposta a comportamentos de funcionários e não funcionários que podem ser incompatíveis com os seus padrões
éticos e de conformidade. Caso não sejam prevenidos, detectados ou remediados a tempo, tais comportamentos e/ou vulnerabilidades
de processos poderiam impactar material e negativamente os resultados das operações e a situação financeira da Companhia.

Os negócios da Companhia, inclusive o seu relacionamento com terceiros, são orientados por princípios éticos. A Braskem adotou um
Código de Conduta, um Política Global de Conformidade, uma Política Anticorrupção e diversas políticas internas criadas para orientar
seus administradores, funcionários e terceiros e reforçar seus princípios e normas de comportamento ético e conduta profissional. A
Companhia mantém ainda um canal de denúncia (chamado “Canal de Ética”), disponível para funcionários e não funcionários (inclusive
terceiros). Todas as denúncias são investigadas e encaminhadas para avaliação do Comitê de Ética.

A Companhia está sujeita ao risco de os seus funcionários, terceiros ou contrapartes em negócios se envolverem em atividades
fraudulentas, atos de corrupção ou suborno, contornarem ou anularem os seus controles e procedimentos internos, ou se apropriarem
indevidamente ou manipularem ativos da companhia para fins de obtenção de vantagem pessoal ou empresarial. Caso a Companhia
acredita ou tenha motivos para acreditar que os seus funcionários ou agentes tenham ou possam ter violado qualquer legislação
anticorrupção aplicável, inclusive a FCPA, a Companhia poderá ter de investigar ou contratar uma investigação independente dos fatos
e circunstâncias relevantes, o que pode ter um alto custo e exigir tempo e atenção substanciais dos seus altos executivos. A Companhia
possui um robusto Programa de Conformidade e Combate à Corrupção em processo de implementação nas suas diversas áreas, que
inclui diversos processos para identificar, monitorar e mitigar tais riscos, porém tal programa pode não ser totalmente eficaz.

A administração da Companhia é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre divulgação financeira,
conforme definidos nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) do Exchange Act de 1934 dos EUA. Durante a avaliação dos controles internos
de divulgação financeira em 31 de dezembro de 2018 (vide “Item 15. Controles e Procedimentos”), a Companhia identificou algumas
deficiências relevantes. Identificou ainda deficiências relevante nos controles internos de divulgação financeira em 31 de dezembro de
2017, algumas das quais ainda existiam em 31 de dezembro de 2018. Uma deficiência relevante é definida como uma deficiência, ou
uma combinação de deficiências, nos controles internos de divulgação financeira que resulte na possibilidade razoável de não ser
possível prevenir ou detectar a tempo um erro material nas demonstrações financeiras consolidadas anuais ou intermediárias da
Companhia.

Devido à exigência de que a Companhia conduzisse procedimentos e análises adicionais com relação aos seus processos e controles
internos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017, não foi possível concluir as demonstrações financeiras auditadas referentes
àquele exercício e, consequentemente, arquivar o relatório anual em Formulário 20-F referente ao exercício findo em 31 de dezembro
de 2017. A Companhia obteve da SEC extensões do prazo para arquivamento do relatório anual em Formulário 20-F referente ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2017 até o dia 16 de maio de 2019. Como não foi possível arquivar o Formulário 20-F da
Companhia até a data permitida pela SEC, não sendo possível a concessão de nenhuma extensão adicional do prazo conforme a Seção
802.01E do Manual de Listagem da NYSE, em 13 de maio de 2019, a Companhia foi comunicada pela NYSE da suspensão das
negociações e início do processo deslistagem das suas ADSs. A Companhia recorreu da decisão.

No futuro, a Companhia pode ter de realizar procedimentos e análises adicionais com relação aos seus processos e controles internos
que venham a causar atraso na conclusão das demonstrações financeiras auditadas, vindo a impedi-la de arquivar relatórios anuais
futuros dentro dos respectivos prazos. O atraso em arquivar relatórios anuais no futuro pode causar impactos adversos nos negócios da
Companhia.

Caso a Companhia não seja capaz de cumprir com as restrições e cláusulas dos seus contratos de dívida, ela poderia vir a descumprir
tais contratos, levando à antecipação do pagamento dos valores emprestados, com impacto na capacidade da Companhia de realizar
o pagamento do principal e juros das suas obrigações de dívida.

Qualquer descumprimento dos contratos que regem as dívidas da Companhia que não seja remediado ou dispensado pelo credor
do empréstimo poderia resultar na antecipação da obrigação de pagamento de valores em aberto devidos aos detentores de tais dívidas,
o que poderia tornar a Companhia incapaz de realizar o pagamento do principal e juros sobre estas e outras obrigações de dívida. Caso
a Companhia seja incapaz de gerar fluxo de caixa suficiente e, portanto, incapaz de obter os recursos necessários para realizar os
pagamentos de principal e juros sobre suas dívidas, ou deixe de cumprir com qualquer cláusula restritiva prevista nos contratos que
regem suas dívidas, a Companhia correria o risco de descumprir tais contratos. Em caso de tal descumprimento:

 os detentores de tais dívidas poderiam optar por declarar imediatamente devidos os valores de tais empréstimos, além de
quaisquer juros acumulados e não pagos;

 os credores dos empréstimos nos termos de tais acordos poderiam rescindir tais contratos e deixar de realizar empréstimos no
futuro; e
ii
 a aceleração de tais dívidas poderia ensejar a aceleração-cruzada de disposições de outros contratos de financiamento
celebrados pela Companhia; e

 a Companhia poderia ser forçada a declarar falência ou ser liquidada.

Embora o Complexo Petroquímico do México esteja totalmente operacional e a Braskem Idesa tenha cumprido e continue cumprindo
com os seus requisitos de serviço da dívida e demais pagamentos de obrigações nos termos da sua emissão de US$ 3.193 milhões de
linha sindicalizada sênior garantida, ocorreram eventos de descumprimento, que ainda não foram sanados. Tais eventos de
descumprimento garantem ao credor o direito de antecipar o vencimento desta dívida e requerer remediação através das garantias
oferecidas por tal linha, que incluem o Complexo Petroquímico do México e as ações em circulação da Braskem Idesa. A Braskem
Idesa solicitou a dispensa de tais obrigações descumpridas e está atualmente negociando tal dispensa com o agente intermediário de tal
linha. Contudo, não é possível garantir que o agente de crédito intermediário e os credores do empréstimo concordarão em conceder tal
dispensa ou, ainda que concordem em conceder tal dispensa, se tal dispensa implicará em obrigações adicionais a serem cumpridas pela
Braskem Idesa.

Além disso, alguns dos acordos contratuais da Companhia contêm disposições acerca da mudança de controle que garantem às suas
contrapartes o direito de rescisão ou de aceleração do vencimento das dívidas da Companhia com elas em caso de mudança no controle
da Companhia sem o consentimento destas contrapartes. Tais disposições tornar-se-iam executáveis caso a Odebrecht deixasse de deter,
direta ou indiretamente, capital social representando mais de 50% do capital votante da Companhia. Em consequência, caso a Odebrecht
deixe de deter o controle ou, em alguns casos, de deter uma determinada porcentagem das ações ordinárias da Companhia, seja por
consequência do Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht, uma venda alternativa, liquidação por credores, reorganização,
restruturação ou outra circunstância parecida no âmbito do Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht ou outro processo, caso não
sejam obtidos os devidos consentimentos ou renúncias, tais contrapartes poderiam rescindir tais contratos ou acelerar o vencimento das
respectivas obrigações contratuais. A rescisão de qualquer acordo contratual ou aceleração do vencimento de qualquer acordo financeiro
poderia causar um efeito material adverso nos negócios, condições financeiras, resultados das operações e fluxos de caixa da Companhia
e, finalmente, resultar na aceleração cruzada de todo o seu endividamento.

Adicionalmente, de acordo com as escrituras das Notas com juros de 7,00% e vencimento em 2020, Notas com juros de 5,75% e
vencimento em 2021, Notas com juros de 5,375% e vencimento em 2022, Notas com juros de 3,50% e vencimento em 2023, Notas com
juros de 6,45% e vencimento em 2024, Notas com juros de 4,50% e vencimento em 2028, Notas com juros de 7,125% e vencimento
em 2041 e Títulos de Dívida Perpétua com juros de 7,375%, uma alteração do controle com rebaixamento da nota de crédito iria exigir
a recompra de todas as Notas em aberto, além do pagamento dos juros acumulados e não pagos, se houver, até a data da recompra. Vide
“Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—Acontecimentos Recentes—Processo de Recuperação Judicial da
Odebrecht” e outras informações divulgadas neste Relatório Anual em Formulário 20-F para mais informações sobre o Processo de
Recuperação Judicial da Odebrecht.

No futuro, a Companhia poderá ter de obter dispensa de outras obrigações de dívida para evitar estar em descumprimento. Caso a
Companhia descumpra quaisquer cláusulas restritivas dos seus instrumentos de dívida e busque dispensa de tais obrigações, ela pode
não ser capaz de obter tal dispensa dos respectivos credores. Caso isso ocorra, a Companhia estaria em descumprimento de outros
contratos, os credores poderiam exercer seus direitos e exigir remediação, conforme descrito acima, e a Companhia poderia ser forçada
a declarar falência ou ser liquidada.

A divulgação não autorizada, ou perda de propriedade intelectual, segredos comerciais, outras informações comerciais ou pessoais
sensíveis ou comprometimento da integridade de tecnologia da informação causados por ataques cibernéticos, bem como a não
conformidade com leis e regulamentos futuros relacionados à privacidade de dados e à segurança de dados podem sujeitar a
Companhia a relevantes penalidades ou responsabilidade e impactar negativamente suas operações, reputação e resultados
financeiros.

A Companhia obtém, armazena, processa e utiliza determinadas informações confidenciais e outros dados de usuários no âmbito das
suas operações comerciais. É preciso garantir que qualquer processamento, utilização, armazenagem, disseminação, transferência ou
eliminação de dados sob responsabilidade da Companhia seja realizada de acordo com as leis de proteção de dados e privacidade
aplicáveis. A proteção dos dados de clientes, funcionários e empresas é fundamental para a Companhia. A Companhia depende de
sistemas, softwares, ferramentas e monitoramento disponíveis comercialmente para garantir o processamento, transmissão e
armazenagem de informações confidenciais, tais como as informações de clientes, funcionários, empresas e outras informações pessoais.

As leis de proteção e privacidade de dados estão sendo ajustadas para incluir as mudanças nas atitudes culturais e consumidoras em
relação à proteção de dados pessoais. Por exemplo, em 14 de agosto de 2018, o Brasil promulgou a Lei No. 13.709/2018 (a Lei Geral
de Proteção de Dados, ou LGPD), uma lei de proteção de dados abrangente que estabelece as premissas e obrigações gerais que se
aplicam em múltiplos setores econômicos e relações contratuais. A LGPD estabelece as regras detalhadas para coleta, uso,
processamento e armazenamento de dados pessoais e afetará todos os setores econômicos, incluindo o relacionamento entre clientes e
fornecedores de bens e serviços, empregadores e funcionários, e outros relacionamentos nos quais dados pessoais são coletados, tanto
de forma digital quanto física. A LGPD deve entrar em vigor em agosto de 2020. De acordo com a lei, todas as entidades sujeitas a ela,
incluindo a Companhia deverão adaptar suas atividades de processamento de dados às novas regras. Quaisquer leis ou regulamentações
de privacidade adicionais promulgadas ou aprovadas no Brasil ou em outras jurisdições nas quais a Companhia possui operações
ii
poderiam afetar de forma significativa os negócios da Companhia, sua condição financeira e os resultados de suas operações. Em 25 de
maio de 2018, a Regulamentação No. 2016/279 do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de abril de 2016, sobre a proteção de dados
pessoais (Regulamentação de Proteção de Dados Gerais, ou GDPR) passou a ser aplicável diretamente a todos os estados-membro da
União Europeia. A GDPR introduziu novas obrigações relacionadas à privacidade de dados, controle e retenção, incluindo, entre outros:
(i) requisitos de prestação de contas e transparência; (ii) requisitos aprimorados de consentimento de dados; (iii) as obrigações em
considerar a privacidade de dados como qualquer novo produto ou serviço são abordadas e limitam o montante de informações coletadas,
processadas e armazenadas e a acessibilidade a elas; (iv) restrições sobre o uso de dados para fazer o perfil dos sujeitos dos dados; (v)
disponibilização aos sujeitos dos dados de suas informações pessoais em um formato que possa ser utilizado e eliminação de
informações pessoais em determinadas circunstâncias; e (vi) relatórios de descumprimentos sem atraso indevido.

Como a Companhia tem a intenção de expandir seus negócios e operações, espera-se que ela se torne cada vez mais sujeita às leis e
regulamentações relacionadas à coleta, uso, retenção, segurança e transferência de informações, incluindo informações identificáveis
de forma pessoal de seus funcionários e clientes. Essas leis e regulamentações podem ser interpretadas e aplicadas de forma diferente
ao longo do tempo, dependendo da jurisdição, e é possível que elas sejam interpretadas e aplicadas de formas que causem um efeito
significativo e adverso nos negócios da Companhia. Qualquer falha, real ou percebida, da parte da Companhia em cumprir com os
requisitos ou ordens regulatórias ou outras leis e regulamentações municipais, estaduais, federais e internacionais relacionadas a
privacidade ou proteção ao consumidor poderia diminuir o acesso dos clientes aos produtos e serviços da Companhia e afetar de forma
significativa e adversa os negócios da Companhia. A implementação da GDPR e da LGPD, bem como de quaisquer outras leis e
regulamentações existente e futuras relacionadas à privacidade de dados, devem prever a revisão dos procedimentos e políticas e
recursos de implementação materiais. Não é possível garantir que a Companhia terá recursos financeiros suficientes para cumprir com
quaisquer novas regulações ou competir de forma bem-sucedida no contexto de um ambiente regulatório em mudança. Além disso,
existe o risco de que as medidas não possam ser implementadas de forma correta ou que podem não estar de acordo com os novos
procedimentos. Em caso de qualquer descumprimento das obrigações oriundas da GDPR ou da LGPD, ou de outras leis e
regulamentações de privacidade de dados, conforme o caso, a Companhia poderia enfrentar sanções administrativas e monetárias, bem
como danos à sua reputação, o que poderia causar um efeito negativo significativo em suas operações, condição financeira e
perspectivas.

Além disso, apesar das medidas de segurança implementadas, as instalações e sistemas da Companhia, bem como aqueles de terceiros,
podem estar vulneráveis a falhas de segurança, cyber-ataques, atos de vandalismo, vírus de computadores, extravio ou perda de dados,
erros de programação ou humanos ou eventos similares. Qualquer incidente de segurança ou falha percebida envolvendo a apropriação
indébita, perda ou divulgação não autorizada de informações confidenciais, bem como qualquer falha ou falha percebida no
cumprimento de leis, políticas, obrigações legais ou normas setoriais relativas a privacidade e proteção de dados, pela Companhia ou
por seus fornecedores, poderia prejudicar a sua reputação, expor a Companhia ao risco e responsabilidade de discussões judiciais,
sujeita-la a publicidade negativa, afetar suas operações e prejudicar os seus negócios.

Por exemplo, no segundo semestre de 2018, um dos prestadores de serviço de tecnologia da informação da Companhia enfrentou um
incidente de cibersegurança no Brasil, no qual credenciais específicas de acesso a certas contas de armazenamento em nuvem mantidas
por tal prestador de serviços foram divulgadas online a terceiros não autorizados. A Companhia não foi impactada por tal incidente de
segurança, pois não estava entre os clientes de tal prestador de serviço cujas credenciais foram divulgadas. Contudo, não é possível
garantir que as medidas de segurança da Companhia, ou aquelas de seus fornecedores, sejam suficientes para prevenir falhas de
segurança futuras, o que poderia afetar, direta ou indiretamente, a Companhia, ou que a incapacidade de prevenção de tais falhas não
cause um efeito material adverso sobre os negócios, resultados das operações ou condição financeira da Companhia.

Ataques cibernéticos ou violações de segurança poderiam comprometer informações confidenciais e críticas dos negócios, causar
interferência nas operações da Companhia ou prejudicar a reputação da Companhia, uma vez que suas operações são altamente
dependentes de recursos de tecnologia da informação e sistemas e serviços e telecomunicação. Ativos de informação, entre eles
propriedade intelectual, segredos comerciais, informações pessoas e outras informações confidenciais e críticas do negócio representam
ativos atraentes para criminosos digitais, ciberterroristas ou outros agentes externos. Embora a Companhia mantenha um amplo
programa de cibersegurança que é revisado, administrado e atualizado constantemente, um ataque cibernético relevante, erro humano,
inclusive por nossos funcionários e terceiros, ou obsolescência da tecnologia poderiam resultar na perda de informações críticas dos
negócios e/ou impactar negativamente as operações, o que poderia prejudicar os resultados financeiros da Companhia.

Riscos relativos ao Brasil

As condições econômicas, políticas e empresariais do país, bem como as políticas econômicas e outras políticas do governo brasileiro,
podem afetar negativamente a demanda por nossos produtos, nossa receita líquida de vendas e desempenho financeiro em geral.

A economia brasileira tem sido caracterizada por intervenção frequente e por vezes ampla do governo brasileiro, bem como por ciclos
econômicos instáveis. O governo brasileiro, com frequência, altera as políticas monetária, tributária, creditícia, tarifária e outras com o
fim de influenciar o curso da economia do Brasil. As medidas tomadas pelo governo brasileiro visando controlar a inflação e
implementar outras políticas já incluíram controles de salários e preços, bloqueio do acesso a contas bancárias, imposição de controles
de capital e limitações às importações.

Nossos resultados operacionais e nossa situação financeira e patrimonial podem ser negativamente afetados por fatores tais como:

ii
 flutuações nas taxas de câmbio;

 políticas de controle cambial;

 taxas de juros;

 inflação;

 políticas tributárias;

 expansão ou contração da economia brasileira, medida pelas taxas de crescimento do PIB;

 liquidez nos mercados financeiros e creditícios internos e

 outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais, econômicos e empresariais ou Brasil ou que afetem o país.

Os mercados brasileiros vêm enfrentando elevada volatilidade em decorrência das incertezas oriundas das investigações sobre corrupção
das operações Lava Jato, Zelotes, Greenfield, Eficiência e outras, conduzidas pelo Ministério Público Federal, e seus impactos sobre a
economia e o ambiente político brasileiro. Alguns membros e ex-membros do governo brasileiro e do poder legislativo, bem como altos
executivos da empresa estatal, e nossa acionista, Petrobras, estão sendo acusados de corrupção política. Alega-se que tais autoridades
públicas e ex-altos executivos tenham aceitado propina por meio de comissões sobre contratos entre a Petrobras e diversas companhias
dos setores de infraestrutura, petróleo e gás e construção civil, incluindo o acionista controlador da Companhia, Odebrecht Atualmente,
não é possível prever o impacto da Operação Lava Jato e investigações relacionadas, e de quaisquer decisões e ações futuras das
autoridades em relação aos acionistas sobre a Companhia. Os lucros dessas comissões podem ter financiado campanhas de partidos
políticos do governo federal, estadual e municipal através de doações não contabilizadas ou não divulgadas publicamente, além de ter
causado o enriquecimento pessoal dos receptores do esquema de propina. Como resultado da Operação Lava Jato em curso, vários
políticos e ex-políticos que ocupam altos cargos, incluindo deputados e senadores, e executivos das maiores empresas estatais no Brasil
renunciaram ou foram presos. Autoridades eleitas do alto escalão e outras autoridades públicas no Brasil estão sendo investigados por
alegações de conduta antiética e ilegal identificada durante a Operação Lava Jato.

O desfecho possível de tais investigações é incerto, mas eles têm afetado de forma negativa e devem continuar afetando o mercado
brasileiro e os preços dos valores mobiliários de emissores brasileiros. A Companhia não pode prever se as alegações levarão a mais
instabilidade política e econômica ou se surgirão no futuro novas alegações contra autoridades públicas ou outras empresas no Brasil.
Além disso, a Companhia não pode prever o resultado de tais alegações nem seus efeitos na economia brasileira. O desenvolvimento
destes casos de conduta antiética pode ter um efeito adverso material sobre a Companhia.

Além disso, o cenário político no Brasil tem se caracterizado pela forte instabilidade nos últimos anos. A condenação do ex-Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e os potenciais recursos jurídicos contínuos podem intensificar ainda mais a instabilidade político-econômica.
Além disso, após uma acirrada disputa presidencial, o ex-deputado Jair Bolsonaro tornou-se o presidente do Brasil a partir de 1º de
janeiro de 2019. Não está claro se e por quanto tempo a divisão política no Brasil surgida antes das eleições continuará sob a presidência
de Jair Bolsonaro e os efeitos de tal divisão sobre a capacidade do Presidente Bolsonaro governar o Brasil e implementar reformas.
Qualquer continuação de tal divisão poderia resultar na paralização do Congresso, incerteza política e protestos e/ou greves que
poderiam afetar material e negativamente as operações da Companhia. Incertezas relativas à implementação pelo novo governo de
mudanças relacionadas a políticas monetárias, fiscais e previdenciárias, bem como à respectiva legislação, podem contribuir para a
instabilidade econômica. Tais incertezas e medidas adotadas pelo novo governo podem aumentar a volatilidade do mercado de títulos
e valores mobiliários brasileiros emitidos no exterior.

Mudanças futuras na política industrial e ações relacionadas por parte do governo brasileiro podem produzir um impacto negativo
e material na demanda por nossos produtos, bem como em nossa receita líquida de vendas e desempenho financeiro em geral.

Atualmente nos beneficiamos de algumas políticas industriais e ações relacionadas por parte do governo brasileiro, que visam fortalecer
a economia interna e determinadas industriais locais. Algumas dessas políticas e ações incluíram recentemente reduções em encargos
trabalhistas para a indústria transformadora de plástico, um programa de incentivo à competitividade de produtores brasileiros em
mercados de exportação através do refinanciamento de impostos federais sobre exportações, intervenção do governo federal visando
reduzir incentivos a importações em portos locais, aumento dos encargos de importação sobre certos produtos, entre eles o polietileno,
e redução nas taxas do Programa de Integração Social (PIS), imposto federal de valor agregado, e da Contribuição para Financiamento
da Seguridade Social (COFINS), impostos sobre aquisições de matéria-prima por produtores petroquímicos de primeira e segunda
geração.

Tais impostos sobre a aquisição de matéria-prima possuíam alíquota de 5,6% para nafta e 9,25% para outras matérias-primas antes de
junho de 2013. Após setembro 2013, a alíquota da nafta e de outras matérias-primas foi reduzida para 1% em 2015, acrescida para 3%
em 2016, para 5% em 2017 e novamente para 5,6% em 2018. Em 30 de maio de 2018, o governo brasileiro promulgou a Medida

ii
Provisória No 836/18, que revogou a restituição fiscal de contribuições sociais, PIS e COFINS a partir de 1º de setembro de 2018. Ainda,
no início de outubro de 2018, não houve conversão em lei do regime especial da indústria química (REIQ), que mantinha as alíquotas
de PIS/COFINS sobre a aquisição de matérias-primas nacionais e importadas fixada em 5,6%.

Não é possível para a Companhia prever ou controlar quais políticas serão renovadas ou descontinuadas e se haverá propostas ou
implantação de alterações futuras à política industrial brasileira. Caso se encerrem as políticas industriais que beneficiam a Companhia,
ou sejam implementadas políticas que a prejudique, seus negócios, resultados operacionais e condições financeiras podem ser afetados
negativamente.

Flutuações da taxa de câmbio real/dólar podem aumentar a inflação no Brasil e aumentar o custo de serviço da dívida da Companhia
expressa em moeda estrangeira, podendo, ainda, afetar negativamente seu desempenho financeiro como um todo.

A taxa de câmbio entre o real e o dólar e as taxas relativas de depreciação e valorização do real afetaram os resultados das operações da
Companhia e podem continuar a fazê-lo.

A moeda brasileira sofreu desvalorizações em diversas ocasiões. Nas últimas décadas, o governo brasileiro introduziu vários planos
econômicos e várias políticas cambiais, entre as quais desvalorizações súbitas, minidesvalorizações periódicas (durante as quais a
periodicidade de ajustes variou de diária a mensal), controles cambiais, mercado de câmbio duplo e regime de câmbio flutuante.
Ocorreram oscilações expressivas da taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar e outras moedas. Na média, em relação ao dólar
norte-americano, o real registrou desvalorização de 13,4% em 2014, 47,0% em 2015, valorização de 16,5% em 2016 e 8,5% em 2017,
e desvalorização de 14,5% em 2018.

A desvalorização do real em relação ao dólar também poderia resultar em pressões inflacionárias adicionais no Brasil em razão do
aumento geral do preço de produtos e serviços importados. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar poderá levar à
deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos do país, podendo, também, reprimir o crescimento proveniente das
exportações.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor total da dívida da Companhia em moeda estrangeira, exclusivamente em dólares norte-americanos,
somava R$ 24.167,0 milhões (US$ 6.237,0 milhões), (incluindo um valor total em aberto de R$ 373,6 milhões (US$ 96,4 milhões) em
31 de dezembro de 2018 relacionado ao Acordo de Leniência) representando 97% do endividamento total, líquido de custos de operação.
Tal valor não inclui o montante total de R$ 10.504,6 milhões (US$ 2.711,0 milhões) em aberto em 31 de dezembro de 2018 relativo ao
Financiamento da Braskem Idesa (conforme definido neste relatório anual). Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía o saldo
de R$ 2.698,5 milhões (US$ 696,4 milhões) de caixa e equivalentes de caixa em moeda estrangeira, além do montante total de R$ 963,4
milhões (US$ 248,6 milhões) de caixa e equivalentes de caixa da Braskem Idesa.

Uma desvalorização expressiva do real em relação ao dólar ou a outras moedas poderia aumentar as despesas financeiras em função de
prejuízos cambiais que seriam incorridas pela Companhia e poderia reduzir sua capacidade de honrar o serviço da dívida em moeda
estrangeira. A fim de conseguir gerenciar de forma mais eficiente os efeitos das variações na taxa de câmbio sobre seus resultados, em
2013 a Companhia decidiu designar parte de seu passivo denominado em dólar norte-americano como hedge para suas exportações
futuras.

Os preços da nafta, a mais importante matéria-prima da Companhia, e de algumas outras matérias-primas, são expressos em dólares ou
atrelados ao dólar. Em 2017, a nafta representou, direta e indiretamente, 41,8% do custo consolidado de produtos vendidos em 2018.
Quando o real se deprecia em relação ao dólar, o custo em reais das matérias-primas indexadas e denominadas em dólares aumenta, e a
receita operacional em reais pode diminuir, na medida em que a Companhia não consegue repassar o custo de tais aumentos a seus
clientes.

As medidas de combate à inflação tomadas pelo governo brasileiro poderão contribuir de forma significativa para a incerteza
econômica no Brasil e poderão reduzir a demanda dos produtos da Companhia.

Historicamente, o Brasil apresentou altas taxas de inflação. A inflação, bem como os esforços do governo para combatê-la, acarretou
efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira, especialmente antes de 1995. A taxa de inflação medida pelo Índice Geral
de Preços—Disponibilidade Interna (IGP-DI) alcançou 2.708% em 1993. Embora as taxas de inflação tenham sido substancialmente
menores a partir de 1995 do que em períodos anteriores, as pressões inflacionárias persistem. As taxas de inflação foram de 3,8% em
2014, 10,7% em 2015, 7,2% em 2016, -0,4% em 2017 e 7,1% em 2018, conforme a variação do índice IGP-DI. As medidas de combate
à inflação, adotadas pelo governo brasileiro, muitas vezes incluíram a manutenção de uma política monetária rigorosa com altas taxas
de juros, causando restrição à disponibilidade de crédito e redução na taxa de crescimento econômico. A inflação, as medidas para
combatê-la e a especulação pública acerca de possíveis medidas futuras também podem contribuir de forma relevante para a incerteza
econômica no Brasil e para o aumento da volatilidade no mercado brasileiro de valores mobiliários.

O Brasil poderá voltar a apresentar níveis elevados de inflação. Fatores como a elevação dos preços do petróleo, a depreciação do real
e medidas governamentais futuras, buscando a manutenção do valor do real em relação ao dólar, poderão acarretar aumento da inflação
brasileira. Períodos de inflação mais alta poderão fazer diminuir a taxa de crescimento da economia brasileira, o que levaria a uma
redução da demanda dos produtos da Companhia no Brasil e de suas receitas líquidas de vendas. Também é provável que a inflação
aumente alguns dos custos e despesas da Companhia, que talvez não possam ser repassados aos consumidores, o que resultaria em
ii
diminuição da margem de lucro e do lucro líquido. Ademais, inflação alta, em geral, acarreta taxas de juros internas mais elevadas, e
em consequência, os custos do serviço da dívida da Companhia em reais poderão aumentar, causando a redução do lucro líquido. A
inflação e seu efeito sobre as taxas de juros internas podem, além disso, levar à redução da liquidez nos mercados internos de capitais e
crédito, o que poderia prejudicar a capacidade da Companhia de refinanciar sua dívida nesses mercados. A eventual diminuição da
receita líquida de vendas ou do lucro líquido da Companhia ou a eventual deterioração de sua situação financeira provavelmente
acarretariam a diminuição do preço de mercado de seus valores mobiliários, incluindo as ações preferenciais classe A e ADSs.

Flutuações ou alterações das taxas de juros poderiam elevar o custo do serviço de nossa dívida ou reduzir a receita financeira da
Companhia, prejudicar o seu desempenho financeiro como um todo.

Nossas despesas financeiras são afetadas por mudanças das taxas de juros que incidem sobre a dívida com taxas variáveis. Em 31 de
dezembro de 2018, a Companhia registrava, entre outras obrigações:

 R$ 0,5 milhão de empréstimos, financiamentos e debêntures remunerados pela TLP (anteriormente referenciados pela
TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), relacionadas a contratos anteriores a 1º de janeiro de 2018);

 R$ 489,6 milhões de empréstimos e financiamentos remunerados pela taxa do CDI (Certificado de Depósito
Interbancário);

 R$ 211,2milhões de empréstimos e financiamentos remunerados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); e

 R$ 1.957,9 milhões de empréstimos e financiamentos remunerados pela taxa LIBOR (London Interbank Offered Rate).

A TLP incorpora um fator de inflação, sendo fixada trimestralmente pelo Banco Central. A TLP, a taxa CDI e a taxa SELIC apresentaram
expressivas oscilações no passado, em função da expansão ou contração da economia brasileira, inflação, políticas do governo brasileiro
e outros fatores. Vide “Item 11. Informações Quantitativas e Qualitativas sobre Risco de Mercado”. Um aumento significativo de
qualquer uma dessas taxas de juros poderia afetar negativamente nossas despesas financeiras e nossos resultados financeiros como um
todo.

Além disso, como resultado de preocupações com relação à precisão do cálculo da LIBOR, diversos bancos membros da British
Bankers’ Association, ou BBA, celebraram acordos com órgãos reguladores e autoridades responsáveis pela execução das leis com
relação à suposta manipulação ou sub-divulgação da LIBOR. Ações tomadas pela BBA, reguladores e autoridades responsáveis pela
execução das leis resultantes destes ou de futuros eventos podem alterar a forma de cálculo da LIBOR. Mudanças potenciais, ou
incertezas com relação a tais mudanças potenciais, podem impactar adversamente o mercado de dívidas e/ou investimentos baseados
na taxa LIBOR. Além disso, mudanças ou reformas na forma como a LIBOR é calculada ou monitorada podem resultar em aumentos
ou quedas repentinas ou prolongadas da LIBOR publicada, o que poderia causar um impacto negativo no mercado de dívidas e/ou
investimentos baseados na taxa LIBOR.

Em julho de 2017, o chefe da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (United Kingdom Financial Conduct Authority)
anunciou o desejo de deixar de utilizar a LIBOR gradativamente até o final de 2021. Neste momento, não é possível prever os efeitos
de tais mudanças, qualquer utilização de taxas referenciais alternativas ou qualquer reforma da LIBOR que possa ser implementada no
Reino Unido ou em outros países. A eliminação da LIBOR ou quaisquer mudanças ou reformas na forma em que a LIBOR é calculada
ou monitorada poderiam causar um efeito material e adverso nas despesas financeiras e/ou receitas financeiras da Companhia e um
efeito material e adverso no desempenho financeiro geral da Companhia.

As políticas de controle cambial podem aumentar o custo do serviço de nossa dívida em moeda estrangeira, afetar nossa capacidade
de efetuar pagamentos referentes a essa dívida e afetar nossa liquidez.

No Brasil, a compra e a venda de moeda estrangeira estão sujeitas a controle governamental. As leis e regulamentos atuais que regem
o sistema de câmbio brasileiro permitem a compra e venda de moeda estrangeira e a transferência internacional de reais por qualquer
pessoa física ou jurídica, em qualquer valor, sujeito a determinados procedimentos regulatórios. Muitos fatores poderiam levar o
governo brasileiro a instituir políticas mais restritivas de controle cambial, incluindo o volume das reservas cambiais do Brasil, a
disponibilidade de câmbio suficiente na data de vencimento de pagamentos no exterior, o volume de encargos de serviço da dívida do
Brasil em relação à economia como um todo, a política do Brasil no tocante ao FMI e restrições políticas às quais o Brasil porventura
esteja sujeito. Uma política mais restritiva poderia aumentar o custo de serviço, as dívidas da Companhia e outros passivos expressos
em moeda estrangeira.

A dívida em moeda estrangeira da Companhia representava no total 96% da sua dívida consolidada em 31 de dezembro de 2018,
incluindo os custos de operações. Tal endividamento não inclui o valor consolidado de R$ 10.504,6 milhões (US$ 2.711,0 milhões) em
aberto em 31 de dezembro de 2018 relativo ao Financiamento da Braskem Idesa. Se a Companhia deixar de efetuar pagamentos no
âmbito de qualquer uma dessas obrigações, ficará caracterizada a inadimplência, o que poderia reduzir sua liquidez, bem como o preço
de mercado de seus valores mobiliários, incluindo as ações preferenciais classe A e ADSs.

ii
Mudanças na legislação fiscal podem resultar em aumentos em determinados tributos diretos e indiretos, o que pode reduzir a
margem bruta da Companhia, afetando negativamente seu desempenho financeiro em geral.

O governo brasileiro introduz ocasionalmente mudanças do regime fiscal que podem aumentar a carga tributária da Companhia e de
seus clientes. Tais mudanças incluem alterações de alíquotas e, às vezes, a criação de tributos temporários, cuja receita é vinculada a
finalidades governamentais específicas. Não se pode prever as mudanças da legislação tributária brasileira que poderão ser propostas e
aprovadas no futuro. No entanto, futuras mudanças dessa legislação poderão resultar em elevação da carga tributária total da Companhia,
o que poderia reduzir sua margem bruta e afetar negativamente seu desempenho financeiro como um todo.

Riscos Relacionados ao México

A situação política no México pode afetar de forma material e negativamente a política econômica mexicana e, consequentemente,
as operações da Companhia.

As operações da Companhia estão sujeitas a incertezas políticas e econômicas e a outros riscos políticos, tais como tensões e confrontos
entre partidos políticos. Alguns desses riscos podem ser maiores em países em desenvolvimento nos quais operamos, inclusive o
México. A mais recente eleição presidencial no México aconteceu em julho de 2018. A legislação mexicana não permite a reeleição
para presidente. O presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador, assumiu o cargo em 1º de dezembro de 2018, com o seu partido
político, o Movimiento Regeneración Nacional, possuindo maioria nas duas casas do congresso Mexicano. Não é possível prever quais
mudanças, se houver, resultarão das medidas adotadas pelo novo governo, inclusive com relação aos setores de energia e produtos
petroquímicos. Eventos políticos no México poderiam afetar negativamente a produção de óleo e gás, as condições econômicas e o setor
da Companhia e, consequentemente, seus resultados operacionais e balanço patrimonial.

As condições políticas e econômicas e as políticas governamentais do México e de outros países podem ter um impacto significativo
nas operações da Companhia.

Uma possível deterioração da situação econômica mexicana, instabilidade social, agitação política ou outros acontecimentos sociais
adversos no México poderiam afetar os negócios e as condições financeiras da Companhia. Tais eventos poderiam também levar ao
aumento da volatilidade dos mercados financeiros, afetando assim a capacidade da Companhia de manter sua liquidez financeira e
cumprir com obrigações de dívida. Além disso, cortes de gastos relacionados à Pemex ou outras despesas públicas, ou falta de
investimentos em gás natural e recuperação de etano, poderiam afetar negativamente a Pemex, a capacidade da Pemex de produzir e
recuperar etano, a economia mexicana e, consequentemente, os resultados e perspectivas relativos a negócios, condições financeiras e
operações da Companhia.
No passado, o México passou por diversos períodos de crescimento econômico baixo ou negativo, inflação alta, taxas de juros altas,
desvalorização cambial e outros problemas econômicos. Tais problemas poderiam se agravar ou retornar, conforme o caso, no futuro e
afetar de forma adversa os negócios da Companhia e sua capacidade de cumprir com obrigações de dívida. Uma piora das condições
financeiras ou econômicas internacionais, tais como uma desaceleração no crescimento ou recessão nos parceiros comerciais do México,
entre eles os Estados Unidos, ou o surgimento de uma nova crise financeira, poderiam produzir efeitos adversos na economia mexicana,
bem como nas condições financeiras da Companhia e em sua capacidade de cumprir com obrigações de dívida.
Além disso, o contrato de longo prazo que prevê a compra de etano pela Companhia da Pemex TRI, uma estatal mexicana, pode ser
manipulado, rescindido ou prejudicado pela estatal como resultado de pressão política para não cumprir com as condições do contrato,
medidas de expropriação adotadas pelo governo mexicano ou mudanças na legislação. Qualquer descumprimento, alteração, rescisão
ou interrupção deste contrato de fornecimento poderia afetar de forma material e adversa os resultados das operações ou a situação
financeira da Companhia.
Os acontecimentos em outros países podem afetar de maneira adversa a economia mexicana, bem como o desempenho financeiro
da Companhia e o preço das suas ações.

A economia mexicana e o valor de mercado das empresas mexicanas podem, em diversos níveis, ser afetados pelas condições
econômicas e mercadológicas globais, além das condições econômicas e mercadológicas em outros países emergentes e nos maiores
parceiros comerciais, especialmente nos Estados Unidos. Nos últimos anos, as condições econômicas no México se tornaram cada vez
mais correlacionadas às condições econômicas dos Estados Unidos, como resultado do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio
(NAFTA), que aumentou a atividade econômica entre os dois países, e a remessa de fundos dos imigrantes mexicanos que trabalham
nos Estados Unidos para residentes mexicanos. Por isso, condições econômicas adversas nos Estados Unidos, a extinção ou modificação
do NAFTA ou o seu tratado sucessor, o USMCA, bem como outros temas relacionados, inclusive disputas comerciais e instabilidade
globais, podem afetar de forma adversa e significativa a economia mexicana. A Companhia não pode garantir que acontecimentos em
outros mercados de países emergentes, nos Estados Unidos, ou em qualquer outro lugar não afetarão de forma adversa o seu desempenho
financeiro.

O México já passou por um período de crescente atividade criminal, o que poderia afetar as operações da Companhia.

Nos últimos anos, o México passou por um período de crescente atividade criminal, principalmente em decorrência da atuação de cartéis
de drogas e organizações criminosas relacionadas. Além disso, o desenvolvimento do mercado ilícito de combustíveis no México levou
ao aumento nos roubos e comércio ilegal de combustíveis produzidos pela Pemex TRI, principal fornecedora da Companhia no México.
ii
Em resposta a esta situação, o governo mexicano implementou diversas medidas de segurança e intensificou suas forças militares e
policiais com o intuito de diminuir os incidentes de roubos e outras atividades criminais direcionadas a instalações e produtos
petroquímicos da Companhia. Apesar dos esforços citados, as atividades criminais continuam a existir no México, sendo que algumas
delas podem ter como alvo as instalações e os produtos, inclusive roubos de produtos durante o transporte rodoviário ou ferroviário, da
Companhia, da Pemex e de outros fornecedores. Tais atividades, sua possível intensificação e a violência associada a elas poderiam
impactar negativamente as condições financeiras e os resultados operacionais da Companhia.

Riscos relativos aos nossos Títulos de Dívida e Valores Mobiliários

Todas as ações emitidas pela Braskem e detidas pela OSP Investimentos S.A. foram oferecidas em garantia de acordos de
financiamento celebrados pelo Grupo Odebrecht.

Nos termos de um acordo de alienação fiduciária em garantia celebrado entre o Grupo Odebrecht em 27 de novembro de 2013, alterado
em 13 de maio de 2016, 19 de julho de 2016, 24 de abril de 2017 e 23 de maio de 2018, todas as ações ordinárias emitidas pela Braskem
e detidas pela OSP Investimentos S.A. foram oferecidas em garantia no âmbito de certos contratos de financiamento celebrados pela
Odebrecht S.A. e algumas das suas controladas. Caso o Grupo Odebrecht descumpra tais contratos de financiamento, ou em caso de
vencimento antecipado de tais contratos e a consequente transferência da garantia ao credor (considerando que a Petróleo Brasileiro
S.A. – Petrobrás não exerça seu direito de preferência na aquisição de tais ações), a Companhia poderá estar sujeita à alteração do
controle após as formalidades estatutárias e os procedimentos previstos em seu acordo de acionistas. Uma alteração do controle em tais
circunstâncias pode afetar adversamente a Companhia.

A liquidação ou venda das ações da Companhia detidas pela OSP Investimentos S.A. – seja dentro ou fora do Processo de Recuperação
Judicial da Odebrecht – pode resultar na mudança de controle. Como a Companhia não é capaz de consentir ou influenciar de qualquer
forma ou controlar o Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht ou o adquirente das ações em relação à tal liquidação, é possível
que haja mudança no controle corporativo da Companhia no futuro próximo.

Os acionistas preferenciais classe A podem não receber dividendos ou juros sobre o capital próprio.

Conforme permitido na Lei das Sociedades por Ações, o Estatuto Social da Companhia prevê a distribuição aos acionistas de 25% do
seu lucro líquido ajustado de cada exercício na forma de dividendos obrigatórios, ou Dividendo Mínimo Obrigatório. Nos termos do
Estatuto Social da Companhia, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo preferencial mínimo anual não cumulativo, ou
Dividendo Preferencial Mínimo, equivalente a 6% da sua participação pro rata no capital antes do pagamento de dividendos aos
acionistas ordinários. A Lei das Sociedades por Ações permite que uma empresa de capital aberta como a nossa suspenda a distribuição
obrigatória de dividendos em qualquer exercício particular caso nosso Conselho de Administração informe a nossos acionistas que tais
distribuições seriam desaconselháveis em vista de nossa condição financeira ou disponibilidade de caixa, desde que tal suspensão não
afete o pagamento do Dividendo Mínimo Obrigatório, que ainda deverá ser pago aos acionistas preferenciais. Contudo, os acionistas,
inclusive os detentores de ações preferenciais classe A ou ADSs podem não receber nenhum dividendo ou juros sobre o capital próprio
em qualquer exercício, caso nosso Conselho de Administração assim o determine ou caso nossas operações não gerem lucro.

Nossas ações preferenciais classe A e os ADSs têm direitos de voto limitados e não têm direito a votar na aprovação de operações
societárias, incluindo incorporações ou fusões da Companhia com outras empresas, ou na declaração de dividendos.

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e do estatuto social, os detentores de ações preferenciais classe A e, por conseguinte, das
ADSs, não têm direito a votar em assembleias de acionistas, salvo em circunstâncias muito limitadas. Essas circunstâncias limitadas
relacionam-se diretamente a direitos essenciais dos detentores de ações preferenciais classe A, tais como a modificação de termos
básicos das ações preferenciais classe A ou a criação de nova classe de ações preferenciais com direitos superiores. Os detentores de
ações preferenciais sem direito a voto podem eleger um membro e o respectivo suplente para nosso conselho de administração e nosso
conselho fiscal, dependendo de circunstâncias específicas previstas na Lei das Sociedades por Ações. Os detentores de ações
preferenciais classe A e ADSs não têm direito a votar na aprovação de operações societárias, inclusive incorporações ou fusões da
Companhia com outras empresas, ou na declaração de dividendos. No entanto, caso a Companhia deixe de pagar dividendos por três
anos consecutivos, será concedido direito a voto aos detentores de ações preferenciais classe A e ADSs. Vide “Item 10. Informações
Adicionais—Descrição do Estatuto Social da Companhia—Direitos de Voto”.

Os detentores de ADSs podem ter dificuldade para exercer até mesmo seus direitos de voto limitados nas assembleias gerais.

Segundo a lei brasileira, apenas os acionistas registrados como tal em nossos registros societários podem participar de nossas
assembleias de acionistas. Todas as ações preferenciais classe A subjacentes às ADSs são registradas no nome do depositário. Os
detentores de ADSs poderão exercer seus direitos de voto limitados em relação às ações preferenciais classe A representadas pelas
ADSs apenas em conformidade com o acordo de depósito relativo às ADSs, que determina que os direitos a voto estão disponíveis
apenas aos detentores de ADSs, a nosso critério. Há limitações práticas à capacidade dos detentores de ADSs de exercer seus direitos
de voto em função de medidas adicionais envolvidas na comunicação com os detentores de ADSs. Por exemplo, a Companhia é obrigada
a publicar um edital de convocação para assembleias gerais em determinados jornais do Brasil. Na medida em que os detentores das
ações preferenciais classe A façam jus a votar em uma assembleia geral, eles poderão exercer esses direitos de voto através do
comparecimento à assembleia, pessoalmente ou através de representante. Em contrapartida, os detentores de ADS serão notificados por
carta da realização da assembleia geral após notificação feita ao depositário de American Depositary Receipt (ADR), solicitando que
ii
seja enviado um aviso aos detentores de ADS. Para exercerem seus direitos de voto, os detentores de ADSs precisam instruir o
depositário em tempo hábil. O procedimento de notificação levará mais tempo no caso dos detentores de ADSs do que no caso dos
detentores das ações preferenciais classe A. Caso o depositário não receba instruções em tempo hábil em relação à totalidade ou a parte
das ADSs, ele concluirá que os detentores das referidas ADSs estão o instruindo a outorgar uma procuração discricionária a uma pessoa
indicada pela Companhia para votar em nome das ADSs, exceto em circunstâncias limitadas.

Nas circunstâncias limitadas nas quais os detentores das ADSs têm direitos de voto, eles podem não receber o material relativo ao voto
a tempo de instruir o depositário a votar em relação às ações preferenciais classe A correspondentes a suas ADSs. Além disso, o
depositário e seus agentes não serão responsabilizados se deixarem de cumprir as instruções de voto dadas pelos detentores das ADSs
ou pela maneira pela qual tais instruções forem cumpridas. Da mesma forma, os detentores das ADSs podem não conseguir exercer
seus direitos de voto, não lhes cabendo qualquer direito de regresso caso as ações preferenciais classe A correspondentes a suas ADSs
não sejam votadas como solicitado.

Caso detentores de ADSs as troquem por ações preferencias classe A, podem estar arriscados a perder temporariamente a capacidade
de remeter moedas estrangeiras ao exterior ou ter essa capacidade restringida, além de perder o direito a certas vantagens fiscais
brasileiras.

O custodiante brasileiro para as ações preferenciais subjacentes às ADSs deve obter um número de registro eletrônico junto ao Banco
Central de modo a permitir que o depositário remeta dólares ao exterior. Os detentores de ADSs beneficiam-se do certificado eletrônico
de registro de capital estrangeiro do Banco Central obtido pelo custodiante para o depositário, que o permite converter dividendos e
outras distribuições com relação às ações preferenciais classe A em dólares e remeter a quantia resultante dessa conversão ao exterior.
Caso detentores de ADSs decidam a trocá-las pelas ações preferenciais subjacentes, eles somente poderão contar com o certificado de
registro do custodiante no Banco Central por cinco dias úteis após a data da troca. A partir dessa data, não poderão mais remeter dólares
ao exterior a não ser que obtenham um novo certificado de registro de capital estrangeiro em relação às ações preferenciais, o que pode
resultar em despesas e causar atrasos no recebimento de distribuições. Vide “Item 10. Informações Adicionais—Controles Cambiais”.

Adicionalmente, caso os detentores de ADSs que as trocarem por nossas ações preferenciais classe A não se qualifiquem segundo as
normas que regem os investimentos estrangeiros, ficarão normalmente sujeitos a um tratamento fiscal menos favorável dos dividendos
e das distribuições relativas a nossas ações preferenciais, bem como dos rendimentos da venda dessas ações. Vide “Item 10. Informações
Adicionais—Tributação—Considerações sobre Tributos Brasileiros”.

Restrições à movimentação de capital para fora do Brasil podem prejudicar a capacidade dos detentores das ações, ADSs ou títulos
de dívida da Companhia de receberem pagamentos pelas suas respectivas obrigações ou garantias e podem restringir a capacidade
da Companhia de realizar pagamentos em dólares norte-americanos.

No passado, a economia brasileira passou por períodos de déficit do balanço de pagamentos e escassez de reservas cambiais, e o governo
reagiu restringindo a conversão de reais em moedas estrangeiras por pessoas brasileiras ou estrangeiras. O governo pode instituir uma
política de controle cambial restritiva no futuro. Qualquer política de controle cambial poderia impedir ou restringir o acesso da
Companhia a dólares norte-americanos e, consequentemente, a sua capacidade de cumprir com suas obrigações em dólares norte-
americanos relativas às suas ações, ADSs e notas sênior em aberto, bem como causar um efeito adverso significativo em seus negócios,
situação financeira e resultados das suas operações. Não é possível prever o impacto de tais medidas na economia brasileira.

A política cambial brasileira pode afetar a capacidade da Braskem de realizar remessas de valores para fora do Brasil para o
cumprimento de obrigações relativas a títulos e valores mobiliários e de dívidas.

Segundo a regulamentação vigente no Brasil, não é necessário que empresas brasileiras obtenham autorização do Banco Central para a
realização de pagamentos de garantias em favor de estrangeiros, tais como os detentores de ações, ADSs ou notas sênior da Companhia.
Não é possível garantir que tais regras continuarão vigentes à época em que a Braskem tiver de realizar pagamentos das obrigações
referentes às suas ações, ADSs ou garantias. Caso tais regras ou sua interpretação sejam alteradas e a autorização do Banco Central
passe a ser exigida, a Braskem poderá ter de solicitar autorização ao Banco Central para transferir os valores das obrigações para fora
do Brasil, ou ainda realizar tais pagamentos com valores mantidos pela Braskem no exterior. Não é possível garantir que tal autorização
seria obtida ou que tais recursos estariam disponíveis. Caso tal autorização não seja obtida, a Companhia pode não ser capaz de realizar
os pagamentos aos detentores das ações, ADSs e/ou notas sênior em dólares. Caso não seja possível obter as autorizações necessárias,
conforme exigidas para o pagamento de valores devidos pela Braskem através da remessa de valores do Brasil, a empresa poderá buscar
outras formas legais de realizar os pagamentos dos valores devidos no âmbito das ações, ADSs ou notas sênior. No entanto, não é
possível garantir a disponibilidade futura de mecanismos de remessa de valores e, mesmo que tais mecanismos estejam disponíveis no
futuro, não é possível garantir a possibilidade de realização dos pagamentos devidos em relação às notas sênior em aberto através de
tais mecanismos.

Os detentores de ADSs podem enfrentar dificuldades para proteger seus interesses porque, como empresa brasileira, a Companhia
está sujeita a diferentes regras e regulamentos, e os acionistas podem contar com menos direitos ou com direitos pouco definidos.

Os detentores das ADSs não são acionistas diretos da Companhia, não podendo assim fazer valer os direitos de acionistas conferidos
pelo estatuto da Companhia e pela Lei das Sociedades por Ações.

ii
Os assuntos societários da Companhia são regidos por seu estatuto e pela Lei das Sociedades por Ações, que diferem dos princípios
legais que se aplicariam se a Companhia tivesse sido constituída em uma jurisdição dos Estados Unidos, como o estado de Delaware
ou de Nova York, ou em outro lugar fora do Brasil. Mesmo que o detentor de ADSs converta suas ADSs e passe a ser um acionista
direto, seus direitos como detentor de ações preferenciais classe A correspondentes às ADSs nos termos da Lei das Sociedades por
Ações, no sentido de proteger seus interesses com relação a atos do conselho de administração, podem ser em menor número e menos
bem definidos do que seriam de acordo com a legislação de outras jurisdições.

Embora a negociação com informações privilegiadas (insider trading) e a manipulação de preços sejam crimes previstos na legislação
brasileira e estejam sujeitas a regulamentos em constante evolução promulgados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os
mercados de valores no Brasil não são tão regulamentados e nem tão bem supervisionados como os mercados de valores norte-
americanos ou em outras jurisdições. Ademais, regras e políticas contra self-dealing ou atinentes à preservação dos interesses dos
acionistas podem ser menos bem definidas e menos executadas no Brasil do que nos Estados Unidos da América e em alguns outros
países, o que pode colocar os detentores das nossas ações preferenciais classe A e das ADSs em uma situação de potencial desvantagem.
Relatórios sobre informações corporativas podem ser, ademais, menos completos ou informativos do que no caso de companhias abertas
nos Estados Unidos da América ou em alguns outros países.

Os detentores de ADSs poderão enfrentar dificuldades em instaurar processos ou aplicar decisões judiciais contra a Companhia e
outras pessoas

A Companhia é uma sociedade por ações organizada segundo as leis do Brasil, e todos os seus conselheiros e diretores, além dos
auditores externos, residem ou estão localizados no Brasil. A maior parte dos ativos da Companhia e destas pessoas está localizada no
Brasil. Com isso, os detentores de ADSs podem não conseguir apresentar citação contra a Companhia ou contra estas pessoas dentro
dos Estados Unidos, ou em outras jurisdições fora do Brasil, ou executar contra a Companhia ou estas pessoas decisões judiciais obtidas
nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil. Além disso, uma vez que uma parcela substancial dos ativos da Companhia
e todos os seus conselheiros e diretores estão localizados fora dos Estados Unidos, quaisquer decisões judiciais obtidas naquele país
contra a Companhia, seus conselheiros ou diretores, pode não ser executável dentro dos Estados Unidos. Uma vez que as decisões de
tribunais norte-americanos sobre responsabilidade civil com base na lei federal de títulos e valores mobiliários dos EUA só poderão ser
executadas no Brasil observando determinadas condições, os detentores poderão enfrentar maiores dificuldades para proteger seus
interesses no caso de processos contra a Companhia e seus conselheiros e diretores do que enfrentariam os acionistas de uma sociedade
por ações norte-americana.

Decisões de tribunais brasileiros que exijam que os pagamentos das obrigações relativas a títulos ou garantias da Braskem sejam
exigidas exclusivamente em Reais.

Caso sejam instaurados processos em tribunais brasileiros buscando exigir que a Companhia cumpra as obrigações assumidas com
relação às suas ações, ADSs ou garantias relativas às notas sênior ou outro tipo de endividamento da Companhia, poderia ser exigido
que a Braskem pague suas obrigações em outras moedas que não o Real. Qualquer decisão obtida contra a Companhia em tribunais
brasileiros com relação ao pagamento de obrigações relativas às ações, ADSs, garantias ou outras dívidas seria expressa em Reais. Não
é possível garantir que o respectivo valor em Reais seja suficiente para cobrir plenamente os valores devidos aos detentores de ações,
ADSs, notas sênior ou outras dívidas exigidos em tal litígio.

A Bolsa de Valores de Nova York deu início aos procedimentos de deslistagem das ADSs da Companhia.

Em 13 de maio de 2019, a Bolsa de Valores de Nova York suspendeu a negociação das ADSs da Companhia na bolsa e deu início aos
procedimentos para deslistagem devido ao atraso no arquivamento do relatório anual referente ao exercício fiscal findo em 31 de
dezembro de 2017 e deste relatório anual. A Companhia recorreu da decisão. Como resultado, as ADSs da Companhia vêm sendo
negociadas, desde 15 de maio de 2019, no mercado de balcão organizado (OTC) nos Estados Unidos, que é menos líquido que a Bolsa
de Valores de Nova York. Caso o recurso da Companhia não seja aceito e a Bolsa de Valores de Nova York não retome a negociação
das ADSs da Companhia e interrompa o processo de listagem, as ADSs da Braskem podem não ser negociadas na Bolsa de Valores de
Nova York no futuro. Além disso, embora a Companhia continue sujeita às exigências de divulgação e governança corporativa
aplicáveis nos termos da legislação e regulamentos aplicáveis a títulos e valores mobiliários nos EUA, a Companhia não estaria sujeito
às exigências de listagem da Bolsa de Valores de Nova York. Caso a Companhia não seja capaz de listar suas ADSs na Bolsa de Valores
de Nova York, isso poderia causar um impacto material no preço de mercado das suas ADSs.

Vendas reais ou potenciais de um número significativo de ações preferenciais classe A podem reduzir o preço de mercado de nossas
ações preferenciais classe A e ADSs.

A venda de uma quantidade substancial de nossas ações preferenciais classe A poderia exercer um efeito negativo sobre o preço de
mercado das referidas ações e das ADSs. Caso sejam realizadas vendas significativas de ações preferenciais classe A pelos nossos
acionistas controladores ou outro acionista através dos mercados de valores mobiliários, o preço de mercado das ações preferenciais
classe A da Companhia e, por extensão, das ADSs poderá cair significativamente. Consequentemente, os detentores de ADSs podem
não conseguir vender tais ADSs por preço igual ou superior ao de sua compra.

ii
Detentores de ADSs ou de ações preferenciais classe A nos Estados Unidos podem não ter os mesmos direitos de preferência que os
acionistas brasileiros possuem, de acordo com a legislação brasileira, na subscrição de ações resultantes de aumentos de capital
realizados por nós.

Segundo a lei brasileira, se emitirmos novas ações em troca de caixa ou ativos como parte de um aumento de capital, com algumas
exceções, devemos conceder a nossos acionistas direitos de preferência na ocasião da subscrição das ações correspondentes a suas
respectivas participações em nosso capital social, de modo a permitir-lhes manter suas porcentagens existentes. Podemos não ter a
permissão legal para garantir que os detentores de ADSs ou ações preferenciais classe A nos Estados Unidos possam exercer seus
direitos de preferência em futuros aumentos de capital, a não ser que (1) protocolemos um termo de registro para uma oferta de ações
resultantes do aumento de capital junto à U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), ou (2) a oferta de ações resultantes do
aumento de capital se qualifique para obter a isenção das exigências de registro do Securities Act. Na ocasião de eventuais futuros
aumentos de capital, iremos avaliar os custos e as potenciais obrigações associadas ao protocolo de um termo de registro para uma
oferta de ações junto à SEC e quaisquer outros fatores que consideremos importantes para determinar se iremos ou não protocolar tal
termo de registro. Não podemos garantir aos detentores de ADSs ou ações preferenciais classe A nos Estados Unidos que iremos
protocolar um termo de registro junto à SEC de modo a lhes permitir participar de nossos eventuais aumentos de capital.
Consequentemente, a participação desses detentores na Companhia pode ser diluída.

As leis fiscais brasileiras podem produzir um efeito adverso nos tributos aplicáveis à alienação de nossas ADSs e ações preferenciais.

Segundo a Lei no. 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, se um investidor não residente no Brasil vender seus ativos
localizados no Brasil, a operação estará sujeita a tributação no Brasil, mesmo se tal alienação ocorrer fora do Brasil ou for realizada a
outro investidor não residente. Alienações de nossas ADSs entre não residentes, entretanto, não estão atualmente sujeitas a tributação
no Brasil. Ainda assim, caso o conceito de “alienação de ativos” seja interpretado como incluindo a alienação entre investidores não
residentes de ativos localizados fora do Brasil, essa lei poderia resultar na incidência de impostos retidos na fonte em casos de alienação
de ADSs efetuada entre investidores não residentes no Brasil. Em função do fato de que, na data deste relatório anual, a Lei no.
10.833/2003 não possui orientação judicial quanto a sua aplicação, não somos capazes de prever se uma interpretação que aplique tais
leis fiscais a alienações de nossas ADSs entre não residentes poderia prevalecer nos tribunais brasileiros. Vide “Item 10. Informações
Adicionais—Tributação—Considerações sobre Tributos Brasileiros”.

A volatilidade e liquidez relativas dos mercados de valores brasileiros podem afetar negativamente os detentores de nossas ações
preferenciais classe A e ADSs.

O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido e mais volátil do que os principais mercados de
valores mobiliários dos Estados Unidos e outras jurisdições, e pode ser regulamentado de forma diferente do que os investidores dos
EUA estão acostumados. Fatores que podem afetar especificamente os mercados de ações brasileiros podem limitar a capacidade dos
detentores de ADSs de vender ações preferenciais classe A objeto de ADSs pelo preço e no momento que desejarem, podendo gerar um
impacto negativo sobre o preço de mercado das próprias ADSs.

Os acontecimentos econômicos e as percepções dos investidores sobre o risco em outros países, sejam eles desenvolvidos ou
emergentes, podem afetar de forma significativa o preço de negociação de títulos brasileiros, incluindo as ações ordinárias e ADSs
da Companhia, bem como os títulos de dívida em aberto.

O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários de emissores brasileiros é afetado em vários níveis pelas condições econômicas e
mercadológicas de outros países, tanto de países desenvolvidos, como os Estados Unidos e algumas nações europeias, quanto de
emergentes. Embora as condições econômicas em tais países possam ser significativamente diferentes das condições econômicas no
Brasil, a reação dos investidores a tais acontecimentos nesses países pode causar um efeito adverso no valor de mercado dos títulos de
emissores brasileiros. O preço das ações negociadas no mercado de capitais brasileiro, por exemplo, tem estado sujeito historicamente
à flutuação das taxas de juros nos Estados Unidos e à variação das principais bolsas de valores dos Estados Unidos. Além disso, crises
em outros países emergentes podem diminuir o interesse de investidores por títulos de emissores brasileiros, incluindo as ações
ordinárias, ADSs e títulos de dívida da Companhia. Isso poderia afetar de forma adversa o preço de mercado das ações ordinárias, ADSs
e títulos de dívida em aberto da Companhia e ainda dificultar o acesso pela Companhia ao mercado de capitais, afetando sua capacidade
de financiar suas operações em condições aceitáveis.

Recentemente, a acentuada volatilidade no mercado brasileiro deveu-se, entre outros fatores, às incertezas relacionadas a ajustes das
implicações das políticas do atual governo dos Estados Unidos, da política monetária dos EUA, do processo de saída do Reino Unido
da União Europeia, também chamado de Brexit, e suas consequências nos mercados financeiros internacionais, à maior aversão ao risco
em países emergentes, e às incertezas sobre as condições macroeconômicas e políticas. A Companhia não possui controle ou pode
prever os efeitos da administração, ações ou políticas do governo de Donald Trump. Adicionalmente, a Companhia não tem controle
sobre as negociações do Reino Unido acerca do Brexit, que exige que o Reino Unido e a União Europeia cheguem a um acordo até 31
de outubro de 2019, não havendo mais possibilidade de extensão do período inicial de negociações de dois anos. Além disso, a
Companhia está exposta à interrupção e volatilidade dos mercados financeiros globais devido a seus efeitos no ambiente econômico e
financeiro, especialmente no Brasil, tais como a desaceleração econômica, aumento da taxa de desemprego, deterioração do poder de
compra dos consumidores e indisponibilidade de crédito.

ii
Tais interrupções e volatilidade nos mercados financeiros globais podem aumentar ainda mais os efeitos negativos sobre o ambiente
econômico e financeiro brasileiro, afetando adversamente a Companhia.

Uma vez que a Braskem Finance Limited e a Braskem Netherlands Finance B.V. não possuem operações próprias, os detentores
das notas sênior em aberto emitidas pela Braskem Finance Limited ou Braskem Netherlands Finance B.V. dependem que a
Braskem forneça à Braskem Finance Limited ou Braskem Netherlands Finance B.V., respectivamente, recursos suficientes para
os pagamentos devidos no âmbito de tais notas.

As operações da Braskem Finance Limited, subsidiária integral da Braskem constituída nas Ilhas Cayman, e Braskem Netherlands
Finance B.V., ou Braskem Netherlands Finance, subsidiária integral indireta da Braskem constituída sob as leis da Holanda, consistem
exclusivamente na emissão e realização de pagamentos das respectivas notas sênior e outras dívidas do mesmo nível das notas sênior ,
e na utilização dos recursos obtidos com tais emissões, conforme permitido pelos acordos que regem tais emissões, inclusive a realização
de empréstimo dos recursos obtidos com as notas sênior e outras dívidas incorridas pela Braskem Finance Limited e Braskem
Netherlands Finance à Braskem e suas controladas. Com isso, a capacidade da Braskem Finance Limited e da Braskem Netherlands
Finance de pagamento do principal, juros e outros valores devidos pelas notas sênior em aberto de suas emissões e outras dívidas
dependerá das condições financeiras e resultados operacionais da Braskem e suas controladas, que são credoras da Braskem Finance
Limited ou da Braskem Netherlands Finance, respectivamente. Na hipótese de uma eventual piora da condição financeira ou resultados
operacionais da Braskem e suas controladas que são credoras da Braskem Finance Limited ou da Braskem Netherlands Finance, tais
entidades podem não ser capazes de cumprir suas obrigações com relação à dívida perante a Braskem Finance Limited ou Braskem
Netherlands Finance, conforme o caso, o que levaria a Braskem Finance Limited ou Braskem Netherlands Finance, conforme o caso a
não dispor de recursos suficientes para repagar todos os valores devidos pelas ou com relação às respectivas notas sênior em aberto.

Os pagamentos das garantias da Braskem serão subordinados às obrigações de dívida com garantia da Braskem e subordinadas
efetivamente às obrigações de dívidas das controladas e coligadas da Braskem.

As notas sênior em aberto serão plenamente garantidas pela Braskem sem garantia física (unsecured). As garantias da Braskem
compreenderão obrigações sênior sem garantia física (senior unsecured obligations) da Braskem. As garantias farão jus aos mesmos
direitos de pagamento que qualquer outra dívida sênior sem garantia física atual ou futura da Braskem. Embora as garantias garantam
aos detentores das notas sênior o direito direto, porém sem garantia física, sobre os ativos e patrimônio da Braskem, o pagamento das
garantias será subordinado às dívidas com garantia (secured) da Braskem com relação aos ativos e patrimônio oferecidos em garantia
para esta dívida.

Na hipótese de liquidação ou restruturação societária da Braskem, quaisquer direitos dos detentores das notas sênior, através da execução
das garantias, (i) com relação aos ativos da Braskem, inclusive o capital social das controladas e coligadas, estarão sujeitos ao direito
prioritário dos credores com garantia (secured) da Braskem e, (ii) com relação aos ativos das controladas e coligadas, estarão sujeitos
aos direitos prioritários dos credores de tais controladas e coligadas. A escritura das notas sênior em aberto inclui uma cláusula que
limita a capacidade da Braskem e das suas controladas de criar ou constituir gravames, embora tal limitação esteja sujeita a substanciais
exceções.

O Complexo Petroquímico do México foi financiado através de uma estrutura de project finance, na qual o financiamento da construção
deverá ser pago exclusivamente através do caixa gerado pela própria companhia e com oferecimento de garantias limitadas pelos
acionistas. Dessa forma, tal estrutura de financiamento inclui garantias típicas para transações desse tipo, tais como ativos, recebíveis,
geração de caixa e outros direitos da Braskem Idesa.

Em 31 de dezembro de 2018, a Braskem possuía (1) dívida corporativa consolidada, líquido de custos de transação, de R$ 25.192,7
milhões (US$ 6.501,7 milhões) e (2) dívida consolidada (project finance) associada ao Complexo Petroquímico do México de R$
10.504,6 milhões (US$ 2.711,0 milhões). Da dívida corporativa consolidada, R$ 1.982,1 milhões (US$ 511,5 milhões) correspondem à
dívida não garantida pela Braskem S.A., R$ 188,9 milhões (US$ 48,8 milhões) à dívida garantida pela Braskem, R$ 23.016,8 milhões
(US$ 5.940,0 milhões) à dívida não garantida das controladas e sociedades de propósito específico da Braskem (que não a Braskem
Idesa S.A.P.I.), R$ 4,8 milhões (US$ 1,2 milhão) em dívida garantida das controladas e sociedades de propósito específico da Braskem
(que não a Braskem Idesa S.A.P.I.).

A Braskem realiza parte das suas operações de negócio através de controladas e coligadas. Ao realizar os pagamentos das garantias das
notas sênior em aberto, a Braskem dependerá, parcialmente, do fluxo de caixa de tais controladas e coligadas, principalmente na forma
de pagamentos de dividendos e juros sobre capital próprio. A capacidade de tais controladas e coligadas de realizar o pagamento de
dividendos à Braskem será afetada, entre outros fatores, por suas obrigações perante credores, exigências da legislação societária
brasileira e de outras leis, e restrições impostas por acordos celebrados por ou relacionados a tais empresas. Caso tais controladas e
coligadas deixem de realizar pagamentos de dividendos à Braskem devido à insuficiência de fluxo de caixa, a Braskem poderá ter de
utilizar o seu próprio fluxo de caixa para realizar os pagamentos relativos às notas sênior em aberto.

ii
As obrigações da Braskem com relação às garantias das notas sênior em aberto são subordinadas a determinadas preferências
legais.

Segundo a legislação brasileira, as obrigações da Braskem com relação às garantias das notas sênior em aberto são subordinadas a
determinadas preferências previstas em lei. No caso de liquidação, declaração de falência ou pedido de recuperação judicial da Braskem,
tais preferências legais, inclusive ações pós-pedido de falência, ações de exigência de salários, remuneração, seguridade social, tributos
e custas legais e direitos garantidos por bens, entre outros, terão preferência sobre demais ações, inclusive ações instauradas por
quaisquer investidores com relação às garantias. Neste caso, a execução das garantias poderá não ocorrer, e os detentores das notas
sênior em aberto poderão não conseguir receber os valores devidos com relação às notas sênior em aberto.

A lei de falências brasileira pode ser menos favorável aos detentores das ações, ADSs e notas sênior em aberto da Companhia que
as leis de falência ou insolvência de outras jurisdições.

Caso não seja capaz de pagar sua dívida, inclusive suas obrigações com relação às ações, ADSs e garantias das notas sênior em aberto,
a Companhia poderia ficar sujeita aos procedimentos de falência no Brasil. A lei de falência brasileira em vigor é substancialmente
diferente, e pode ser menos favorável aos credores, se comparada às leis de outras jurisdições. Por exemplo, os detentores dos títulos
de dívida em aberto poderão ter direito a voto limitado nas assembleias de credores em um contexto de recuperação judicial. Além
disso, qualquer decisão judicial obtida contra a Companhia em tribunais brasileiros com relação ao pagamento de obrigações das
garantias seria geralmente expressa em Reais equivalentes ao valor em dólar convertido pela taxa de câmbio em vigor (1) na data do
pagamento efetivo, (2) na data em que a decisão judicial for proferida, ou (3) na data em que tiveram início os procedimentos de
cobrança ou execução contra a Companhia. Consequentemente, no caso da falência da Companhia, todas as suas obrigações relacionadas
a dívidas denominadas em moedas estrangeiras, inclusive as garantias, seriam convertidas em Reais pela taxa de câmbio em vigor na
data da declaração da falência pelo tribunal. Não é possível garantir que tal taxa de câmbio corresponderá à remuneração total devida
pelo montante investido nos títulos de dívida em aberto acrescida de juros acumulados.

ii
Riscos Relacionados a Cibersegurança
A perda de propriedade intelectual, segredos comerciais, outras informações comerciais sensíveis ou a quebra de tecnologia da
informação causados por ataques cibernéticos podem impactar negativamente as operações, reputação e resultados financeiros da
Companhia.

Ataques cibernéticos ou violações de segurança poderiam comprometer informações confidenciais e críticas dos negócios, causar
interferência nas operações da Companhia ou prejudicar a reputação da Companhia, uma vez que suas operações são altamente
dependentes de recursos de tecnologia da informação e sistemas e serviços e telecomunicação. Ativos de informação, entre eles
propriedade intelectual, segredos comerciais e outras informações confidenciais e críticas do negócio são ativos atraentes para
criminosos digitais, ciberterroristas ou outros agentes externos. Embora a Companhia mantenha um amplo programa de
cibersegurança que é revisado, administrado e atualizado constantemente, um ataque cibernético relevante, erro humano, inclusive por
nossos funcionários e terceiros, ou obsolescência da tecnologia poderiam resultar na perda de informações críticas dos negócios e/ou
impactar negativamente as operações, o que poderia prejudicar os resultados financeiros da Companhia.

ii
ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA

De acordo com a IHS, a Companhia é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, em termos de capacidade anual de
produção de suas 29 plantas no Brasil, seis plantas nos Estados Unidos, duas plantas na Alemanha e quatro plantas no México em 31
de dezembro de 2018. É também a única produtora de eteno, polietileno e polipropileno do Brasil. Produz uma linha diversificada de
produtos petroquímicos e termoplásticos, com foco estratégico em resinas termoplásticas, inclusive polietileno, polipropileno e PVC.

Em 31 de dezembro de 2018, as operações de negócios da Companhia estão organizadas em cinco unidades de negócios de produção,
que correspondiam aos seus principais processos de produção, produtos e serviços. Eram elas:

 Unidade de Químicos (anteriormente Unidade de Petroquímicos Básicos), que inclui a produção e a venda de químicos no
Complexo Químico de Camaçari, na Bahia, o Complexo Químico de Triunfo, no estado do Rio Grande do Sul, o Complexo
Químico localizado em Capuava, no estado de São Paulo, ou o Polo de São Paulo, e o Complexo Químico localizado em Duque
de Caxias Polo do Rio de Janeiro e o fornecimento da energia elétrica produzida nesses polos para produtores de segunda
geração, incluindo produtores detidos ou controlados pela Companhia. Este segmento respondia por uma receita líquida de
vendas de R$ 31.111,7 milhões, ou 43,1%, da receita líquida consolidada de vendas de todos os segmentos divulgados,
incluindo a receita líquida de vendas para outras unidades de negócios;

 Unidade de Poliolefinas, que inclui a produção e a venda de polietileno, que inclui a produção do “polietileno verde” fabricado
a partir de matéria-prima de fonte renovável, e polipropileno produzido pela Companhia no Brasil. Este segmento respondia
por uma receita líquida de vendas de R$ 22.483,9 milhões, ou 31,1%, da receita líquida consolidada de vendas de todos os
segmentos divulgados, incluindo a receita líquida de vendas para nossas outras unidades de negócio;

 Unidade dos EUA e da Europa, que inclui a produção, as operações e a venda de polipropileno da Companhia nos Estados
Unidos e na Alemanha. Este segmento representou uma receita líquida de vendas de R$ 11.724,8 milhões, ou 16,2% da receita
líquida consolidada de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo a receita líquida de vendas para outras unidades
de negócio da Companhia;

 Unidade do México, que inclui a produção, operação e venda de eteno, polietileno de alta densidade (PEAD) e polietileno de
baixa densidade (PEBD) pela Companhia no México. Este segmento representou uma receita líquida de vendas de R$ 3.770,5
milhões, ou 5,2% da receita líquida consolidada de vendas de todos os segmentos divulgados, incluindo a receita líquida de
vendas para outras unidades de negócio da Companhia; e

 Unidade de Vinílicos, que inclui a produção e venda de PVC e soda cáustica. Este segmento respondia por uma receita líquida
de vendas de R$ 3.167,4 milhões, ou 4,4%, da receita líquida consolidada de vendas de todos os segmentos divulgados,
incluindo a receita líquida de vendas para as outras unidades de negócio da Companhia.

Em 2016, 2017 e 2018, 51,7%, 53,1% e 54,8% da receita líquida de vendas da Companhia, respectivamente, foi gerada pelas operações
no Brasil, enquanto 48,3%, 46,9% e 45,2% da receita líquida de vendas em 2016, 2017 e 2018, respectivamente, foi gerada pelas
operações internacionais.

Estratégia da Companhia

Nosso objetivo estratégico é atendermos as necessidades de nossos clientes na cadeia de valor de químicos e plástico de modo
sustentável e maximizando o retorno sobre o capital investido por nossos acionistas, com foco em:

 polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC), Químicos e Química Renovável; e
 Brasil e Américas, incluindo a Europa como plataforma de exportação

Os principais pilares da estratégia incluem:

 Produtividade e Competitividade

A indústria petroquímica está em constante evolução por meio de investimentos na base atual de ativos, avanços em inovação
e tecnologia, e acréscimo de novas capacidades com maior produtividade e competitividade. Assim, para manter nossa posição
de liderança no setor, um elemento-chave de nossa estratégia é buscar melhorias para a produtividade e competitividade das
nossas operações atuais, com foco em na eficiência e excelência operacional, eficácia comercial e de logística, e liderança de
custo e diferenciação através de nossos relacionamentos com clientes.

Inovação e tecnologia continuam sendo caminhos importantes para aumentar a produtividade e competitividade, e atualmente
estamos focando esforços em desenvolvimento e inovação para aprimorar nossas operações constantemente. O foco em

ii
inovação se estende não apenas a operações e ao nosso portfólio de produtos, mas também a novos modelos de gestão e práticas
de negócios. Buscamos nos posicionar de modo a adotar e implementar novas tecnologias e soluções digitais que tragam mais
eficiência para nossos processos industriais e gestão de negócios.

Essa estratégia nos permitirá garantir ótimo desempenho operacional, em termos de confiabilidade, otimização da produção,
redução de custos, disciplina de investimentos e melhorias de nossos processos industriais.

 Diversificação de matérias-primas

Matéria-prima é um elemento-chave na competitividade da indústria petroquímica, correspondendo a grande parte dos custos
de produção. Matérias-primas petroquímicas acompanham a natureza volátil dos mercados de commodities, com o diferencial
competitivo entre as diferentes matérias-primas variando ao longo do tempo e apresentando oportunidades diferentes em
regiões específicas.

Estamos constantemente em busca de diversificar nossa matriz da matéria-prima para reduzir a volatilidade de nossos
resultados, reduzir riscos relacionados à disponibilidade de matéria-prima e nos posicionar para capturar oportunidades.
Atualmente, estamos trabalhando para aumentar nossa exposição ao gás natural, diversificando para além da nafta ao mesmo
tempo em que investimos na flexibilidade de nossos ativos para operarem à base de diferentes matérias-primas.

Em 2017, demos início a um projeto que nos permite produzir até 15% do eteno a partir do etano no Polo de Camaçari, através
de um contrato de longo prazo de fornecimento de etano com um fornecedor localizado nos EUA, com preço baseado na
referência Mont Belvieu, e em 2018 a Braskem foi capaz de operar os ativos tirando vantagem da maior flexibilidade
proporcionada pelo complexo. Também estamos focados em capturar oportunidades em matéria-prima disponíveis em nossa
base atual de ativos operando nossos ativos de PP nos EUA e a central petroquímica no México em plena capacidade,
capturando assim vantagens competitivas em propeno e etano no mercado norte-americano e garantindo contratos de matéria-
prima competitivos com perspectiva de longo prazo.

Além disso, estamos constantemente monitorando oportunidades para expandir nossa base de ativos em regiões que ofereçam
vantagens em matérias-primas e posicionar nossos ativos para capturar oportunidades locais em matérias-primas,
diversificando ainda mais nossa matriz de matéria-prima, aumentando a competitividade e reduzindo a exposição a riscos
relacionados a matérias-primas.

 Diversificação Geográfica

Mercados regionais são influenciados pelo equilíbrio local entre oferta e demanda, fatores macroeconômicos e o cenário
político. Ter presença local em um dado mercado não garante apenas acesso mais fácil a clientes regionais, oportunidades em
matérias-primas e políticas industriais, mas também expõe a empresa a uma variedade de riscos relacionados a decisões
governamentais, disponibilidade de matéria-prima e crescimento da demanda. Ter uma presença diversificada é importante
para garantir acesso a oportunidades regionais, mas também para ajudar a proteger nossas operações contra riscos locais.
Um pilar importante de nossa estratégia é a diversificação geográfica, expandindo nossa presença global para além do Brasil
e aumentando nossa escala competitiva em PE e PP, fortalecendo nossa liderança nas Américas.

A Companhia deu início à diversificação geográfica em 2010 com a aquisição dos ativos da Sunoco Chemicals nos Estados
Unidos, avançando no ano seguinte com a aquisição dos ativos de PP da Dow nos EUA e na Europa, e posteriormente em
2016 com o início das atividades da nossa central petroquímica de etano greenfield no México, que é integrada com três
plantas de polietileno. Mais recentemente, em 2017, a Braskem deu início às operações de uma nova planta de polietileno de
ultra-alto peso molecular (PEUAPM), também chamado de UTEC®, nos EUA, fortalecendo nossa posição como uma das
maiores fabricantes do mundo, e aprovamos a construção de uma nova unidade de PP no mesmo país, consolidando a maior
linha de produção de PP nas Américas. que atingiu, em 2018, importantes marcos na construção, e permanece em linha para
iniciar as suas operações no começo de 2020.
A Braskem pretende continuar sua estratégia de diversificação geográfica, ao mesmo tempo fortalecendo sua posição nas
Américas em PE e PP.

 Pessoas, Governança e Reputação

Estamos comprometidos a fortalecer nossa imagem e reputação entre os principais públicos de relacionamento – integrantes,
sociedade e investidores - por meio de avanços em nosso sistema de conformidade, sustentabilidade, inovação e gestão de
pessoas, ao mesmo tempo em que fortalecemos nossa cultura e higidez financeira.

Estamos comprometidos a reforçar nosso sistema de conformidade, garantindo o envolvimento e a responsabilidade de todos
os líderes e implementando todas as políticas e ações definidas pelo nosso Comitê de Conformidade, guiados pela
transparência, integridade e ética.
ii
A sustentabilidade continuará a ser um aspecto importante da nossa estratégia, e continuaremos a impulsionar melhorias em
nossos indicadores de saúde, meio ambiente, segurança e ecoindicadores, e a fortalecer nossa influência em agendas locais e
internacionais de desenvolvimento sustentável.

Na gestão de pessoas, pretendemos desenvolver um ambiente de trabalho que reforce a diversidade e estimule a atração e
integração de jovens talentos, preparando nossa equipe para a crescente internacionalização da nossa companhia, e a companhia
para os novos paradigmas de gestão de pessoas.

Com isso, pretendemos continuar a fortalecer nossa imagem e reputação junto aos nossos públicos de relacionamento, nos
posicionando como uma companhia global, inovadora e orientada para o ser humano, que cultiva relacionamentos fortes e gera
valor para todos, oferecendo soluções sustentáveis em químicos e plásticos.

Histórico e desenvolvimento da Companhia

Os negócios da Companhia tiveram início quando o Grupo Odebrecht (formado por Odebrecht S.A. e suas subsidiárias) e o Grupo
Mariani adquiriram o controle da Copene, um Complexo Petroquímico de matérias-primas localizado no município de Camaçari, em
julho de 2001, e então consolidaram seus ativos no setor petroquímico com a Copene. De 2001 a 2004, a Companhia passou por uma
restruturação societária com a incorporação de diversas companhias adquiridas anteriormente. Além disso, adquiriu a Polialden em
2005 e a Politeno em 2006.

Por meio de uma parceria com a Petrobras, a Companhia deu início à consolidação do Polo de Triunfo no Brasil em março de 2007 com
a aquisição dos ativos petroquímicos do grupo Ipiranga. Em novembro de 2007, a Companhia assinou um contrato com a Petrobras e a
Odebrecht, que determinava a cessão de parte dos ativos petroquímicos de tais empresas à Braskem. Em setembro de 2008, a Ipiranga
Petroquímica, a Petroquímica Paulínia e a parcela cindida da Ipiranga Química foram incorporadas à Companhia. Em maio de 2009,
foi aprovada a fusão da Companhia com a Triunfo.

Em janeiro de 2010, a Companhia anunciou a aquisição da Quattor, com o objetivo de fortalecer o setor petroquímico brasileiro e
posicionar a Companhia entre as cinco maiores e mais competitivas empresas petroquímicas do mundo. Em fevereiro de 2010, a
Companhia anunciou a aquisição dos ativos de polipropileno da Sunoco Chemicals, a quarta maior produtora dessa resina nos Estados
Unidos. A aquisição representou um passo importante em direção ao fortalecimento da estratégia de internacionalização da Companhia,
que combina o seu crescimento no mercado norte-americano com um acesso alternativo a matérias-primas competitivas e aos principais
mercados consumidores. Como resultado dessa aquisição, a Companhia tornou-se líder em resinas termoplásticas nas Américas,
consolidando sua posição como o principal player do mercado petroquímico internacional, e o terceiro maior player global do setor de
polipropileno. Em 2010, a Braskem inaugurou sua planta de eteno verde em Triunfo, Rio Grande do Sul, o que a tornou líder mundial
em biopolímeros, e lançou a marca I'm greenTM, que identifica os produtos da Braskem feitos a partir de fontes renováveis.

Em julho de 2011, a Companhia anunciou a aquisição dos negócios de polipropileno da Dow Chemical, que incluíam quatro unidades
industriais (duas plantas nos Estados Unidos e duas plantas na Alemanha). Os ativos dos Estados Unidos, localizados em Freeport e
Seadrift, no estado do Texas, possuem capacidade anual combinada de produção de 545.000 toneladas, o que representou um aumento
de 50% na capacidade anual de produção de polipropileno nos Estados Unidos. Os ativos na Alemanha, localizados nas cidades de
Wesseling e Schkopau, possuem capacidade anual combinada de produção de 545.000 toneladas. A aquisição representou um passo
importante na consolidação da estratégia internacional da Companhia, posicionando-a como a maior produtora de polipropileno nos
Estados Unidos.

Início das Operações da Unidade do México

Em abril de 2016, a Braskem Idesa, nossa joint-venture com o grupo mexicano Idesa, atingiu um importante marco com a produção
do primeiro lote de polietileno no Polo Petroquímico do México após um processo aumento gradual das operações, em dezembro de
2015, com o início das operações da área de utilidades, seguido pelo início de operações da central petroquímica em março de 2016.

Localizado no estado de Veracruz, o Complexo Petroquímico do México contempla um cracker de etano, integrado a três plantas de
polietileno, além das plantas de utilidades (energia, água e vapor). O fornecimento de etano é assegurado por um contrato de 20 anos
com a Pemex TRI, cujo preço está atrelado ao preço do gás nos EUA.

Estrutura societária da Companhia

O quadro a seguir mostra a estrutura acionária e a estrutura societária das principais subsidiárias da Companhia na data deste relatório
anual. Os percentuais em negrito e itálico representam a porcentagem, direta e indireta, de ações votantes detidas por cada entidade,
enquanto as porcentagens não em negrito e itálico representam a porcentagem, direta e indireta, do capital total detido por cada entidade.

ii
Em novembro de 2017, a Braskem Petroquímica Ltda., ou Braskem Petro, foi incorporada pela Braskem S.A. Essa operação simplificou
a estrutura societária da Companhia consolidando suas atividades para reduzir custos financeiros e operacionais.

Em janeiro de 2019, a Odebrecht informou à Companhia sobre a Restruturação da Odebrecht, em vigor em 31 de dezembro de 2018.
Para mais informações sobre a Restruturação da Odebrecht, vide “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—
Acontecimentos Recentes—Restruturação da Odebrecht”.

O website da SEC na internet (www.sec.gov) contém os relatórios, procurações e manuais de votação e outras informações relativas a
empresas que arquivam ou fornecem documentos eletronicamente para a SEC, inclusive a Companhia. O website da Companhia na
internet é www.braskem.com.br e a página do departamento de relações com investidores da Companhia é www.braskem-ri.com.br.
As informações contidas no website da Companhia, na página do departamento de relações com investidores ou as informações que
podem ser acessadas a partir de tais websites não estão incluídas neste relatório anual e não estão incorporadas neste relatório anual por
referência.

A Companhia é uma sociedade por ações organizada segundo as leis do Brasil. Sua sede social está localizada à Rua Eteno, 1561, Polo
Petroquímico, Camaçari, Bahia, CEP 42810-000, Brasil, e o seu número de telefone neste endereço é +55 (71) 3413-2102. A sua
principal sede administrativa está localizada à Rua Lemos Monteiro, 120 – 24° andar, Butantã, São Paulo, SP, CEP 05501-050, Brasil,
e o seu número de telefone neste endereço é +55 (11) 3576-9000.

Unidade de Químicos

Nomenclatura do Segmento

Em setembro de 2017, nossa Unidade de Petroquímicos Básicos passou a se chamar “Unidade de Químicos”, para refletir a
nomenclatura utilizada por outras empresas do mesmo mercado.

Em 31 de dezembro de 2018, de acordo com a IHS, a Unidade de Químicos contava com uma das maiores capacidades de produção
anual entre todos os produtores de primeira geração das Américas. Somando-se a receita líquida de vendas para outras unidades, a
Unidade de Químicos registrou receita líquida de vendas de R$ 31.111,7 milhões em 2018, ou 43,1% da receita líquida de vendas de
todos os segmentos divulgados da Companhia.

ii
Nossa Unidade de Químicos consiste em operações de Químicos conduzidas pela Companhia no Polo de Camaçari, no Polo de Triunfo,
no Polos de São Paulo e no Polo do Rio de Janeiro.

A Unidade de Químicos produz:

 olefinas, tais como eteno, propeno grau polímero e grau químico, butadieno e buteno-1;

 Produtos BTX;

 combustíveis, tais como gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo, ou GLP, etil-tércio-butil-éter, ou ETBE, e metil-tércio-
butil-éter, ou MTBE;

 intermediários, tais como cumeno;

 solventes alifáticos, aromáticos e hidrogenados; e

 especialidades, como isopreno, diciclopentadieno, ou DCPD, piperileno, noneno, tetrâmero, poliisobuteno, ou PIB, e resinas
hidrocarbônicas.

Os produtos da Unidade de Químicos são usados primordialmente na fabricação de produtos petroquímicos intermediários de segunda
geração, inclusive aqueles fabricados pela Unidade de Poliolefinas e pela Unidade de Vinílicos. A Unidade também fornece a outros
produtores de segunda geração em cada Complexo Petroquímico em que atua e para outras empresas localizadas fora destes polos, além
de prestar serviços a tais produtores. Em 2018, 47% da receita líquida de vendas da Unidade de Químicos foi proveniente de vendas
inter-companhias de petroquímicos básicos, 37% da venda de petroquímicos básicos a terceiros, 8% da venda de combustíveis, 1% da
revenda da nafta e de condensados, 4% da venda de intermediários e 3% da venda de utilidades e serviços.

Produtos da Unidade de Químicos

As outras unidades de negócios e os fabricantes de petroquímicos terceirizados utilizam eteno e propeno produzidos pela Unidade de
Químicos para produzir produtos de segunda geração, tais como polietileno, polipropileno e PVC. Também vendemos butadieno e
diversos aromáticos, inclusive produtos BTX, e intermediários, tais com o cumeno, a produtores terceirizados de petroquímicos, para
uso como matérias-primas na produção de diversos produtos de segunda geração, como borracha sintética, elastômeros, resinas, fibras
de nylon, etil benzeno (usado para fabricar estireno monômero-poliestireno), cumeno, benzeno alquil linear, ácido tereftalático
purificado, dimetil tereftalato, bisfenol A, um insumo da produção de resinas de policarbono, anidrido ftálico, plastificantes e tintas.

A tabela a seguir apresenta a composição do volume de vendas de petroquímicos básicos da Unidade de Químicos (excluindo vendas a
outras unidades) nos períodos indicados.

Exercício encerrado em 31 de
dezembro
2 2 2
2018 2017 2016
(milhares de toneladas)
Vendas no mercado interno:
Eteno ...................................................................................................... 509,1 523,6 511,9
Propeno .................................................................................................. 345,8 360,4 291,3
Cumeno ................................................................................................... 234,1 199,8 194,5
Butadieno ............................................................................................... 192,0 183,8 198,5
Produtos BTX (1) ................................................................................... 743,8 644,6 677,0
Gasolina 942,9 925,9 745,1
Outros .................................................................................................... 441,4 679,3 666,4
Total das vendas de Químicos no mercado interno ................................... 3.402,6 3,317,6 3.090,2
Total das exportações de Químicos ........................................................... 1.188,8 1.321,8 1.318,2
Total das vendas de Químicos ................................................................... 4.591,2 4.639,4 4.408,4
__________________________
(1) Inclui benzeno, tolueno e paraxileno.

ii
Adicionalmente, inclui as seguintes vendas a outras unidades:

Exercício encerrado em 31 de
dezembro de
2 2 2
2018 2017 2016
(milhares de toneladas)
Eteno ....................................................................................................... 2.779,6 2.888,8 2.856,5
Propeno ................................................................................................... 969,5 1.041,1 1.023,1

Instalações industriais da Unidade de Químicos

A administração acredita que os processos tecnológicos empregados nas plantas da Unidade de Químicos da Companhia estão entre os
mais avançados do mundo. A Unidade de Químicos possui e opera:

 cinco importantes unidades de produção de Químicos no Complexo Petroquímico de Camaçari (duas unidades de olefinas,
duas de aromáticos e uma de utilidades);

 cinco importantes unidades de produção de Químicos no Complexo Petroquímico de Triunfo (duas unidades de olefinas, uma
de eteno, uma de aromáticos e uma de utilidades);

 três unidades de produção de Químicos no Polo de São Paulo (uma unidade de olefinas, uma de aromáticos e uma de utilidades);
e

 duas unidades de produção de Químicos no Polo do Rio de Janeiro (uma unidade de olefinas e uma de utilidades).

O termo "unidade" tem a acepção de um conjunto de plantas interligadas com a finalidade de produzir olefinas, aromáticos ou utilidades.

A tabela a seguir apresenta os principais produtos da Unidade de Químicos, a capacidade de produção anual em 31 de dezembro de
2018 e a produção anual nos períodos apresentados.

Produção
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Capacidade
Anual de 2 2 2
Principais Produtos Produção 2018 2017 2016
(em toneladas)
Olefinas:
Eteno ........................................................................ 3.952.000 3.399.610 3.518.658 3.459.861
Propeno .................................................................... 1.585.000 1.324.358 1.445.887 1.400.466
Butadieno ................................................................ 480.000 394.998 430.040 411.630
Aromáticos:
BTX (1) .................................................................... 1.367.000 841.485 977.184 1.000.489
__________________________
(1) Consiste em benzeno, tolueno e paraxileno.

Matérias-primas da Unidade de Químicos

A principal matéria-prima utilizada pela Companhia na fabricação de produtos químicos é a nafta, com capacidade de consumo total de
10 milhões de toneladas por ano. Um milhão de toneladas de nafta podem ser substituídas por condensado, o que tem sido feito nos
últimos anos. A gasolina natural é outra matéria-prima que pode ser utilizada como substituta da nafta. A central petroquímica localizada
no Rio de Janeiro utiliza etano e propano, e consume 0,4 milhão de toneladas de cada uma dessas matérias-primas anualmente. A central
petroquímica de São Paulo é capaz de operar com gás de refinaria em quantidade equivalente a cerca de 15% da capacidade de produção
de eteno.

Nafta

A nafta, um produto derivado do petróleo bruto, é a principal matéria-prima empregada na fabricação dos produtos químicos e representa
o principal item do custo de produção e custo operacional da Unidade de Químicos. A Companhia também usa o condensado como
matéria-prima no Polo de Triunfo.

A tabela a seguir apresenta a média dos preços da nafta referência Amsterdã-Roterdã-Antuérpia, ou preço ARA, nos períodos indicados.

ii
2018 2017 2016

Média(1) ............................................... US$601,26 US$483,84 US$385,41


Mês encerrado em:
Janeiro ................................................. 592,23 499,37 317,82
Fevereiro ............................................. 555,15 498,26 292,71
Março .................................................. 571,44 459,41 350,64
Abril .................................................... 607,20 467,94 379,27
Maio .................................................... 666,82 434,62 402,43
Junho ................................................... 632,55 400,68 417,19
Julho.................................................... 642,73 424,81 380,15
Agosto ................................................. 640,60 459,16 369,00
Setembro ............................................. 676,13 503,96 395,89
Outubro ............................................... 661,82 519,13 441,79
Novembro ........................................... 505,59 571,73 415,97
Dezembro ............................................ 462,87 566,98 463,16
___________________________
(1) Os dados da coluna “Média” representam a média dos preços mensais médios da nafta durante cada ano respectivo.
Fonte: IHS

Dados de fornecimento e precificação da Unidade de Químicos

Nafta e Condensado

A tabela a seguir mostra a distribuição das compras de nafta mais condensado pela Unidade de Químicos nos períodos indicados e por
localização geográfica dos fornecedores.

Exercício encerrado em 31 de dezembro


2018 2017 2016
Brasil .............................................................................. 43% 53% 62%
Argélia ............................................................................ 19% 18% 16%
Europa ............................................................................ 14% 6% 4%
América do Sul ............................................................... 10% 10% 8%
América do Norte ........................................................... 5% 4% 3%
África Ocidental ............................................................. 4% 6% 4%
Outros ............................................................................. 5% 3% 3%
Total................................................................................ 100% 100% 100%
___________________________

Contratos de fornecimento com a Petrobras

Em 23 de dezembro de 2015, a Companhia e a Petrobras firmaram Contrato de Compra de Nafta por um período de cinco anos. Esse
contrato substituiu o contrato entre a Companhia e a Petrobras para o fornecimento de nafta às plantas de Químicos localizadas no Polo
Petroquímico de Camaçari e substituiu o contrato de fornecimento de nafta entre a Companhia e a Petrobras para o fornecimento de
nafta às plantas de Químicos localizadas no Polo Petroquímico de Triunfo, no Polo Petroquímico de Camaçari e no Polo Petroquímico
de São Paulo. O contrato tem vencimento em dezembro de 2020.

Nos termos desse contrato:

 a Petrobras se compromete a vender e entregar nafta por um período de cinco anos às plantas de Químicos do Complexo
Petroquímico de Camaçari, do Complexo Petroquímico de Paulínia e do Complexo Petroquímico de Triunfo, para uso
exclusivo como matéria-prima;

 a Companhia se compromete a comprar um volume mensal mínimo de nafta;

 a Companhia fornece à Petrobras uma ordem firme de compra de nafta a cada mês, juntamente com uma estimativa do volume
de nafta que comparará nos seis meses seguintes;

 a Companhia pode solicitar volumes de nafta acima da ordem firme mensal, que a Petrobras poderá fornecer, a seu critério;

 o preço da nafta pago pela Companhia é equivalente a 102,1% da referência ARA;

 o contrato pode ser rescindido ou alterado na hipótese de ocorrência de fatos extraordinários e imprevistos que provocarem
uma ruptura no equilíbrio econômico-financeiro do contrato;

ii
 a partir de janeiro de 2018, qualquer parte poderá renegociar o contrato caso ocorram determinados eventos de mercado.
Ocorreram alguns desses eventos de mercado, porém a Companhia não iniciou e não tem intenção de dar início à renegociação
do contrato.

 qualquer parte pode rescindir o contrato, sem aviso prévio, se (1) não for sanada uma violação do contrato após um período de
tolerância de 30 dias; (2) ocorrer e persistir por mais de 90 dias uma situação de força maior; (3) qualquer parte transferir ou
der como garantia a totalidade ou parte de seus direitos e obrigações pelo contrato a um terceiro, sem a anuência da outra parte;
(4) houver uma alteração no controle ou no objeto social de uma das partes que entre em conflito com o objeto do contrato ou
(5) houver dissolução de uma das partes; ou (6) qualquer parte deixar de cumprir com suas obrigações previstas no contrato; e

 a Petrobras pode rescindir o contrato, sem aviso prévio, no caso de falência ou liquidação da Companhia.

Contratos de fornecimento com a SONATRACH

A Associação de Pesquisa, Produção, Transfporte, Transformação e Venda de Hidrocarbonetos (Société Nationale pour la Recherche,
la Production, le Transport, la Transformation et la Commercialisation des Hydrocarbures) ou SONATRACH) (empresa nacional
algeriana de petróleo) é um dos mais importantes fornecedores de nafta e condensado importados para a Companhia. A Companhia
importa nafta da SONATRACH desde 2002. Anualmente, são negociados o volume mínimo e máximo de nafta e condensado a serem
comprados da SONATRACH. Em média, compramos um milhão de toneladas de condensado e 400 mil toneladas de nafta da
SONATRACH.

Na hipótese de impossibilidade de renovar o contrato de fornecimento com a SONATRACH, a administração acredita que poderia
comprar quantidades suficientes de nafta de outros fornecedores para atender às necessidades de suprimento das plantas de Químicos.

Outros contratos de fornecimento

Dentro da estratégia de diversificar as fontes de suprimento de nafta, a Companhia está adquirindo nafta por meio de acordos de
fornecimento anual com fornecedores internacionais.

Compras de nafta no mercado à vista

Além dos fornecimentos de matérias-primas mediante os contratos acima descritos, a Companhia compra ocasionalmente nafta no
mercado à vista de fornecedores estrangeiros localizados na África, na Europa, na América do Norte e na América Latina.

Compras de condensado no mercado à vista

Além dos fornecimentos de matérias-primas mediante os contratos acima descritos, a Companhia ocasionalmente compra condensado
no mercado à vista de fornecedores.

Etano e propano

O etano e o propano são as principais matérias-primas usadas pela Companhia para produzir seus produtos químicos no Polo do Rio de
Janeiro e representam o principal custo de produção e operacional da unidade de Químicos do Polo do Rio de Janeiro. O preço do etano
e do propano comprados pela Companhia varia principalmente de acordo com as mudanças no preço internacional em dólares desses
insumos.

 Em dezembro de 2000, a Companhia e a Petrobras firmaram um contrato de fornecimento de etano e propano. O prazo inicial
desse contrato termina em janeiro de 2021 e ele é automaticamente renovável por um período de dois anos, a menos que uma
das partes avise a outra, por escrito e com pelo menos um ano de antecedência, de sua intenção de não renová-lo. Nos termos
desse contrato, a Petrobras concorda em vender e entregar etano e propano à planta de químicos da Companhia no Polo do Rio
de Janeiro para uso exclusivo como matéria-prima;

 a Companhia fica obrigada a comprar e a Petrobras deve entregar um volume anual mínimo de etano e/ou propano;

 a Companhia concorda em fornecer à Petrobras uma ordem de compromisso firme de etano e propano a cada mês, juntamente
com uma estimativa do volume de etano e propano que comprará nos quatro meses imediatamente seguintes;

 o preço do etano e do propano tem por base o preço Mont Belvieu; e

 a Petrobras poderá rescindir o contrato sem necessidade de aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar
uma violação ao contrato após um período de tolerância de 60 dias; (2) ocorrer evento de força maior que persista por mais de
365 dias; (3) a Companhia transferir ou der como garantia a um terceiro a totalidade ou parte dos seus direitos e obrigações
pelo contrato sem a anuência prévia da Petrobras; e (4) dissolução, falência ou liquidação da RioPol.

ii
A Braskem também possui um contrato de fornecimento de etano com a Enterprise Products Operating LLC, ou Enterprise Products,
para o fornecimento de etano dos Estados Unidos ao Brasil. O contrato é válido até 2027. O preço do etano tem como base o preço do
etano Mont Belvieu mais Taxa de Terminal, base FOB USGC. A logística para transportar o etano ao Brasil é gerida pela Braskem.
Desde fevereiro de 2017, a Braskem tem a capacidade de receber etano importado no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. O
etano importado é marginal comparado ao fornecimento doméstico, sendo que a quantidade importada em 2017 foi de 17 mil
toneladas e, em 2018, 4 mil toneladas.
Desde novembro de 2017, a Braskem tem a capacidade de consumir etano na central petroquímica na Bahia, substituindo
parcialmente a nafta. A Braskem tem investido na flexibilização da operação para substituir a nafta por etano em uma proporção
equivalente a 15% da produção de eteno do ativo.
O ano de 2018 foi o primeiro em que a Companhia operou a central petroquímica na Bahia utilizando como matéria-prima etano
importado. Do total de eteno produzido pela central petroquímica, 11% utilizou etano como matéria-prima.

Gás de Combustão de Refinaria

Em janeiro de 2005, a Companhia e a Petrobras firmaram um contrato de compra e venda de vapor de gás de combustão de refinaria,
dos quais separamos o eteno e o propeno. Esse contrato prevê que a Companhia e a Petrobras deverão negociar sua renovação antes de
seu término em 2020 e que, na eventualidade de a Petrobras não pretender renovar o contrato, ela deverá notificar a Companhia com
antecedência mínima de dois anos do término do contrato e cumprir todos os termos e condições do contrato até 2028.

Nos termos do contrato, que representa 100% do fornecimento de gás de combustão de refinaria:

 a Companhia se compromete a adquirir, e a Petrobras a vender, um volume mínimo diário de gás de combustão de refinaria;

 o preço do gás de combustão de refinaria tem por base diversas referências de mercado;

 o contrato será alterado na hipótese de ocorrência de fatos imprevistos extraordinários que provoquem uma ruptura no
equilíbrio econômico-financeiro do contrato;

 a Petrobras poderá rescindir o contrato sem necessidade de aviso prévio na eventualidade de: (1) a Companhia deixar de sanar
uma violação do contrato após um período de tolerância de 30 dias; (2) ocorrer evento de força maior que impeça a execução
do contrato ; (3) a Companhia transferir ou der em garantia pelo endividamento a um terceiro a totalidade ou parte de seus
direitos, obrigações e créditos pelo contrato sem a anuência prévia da Petrobras, a menos que o terceiro seja um membro do
grupo econômico da Companhia; (4) dissolução ou falência da Braskem S.A.; ou (5) mudança na estrutura empresarial,
incorporação, venda, cisão ou outra forma de reorganização societária da Braskem S.A. que entre em conflito com o objetivo
do contrato ou impeça sua execução;

Em dezembro de 2017, a Petrobras informou à Companhia que não renovaria tal contrato nos mesmos termos. A Companhia atualmente
negocia os termos e condições de um futuro contrato de compra e venda de vapor de gás de refinaria com a Petrobras, que entraria em
vigor após o vencimento contrato atual, em 2028. Neste momento, não é possível prever o impacto dos novos termos e condições de
um eventual contrato futuro, sendo que qualquer impossibilidade de negociar com a Petrobras poderia prejudicar a capacidade da
Companhia de atender suas necessidades de gás de refinaria.

Energia Elétrica

Para abastecer suas operações industriais no Brasil, que representam 87% do nosso consumo elétrico no mundo, a Companhia gera 21%
da energia que consome. Já 31% da demanda é fornecida pela Companhia e pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF),
estatal brasileira de geração de energia elétrica, nos termos de um acordo de compra de energia, válido até 2037. O restante é fornecido
principalmente mediante contratos de longo prazo com diversas distribuidoras no Mercado Livre de Energia.

 No Polo da Bahia, a Companhia gera 35% da energia que consome, e cerca de 52% da demanda é fornecida pela CHESF. O
restante é adquirido principalmente junto a diversos fornecedores no mercado livre de energia.

 No Polo de Alagoas, 64% do consumo de energia é fornecido pela CHESF. Assim, a energia restante do Polo de Alagoas é
adquirida principalmente junto a diversos fornecedores no mercado livre de energia.

 No Polo de Triunfo, a Companhia gera 31% da energia consumida, sendo o restante adquirido de diversos fornecedores
principalmente no mercado livre de energia.

 No Polo de São Paulo, a Companhia gera 12% do consumo de energia, sendo o restante adquirido de diversos fornecedores
principalmente no mercado livre de energia.

ii
 No Polo do Rio de Janeiro, a energia consumida é adquirida principalmente junto a diversos fornecedores no mercado livre de
energia.

Gás Natural

O gás natural é fornecido para as operações industriais da Companhia no Brasil por meio de contratos de longo prazo no mercado
regulado por empresas que possuem licenças governamentais e exclusividade de entrega em cada estado. O gás natural utilizado pelas
operações da Companhia no Brasil em 2018 representou 63% do consumo total da Braskem.

 No Complexo da Bahia, o gás natural é fornecido pela Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), que representa 50% do
consumo da Companhia no Brasil.

 No Complexo de Alagoas, o gás natural é fornecido pela Gás de Alagoas S.A. (Algás), que representa 17% do consumo
da Companhia no Brasil.

 No Complexo do Rio Grande do Sul, o gás natural é fornecido pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul
(Sulgás), que representa 19% do consumo no Brasil.

 No Complexo de São Paulo, o gás natural é fornecido pela Companhia de Gás do Estado de São Paulo (Comgás), que
representa 10% do consumo da Companhia no Brasil.

 No Complexo do Rio de Janeiro, o gás natural é fornecido pela CEG Rio S.A. (CEG), que representa 4% do consumo no
Brasil.

Outros

No Polo de Triunfo, a Companhia também adquire metanol para a obtenção de MTBE e etanol para a produção do “polietileno
verde”. O metanol é importado, e seu preço é definido com base nas cotações de mercados internacionais. O etanol é adquirido no
mercado interno de diversos produtores. No Complexo da Bahia, a Companhia também adquire etanol para a produção de ETBE.

Vendas e comercialização da Unidade de Químicos

A Companhia comercializa 79% dos seus produtos Químicos no Brasil a produtores petroquímicos terceirizados. O restante da produção
de Químicos é vendida a clientes dos Estados Unidos, da Europa, da América do Sul e da Ásia.

A tabela a seguir demonstra nossa receita líquida de vendas no mercado interno e exportações, excluindo vendas intercompanhias, da
nossa Unidade de Químicos para os anos indicados abaixo:

Exercício findo em 31 de dezembro de


2018 2017 2016
(em milhões de reais)
Receita líquida (1):
Vendas no mercado interno ................................................................... R$12.021,9 9.367,7 8.201,7
Exportação ............................................................................................. R$4.285,3 4.182,5 5.572,3

Receita líquida total R$16.307,2 13.550,2 13.744,0

(1) Não inclui vendas inter-companhias

Vendas no mercado interno de Químicos

De acordo com nossa estratégia comercial, a Unidade de Químicos está focada na formação de relacionamentos de longo prazo com
nossos clientes e celebração de contratos para suprimento de longo prazo, os quais preveem quantidades mínimas e máximas a serem
compradas mensalmente. os preços no mercado interno são baseados em diversas referências internacionais de mercado.

Exportação de Químicos

Os preços no mercado internacional também são baseados nas referências internacionais, que variam geralmente conforme a região para
a qual o produto é exportado.

ii
A Companhia está empenhada em manter a posição de liderança que ocupa no mercado brasileiro, continuando, ao mesmo tempo, a
usar as exportações como proteção das suas operações e para controlar o equilíbrio entre demanda e produção. Como a Companhia
exporta grandes volumes de determinados produtos, ela também desenvolve relacionamentos de longo prazo com clientes internacionais
através de contratos para minimizar a sua exposição às condições do mercado e mitigar riscos. Em 2018, a receita líquida de exportações
da Unidade de Químicos representou 14% da receita líquida de vendas daquela unidade.

Adicionalmente, aplicamos nosso conhecimento de negociação de commodities para as operações de revenda da nafta e etano nos
mercados internacionais. A fim de atender às exigências dos craqueadores de nafta e etano (em termos de tempo, preço e qualidade),
mantemos um fornecimento excedente de matérias-primas e revendemos o excesso no mercado spot. Em 2018, as operações de revenda
registraram receita média de R$ 316 milhões por mês.

Concorrência

Nossos clientes de químicos, em sua maioria produtores petroquímicos de segunda geração cujas plantas se localizam nos Polos
Petroquímicos brasileiros, teriam dificuldade em obter seus insumos de outras fontes por preços mais baixos em razão do alto custo de
transporte desses produtos bem como de outras dificuldades logísticas. Ademais, como o Brasil logrou a autossuficiência na produção
de olefinas, atendendo a demanda interna, as importações desses produtos são geralmente esporádicas e em regra associadas às paradas
programadas para manutenção de plantas ou para cobrir a demanda interna não atendida.

Ao longo dos últimos anos, conforme aumentou a diferença no custo das matérias-primas nafta e gás para craqueadores de
petroquímicos, muitos craqueadores que utilizam gás como matéria-prima têm se tornado produtores de baixo-custo nos mercados
mundiais e observado uma melhora em suas margens em comparação aos craqueadores de nafta. Contudo, uma vez que craqueadoras
à base de gás podem produzir menos coprodutos e subprodutos gerados pelas craqueadoras à base de nafta, tais como propeno, butadieno
e produtos BTX, e em menores quantidades, houve um aumento nos preços destes produtos no mercado internacional. Como
consequência dos preços mais altos para tais coprodutos e subprodutos, nossa receita líquida com a exportação destes produtos
aumentou. A concorrência desses produtos nos mercados internacionais baseia-se principalmente no preço dos produtos entregues e
aumentou desde meados de 2008, quando foi rompido o equilíbrio entre oferta e demanda, devido ao impacto da crise global financeira
e creditícia nos consumidores desses produtos. Nos mercados internacionais de nossos Químicos, a concorrência está representada por
um grande número de produtores, alguns deles substancialmente maiores e contando com recursos financeiros, de fabricação,
tecnológicos e de marketing expressivamente maiores que os da Companhia.

Unidade de Poliolefinas

Em 31 de dezembro de 2018, nossas plantas de produção de poliolefinas registraram a maior capacidade média anual de produção entre
todos os produtores de segunda geração de produtos de poliolefinas na América Latina. A Unidade de Poliolefinas gerou receita líquida
de vendas de R$ 22.484 milhões em 2018.

Nossa Unidade de Poliolefinas é composta por operações conduzidas pela Companhia nas nove unidades de polietileno e cinco unidades
de polipropileno no Polo de Camaçari, Polo de Triunfo, Polo de São Paulo e Polo do Rio de Janeiro.

Produtos da Unidade de Poliolefinas

Nossa Unidade de Poliolefinas produz:

 polietileno, inclusive PEBD, PEBDL, PEAD, polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM), EVA e “polietileno verde”
de fontes renováveis; e

 polipropileno.

A Companhia fabrica um amplo leque de poliolefinas destinados a bens de consumo e aplicações industriais, abrangendo:

 filmes de plástico para embalagem de produtos alimentícios, agrícolas e industriais;

 garrafas, sacolas de compras e outros recipientes para bens de consumo;

 autopeças;

 produtos de engenharia e infraestrutura; e

 utilidades domésticas.

ii
A tabela a seguir apresenta a composição do volume de vendas da Unidade de Poliolefinas por linha de produto e por mercado nos anos
indicados.
Exercício encerrado em 31 de dezembro
2018 2017 2016
(milhares de toneladas)
Vendas no mercado interno:
Polietileno(1) .............................................................................. 1.790,27 1.796,94 1.705,46
Polipropileno ............................................................................... 1.143,33 1.164,95 1.105,68
Outros ......................................................................................... - - -
Total vendas no mercado interno .................................................... 2.933,60 2.961,88 2.811,14
Total exportações ............................................................................ 1.291,18 1.357,75 1.498,55
Total vendas Unidade Poliolefinas ................................................. 4.224,78 4.429,87 4.401,63
_______________________
(1) Inclui EVA, PEUAPM e PE Verde

Prestamos assistência técnica aos clientes com o fim de atender suas necessidades específicas, adaptando e modificando nossos produtos
de polietileno e polipropileno. A Companhia acredita que a diversidade de processos tecnológicos nas plantas de poliolefinas constitui
uma vantagem competitiva no atendimento às necessidades dos clientes.

Instalações industriais da Unidade de Poliolefinas

Em 31 de dezembro de 2018, a Unidade de Poliolefinas contava com 14 plantas. A Unidade de Poliolefinas opera cinco plantas
localizadas no Complexo Petroquímico de Triunfo, três plantas no Complexo Petroquímico de Camaçari, quatro plantas no Complexo
Petroquímico de São Paulo e duas plantas no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

A próxima tabela mostra, para os principais produtos de Poliolefinas da Companhia, a capacidade anual de produção em 31 de dezembro
de 2018 e a produção anual dos anos indicados.

Capacidade Produção
Anual de Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Principais Produtos Produção 2018 2017 2016
(em toneladas) (em toneladas)
Polietileno:
PEBDEVA (1) .............................................................. 795.000 663.285 682.030 720.240
PEAD/PEBDL/PEUAPM (2) ....................................... 2.260.000 2.009.389 2.066.004 1.988.228
Polipropileno (3) .............................................................. 1.850.000 1.592.480 1.711.741 1.592.474

_______________________________
(1) Representa a capacidade e a produção das cinco linhas com capacidade de produção variável (swing) capazes de produzir dois tipos de resina.
(2) Representa a capacidade e a produção das oito linhas com capacidade de produção variável (swing), capazes de produzir dois tipos de resinas. A capacidade varia
dependendo da produção efetiva.
(3) Representa a capacidade e a produção de cinco plantas.

Em setembro de 2010, a Companhia passou a produzir eteno em uma nova planta do Polo de Triunfo, que produz eteno "verde"
utilizando etanol proveniente da cana de açúcar recebido por meio do Terminal Santa Clara como sua principal matéria-prima. Essa
planta tem capacidade de produção anual de 200.000 toneladas de eteno.

Durante o ano de 2014, a Companhia converteu e expandiu, em 25.000 toneladas, uma das linhas de polietileno para a fabricação de
PEBDL a partir de metaloceno no estado da Bahia. As operações desse projeto tiveram início em janeiro de 2015.

Matérias-primas da Unidade de Poliolefinas

Eteno e propeno

Os custos da compra de eteno e propeno, que são os custos diretos mais significativos associados à produção de polietileno e
polipropileno da Companhia, responderam, em conjunto, por 87,9% do total de custos variáveis de produção da Unidade de Poliolefinas
em 2018. No mesmo período, a Unidade de Poliolefinas adquiriu a totalidade de suas necessidades de eteno e parte das suas necessidades
de propeno da Unidade de Químicos.

Contratos de Propeno com a Petrobras e suas Subsidiárias

A Braskem celebrou diversos contratos de propeno que possuem diferentes datas de vencimento entre maio de 2021 e abril de 2028,
com preços determinados com base em referências internacionais para garantir a competitividade da matéria-prima. Em 2016, a Braskem
ii
celebrou um acordo de cinco anos com a Petrobras para o fornecimento de propeno pela Refap S.A., controlada da Petrobras. Tal
contrato de fornecimento também é precificado com base em referências internacionais.

A Petrobras pode rescindir tais contratos, sem aviso prévio, se: (1) não for sanada uma violação do contrato após um período de
tolerância de 30 dias; (2) ocorrer evento de força maior, embora alguns desses contratos exijam que tal evento persista por mais de 180
dias; (3) for transferida ou dada como garantia a totalidade ou parte dos direitos e obrigações pelo contrato a um terceiro, sem a anuência
da Petrobras; (4) houver uma alteração na administração ou no objeto social da Braskem que entre em conflito com o objeto do contrato;
(5) ocorrer a dissolução, falência ou liquidação da Braskem; e (6) ocorrer alteração do tipo de entidade, incorporação, venda, cisão ou
qualquer outra restruturação corporativa da Braskem que entre em conflito ou impeça a execução do objeto do contrato.

Contratos para Fornecimento de Etanol

A Braskem mantém diversos contratos de etanol com grandes produtores desse combustível para abastecimento de sua nova planta, que
produz eteno utilizando etanol proveniente da cana de açúcar. Tais contratos de fornecimento possuem diferentes datas de vencimento
entre abril de 2019 e julho de 2019. Nos termos desses contratos, temos ou teremos o dever de adquirir uma quantidade anual de etanol
suficiente para suprir pelo menos 90% da capacidade dessa planta de eteno. O preço que pagaremos nos termos desses contratos é ou
será determinado com referência no preço mensal do álcool hidratado carburante, conforme publicado pelo Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura (CEPEA/ESALQ).

Também compramos etanol no mercado à vista, a fim de complementar o fornecimento obtido por meio desses contratos. O preço que
pagamos pelo etanol nos termos da maior parte desses contratos é determinado com referência em indicadores de mercado.

Outras matérias-primas e utilidades

A Unidade de Poliolefinas também utiliza buteno e n-hexano como matérias-primas na produção de PEAD e PEBDL. O buteno é
fornecido pela Unidade de Químicos e o n-hexano é importado de fornecedores da África do Sul, África e da região do Golfo dos EUA.

As Plantas Unipol de polietileno, nos Polos Petroquímicos de Camaçari e do Rio de Janeiro utilizam catalisadores fornecidos pela
Univation Technologies. A planta de PEAD no Complexo Petroquímico de São Paulo utiliza catalisadores fornecidos pela W.R. Grace
& Co. Os catalisadores utilizados nas plantas com linha de produção swing de PEBDL/PEAD são adquiridos da Basell Polyolefins
Company N.V. ou Basell. A Companhia produz seus próprios catalisadores para as plantas de PEAD slurry nos Polos de Triunfo e
Camaçari, e compra os insumos necessários para produzir esses catalisadores de diversos fornecedores a preços de mercado. As unidades
de polipropileno da Companhia utilizam catalisadores fornecidos principalmente pela Basell, sendo que alguns catalisadores são
importados de fornecedores dos Estados Unidos e da Europa.

Vendas e comercialização da Unidade de Poliolefinas

A Unidade de Poliolefinas vende produtos de polietileno e polipropileno para mais de 1,5 mil clientes no mundo todo. A Companhia
dispõe de um mix diversificado de produtos, que possibilita o atendimento a uma ampla gama de usuários finais em vários setores. Os
clientes da Unidade de Poliolefinas são, em geral, produtores de terceira geração que fabricam ampla variedade de bens de consumo e
produtos industriais à base de plástico.

A tabela a seguir demonstra nossa receita líquida de vendas no mercado interno e exportações da nossa Unidade de Poliolefinas para os
anos indicados abaixo:

Exercício findo em 31 de dezembro de


2018 2017 2016
(em milhões de reais)

Receita líquida:
Vendas no mercado interno R$16.116,8 R$13.856,4 R$13.903,1
Exportações:
América do Sul (exclui Brasil) 3.261,7 3.289,8 3.286,5
Europa 1.154,4 607,7 1.750,3
América do Norte 467,7 683,8 82,4
Ásia 940,2 269,1 879,7
Outros 543,1 943,6 405,4
Total de exportações 6.367,0 5.794,0 6.404,3
R$22.483,9 R$19.650,4 R$20.307,4

Vendas no mercado interno

A Companhia se empenha em formar relacionamentos duradouros com seus clientes. Dada a natureza cíclica dos mercados de seus
produtos petroquímicos, a administração acredita que é possível reforçar a fidelidade dos clientes nos períodos de menor demanda de
ii
polietileno e polipropileno, proporcionando uma fonte segura de suprimento a esses clientes nas épocas de demanda elevada. A Braskem
trabalha em estreita relação com seus clientes para prestar assistência técnica e coordenar a produção e entrega dos seus produtos. Os
clientes submetem propostas anuais apresentando uma estimativa de suas necessidades mensais para o ano vindouro com relação a cada
um de nossos produtos de poliolefinas, inclusive especificações técnicas, prazos de entrega e condições de pagamento propostas. A
Companhia avalia mensalmente as propostas com o fim de efetuar eventuais ajustes que sejam necessários, monitorar e assegurar
fornecimento adequado para cada cliente. Apesar de ter uma base de clientes regular no mercado interno, os preços em tais mercados
variam conforme as negociações mensais no mercado spot. Tanto o volume de vendas por cliente quando os tipos de produtos adquiridos
pelos clientes podem variar mensalmente.

Além das vendas diretas a clientes, a Unidade de Poliolefinas vende produtos no Brasil por intermédio de distribuidores independentes
exclusivos. A Unidade de Poliolefinas conta com cinco distribuidores, através dos quais distribuímos nossos produtos de acordo com
contratos formais e operações no mercado à vista. A Companhia escolheu seus distribuidores com base em sua capacidade de prestação
de serviços completos a seus clientes e com base no seu histórico. Esses distribuidores vendem seus produtos de polietileno e
polipropileno a fabricantes com necessidades de volume menores, podendo agrupar vários pedidos de entrega. Eles possuem uma ampla
rede de cobertura no Brasil e, com isso, expandem a marca Braskem.

Além disso, ao oferecer atendimento personalizado e atender clientes menores por meio de uma rede de distribuidores, os gerentes de
conta focam seus esforços na prestação de serviço de alta qualidade a um número menor de clientes diretos de grande e médio porte.

Exportações

O volume de exportações de poliolefinas varia, geralmente, com base no nível da demanda interna e na disponibilidade da produção
total dos produtos da Companhia. A Unidade de Poliolefinas possui escritório de vendas na Argentina, Chile, Peru e Colômbia, usados
para consolidar os esforços de marketing na América do Sul, um dos mercados chave da Companhia fora do Brasil nessa Unidade de
Negócios. A Unidade de Poliolefinas também conta com a força de vendas na Europa, México e EUA para aumentar a rentabilidade
das vendas. Em cada uma das regiões, a Companhia possui estratégias comerciais específicas com relação às exportações vindas do
Brasil, que complementam sua disponibilidade local de produtos.

A Companhia estabeleceu uma posição estratégica no mercado de poliolefinas na América do Sul, América do Norte e na Europa por
meio de vendas diretas regulares, distribuidores locais e agentes que conhecem seus respectivos mercados. A estratégia de ampliar a
presença nesses mercados estrangeiros destina-se, entre outros aspectos, a reduzir a exposição da Companhia à natureza cíclica do
mercado internacional a vista de poliolefinas, por meio da formação de relações duradouras com clientes nos países vizinhos. A presença
local da Companhia nos Estados Unidos e na Europa permite seu melhor posicionamento nestes mercados e a venda de produtos da
Unidade de Poliolefinas por meio da Unidade dos Estados Unidos e Europa.

O principal foco da Unidade de Poliolefinas é manter a posição de liderança no Brasil e na América do Sul, reforçando o
comprometimento com a cadeia de indústria de plástico da região, mantendo a sua posição de liderança em poliolefinas através da
contínua presença local e fornecimento regular de produtos.

Preços e condições de vendas

A Companhia calcula os preços dos seus produtos de acordo com referências de preço internacionais. Além disso, o processo de
precificação leva em conta o segmento, volume e outras informações. Os clientes da Companhia no Brasil podem efetuar pagamento
integral contra entrega ou optar por venda a prazo, que requer pagamento integral entre três e 60 dias após a entrega. São cobrados juros
dos clientes brasileiros que escolhem opção de pagamento a prazo com base nas taxas vigentes no mercado.

Além das vendas estratégicas para a América do Sul, Europa, México e Estados Unidos, as exportações da Unidade de Poliolefinas a
compradores da Ásia e África são realizadas em geral por meio do mercado à vista internacional. A base de clientes nesses mercados
consiste principalmente de empresas comerciais exportadoras e distribuidores. A precificação tem por base os preços no mercado à vista
internacional.

Concorrência

A Braskem é o único produtor de polietileno e polipropileno no Brasil. Ela concorre com produtores de poliolefinas do mundo todo.
Em 2018, as importações brasileiras de polietileno e polipropileno registraram alta de 13%, o que representou 30% do consumo
brasileiro de poliolefinas.

Também competimos pelas exportações de nossos produtos de poliolefinas para outros países da América Latina e também nos
mercados da América do Norte, Ásia e Europa. Assim como a Braskem, tais concorrentes também possuem um amplo portfólio de
produtos, amplas capacidades de pesquisa e desenvolvimento e capacidade de produção suficiente. A posição competitiva da Companhia
em mercados internacionais está baseada no seu relacionamento com clientes, amplo portfólio de produtos, qualidade do produto,
atendimento e suporte ao cliente.

A Companhia é o único produtor de polietileno verde produzido a partir de cana-de-açúcar do mundo, 100% verificado pelo ASTM
D6866.
ii
Unidade EUA e Europa

A Unidade EUA e Europa inclui:

 as operações da Braskem America, que consistem em cinco unidades de polipropileno nos Estados Unidos e uma unidade de
Polietileno de Ultra-Alto Peso Molecular UTEC®; e

 as operações de duas unidades de polipropileno na Alemanha.

Em 31 de dezembro de 2018, as instalações da Unidade EUA e Europa apresentavam a maior capacidade de produção de polipropileno
dos Estados Unidos. A Unidade EUA e Europa gerou receita líquida de vendas de R$ 11.724,8 milhões em 2018.

Em junho de 2014, a Companhia anunciou a construção de uma linha de produção de PEUAPM na unidade de La Porte, Texas, que
começou a produzir UTEC® no primeiro trimestre de 2017. A Companhia acredita que a produção de PEUAPM especializado da nova
linha deve complementar o atual portfólio de produtos, além de permitir acesso a novos mercados e desenvolvimento de parcerias com
clientes atuais e futuros.

Produtos da Unidade EUA e Europa

A Unidade EUA e Europa produz polipropileno. O volume de vendas de polipropileno desta unidade foi de 1.923.227 toneladas em
2018, 2.116,529 toneladas em 2017 e 2.008.473 toneladas em 2016. Para uma descrição dos usos dos produtos de polipropileno, vide
“—Unidade de Poliolefinas”.

Unidades de Produção da unidade EUA e Europa

A tabela abaixo mostra a capacidade de produção anual em 31 de dezembro de 2018 das plantas de polipropileno da Unidade EUA e
Europa, bem como a produção anual para os anos apresentados.

Capacidade Produção
Anual de Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Unidade Produção 2018 2017 2016
(em toneladas)

Estados Unidos .......................................................... 1.570.400 1.394.099 1.521.894 1.413.607


Alemanha .................................................................. 625.000 523.797 591.417 593.569

Matérias-primas da Unidade EUA e Europa

Propeno

O maior custo direto associado à produção de polipropileno pela Unidade EUA e Europa é o custo da compra do propeno.

A Companhia adquire propeno para as plantas de polipropileno nos Estados Unidos através de uma série de contratos de fornecimento
de longo-prazo e no mercado spot. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tinha contratos de fornecimento de longo prazo com
diversos fornecedores. A fórmula para cálculo do preço do propeno nos termos desses contratos de fornecimento baseia-se geralmente
em preços de mercado.

Por conta da produção crescente de gás natural e da produção relacionada de gás natural liquefeito, diversas companhias anunciaram
planos para construir plantas de desidrogenação de propano (PDH) para a produção de propeno. A Braskem firmou um contrato de
longo prazo de propeno de 15 anos com uma destas empresas, a Enterprise Products, que concluiu recentemente a construção de uma
planta de PDH no Texas com capacidade anual de 750 mil toneladas. A Companhia espera que esse contrato com um produtor renomado
proporcione um fornecimento competitivo de propeno a longo prazo, utilizando como matéria-prima shale gas e outras fontes não
tradicionais. A planta iniciou suas operações no final de 2017. Segundo o acordo, os preços desses contratos serão determinados com
base no preço de mercado do propano e outros custos de mercado.

A Companhia adquire propeno para as plantas de polipropileno na Alemanha através de um contrato de fornecimento de longo prazo
que prevê o fornecimento de 88% do propeno necessário nestas plantas. A Companhia possui dois contratos de fornecimento na
Alemanha, sendo que um deles vence em setembro de 2021 e é renovável automaticamente por períodos adicionais de um ano, salvo se
rescindido por uma das partes, enquanto o outro contrato de fornecimento tem vencimento em dezembro de 2021. A Companhia
celebrou um terceiro contrato com vencimento no final de 2020, aumentando o fornecimento das suas plantas para 94% das necessidades
de propeno. A fórmula para cálculo do preço do propeno nos termos desses contratos de fornecimento baseia-se em preços de mercado.
A Companhia adquire o propeno utilizado em suas plantas na Europa com base em preços de contratos mensais de propeno na Europa
(conforme divulgados pelo ICIS-LOR).
ii
Vendas e Marketing da Unidade EUA e Europa

A Unidade EUA e Europa vende produtos de polipropileno para cerca de 465 clientes. A Companhia possui um mix de produtos
diversificado que lhe permite atender uma ampla variedade de clientes finais em diversos setores. Em geral, os clientes da Unidade
EUA e Europa são produtores petroquímicos de terceira geração que fabricam uma ampla variedade de bens de consumo e industriais
que possuem o plástico como matéria-prima.

A tabela a seguir apresenta a receita líquida de vendas da Unidade EUA e Europa para os anos indicados abaixo:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


2018 2017 2016
(em milhões de reais)
Receita líquida de vendas:
EUA e Europa ....................................................................................... R$11.724,8 R$9.854,5 R$8.896,1

Um total de 30% das vendas de polipropileno na Unidade EUA e Europa são realizadas através de contratos de fornecimento de longo
prazo com nossos clientes. Esses contratos têm em geral um prazo inicial de dois anos, sendo automaticamente renováveis por períodos
de um ano, a menos que uma parte notifique a outra de sua intenção de não renovar. Os contratos também preveem quantidades mínimas
e máximas a serem compradas e entregas mensais.

O restante da produção de polipropileno da Unidade EUA e Europa é comercializada através de (1) sua força de vendas direta que
procura formar relacionamentos de fornecimento com clientes nacionais e estrangeiros, (2) um número seleto de distribuidores
autorizados a representar a marca Braskem nos mercados norte-americano e europeu, (3) revendedores que comercializam esses
produtos com marcas próprias nos mercados norte-americano e europeu, e (4) revendedores destes produtos em mercados internacionais.

Concorrência

A Unidade EUA e Europa é basicamente um negócio de commodities e compete com companhias locais, regionais e internacionais,
algumas das quais têm mais recursos financeiros, de pesquisa e desenvolvimento, de produção e outros do que a Companhia. Embora
os fatores concorrenciais variem entre as linhas de produtos, a posição competitiva da Companhia se baseia, essencialmente, nos custos
das matérias-primas e de produção, preços de venda, qualidade e tecnologia dos produtos, tecnologia de fabricação, acesso a novos
mercados, proximidade de mercados e atendimento e assistência ao cliente.

Nossos principais concorrentes em vendas de polipropileno na América do Norte são outras grandes companhias petroquímicas
internacionais. Em geral, a demanda ocorre em função do crescimento econômico na América do Norte e no restante do mundo.

Nossos principais concorrentes em vendas de polipropileno na Europa são outras grandes companhias petroquímicas internacionais. Em
geral, a demanda ocorre em função do crescimento econômico na Europa e no restante do mundo.

ii
Unidade do México

A Braskem e o Idesa, S.A. um dos principais grupos petroquímicos do México, formaram a Braskem Id .A.P.I. em abril de 2010,
esa S

em que a Braskem possui 75% do capital total e o Idesa possui os 25% restantes, com o objetivo de desenvolver, construir e operar o
Complexo Petroquímico do México, no estado mexicano de Veracruz. Em abril de 2016, a Braskem Idesa iniciou a operação comercial
do Complexo Petroquímico do México. Como resultado do início das operações do Complexo Petroquímico do México, a Companhia
passou a reconhecer os resultados da unidade de negócios do México como um segmento separado em suas demonstrações financeiras
nas datas e períodos findos após 1º de janeiro de 2017.

Produtos da Unidade do México

O negócio do México produz eteno, PEAD e PEBD no Complexo Petroquímico do México. Todo o eteno produzido pelo Complexo
Petroquímico do México é utilizado como matéria-prima para a produção de polietileno no complexo. Em 2018, a unidade registrou
volume de vendas de 798.840 toneladas de polietileno. Assim como a Unidade de Poliolefinas, o Complexo Petroquímico do México
fabrica uma ampla linha de grades de polietileno para aplicações finais e industriais, incluindo filmes plásticos para embalagens
industriais e de alimentos, garrafas, sacolas de compra e outros bens de consumo, recipientes, peças automotivas e eletrodomésticos.

As tecnologias selecionadas para a Unidade México são comprovadas e consideradas modernas com excelente registro de
rastreamento no mercado petroquímico, sendo uma vantagem competitiva no atendimento aos clientes da Braskem para atender suas
necessidades específicas através da adaptação e modificação de produtos de polietileno.

Instalações de Produção na Unidade do México

A Unidade do México opera quatro unidades industriais localizadas no Complexo Petroquímico do México, entre elas:

 uma central (cracker) de eteno, com capacidade anual de produção de 1.050 mil toneladas de eteno, que entrou em
operação em março de 2016;

 duas plantas de polietileno de alta densidade, com capacidade combinada de produção de 750 mil toneladas, que entraram
em operação em abril de 2016; e

 uma planta de polietileno de baixa densidade, com capacidade combinada de produção de 300 mil toneladas por ano, e
que entrou em operação em junho de 2016.

Capacidade Produção
anual de No exercício findo em 31 de dezembro de
Unidade produção 2018 2017 2016
(em toneladas)

México (Polietileno) ..................................................... 1.050.000 808.388 923.540 443.180

Matérias-Primas da Unidade do México

A principal matéria-prima utilizada no Complexo Petroquímico do México é o etano, além de outras matérias-primas como hexeno,
propeno e polialdeído (PAL). Outros químicos, catalisadores, aditivos e utilidades, como gás natural, eletricidade e nitrogênio, são
utilizados na produção de polietileno no Complexo Petroquímico do México.

Etano

Etano é a principal matéria-prima utilizada na produção de eteno no Complexo Petroquímico do México e representa o principal
custo de produção e operacional do Complexo do México. O preço do etano adquirido pela Companhia varia conforme a flutuação de
preço da referência internacional do insumo em dólares.

Eteno

Todo o eteno produzido pelo Complexo Petroquímico do México é consumido pelas plantas de polietileno do próprio complexo.

Outros Materiais e Utilidades

A Unidade do México utiliza gás natural como o principal combustível do seu processo de produção, fornecido pela PEMEX por
meio da CENAGAS.
ii
A Unidade do México utiliza hexeno como matéria-prima na fabricação de PEAD. A Companhia importa o hexeno utilizado no
Complexo Petroquímico do México de fornecedores nos Estados Unidos.

A Unidade do México utiliza catalisadores fornecidos pela Ineos Europe Limited.

Contratos de Fornecimento da Unidade do México

Etano

A Braskem Idesa possui contrato de fornecimento de etano com a Pemex TRI celebrado em 19 de fevereiro de 2010, segundo o
qual a Pemex TRI é obrigada a fornecer, e a Braskem Idesa é obrigada a adquirir, 66 mil barris por dia de etano para o Complexo do
México durante 20 anos a preços baseados na maior referência entre etano puro Mont Belvieu ou Henry Hub, preços internacionais de
referência em dólares destas matérias-primas. Nos termos do contrato, qualquer volume diário não recebido pela Braskem Idesa deverá
ser adquirido em parcelas durante as entregas subsequentes até que não haja mais volumes em aberto. O contrato foi celebrado em junho
de 2015, vence inicialmente em 2035 e é renovável por três períodos consecutivos de cinco anos, desde que fornecido, por qualquer das
partes, aviso prévio da intenção de renovação pelo menos dois anos antes do seu vencimento. A Pemex TRI poderá rescindir o contrato
nos seguintes casos: (1) falta de pagamento pela Braskem Idesa por mais de 180 dias após a notificação, ou (2) parada emergencial das
operações ou evento de força maior com duração superior a 48 meses.

O contrato de fornecimento de etano inclui cláusula de desempenho de entrega de volume de longo prazo que exige que a Pemex
TRI cumpra com a entrega de um volume de etano durante um período de seis meses equivalente a 70% do volume acordado nos termos
do contrato de fornecimento de etano (“Teste de Desempenho de Longo Prazo”). Em janeiro de 2019, as entregas de volumes da Pemex
TRI nos termos do Teste de Desempenho de Longo Prazo encontravam-se próximas do limite de 70%. Caso a Pemex TRI deixe de
cumprir o Teste de Desempenho de Longo Prazo, além do impacto negativo direto nos volumes de produção do Complexo Petroquímico
do México, ela poderia: (i) tornar a Companhia incapaz de gerar caixa suficiente para cumprir com seus compromissos de dívida perante
credores nos termos do Financiamento da Braskem Idesa; (ii) fazer com que tais credores acelerem o vencimento de tal endividamento,
e/ou (iii) exigir que a Braskem Idesa exerça o direito de rescisão e a opção de venda contra a Pemex TRI, o que forçaria a Pemex TRI
a adquirir o Complexo Petroquímico do México da Companhia. Para mais informações, consulte “Item 3. Informações Principais—
Riscos Relacionados à Companhia e à Indústria Petroquímica—A Companhia depende do etano fornecido pela Pemex TRI no México”
e “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—Investimentos—Joint Venture—Complexo Petroquímico do México”.

Energia Elétrica

O Complexo Petroquímico do México conta como sua própria usina geradora de energia elétrica, composta por uma turbina a gás
e duas turbinas a vapor, que geram mais de 100% das necessidades de energia do Complexo. Adicionalmente, o Complexo Petroquímico
do México está conectado à rede de alta tensão da Comisión Federal de Electricidad (distribuidora de energia elétrica estatal do México)
como fonte de back-up e para a venda de energia sobressalente no mercado spot. O Complexo Petroquímico do México gera todo o
vapor que consome, enquanto suas necessidades de água são supridas pela Comisión Nacional del Agua (gestora de água estatal do
México) nos termos de um contrato com vencimento em 2029 e possibilidade de renovação.

De maneira geral, a Companhia acredita contar com fontes alternativas suficientes e a preços razoáveis para cada um dos insumos
utilizados no processo produtivo de polietileno, de tal forma que a perda de qualquer fornecedor individual não produziria um efeito
material adverso em suas operações.

A principal matéria-prima utilizada para geração de energia é o gás natural, atualmente fornecido pela PEMEX por meio da
CENAGAS.

Vendas e Marketing da Unidade do México

A Unidade do México comercializa produtos de polietileno para 250 clientes no mercado mexicano. A Companhia possui um mix
de produtos diversificado, que lhe permite atender uma ampla variedade de clientes finais em diversos setores. Em geral, os clientes da
Unidade do México são produtores petroquímicos de terceira geração que fabricam uma ampla variedade de bens de consumo e
industriais que possuem o plástico como matéria-prima.

Vendas para o Mercado Interno Mexicano

No primeiro ano completo de operação do Complexo do México, desde seu início, a Companhia se concentrou no mercado interno
e na obtenção da aprovação dos seus produtos pelos clientes. Uma de suas prioridades tem sido desenvolver relacionamentos de longo
prazo com seus clientes e, devido à natureza dos mercados para os seus produtos de polietileno, a Companhia acredita ser capaz de
fortalecer a fidelidade de clientes durante períodos de menor demanda por polietileno ao tornar-se uma fonte confiável de fornecimento
para tais clientes em períodos de alta demanda. A Companhia trabalha em proximidade com seus clientes para atender as suas
necessidades, oferecer assistência técnica e coordenar a produção e entrega dos seus produtos.

ii
Considerando a infraestrutura logística e os centros de logística do Completo do México em diferentes regiões, a Companhia
consegue projetar a demanda dos clientes por região. Assim, é possível prever e planejar a produção e a logística com o intuito de
disponibilizar os produtos em tempo hábil e nos pontos de expedição. Com a carteira de produtos pode ser ajustada à natureza da
demanda do mercado mexicano, a Companhia possui uma maior flexibilidade para se adaptar e atender melhor tal mercado.

Além da venda direta de polietileno para clientes, a Unidade do México comercializa produtos no México através de distribuidoras
independentes. A Unidade do México é atendida por distribuidoras através das quais a Companhia distribui seus produtos de acordo
com contratos formais e operações no mercado à vista.

As distribuidoras são escolhidas com base na sua capacidade de fornecer serviços completos aos clientes, inclusive na sua
capacidade de elaborar os produtos da Companhia de maneira customizada. Tais distribuidoras comercializam os produtos de polietileno
da Companhia para fabricantes com necessidades menores de volume e são capazes de combinar diversos pedidos de entrega aos
clientes, os quais não seriam economicamente viáveis de a companhia atender. Além disso, ao atender clientes menores através de uma
rede de distribuidoras, os gerentes de conta da Companhia podem concentrar seus esforços em prestar serviços de alta qualidade para
um número menor de grandes clientes, atendidos diretamente.

Exportações

O principal foco da Unidade do México é manter a posição de liderança da Companhia no mercado mexicano, mantendo seu
volume de exportações com o objetivo de administrar a relação entre a sua capacidade de produção e a demanda interna por seus
produtos. A Companhia acredita que sua presença contínua em mercados internacionais é essencial para administrar qualquer excesso
de capacidade no mercado interno mexicano. O excesso de volume é exportado para diversas regiões, como América do Norte, Ásia e
Europa, utilizando as forças de vendas já existentes e complementando a carteira nessas regiões, junto com os produtos exportados do
Brasil. A fim de fazer uso dos canais de venda já estabelecidos da Braskem nos Estados Unidos e na Europa, a estratégia de exportações
da produção da unidade do México, para essas regiões, consiste em desenvolver e reter clientes, procurando aumentar o valor agregado
nas exportações, especialmente considerando a competitividade logística para atender os Estados Unidos. Esse novo complexo de
polietileno reforça a posição da Braskem com os clientes de polietileno do mundo todo, melhorando a sua posição na América do Norte.

Preços e Condições de Vendas

O preço de venda de polietileno no mercado interno mexicano é calculado com base nos preços de exportação norte-americanos.
Os clientes da Companhia no México podem pagar o montante integral no momento da entrega ou optar por pagamento a prazo, exigido
integralmente dentro de até 60 dias após a entrega.

As exportações do Complexo do México consistem em volumes enviados a Ásia, Europa e EUA por meio tradings e distribuidoras.
A precificação é baseada nos preços do mercado internacional à vista. Todas as vendas a esses mercados são realizadas através de letras
de crédito. Conforme discutido no item “–Exportações” acima, desde o início de 2017, a Unidade do México tem se concentrado em
exportar seus produtos diretamente para clientes nos Estados Unidos e Europe, com aumento do valor líquido das exportações.

Concorrência

A Companhia possui a maior capacidade anual de produção de polietileno do México. No país, ela concorre com uma subsidiária da
Pemex e com importadores de polietileno, principalmente produtores localizados nos Estados Unidos e na América do Sul. A
Companhia concorre pelas exportações dos seus produtos de polietileno com produtores outros países da América Latina e mercados
dos Estados Unidos. O segmento de exportação da Companhia é um negócio de commodities, concorrendo com uma série de produtores
de resinas, alguns deles contando com recursos financeiros, de pesquisa e desenvolvimento, de produção e outros maiores que os da
Companhia. A posição competitiva da Braskem nos mercados de exportação em que atua se baseia, essencialmente, nos custos das
matérias-primas, preços de venda, qualidade dos produtos e atendimento e assistência ao cliente.

Unidade de Vinílicos

A Companhia era líder na produção de PVC no Brasil com base em seu volume de vendas e capacidade instalada em 2018. Em 31 de
dezembro de 2018, suas fábricas de PVC apresentaram a segunda maior capacidade média anual de produção da América Latina. A
Unidade de Vinílicos gerou uma receita líquida de venda de R$ 3.167,4 milhões em 2018, ou 4,4%, da receita líquida de vendas de
todos os segmentos divulgados.

A Unidade de Vinílicos é a única produtora verticalmente integrada de PVC do Brasil. Nossa produção de PVC é integrada por meio
da produção de cloro, eteno e outras matérias-primas. A Unidade de Vinílicos também fabrica soda cáustica, que é principalmente
utilizada por fabricantes de alumínio, papel e celulose e sabonete.

Em 2018, a participação da Companhia no mercado brasileiro de PVC correspondia a aproximadamente 49% e no mercado brasileiro
de soda cáustica, de 22% (excluindo o consumo de alumina por companhias localizadas no norte e nordeste do Brasil), com base no
volume de vendas da Unidade de Vinílicos.

ii
Produtos da Unidade de Vinílicos

A tabela a seguir apresenta a composição das vendas da Unidade de Vinílicos por linha de produto nos exercícios indicados.

Exercício encerrado em 31 de
dezembro de
2018* 2017* 2016*
(milhares de toneladas)
PVC ............................................................................................................ 490,1 525,7 528,3
Soda cáustica .............................................................................................. 345,5 407,6 442,5
Outros (1).................................................................................................... 86,2 103,7 112,1
Total de vendas no mercado interno ........................................................... 921,8 1.037,0 1.083,0
Total de vendas no mercado externo .......................................................... 49,4 89,5 122,7
Total vendas Unidade de Vinílicos ............................................................. 971,2 1.126,5 1.205,7

__________________________
(1) Inclui cloro, hidrogênio, soda cáustica em flocos e hipoclorito de sódio.
(*) Não auditado.

Instalações industriais da Unidade de Vinílicos

A Companhia possui cinco unidades de produção de vinílicos. Duas estão localizadas no Complexo Petroquímico de Camaçari e três
outras estão localizadas no estado de Alagoas.

A tabela abaixo mostra, para cada um dos principais produtos de vinílicos, a capacidade anual de produção em 31 de dezembro de 2018
e a produção anual nos exercícios apresentados.

Capacidade Produção
Anual de Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Principais Produtos Produção 2018 2017 2016
(em toneladas)
PVC 710,0 533,2 611,2 594,0
Soda Cáustica 539,0 329,2 423,6 453,2
______________

Matérias-primas da Unidade de Vinílicos

Eteno

O custo direto mais significativo associado à produção de PVC é o custo do eteno, que em 2018 respondeu por 48% do custo total dos
produtos vendidos da Unidade de Vinílicos. A Unidade de Químicos fornece a totalidade do eteno requerido pela Unidade de Vinílicos.

Energia elétrica

A energia elétrica constitui componente significativo do custo de nossa produção de cloro e soda cáustica. Em 2018, representou 14%
do custo total de produtos vendidos da Unidade de Vinílicos. A Unidade de Vinílicos recebe eletricidade de diversas geradoras mediante
contratos de compra de energia de longo prazo (vide Unidade de Químicos – Dados de fornecimento e precificação da Unidade de
Químicos – Energia Elétrica).

Sal

Em 2018, a Companhia consumiu 594.348 toneladas de sal. O sal representou 1% do custo total de produtos vendidos da Unidade de
Vinílicos em 2018. A Companhia tem direitos exclusivos de exploração de mina de sal localizada próximo à planta de Alagoas. Segundo
nossas estimativas, a mina tem reservas suficientes de sal para permitir a produção de cloro às taxas previstas de produção durante 35 a
45 anos. Dispomos de significativas vantagens de custo em comparação com alguns concorrentes graças aos baixos custos de extração
de sal-gema (particularmente em comparação com o sal marinho), baixos custos de transporte, em razão da proximidade da mina de sal
de nossa unidade industrial.

Vendas e Comercialização de nossa Unidade de Vinílicos

Existe uma ligação estrutural entre os mercados de PVC e soda cáustica porque a soda cáustica é um subproduto da produção do cloro
necessário para produzir PVC. Quanto maior a demanda por PVC, maior será a produção de soda cáustica, levando a um aumento de
ii
oferta deste produto e, geralmente, a preços mais baixos. Por outro lado, quando a demanda de PVC é baixa, os preços da soda cáustica
tendem a subir.

Realizamos a maioria de nossas vendas de PVC e soda cáustica diretamente a clientes brasileiros sem intermediação de distribuidores
independentes. Contudo, a Unidade de Vinílicos mantém relações contratuais por meio de cinco centros de distribuição, que fornecem
suporte logístico, localizados em Paulínia e Barueri, ambas no estado de São Paulo, em Joinville, no estado de Santa Catarina, em
Extrema, no estão de Minas Gerais e em Araucária, no estado do Paraná. Ademais, operamos, de maneira não exclusiva, doze unidades
de armazenagem de PVC e seis unidades de tancagem em terminais para soda cáustica, estrategicamente situadas ao longo da costa
brasileira, o que os permite entregar nossos produtos a clientes no formato "just-in-time". A Unidade de Vinílicos atua em estreita
colaboração com seus clientes, trabalhando em conjunto para melhorar produtos existentes, bem como desenvolver novas aplicações
para PVC. Nossos grupos de comercialização e assistência técnica também prestam consultoria a clientes e clientes em potencial que
estejam considerando a instalação de equipamentos industriais para fabricação de produtos finais de PVC.

Além disso, a Unidade de Vinílicos fornece ao mercado brasileiro o PVC emulsão e outros copolímeros com valor mais alto por
importações da Colômbia por meio de contrato de longo prazo com a Mexichem. Nossos clientes principais atuam nos setores de
laminados, calçados e automóveis. Esses produtos representaram 1,9% do volume consolidado de vendas da Companhia em 2018.

Preços e condições de vendas

Determinamos os preços internos de nossas resinas de PVC tomando por referência principalmente os preços pagos por produtores de
terceira geração brasileiros por importações de PVC, que em geral refletem o preço no mercado à vista do Nordeste da Ásia. O prazo
de entrega, qualidade e serviços técnicos também afetam os níveis de vendas das resinas de PVC. Estabelecemos nossos preços internos
de soda cáustica com base no preço de mercado internacional. Em 2018, 48% das nossas vendas de soda cáustica foram realizadas de
acordo com contratos em geral com prazos de um a três anos, podendo incluir tetos e pisos de preços e volumes.

Concorrência

PVC

A Braskem e a Unipar Carbocloro (antiga Solvay), ou Unipar, são os dois únicos produtores de PVC do Brasil. A capacidade de
produção anual instalada da Unipar no Brasil é de 300.000 toneladas, em comparação com a capacidade anual de produção da
Companhia de 710.000 toneladas. As fábricas da Unipar no Brasil estão localizadas em São Paulo e, portanto, mais próximas do
principal mercado de PVC do Brasil do que nossas instalações. No entanto, acreditamos que nossas capacidades verticais de produção,
nossas modernas plantas de PVC em suspensão, nosso forte atendimento ao consumidor e nossos programas de assistência técnica nos
possibilitam compensar qualquer desvantagem competitiva devido à distância e concorrer de forma eficiente com a Unipar.

A Companhia também concorre com a planta da Unipar na Argentina e com outros importadores de PVC. A Unipar tem uma planta de
PVC na Argentina, além de suas instalações no Brasil. As importações representaram 7% do consumo brasileiro de PVC em 2018. O
PVC produzido no país tem atualmente preços competitivos em relação ao PVC importado, considerando que o nosso preço é baseado
no mercado internacional.

A Braskem também concorre com outros produtores de termoplásticos que fabricam os mesmos produtos de PVC ou substitutos de
produtos da linha de PVC da Companhia. As resinas termoplásticas, principalmente polietileno e polipropileno, são aplicadas em alguns
casos como substitutas do PVC. Madeira, vidro e metais também são em alguns casos utilizados como substitutos do PVC.

Soda cáustica

De acordo com a IHS e a Associação Brasileira da Indústria de Álcali, Cloro e Derivados (Abiclor), os três maiores produtores de soda
cáustica no Brasil, incluindo a Braskem, responderam por 92% da capacidade do país em 2018. A Companhia e outro companhia
petroquímica internacional atuam nesse mercado em todo o Brasil, enquanto os outros produtores nacionais desse produto têm em geral
uma atuação local ou regional. As importações representaram 31% do consumo total de soda cáustica no Brasil em 2018.

Os principais concorrentes no mercado de soda cáustica em outras partes da América do Sul são a outras companhias petroquímicas
internacionais que operam no Brasil e produtores localizados na Costa do Golfo dos EUA.

Tecnologia, pesquisa e desenvolvimento

Licenças tecnológicas

A Companhia depende da tecnologia de terceiros para os processos produtivos em várias de suas instalações, incluindo as centrais
petroquímicas e unidades fabris de PE e PP. As operações da Companhia podem ser afetadas negativamente se as licenciadoras terceiras
não renovarem ou não continuarem a oferecer suporte técnico suficiente nos termos dos contratos de licenciamento ou suporte técnico
firmados com a Companhia.

ii
A maioria dos contratos de licenciamento originais, referentes às unidades de Químicos da Companhia no Brasil, já venceu. No entanto,
novos Contratos de Suporte Técnico foram firmados para otimização do desempenho das plantas. Não foram firmados contratos de
licenciamento para construção de plantas desde 2016. No México, a Companhia tem um Contrato de Licenciamento em vigor referente
à central petroquímica.

A Companhia opera unidades de Vinílicos somente no Brasil. O contrato de licenciamento mais recente, relativo às unidades de
Vinílicos, foi assinado em 2008 e rescindido em 2013. Os efeitos de tal contrato de licenciamento com relação ao período temporário
após a rescisão permaneceram até o exercício findo em 31 de dezembro de 2018, e atualmente não há contrato de suporte técnico em
vigor. Não foram firmados contratos de licenciamento para construção de plantas desde 2016.

No tocante às unidades de Poliolefinas, a Braskem utiliza diversas tecnologias de processo licenciadas junto a grandes companhias
licenciadoras, de acordo com contratos sem exclusividade firmados no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha. Para algumas
dessas licenças, a Braskem paga royalties com base no volume produzido a partir da utilização da tecnologia licenciada em cada
trimestre, além de participar de encontros de intercâmbio técnico para compartilhar e receber informações sobre melhorias nos termos
do respectivo contrato de licenciamento ou de suporte técnico. Para alguns projetos específicos, a Braskem celebrou contratos de
desenvolvimento conjunto com as licenciadoras originais e/ou outros parceiros de tecnologia de acordo com prazos exclusivos e
condições de compartilhamento de custos. Não foram firmados contratos de licenciamento para construção de plantas desde 2016.

Pesquisa e desenvolvimento

A capacidade da Companhia de competir nos mercados onde atua depende de sua capacidade de integrar novas tecnologias
desenvolvidas pela Braskem e por terceiros, a fim de baixar custos e oferecer novos produtos. Além disso, a capacidade de desenvolver
novos produtos e customizar produtos já existentes reforça os relacionamentos com os clientes.

A Companhia desenvolve tecnologias em seus centros de pesquisa e desenvolvimento: (1) Centro de Inovação e Tecnologia em Triunfo,
Rio Grande do Sul, Brasil; (2) Centro de Inovação e Tecnologia em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA; (3) Centro de Pesquisa em Química
Renovável em Campinas, São Paulo, Brasil; (4) Centro de Desenvolvimento de Tecnologia de Processos em Mauá, São Paulo, Brasil;
(5) Centro Técnico Europeu, em Wesseling, Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha; e (6) Centro Técnico mexicano em Nanchital, Vera
Cruz, México, onde desenvolvemos novos processos, produtos e aplicações para diversos segmentos do mercado e que reuniam 299
funcionários em 31 de dezembro de 2018. Através destes centros, a Companhia coordena e executa programas de pesquisa e
desenvolvimento, que incluem operações de: (1) plantas-piloto; (2) laboratórios de catálise, polimerização e ciência de polímeros; e (3)
engenharia de processos e pesquisa com fontes renováveis.

A Braskem continua empreendendo esforços para desenvolver soluções de produtos a partir de matérias-primas renováveis por meio de
projetos internos e colaborações e parcerias com terceiros diversos.

Em novembro de 2017, a Braskem e a dinamarquesa Haldor Topsoe, líder mundial em catalisadores e ciência de superfícies, assinaram
um acordo de cooperação tecnológica para desenvolver uma rota pioneira de produção de monoetileno glicol (MEG) proveniente do
açúcar. Com o acordo, a Braskem busca expandir sua carteira de produtos renováveis para oferecer novas soluções que complementam
seu polietileno a partir de matéria-prima renovável comercializada com o selo I’m greenTM.

Manutenção

A maior parte dos nossos serviços de manutenção é realizada por terceiros. A título exemplificativo, mantemos contratos com a
Construtora Norberto Odebrecht (CNO), uma subsidiária do acionista controladora da Companhia, Odebrecht, a Asea Brown Boveri
Ltd. Cegelec Ltda. Rip Serviços Industriais S/A, Cl Engenharia Ltda. e outros prestadores de serviço tendo por objeto a manutenção da
Unidade de Petroquímicos Básicos dos Polos de Camaçari e de Triunfo. Realizamos, ademais, algumas de nossas atividades de
manutenção periódica, através de nossa pequena equipe de técnicos de manutenção, aos quais incumbe também coordenar o
planejamento e a execução dos serviços de manutenção realizados por terceiros.

Unidade de Químicos

A manutenção periódica das plantas de químicos requer a paralisação total das plantas de tempos em tempos, sendo o trabalho
geralmente concluído em 30 a 45 dias. Ocasionalmente procedemos a outras interdições breves de nossas operações sem afetar de
maneira relevante nossa produção, principalmente para fins de manutenção, regeneração de catalisadores e limpeza de equipamentos.
Além disso, como possuímos duas unidades independentes de Olefinas e duas unidades independentes de Aromáticos no Polo de
Camaçari e duas unidades independentes de Olefinas no Polo de Triunfo, podemos dar continuidade à produção de químicos sem
interrupção, ainda que certos serviços de manutenção estejam em curso.

Programação das próximas paradas:

 unidades Aromáticos 1 e Olefinas 1 do Polo de Camaçari em 2019;

ii
 unidades Olefinas e Aromáticos do Polo de São Paulo em 2020;

 unidades Olefinas 1 e Aromáticos 1 do Polo de Triunfo em 2021; e

 unidades Olefinas 2 e Aromáticos 2 do Polo de Camaçari em 2022.

Plantas das Unidades de Poliolefinas, Vinílicos e EUA e Europa

A Companhia mantém um programa de manutenção periódica de cada uma das plantas de poliolefinas. A produção em cada uma das
plantas da Unidade de Poliolefinas é em geral interrompida por sete a 20 dias a cada dois anos para permitir vistoria e manutenção
periódicas. Além disso, são feitas outras breves interrupções para fins de manutenção que não afetam de maneira relevante a produção
de poliolefinas. É feita a coordenação dos ciclos de manutenção das plantas de poliolefinas com aqueles das plantas de petroquímicos
básicos. Embora as instalações de químicos precisem ser fechadas por até 30 dias para manutenção, as instalações de poliolefinas podem
ser fechadas por períodos menores, já que sua operação e manutenção são menos complexas que as das instalações de químicos. Da
mesma forma, as unidades dos EUA e Europa procuram coordenar os ciclos de manutenção com as rotinas dos seus maiores
fornecedores.

Dispomos de um programa de manutenção periódica para cada uma de nossas plantas de vinílicos. Nossas plantas de PVC de Camaçari
e Alagoas são em geral paralisadas por 15 a 20 dias a cada dois anos, permitindo sua vistoria e manutenção periódica. Nossa planta de
soda cáustica e cloro de Alagoas para uma vez por ano, durante três dias, para manutenção de diferentes partes da planta. A planta de
soda cáustica e cloro de Camaçari não requer paralisações prolongadas para manutenção, sendo paralisada durante dois ou três dias a
cada ano.

Legislação ambiental

A Companhia, assim como outras produtoras petroquímicas, está sujeita a severas leis e regulamentos ambientais federais, estaduais e
locais relacionados à saúde humana, ao manejo e disposição de resíduos sólidos e perigosos e à descarga de poluentes no ar e na água.
Os produtores petroquímicos estão algumas vezes sujeitos a percepções de mercado desfavoráveis devido ao impacto ambiental de seus
negócios, o que pode ocasionar um efeito adverso nos resultados de suas operações.

As despesas anuais consolidadas da Companhia com atendimento ao controle ambiental somaram R$ 353,3 milhões em 2018, R$ 330,1
milhões em 2017 e R$ 427,1 milhões em 2016, o que inclui investimentos, tratamento de resíduos e efluentes, gestão de emissões,
licenças ambientais, passivos ambientais e outras despesas ambientais.

Os custos e investimentos relacionados a questões de meio ambiente, saúde ou segurança estão sujeitos a exigências regulatórias em
desenvolvimento, e dependerão do momento de promulgação e entrada em vigor de normas específicas que imponham as exigências.

Atendimento às Leis Ambientais no Brasil

O governo brasileiro promulgou uma Lei de Crimes Ambientais em 1998 impondo sanções criminais a pessoas físicas e jurídicas que
causem danos ambientais. As pessoas jurídicas que estiverem poluindo poderão ser multadas em até R$ 50,0 milhões, ter suas operações
suspensas, ser impedidas de firmar contratos com o governo, ser obrigadas a reparar os danos por elas causados e perder o direito a
certos benefícios e incentivos fiscais. Os diretores, conselheiros e demais pessoas físicas poderão cumprir penas de até cinco anos de
detenção por crimes ambientais.

As operações da Companhia atendem, em todos os aspectos significativos, a legislação ambiental atualmente em vigor. Alguns estudos
ambientais contratados pela Companhia indicaram casos de contaminação ambiental em algumas de nossas plantas. Ademais, a
Companhia e alguns de seus diretores receberam notificações eventuais referentes a violações ambientais de menor gravidade e estão
ou estiveram sujeitos a investigações ou procedimentos judiciais em razão de certas alegadas violações ambientais. Essas questões
ambientais e quaisquer questões ambientais futuras que possam surgir podem nos sujeitar a multas ou outras sanções civis ou criminais
impostas pelas autoridades brasileiras.

Licenças de funcionamento

As leis e regulamentos ambientais federais e estaduais brasileiras requerem a obtenção de licenças de funcionamento para nossas
unidades industriais. Se qualquer de nossas licenças e alvarás ambientais expirar ou deixar de ser renovada, ou se não obtivermos as
licenças e alvarás ambientais necessários, estaremos sujeitos a multas que variam de R$ 500 a R$ 50,0 milhões, podendo o governo
brasileiro suspender, parcial ou totalmente, nossas atividades e nos impor sanções civis e criminais.

Cada estado no qual operamos possui suas próprias regras ambientais e as autoridades de cada estado emitiram permissões de operação
que devem ser renovadas periodicamente. Além disso, todos os projetos de instalação e operação de instalações industriais no Polo de
Camaçari, Polo de Triunfo, Polo de São Paulo e Polo do Rio de Janeiro estão sujeitas a aprovação de diversas agências de proteção
ambiental, que devem aprovar os projetos instalados anteriormente ao início das operações, além de renovar tais aprovações
periodicamente. As autoridades estaduais emitiram permissões de operações para todas plantas, conforme segue: Polo de Camaçari

ii
(BA), Polo de Triunfo (RS), Polo de São Paulo e unidades de Cubatão, Santo André, Mauá e Paulínia (SP), Polo do Rio de Janeiro (RJ)
e plantas de Alagoas (AL). A Companhia detém todas as permissões necessárias, e possuímos um sistema de gestão implementado que
assegura que as licenças que irão expirar sejam encaminhadas para renovação em tempo hábil.

Resíduos industriais

A Companhia Riograndense de Saneamento, ou Corsan, companhia estatal do meio ambiente, opera um sistema integrado para o
tratamento de efluentes líquidos, ou Sitel, no Complexo Petroquímico de Triunfo. O Sitel trata a água residual gerada pela Companhia
e por outros produtores petroquímicos em uma estação de tratamento de efluentes líquidos localizada no Complexo Petroquímico de
Triunfo. Essa estação de tratamento também compreende um sistema para a coleta e disposição de água residual contaminada.

A água residual gerada pela Companhia no Polo do Rio de Janeiro é tratada em uma estação de tratamento de efluentes líquidos
localizada naquele Polo. Essa estação de tratamento também compreende um sistema para a coleta e disposição da água residual
contaminada. Os resíduos sólidos perigosos são coprocessados em fornos de cimento ou incinerados, enquanto outros tipos de resíduos
sólidos são despejados em aterros sanitários aprovados pela Companhia.

A água residual gerada pela Companhia no Polo de São Paulo é tratada em uma estação de tratamento de efluentes líquidos localizada
naquele Polo. Essa estação de tratamento também conta com um sistema de coleta e descarte de água residual contaminada, enquanto
resíduos perigosos gerados no Polo de São Paulo são incinerados em fornos de cimento e outros tipos de resíduos sólidos são descartados
em aterros sanitários.

Nas instalações da Companhia na Bahia, toda a água residual é transportada para a instalação de tratamento de água residual da
Companhia. Os resíduos sólidos são incinerados em fornos de cimento ou incineradoras, e o resíduo remanescente é descartado em
aterros sanitários.

No Complexo de Alagoas, os resíduos organoclorados são incinerados, formando vapor e efluentes. Todos os efluentes passam pela
estação de tratamento localizada no complexo. Os resíduos sólidos são separados e descartados em aterros.

Além disso, a Companhia possui uma série de programas de reciclagem, que incluem a reciclagem de resíduos sólidos e efluentes. A
Companhia recicla ou reutiliza 38,3% do resíduo sólido gerado por suas instalações e 26,9% da água utilizada em seus processos de
produção.

Amianto

A maior planta de cloro-soda da Companhia, localizada em Alagoas, utilizava anteriormente tecnologia de célula de amianto para
produzir cloro e soda cáustica. Tal tecnologia não mais pode ser utilizada em novas unidades de produção de petroquímicos de acordo
com a legislação brasileira, e a tendência global é que essa tecnologia seja banida. Como resultado, em novembro de 2016, a Companhia
concluiu a migração para uma nova tecnologia de diafragma e eliminou a tecnologia baseada em amianto das suas unidades.

Cumprimento da Legislação Ambiental dos Estados Unidos

As operações da Companhia nos Estados unidos estão sujeitas às leis e regulamentos federais, estaduais e municipais dos Estados
Unidos que disciplinam a descarga de efluentes, armazenagem, manejo, gestão, transporte e descarte de material perigoso, resíduos
industriais e outros materiais no ambiente; o uso, armazenagem e manejo de vários tipos de produtos e materiais; e proteção da saúde e
segurança e do meio ambiente. Em muitos casos, licenças específicas devem ser obtidas para tipos específicos de operações, emissões
ou descartes. Por exemplo, as instalações nos estados do Texas, Pensilvânia e West Virginia devem manter diversas permissões relativas
à qualidade do ar e tratamento de água residual industrial, e cumprir com as exigências regulatórias relativas à gestão de resíduos. A
Companhia detém as permissões necessárias para operar suas instalações. Acreditamos que as operações da Companhia nos Estados
Unidos atendem em todos os aspectos relevantes às leis e regulamentos ambientais federais, estaduais e municipais em vigor naquele
país.

Como ocorre com o setor petroquímico dos Estados Unidos em geral, o cumprimento das leis e regulamentos existentes e previstos
aumenta o custo total de operação das atividades das plantas nos EUA, incluindo custos operacionais e custos de capital para construir,
manter e modernizar equipamentos e dependências. Essas leis e regulamentos exigem e prevê-se que continuarão a exigir que a
Companhia incorra em dispêndios de capital e despesas.

A Clean Air Act, lei promulgada em 1990 nos Estados Unidos, determina que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) deve
estabelecer as Normas Nacionais de Qualidade do Ar Ambiente (NAAQS) para poluentes considerados prejudiciais à saúde pública e
ao meio-ambiente. A Clean Air Act requer uma revisão periódica dos conceitos científicos nos quais as normas são baseadas, e das
normas em si. NAAQS para o ozônio e partículas finas (conhecidas como PM2.5), promulgadas pela EPA, resultaram na identificação
de áreas de não conformidade em todo o país, entre elas determinadas áreas nos estados do Texas, Pensilvânia e West Virginia, locais
onde a Braskem America opera instalações. Como resultado dessas designações de não conformidade pela EPA, as agências locais ou
estaduais de controle da poluição do ar irão aplicar exigências de licenciamento e/ou controle com o objetivo de reduzir emissões de
precursores de ozônio (óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis) e partículas finas (inclusive das normas precursoras

ii
PM2,5), de forma a demonstrar o cumprimento das NAAQS aplicáveis. Tais exigências podem incluir a imposição de exigências de
compensação e poderiam resultar em maiores exigências de controle de emissões. Além disso, em 24 de agosto de 2016, a EPA finalizou
as exigências para órgãos estaduais e locais encarregados da norma atual PM2,5 NAAQS. Tais exigências podem levar a exigências
adicionais específicas por estado, visando reduzir as taxas de emissão permitidas pelo PM2,5 ou normas precursoras de poluentes. Em
outubro de 2015, a EPA reduziu o limite NAAQS primário e secundário para ozônio de 0,075 ppm para 0,070 ppm. Tais exigências
estaduais específicas seriam aplicáveis através de processos plurianuais. Quaisquer regulações implementando a mudança não devem
entrar em vigor nos próximos anos.

Além das exigências de licenciamento e/ou controle que podem resultar da implementação das NAAQS em nível estadual e municipal,
a EPA pode promulgar novos ou revisados Padrões de Desempenho de Fontes Novas ou Padrões de Emissão Nacional de Poluentes
Perigosos federais que seriam aplicados a certas operações e podem exigir a instalação ou modernização dos equipamentos de controle
a fim de satisfazer os limites aplicáveis de emissões e/ou normas operacionais segundo tais programas regulatórios. Os atuais
regulamentos propostos pela EPA nessa área não se aplicariam especificamente às operações da Braskem America.

Adicionalmente, existem diversas medidas legislativas e reguladoras a respeito de emissões de gases do efeito estufa em várias etapas
de análise, discussão ou implantação pelo Congresso dos Estados Unidos e pela EPA. Em outubro de 2015, a EPA concluiu novas
regulamentações (conhecidas como Plano de Energia Limpa) visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa de unidades geradoras
elétricas atuais, novas e reformadas. Em fevereiro de 2016, o Supremo Tribunal dos EUA embargou a implementação do Plano de
Energia Plano, sujeito a revisão judicial. Em 16 de outubro de 2017, a EPA propôs a revogação do Plano de Energia Limpa, mas tal
proposta não foi finalizada. Em 21 de agosto de 2018, a EPA propôs a substituição do Plano de Energia Limpa pela Norma de Energia
Limpa Acessível. Embora neste momento não seja possível prever o impacto final dessas regulamentações sobre a Braskem America e
a indústria petroquímica dos Estados Unidos em geral, elas poderiam acarretar no aumento dos custos de utilidades incorridos na
operação e manutenção das instalações da Companhia nos Estados Unidos. Ademais, os regulamentos futuros que venham a limitar as
emissões de gases do efeito estufa ou o teor de carbono de produtos, que visem setores específicos como o da fabricação de produtos
petroquímicos, poderiam afetar negativamente a capacidade da Companhia de levar adiante as atividades da Braskem America, podendo
também fazer diminuir a demanda de seus produtos. As atuais regulamentações propostas pela EPA nessa área não se aplicariam
especificamente às operações da Braskem America.

Cumprimento da Legislação Ambiental do México

A Braskem Idesa no México está sujeita às leis e regulamentos federais, estaduais e municipais que disciplinam a descarga de efluentes
e emissões no ambiente; a geração, armazenamento, manejo, gestão, transporte e descarte de resíduos perigosos, resíduos industriais e
outros tipos de resíduos; o uso, armazenamento e manejo de diversos tipos de produtos e materiais; e a proteção da saúde humana,
segurança e meio ambiente. Licenças específicas podem ser exigidas para certos tipos de operações.

A Produção de Eteno e Misturas De Hidrocarbonetos Aromáticos requer permissão da Secretaria de Energia e Comissão Federal sobre
Riscos Sanitários (COFEPRIS) relacionada à gestão de riscos e saúde pública. A legislação mexicana regula a emissão de partículas,
ozônio, fontes fixas e todos os aspectos relacionados a gases do efeito estufa (GEE). Existem ainda leis sobre recursos hídricos,
tratamento de efluentes e condições específicas para descarte dos efluentes. As operações no México atendem a todas as leis e
regulamentos ambientais federais, estaduais e locais.

No México, a Procuradoria Federal de Proteção ao Meio Ambiente (PROFEPA) verifica o cumprimento dos regulamentos e licenças
do país por meio de auditoria.

A violação de regulamentos mexicanos pode levar a multas econômicas e sanções administrativas, incluindo a parada de operações em
determinados casos.

Cumprimento da Legislação Ambiental na Alemanha e na União Europeia

As operações da Companhia na Alemanha estão sujeitas às leis federais, estaduais e municipais alemãs, bem como regulamentos que
regem a descarga de efluentes e emissões no meio ambiente, bem como o manuseio e descarte de resíduos industriais ou relacionados
à proteção do meio ambiente e gestão de resíduos. As operações da Companhia na Alemanha atendem em todos os aspectos materiais
às leis ambientais alemãs federais, estaduais e locais, bem como os regulamentos em vigor.

Assim como no setor petroquímico da União Europeia em geral, o atendimento a leis e regulamentos alemães existentes e futuros
aumenta o custo global de operar os negócios na Europa, inclusive custos operacionais e custos de construção, manutenção e atualização
de equipamentos e instalações. Tais leis e regulamentos exigem, e devem continuar a exigir, que a Companhia realize gastos de capital
e de despesas.

Nas instalações de Schkopau e Wesseling na Alemanha, a Companhia deve manter permissões de gestão de ar, radiação, água residual
e resíduos emitidas. A Companhia detém todas as permissões necessárias.

Além disso, as instalações em Wesseling e Schkopau, na Alemanha, estão sujeitas aos regulamentos europeus relativos a gases do efeito
estufa e um programa de limite e comercialização de tais emissões. A Companhia adquiriu créditos suficientes de CO2 para compensar
as emissões das operações até 2019/2020, considerando condições normais de operação. A Companhia irá adquirir qualquer licença
ii
adicional necessária para o mercado de comercialização de emissões. A Companhia não possui conhecimento de qualquer nova
regulamentação ambiental que possa afetar suas operações na Europa. Da mesma forma, a Companhia não pode estimar o potencial
impacto financeiro de quaisquer regulamentos futuros da União Europeia ou da Alemanha.

Sustentabilidade

Em abril de 2018, o conselho de administração da Companhia aprovou a sua política de desenvolvimento sustentável global. O objetivo
da política é incentivar o crescimento econômico, a preservação ambiental e a justiça social através do desenvolvimento de soluções
sustentáveis relacionadas à produção de produtos químicos e plásticos. Com relação a tais objetivos, a Companhia desenvolveu uma
abordagem baseada em três frentes: (1) busca e desenvolvimento de fontes e operações sustentáveis, (2) desenvolvimento e entrega de
um portfólio de produtos e serviços sustentáveis, e (3) parceria com clientes para a oferta de soluções sustentáveis que beneficiem a
sociedade como um todo.
Economia Circular
Em linha com o propósito da Companhia de contribuir para a transição de uma economia linear para uma economia circular,
demonstrando efetivamente o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a Braskem anunciou o seu posicionamento global
chamado de “Posicionamento da Braskem em Economia Circular”.
Através desse posicionamento, a Braskem assumiu o compromisso voluntário de que todas as suas unidades industriais adotem as
melhores práticas para reduzir ainda mais a perda de pellets (matéria-prima para a produção de produtos plásticos, formato através do
qual a maioria dos seus produtos são comercializados) nos seus processos industriais até 2020 e aderiu aos compromissos setoriais de
trabalhar para que a totalidade das embalagens plásticas sejam reutilizadas, recicladas ou recuperadas até 2040.
No posicionamento, a Braskem anunciou ainda as principais iniciativas globais para o atingimento dessas metas, sendo elas: (i) trabalhar
com os clientes e cadeias de valor na concepção de novos produtos para ampliar a eficiência, a reciclagem e a reutilização; (ii) aumentar
o investimento em produtos renováveis; (iii) desenvolver e apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias e da cadeia de reciclagem;
(iv) programas de engajamento de consumidores em consumo consciente, descarte correto e reciclagem; (v) utilização de ferramentas
científicas para escolher as opções mais sustentáveis; (vi) adoção de indicadores de reciclagem para embalagens plásticas; (vii) parcerias
para a compreensão, prevenção e solução do problema do lixo nos mares; e (viii) incentivo a políticas para melhoria da gestão de
resíduos.

Imobilizado

Nossos imóveis consistem principalmente de instalações de produção de petroquímicos em:

 Camaçari, no estado da Bahia;

 Triunfo, no estado do Rio Grande do Sul;

 Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro;

 São Paulo, Paulínia, Cubatão, Santo André e Mauá, no estado de São Paulo;

 Maceió e Marechal Deodoro, no estado de Alagoas;

 nos Estados Unidos em La Porte, Freeport e Seadrift, estado do Texas; Marcus Hook, estado da Pensilvânia; Neal e West
Virginia;

 na Alemanha, em Schkopau e Wesseling; e

 no México, em Coatzacoalcos.

Para mais informações, vide Nota 12 das demonstrações financeiras consolidadas e auditadas ao final deste relatório.

A sede executiva da Companhia está localizada em São Paulo, estado de São Paulo, com um escritório de apoio administrativo na
cidade de Salvador, Bahia. A Companhia também tem participações em investimentos localizados em outras partes do país. Todas
as instalações de produção são de propriedade da Companhia, mas em geral os escritórios administrativos são alugados.

A tabela a seguir apresenta os imóveis da Companhia em 31 de dezembro de 2018 segundo a localização das instalações, o tipo de
produtos e a dimensão da planta.

ii
______________
(1) Um hectare equivale a 10.000 metros quadrados.
Dimensão da
Tipo de produto ou serviço Local das instalações planta
(em hectares)(1)
Químicos .............................................................................................. Triunfo 152,8
Químicos Santo André 74,1
Químicos Camaçari 65,5
Químicos Duque de Caxias 53,0
Químicos México 23,6
Polipropileno ....................................................................................... Paulínia 39,7
Polietileno ............................................................................................ Triunfo 30,5
Polietileno ............................................................................................ Camaçari 24,5
Polietileno ............................................................................................ Cubatão 17,6
Polietileno ............................................................................................ Santo André 15,8
Polietileno ............................................................................................ Duque de Caxias 15,0
Polietileno ............................................................................................ México 14,9
Polipropileno........................................................................................ La Porte, Texas 87,0
Polipropileno........................................................................................ Neal, West Virginia 27,1
Polipropileno........................................................................................ Mauá 15,8
Polipropileno........................................................................................ Duque de Caxias 15,0
Polipropileno........................................................................................ Camaçari 13,2
Polipropileno........................................................................................ Triunfo 10,0
Polipropileno........................................................................................ Marcus Hook, Pensilvânia 6,9
Polipropileno........................................................................................ Freeport, Texas 8,9
Polipropileno........................................................................................ Seadrift, Texas 2,5
Polipropileno........................................................................................ Schkopau, Alemanha 3,7
Polipropileno........................................................................................ Wesseling, Alemanha 26,0
Soda cáustica/cloro .............................................................................. Maceió 15,0
PVC/soda cáustica/cloro ...................................................................... Camaçari 12,6
PVC ..................................................................................................... Marechal Deodoro 186,7
Centro de distribuição .......................................................................... Vila Prudente/Capuava 3,2

Acreditamos que todas as nossas instalações de produção estejam em boas condições de funcionamento. Em 31 de dezembro de 2018,
o valor líquido contábil consolidado do ativo imobilizado perfazia R$ 31.759,9 milhões.

As seguintes propriedades estão hipotecadas ou empenhadas em garantia de algumas de nossas operações financeiras: (1) planta de
químicos e planta de polietileno no Polo de Triunfo; (2) planta de cloro-soda e planta de PVC no Polo de Camaçari; (3) planta de
químicos e planta de polietileno no Polo de São Paulo; (4) planta de cloro-soda e planta de PVC no estado de Alagoas; (5) planta de
químicos, planta de polietileno e planta de polipropileno no Polo do Rio de Janeiro; e (6) planta de químicos e plantas de polietileno
localizadas no México.

Seguros

Além das apólices descritas abaixo para nossas operações domésticas e internacionais, mantemos outras apólices de seguro para riscos
específicos, como cobertura geral e responsabilidade por produto, cobertura de responsabilidade civil de conselheiros e diretores,
acidentes de trabalho, carga marítima e transportadoras, entre outros.

Acreditamos que nossa cobertura de seguro seja razoável em termos de valores e compatível com os padrões aplicáveis a companhias
com operação no setor químico global.

Operações no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha

A Companhia mantém seguros para todas as suas plantas contra danos materiais e consequente interrupção de atividades por meio de
apólices abrangentes contra “todos os riscos”.

O programa de seguro contra “todos os ricos” para as nossas plantas no Brasil possui valor de reposição total de US$ 29,5 bilhões para
danos à propriedade. O programa de seguro foi contratado através de apólices diversas no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha
junto a grandes seguradoras. Tais seguradoras são a Mapfre (rating S&P BBB+), Inbursa (rating S&P AAA) e FM Global (rating S&P
A+). As apólices atuais são válidas até abril de 2020.

A tabela abaixo mostra as informações adicionais relacionadas às apólices de seguro contra riscos.

ii
Apólice / Região Valor em risco – Dano à Propriedade Comentários
Bilhões de US$ Dano à Propriedade Combinado e Limite de
Interrupção do Negócio
Brasil................................. 26,4 3,4 -
México(1)........................... 6,1 2,9 -
EUA e Alemanha.............. 2,0 0,5 O limite aumentou de US$ 330
milhões para US$ 500 milhões.
(1) Inclui cobertura contra atos de terrorismo

As apólices oferecem cobertura para perdas causadas por ou oriundas de acidentes com incêndios, explosão e panes em maquinário,
entre outros, e a consequente interrupção do negócio, com períodos de indenização de no máximo 12 a 33 meses, dependendo na
planta e/ou da cobertura.

Como parte de seu programa, a Companhia também possui seguros de reponsabilidade civil geral e para produtos para suas operações,
que cobrem perdas por danos para terceiros causados por suas operações e produtos, e incluem danos ambientais súbitos causados por
poluição. Nos Estados Unidos, Alemanha e México, a Braskem possui cobertura adicional para passivos ambientais e atividades de
remediação como custos com limpeza. Essas apólices possuem limite de US$ 50 milhões para o México, e US$ 25 milhões para Estados
Unidos e Alemanha (cobertura inclusa nas apólices de responsabilidades civis gerais + guarda-chuva).

Novos projetos podem ser segurados contra Todos os Riscos de Construção/Montagem sob apólices de propriedade existentes, ou por
apólice separada específica para o projeto.

A Companhia está exposta significativamente a riscos operacionais, e a sua política de seguros exige que a cobertura de seguro seja
contratada através de um programa de seguro complexo envolvendo diversas seguradoras e resseguradores no mercado, as quais
possuem capacidade limitada e variável para oferecer apólices de seguro ao longo do tempo. Para buscar alternativas para a composição
de proteções, foi identificada a possibilidade de transferência de riscos operacionais através da seguradora mútua “OIL”. A OIL é líder
global no setor de energia, nos segmentos de óleo e gás, refino, químicos e petroquímicos, energia elétrica e mineração, contando com
US$ 3 trilhões de ativos segurados e um portfólio seleto de segurados. Além de fornecer uma capacidade estável para a Braskem, a OIL
conta com uma estrutura na qual há cooperação recíproca entre os segurados que participam em um ambiente de risco conhecido, além
de um custo administrativo menor se comparado ao mercado de seguros comercial, oferecendo prêmios menos voláteis e potencialmente
mais competitivos.

Conformidade

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia identificou uma deficiência material em seu ambiente de controle: um complemento
insuficiente de recursos com nível adequado de conhecimento, domínio e competências proporcional às nossas exigências de divulgação
financeira em certas áreas. Isso resultou em uma deficiência material na avaliação de riscos da Companhia, uma vez que a Braskem não
tinha os recursos necessários para efetivamente implementar e executar seus processos e controles da avaliação de riscos. Além disso,
a Companhia tinha vários controles ineficientes que também indicavam a existência de deficiências materiais em seus componentes de
informações, comunicação e monitoramento do controle interno das divulgações financeiras. Essas deficiências materiais provocaram
ou foram provocadas pelas seguintes falhas de controle, que constituíam deficiências materiais ou contribuíam para deficiências
materiais: (i) projeto e operação ineficientes de controles gerais de tecnologia da informação (GITCs) relativos a acesso de usuários e
programas de gestão de mudanças sobre todos os sistemas operacionais de TI, bancos de dados e aplicações utilizados nos processos de
divulgação financeira da Companhia, o que fez com que os controles de processos de negócios que dependem dos sistemas de TI
afetados também fossem considerados ineficientes porque podem ter sofrido impacto negativo; (ii) projeto ineficiente dos controles da
compra de matérias-primas; (iii) desenho ineficiente dos controles da contratação e pagamento de serviços jurídicos; (iv) projeto e
operação ineficientes de controles de provisões para contingências legais; e (v) projeto e operação ineficientes de controles do processo
de divulgação financeira que incluem análise de transações complexas e não usuais e preparação e revisão das demonstrações
financeiras, incluindo a aplicação técnica dos princípios de contabilidade geralmente aceitos e aplicabilidade de divulgações necessárias.
Nessa situação, a Companhia não avaliou integralmente um contrato assinado com autoridades do Brasil que resultou em dedução fiscal
indevida nos termos de um Acordo de Leniência firmado em 2016 com as autoridades dos EUA. Vide “Item 15. Controles e
Procedimentos”. A administração está envolvida ativamente no desenvolvimento e implementação de esforços de remediação para
correção das deficiências descritas acima.

Além disso, a Companhia implementou e aprimorou procedimentos e atividades de controle que permitiram solucionar algumas
deficiências materiais descritas no relatório anual de 2017 do Formulário 20-F, incluindo: (i) esforços de remediação relativos a
ambiente de controle – liderança pelo exemplo e nomeação dos membros do Conselho de Administração; (ii) esforços de remediação
referentes a programa e controles de conformidade anticorrupção; (iii) esforços de remediação relativos a controles da dívida de longo
prazo; (iv) esforços de remediação relativos à Braskem America; (v) controles da compra de matérias-primas; (vi) controles de
contratação e pagamento de serviços jurídicos; (vii) controles de contingências legais; (viii) controles da avaliação de transações não
usuais significativas; e (ix) controles da preparação e revisão das demonstrações financeiras. A Companhia implementou essas medidas
de remediação e testou os controles relacionados com sucesso. Assim, em 31 de dezembro de 2018, a Companhia concluiu que a maior

ii
parte das deficiências materiais descritas em seu relatório anual no Formulário 20-F do exercício findo em 31 de dezembro de 2017
haviam sido remediadas. Vide “Item 15. Controles e Procedimentos”.

ITEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO SOLUCIONADOS DOS FUNCIONÁRIOS

Não se aplica.

ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS

A discussão a seguir acerca da situação financeira da Companhia e seus resultados operacionais deverá ser lida em conjunto com as
demonstrações financeiras consolidadas auditadas de 31 de dezembro de 2018 e 2017 e referentes aos três exercícios encerrados em
31 de dezembro de 2018, incluídas neste relatório anual, bem como com as informações constantes de “Apresentação de informações
financeiras e outras informações” e do “Item 3. Principais informações—Dados financeiros selecionados”.

A discussão a seguir contém declarações prospectivas que envolvem riscos e incertezas. Os resultados efetivos da Companhia poderão
diferir substancialmente daqueles discutidos nas declarações prospectivas em decorrência de vários fatores, inclusive daqueles que
constam da seção "Advertência sobre declarações prospectivas", dos que constam do "Item 3: Principais informações - Fatores de
Risco”.

Visão geral

O resultado das operações foi influenciado nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 e continuará a ser
influenciado no futuro por diversos fatores, tais como:

 taxa de crescimento do PIB brasileiro, que registrou aumento de 1,1% em 2018, comparado a 1,0% em 2017 e queda de 3,6%
em 2016, o que afeta a demanda dos produtos da Companhia e, por conseguinte, o volume de suas vendas;

 o PIB dos EUA registrou crescimento de 2,9% em 2018, comparado a 2,2% em 2017 e 1,6% em 2016, o que impacta a demanda
pelos nossos produtos e, consequentemente, nosso volume de vendas;

 o PIB da Europa registrou crescimento de 2,2% em 2018, comparado a 2,5% em 2017 e de 1,7% em 2016, o que impacta a
demanda pelos nossos produtos e, consequentemente, nosso volume de vendas;

 o PIB do México registrou crescimento de 2,2% em 2018, comparado a 2,0% em 2017 e 2,9% em 2016, o que impacta a
demanda pelos nossos produtos e, consequentemente, nosso volume de vendas;

 expansão da capacidade global de produção dos produtos vendidos pela Companhia e a taxa de crescimento da economia
global;

 preço da nafta, a principal matéria-prima da Companhia, no mercado internacional, expresso em dólares norte-americanos, que
tem um efeito significativo no custo de produção dos nossos produtos e que apresentou volatilidade nos três anos encerrados
em 31 de dezembro de 2018, variando entre US$ 463 e US$ 676 por tonelada em 2018, US$ 400 e US$ 571 por tonelada em
2017 e US$ 293 e US$ 462 por tonelada em 2016;

 preços internos médios dos principais produtos da Companhia em dólares norte-americanos, que apresentam flutuação
significativa, com base nas oscilações dos preços internacionais desses produtos que, por sua vez, têm alta correlação com os
custos de matérias-primas;

 as taxas de utilização da capacidade das centrais petroquímicas, que diminuíram em 2018 como consequência: a) da greve dos
caminhoneiros, em maio; b) do incidente envolvendo a planta de cloro-soda em Alagoas; c) do apagão que afetou as plantas
no nordeste do Brasil em março; e d) da menor demanda no quarto trimestre de 2018.

 política industrial governamental;

 em linha com a estratégia e capacidade da Companhia de exportar o excedente de produção não absorvido no mercado interno
brasileiro, as vendas fora do Brasil cresceram R$ 26,2 bilhões em 2018, comparado a R$ 23,1 bilhões em 2017 e R$ 23,0
bilhões em 2016;

 variações da taxa de câmbio real/dólar, incluindo a desvalorização do real frente ao dólar de 14,5% em 2018, comparada a uma
valorização de 8,3% em 2017 e de 16,5% em 2016;

ii
 nível da dívida em aberto da Companhia, oscilações nas taxas de juros referenciais no Brasil, o que afeta as despesas de juros
sobre a dívida em reais a juros variáveis e a receita financeira sobre o saldo de caixa e equivalentes de caixa, e oscilações na
taxa LIBOR, que afetam as despesas de juros sobre a dívida em dólares a juros variáveis;

 taxa de inflação no Brasil, que foi de 7,1% em 2018, -0,42% em 2017, e 7,2% em 2016, sempre de acordo com o índice IGP-
DI, e efeitos da inflação sobre as despesas operacionais em reais e a dívida expressa em reais que é corrigida pelos efeitos da
inflação ou remunerada a juros parcialmente ajustados pela inflação; e

 políticas fiscais e obrigações fiscais.

A situação financeira e a liquidez da Companhia são influenciadas por um elenco de fatores que incluem:

 nossa capacidade de gerar fluxos de caixa a partir de nossas operações e nossa liquidez;

 a taxas de juros em vigor nos mercados nacional e internacional e flutuação das taxas de câmbio, que afetam o serviço da nossa
dívida;

 nossa capacidade de continuar tomando empréstimos de instituições financeiras internacionais e nacionais e de vender nossos
títulos de dívida nos mercados de capitais no Brasil e no exterior, que é influenciada por uma série de fatores discutidos adiante;

 nossas necessidades de investimento de capital, que consistem primordialmente na manutenção de nossas instalações
operacionais, na expansão da capacidade de produção e nas atividades de pesquisa e desenvolvimento; e

 a exigência, em consonância com a legislação societária brasileira e nossos estatutos, de pagar dividendos anuais em montante
equivalente a pelo menos 25% do lucro líquido ajustado, a menos que o conselho de administração considere tal prática
incompatível com a situação financeira da Companhia e que essa decisão do conselho seja ratificada pelos acionistas.

Apresentação financeira e políticas contábeis

Apresentação das demonstrações financeiras

A Companhia elaborou suas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas em 31 de dezembro de 2018 e 2017 e para cada
exercício findo em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), emitidas
pelo International Accounting Standards Board (IASB).

As demonstrações financeiras consolidadas apresentadas neste Formulário 20-F não são equivalentes às demonstrações financeiras
estatutárias da Companhia, emitidas de acordo com as exigências da jurisdição brasileira. A data de autorização da emissão dessas
demonstrações financeiras consolidadas é diferente da data em que as demonstrações financeiras consolidadas foram emitidas no Brasil.
Assim, há diferenças devido a eventos de ajuste e não ajuste subsequentes ao período de divulgação, nos termos da norma IAS 10 –
Eventos subsequentes ao Período de Divulgação.

A emissão das demonstrações financeiras estatutárias (individuais e consolidadas) do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foi
autorizada em 11 de março de 2019, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as Normas Internacionais de Contabilidade
(“IFRS”), e as demonstrações foram arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários ("CVM”) em 13 de março de 2019.

Unidades de negócios e apresentação de dados financeiros das unidades

Acreditamos que a estrutura organizacional da Companhia em 31 de dezembro de 2018 refletia as atividades de negócios da Companhia
e correspondia aos seus principais produtos e processos de produção. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía cinco unidades
de produção e segregou seus resultados em cinco segmentos correspondentes para refletir essa estrutura organizacional:

 Químicos (anteriormente Petroquímicos Básicos) - A unidade inclui (1) a produção e venda de químicos no Polo Petroquímico
de Camaçari, no Polo Petroquímico de Triunfo, no Polo Petroquímico de São Paulo e no Polo Petroquímico do Rio de Janeiro,
e (2) nosso suprimento de utilidades produzidas nestes polos para produtores de segunda geração, inclusive alguns produtores
detidos ou controlados pela Companhia.

 Poliolefinas - Este segmento inclui a produção no Brasil e a comercialização de polietileno, incluindo a produção de
“polietileno verde” a partir de fontes renováveis, e polipropileno pela Companhia.

 EUA e Europa - Esse segmento inclui as operações das cinco plantas de polipropileno localizadas nos Estados Unidos e as
operações das duas plantas de polipropileno na Alemanha.

 México – Este segmento inclui as operações das plantas de polietileno da Companhia no estado de Veracruz, México.

ii
 Vinílicos - A unidade inclui a produção e venda de PVC e soda cáustica.

Principais Políticas Contábeis

A apresentação de nossa situação financeira e resultados operacionais em conformidade com as IFRS exige que façamos certas
avaliações e estimativas sobre os efeitos de questões que possuem naturezas incertas e que afetem o valor contábil de nosso ativo e
passivo. Os resultados efetivos poderão diferir dos resultados previstos. A fim de permitir um entendimento de como realizamos nossas
avaliações e previsões de eventos futuros, inclusive as variáveis e pressupostos subjacentes às estimativas e a sensibilidade de tais
avaliações a diferentes variáveis e condições, incluímos comentários relacionados às seguintes principais políticas contábeis nos termos
das IFRS:

 Redução ao valor recuperável e depreciação e amortização do ativo imobilizado e ativos não financeiros. O saldo de ágio em
31 de dezembro de 2018 somava R$ 2.058,9 milhões. O valor do imobilizado e de outros ativos não circulantes, incluindo o
intangível (exceto ágio baseado em expectativa de lucratividade futura) é analisado em termos da possível redução ao valor de
recuperação sempre que fatos ou mudanças de circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. A
recuperabilidade do valor do ágio, baseado em expectativa de lucratividade futura, é analisada anualmente. É reconhecida uma
perda por redução ao valor recuperável pelo valor da diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O valor recuperável
é o maior entre (1) o valor justo do ativo menos custos de venda, e o (2) valor em uso. Para fins de avaliação de redução ao
valor recuperável, os ativos são agrupados no menor nível para o qual existem ingressos de caixa separadamente identificáveis,
que possam ser unidades geradoras de caixa (UGC). Os ativos não financeiros, exceto ágio, que tiverem sofrido uma redução
ao valor recuperável são analisados para possível reversão da redução em cada data de relatório. Os testes de verificação de
redução ao valor recuperável de ágio consideram as operações em (1) o Polo de Triunfo na Unidade de Químicos, (2) a Unidade
de Poliolefinas, e (3) a Unidade de Vinílicos.

Em novembro de 2018, a Braskem realizou o teste de redução do valor recuperável do ágio por meio do método de valor em
uso (fluxo de caixa descontinuado) e não identificou nenhuma perda, conforme descrito na tabela abaixo:

Fluxo de
caixa Valor contábil
Ágio descontado (inclui ágio e capital FC/valor
alocado (FCD) de giro)(1) contábil

UGC e segmentos operacionais


UGC – UNIB - Sul 926.854 9.628.209 2.479.778 3,9
Segmento operacional - Poliolefinas 939.667 21.750.937 8.189.204 2,7
Segmento operacional - Vinílicos 192.353 4.617.326 2.763.882 1,7
______________
(1) Além do ágio, o valor contábil inclui ativos tangíveis e intangíveis com vida útil definida e capital de giro, definidos como ativos (contas
a receber, estoques, despesas antecipadas e outros recebíveis) menos passivos (contas a pagar, salários e encargos sociais, adiantamentos a
clientes e outros passivos) de cada segmento operacional.

A descrição das premissas adotadas para determinar o fluxo de caixa descontado encontra-se na Nota 3.4(b) das demonstrações
financeiras consolidadas e auditadas. O WACC adotado foi de 11,72% por ano. A taxa de inflação adotada para perenidade foi de 3,7%.

Dado o impacto potencial sobre o fluxo de caixa da “taxa de desconto” e “perenidade”, a Braskem realizou uma análise de sensibilidade
com base nas mudanças dessas variáveis, com os fluxos de caixa exibidos na tabela abaixo:

+0.5% sobre
a taxa de -0.5% sobre a
desconto perenidade
(em milhares de reais)
UGC e segmentos operacionais
UGC – UNIB - Sul 9.099.954 9.249.202
Segmento operacional - Poliolefinas 20.455.434 20.798.767
Segmento operacional - Vinílicos 4.351.801 4.424.347

As principais premissas utilizadas para a projeção do fluxo de caixa referem-se às projeções para indicadores macroeconômicos, preços
internacionais e globais e demanda local nos países onde a Braskem possui plantas de produção em operação.

Os indicadores macroeconômicos são fornecidos por uma empresa de consultoria e inclui itens como câmbio, inflação e taxas de juros,
entre outros.

ii
Os preços dos produtos petroquímicos são obtidos de projeções elaboradas pela IHS. No entanto, os preços finais levam em consideração
as discussões em reuniões de comitês internos específicos e o conhecimento dos especialistas da Companhia na elaboração de referências
para cada mercado. Na maioria dos casos, para um período projetado, os preços determinados internamente são revisados em relação
aos projetados originalmente pela [consultoria internacional].

Como no caso dos preços, dados de demanda global também são contratados de uma empresa de consultoria específica e, nos mercados
em que a Companhia atua mais diretamente, são consideradas variáveis adicionais na definição da demanda local.

Na Unidade de Vinílicos, cujo principal produto é o PVC, o fluxo de caixa projetado excedeu o valor contábil dos ativos em 67%. As
principais variáveis que impactam esse negócio referem-se a flutuações na taxa de câmbio, spreads internacionais (especialmente
aqueles relacionados aos preços da nafta, do PVC e da Soda Cáustica) e demanda local no Brasil. Os desvios efetivos destas variáveis
em relação às projeções da Companhia podem levar a um fluxo de caixa abaixo do valor dos ativos.

Não registramos redução ao valor recuperável nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016. Em 31 de
dezembro de 2018, a administração entende que nenhuma unidade geradora de caixa corria risco de redução ao valor
recuperável.

 Avaliação de instrumentos financeiros derivativos. A volatilidade do mercado de câmbio e da taxa de juros no Brasil gerou
mudanças significativas nas cotações e taxas de juros futuras no curto prazo, provocando alterações relevantes no valor de
mercado dos swaps e outros instrumentos financeiros. A Companhia utiliza swaps, contratos a termo e outros instrumentos
financeiros derivativos para gerenciar os riscos atinentes a variações cambiais, de juros e do preço de commodities. Tais
instrumentos são registrados ao valor justo de mercado estimado, com base nas cotações de mercado de instrumentos similares,
que levam em consideração as curvas de mercado confiáveis de taxas de juros, taxas de câmbio e preços de commodities.

 Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos. O reconhecimento e o valor dos ativos de impostos diferidos dependem da
geração futura de lucro tributável, que requer o uso de uma estimativa do desempenho futuro da Companhia. Essas estimativas
estão incluídas no plano de negócios da Companhia, sendo que as principais projeções variáveis são feitas com base na
recomendação de consultorias externas especializadas e no desempenho histórico e planejamento estratégico da Companhia.
São reconhecidos imposto de renda e contribuição social diferidos ativos e passivos de acordo com as diferenças entre o valor
contábil nas demonstrações financeiras e a base tributária de ativos e passivos, usando as alíquotas de imposto em vigor. A
possibilidade de recuperação de impostos e contribuições diferidos ativos é avaliada periodicamente, sendo seu valor contábil
reduzido com base no lucro tributável histórico, lucro tributável projetado e época prevista de eventuais reversões das
diferenças temporárias existentes. Se alguma das controladas da Companhia operar com prejuízo ou não for capaz de gerar
lucro tributável futuro suficiente, ou se houver uma mudança relevante nas alíquotas de imposto efetivas no prazo em que as
correspondentes diferenças
em parte ou no todo o valor tributárias passam
contábil dos a sere tributáveis
impostos ou diferidos
contribuições dedutíveis, a administração avalia a necessidade de reduzir
ativos.
 Provisões e Contingências. A Companhia é parte em numerosos processos judiciais e administrativos, conforme descrito no
“Item 8. Informações financeiras—Processos judiciais” e nas Notas 22 e 23 às demonstrações financeiras consolidadas
auditadas. A Companhia acredita que as estimativas relativas aos resultados dos processos e à possibilidade de desembolsos
futuros podem variar conforme os seguintes fatores: (i) tribunais superiores podem proferir decisão em um caso similar
envolvendo outra companhia, adotando uma interpretação final da matéria, levando assim à resolução antecipada dos processos
da Companhia; e (ii) programas para o incentivo do pagamento de dívidas, implementados no Brasil nas esferas estadual e
federal, em condições favoráveis que podem levar a um desembolso menor do que aquele reconhecido nas provisões da
Companhia ou menor do que o valor atribuído ao processo. A administração registra provisões para processos quando julga
provável a ocorrência de efeitos negativos sobre o resultado das operações ou a situação financeira da Companhia. Para as
principais contingências tributárias que consideramos que possam ter efeitos negativos sobre o resultado das operações ou a
situação financeira da Companhia, a Companhia divulga informações relevantes relativas aos processos de acordo com o IAS
37. Adicionalmente, as contingências assumidas através de combinações de negócios para as quais seja esperado um resultado
desfavorável classificado como possível são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. A Companhia acredita que tais
processos legais e administrativos estejam adequadamente reconhecidos ou divulgados nas demonstrações financeiras.Vida
útil de ativos de longa duração. Reconhecemos a depreciação de ativos de longa duração com base na sua vida útil estimada,
que, por sua vez, é baseada nas informações de fabricantes de máquinas e equipamentos, nível das operações das fábricas,
qualidade das manutenções preventivas e corretivas e projeções de obsolescência de ativos tecnológicos. Entretanto, a vida útil
real pode variar com base no estado atual das tecnologias em cada unidade. A vida útil do ativo de longa duração também afeta
o teste de redução ao valor recuperável. A determinação dessa redução envolve julgamentos e estimativas para concluir se o
ativo está oferecendo um retorno adequado em relação ao seu valor contábil. Não acreditamos que haja indicações de mudanças
significativas nas estimativas e premissas usadas no cálculo de redução ao valor recuperável de ativos de longa duração.
Entretanto, se os resultados reais não forem consistentes com as estimativas e premissas usadas em fluxos de caixa futuros
estimando o valor justo dos ativos, poderíamos estar expostos a perdas potencialmente significativas.

ii
Mudanças nas principais políticas contábeis
A Companhia passou a adotar as normas “IFRS 15 – Receita de Contratos com Clientes” e “IFRS 9 – Instrumentos Financeiros”
a partir de 1° de janeiro de 2018.

Devido aos métodos de transição escolhidos pela Companhia na aplicação dessas normas contábeis, as informações comparativas
nas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas não foram reapresentadas para atender às exigências das novas normas.

Os efeitos da aplicação inicial dessas normas são atribuídos principalmente à:

 mudança na metodologia de cálculo da redução no valor recuperável de acordo com o IFRS 9 (Nota 7 das demonstrações
financeiras consolidadas e auditadas da Companhia);

 apresentação de contraprestações variáveis (bonificações) deduzidas diretamente da receita de venda (Nota 27 das demonstrações
financeiras consolidadas e auditadas);

 alteração da classificação e mensuração dos ativos financeiros (Nota 2.3(a.2.i) das demonstrações financeiras consolidadas e
auditadas); e

 alteração na contabilização das operações de opção de compra e venda de dólar designados para hedge accounting (Nota
19.3.1(a.i)) das demonstrações financeiras consolidadas e auditadas).

IFRS 15 – Receita de Contratos com Clientes

A norma IFRS 15 introduziu uma estrutura abrangente para determinar se e quando a receita deve ser reconhecida e como ela é
medida. A IFRS 15 substitui a norma IAS 18 – Receitas.

A Companhia adotou a IFRS 15 usando o método de efeito cumulativo, com aplicação inicial da norma na data inicial (ou seja, 1º
de janeiro de 2018). Como resultado, a Companhia não aplicou os requerimentos da IFRS 15 ao período comparativo apresentado
(2017).

A Companhia não teve mudanças significativas no momento e na mensuração de sua receita de vendas para as obrigações de
desempenho identificadas, que são:

 entrega do produto vendido – a obrigação de desempenho se encerra no momento que o controle do produto é transferido
para o cliente. Para a Companhia não houve diferença entre a IAS 18 – Receitas e a IFRS 15 do momento de
reconhecimento da receita associada a essa obrigação de desempenho.

 contratação de frete para entrega dos produtos – a obrigação de desempenho da Companhia para contratação do frete para
entrega do produto vendido se encerra quando o serviço é concluído. A Companhia não alterou o momento do
reconhecimento dessa obrigação e continua a reconhecê-la na finalização da entrega dos produtos vendidos. A Companhia
considera que o impacto no resultado de quaisquer mudanças no momento do reconhecimento da obrigação de
desempenho associada ao frete é imaterial.

A Companhia tem como prática contratual com alguns clientes conceder bonificação por atingimento de metas de faturamento.
Para os clientes que a Companhia estima que atingirão tal meta e que por isso receberão uma bonificação, os valores devidos são
provisionados mensalmente.

A Companhia considera descontos comerciais concedidos nas faturas dos clientes como parte do valor justo da receita reconhecida,
conforme estabelecia a norma aplicável até 31 de dezembro de 2017 (IAS 18). Assim, os descontos comerciais concedidos nas faturas
aos clientes não resultaram em mudanças devido à adoção ou mensuração de seu reconhecimento contábil de acordo com a IFRS 15.

IFRS 9 – Instrumentos Financeiros

A IFRS 9 - Instrumentos Financeiros estabelece exigências para o reconhecimento e mensuração de ativos financeiros, passivos
financeiros e alguns contratos para compra ou venda de itens não financeiros. Essa norma substituiu a IAS 39 – Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

Classificação – Ativos Financeiros

A IFRS 9 introduziu uma nova abordagem de classificação e mensuração de ativos financeiros que reflete o modelo de negócios em
que os ativos e suas características de fluxo de caixa são administrados.

Essa norma contém três principais categorias de classificação para ativos financeiros: mensurados ao custo amortizado (“CA”), ao

ii
valor justo por meio de outros resultados abrangentes (“VJORA”) e ao valor justo por meio do resultado (“VJR”). A norma elimina as
classificações da IAS 39 de “mantidos para vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda”. A IFRS 9 exige que a
classificação dos ativos financeiros seja com base no modelo de negócio da entidade para gestão de seus ativos financeiros.

De acordo com a IFRS 9, os derivativos embutidos em contratos onde o hospedeiro é um ativo financeiro, no escopo da norma,
nunca são separados. Em vez disso, o instrumento financeiro híbrido é avaliado como um todo para sua classificação.

Com base na sua avaliação, a Companhia não teve impacto significativo na contabilização de suas aplicações financeiras resultante
das novas exigências da IFRS 9. Entretanto, como alguns recebíveis de clientes são vendidos para instituições financeiras e
desreconhecidos antes do seu vencimento (Nota 7 das demonstrações financeiras consolidadas e auditadas), a Companhia classificou
parte de seus recebíveis que são passíveis de venda como VJORA. O efeito dessa nova classificação em 1º de janeiro de 2018 foi de
R$0,6 milhão.

A tabela a seguir e notas explicativas correspondentes explicam as categorias de mensuração originais, de acordo com a IAS 39 e as
novas categorias de mensuração de acordo com a IFRS 9 para cada classe de ativo financeiro em 1º de janeiro de 2018.

O efeito na adoção da IFRS 9 no saldo contábil dos ativos financeiros em 1º de janeiro de 2018 é referente:

(i) à nova metodologia de cálculo da redução no valor recuperável; e

(ii) ao cálculo do valor justo para os recebíveis que, de acordo com o modelo de negócio da Companhia, podem ser vendidos
antes de seus vencimentos.

Classificação por categoria Valor contábil


CPC 38 / IAS 39 CPC 48 / IFRS 9 CPC 38 / IAS 39 CPC 48 / IFRS 9

Caixa e equivalentes de
caixa
Caixa e bancos Empréstimos e Custo amortizado 1.428.766 1.428.766
recebíveis
Investimentos no Brasil Empréstimos e Valor justo através do 1.706.784 1.706.784
recebíveis resultado
Investimentos fora do país Mantidos para Valor justo através do 639.543 639.543
negociação resultado
3.775.093 3.775.093
Aplicações financeiras
LFTs e LFs Mantidos para Valor justo através do 1.816.889 1.816.889
negociação resultado
Depósitos a prazo Empréstimos e Custo amortizado 440.616 440.616
recebíveis
Depósitos a prazo Mantidos para Valor justo através do 15.764 15.764
negociação resultado
Outros Mantidos para Valor justo através do 39.739 39.739
negociação resultado
2.313.008 2.313.008
Contas a receber de Empréstimos e Custo amortizado 3.244.851 3.235.463
clientes recebíveis
Contas a receber de Empréstimos e Valor justo através de 73.841 73.240
clientes recebíveis outros resultados
abrangentes
Derivativos Ativos financeiros Valor justo através do 74.378 74.378
medidos ao valor resultado
justo

Redução ao valor recuperável (impairment) – Ativos Financeiros e Ativos Contratuais


A IFRS 9 substitui o modelo de “perdas incorridas” da IAS 39 por um modelo prospectivo de “perdas de crédito esperadas”. Isso
exige um julgamento relevante quanto à forma como mudanças em fatores econômicos afetam as perdas de crédito esperadas, que serão
determinadas com base em probabilidades ponderadas.

ii
O novo modelo de perdas esperadas se aplicará aos ativos financeiros mensurados ao CA ou ao VJORA, com exceção de
investimentos em instrumentos patrimoniais e ativos contratuais.

De acordo com a IFRS 9, as provisões para perdas esperadas são mensuradas em uma das seguintes bases:

 perdas de crédito esperadas para 12 meses, ou seja, perdas de crédito que resultam de possíveis eventos de inadimplência no
prazo de 12 meses após a data de referência, e que não tenham risco de crédito aumentado significativamente desde o seu
reconhecimento inicial; e perdas de crédito esperadas para a vida inteira, ou seja, perdas de crédito que resultam de todos os
possíveis eventos de inadimplência ao longo da vida de um instrumento financeiro. a mensuração dessas perdas de créditos
se aplica quando o risco de crédito de um ativo financeiro na data de referência tiver aumentado significativamente desde o
seu reconhecimento inicial.

A avaliação da Companhia indicou que a aplicação do modelo de perda de crédito esperada, conforme exigência da IFRS 9 em 1°
de janeiro de 2018 teve o efeito de R$ 9,4 milhões, líquido de imposto.

Os julgamentos de como mudanças em fatores econômicos afetam as perdas esperadas de crédito da Companhia são determinados
por estágios que podem ser observados na Nota 7 das demonstrações financeiras consolidadas e auditadas.

Contabilidade de hedge
A IFRS 9 exige que a Companhia assegure que as relações de contabilidade de hedge estejam alinhadas com seus objetivos e
estratégias de gestão de risco e que seja aplicada uma abordagem mais qualitativa e prospectiva para avaliar a efetividade do hedge. A
IFRS 9 também introduz novas exigências de reequilíbrio de relações de hedge e proíbe a descontinuação voluntária da contabilidade
de hedge.

Na adoção da IFRS 9, a Companhia optou por contabilizar mudanças no valor justo de elemento futuros separadamente, como
custo de hedge. Assim, a partir de 1º de janeiro de 2018, essas mudanças passaram a serem reconhecidas em outros resultados
abrangentes e acumuladas em uma reserva de custo de hedge como um componente separado dentro do patrimônio líquido e
contabilizadas posteriormente da mesma forma que os ganhos e perdas acumulados na reserva de hedge de fluxo de caixa.

Os tipos de relações de contabilidade de hedge que a Companhia atualmente designa atendem às exigências da IFRS 9 e estão
alinhados com a estratégia e objetivo de gerenciamento de riscos da Companhia.

Transição
As mudanças nas políticas contábeis resultantes da adoção da IFRS 9 foram aplicadas prospectivamente, incluindo:

(i) isenção permitida para não reapresentação de informações comparativas de períodos anteriores decorrentes de alterações na
classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo perdas de crédito esperadas;

(ii) novos requerimentos de contabilidade de hedge;

(iii) as seguintes avaliações foram feitas com base nos fatos e circunstâncias existentes na data da adoção:

 determinação do modelo de negócio dentro do qual um ativo financeiro é mantido;

 designação e revogação de designações anteriores de determinados ativos e passivos financeiros mensurados a VJR.

Principais fatores que afetam o resultado das operações da Companhia

Crescimento do PIB brasileiro e demanda interna dos produtos da Companhia

Em 31 de dezembro de 2018, as vendas no Brasil representavam 55,1% da receita líquida de vendas da Companhia. Portanto, a
Companhia é significativamente afetada pela conjuntura econômica do país. O resultado das operações e a situação financeira são e
continuarão a ser afetados pela taxa de crescimento do PIB brasileiro, pois os produtos da Companhia são usados na fabricação de um
amplo leque de produtos de consumo e industriais.

A tabela a seguir mostra as taxas de crescimento do PIB brasileiro e do consumo interno aparente de polietileno, polipropileno e PVC
nos períodos apresentados.

ii
Exercícios encerrados em 31 de dezembro de
2018 2017 2016 2015 2014

PIB brasileiro ........................................................ 1,1% 1,0% (3,6)% (3,8)% 0,1%


Consumo brasileiro aparente de polietileno .......... 3,2% 4,8% (1,3)% (3,2)% 0,6%
Consumo brasileiro aparente de polipropileno ..... 1,9% 5,9% 1,1% (8,3)% (2,6)%
Consumo brasileiro aparente de PVC ................... 1,4% (1,9%) (2,3)% (16,0)% (2,3)%
Fonte: Governo brasileiro e Tendências Consultoria.

A taxa de crescimento do PIB brasileiro vem flutuando significativamente, e, segundo acreditamos, é provável que a flutuação persista.
Nossa administração acredita que o crescimento econômico no Brasil poderia afetar de modo positivo no futuro nossa receita líquida
de vendas e resultados operacionais. Contudo, um baixo crescimento econômico ou uma recessão no Brasil provavelmente levaria à
redução de nossa receita líquida de vendas futuras, causando efeito negativo em nossos resultados operacionais.

Em 2016, os indicadores de crescimento econômico do Brasil ficaram abaixo do esperado, com contração do PIB no ano, devido
principalmente ao menor nível de crédito, refletindo os níveis mais altos de endividamento de famílias e empresas. Tais fatores, somados
à persistência de gargalos que elevam o custo Brasil e a prolongada crise política e institucional, afetaram a economia do país, o que
resultou em uma diminuição da demanda por resinas no mercado interno. Com isso, o consumo de resinas termoplásticas no Brasil
diminuiu 2,3% para PVC e 1,3% para polietileno.

Em 2017, os indicadores econômicos do Brasil apresentaram sinais de lenta recuperação. Com isso, o consumo de resinas termoplásticas
no Brasil cresceu 5,9% para polipropileno e 4,8% para polietileno. Já o consumo de PVC seguiu afetado pela contração do setor de
construção civil, registrando queda de 1,9%.

Em 2018, o Brasil passou por uma recuperação em indicadores econômicos e, devido ao fortalecimento da atividade econômica, o
volume de resinas termoplásticas consumido no país cresceu 1,9% para o polipropileno e 3,2% para o polietileno. O mercado de PVC
teve um crescimento de 1,4% pela primeira vez após quatro anos de contração.

Cenário Macroeconômico no Brasil

A tabela a seguir apresenta dados de inflação, taxas de juros e câmbio em relação ao dólar para os períodos findos nas respectivas
datas:

31 de dezembro
2018 2017 2016 2015 2014
Crescimento/Redução do PIB (1) ................................. 1,1% 1,0% (3,6)% (3,8)% 0,1%
Inflação (IGP-M)(2)...................................................... 7,5% (0,42%) 7,2% 10,5% 3,7%
Inflação (IPCA)(3) ........................................................ 3,7% 2,9% 6,2% 10,7% 6,4%
CDI(4)........................................................................... 6,40% 6,99% 13,6% 14,1% 11,6%
Valorização (desvalorização) do real vs. dólar ........... 17,1% 1,5% 4,3% 41,8% 9,0%
Taxa de câmbio no final do período (por US$ 1,00) ... R$3,874 R$3,308 R$3,259 R$3,905 R$2,656

Fontes: Fundação Getulio Vargas, Banco Central e Bloomberg


(1) PIB do Brasil de acordo com o Sistema IBGE de Recuperação Automática–SIDRA.
(2) Inflação (IGP-M) é o índice geral de preços do mercado, calculado pela Fundação Getulio Vargas.
(3) Inflação (IPCA) é o índice de preços ao consumidor amplo, calculado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
(4) A taxa CDI é a taxa dos Certificados de Depósito Interbancário no Brasil (na última data do período respectivo).

Efeitos de flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar

Os resultados das operações da Companhia e sua situação financeira são e continuarão a ser afetados pela taxa de desvalorização ou
valorização do real frente ao dólar por que:

 uma parcela substancial da receita líquida de vendas da Companhia é expressa ou está atrelada ao dólar;

 os custos de algumas das matérias-primas, principalmente a nafta e alguns catalisadores necessários nos processos de produção,
são incorridos em dólares ou estão atrelados a essa moeda;

 algumas despesas operacionais e investimentos de outra natureza são expressos em dólares ou estão atrelados a essa moeda; e

 a Companhia tem valores significativos de passivos expressos em dólares que exigem o pagamento do principal e juros nessa
moeda.

ii
Praticamente todas as vendas da Companhia são de produtos petroquímicos para os quais há preços em dólares no mercado internacional.
Em geral, a administração procura fixar preços que levem em conta (1) o preço dos produtos petroquímicos da Companhia nos mercados
internacionais e (2) no Brasil, as variações da taxa de câmbio real/dólar. Desta forma, embora uma parcela significativa da receita líquida
de vendas seja expressa em reais, substancialmente todos os produtos da Companhia são vendidos a preços que tomam por base os
preços do mercado internacional, cotados em dólares.

Flutuações do real afetarão o custo da nafta e de outras matérias-primas atreladas ao dólar ou importadas. O preço da nafta está atrelado
ao dólar. A fórmula de precificação estipulada no contrato com a Petrobras para a compra de nafta para as plantas de petroquímicos
básicos no Polo de Camaçari e no Polo de Triunfo incluem um fator que ajuste o preço de modo a refletir a taxa de câmbio real/dólar.

A desvalorização do real frente ao dólar geralmente causa um aumento nos custos de produção de nossos produtos aumentam e nós
geralmente procuramos aumentar os preços de nossos produtos em reais (na medida possível à luz das condições de mercado à época
vigente no País) o que pode resultar na redução dos volumes de vendas de nossos produtos. Na medida em que nossos aumentos de
preço não sejam suficientes para cobrir os aumentos de custo das matérias-primas, nosso lucro operacional diminui. Inversamente, a
valorização do real frente ao dólar causa geralmente uma redução nos custos de produção de nossos produtos diminui e geralmente
diminuímos os preços de nossos produtos em reais o que pode resultar no aumento de volumes de vendas de nossos produtos. Em
períodos de alta volatilidade da taxa de câmbio dólar/real, com frequência há uma defasagem entre a ocasião em que o dólar se valoriza
ou desvaloriza e a ocasião em que podemos efetivamente repassar tais aumentos ou reduções de custo em reais a nossos clientes no
Brasil. Tais descasamentos de preços diminuem quando as flutuações da taxa de câmbio dólar/real são menos voláteis.

A Braskem pode executar transações com derivativos financeiros para mitigar o risco da taxa de câmbio associado com a exposição dos
custos em reais. Essas operações podem incluir opções de compra e venda e estratégias relacionadas. Por exemplo, a Braskem pode
aplicar uma estratégia de proteção chamada de collar, que consiste na compra de uma opção de venda associada à venda simultânea de
uma opção de compra, sendo que as duas opções possuem a mesma validade. Nesse caso, se o real desvaloriza e o preço de exercício
da compra excede a taxa de câmbio da data de exercício da opção, a Companhia pode sofrer perdas financeiras significativas. No
entanto, uma vez que essas estratégias serão implementadas apenas para fins não especulativos (de acordo com a política financeira da
Braskem), as perdas em potencial sobre as transações com derivativos deverão ser compensadas por custos fixos mais competitivos em
reais.

Em 31 de dezembro de 2018, a dívida consolidada da Companhia em dólares representava 97,1% do total da dívida em aberto. Assim,
quando o real se desvaloriza frente ao dólar:

 os custos com juros sobre a dívida expressa em dólares aumenta em reais, afetando negativamente o resultado das operações
em reais;

 o valor em reais da dívida expressa em dólares aumenta, e o total do passivo e obrigações de serviço da dívida em reais aumenta;
e

 as despesas financeiras tendem a aumentar como resultado das perdas cambiais que a Companhia registra, mitigadas pela
decisão da companhia em 1 de maio e 2013 de designar parte dos passivos denominados em dólares norte-americanos como
hedge de exportações futuras.

A valorização do real frente ao dólar exerce os efeitos inversos.

As vendas de exportação e as vendas de nossa Unidade de Negócios EUA e Europa, que nos capacitam a gerar recebíveis devidos em
moedas estrangeiras, tendem a proporcionar um hedge natural contra nossas obrigações de serviço da dívida expressas em dólares, mas
não as cobrem integralmente. Com vistas à mitigação adicional de nossa exposição ao risco cambial, procuramos, sempre que possível,
celebrar empréstimos para financiamento de exportações visando suprir nossas necessidades de capital de giro, cuja cobertura fica
geralmente disponível a custos mais baixos, já que está atrelada a exportações em dólares.

Efeitos da inflação no Brasil

A inflação afeta o desempenho financeiro da Companhia na medida em que aumenta algumas das despesas operacionais expressas em
reais (e não atreladas ao dólar). Uma parcela significativa do custo dos produtos vendidos, no entanto, está atrelada ao dólar, não sendo
substancialmente afetada pela taxa de inflação brasileira. Parte da dívida em reais está indexada de modo a levar em conta os efeitos da
inflação. Nesse tipo de dívida, o valor do principal é em geral corrigido pelo Índice Geral de Preços – Mercado, de forma que a inflação
resulta em aumentos nas despesas financeiras e obrigações de serviço da dívida. Além disso, uma parcela expressiva da dívida em reais
é remunerada à TLP ou taxa do CDI, que são parcialmente ajustadas pela inflação.

Efeito das Vendas no Exterior sobre o Desempenho Financeiro

A Companhia possui significativa capacidade de produção instalada fora do Brasil a partir de unidades industriais localizadas nos
Estados Unidos, Alemanha e México.

ii
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, 45,2% da receita líquida foi gerada pela venda de produtos fora do Brasil, em
comparação a 46,9% em 2017 e 48,3% em 2016. A receita líquida gerada pela venda de produtos fora do Brasil apresentou crescimento
de 13,4% em 2018, comparado a 0,4% em 2017 e redução de 0,3% em 2016.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as vendas para clientes localizados em outros países das Américas que não o Brasil
representaram 67,7% das vendas no exterior. No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as vendas para clientes na Europa
responderam por 14,3% das vendas no exterior, enquanto as vendas para clientes no Leste Asiático e Outros representaram 18,1% de
tais vendas.

Ao longo dos últimos anos, conforme se intensificou a diferença de custo entre as matérias-primas nafta e gás para centrais
petroquímicas, diversos crackers base nafta, inclusive os da Companhia, tiveram suas margens reduzidas, uma vez que os crackers base
gás têm se tornado produtores de baixo-custo no mercado internacional. Contudo, uma vez que as centrais base gás não produzem
coprodutos e subprodutos gerados pelos crackers base nafta, tais como propeno, butadieno e produtos BTX, houve um aumento nos
preços destes produtos no mercado internacional. Como resultado do aumento de preços observado para a maioria destes coprodutos e
subprodutos, a Companhia registrou um aumento da sua receita líquida com a exportação de tais produtos.

Efeito da ciclicidade na indústria petroquímica

O consumo global de produtos petroquímicos aumentou significativamente nos últimos 30 anos. Em razão deste crescimento, houve
períodos de oferta insuficiente de tais produtos. Períodos de capacidade insuficiente, inclusive alguns devidos a escassez de matérias-
primas, normalmente acarretaram aumento das taxas de utilização de capacidade e preços no mercado internacional de nossos produtos,
levando a aumento dos preços internos e das margens operacionais. Esses períodos foram frequentemente seguidos por períodos de
adições à capacidade, que resultaram na queda das taxas de utilização da capacidade e dos preços de venda internacionais, levando à
diminuição dos preços internos e das margens operacionais.

Acreditamos que essas tendências cíclicas dos preços de venda internacionais e das margens operacionais relativas à escassez e ao
aumento da oferta global poderão persistir, principalmente em razão do impacto contínuo de quatro fatores genéricos:

 as tendências cíclicas dos negócios em geral e das atividades econômicas produzem oscilações na demanda por petroquímicos;

 quando a demanda cai, a estrutura de altos custos fixos da indústria petroquímica, que é intensiva de capital, em geral leva os
produtores a uma concorrência acirrada de preços a fim de maximizar a utilização de capacidade;

 aumentos significativos de capacidade, por meio da expansão ou construção de fábricas, podem levar de três a quatro anos para
se tornarem operacionais e, por conseguinte, tomam por base necessariamente as estimativas da demanda futura; e

 uma vez que na maioria dos casos a concorrência com relação a produtos petroquímicos tem seu foco no preço, ser um produtor
de baixo custo é vital à lucratividade. Isto favorece os produtores com fábricas maiores que maximizam economias de escala,
mas a construção de plantas com alta capacidade pode acarretar em aumentos significativos de capacidade que podem suplantar
o crescimento corrente da demanda.

Diversas empresas petroquímicas anunciaram planos para construir significativa capacidade adicional de produção de eteno,
principalmente na Ásia, América do Norte. De acordo com a IHS, capacidade anual global de eteno de 40,6 milhões está programada
para ativação entre 2019 e 2023, incluindo 17,6 milhões de toneladas de capacidade anual da China e 9,4 milhões de toneladas de
capacidade anual da América do Norte. De acordo com a IHS, a maior parte da capacidade na China será baseada na flexibilidade de
matéria-prima, permanecendo a nafta como a principal matéria-prima, porém com opção de craqueamento a partir de líquidos do gás
natural. Já na América do Norte, onde todas as novas capacidades possuem base etano, o cenário é diferente, com apenas uma pequena
porcentagem das capacidades dispondo de flexibilidade para utilização de outra matéria-prima. Além disso, a expansão da capacidade
de eteno é com frequência objeto de atrasos, e não é possível prever quando, e se, a capacidade adicional planejada será ativada.

As pressões internacionais de preços aumentaram em 2011 e 2012, pois a diferença de preços entre a nafta e o gás aumentou e os
produtores usando etano como matéria-prima conseguiram manter margens competitivas a preços de vendas mais baixos que aqueles
exigidos por alguns produtores com base em nafta. Em 2013, a economia global demonstrou sinais de recuperação, refletida no melhor
desempenho registrado pela economia norte-americana e sinais de que a zona do euro começa a se recuperar da crise. Tal ambiente
contribuiu para sustentar a recuperação da lucratividade do setor petroquímico global, com melhora dos spreads de resinas
termoplásticas e principais petroquímicos básicos no ano. Em 2014, o crescimento do PIB global ficou abaixo das estimativas para o
ano, refletindo o menor crescimento em economias emergentes e na zona do Euro. Contudo, a recuperação da economia norte-americana
e o bom desempenho de outros mercados desenvolvidos, tais como Reino Unido, tiveram um impacto positivo na economia global em
2014. Em 2015, os preços do barril do petróleo bruto sofreram forte queda, com redução da vantagem competitiva dos produtores base
gás em relação aos produtores base nafta. Em 2016, o preço do petróleo seguiu pressionado e a indústria petroquímica continuou se
beneficiando da alta de preços, embora ainda em níveis mais baixos se comparados a 2015.

ii
Em 2017, a onda de novas capacidades de eteno na América do Norte com início das operações esperado para o ano anterior seguiu
afetada por uma série de atrasos. Tal fator, somado a diversas paradas não programadas de manutenção, principalmente nos EUA,
devido ao clima extremo, permitiram a manutenção de níveis saudáveis de spreads ao longo do ano, estendendo o ciclo de alta do setor.

Em 2018, grande parte das novas capacidades que haviam sofrido atrasos em anos anteriores finalmente foram disponibilizadas nos
Estados Unidos. As novas plantas se beneficiam do custo mais baixo devido ao uso de etano; assim, elas conseguem fabricar produtos
a um preço menor do que a maioria de seus concorrentes no mercado global, o que provocou queda das referências do preço de
exportação ao longo do ano. Por outro lado, os preços do petróleo e da nafta permaneceram em alta em boa parte do ano, principalmente
devido aos cortes de produção da OPEC e sanções impostas pelos Estados Unidos sobre o Irã, que provocou a redução dos spreads.
Além disso, disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo (China e Estados Unidos) forçaram companhias norte-
americanas a encontrarem novas regiões para comercializarem seus produtos, aumentando assim a pressão sobre os preços nessas
regiões.

No curto e médio prazos, a desaceleração econômica global, o menor crescimento do PIB chinês e as políticas comerciais cada vez mais
protecionistas no mundo podem continuar a afetar o crescimento da demanda por produtos petroquímicos. Ademais, ainda há uma
capacidade considerável a ser mobilizada, principalmente nos Estados Unidos e na Ásia, e alguns projetos podem entrar em operação
antes do esperado, o que deve continuar a pressionar os preços devido à maior oferta. Os preços do petróleo e da nafta devem permanecer
instáveis, à medida que os cortes na produção do Oriente Médio, a deterioração do cenário econômico na Venezuela e a maior oferta
do petróleo de xisto dos Estados Unidos fazem com que os preços continuem voláteis. Por fim, os preços do etano podem mostrar
valorização, devido à falta de fracionadores para extração de líquidos de gás natural e dutos para conectar consumidores a produtores.

No longo prazo, a tendência é que o período de baixa seja suavizado e no futuro se converta em alta novamente, à medida que o setor
aguarda para tomar decisões sobre novos investimentos enquanto o comércio global encontra o equilíbrio e o mundo absorve novas
capacidades. Além disso, os projetos com previsão de início em um futuro mais distante têm maior chance de serem adiados ou
cancelados, uma vez que o cenário pode mudar, matérias-primas podem se tornar mais ou menos vantajosas e as curvas do custo caixa
podem mudar.

Efeitos da flutuação dos preços da nafta, etano, propano e propeno

As flutuações do preço da nafta no mercado internacional causam efeitos significativos no custo de nossos produtos vendidos e nos
preços que podemos cobrar de nossos clientes por nossos produtos de primeira e segunda geração. A instabilidade política no Oriente
Médio, ou eventos similares que possam ocorrer no futuro e podem causar efeitos imprevisíveis na economia global ou nas economias
das regiões afetadas. Tais eventos vêm tendo e podem continuar a ter efeitos negativos sobre a produção de petróleo e volatilidade de
preços, consequentemente levando ao aumento dos preços da nafta e de produtos petroquímicos em todo o mundo.

O preço do etano e do propano em Mont Belvieu, Texas, é utilizado como referência para os custos dos insumos. Quaisquer
acontecimentos futuros que afetem o equilíbrio entre a oferta e a demanda de gás natural nos EUA poderá ter um impacto adverso sobre
o preço do gás natural referência Mont Belvieu (inclusive sobre o etano, propano e butano), levando ao consequente aumento dos nossos
custos de produção ou à queda no preço dos produtos petroquímicos. Fatores externos e desastres naturais, tais como furacões, invernos
severos ou acontecimentos na indústria, tais como a exploração de gás de xisto, poderão influenciar o fornecimento de gás natural,
aumentando assim os custos, que poderão afetar materialmente o custo dos produtos vendidos e resultados operacionais.

Efeitos sobre o custo dos produtos vendidos

A nafta é a principal matéria-prima utilizada pela Unidade de Químicos e, indiretamente, por diversas outras unidades de negócios. A
nafta correspondeu a 41,8% do custo consolidado direto e indireto dos produtos vendidos em 2018.

O custo da nafta varia em conformidade com os preços do mercado internacional, que flutuam dependendo da oferta e procura de
petróleo e demais produtos refinados derivados de petróleo. A Companhia compra nafta da Petrobras mediante um contrato de
fornecimento de longo prazo, e importa nafta de outros fornecedores através do terminal de Aratu, no estado da Bahia, e do terminal de
Osório, da Petrobras, no estado do Rio Grande do Sul. Os preços pagos pela nafta por esses contratos, com exceção do contrato de
fornecimento com a Petrobras, estão atrelados às cotações de nafta no mercado Amsterdã-Roterdã-Antuérpia (ARA).
Consequentemente, as flutuações do preço da nafta praticado no mercado ARA têm efeito direto no custo de nossos produtos de primeira
geração.

Os contratos com a Petrobras preveem preços da nafta com base nas cotações ARA. A volatilidade da cotação deste produto nos
mercados internacionais, a taxa de câmbio real-dólar e o nível de dissulfeto de carbono, um contaminante da nafta que é entregue,
também influenciam os preços da nafta adquirida da Petrobras. A administração acredita que estes contratos tenham reduzido a
exposição do custo de seus produtos de primeira geração às oscilações do preço da nafta no mercado ARA.

O preço internacional da nafta flutuou significativamente no passado e, segundo acreditamos, a flutuação persistirá no futuro. Aumentos
significativos do preço da nafta e, por consequência, de nossos custos de produção, geralmente reduzem nossas margens brutas e
resultados operacionais, na medida em que não podemos repassar a totalidade do aumento de custos aos nossos clientes; poderiam,
ainda, acarretar a queda do volume de vendas de nossos produtos. Inversamente, reduções significativas do preço da nafta e,
ii
consequentemente, de nossos custos de produção, geralmente aumentam nossas margens brutas e resultados operacionais, podendo
acarretar o aumento dos volumes de vendas se o custo mais baixo permitir que venhamos a reduzir os preços que praticamos. Nos
períodos de grande volatilidade do preço em dólares da nafta, costuma haver uma defasagem entre o aumento ou diminuição desse
preço e a ocasião em que a Companhia consegue repassar o aumento ou redução de custos a seus clientes no Brasil. Esses descasamentos
de precificação diminuem quando o preço em dólares da nafta é menos volátil.

Atualmente, não fazemos hedge de nossa exposição a variações do preço da nafta, porque uma parcela de nossas vendas consiste em
exportações devidas em moedas estrangeiras e atreladas aos preços da nafta no mercado internacional e, também, porque os preços de
nosso polietileno, polipropileno e PVC vendidos no Brasil refletem, em geral, as alterações dos preços praticados no mercado
internacional desses produtos.

Efeitos sobre os preços dos produtos da Companhia

Os preços cobrados pela Companhia por muitos de seus produtos Químicos são estipulados por referência aos preços de contratos
europeus desses produtos. Como os produtores europeus de produtos Químicos usam principalmente a nafta como matéria-prima, as
variações nos preços de contratos europeus são fortemente influenciadas pelas oscilações dos preços da nafta nos mercados
internacionais. Na medida em que os preços de nossos produtos se baseiam nos preços de contrato europeu, os preços desses produtos
por nós praticados também são significativamente influenciados pelos preços da nafta no mercado internacional.

Negociamos mensalmente os preços em real de parte de nossos produtos, principalmente polietileno, polipropileno e PVC com nossos
clientes no Brasil. Procuramos revisar nossos preços de sorte a refletir (1) alterações nos preços internacionais desses produtos, que
tendem a flutuar com os preços da nafta, especialmente para o polietileno, e (2) a valorização ou desvalorização do real frente ao dólar.
No entanto, em períodos de alta volatilidade dos preços internacionais ou nas taxas de câmbio, por vezes não somos capazes de refletir
essas alterações integral e rapidamente nos preços que praticamos.

Os preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional flutuaram significativamente e, segundo acreditamos, a flutuação
persistirá. A volatilidade do preço da nafta e a tendência de subida no preço de petróleo e nafta têm efeitos na competitividade de preços
das nossas centrais petroquímicas base nafta e nas nossas resinas. Como as tendências de preços para nafta e etano divergiram nos
últimos anos mais do que historicamente, produtores de eteno e produtos de resina derivados de etano geralmente tiveram custos de
matéria-prima mais baixos que produtores desses produtos a partir da nafta. Como consequência, aumentos significativos no diferencial
de preços entre nafta e gás aumentam a competitividade de produtos derivados de etano e podem resultar em pressão de preços nos
mercados internacionais.

Aumentos significativos dos preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional e, consequentemente, dos preços que
poderíamos cobrar, geralmente aumentam a nossa receita líquida de vendas e resultados operacionais à medida que possamos manter
nossas margens operacionais, e o aumento de preços não reduza os volumes de vendas de nossos produtos. Inversamente, quedas
significativas dos preços de nossos produtos petroquímicos no mercado internacional e, consequentemente, dos preços que poderíamos
praticar, geralmente reduzem nossa receita líquida de vendas e resultados operacionais, se não pudermos aumentar nossas margens
operacionais ou se a redução dos preços não acarretar aumento dos volumes de vendas de nossos produtos.

Utilização da capacidade

Nossas operações são intensivas de capital. Em vista disso, a fim de obter custos de produção unitários mais baixos e de manter margens
operacionais adequadas, procuramos manter altas taxas de utilização de capacidade em todas as nossas instalações de produção.

A tabela a seguir demonstra as taxas de utilização de capacidade relativas às plantas de alguns de nossos principais produtos nos
períodos apresentados.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


2018 2017 2016

Eteno .................................................................................................... 91% 94% 92%


Polietileno ............................................................................................ 88% 90% 89%
Polipropileno........................................................................................ 87% 93% 86%
PVC .................................................................................................... 76% 86% 84%
Polipropileno EUA e Europa .............................................................. 87% 97% 100%
PE México 77% 88% 42%

Em 2018, a taxa média de utilização foi influenciada pela greve dos caminhoneiros no Brasil, em maio de 2018; pelo incidente
envolvendo a planta de cloro-soda em Alagoas; pelo apagão que afetou as plantas da região nordeste do Brasil em março; e pela redução
da demanda no quarto trimestre de 2018.

Em 2017, a taxa média de utilização foi influenciada pelo bom desempenho operacional das centrais, refletindo a maior eficiência
operacional e maior disponibilidade de matéria-prima na central base gás do Rio de Janeiro.
ii
Em 2016, a taxa média de utilização foi influenciada: (1) bom desempenho das centrais (crackers), refletindo o aumento da eficiência
operacional e exportação de volumes excedentes não absorvidos pelo mercado interno; e (2) maior disponibilidade de matéria-prima na
central base gás do Rio de Janeiro.

Efeitos da Política Industrial Brasileira

O governo brasileiro possui influência significativa em alguns setores da indústria interna, inclusive no setor petroquímico no qual a
Companhia opera. O governo brasileiro adotou, ou considera a adopção, de medidas que aumentem a competitividade de empresas
brasileiras, conforme descrevemos a seguir.

Reintegra

Em dezembro de 2011, o governo brasileiro implantou o programa "Reintegra", que visa ao aumento da competitividade de fabricantes
brasileiros em mercados internacionais, através do refinanciamento de impostos federais sobre exportações. Como resultado de tal
incentivo, a exportação de produtos de terceira geração por companhias brasileiras cresceu. O programa original encerrou-se em 31 de
dezembro de 2013. Em agosto de 2014, o governo federal reestabeleceu de forma permanente o Reintegra e com taxas variáveis, com
variação de até 5% das receitas de exportação das companhias. A alíquota de restituição de imposto foi definida em 0,1% em agosto de
2014. Em outubro de 2014, o governo brasileiro reestabeleceu a alíquota de 3,0%, válida até o final de 2015. No entanto, em março de
2015 o governo brasileiro reduziu novamente a alíquota para 1,0%, vigente para 2015 e 2016. Em outubro de 2015, de acordo com o
Decreto 8.543, o governo federal reduziu a taxa de restituição para 0,1%, válida a partir de 1º de dezembro de 2015, que permaneceu
em vigor até 31 de dezembro de 2016. Em 28 de agosto de 2017, conforme o Decreto 9.148, que alterou o Decreto 8.543, a taxa do
Reintegra aumentou para 2% com validade a partir de 1º de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2018. No entanto, em 30 de maio
de 2018, o governo brasileiro editou um novo decreto que reduz a taxa de restituição para 0,1%, com vigência a partir de 1° de junho
de 2018.

Preços e taxas

Fixamos os preços do eteno, o principal produto petroquímico de primeira geração que vendemos a terceiros produtores de segunda
geração, tomando por referência os preços do mercado internacional. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia—Unidade de
Químicos—Vendas e Comercialização da Unidade de Químicos.” Os preços pagos por produtores de segunda geração por produtos
petroquímicos importados de primeira geração refletem, em parte, custos de transporte e tributos. Fixamos os preços de subprodutos de
eteno, tal como o butadieno, tomando por referência vários fatores de mercado, inclusive os preços pagos por produtores de segunda
geração por produtos importados, que também levam em consideração os custos de transporte e tributos.

Os produtores de segunda geração, inclusive a Companhia, em geral fixam os preços de seus produtos petroquímicos tomando por
referência diversos fatores de mercado, entre eles os preços pagos por produtores de terceira geração por produtos importados. Os preços
pagos por essas importações também refletem custos de transporte e tributos.

O governo brasileiro tem recorrido a tarifas de importação para implantar políticas econômicas. Dessa forma, em geral as tarifas sofrem
grandes variações, sobretudo aqueles incidentes sobre produtos petroquímicos, e podem variar no futuro. Os tributos sobre a importação
de produtos petroquímicos de primeira geração, variam entre 0% e 4%, enquanto os tributos sobre as resinas de polietileno, polipropileno
e PVC foram fixadas em 14,0%.

As importações e exportações na área de livre comércio formada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o Mercosul (Mercado
Comum do Sul), não estão sujeitas a tributos desde dezembro de 2001. As importações de PVC em suspensão da Bolívia, Chile,
Colômbia, Equador, Peru e Venezuela não estão sujeitas a tarifas, devido a diversos acordos comerciais. As importações de PVC em
suspensão do México estão sujeitas a tarifas reduzidas de 11,2%, de acordo com um acordo comercial. As importações e exportações
entre o Mercosul e Colômbia, Equador e Venezuela não estão sujeitas a tarifas devido a um acordo de comércio em vigência desde
2005.

As importações de PVC em suspensão dos EUA e do México estão sujeitas a tarifas antidumping de respectivamente 16,0% e 18,0%
impostas pela Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (CAMEX). Desde 2008, as
importações de PVC em suspensão da China também estão sujeitas à tributação de 21,6%, enquanto as importações de suspensão de
PVC da Coreia do Sul estão sujeitas a tributos que variam entre 0% e 18,9%, dependendo do produtor, em virtude da imposição de
tributos antidumping pela CAMEX. Os impostos e taxas cobrados sobre importações dos EUA e do México tem vencimento em 2021.
Já os impostos e taxas cobrados sobre importações da China e da Coréia do Sul tem vencimento em 2019.

Adicionalmente, em dezembro de 2010, a CAMEX impôs um tributo antidumping de 10,6% sobre as importações de polipropileno dos
Estados Unidos. Tais medidas foram renovadas em novembro de 2016. A partir de agosto de 2014, o governo brasileiro passou a aplicar
tarifas antidumping sobre importações de polipropileno da África do Sul, Índia e Coreia do Sul, de 16,0%, 6,4% -9,9%, e 2,4%-6,3%,
respectivamente. Os impostos e taxas cobrados sobre importações de polipropileno dos Estados Unidos tem vencimento em 2021. Já os
impostos e taxas cobrados sobre importações da África do Sul, Índia e Coréia do Sul tem vencimento em 2019.

ii
Em 2018, cerca de 25% das resinas de polietileno, polipropileno e PVC brasileiras foram importadas, o que representou um aumento
anual de 12,3% no volume de resinas importadas, devido à maior disponibilidade de produtos das plantas que recentemente entraram
em operação.

Impacto do nível de endividamento e taxas de juros

Em 31 de dezembro de 2018, o total da dívida consolidada em aberto, líquida de custos de transação, era de R$ 25.192,7 milhões. O
nível de endividamento da Companhia acarreta despesas financeiras significativas que são refletidas na demonstração do resultado. As
despesas financeiras compreendem despesas com juros, variações cambiais de dívida em dólares e outras moedas estrangeiras, ganhos
ou perdas cambiais e outros itens, como descrito na Nota 15 às demonstrações financeiras consolidadas auditadas. No exercício
encerrado em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou um total de R$ 3.007,6 milhões em despesas financeiras, dos quais
R$ 2.084,8 milhões se relacionavam a despesas de juros. Além disso, a Companhia registrou uma perda de R$ 2,257,0 milhões com
variação cambial sobre ativos e passivos financeiros. As taxas de juros pagas pela Companhia dependem de diversos fatores, incluindo
as taxas de juros nacionais e internacionais e as avaliações de risco da Companhia, do setor e da economia brasileira feitas por agências
de classificação de risco que avaliam a Companhia e seus títulos de dívida.

Efeito dos impostos sobre o resultado

Estamos sujeitos a um a gama de tributos federais e estaduais genericamente incidentes em diversas jurisdições sobre suas operações e
resultados. A Companhia está em geral sujeita ao imposto de renda federal brasileiro de 25%, combinado com a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido – CSLL de 9%, totalizando uma alíquota efetiva de 34%, que é a alíquota padrão do imposto de pessoa jurídica
no País.

Foram concedidas à Companhia certas isenções de impostos federais baseadas na legislação federal que oferece incentivos fiscais a
empresas que instalem suas unidades de produção nos estados brasileiros da Bahia e Alagoas. Tais isenções permitiram uma isenção de
75%, sendo que a Companhia tem o direito de pagar 25% da alíquota de imposto de renda sobre lucros decorrentes da venda:

 do polietileno fabricado em uma das plantas de polietileno do Complexo Petroquímico de Camaçari até 2026; e

 do polietileno fabricado em uma das plantas de polietileno do Polo de Camaçari e soda cáustica, cloro, dicloroetano (EDC) e
PVC produzidos em nossas plantas no Polo de Camaçari e Alagoas até 2024.

A isenção de 75% do imposto de renda, combinada a uma alíquota de CSLL de 9%, confere à Companhia o direito de pagar apenas
44,9% da alíquota padrão de imposto de renda de 34% sobre os lucros decorrentes de produtos fabricados nessas plantas.

Os prejuízos fiscais relativos ao imposto de renda a compensar no Brasil não prescrevem; porém, a compensação anual está limitada
a 30% do lucro líquido ajustado. Este limite também afeta a CSLL. Os ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos
decorrentes de prejuízos fiscais a compensar com resultados futuros foram integralmente utilizados em 2018. Não existe saldo em aberto
a ser utilizado em 2019.

O montante consolidado inclui o impacto de diferentes taxas de juros em países em que as subsidiárias estão localizadas, conforme
segue:

 Braskem Europa (Alemanha): 31,18%;

 Braskem America e Braskem America Finance (Estados Unidos): 21,00%;

 Braskem Argentina (Argentina): 30,00%;

 Braskem Petroquímica Chile (Chile): 27,00%;

 Braskem Holanda, Braskem Holanda Finance e Braskem Holanda Inc Netherland (Holanda): 25,00%; e

 Braskem Idesa, Braskem Idesa Serviços, Braskem México, Braskem México Serviços e Braskem México Sofom (México):
30,00%.

As vendas de exportação da Companhia estão atualmente isentas de (1) Programa de Integração Social – PIS, (2) Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social - COFINS, imposto federal sobre o valor agregado, (3) Imposto sobre Produtos Industrializados -
IPI, imposto federal de valor agregado sobre produtos industrializados e (4) ICMS.

Acontecimentos recentes

Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP)


ii
Em 21 de março de 2018, os acionistas da Companhia aprovaram o plano de incentivo de longo prazo (Plano ILP) para os principais
executivos, que visa a promover o alinhamento entre os interesses dos seus participantes e dos acionistas da Companhia, bem como o
estimular a permanência dos participantes na Companhia, oferecendo aos participantes elegíveis uma oportunidade de receber ações
restritas da Companhia mediante o investimento voluntário de recursos financeiros próprios e manutenção de tais ações até o fim do
período de carência (vesting period) de três anos. Para mais informações, vide o “Item 6—Conselheiros, Diretores e Funcionários—
Remuneração—Plano de Incentivo de Longo Prazo”.

Em 28 de março de 2018, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o “Programa ILP 2018”, nos termos e condições
do Plano ILP, incluindo a lista de pessoas elegíveis, o prazo para aquisição de ações próprias pelos participantes e a quantidade de ações
restritas a ser entregue aos participantes como contrapartida a cada ação própria adquirida. A quantidade máxima de ações que a
Companhia espera entregar aos participantes do Programa ILP 2018, após o período de carência e desde que cumpridos os requisitos
necessários, é de 727.688 ações. A data de outorga do programa é 06 de abril de 2018.

Em 13 de março de 2019, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o “Programa ILP 2019”, nos termos e condições
do Plano ILP, incluindo a lista de pessoas elegíveis, o prazo para aquisição de ações próprias pelos participantes e a quantidade de ações
restritas a ser entregue aos participantes como contrapartida a cada ação própria adquirida. A quantidade máxima de ações que a
Companhia espera entregar aos participantes do Programa ILP 2019, após o período de carência e desde que cumpridos os requisitos
necessários, é de 573.345 ações.

Quantiq

Em 09 de janeiro de 2017, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a venda das subsidiárias Quantiq Distribuidora
Ltda (“Quantiq”) e IQAG Armazéns Gerais Ltda (“IQAG”) no valor de R$ 550 milhões. Em 03 de abril de 2017, a transferência do
controle para a empresa compradora foi concluída.

Em abril de 2018, a Companhia recebeu o montante de R$ 81 milhões, corrigido monetariamente, referente ao saldo em aberto de
R$ 100 milhões da venda das subsidiárias Quantiq e IQAG em 2017. A diferença entre o valor esperado e o valor recebido foi
reconhecida no segundo trimestre de 2018 no item “Outras receitas (despesas), líquidas”, no valor de R$ 19,6 milhões, decorrente de
um ajuste previsto no contrato.

Dividendos

Em 30 de abril de 2018, na assembleia geral da Companhia, os acionistas aprovaram o pagamento de dividendos adicionais
considerando o lucro líquido do exercício de 2017, no valor de R$ 1.500,0 milhão. Tais dividendos foram pagos em 10 de maio de 2018.

Em março de 2019, o Conselho de Administração da Companhia propôs a distribuição de dividendos do exercício de 2018, que
seria submetida à aprovação da assembleia geral ordinária e extraordinária realizada em 16 de abril de 2019. Em 15 de abril de 2019,
um tribunal de justiça do estado de Alagoas suspendeu a referida distribuição de dividendos para a quitação de possíveis indenizações
relativas a uma ação judicial protocolada em Alagoas, alegando danos decorrentes de um incidente geológico ocorrido da mina de sal-
gema da Companhia. Essa decisão foi em seguida reformada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a
distribuição de dividendos mediante depósito judicial no mesmo valor.

Em 19 de agosto de 2019, a Companhia tomou ciência de outra ação civil protocolada pelo Ministério Público Federal em face da
Companhia e de outras partes, buscando medidas cautelares para, entre outras coisas, o bloqueio dos lucros ainda não distribuídos. A
Companhia tem adotado todas as medidas relevantes para se defender nestes processos Na data deste relatório anual, o pedido de medida
cautelar do autor ainda não havia sido julgado. Em 03 de outubro de 2019, a Assembleia Geral Extraordinária aprovou (i) o pagamento
de dividendos obrigatórios, no valor de R$ 667 milhões, a serem pagos até 31 de dezembro de 2019; (ii) o orçamento de capital para o
exercício de 2019; e (iii) quantia restante do lucro líquido de 2018 (R$ 2.002,3 milhões), a ser retida pela Companhia, nos termos do
artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.

Carta de Crédito Standby

Em abril de 2018, a Companhia substituiu a carta de crédito standby que cobre sua obrigação de constituir uma conta de reserva para o
financiamento de projeto de sua subsidiária Braskem Idesa, liberando R$ 476,9 milhões em garantia relativa à referida carta.

Linha de Crédito Rotativo

Em 11 de maio de 2018, em linha com seu compromisso de manter sua liquidez financeira, a Braskem S.A. contratou uma linha de
crédito rotativo internacional no valor de US$ 1.000 milhões com um sindicato de bancos, com vencimento em 2023. As duas linhas de
crédito mantidas pela Companhia até então, nas quantias de US$ 750 milhões (vencimento em dezembro de 2019) e R$ 500 milhões
(vencimento em setembro de 2019) foram canceladas.

ii
Linha de Crédito

Em 30 de maio de 2018, a Braskem America, subsidiária da Companhia, contratou uma linha de crédito no valor de até
US$ 225 milhões garantida pela Euler Hermes, agência alemã de crédito à exportação, que será utilizada para financiar uma parcela dos
investimentos na nova planta de polipropileno em Houston, no Texas. Os recursos serão desembolsados de acordo com o progresso da
construção do projeto, e o valor total deve ser desembolsado até 30 de dezembro de 2020. Na data deste relatório anual, o total
desembolsado foi de US$ 172 milhões.

EDC (dicloroetano)

Em julho de 2018, a Companhia recebeu notificação do governo de Alagoas alegando que este supostamente utilizou uma base de
cálculo de ICMS menor do que aquela prevista na legislação aplicável para transferências internas de EDC (dicloroetano) para outra
unidade em Alagoas, entre janeiro de 2013 e maio de 2016, já que o EDC não está sujeito a diferimento em tais transações. O valor
corrigido mencionado no referido auto de infração correspondia a R$ 175 milhões. A assessoria jurídica externa da Companhia prevê
que o procedimento administrativo deve ser concluído em 2022. Não foi efetuado nenhum depósito judicial ou outra forma de garantia
para esse processo, uma vez que ainda está na fase administrativa.

Financiamento SACE

Em novembro de 2018, a subsidiária Braskem Netherlands B.V. contratou uma linha de financiamento de US$ 295 milhões
garantida pelo Contrato de Linha de Crédito SACE, agência italiana de crédito à exportação, com vencimento em novembro de 2028,
com cobrança de variação do câmbio do dólar + taxa Libor semestral + 0,90% ao ano.

Recuperação de Créditos de Impostos Federais

Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em sede de recurso extraordinário do STF, que o ICMS não deve
ser incluído na base de cálculo do PIS/COFINS. Embora a União tenha protocolado embargos de declaração pleiteando os efeitos
prospectivos da decisão, o próprio STF e todos os tribunais regionais federais do Brasil aplicaram a decisão do caso principal
indiscriminadamente. Em 31 de dezembro de 2018, o recurso extraordinário protocolado pela União em face da Companhia perdeu o
objeto. Esses eventos aumentam a segurança jurídica da decisão do STF de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. Assim,
em 31 de dezembro de 2018, a Companhia reconheceu crédito tributário no valor de R$ 519,8 milhões relativo a PIS e COFINS no
período de março de 2017 a novembro de 2018, dos quais R$ 265,4 milhões foram registrados como “receita líquida de vendas”, R$
235,9 milhões como “outras receitas (despesas)” e R$ 18,5 milhões como “receita financeira”.

Em 2019, houve o trânsito em julgado de decisões proferidas por um tribunal brasileiro em favor da Companhia (em processo
protocolado pela Companhia), autorizando a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS, com efeito retroativo até 1991. Os
efeitos dessas decisões foram avaliados pela Companhia, que reconheceu, no primeiro semestre de 2019, a quantia de R$ 2.038,9
milhões referente a PIS e COFINS, dos quais R$ 1.851,0 milhões foram registrados em “Outras receitas (despesas) operacionais” e R$
188,0 milhões em “Receita financeira”.

BNDES

Em 30 de janeiro de 2019, a Braskem recebeu a primeira parcela, de R$ 266 milhões, referente à transação de repasse com o
BNDES no valor total de R$ 476 milhões, a uma taxa de juros de 11,57% a.a. e com vencimento em 15 de janeiro de 2031, contratada
em 26 de dezembro de 2018. A Companhia receberá o valor restante até o fim do exercício de 2019.

Reorganização da Odebrecht

Conforme o Comunicado ao Mercado divulgado em 1° de fevereiro de 2019, a Companhia foi informada pela Odebrecht S.A., sua
controladora indireta, sobre a reorganização societária conduzida pela Organização Odebrecht com o principal objetivo de segregar seus
negócios, cujos atos societários foram arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo em 31 de janeiro de 2019, com efeito
retroativo até 31 de dezembro de 2018.

A Companhia foi informada que a reorganização envolveria a cisão da Odebrecht Serviços e Participações S.A. ("OSP"), com a
segregação de seus ativos, compostos por todas as ações ordinárias e preferenciais da Braskem, e passivos, compostos pelo Contrato de
Compra e Venda de Debêntures n° 16.2.0023.1 firmado em 16 de março de 2016 entre a BNDES Participações S.A. - BNDESPAR e a
OSP, com terceiros na qualidade de intervenientes, e alterações subsequentes ("Parcela Cindida"), as demais atividades operacionais da
OSP, seguidas da incorporação da Parcela Cindida pela OSP Investimentos S.A. ("OSP Inv.").

A reorganização societária ocorreu dentro da Organização Odebrecht e, assim, a Odebrecht S.A. continua a ser a controladora
indireta da Companhia.

Processo de Recuperação Judicial da Odebrecht

ii
Em 17 de junho de 2019, a Odebrecht, juntamente com algumas de suas entidades controladoras e controladas (coletivamente
denominadas “Devedores”), protocolaram pedido de recuperação judicial da Odebrecht. A Companhia e outras entidades controladas
pela Odebrecht foram expressamente excluídas da recuperação judicial da Odebrecht. A Companhia não tem contas a receber da
Odebrecht em montante significativo, sendo que o pedido de recuperação judicial da Odebrecht não provoca o vencimento antecipado
de nenhuma das obrigações da Companhia.

Conforme mencionado neste relatório anual, o processo de recuperação judicial da Odebrecht pode expor a Companhia a
determinados riscos. Uma vez que a Odebrecht detém a maioria das ações ordinárias com direito a voto da Companhia, a ocorrência de
um evento de inadimplência, execução e venda subsequente de todas ou da maioria das ações ordinárias detidas pela Odebrecht e
recebidas mediante execução de qualquer garantia poderia resultar em mudança de controle ou alteração de estratégia corporativa,
acionar certos eventos de inadimplência ou levar ao inadimplemento de certas avenças previstas nos contratos firmados pela Companhia.
Vide “Item 3. Principais Informações—Fatores de Risco—Riscos Relacionados à Companhia e à Indústria Petroquímica. Alguns
acionistas da Companhia podem ter a capacidade de determinar o resultado de ações ou decisões corporativas que podem afetar os
detentores de ações preferenciais de classe A e ADSs da Companhia” e “Item 3. Principais Informações—Fatores de Risco—Riscos
Relativos a Participação Societária e Títulos de Dívida—Todas as ações emitidas pela Braskem e detidas pela OSP Investimentos S.A.
foram dadas em garantia a contratos de financiamento firmados pela Organização Odebrecht”.

Acordo CGU/AGU

Conforme Comunicado ao Mercado divulgado em 10 de julho de 2018 e Fato Relevante divulgado em 27 de maio de 2019, a
Braskem se envolveu em processo de cooperação e negociação com o Ministério da Transparência, a Controladoria-Geral da União
(CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) que culminou na celebração de um acordo de leniência com as referidas autoridades em
31 de maio de 2019 (“Acordo CGU/AGU”).

O Acordo CGU/AGU aborda os mesmos fatos objeto do Acordo Global firmado em dezembro de 2016 e prevê um desembolso
adicional de R$ 410 milhões devido aos cálculos e parâmetros adotados pela CGU/AGU.

Em resposta a uma solicitação feita pela Companhia e o MPF, os tribunais federais ratificaram a alocação de fundos nos termos
do Acordo do MPF para o pagamento do Acordo CGU/AGU, com correção das parcelas pendentes pela taxa Selic a partir da assinatura
do Acordo CGU/AGU. O valor adicional de R$ 410 milhões será pago em duas parcelas anuais ao final do cronograma de pagamento
do Acordo do MPF, em 2024 e 2025. O Acordo CGU/AGU, juntamente com o Acordo Global, são doravante denominados “Acordos”.

Os Acordos não isentam a Companhia de responsabilidade perante terceiros que, com interesses legítimos, busquem indenização
no tocante aos fatos objeto dos Acordos, incluindo autoridades que imponham novas sanções monetárias ou multas ou iniciem novas
investigações envolvendo a Companhia. Assim, não é possível garantir que o montante total acordado será suficiente para garantir
reparação integral a todas as vítimas.

No momento, a Companhia está em dia com as obrigações previstas nos Acordos.

Atividades de Mineração

Em abril de 2019, o Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas protocolaram uma ação
pleiteando o bloqueio de bens da Companhia no valor de até R$ 6,7 bilhões, com o intuito de garantir eventual remediação e indenização
por danos ambientais, pessoais e patrimoniais potencialmente causados por um evento geológico relacionado às atividades de mineração
da Companhia na cidade de Maceió. Uma decisão liminar determinou o bloqueio de R$ 100 milhões nas contas bancárias da Braskem.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas determinou a suspensão da distribuição de dividendos referentes ao
exercício de 2018 que haviam sido propostos no valor de R$ 2,7 bilhões, ou, alternativamente, o bloqueio de bens no mesmo valor da
distribuição de dividendos proposta.Essa decisão foi em seguida reformada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
autorizou a distribuição de dividendos mediante depósito judicial no mesmo valor. O Ministério Público do Estado de Alagoas e a
Defensoria Pública do Estado de Alagoas alteraram a inicial para excluir o pedido de indenização por supostos danos ambientais e
reduzir o valor dos bens a serem bloqueados para R$ 3,7 bilhões, valor esse que, de acordo com as alegações desses órgãos, seria
equivalente aos danos efetivamente causados aos residentes dos bairros afetados pelo evento geológico. Em 26 de junho de 2019, o juiz
presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas proferiu uma decisão determinando o bloqueio de R$ 3,7 bilhões. Essa decisão
também foi subsequentemente revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o desbloqueio de R$ 3,7 bilhões nas
contas da Companhia após mais um depósito judicial em valor equivalente.

Em 25 de julho de 2019, a Companhia foi informada de uma outra ação civil protocolada pelo Ministério Público do Trabalho do
Estado de Alagoas (MPT-AL) pleiteando medida cautelar para bloqueio no valor de R$ 2,5 bilhões, em garantia ao pagamento de
possíveis danos sofridos pelos trabalhadores afetados pelo evento geológico. Nesse processo, o MPT-AL também pleiteou, entre outras
coisas, o pagamento de indenização aos trabalhadores por danos morais. Em 10 de outubro de 2019, o tribunal de primeira instância
indeferiu a medida cautelar.

Em 19 de agosto de 2019, a Braskem tomou ciência de outra ação civil protocolada pelo Ministério Público Federal em face da

ii
Companhia e de outras partes, buscando as seguintes medidas cautelares: (i) constituição de um fundo no valor de R$ 3,1 bilhões em
prol de programas socioambientais e medidas emergenciais a serem tomadas, além da manutenção em tal fundo de capital de giro no
valor mínimo de R$ 2,0 bilhões ou, após a aprovação de um cronograma financeiro para tal fundo, do valor equivalente a 100% das
despesas projetadas para os 12 meses subsequentes; (ii) garantia do juízo no valor de R$ 20,5 bilhões; (iii) vedação à oneração ou
alienação de bens do ativo fixo da Companhia e à distribuição de lucros, seja na forma de dividendos, juros sobre capital próprio ou de
qualquer outra forma; (iv) bloqueio de qualquer lucro ainda não distribuído; e (v) suspensão do recebimento de financiamento e
incentivos públicos, além da aceleração da dívida atual com o BNDES (banco nacional de desenvolvimento). Na data deste relatório
anual, o pedido de medida cautelar do autor ainda não havia sido julgado.

A Companhia tem adotado todas as medidas relevantes para se defender nesses processos.

Bolsa de Valores de Nova York (NYSE)

Uma vez que a Companhia não arquivou o Formulário 20-F relativo ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, de acordo
com as exigências de arquivamento da SEC, e não foram concedidas outras extensões de prazo nos termos da Seção 802.01E do Manual
de Companhias Listadas da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em 13 de maio de 2019 a NYSE suspendeu a negociação das
American Depositary Shares da Companhia e iniciou procedimentos para sua saída da Bolsa.

A Companhia registrou recurso contra a referida decisão; a NYSE agendou para 17 de outubro de 2019 audiência relativa a esse
recurso.

Em 07 de outubro de 2019, a Companhia arquivou o Formulário 20-F referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

Negociações

Conforme Fato Relevante divulgado em 04 de junho de 2019, a Odebrecht notificou a Companhia sobre sua decisão, tomada em
conjunto com a LyondellBasell, de encerrar as negociações de uma possível transação envolvendo a transferência para a LyondellBasell
de 100% da participação detida pela Odebrecht no capital social da Companhia. As referidas negociações tiveram início em 15 de junho
de 2018.

Braskem Idesa

Em 09 de outubro de 2019, um pacote de Renúncias e Aceite foi aprovado pelo Representante dos Credores, estendendo assim as
datas para cumprimento da Data de Conclusão Física Garantida de 30 de novembro de 2016 para 31 de dezembro de 2020 e da Data de
Conclusão Financeira Garantida de 31 de dezembro de 2016 para 31 de dezembro de 2020.

A aprovação do pacote de Renúncias e Consentimento permite que a Braskem Idesa reclassifique sua Dívida Sênior de passivo
circulante para passivo não circulante. Em dezembro de 2018, o montante de R$ 9.554,5 milhões será reclassificado de passivo
circulante para passivo não circulante para todos os períodos divulgados após a data da renúncia.

Demonstração de Resultado

A discussão dos resultados de nossas unidades de negócio baseia-se nas informações financeiras fornecidas com relação a cada uma das
unidades de negócio, apresentadas na tabela a seguir, que mostram o resultado operacional de cada unidade e a conciliação desses
resultados com o resultado consolidado das operações. As informações sobre as unidades foram preparadas nas mesmas bases que as
informações usadas pela administração para alocar recursos às unidades e avaliar seu desempenho. A avaliação e administração do
desempenho das unidades têm por base as informações extraídas dos registros contábeis mantidos de acordo com as IFRS e refletidos
nas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018


Outras receitas
Despesas de vendas, Resultado de (despesas)
Receita líquida Custo dos gerais e de equivalência operacionais, Resultado
de vendas produtos vendidos Lucro bruto distribuição patrimonial líquidas (1) operacional
(em milhões de reais)

Químicos .................................................... 31.111,7 (27.464,0) 3.647,6 (756,7) (139,4) 2.751,5


Poliolefinas ................................................ 22.483,9 (19.255,4) 3.228,5 (1.310,1) (93,5) 1.824,9
Vinílicos..................................................... 3.167,4 (2.889,5) 277,9 (169,4) (18,4) 90,1
EUA e Europa ............................................ 11.724,8 (9.126,4) 2.598,4 (610,4) 10,7 1.998,7
México ....................................................... 3.770,5 (2.333,8) 1.436,7 (296,4) 305,5 1.445,7
Total segmentos ......................................... 72.258,2 (61.069,2) 11.189,0 (3.143,0) 64,8 8.110,9
Outros segmentos (2) ................................. 292,4 (173,6) 118,8 (34,8) (0,1) 83,9
Unidade corporativa (3) ............................. 265,4 265,4 (200,6) (0,9) 26,1 90,0
Reclassificações e eliminações (4) ............. (14.816,2) 14.811,6 (4,6) (4,6)
Consolidado ............................................... 57.999,9 (46.431,2) 11.568,6 (3.378,4) (0,9) 90,9 8.280,2

(1) Inclui pesquisa e desenvolvimento.


ii
(2) Representa receitas (despesas) da Braskem que não são alocadas em nenhum segmento em particular.
(3) Inclui o montante de R$ 501,4 milhões (R$ 265,4 milhões em “receita líquida de vendas” e R$ 236,0 milhões em “outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”)
relacionado a créditos fiscais de PIS e COFINS – exclusão do ICMS da base de cálculo (nota 10(c) das demonstrações financeiras consolidadas e auditadas).
(4) As eliminações são compostas principalmente por vendas inter-segmentos, realizadas em condições de mercado (arm’s length basis).

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017


Outras receitas
Despesas de vendas, Resultado de (despesas)
Receita líquida Custo dos gerais e de equivalência operacionais, Resultado
de vendas produtos vendidos Lucro bruto distribuição patrimonial líquidas (1) operacional
(em milhões de reais)

Químicos .................................................... 25.179,3 (20.478,9) 4.700,4 (773,4) — (197,3) 3.729,7


Poliolefinas ................................................ 19.650,4 (15.432,2) 4.218,2 (1.321,6) — (177,5) 2.719,1
Vinílicos..................................................... 3.066,9 (2.572,8) 494,1 (163,0) — (163,4) 167,7
EUA e Europa ............................................ 9.854,5 (7.419,3) 2.435,2 (582,7) — (21,3) 1.831,2
México ....................................................... 3.600,8 (2.097,5) 1.503,3 (283,3) — 27,9 1.247,9
Total segmentos ......................................... 61.351,9 (48.000,6) 13.351,3 (3.124,0) — (531,6) 9.695,8
Outros segmentos (2) ................................. 83,7 (65,7) 18,0 (13,4) — (2,4) 2,2
Unidade corporativa ................................... — — — (61,4) 40,0 (320,9) (342,3)
Reclassificações e eliminações (3) ............. (12.175,0) 11.888,9 (286,1) 137,4 — — (148,6)
Consolidado ............................................... 49.260,6 (36.177,4) 13.083,2 (3.061,3) 40,0 (854,9) 9.206,9

(1) Inclui pesquisa e desenvolvimento.


(2) Representa receitas (despesas) da Braskem que não são alocadas em nenhum segmento em particular.
(3) As eliminações são compostas principalmente por vendas inter-segmentos, realizadas em condições de mercado (arm’s length basis).

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016 (ajustado)


Outras receitas
Despesas de vendas, Resultado de (despesas)
Receita líquida Custo dos gerais e de equivalência operacionais, Resultado
de vendas produtos vendidos Lucro bruto distribuição patrimonial líquidas (1) operacional
(em milhões de reais)

Químicos .................................................... 25.062,6 (20.248,2) 4.814,4 (680,1) — (409,9) 3.724,4


Poliolefinas ................................................ 20.307,4 (15.980,9) 4.326,5 (1.284,7) — (199,1) 2.842,7
Vinílicos..................................................... 3.016,4 (2.815,2) 201,2 (236,8) — (71,9) (107,4)
EUA e Europa ............................................ 8.896,1 (6.080,7) 2.815,4 (497,8) — (71,0) 2.246,6
México (2) ................................................. 1.586,9 (1.152,0) 434,9 (231,8) — (4,8) 198,3
Total segmentos ......................................... 58.869,4 (46.277,0) 12.592,3 (2.931,2) — (756,7) 8.904,5
Outros segmentos (3) ................................. 12,2 (14,8) (2,6) (1,9) — (20,8) (25,3)
Unidade corporativa ................................... — — — (33,6) 30,1 (3.128,4) (3.131,9)
Reclassificações e eliminações (4) ............. (11.217,6) 11.306,3 88,7 115,3 — 204,0
Consolidado ............................................... 47.664,0 (34.985,5) 12.678,4 (2.851,3) 30,1 (3.905,9) 5.951,3
______________
(1) Inclui pesquisa e desenvolvimento.
(2) Com o início das operações da Braskem Idesa, a Companhia passou a reportar, a partir de 1º de janeiro de 2016, o segmento “México”, que inclui as atividades
de produção e venda de polietileno daquela controlada.
(3) Representa receita (despesas) da Braskem que não são alocadas a nenhum segmento em particular.
(4) As eliminações são compostas principalmente por vendas inter-segmentos, realizadas em condições similar a condições de mercado (arm’s length basis).

Na discussão a seguir, referências a aumentos ou diminuições em qualquer exercício são feitas pela comparação com o exercício anterior
correspondente, exceto se o contexto indicar de outra forma.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017

A tabela a seguir apresenta informações financeiras consolidadas e auditadas referentes aos exercícios encerrados em 31 de dezembro
de 2018 e 2017.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


2018 2017 % Variação
(em milhões de Reais - R$ )
Receita líquida de vendas ......................................................... 57.999,9 49.260,6 17,7%
Custo de produtos vendidos ...................................................... (46.431,2) (36.177,4) 28,3%
Lucro bruto ............................................................................. 11.568,6 13.083,2 (11,6%)
Receitas (despesas):
Com vendas e distribuição .................................................... (1.545,6) (1.459,6) 5,9%
Gerais e administrativas ........................................................ (1.633,0) (1.434,3) 13,9%
Com pesquisa e desenvolvimento ......................................... (199,8) (167,5) 19,3%
Equivalência patrimonial ...................................................... (0,9) 40,0 n.s.
Outras despesas operacionais, líquidas ................................. 90,9 (854,9) n.s.
Lucro operacional ................................................................... 8.280,2 9.206,9 (10,1%)
Resultado financeiro:
Despesas financeiras ............................................................. (3.007,6) (3.747,2) (19,7%)
ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
2018 2017 % Variação
(em milhões de Reais - R$ )
Receita financeira.................................................................. 589,1 603,6 (2,4%)
Variação cambial, líquida ..................................................... (2.257,0) (798,7) 182,6%
Despesa financeira, líquida (4.675,5) (3.942,4) 18,6%
Lucro (prejuízo) antes do IR e CSLL ................................... 3.604,7 5.264,6 (31,5%)
Imposto de renda e contribuição social atuais e diferidos........ (736,6) (1.357,7) (45,7%)
Lucro (prejuízo) de operações continuadas......................... 2.868,2 3.906,9 (26,6%)
Resultados de operações descontinuadas .................................. - 8,9 n.s.
Lucro (prejuízo) do exercício ................................................. 2.868,2 3.915,8 (26,8%)

n.s.: Não significativo

Receita líquida de vendas

A receita líquida de vendas cresceu 17,7%, ou R$ 8.739,3 milhões, de R$ 49.260,6 milhões em 2017 para R$ 57.999,9 milhões em
2018, principalmente em decorrência de (1) um aumento de R$ 1.870,3 milhões, ou 19,0%, da receita líquida de vendas da Unidade
EUA e Europa, que passou de R$ 9.854,5 milhões em 2017 para R$ 11.724,8 milhões em 2018, e (2) um aumento na receita líquida de
vendas da Unidade de Químicos, de R$ 25.179,3 milhões em 2017 para R$ 31.111,6 milhões em 2018. As reclassificações e
eliminações da receita líquida de vendas dos segmentos em consolidação, refletindo principalmente vendas de químicos entre empresas
pela Unidade de Químicos para outros segmentos, aumentaram 21,7% (R$ 2.641,2 milhões), de R$ 12.175,0 milhões em 2017 para
R$ 14.816,2 milhões em 2018.

Em 2018 e 2017, a Companhia não auferiu nenhuma receita decorrente de transações com um único cliente que fosse igual ou
superior a 10% da sua receita líquida total. Em 2018, a receita mais significativa proveniente de um único cliente correspondeu a 2,4%
da receita líquida total de vendas da Companhia e se refere ao segmento de Químicos.

Receita Líquida de Vendas da Unidade de Químicos

A receita líquida de vendas da Unidade de Químicos cresceu R$ 5.932,4 milhões, ou 23,6%, passando de R$ 25.179,3 milhões em
2017 para R$ 31.111,6 milhões em 2018.

Receita Líquida de Vendas do Brasil:

Em 2018, a receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Químicos cresceu 27,1% (R$ 5.633,9 milhões), atingindo R$ 26.700,8
milhões (incluindo R$ 14.468,7 milhões de vendas para as Unidades de Poliolefinas e Vinílicos) em 2018, em comparação a R$ 21.006,9
milhões em 2017 (incluindo R$ 11.355,4 milhões de vendas para as Unidades de Poliolefinas e Vinílicos), devido principalmente ao
maior volume de vendas de químicos para terceiros, em especial um aumento no volume de vendas de gasolina e butadieno no mercado
interno, resultado da priorização do atendimento a esse mercado.

Volume de Vendas no Brasil

A tabela a seguir mostra as transferências internas da Unidade de Químicos, principalmente eteno para a Unidade de Vinílicos e
eteno e propeno para a Unidade de Poliolefinas, por volume, para os períodos indicados.

Unidade de Químicos - Volume de Transferências Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Internas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Eteno .................................................................................... 2.779.589 2.888.776 (3,8%)


Propeno ................................................................................ 969.491 1.041.017 (6,9%)
Total .................................................................................... 3.749.080 3.929.794 (4,6%)

A tabela abaixo apresenta as vendas da Unidade de Químicos para terceiros no Brasil, por volume, nos períodos indicados:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Unidade de Químicos - Volume de Vendas Internas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Eteno .................................................................................... 509.056 523.639 (2,8%)


Propeno ................................................................................ 345.795 360.394 (4,1%)
ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Unidade de Químicos - Volume de Vendas Internas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Cumeno................................................................................ 234.108 199.792 17,2%


Butadieno ............................................................................. 192.049 183.849 4,5%
Gasolina ............................................................................... 942.864 925.867 1,8%
BTX(1) .................................................................................. 647.968 644.589 0,5%
Total .................................................................................... 2.871.839 2.838.130 1,2%

(1) BTX é definido como benzeno, tolueno e paraxileno.


Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de exportações da Unidade de Químicos cresceu 5,7% (R$ 238,5 milhões), de R$ 4.172,4 milhões em 2017 para
R$ 4.410,91 milhões em 2018, devido a principalmente o maior volume de vendas de eteno e paraxileno.

Volume de Vendas – Exportações

O volume de exportações da Unidade de Químicos diminuiu 31%, de 824,6 mil toneladas em 2017 para 570,7 mil toneladas em
2018, com destaque para propeno e BTX, principalmente devido à menor disponibilidade de produtos, uma vez que as centrais
petroquímicas da Braskem operaram com taxa de utilização média de 91%, redução de 3 p.p. em comparação com 2017. A redução da
taxa de utilização é explicada principalmente: (i) pela greve dos caminhoneiros no Brasil, ocorrida em maio de 2018; (ii) pelo incidente
envolvendo a planta de cloro-soda em Alagoas, em janeiro de 2018; (iii) pelo apagão que afetou as plantas da região nordeste em março
de 2018; e (iv) pela demanda reduzida no quarto trimestre de 2018.

A tabela abaixo apresenta as exportações da Unidade de Químicos por volume, nos períodos indicados:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Exportações da Unidade de Químicos 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Eteno .................................................................................... 114.549 100.927 13,5%


Propeno ................................................................................ 9.600 43.127 (77,7%)
Butadieno ............................................................................. 206.162 241.019 (14,5%)
Gasolina ............................................................................... 60.437 78.030 (22,5%)
BTX(1) .................................................................................. 179.994 361.476 (50,2%)
Total .................................................................................... 570.741 824.579 (30,8%)

(1) BTX é definido como benzeno, tolueno e paraxileno.


Receita Líquida de Vendas da Unidade de Poliolefinas

A receita líquida de vendas da Unidade de Poliolefinas aumentou 14,4% (R$ 2.833,5 milhões), passando de R$ 19.650,4 milhões
em 2017 para R$ 22.483,9 milhões em 2018, principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar durante o período em
questão.

Receita Líquida de Vendas no Brasil

A receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Poliolefinas cresceu 16,3% (R$ 2.260,5 milhões), passando de R$ 13.856,4
milhões em 2017 para R$ 16.116,8 milhões em 2018.

Volume de Vendas no Brasil

Em 2018, o volume de vendas no Brasil diminuiu 1,0%, para 2.932 mil toneladas em 2018, devido (i) à greve dos caminhoneiros
no Brasil, ocorrida em maio de 2018; (ii) ao apagão que afetou as plantas da região nordeste em março; e (iii) à demanda reduzida no
quarto trimestre de 2018.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Vendas Internas da Unidade de Poliolefinas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Polietileno ............................................................................ 1.788.332 1.795.446 (0,4%)


Polipropileno ....................................................................... 1.143.327 1.164.947 (1,9%)

ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Volume de Vendas Internas da Unidade de Poliolefinas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Total .................................................................................... 2.931.658 2.960.393 (1,0%)

Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de exportações da Unidade Poliolefinas cresceu 9,9% (R$ 573,0 milhões), de R$ 5.794,0 milhões em 2017 para
R$ 6.367,0 milhões em 2018, refletindo a desvalorização do real frente ao dólar durante o período em questão.

Volume de Vendas – Exportações

O volume de exportações da Unidade de Poliolefinas caiu 12,6%, de 1.438 mil toneladas em 2017 para 1.257 mil toneladas em
2018, devido à baixa disponibilidade de produtos, conforme descrito anteriormente.

A tabela abaixo apresenta as exportações da Unidade de Poliolefinas por volume, nos períodos indicados:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Exportações da Unidade de Poliolefinas 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

Polietileno ............................................................................ 819.979 916.115 (10,5%)


Polipropileno ....................................................................... 437.367 522.210 (16,2%)
Total .................................................................................... 1.257.346 1.438.325 (12,6%)

Receita Líquida de Vendas da Unidade de Vinílicos

A receita líquida de vendas da Unidade de Vinílicos aumentou 3,3% (R$ 100,5 milhões), passando de R$ 3.066,9 milhões em 2017
para R$ 3.167,4 milhões em 2018, principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar durante o período em questão.

Receita Líquida de Vendas no Brasil

A receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Vinílicos cresceu 6,4% (R$ 180,5 milhões), passando de R$ 2.824,6 milhões
em 2017 para R$ 3.005,2 milhões em 2018.

Volume de Vendas no Brasil

O volume de vendas no Brasil da Unidade de Vinílicos diminuiu 6,8%, passando de 525,7 mil toneladas em 2017 para 490,1 mil
toneladas em 2018.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Vendas Internas da Unidade de Vinílicos 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

PVC ..................................................................................... 490.139 525.683 (6,8%)


Total .................................................................................... 490.139 525.683 (6,8%)

Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de exportações da Unidade de Vinílicos diminuiu 33,0% (R$ 80,0 milhões), passando de R$ 242 milhões em 2017
para R$ 162,2 milhões em 2018, principalmente devido à queda no volume de exportações de PVC.

Volume de Vendas – Exportações

O volume de exportações da Unidade de Vinílicos diminuiu 44,5%, passando de 82 mil toneladas em 2017 para 45 mil toneladas
em 2018. Apesar da queda no volume, a Braskem manteve suas exportações de PVC para compensar a queda do mercado interno.

ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Volume de Exportações da Unidade de Vinílicos 2018 2017 % Variação
(em toneladas)

PVC ..................................................................................... 45.512 82.008 (44,5%)


Total .................................................................................... 45.512 82.008 (44,5%)

Receita Líquida de Vendas da Unidade EUA e Europa

A receita líquida de vendas da Unidade EUA e Europa, que inclui os ativos de polipropileno da Companhia nos Estados Unidos e
na Europa, cresceu 19,0% (R$ 1.870,3 milhões), passando de R$ 9.854,5 milhões em 2017 para R$ 11.724,8 milhões em 2018, devido
principalmente à melhora dos preços de PP de exportação.

Receita Líquida de Vendas da Unidade do México

A receita líquida de vendas da Unidade do México cresceu 4,7% (R$ 169,7 milhões), passando de R$ 3.600,8 milhões em 2017
para R$ 3.770,5 milhões em 2018, em razão do maior preço de referência USG do PE.

Custo dos Produtos Vendidos e Lucro Bruto

O custo dos produtos vendidos aumentou 28,3% (R$ 10.253,8 milhões), passando de R$ 36.177,4 milhões em 2017 para
R$ 46.431,2 milhões em 2018, principalmente em razão do aumento de 34,1% no custo dos produtos vendidos pela Unidade de
Químicos e de 23,0% no custo dos produtos vendidos pela Unidade EUA e Europa. As reclassificações e eliminações do custo dos
produtos vendidos das Unidades calculadas como parte da consolidação, refletindo basicamente os custos das compras de químicos
pelas Unidades de Poliolefinas e Vinílicos da Unidade de Químicos, aumentaram 24,6% em 2018.

O lucro bruto consolidado diminuiu 11,6% (R$ 1.514,5 milhões), de R$ 13.083,2 milhões em 2017 para R$ 11.568,6 milhões em
2018. A margem bruta (lucro bruto como porcentagem da receita líquida de vendas) diminuiu de 26,6% em 2017 para 19,9% em 2018.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Químicos

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Químicos cresceu 34,1% (R$ 6.985,1 milhões), passando de R$ 20.478,9 milhões
em 2017 para R$ 27.464,0 milhões em 2018, basicamente como resultado do aumento dos preços de matérias-primas.

O lucro bruto da Unidade de Químicos diminuiu 22,4%, passando de R$ 4.700,4 milhões em 2017 para R$ 3.647,6 milhões em
2018, acompanhado de contração da margem bruta, de 18,7% em 2017 para 11,7% em 2018.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Poliolefinas

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Poliolefinas aumentou 24,8% (R$ 3.823,2 milhões), passando de R$ 15.432,2
milhões em 2017 para R$ 19.255,4 milhões em 2018, devido ao maior custo das matérias-primas associado à desvalorização do real.

O lucro bruto da Unidade de Poliolefinas diminuiu 23,5%, passando de R$ 4.218,2 milhões em 2017 para R$ 3.228,5 milhões em
2018, enquanto a margem bruta registrou diminuição, passando de 21,5% em 2017 para 14,4% em 2018.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Vinílicos

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Vinílicos cresceu 12,3% (R$ 316,7 milhões), passando de R$ 2.572,8 milhões em
2017 para R$ 2.889,5 milhões em 2018, basicamente como resultado do aumento dos preços de todas as matérias-primas.

O lucro bruto da Unidade de Vinílicos aumentou 43,8%, passando de R$ 494,1 milhões em 2017 para R$ 277,9 milhões em 2018,
acompanhado de contração da margem bruta, que passou de 16,1% em 2017 para 8,8% em 2018.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade EUA e Europa

O custo dos produtos vendidos da Unidade EUA e Europa aumentou 23,0% (R$ 1.707,1 milhões), passando de R$ 7.419,3 milhões
em 2017 para R$ 9.126,4 milhões em 2018. Devido à alta dos preços do etano, vários produtores substituíram o gás por matérias-primas
mais pesadas, como GLP (propano e butano) e nafta, o que contribuiu para uma maior oferta de propeno na região.

O lucro bruto da Unidade EUA e Europa cresceu 6,7%, passando de R$ 2.435,2 milhões em 2017 para R$ 2.598,4 milhões em
2018, enquanto a margem bruta diminuiu, passando de 24,7% em 2017 para 22,2% em 2018.

ii
Custo dos Produtos Vendidos pela Unidade do México

O custo dos produtos vendidos pela Unidade do México aumentou 11,3%, passando de R$ 2.097,5 milhões em 2017 para
R$ 2.333,8 milhões em 2018, devido à alta dos preços do etano, provocada pela demanda maior das centrais petroquímicas recém-
inauguradas, associada à falta de dutos para transporte de gás e de fracionadoras para extração de etano.

Em 2018, a Unidade do México registrou lucro bruto de R$ 1.436,7 milhões e margem bruta de 38,1%. Já em 2017, a Unidade do
México registrou lucro bruto de R$ 1.503,3 milhões e margem bruta de 41,8%.

Despesas com Vendas e Distribuição

As despesas com vendas e distribuição aumentaram 5,9% (R$ 86,0 milhões), de R$ 1.459,6 milhões em 2017 para R$ 1.545,6
milhões em 2018, principalmente em razão do aumento das despesas relacionadas a vendas e distribuição nos Estados Unidos e na
Europa.

Despesas Gerais e Administrativas

As despesas gerais e administrativas aumentaram 13,9% (R$ 198,7 milhões), passando de R$ 1.434,3 milhões em 2017 para
R$ 1.633,0 milhões em 2018, devido principalmente a gastos com projeto estratégico nos Estados Unidos e despesas legais e com
auditoria, em apoio aos monitores corporativos da Companhia, e maiores despesas com publicidade.

Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento

As despesas com pesquisa e desenvolvimento cresceram 19,3% (R$ 32,4 milhões), passando de R$ 167,5 milhões em 2017 para
R$ 199,8 milhões em 2018. Porém, como porcentagem da receita líquida de vendas, tais despesas permaneceram estáveis (0,3%) em
2018 e 2017.

Resultado de Equivalência Patrimonial

O resultado de equivalência patrimonial diminuiu, registrando perda de R$ 0,9 milhões em 2018, frente a um ganho de R$ 40,0
milhões em 2017, devido à redução dos resultados de investimentos controlados em conjunto, principalmente RPR e Borealis. Para
mais informações sobre o resultado de equivalência patrimonial, vide a nota explicativa 11 das demonstrações financeiras consolidadas
e auditadas neste relatório.

Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas registrou aumento, totalizando uma receita de R$ 90,9 milhões em 2018, frente a
uma despesa de R$ 854,9 milhões em 2017, principalmente devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinando que o
ICMS não deve ser incluído na base de cálculo do PIS/COFINS. Nesse cenário, a Braskem registrou receita relativa a créditos de PIS e
COFINS pagos em excesso de março de 2017 a novembro de 2018, bem como a disposição de aquisição obrigatória (delivery-or-pay)
relativa ao contrato de fornecimento de etano no México.

Lucro Operacional

Como resultado do exposto acima:

 o lucro operacional consolidado diminuiu 10,1% (R$ 926,7 milhões), de R$ 9.206,9 milhões em 2017 para R$ 8.280,2 milhões
em 2018; como porcentagem da receita líquida de vendas, o lucro operacional diminuiu de 18,7% em 2017 para 14,8% em
2018;

 o lucro operacional da Unidade de Químicos caiu 26,2%, passando de R$ 3.729,7 milhões em 2017 para R$ 2.751,5 milhões
em 2018, enquanto a margem operacional da Unidade de Químicos contraiu, passando de 14,8% em 2017 para 8,8% em 2018;

 o lucro operacional da Unidade de Poliolefinas diminuiu 32,9%, passando de R$ 2.719,1 milhões em 2017 para R$ 1.824,9
milhões em 2018, enquanto a margem operacional da Unidade de Poliolefinas diminuiu de 13,8% em 2017 para 8,1% em
2018;

 o lucro operacional da Unidade de Vinílicos diminuiu 46,3%, passando de R$ 167,7 milhões em 2017 para R$ 90,1 milhões
em 2018, enquanto a margem operacional da Unidade de Vinílicos contraiu, passando de 5,5% em 2017 para 2,8% em 2018;

 o lucro operacional da Unidade EUA e Europa cresceu 9,1%, passando de R$ 1.831,3 milhões em 2017 para R$ 1.998,7
milhões em 2018, enquanto a margem operacional diminuiu, passando de 18,6% em 2017 para 17,0% em 2018; e

 o lucro operacional da Unidade do México cresceu 15,8%, passando de R$ 1.247,9 milhões em 2017 para R$ 1.445,7 milhões
em 2018, enquanto a margem operacional da Unidade aumentou de 34,7% em 2017 para 38,3% em 2018.
ii
Resultados Econômico-Financeiros

As despesas financeiras líquidas aumentaram 18,6% (R$ 733,1 milhões), passando de R$ 3.942,4 milhões em 2017 para R$ 4.675,5
milhões em 2018, principalmente em decorrência do registro de um prejuízo de R$ 2.257,0 milhões com variação cambial líquida, em
2018, em comparação a R$ 798,8 milhões em 2017, principalmente devido à depreciação do real no período e à exposição líquida do
resultado financeiro não designado como hedge e à despesa com a transição para contabilidade de hedge das exportações da Braskem e
Braskem Idesa, que anteriormente eram registradas como patrimônio líquido.

Receitas Financeiras

As receitas financeiras diminuíram 2,4% (R$ 14,6 milhões), de R$ 603,6 milhões em 2017 para R$ 589,0 milhões em 2018,
principalmente devido à redução nas taxas de juros no Brasil.

Despesas Financeiras

As despesas financeiras diminuíram 19,7% (R$ 739,7 milhões), de R$ 3.747,2 milhões em 2017 para R$ 3.007,6 milhões em 2018.
Apesar do efeito da desvalorização do real de 17% sobre a exposição líquida consolidada, as despesas financeiras registraram redução
em relação a 2017, período em que “Outras despesas” foram impactadas no valor de R$ 471 milhões pela quitação antecipada de
operações com derivativos, devido à quitação antecipada de dívida.

Circulante e diferido

Imposto de Renda e Contribuição Social

A despesa com imposto de renda e contribuição social diminuiu 45,7%, passando de R$ 1.357,7 milhões em 2017 para R$ 736,6
milhões em 2018. A alíquota tributária efetiva aplicável ao lucro da Companhia antes do imposto de renda e da contribuição social foi
de 20,4% em 2018 (25,8% em 2017).

Lucro (Prejuízo) do exercício

Como resultado do exposto acima, a Companhia registrou lucro líquido de R$ 2.868,2 milhões em 2018, ou 4,9% da receita líquida de
vendas, comparado a um lucro líquido de R$ 3.915,8 milhões em 2017, ou 7,9% da receita líquida de vendas.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017 comparado com o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016

A tabela a seguir apresenta informações financeiras consolidadas referentes ao exercício encerrados em 31 de dezembro de 2017.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


2016
2017 (Ajustado) % Variação
(em milhões de reais - R$)

Receita líquida de vendas ......................................................... 49.260,6 47.664,0 3,3%


Custo de produtos vendidos ...................................................... (36.177,4) (34.985,6) 3,4%
Lucro bruto ............................................................................. 13.083,2 12.678,4 3,2%
Receitas (despesas):
Com vendas e distribuição .................................................... (1.459,6) (1.403,7) 4,0%
Gerais e administrativas ........................................................ (1.434,3) (1.285,6) 11,6%
Com pesquisa e desenvolvimento ......................................... (167,5) (162,0) 3,4%
Equivalência patrimonial ...................................................... 40,0 30,1 32,9%
Outras despesas operacionais, líquidas ................................. (854,9) (3.906,0) (78,1%)
Lucro operacional ................................................................... 9.206,9 5.951,2 54,7%
Resultado financeiro:
Despesas financeiras ............................................................. (3.747.2) (3.571,0) 4,9%
Receita financeira.................................................................. 603,6 690,1 (12,5%)
Variação cambial, líquida ..................................................... (798,8) (3.210,4) (75,1%)
Despesa financeira, líquida (3.942,3) (6.091,3) (35,3%)
Lucro (prejuízo) antes do IR e CSLL ................................... 5.264,6 (140,1) n.s.
Imposto de renda e contribuição social......... ............................ (1.357,7) (616,0) 120,4%
Lucro (prejuízo) de operações continuadas......................... 3.906,9 (756,1) n.s.
Resultados de operações descontinuadas .................................. 8,9 26,9 (66,9%)
ii
Exercício encerrado em 31 de dezembro de
2016
2017 (Ajustado) % Variação
(em milhões de reais - R$)
Lucro (prejuízo) ...................................................................... 3.915,8 (729,2) n.s.

n.s.: Não significativo

Receita líquida de vendas

A receita líquida de vendas cresceu 3,3%, ou R$ 1.596,6 milhões, de R$ 47.664,0 milhões em 2016 para R$ 49.260,6 milhões em
2017, principalmente em decorrência de (1) um aumento de R$ 2.013,9 milhões, ou 126,9%, da receita líquida de vendas da Unidade
do México, que passou de R$ 1.586,9 milhões em 2016 para R$ 3.600,8 milhões em 2017, bem como (2) um aumento na receita líquida
de vendas da Unidade EUA e Europa, de R$ 8.896,1 milhões em 2016 para R$ 9.854,5 milhões em 2017. As reclassificações e
eliminações da receita líquida de vendas dos segmentos em consolidação, refletindo principalmente vendas de químicos entre empresas
pela Unidade de Químicos para outros segmentos, aumentaram 8,5%, ou R$ 957,4 milhões, de R$ 11.217,6 milhões em 2016 para
R$ 12.175,0 milhões em 2017.

Em 2017 e 2016, a Companhia não auferiu nenhuma receita decorrente de transações com cliente individual que fosse igual ou
superior a 10% da sua receita líquida total. Em 2017, a receita mais significativa proveniente de um cliente individual correspondeu a
2,9% do total de receitas líquidas da Companhia e se refere ao segmento de Químicos.

Receita Líquida de Vendas da Unidade de Químicos

A receita líquida de vendas da Unidade de Químicos cresceu R$ 116,7 milhões, ou 0,5%, passando de R$ 25.062,6 milhões em
2016 para R$ 25.179,3 milhões em 2017.

Receita Líquida de Vendas do Brasil:

Em 2017, a receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Químicos cresceu 7,8%, ou R$ 1.516 milhões, atingindo R$ 21.007
milhões (incluindo R$ 11.355,4 milhões de vendas para as Unidades de Poliolefinas e Vinílicos) em 2017 em comparação a R$ 19.490
milhões em 2016, devido principalmente ao maior volume de vendas de químicos para terceiros, em especial um aumento no volume
de vendas de gasolina e propeno no mercado interno, resultado da priorização do atendimento a esse mercado.

Volume de Vendas no Brasil

A tabela a seguir mostra as transferências internas da Unidade de Químicos, principalmente eteno para a Unidade de Vinílicos e
eteno e propeno para a Unidade de Poliolefinas, por volume, para os períodos indicados.

Unidade de Químicos Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Transferências Internas 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Eteno ................................................................................... 2.888.776 2.856.541 1,1%


Propeno ............................................................................... 1.041.017 1.023.708 1,7%
Total ................................................................................... 3.929.794 3.880.49 1,3%

A tabela abaixo apresenta as vendas da Unidade de Químicos para terceiros no Brasil, por volume, nos períodos indicados:

Unidade de Químicos Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Vendas Internas 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Eteno ................................................................................. 523.639 511.865 2,3%


Propeno ............................................................................. 360.394 291.311 23,7%
Cumeno............................................................................. 199.792 194.472 2,7%
Butadieno .......................................................................... 183.849 198.451 (7,4)%
Gasolina ............................................................................ 925.867 745.087 24.3%
BTX (1) .............................................................................. 644.589 676.958 (4,8%)

ii
Unidade de Químicos Exercício encerrado em 31 de dezembro de
Volume de Vendas Internas 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Total ................................................................................. 2.838.130 2.618.144 8,4%


_____________________________
(1) BTX é definido como Benzeno, Tolueno e Paraxileno.

Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de exportações da Unidade de Químicos diminuiu 25,1%, ou R$ 1.399 milhões, passando de R$ 5.572 milhões
em 2016 para R$ 4.172 milhões em 2017, devido essencialmente ao menor volume de vendas de gasolina, fruto da decisão de priorizar
as vendas para o mercado brasileiro.

Volume de Vendas – Exportações

O volume exportado pela Unidade de Químicos diminuiu 8,3%, passando de 898,9 mil toneladas em 2016 para 824,6 mil toneladas
em 2017, devido principalmente à substituição do propeno e dos volumes de exportação para atender a Unidade de Poliolefinas para a
produção de polipropileno e o maior volume de gasolina alocado no mercado brasileiro. Tais fatores foram parcialmente compensados
pelo maior volume de exportações de eteno e butadieno.

A tabela abaixo apresenta as exportações da Unidade de Químicos por volume, nos períodos indicados:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Exportações da Unidade de Químicos 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Eteno ................................................................................... 100.927 64.193 57,2%


Propeno ............................................................................... 43.127 79.312 (45,6)%
Butadieno ............................................................................ 241.019 213.666 12,8%
Gasolina .............................................................................. 78.030 194.222 (59,8%)
BTX (1) ................................................................................ 361.476 347.498 4,0%
Total ................................................................................... 824.579 898.893 (8,3)%
(1) BTX é definido como Benzeno, Tolueno e Paraxileno.

Receita Líquida de Vendas da Unidade de Poliolefinas

A receita líquida de vendas da Unidade de Poliolefinas diminuiu 3,2% (R$ 657,0 milhões), passando de R$ 20.307,4 milhões em
2016 para R$ 19.650,4 milhões em 2017, devido principalmente à valorização do real em relação ao dólar no período correspondente.

Receita Líquida de Vendas no Brasil

A receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Poliolefinas caiu 0,3% (R$ 47,0 milhões), passando de R$ 13.903 milhões em
2016 para R$ 13.856 milhões em 2017.

Volume de Vendas no Brasil

Em 2017, o volume de vendas no Brasil cresceu 5,3%, passando de 2.811 mil toneladas em 2016 para 2.960 mil toneladas em 2017,
principalmente em decorrência do aumento da atividade no setor de embalagens e da recuperação de alguns segmentos, especialmente
os setores automotivo, varejo e eletroeletrônicos.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Vendas Internas da Unidade de Poliolefinas 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Polietileno ......................................................................... 1.795.446 1.705.462 5,3%


Polipropileno .................................................................... 1.164.947 1.105.675 5,4%
Total ................................................................................. 2.960.393 2.811.137 5,3%

ii
Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de exportações da Unidade de Poliolefinas caiu 9,5% (R$ 610,3 milhões), de R$ 6.404,3 milhões em 2016 para
R$ 5.794,0 milhões em 2017, explicado pela forte demanda por resinas no mercado brasileiro. As exportações para países da América
do Sul continuaram fortes por serem mercados prioritários para a Companhia.

Volume de Vendas – Exportações

O volume de exportações da Unidade de Poliolefinas caiu 8,8%, de 1.590 mil toneladas em 2016 para 1.449 mil toneladas em 2017,
devido à decisão de priorizar o mercado brasileiro, como descrito anteriormente.

A tabela abaixo apresenta as exportações da Unidade de Poliolefinas por volume, nos períodos indicados:

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Exportações da Unidade de Poliolefinas 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

Polietileno ........................................................................... 916.115 1.024.233 (10,6%)


Polipropileno ...................................................................... 522.210 566.255 (7,8%)
Total ................................................................................... 1.438.325 1.590.488 (9,6%)

Receita Líquida de Vendas da Unidade de Vinílicos

A receita líquida de vendas da Unidade de Vinílicos aumentou 1,7% (R$ 50,5 milhões), de R$ 3.016,4 milhões em 2016 para
R$ 3.066,9 milhões em 2017, essencialmente em decorrência do aumento nos preços de PVC e soda cáustica no mercado internacional.

Receita Líquida de Vendas no Brasil

A receita líquida de vendas no Brasil da Unidade de Vinílicos cresceu 4,8% (R$ 129,5 milhões), de R$ 2.695 milhões em 2016
para R$ 2.825 milhões em 2017, devido principalmente ao aumento nos preços médios em dólar do PVC no mercado à vista do Nordeste
Asiático, conforme divulgado pela IHS.

Volume de Vendas no Brasil

O volume de vendas no Brasil da Unidade de Vinílicos diminuiu 0,5%, passando de 528,3 mil toneladas em 2016 para 525,7 mil
toneladas em 2017.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Vendas Internas da Unidade de Vinílicos 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

PVC .................................................................................. 525.683 528.314 (0,5)%


Total ................................................................................. 525.683 528.314 (0,5)%

Receita Líquida de Exportações

A receita líquida de vendas geradas por exportações da Unidade de Vinílicos diminuiu 24,6% (R$ 79 milhões), passando de R$ 321
milhões em 2016 para R$ 242 milhões em 2017, devido principalmente à queda no volume de exportações de PVC.

Volume de Vendas – Exportações

O volume de exportações da Unidade de Vinílicos diminuiu 29,9%, passando de 116,9 mil toneladas em 2016 para 82 mil toneladas
em 2017. Apesar da queda no volume, a Braskem continuou exportando de PVC para compensar a queda do mercado interno no Brasil.

Exercício encerrado em 31 de dezembro de


Volume de Exportações da Unidade de Vinílicos 2017 2016 % Variação
(em toneladas)

PVC .................................................................................... 82.008 116.919 (29,9%)


Total ................................................................................... 82.008 116.919 (29,9%)

ii
Receita Líquida de Vendas da Unidade EUA e Europa

A receita líquida de vendas da Unidade EUA e Europa, que inclui os ativos de polipropileno da Companhia nos Estados Unidos e
na Europa, cresceu 10,8% (R$ 958,4 milhões), passando de R$ 8.896,1 milhões em 2016 para R$ 9.854,5 milhões em 2017, devido
principalmente ao aumento da capacidade e do volume de vendas das unidades dos EUA e da Europa e da boa demanda por PP nessas
regiões.

Receita Líquida de Vendas da Unidade do México

A receita líquida de vendas da Unidade do México cresceu 126,9% (R$ 2.013,9 milhões), passando de R$ 1.586,9 milhões em 2016
para R$ 3.600,8 milhões em 2017 em razão do maior volume de vendas. O preço de referência USG do PE foi 6% mais alto em relação
ao ano anterior, devido à alta dos preços da nafta no mercado internacional e aos efeitos do furacão Harvey na atividade da indústria,
incluindo o atraso na entrada da nova capacidade de PE.

Custo dos Produtos Vendidos e Lucro Bruto

O custo dos produtos vendidos aumentou 3,4% (R$1.191,8 milhões), passando de R$ 34.985,6 milhões em 2016 para R$ 36.177,4
milhões em 2017, principalmente em razão do aumento de 82,1% no custo dos produtos vendidos pela Unidade do México e de 22,0%
no custo dos produtos vendidos pela Unidade EUA e Europa. As reclassificações e eliminações do custo dos produtos vendidos e
serviços prestados das Unidades calculadas como parte da consolidação, refletindo basicamente os custos das compras de químicos
pelas Unidades de Poliolefinas e Vinílicos da Unidade de Químicos, aumentaram 5,2% em 2017.

O lucro bruto consolidado aumentou 2,2% (R$ 404,8 milhões), passando de R$ 12.678,4 milhões em 2016 para R$ 13.083,2
milhões em 2017. A margem bruta (lucro bruto como porcentagem da receita líquida de vendas) permaneceu estável em 26,6% em
2016 e 2017.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Químicos

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Químicos cresceu 1,1% (R$ 230,7 milhões), passando de R$ 20.248,2 milhões em
2016 para R$ 20.478,9 milhões em 2017, basicamente como resultado do aumento dos volumes de venda e dos preços de matérias-
primas.

O lucro bruto da Unidade de Químicos diminuiu 2,4%, passando de R$ 4.814,4 milhões em 2016 para R$ 4.700,4 milhões em
2017, acompanhado de contração da margem bruta, de 19,2% em 2016 para 18,5% em 2017.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Poliolefinas

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Poliolefinas caiu 2,6% (R$ 409,4 milhões), passando de R$ 15.980,9 milhões em
2016 para R$ 15.571,5 milhões em 2017, uma vez que o maior custo das matérias-primas associado ao maior volume de vendas foi
mais do que compensado pela valorização do real.

O lucro bruto da Unidade de Poliolefinas diminuiu 5,7%, passando de R$ 4.326,4 milhões em 2016 para R$ 4.078,9 milhões em
2017, enquanto a margem bruta registrou diminuição, passando de 21,3% em 2016 para 20,8% em 2017.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade de Vinílicos

O custo dos produtos vendidos da Unidade de Vinílicos caiu 8,6% (R$ 242,4 milhões), passando de R$ 2.815,2 milhões em 2016
para R$ 2.572,8 milhões em 2017, principalmente em decorrência do menor volume de vendas.

O lucro bruto da Unidade de Vinílicos aumentou 145,6%, passando de R$ 201,2 milhões em 2016 para R$494,1 milhões em 2017,
acompanhado de crescimento da margem bruta, que passou de 6,7% em 2016 para 16,1% em 2017.

Custo dos Produtos Vendidos da Unidade EUA e Europa

O custo dos produtos vendidos da Unidade EUA e Europa aumentou 22,0% (R$ 1.338,6 milhões), passando de R$ 6.080,7 milhões
em 2016 para R$ 7.419,3 milhões em 2017, em razão da alta do preço do propeno e menores níveis de estoque nos EUA, além do maior
preço do petróleo e a maior parcela de centrais petroquímicas da Europa utilizando o gás como matéria-prima no lugar da nafta, o que
reduziu o fornecimento de propeno na região.

O lucro bruto da Unidade EUA e Europa caiu 13,5%, passando de R$ 2.815,4 milhões em 2016 para R$ 2.435,2 milhões em 2017,
enquanto a margem bruta diminuiu, passando de 31,6% em 2016 para 24,7% em 2017.

ii
Custo dos Produtos Vendidos pela Unidade do México

O custo dos produtos vendidos pela Unidade do México aumentou 82,1% (R$ 945,4 milhões), de R$ 1.152,0 milhões em 2016 para
R$ 2.097,5 milhões em 2017, uma vez que o preço de referência USG do etano foi 26% maior do que em 2016, devido à maior demanda
após o início da operação dos terminais de exportação de etanol, ao aumento dos preços do GLP e à expectativa da entrada em operação
das novas centrais (crackers).

Em 2017, a Unidade do México registrou lucro bruto de R$ 1.503,3 milhões e margem bruta de 41,7%. Já em 2016, a Unidade do
México registrou lucro bruto de R$ 434,9 milhões e margem bruta de 27,4%.

Despesas com Vendas e Distribuição

As despesas com vendas e distribuição aumentaram 4,0% (R$ 55,9 milhões), de R$ 1.403,7 milhões em 2016 para R$ 1.459,6
milhões em 2017, principalmente em razão do aumento das despesas relacionadas a vendas no México.

Despesas Gerais e Administrativas

As despesas gerais e administrativas aumentaram 11,6% (R$ 148,7 milhões), passando de R$ 1.285,6 milhões em 2016 para
R$ 1.434,3 milhões em 2017, devido principalmente a gastos com projeto estratégico nos Estados Unidos, despesas de auditoria e
despesas legais em apoio aos monitores corporativos da Companhia.

Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento

As despesas com pesquisa e desenvolvimento cresceram 3,4% (R$ 5,5 milhões), passando de R$ 162,0 milhões em 2016 para
R$ 167,5 milhões em 2017. Porém, como porcentagem da receita líquida de vendas, tais despesas permaneceram estáveis em 0,3% em
2017 e 2016.

Resultado de Equivalência Patrimonial

O resultado de equivalência patrimonial cresceu R$ 9,9 milhões, passando de um ganho de R$ 30,1 milhões em 2016 para um
ganho de R$ 40,0 milhões em 2017, como resultado do aumento dos resultados de investimentos controlados em conjunto,
principalmente RPR e Borealis. Para mais informações sobre o resultado de equivalência patrimonial, vide Nota Explicativa 12 às
demonstrações financeiras consolidadas neste relatório.

Outras Receitas (Despesas), Líquidas

Outras despesas, líquidas, diminuíram 78,1% (R$ 3.051,1 milhões), passando de R$ 3.906,00 milhões em 2016 para R$ 854,9
milhões em 2017, principalmente porque as multas relativas ao Acordo Global celebrado com as respectivas autoridades governamentais
em 2016 foram provisionadas no quarto trimestre de 2016.

Lucro Operacional

Como resultado do exposto acima:

 O lucro bruto consolidado aumentou 54,7% (R$ 3.255,7 milhões), de R$ 5.951,2 milhões em 2016 para R$ 9.206,9 milhões
em 2017, enquanto a margem bruta (lucro bruto como porcentagem da receita líquida de vendas) aumentou de 12,5% em 2016
para 18,7% em 2017;

 O lucro bruto da Unidade de Químicos cresceu 0,1%, passando de R$ 3.724,4 milhões em 2016 para R$ 3.729,7 milhões em
2017, enquanto a margem bruta da Unidade de Químicos contraiu, passando de 14,9% em 2016 para 14,8% em 2017;

 O lucro operacional da Unidade de Poliolefinas diminuiu 4,3%, passando de R$ 2.842,7 milhões em 2016 para R$ 2.719,1
milhões em 2017, enquanto a margem operacional da Unidade de Poliolefinas diminuiu de 14,0% em 2016 para 13,8% em
2017;

 O lucro operacional da Unidade EUA e Europa diminuiu 18,5%, de R$ 2.246,6 milhões em 2016 para R$ 1.831,2 milhões em
2017, enquanto a margem operacional da Unidade diminuiu de 25,3% em 2016 para 18,6% em 2017;

 O lucro operacional da Unidade de Vinílicos aumentou 256,0%, passando de um prejuízo operacional de R$ 107,5 milhões em
2016 para lucro de R$ 167,7 milhões em 2017, enquanto a margem operacional da Unidade de Vinílicos aumentou de uma
margem negativa de 3,6% em 2016 para 5,5% em 2017; e

 O lucro operacional da Unidade do México cresceu 529,3% (R$ 1.049,6 milhões), passando de R$ 198,3 milhões em 2016
para R$ 1.247,9 milhões em 2017, enquanto a margem da Unidade aumentou de 12,5% em 2016 para 34,7% em 2017.

ii
Resultados Financeiros

As despesas financeiras líquidas diminuíram 35,3% (R$ 2.149,0 milhões), passando de R$ 6.091,3 milhões em 2016 para
R$ 3.942,3 milhões em 2017, principalmente em decorrência do registro de um prejuízo de R$ 798,7 milhões com variação cambial
líquida, em 2017, em comparação a R$ 3.210,4 milhões em 2016, devido à depreciação do real no período e à transição da contabilidade
de hedge para exportações.

A Braskem possui exposição líquida ao dólar (passivos atrelados a esta moeda maiores que os ativos). Ao final de 2017, essa
exposição líquida era composta: (i) nas operações, por 56% de fornecedores, o que foi compensado por 66% das contas a receber; e (ii)
na estrutura de capital, pela maior exposição da dívida líquida ao dólar. Como o fluxo de caixa operacional da Companhia é fortemente
dolarizado, a manutenção desse nível de exposição líquida passiva ao dólar funciona como um hedge natural. Praticamente 100% da
receita está vinculada à variação do dólar de 80% dos custos também estão atrelados a essa moeda.

Assim, em setembro de 2016, a Braskem iniciou um programa recorrente de hedge cambial para mitigar a exposição do fluxo de
caixa associada aos fluxos passivos denominados em reais e não indexados ao dólar (ex.: energia elétrica, folha de pagamento, etc.).

Com o objetivo único de proteger o fluxo de caixa da Companhia, o programa adota duas estratégias com instrumentos derivativos:
(i) compra de opções de venda (“puts”) e (ii) compra de opções de venda associada à venda de opções de compra (“collars”).

As duas alternativas oferecem proteção à Braskem em caso de valorização da moeda local; a diferença é que a estratégia "collar"
também pode resultar em ajustes negativos para a Companhia caso a taxa de câmbio USD/BRL supere o preço de exercício das opções
de compra. Na estratégia “collar”, em compensação, o pagamento de prêmio líquido para obtenção das opções de venda é menor, uma
vez que a Companhia recebe um prêmio associado à venda das opções de compra. Por fim, destaca-se que eventuais perdas com a
estratégia “colar” serão sempre compensadas por ganhos de competitividade advindos de custos em BRL mais baixos quando
convertidos para USD.

Em 31 de dezembro de 2017, a Braskem possuía opções de venda no valor de US$ 1,4 bilhão, com preço médio de exercício de
2,96 R$/US$. A Braskem também possuía valor nocional total comprado em opções de compra de US$ 926 milhões, ao preço médio
de exercício de R$ 4,32. As operações têm prazo máximo de vencimento de 18 meses.

Tais operações foram designadas para hedge accounting de fluxo de caixa a partir de 1º de janeiro de 2017 tendo como objeto de
hedge receitas futuras dolarizadas com vencimentos nos meses coincidentes com o vencimento dos derivativos.

Receitas Financeiras

As receitas financeiras diminuíram 12,5% (R$ 86,5 milhões), de R$ 690,1 milhões em 2016 para R$ 603,6 milhões em 2017,
principalmente devido à redução de R$ 134,7 milhões na receita de juros, parcialmente compensada por um aumento de R$ 48,2 milhões
em outras receitas financeiras.

Despesas Financeiras

As despesas financeiras aumentaram 4,9% (R$ 176,2 milhões), de R$ 3.571,0 milhões em 2016 para R$ 3.747,2 milhões em 2017,
principalmente devido a um aumento de R$ 647,9 milhões em outras despesas, parcialmente compensado por uma redução de R$ 228
milhões nas despesas de juros e de R$ 8,8 milhões nos custos de transações de empréstimos.

Imposto de Renda e Contribuição Social

A despesa com imposto de renda e contribuição social cresceu 120,4%, passando de R$ 616,0 milhões em 2016 para R$ 1.357,7
milhões em 2017. A alíquota efetiva aplicável ao lucro antes de imposto de renda e contribuição social foi 25,8% (439,7% em 2016).
Essa alíquota efetiva referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016 está relacionada à provisão constituída para pagamento
do acordo de leniência e consequente ajustes nas bases de IR e CSL. Desconsiderando essa provisão do cálculo, a alíquota efetiva seria
de 36,90%.

Lucro (Prejuízo) do exercício

Como resultado do exposto acima, a Companhia registrou um lucro líquido de R$ 3.915,8 milhões em 2017, ou 7,9% da receita líquida
de vendas, comparado a um prejuízo líquido de R$ 729,2 milhões em 2016, ou 1,5% da receita líquida de vendas.

Liquidez e recursos de capital

As principais necessidades de caixa da Companhia em 2018 compreendiam:

 serviço da dívida;
ii
 necessidades de capital de giro;

 investimentos de capital relacionados a operações, construção de novas instalações industriais e manutenção das já existentes;

 pagamento de dividendos referentes às ações, inclusive na forma de juros sobre o capital próprio; e

 pagamentos relativos ao Acordo Global.

As principais fontes de liquidez têm compreendido tradicionalmente:

 fluxo de caixa das atividades operacionais;

 empréstimos de curto e longo prazos; e

 venda de títulos de dívida nos mercados de capitais nacional e internacional.

Em 2018, o fluxo de caixa das atividades operacionais foi usado principalmente em atividades de investimento, necessidades de capital
de giro, pagamento do serviço da dívida e distribuição de dividendos aos acionistas. Na assembleia geral ordinária e extraordinária
realizada em 30 de abril de 2018, os acionistas da Companhia aprovaram a distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios referentes
ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, no montante de R$ 1.500.000, cujo pagamento foi realizado em 10 de maio de 2018. O
valor estabelecido atingiu o valor de dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro do exercício, calculado nos termos do Artigo
202 da Lei 6.404/76.

Em setembro de 2018, para reduzir as despesas com juros sobre financiamentos, a Companhia fez um resgate parcial de US$ 200
milhões de seus 7,375% de títulos perpétuos em aberto, ao valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2018, a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa totalizava R$ 5.547,6 milhões (US$ 1.794,1
milhões), excluindo o valor total de R$ 963,4 milhões (US$ 248,6 milhões) do caixa e equivalentes de caixa da Braskem Idesa.

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrava capital de giro líquido negativo (definido como (1) ativos circulantes menos (2)
passivos circulantes) no valor de R$ 1.732,3 milhões (US$ 447,1 milhões), incluindo os ativos e passivos totais da Braskem Idesa
S.A.P.I..

Fontes e destinações projetadas de caixa

Considerando as obrigações e compromissos contratuais de curto prazo da Companhia em 31 de dezembro de 2018, além dos
investimentos de capital orçados para 2019, a administração prevê que será necessário desembolsar R$ 23,6 bilhões em 2019 para honrar
as obrigações e compromissos contratuais de curto prazo da Companhia, bem como investimentos de capital orçados. Tais requisitos
de caixa devem ser supridos para (1) nossas operações através da venda de produtos, e (2) nossas dívidas através de novas atividades
de financiamento, incluindo novas captações e refinanciamento da dívida atual de curto prazo em seu vencimento.

Diversas instituições financeiras se comprometeram a nos fornecer financiamento no futuro, incluindo compromissos do Banco
Nacional do Desenvolvimento, ou BNDES, de conceder empréstimos no âmbito da linha de crédito stand-by rotativa (Contrato de
Abertura de Limite de Crédito, ou CALC), conforme descrito em “—Endividamento e Estratégia de Financiamento - Linhas de Crédito
com o BNDES”. Em 31 de dezembro de 2018, o valor total estava disponível em tais linhas de crédito. Esses compromissos estão
sujeitos a condições precedentes. A Companhia paga às instituições financeiras taxas pelos respectivos compromissos, que não sejam
as linhas de crédito rotativo stand-by com o BNDES.

Em maio de 2018, em linha com o compromisso da Companhia de manter sua liquidez financeira, a Braskem e várias de suas subsidiárias
contrataram uma linha de crédito rotativo com diversas instituições financeiras internacionais para um valor principal de US$ 1.000,0
milhão, com vencimento em maio de 2023.Essa linha de crédito pode ser utilizada sem restrições, a fim de aumentar a qualidade de
crédito da Companhia ou em caso de deterioração no cenário macroeconômico. Na data deste relatório anual, essa linha de crédito não
havia sido utilizada. As duas linhas de crédito mantidas pela Companhia até então, nas quantias de US$ 750 milhões (vencimento em
dezembro de 2019) e R$ 500 milhões (vencimento em setembro de 2019) foram canceladas.

ii
Fluxos de caixa

A tabela a seguir apresenta as informações de fluxo de caixa consolidado para os períodos indicados:

2018 2017 2016


(Em milhões) R$ R$ R$
Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades operacionais 9.250,4 2.461,6 4.457,9
Caixa líquido proveniente de (utilizado em) atividades de investimento
....................................................................................................... (2.488,3) (2.406,4) (2.552,5)
Caixa líquido proveniente de (utilizado em) atividades de financiamento
....................................................................................................... (4.603,4) (2.988,5) (2.757,3)
Efeito das variações de câmbio sobre caixa e equivalentes de caixa (386,1) 6,5 586,6
Geração (aplicação) de caixa e equivalentes de caixa ............... 1.772,5 (2.926,8) (265,3)

Fluxos de caixa das Atividades Operacionais

O caixa líquido proveniente das atividades operacionais totalizou R$ 9.250,4 milhões em 2018, R$ 2.461,6 milhões em 2017 e
R$ 4.457,9 milhões em 2016.

O caixa líquido oriundo de atividades operacionais aumentou R$ 6.788,8 milhões em 2018 em relação a 2017, devido a:

 Um aumento de R$ 3.604,7 milhões no lucro antes de imposto de renda e contribuição social; Embora a Companhia tenha
tido um aumento de R$ 130,1 milhões nas contas a receber de clientes em 2018, frente a uma redução de R$ 1.598,4
milhões em 2017, houve impacto positivo provocado pela redução nos dias de trabalho, parcialmente compensado pela
desvalorização do câmbio; e
 Um aumento de R$ 1.343,4 milhões nas contas a pagar a fornecedores em 2018, comparado a uma redução de R$ 1.642,6
milhões em 2017. Em 2018, os efeitos de tais fatores foram parcialmente compensados:

 Por uma redução de R$ 330,0 milhões no valor devido nos termos do Acordo de Leniência em 2018; e

 Por uma redução de R$ 1.537,3 milhões nos estoques em 2018, comparado a uma redução de R$ 1.351,0 milhões em
2017, principalmente devido ao maior volume e custo de estoques de produtos finais e maior volume de matéria-prima,
parcialmente compensados pelo menor custo de matérias-primas, principalmente a nafta.

O caixa líquido oriundo de atividades operacionais diminuiu R$ 1.996,3 milhões em 2017 em relação a 2016, devido a:

 redução de R$ 1.343,8 milhões no valor pago pela Companhia nos termos do Acordo de Leniência em 2017;
 redução de R$ 1.598,4 milhões em contas a receber de clientes em 2017, comparado a um aumento de R$ 1.007,9
milhões em 2016, impactado negativamente pelo aumento geral dos preços de venda dos produtos da Companhia em
dólar, a depreciação cambial e o maior número de dias úteis, decorrente do aumento do vencimento médio das contas a
receber da Braskem Idesa; e
 redução de R$ 1.351,0 milhões nos estoques em 2017, comparado a um aumento de R$ 862,3 milhões em 2016,
principalmente devido ao maior volume de estoque de nafta e produtos finais em antecipação à parada programada de
manutenção.

Em 2017, os efeitos de tais fatores foram parcialmente compensados:

 por um aumento de R$ 5.363,8 milhões no lucro antes de imposto de renda e contribuição social e pelo resultado das
operações descontinuadas; e

 por uma redução de R$ 1.642,6 milhões em fornecedores em 2017, comparado a uma redução de R$ 4.254,6 milhões em
2016, principalmente em decorrência do maior custo de matéria-prima, em especial a nafta.

Fluxos de caixa utilizados em atividades de investimento

O caixa líquido utilizado em atividades de investimento foi de R$ 2.488,3 milhões em 2018, R$ 2.406,4 milhões em 2017 e R$ 2.552,5
milhões em 2016.

Em 2018, as atividades de investimento nas quais utilizamos caixa de maneira consolidada consistiram em (1) investimentos de R$
1.778 milhões, nas unidades do Brasil, destinados primeiramente a operações industriais, incluindo o investimentos relativo a eficiência
ii
operacional, SSMA, produtividade e modernização (a exemplo da diversificação da matriz de matéria-prima da central petroquímica na
Bahia); (2) investimentos de R$ 993 milhões na Unidade EUA e Europa, equivalente a US$ 269 milhões, alocado em operações
industriais e projetos estratégicos, tais como a nova planta de polipropileno; e (3) investimentos de R$ 55 milhões no Complexo do
México.

Em 2017, as atividades de investimento nas quais utilizamos caixa de maneira consolidada consistiram em (1) investimento de R$
1.576 milhões, nas unidades do Brasil, destinado primeiramente a operações industriais, incluindo o investimento relativo a eficiência
operacional, saúde, segurança e meio ambiente (SSMA), produtividade e modernização (a exemplo da diversificação da matriz de
matéria-prima da central petroquímica na Bahia); (2) investimento de R$ 184 milhões (US$ 57 milhões) na Unidade EUA e Europa,
destinado a projetos estratégicos, tais como: (i) nova planta de polipropileno e (ii) aumento da produtividade das plantas de polipropileno
localizadas nos EUA e na Alemanha; e (3) investimento de R$ 22 milhões no Complexo do México.

Em 2016, as atividades de investimento nas quais utilizamos caixa de maneira consolidada consistiram em (1) investimento de R$
1.195,0 milhões para a construção do Complexo Petroquímico do México; (2) investimento de R$ 1.439,0 milhões, majoritariamente
em operações industriais (dos quais R$ 107 milhões foram investidos na Unidade EUA e Europa), incluindo investimentos relacionados
à eficiência operacional, SSMA, produtividade e modernização; e (3) investimento de R$ 341 milhões (dos quais R$ 244 milhões foram
investidos na Unidade EUA e Europa, equivalente a US$ 72 milhões) em projetos estratégicos, tais como: (i) a produção de resinas
UTEC em La Porte, Texas; (ii) diversificação da matriz de matéria-prima na central petroquímica da Bahia; e (iii) melhoria da
produtividade industrial das plantas de polipropileno localizadas nos EUA e Alemanha.

Fluxos de caixa aplicados em atividades de financiamento

O caixa líquido utilizado em Atividades de Financiamento foi de R$ 4.603,4 em 2018, R$ 2.988,5 milhões em 2017 e R$ 2.757,3
milhões em 2016.

Em 2018:A Companhia celebrou um contrato com instituições financeiras internacionais para financiamento no valor principal total de
R$ 610,5 milhões (US$ 158,1 milhões) com a Euler Hermes, agência alemã de crédito à exportação, e R$ 1.117,3 milhões (US$ 295,1
milhões) com a agência italiana de crédito à exportação SACE; e

 A Companhia celebrou alguns contratos para adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACCs) com instituições
financeiras brasileiras, no valor principal total de R$ 1.931,7 milhões (US$ 531 milhões); e

 A Companhia contratou uma linha de crédito à exportação no valor de R$ 406,3 milhões.

Em 2018, a Braskem utilizou caixa para pagar:

 R$ 1.916,8 milhões em despesas com juros totais;

 R$ 1.649,7 milhões em adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC) com instituições financeiras brasileiras;

 R$ 2.487,8 milhões em empréstimos corporativos (adiantamentos sobre contratos de exportação, linhas de crédito, notas
promissórias e outros) com instituições nacionais e internacionais;

 R$ 1.958,4 milhões para amortização da dívida do mercado com vencimento em 2018, 2020 e 2021 e resgate parcial dos
títulos perpétuos;

 R$ 105,9 milhões em contratos de pré-pagamento de exportações com instituições nacionais e internacionais;

 R$ 805,0 milhões em amortização do valor principal do Project Finance da Braskem Idesa;

 R$ 368,6 milhões correspondente ao valor principal total de um contrato de financiamento com o BNDES e algumas
entidades governamentais;

Adicionalmente, a Companhia utilizou caixa para pagar dividendos no valor total de R$ 1.499,8 milhões.

Em 2017, a Companhia:

 recebeu desembolsos nos termos de um contrato de financiamento com algumas entidades governamentais, no valor de
R$ 420 milhões em setembro; e

 celebrou títulos de dívida com vencimento em cinco e dez anos e contraiu empréstimo no valor principal total de
R$ 5.470,1 milhões no quarto trimestre.
ii
Em 2017, a Braskem utilizou caixa para pagar:

 R$ 2.149,6 milhões em despesas com juros totais;

 R$ 307,7 milhões em adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC) com instituições financeiras locais;

 R$ 3.357,6 milhões em empréstimos corporativos (adiantamentos sobre contratos de exportação, linhas de crédito, notas
promissórias e outros) com instituições nacionais e internacionais;

 R$ 176,9 milhões do principal em aberto de títulos de dívida do mercado com vencimento em 2017;

 R$ 441,0 milhões em contratos de pré-pagamento de exportações com instituições nacionais e internacionais;

 R$ 300,8 milhões de principal em aberto referente a algumas linhas de crédito da Braskem Idesa;

 R$ 581,9 milhões em amortização do valor principal do Project Finance da Braskem Idesa;

 R$ 2.298,4 milhões correspondente ao valor principal total de um contrato de financiamento com o BNDES e algumas
entidades governamentais;

Adicionalmente, utilizamos caixa para pagar dividendos no valor total de R$ 998,9 milhões.

Em 2016:

 a Companhia recebeu desembolsos de uma linha de crédito com o BNDES e alguns órgãos governamentais, nos valores
de R$ 21 milhões, R$ 84,0 milhões e R$ 56 milhões no primeiro, segundo e quarto trimestres de 2016, respectivamente;

 a Companhia celebrou uma linha de pré-pagamento de exportação (EPP) com instituições financeiras internacionais no
valor de principal de US$ 594,5 milhões em maio, junho e dezembro de 2016;

 a Companhia celebrou adiantamentos sobre contratos de exportação (ACC), com uma instituição financeira local, no
valor total de principal de US$ 358,5 milhões em 2016; e

 a Braskem Idesa contratou a Linha de Capital de Giro Braskem Idesa no valor total de principal de US$ 92 milhões de
instituições financeiras locais em setembro de 2016.

Em 2016, utilizamos caixa para:

 pagar de R$ 1.924 milhões de despesas financeiras totais;

 quitar integralmente US$ 250,0 milhões de principal em aberto de contratos de empréstimo celebrados com instituições
financeiras locais;

 pagar R$ 1.043,1 milhões, correspondente a todos os valores de principal e juros em aberto de uma linha de crédito com
o BNDES; e

 realizar os pagamentos agendados e pagamentos antecipados de diversos instrumentos de dívida em aberto.

Adicionalmente, utilizamos o caixa para pagar dividendos no valor total de R$ 1.998,0 milhões.

Salvo se houver decisão do conselho de administração que delibere a incompatibilidade com a situação financeira da Companhia e
posterior ratificação de tal decisão pelos acionistas, o pagamento de dividendos é obrigatório pela Lei das Sociedades por Ações e
estatutos da Companhia e também pelos acordos com dois dos acionistas da Companhia, podendo assim dar origem a significativas
necessidades de caixa em períodos futuros.

ii
Programa de Recompra de Ações

Em 13 de agosto de 2012, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações, com autorização
para recompra de até 13.376.161 ações preferenciais classe A a valor de mercado na B3 S.A. – Brasil, Bolsa e Balcão (B3) a qualquer
momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de 2013. As ações recompradas serão mantidas em tesouraria e poderão ser
revendidas ou canceladas. Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia havia recomprado 262.300 ações preferenciais classe A pelo valor
total de R$ 3,5 milhões.

A Companhia não realizou recompras de ações em 2013 ou 2014.

Em 11 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações, com
autorização para recompra de até 3.500.000 ações preferenciais classe A a valor de mercado na B3. O programa teve início em 19 de
fevereiro de 2015 e permaneceu válido até 18 de fevereiro de 2016. A Companhia recomprou 80.000 ações preferenciais classe A pelo
valor total de R$ 0,9 milhão em 2015.

Compromissos contratuais

A tabela a seguir resume as obrigações contratuais e compromissos significativos em 31 de dezembro de 2018 que têm impacto sobre
a liquidez da Companhia.

A Braskem possui uma metodologia de cálculo para determinação de um caixa operacional e de um caixa mínimo que têm o objetivo
de, respectivamente: (i) garantir a liquidez necessária para o cumprimento das obrigações do mês seguinte; e (ii) garantir que a
Companhia mantenha a liquidez em eventuais momentos de crise. Esses montantes são calculados principalmente com base na previsão
da geração de caixa operacional, deduzida dos vencimentos de dívidas de curto prazo e necessidades de capital de giro.

Em maio de 2018, a Companhia e diversas controladas contrataram uma linha de crédito rotativo com diversas instituições financeiras
internacionais no valor de principal de US$ 1.000,0 milhões, com vencimento em maio de 2023. Essa linha de crédito pode ser utilizada
sem restrições a fim de aumentar a qualidade de crédito da Companhia ou em caso de deterioração no cenário macroeconômico. Na
data do encerramento do exercício, essa linha de crédito não havia sido utilizada.

Em 31 de dezembro de 2018, a subsidiária Braskem Idesa continuou a registrar como passivo circulante suas obrigações financeiras
originalmente de longo prazo. Tal reclassificação deve-se ao não cumprimento de certas cláusulas restritivas contratuais estabelecidas
no contrato de financiamento da Braskem Idesa (nota explicativa 16 das demonstrações financeiras consolidadas auditadas).
Atualmente, a Braskem Idesa liquida todas as suas obrigações de acordo com o cronograma de vencimento original das dívidas, e
nenhum de seus credores solicitou ou manifestou nenhuma intenção de acelerar essas obrigações ou de requisitar a amortização
antecipada de tal dívida. Veja “Item 3. Informações Principais—Fatores de Risco—Riscos Relacionados com a Companhia e a Indústria
Petroquímica—Caso a Companhia não seja capaz de cumprir com as restrições e cláusulas dos seus contratos de dívida, ela poderia vir
a descumprir tais contratos, levando à antecipação do pagamento dos valores emprestados, com impacto na capacidade da Companhia
de realizar o pagamento do principal e juros das suas obrigações de dívida.”

Caso o grupo de líderes da Braskem Idesa decidir solicitar a amortização antecipada dessa dívida, o passivo financeiro da Braskem por
data de vencimento, incluindo os valores do Acordo de Leniência (Nota Explicativa 23.3 das demonstrações financeiras consolidadas
auditadas) fica como demonstrado na tabela abaixo. Esses valores são calculados com base no fluxo de caixa não descontado, não
passíveis de reconciliação com o balanço patrimonial da Companhia.

Vencimento
Menos de De um a três De três a Acima de cinco
um ano anos cinco anos anos Total
Fornecedores .............................................................. 8.435,2 37,3 — — 8.472,5
Empréstimos e financiamentos .................................. 806,4 6.469,3 5.479,5 26.182,8 38.938,0
Debêntures ................................................................. 34,8 118,5 142,0 106,3 401,6
Empréstimos Braskem Idesa ...................................... 10.504,6 — — — 10.504,6
Derivativos ................................................................ 76,4 55,4 128,8 — 260,6
Empréstimo para acionista não controlador da
Braskem Idesa....................................................... — — — 2.183,8 2.183,8
Acordo de leniência (Nota explicativa 23.3 das
demonstrações financeiras consolidadas
auditadas).............................................................. 341,3 341,3 897,4 409,9 1.989,9
Em 31 de dezembro de 2018 ............................... 20.198,7 7.021,8 6.647,7 28.882,9 62.750,9

Supondo que o grupo de líderes da Braskem Idesa não solicitará a amortização antecipada dessa dívida, o passivo financeiro da Braskem
por data de vencimento, incluindo os valores do Acordo de Leniência (Nota Explicativa 23.3 das demonstrações financeiras

ii
consolidadas auditadas) e excluindo a reclassificação para o passivo circulante em decorrência do não cumprimento das obrigações
contratuais por parte da Braskem Idesa, conforme citado anteriormente, fica como demonstrado na tabela abaixo. Esses valores são
calculados com base no fluxo de caixa não descontado, não passíveis de reconciliação com o balanço patrimonial da Companhia.
Vencimento
Menos de De um a três De três a Acima de cinco
um ano anos cinco anos anos Total
Fornecedores .............................................................. 8.435,2 37,3 8.472,5
Empréstimos e financiamentos .................................. 806,4 6.469,3 5.479,5 26.182,8 38.938,0
Debêntures ................................................................. 34,8 118,5 142,0 106,3 401,5
Empréstimos Braskem Idesa ...................................... 995,7 2.482,6 2.835,2 7.353,8 13.667,3
Derivativos ................................................................ 76,4 55,4 128,8 260,6
Empréstimo para acionista não controlador da
Braskem Idesa....................................................... 2.183,8 2.183,8
Acordo de leniência (Nota explicativa 23.3 das
demonstrações financeiras consolidadas
auditadas).............................................................. 341,3 341,3 897,4 409,9 1.989,9
Em 31 de dezembro de 2018 ............................... 10.689,8 9.504,4 9.482,8 36.236,6 65.913,6

Estratégia de endividamento e financiamento

Em 31 de dezembro de 2018, o total da dívida consolidada em aberto, líquida de custos de transação, era de R$ 25.197,7 milhões,
compreendendo R$ 765,2 milhões de dívida no curto prazo, incluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo (3,0% do total da
dívida) e R$ 24.427,5 milhões de dívida de longo prazo (97,0% do total da dívida), além do valor total de R$ 10.504,6 milhões (US$
2.711,0 milhões) em aberto em 31 de dezembro de 2018 relacionado à dívida garantida relativa ao Complexo Petroquímico do México.
Em 31 de dezembro de 2018, não havia dívida em aberto com partes relacionadas em termos consolidados. No consolidado, a dívida
em reais em 31 de dezembro de 2018, líquida de custos de transação, era de R$ 1.030,9 milhões (2,9% do total da dívida), enquanto a
dívida em moeda estrangeira era de R$ 34.666,3 milhões (97,1% do total da dívida).

Nossa estratégia de financiamento tem sido a manutenção de liquidez adequada e um perfil de vencimento da dívida que seja compatível
com a expectativa de geração de fluxos de caixa e investimentos (Capex). Esta é a mesma estratégia adotada para os próximos anos e,
além disso, acreditamos que os investimentos de capital não irão afetar negativamente a qualidade de nossos índices de endividamento
ou a abordagem disciplinada na alocação de capital.

A tabela a seguir apresenta informações relativas ao perfil de vencimento da dívida em 31 de dezembro de 2018, excluindo os custos
de transação e a reclassificação para o passivo circulante em decorrência do não cumprimento das obrigações contratuais por parte da
Braskem Idesa, conforme citado anteriormente:

2019 2020 2021 2022 2023 2024 Em diante Total


(em milhões de reais)
Endividamento ......................................... 415,3 417,6 425,3 419,7 510,7 501,0 920,7 3.610,3
Mercado de Capitais ................................. 412,7 1.436,8 3.613,2 1.937,4 1.937,4 2.906,1 9.687,0 21.930,6
Dívida relacionada ao Complexo Petr. do México
(Financiamento Braskem Idesa) .......... 968,1 1.033,2 1.175,4 980,9 1.290,4 1.393,0 3.753,2 10.594,1
Total......................................................... 1.796,0 2.887,6 5.213,9 3.338,0 3.738,5 4.800,1 14.360,9 36.135,0

Endividamento de curto prazo

A dívida consolidada de curto prazo, incluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo, era de R$ 765,2 milhões em 31 de dezembro
de 2018. Esta dívida de curto prazo não inclui a dívida relacionada ao Complexo Petroquímico do México e derivativos.

A Companhia tem linhas de financiamento de curto prazo denominadas em reais junto a várias instituições financeiras no Brasil. Embora
não tenha linhas de crédito compromissadas com estas instituições financeiras, a administração acredita que continuará a ser capaz de
obter crédito suficiente para financiar as necessidades de capital circulante líquido, considerando seu relacionamento com as referidas
instituições financeiras as atuais condições de mercado. Em 31 de dezembro de 2018, o saldo consolidado das linhas de financiamento
de curto prazo em reais era de R$ 154,2 milhões.

Endividamento de longo prazo

As principais fontes de créditos de longo prazo da Companhia são:

 notas a juros fixos emitidas no mercado internacional;

 notas de crédito de exportação;


ii
 linhas de crédito com o BNDES;

 linhas de crédito bancárias;

 financiamento de projeto; e

 linhas de pré-pagamento de exportação.

Alguns dos instrumentos mencionados contêm outras obrigações que restringem, dentre outras coisas, a capacidade da Companhia e da
maioria de suas subsidiárias de assumir garantias ou passar por processo de incorporação ou fusão com outras entidades ou alienar de
outra forma a totalidade ou parte substancial de seus ativos. Além disso, instrumentos que representam uma parcela substancial de nosso
endividamento contêm cláusulas sobre eventos de inadimplemento ou antecipação de vencimentos cruzados, pelos quais a ocorrência
de alguma das restrições acima, com base nesse instrumento, poderia dar ensejo a um evento de inadimplemento ou permitir que os
credores acelerem a dívida decorrente daquele instrumento.

Em 31 de dezembro de 2018, R$ 193,7 milhões da dívida em reais estavam garantidos. Para garantir essa dívida, a Companhia caucionou
alguns itens do imobilizado e certas contas a receber. As obrigações de garantia dessas dívidas variam de acordo com a respectiva
transação.

Em 31 de dezembro de 2018, toda a nossa dívida sob o project finance relacionada ao Complexo Petroquímico do México possuía
garantia. Como garantia da dívida, oferecemos nossas ações na Braskem Idesa, alguns dos direitos de quitação em empréstimos
subordinados que a Braskem S.A. realizou à Braskem Idea e alguns dos ativos da Braskem Idesa.

Embora o Complexo Petroquímico do México esteja totalmente operacional e a Braskem Idesa tenha cumprido e continue a cumprir
com as exigências de serviço da dívida e demais pagamentos de obrigações nos termos da sua linha de crédito sindicalizada sênior
garantida de US$ 3.193 milhões, ocorreram eventos de descumprimento, que ainda não foram sanados desde pelo menos 2016. Veja
“Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—Investimentos de Capital—Joint Venture—Complexo Petroquímico do
México.”

Notas a taxas fixas

A Companhia emitiu títulos de dívida a taxas fixas no mercado internacional. Incidem sobre todos os títulos juros semestrais sobre o
período vencido, com exceção dos bônus perpétuos, sobre os quais incidem juros trimestrais. A tabela a seguir mostra os títulos a taxas
fixas em aberto, o valor do principal em aberto e respectivas datas de vencimento.

Valor do principal em aberto


acrescido de juros em
Título 31 de dezembro de 2018 Vencimento final
(em milhões de dólares)

Notas a 7,00% com vencimento em 2020 (1) ........................................................... 374,6 Maio de 2020
Notas a 5,75% com vencimento em 2021 (1) ........................................................... 943,7 Abril de 2021
Notas a 5,375% com vencimento em 2022 (1) ......................................................... 504,3 Maio de 2022
Notas a 3,50% com vencimento em 2023 (2) ........................................................... 508,3 Janeiro de 2023
Notas a 6,45% com vencimento em 2024 (1) ........................................................... 769,9 Fevereiro de 2024
Notas a 4,50% com vencimento em 2028 (2) ........................................................... 1.276,7 Fevereiro de 2028
Notas a 7,125% com vencimento em 2041 (3) ......................................................... 773,5 Julho de 2041
Bônus perpétuo a 7,375% (1) ................................................................................... 508,8 —
_____________________________
(1) Representa notas emitidas pela Braskem Finance Limited e garantidas pela Braskem.
(2) Representa notas emitidas pela Braskem Netherlands Finance e garantidas pela Braskem.
(3) Representa notas emitidas pela Braskem America Finance e garantidas pela Braskem.

Linhas de Crédito de Notas de Exportação

A Companhia contratou diversas linhas de notas de crédito à exportação. A tabela abaixo mostra as principais linhas de notas de crédito
à exportação em aberto, os valores em aberto de tais linhas, taxas de juros aplicáveis, calendário de amortização e vencimento das
mesmas.

Principal em Aberto e juros em 31 Calendário de


Data de emissão de dezembro de 2018 Taxa de Juros Amortização Vencimento final
(em milhões de reais)

2018. ............................ 406,3 CDI + 0.7% 2023 e 2024 2024

ii
Linhas de Crédito com o BNDES

A Companha contratou duas linhas stand-by de crédito rotativo com o BNDES. Os empréstimos segundo essas linhas devem ser
utilizados para financiar investimentos em projetos específicos, entre eles:

 expansão e modernização de ativos fixos;

 aquisição de novas máquinas e equipamentos produzidos no Brasil;

 programas relacionados a treinamento e gestão técnica e tecnologia da informação;

 programas de investimento social;

 investimentos ambientais; e

 investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

As taxas de juros para empréstimos concedidos por tais linhas são determinadas na época em que tais empréstimos sejam tomados, com
base em uma taxa fixa definida na data de fechamento. O valor em aberto do principal e juros para cada um desses empréstimos será
devido em parcelas mensais após o término da carência destes empréstimos, que varia geralmente entre um ano e 18 meses, dependendo
dos termos da linha em questão.

A tabela abaixo apresenta informações selecionadas a respeito das linhas de crédito rotativo com o BNDES em 31 de dezembro de
2018.

Principal em
Principal Aberto e Taxa de Juros Vencimento do
Linha Contratado Juros Média Ponderada Contrato
(em milhões (em milhões
de reais) de reais)

Dezembro de 2009 ........................ R$500,0

Taxa fixa ................................... 38,4 4,0% Janeiro de 2021

Novembro de 2011 ....................... R$2.460,0

Taxa fixa ................................... 13,6 3,5% Novembro de 2019

______________
Cada uma dessas linhas de crédito é assegurada por hipotecas de (1) duas unidades da Companhia localizadas no Polo de Triunfo,
(2) uma das unidades localizadas nas cidades de Santo André (São Paulo).

Contratação de Linha de Crédito Rotativo

Em maio de 2018, a Companhia e diversas controladas contrataram uma linha de crédito rotativo com diversas instituições financeiras
internacionais no valor de principal de US$ 1.000,0 milhão, com vencimento em maio de 2023.

Linhas de crédito bancárias

Em julho de 2018, contratamos um Empréstimo com uma instituição financeira estrangeira, através do qual recebemos o desembolso
de R$ 160,0 milhões. O empréstimo possui juros de LIBOR + 0,65% a.a., devidos semestralmente até o vencimento, em dezembro de
2028. O valor do principal em aberto é devido em 16 parcelas semestrais sucessivas a partir de novembro de 2020.

Em novembro de 2018, a Companhia celebrou um Contrato de Empréstimo com uma instituição internacional, por meio da qual foi
recebido um desembolso no valor total do principal de US$ 295,1 milhões. A linha possui juros indexados pela taxa LIBOR mais 0,90%
ao ano, devidos semestralmente, com vencimento em novembro de 2028. O valor do principal em aberto deve ser pago em 20 parcelas
mensais sucessivas a partir de maio de 2019.

ii
Valor do principal em aberto em 31 de Cronograma de
Emissão dezembro de 2018 Taxa de juros amortização Vencimento final
(em milhões de dólares)
Janeiro de 2013 ................. 80,0 LIBOR + 1,10% Semestral(1) Novembro 2022
Setembro de 2017 ............. 127,5 LIBOR + 1,61% Semestral(2) Março 2027
Julho de 2018.................... 160,0 LIBOR + 0,65% Semestral(3) Dezembro 2028
Novembro de 2018 ........... 295,1 LIBOR + 0,90% Semestral(4) Novembro 2028

______________
(1) A amortização dessa linha teve início em maio de 2013.
(2) A amortização dessa linha teve início em setembro de 2018.
(3) A amortização dessa linha teve início em novembro de 2020.
(4) A amortização dessa linha teve início em maio de 2019.

Acordos de Financiamento

Em dezembro de 2012, a Braskem Idesa celebrou um acordo geral com algumas instituições financeiras para o desenvolvimento, projeto,
construção e operação inicial do Complexo México. O Complexo do México compreende um cracker de etano com capacidade de
produção de 1,05 milhão de toneladas por ano de eteno, dois unidades de polietileno de alta densidade e uma unidade de polietileno de
baixa densidade. Em relação ao acordo geral, a Braskem Idesa celebrou oito acordos financeiros individuais com instituições financeiras
estrangeiras e brasileiras e bancos de desenvolvimento no valor total de principal de até US$3,2 bilhões, o Financiamento Braskem
Idesa. Todos os valores desembolsados em tais linhas de crédito são garantidos pelas ações da Companhia na Braskem Idesa.
Adicionalmente, como condição suspensiva ao desembolso inicial e a cada desembolso subsequente, a Braskem Idesa precisou manter
um índice máximo de dívida para patrimônio base de 70:30 após a realização de tal desembolso, calculado conforme o acordo de termos
comuns. Em setembro de 2015, a Braskem Idesa recebeu o último desembolso nos termos do acordo de termos comuns, atingindo o
total de principal de US$3,2 bilhões. O financiamento consiste de tranches fixas e variáveis. Os juros sobre a tranche fixa variam entre
4,33% e 6,17%. Os juros sobre a tranche variável variam entre LIBOR + 2,73% e LIBOR + 4,65%. A fim de reduzir o risco de taxa de
juros, a segunda tranche possui hedge através de diversos contratos de swap. Os juros de ambos os tipos de tranche são devidos trimestral
e postecipadamente, sendo que o principal é amortizado trimestralmente. A data de vencimento final destes empréstimos é 15 de
fevereiro de 2029, com amortização a partir de maio de 2016.

Investimentos de capital

Em 2018, nossos investimentos totais em ativos imobilizados e intangíveis foram de R$ 2.770,4 milhões, compreendendo
principalmente (1) investimentos (Capex) de R$ 1.778 milhões nas unidades no Brasil, direcionados principalmente às operações
industriais, incluindo os investimentos relacionados à eficiência operacional, SSMA, produtividade e modernização; (2) investimento
de R$ 993 milhões na Unidade EUA e Europa, equivalente a US$ 269 milhões, alocado em projetos estratégicos, tais como: (i) nova
planta de polipropileno e (ii) melhoria da produtividade das plantas de polipropileno localizadas nos EUA e na Alemanha; e (3)
investimento de R$ 55 milhões no Complexo do México.

Orçamento de Investimentos

A Companhia espera investir R$ 3.315 milhões este ano, dos quais R$ 1.236 milhões (US$ 331 milhões) em dólares relacionados a
investimentos nas unidades dos Estados Unidos e Europa.

Do total investido, R$ 300 milhões serão direcionados aos projetos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA), enquanto
R$ 1.968 serão direcionados aos projetos de manutenção, produtividade e eficiência operacional, incluindo os investimentos a serem
feitos na parada programada da central na Bahia, prevista para o quarto trimestre de 2019. O saldo remanescente será direcionado para
outros projetos estratégicos, tais como a nova planta de PP nos Estados Unidos (US$ 223 milhões).

A Braskem Idesa planeja investir cerca de US$ 29 milhões (R$ 107 milhões) em projetos relacionados à manutenção, produtividade,
SSMA e eficiência operacional.

Joint Venture

Complexo Petroquímico do México

Braskem e Idesa constituíram a Braskem Idesa em abril de 2010, para desenvolver, construir e operar o Complexo México, a ser
localizado no estado mexicano de Veracruz. O Complexo Petroquímico do México inclui uma central petroquímica de etano que
produzirá 1,05 milhão de toneladas de eteno por ano utilizando tecnologia licenciada pela Technip Italy S.p.A (Technip), e ainda duas
plantas de polietileno de alta densidade utilizando tecnologia Innovene S licenciada pela Ineos Commercial Services UK Limited
(sucessora da Ineos Europe Limited) e uma planta de polietileno de baixa densidade utilizando tecnologia Lupotech T licenciada da

ii
Basell Polyolefin GmbH. As três plantas de polietileno somam capacidade anual de produção de 1,0 milhão de toneladas de PEAD e
PEBD. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia havia produzido 808.388 toneladas de PEAD e PEBD.

A Braskem Idesa possui contrato de fornecimento de etano com a Pemex TRI celebrado em 19 de fevereiro de 2010, segundo o qual a
Pemex TRI se obriga a fornecer, e a Braskem Idesa a adquirir, 66 mil barris por dia de etano para o Complexo México durante 20 anos
a preços baseados nas referências internacionais destas matérias-primas em dólares. Nos termos do contrato, qualquer volume diário
rejeitado pela Braskem Idesa deverá ser adquirido em parcelas durante as entregas subsequentes até que não haja mais volumes em
aberto. O contrato tem vencimento em 2035 e é renovável por três períodos adicionais de cinco anos, mediante aviso prévio da intenção
de renovação pelo menos dois anos antes do seu vencimento. A Pemex TRI poderá rescindir o contrato nos seguintes casos: (1) falta de
pagamento por mais de 180 dias após a notificação, ou (2) parada emergencial das operações ou evento de força maior com duração
superior a 48 meses.

O contrato de fornecimento de etano inclui cláusula de desempenho de longo prazo de entrega de volume que exige da Pemex TRI o
cumprimento da entrega de determinado volume de etano durante um período de seis meses equivalente a 70% do volume acordado nos
termos do contrato de fornecimento de etano (“Teste de Desempenho de Longo Prazo”). Em janeiro de 2019, as entregas de volumes
da Pemex TRI nos termos do Teste de Desempenho de Longo Prazo encontravam-se próximas do limite de 70%. Caso a Pemex TRI
deixe de cumprir o Teste de Desempenho de Longo Prazo, além do impacto negativo direto nos volumes de produção do Complexo
Petroquímico do México, podem ser desencadeadas as seguintes consequências: (i) a Companhia pode ficar impossibilitada de gerar
caixa suficiente para cumprir com seus compromissos de dívida perante credores nos termos do Financiamento da Braskem Idesa; (ii)
tais credores podem acelerar o vencimento de tal endividamento; e/ou (iii) a Braskem Idesa pode ser obrigada a exercer o direito de
rescisão e a opção de venda contra a Pemex TRI, o que forçaria a Pemex TRI a adquirir o Complexo Petroquímico do México da
Companhia. Caso a Companhia opte por exercer o direito da rescisão e a opção de venda, não é possível garantir que a Pemex TRI não
contestará o exercício de tal rescisão e opção de venda, ou tentará evitar a compra do Complexo Petroquímico do México da Companhia.
Veja “Item 3. Principais Informações—Riscos Relativos à Companhia e ao Setor Petroquímico—A Companhia depende do etano
fornecido pela Pemex TRI no México.”

Em fevereiro de 2010, a Companhia e a Idesa firmaram o acordo de acionistas Braskem Idesa para disciplinar seu relacionamento com
respeito à Braskem Idesa, alterado em novembro de 2012, em dezembro de 2012, em abril de 2015 e em abril de 2017. O acordo de
acionistas Braskem Idesa, conforme alterado, expõe o entendimento das partes com respeito à implantação do projeto e ao
relacionamento da Braskem e da Idesa como acionistas da Braskem Idesa. Nos termos do Acordo de Acionistas da Braskem Idesa,
conforme alterado:

 as partes se comprometem a envidar os melhores esforços para utilizar a Braskem Idesa como veículo de comercialização de
polietileno no México;

 as partes convencionam que a produção de polietileno da Braskem Idesa se concentrará estrategicamente em atender o mercado
mexicano;

 a Braskem tem o direito de indicar cinco e a Idesa tem o direito de indicar dois membros do conselho de administração da
Braskem Idesa; as decisões consideradas em assembleias gerais ordinárias da Braskem Idesa ou em reuniões do conselho de
administração da Braskem Idesa requerem aprovação por maioria simples;

 se a Braskem e a Idesa não chegarem a um acordo na votação para aprovar determinadas questões que exigem maioria absoluta
de votos em uma assembleia geral extraordinária, (1) a Braskem terá o direito de procurar aprovar as questões por maioria
simples dos votos dos acionistas da Braskem Idesa, (2) na eventualidade de tais questões serem aprovadas por maioria simples
dos votos dos acionistas da Braskem Idesa, a Braskem terá a opção de comprar a totalidade das ações detidas pela Idesa e (3)
caso a Braskem não exerça esse direito, a Idesa terá a opção de vender todas as suas ações da Braskem Idesa para a Braskem;
e

 quaisquer divergências entre a Braskem e a Idesa decorrentes do Acordo de Acionistas Braskem Idesa serão solucionadas
mediante arbitragem.

O Acordo de Acionistas Braskem Idesa também prevê direitos de preferência, direitos de tag along e direitos de drag along com respeito
à alienação de ações da Braskem Idesa.

O custo inicial total do Complexo México, estimado em US$ 4,5 bilhões, incluindo custos financeiros durante a construção e
necessidades iniciais de capital de giro foi revisto em 2015 para US$ 5,2 bilhões, devido principalmente: (1) à mudança do escopo da
unidade geradora de energia, a fim de assegurar a autossuficiência do complexo e aumentar a confiabilidade do fornecimento de energia,
com a possibilidade de venda da energia excedente para a rede elétrica; e (2) a custos adicionais com infraestrutura e serviços locais.

ii
A Braskem e a Idesa contribuíram com 38% do custo total como capital proporcional à participação acionária na Braskem Idesa e o
restante foi tomado por empréstimo pela Braskem Idesa em linhas de crédito de project finance, garantidos por ativos do próprio projeto,
junto a agências multilaterais de crédito, agências de crédito à exportação, bancos de desenvolvimento e bancos privados.

A construção do Complexo do México teve início em 2012, que iniciou suas operações com a produção do primeiro lote de polietileno
em abril de 2016.

Embora o Complexo Petroquímico do México esteja totalmente operacional e a Braskem Idesa tenha cumprido e continue a cumprir
com os seus requisitos de serviço da dívida e demais pagamentos de obrigações nos termos da sua linha sindicalizada sênior garantida
de US$ 3.193 milhões, ocorreram eventos de descumprimento, que ainda não foram sanados desde pelo menos 2016. Tais eventos de
descumprimento garantem ao credor o direito de antecipar o vencimento desta dívida e requerer remediação através das garantias
oferecidas por tal linha, que incluem o Complexo Petroquímico do México e as ações em circulação da Braskem Idesa. A Braskem
Idesa solicitou a dispensa de tais obrigações descumpridas e está atualmente negociando essa dispensa com o agente intermediário da
linha. Contudo, não é possível garantir que o agente de crédito intermediário e os credores do empréstimo concordarão em conceder tal
dispensa ou, ainda que concordem em conceder tal dispensa, se tal dispensa implicará em obrigações adicionais a serem cumpridas pela
Braskem Idesa.

Contrato de Suporte dos Acionistas Relacionado ao Complexo Petroquímico do México

Em dezembro de 2012, a Companhia, a Braskem Idesa, a Etileno XXI, S.A. de C.V. e a Idesa celebraram um contrato de suporte dos
acionistas (equity support agreement) segundo o qual os acionistas da Braskem Idesa se comprometem a realizar e garantir o pagamento
de determinadas contribuições de capital à Braskem Idesa. O contrato foi alterado e consolidado em abril de 2015. De acordo com o
contrato alterado e consolidado de suporte dos acionistas, as partes se comprometeram a realizar um aporte de capital inicial de US$
2,0 bilhões proporcional à participação, direta ou indireta, de cada uma na Braskem Idesa (Braskem, 75% e Idesa, 25%), totalmente
aportado na Braskem Idesa. Os acionistas assumiriam ainda a obrigação de realizar determinados aportes contingentes visando cobrir
quaisquer valores adicionais necessários para a conclusão do projeto. O compromisso contingente de capital que ainda está disponível
é de até US$ 200 milhões, e estará disponível até a data de ocorrência da liberação do capital contingente de acordo com o contrato
alterado e atualizado de suporte dos acionistas, observando que o mesmo será reduzido até menor entre o valor então disponível e US$
100 milhões após o atingimento da conclusão financeira do projeto. Atualmente, a Companhia não fornece suporte de crédito para
qualquer obrigação de financiar sua parcela da obrigação aporte ou de contingência primária ou secundária de capital, mas caso a mesma
deixe de ser classificada como grau de investimento antes da liberação de sua obrigação de aporte inicial e contingente de capital, ela
deverá fornecer garantia de caixa ou em valor igual a qualquer contribuição de capital que possa ser exigida segundo o contrato.

Alterações ao Acordo de Acionistas da Braskem Idesa Relacionado ao Complexo Petroquímico do México

Em fevereiro de 2010, a Braskem e a Idesa celebraram um acordo de acionistas, ao qual nos referimos como acordo de acionistas da
Braskem Idesa, para reger seu relacionamento em relação à Braskem Idesa. Em novembro de 2012, a Braskem e a Idesa celebraram a
primeira alteração ao acordo de acionistas da Braskem Idesa, segundo a qual a participação da Companhia na Braskem Idesa aumentou
para 75% menos uma ação de participação na Braskem Idesa, enquanto a participação da Idesa na Braskem Idesa foi reduzida para 25%
mais uma ação de participação. Em dezembro de 2012, a Companhia e a Idesa celebraram um segundo aditamento ao acordo de
acionistas da Braskem Idesa, visando incluir o compromisso de ambos os Patrocinadores de contribuírem com determinados aportes de
capital primário e secundário ao projeto. Em abril de 2015, a Companhia e a Idesa celebraram o terceiro aditamento ao acordo de
acionistas Braskem Idesa, visando incluir uma contribuição de capital básica adicional e ratificar os novos compromissos de capital
contingente, segundo os quais a Companhia concorda em financiar até 100% do aporte contingente de capital de acordo com o contrato
de suporte dos acionistas até a data de início de produção. O aporte primário contingente de capital totaliza US$ 208 milhões. Por fim,
em abril de 2017, a Braskem e a Idesa alteraram e consolidaram o acordo de acionistas da Braskem Idesa para que os termos refletissem
o progresso do empreendimento desde a data original de assinatura, em 2010, bem como o entendimento entre os acionistas quanto a
seus direitos e obrigações no pagamento de taxas e juros pela Idesa referente ao financiamento pela Braskem do montante de capital
contingente ou necessidades de capital de giro da Braskem Idesa, bem como a consequente diluição da participação da Idesa na Braskem
Idesa.

Outros Investimentos

Projeto UTEC®

A nova linha de produção do polietileno de ultra alto peso molecular (PEUAPM) da Companhia, comercializado sob o nome de UTEC®,
iniciou suas operações em janeiro de 2017.

Localizada na cidade de La Porte, no estado norte-americano do Texas, a produção da planta complementará a capacidade já existente
na linha do Brasil, produzida no complexo petroquímico de Camaçari. Com tecnologia 100% brasileira, a resina UTEC® tem aplicações
sofisticadas em diversos setores, como automotivo e de transporte, eletroeletrônicos, fibras e têxteis, industrial e maquinário pesado,
manuseio de materiais, óleo e gás, dutos e mineração, plásticos porosos, recreação e para o consumidor final.

ii
O principal mercado para a produção da planta de UTEC® em La Porte é o mercado dos Estados Unidos, embora a Companhia espere,
no futuro, exportar a resina para destinos como Europa, Índia e China. O início da operação dessa planta fortalece o posicionamento da
Companhia como um dos maiores produtores de PEUAPM do mundo.

Projeto de flexibilidade da matéria-prima na Bahia

Em linha com a estratégia da Companhia, que busca fontes alternativas de matérias-primas para aumentar sua competitividade global,
em novembro de 2017, teve início a flexibilização para a produção de até 15% de eteno utilizando como matéria-prima o etano, no
complexo petroquímico da Bahia.

Para o fornecimento da matéria-prima, a Companhia celebrou um acordo de compra de etano dos Estados Unidos com uma afiliada da
empresa Enterprise Products. O contrato tem vigência de 10 anos e o preço está atrelado à referência internacional Mont Belvieu.

Foram investidos R$ 380 milhões na adequação tecnológica da Unidade de Químicos em Camaçari, no duto de interligação e na
adaptação da infraestrutura logística do Terminal Portuário de Aratu, em Candeias.

Desgargalamento da capacidade na planta de Marcus Hook, EUA

Em linha com a estratégia de internacionalização e de atender as necessidades dos seus clientes, em 2016, a Companhia investiu
US$ 21 milhões no desgargalamento da capacidade produtiva da planta de PP em Marcus Hook (PA), com aumento da capacidade
nominal em 64 mil toneladas por ano. O escopo do projeto incluiu melhorias no purificador de propeno e nas áreas de produção de
resina da planta.

Nova planta de PP nos Estados Unidos

Em linha com a estratégia de diversificação da matriz de matérias-primas e expansão geográfica nas Américas, reforçando a liderança
na produção de PP nos Estados Unidos, o Conselho de Administração da Companhia aprovou, em 21 de junho de 2017, o projeto para
construção de uma nova planta de PP de 450 mil toneladas na unidade de La Porte, no Texas. O projeto deve começar a operar no
segundo trimestre de 2020.

Com investimentos aprovados no valor de até US$ 675 milhões em 31 de dezembro de 2018, a Companhia já havia investido
US$ 382 milhões no projeto de detalhamento de engenharia e na compra de equipamentos. Em 2018, o projeto avançou 48,3%: 97,4%
do detalhamento da engenharia; 97,4% das compras de equipamentos e materiais; e 41,6% da construção. Vale notar que o Grupo Linde
foi contratado para liderar a etapa de engenharia, compras e construção (EPC) do projeto e que foi escolhida a tecnologia UNIPOL® da
Grace.

Na data do encerramento do exercício, a Braskem já havia investido US$ 485 milhões, com um avanço de 65,5% nas obras gerais,
conforme a seguir:

 Detalhamento de Engenharia: avanço de 97,6%.

 Compras de Equipamentos e Materiais: avanço de 99,8%.

 Construção: avanço de 61,0%.

A Braskem America celebrou uma linha de crédito no valor de até US$ 225 milhões garantida pela Euler Hermes, uma agência alemão
de crédito de exportação, que será utilizada para financiar uma parcela dos investimentos na nova planta de PP. A transação, com
vencimento em 30 de dezembro de 2028, tem um custo de 0,65% p.a. + LIBOR semestral, com amortização semestral em 30 de
dezembro de 2020. Os recursos serão desembolsados de acordo com o progresso da construção do projeto e o valor total deve ser
desembolsado até 30 de dezembro de 2020. Na data do encerramento do exercício, o total desembolsado foi de US$ 172 milhões.

Transações Não Incluídas no Balanço Patrimonial

Atualmente, a Companhia não possui nenhuma transação envolvendo acordos não incluídos no balanço patrimonial.

ii
ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS

Conselheiros e diretores

O conselho de administração e a diretoria da Companhia são responsáveis pela operação dos negócios.

Conselho de administração da Braskem

Nosso Estatuto Social estabelece a existência de um conselho de administração composto de onze conselheiros e onze suplentes. Durante
a ausência ou impedimento temporário de um membro efetivo de nosso conselho de administração, o respectivo suplente substitui o
membro efetivo ausente ou impedido. Nosso conselho de administração é um órgão deliberativo responsável, entre outros assuntos,
pela fixação das políticas e diretrizes para os nossos negócios e os de nossas subsidiárias e controladas. Nosso conselho de administração
é também responsável pela fiscalização da diretoria e pelo monitoramento da implantação das políticas e diretrizes periodicamente
fixadas pelo próprio conselho de administração. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, nosso conselho de administração é
também responsável pela contratação de uma empresa de auditoria independente registrada.

Os membros do conselho de administração são eleitos em assembleia geral para mandatos de dois anos, podendo ser reeleitos. Os
mandatos de todos os atuais conselheiros terminam em nossa Assembleia Geral Ordinária prevista para ocorrer em 2020. Os membros
do conselho de administração da Companhia podem ser destituídos a qualquer tempo, com ou sem justa causa, em assembleia geral de
acionistas. O nosso estatuto social não contém quaisquer exigências quanto à cidadania ou residência, e os membros do conselho de
administração não precisam ser acionistas de nossa companhia. Nosso conselho de administração é presidido pelo presidente do
conselho de administração e, em sua ausência, pelo vice-presidente do conselho. O presidente e o vice-presidente do conselho de
administração são eleitos em assembleia geral dentre os conselheiros, têm mandato de dois anos e podem ser reeleitos.

Nosso conselho de administração reúne-se ordinariamente onze vezes por ano, ou em caráter extraordinário, quando necessário e
convocado pelo presidente, pelo vice-presidente ou por quaisquer outros dois conselheiros. As deliberações de nosso conselho de
administração exigem quórum de instalação representado pela maioria dos conselheiros, sendo tomadas por maioria de votos, a não ser
alguns atos que requerem o consenso dos indicados da Odebrecht e da Petrobras em conformidade com o Acordo de Acionistas da
Braskem S.A. Vide “Item 7. Principais acionistas e operações com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas—
Acordo de Acionistas da Braskem S.A.”

A tabela a seguir apresenta algumas informações relativas aos atuais membros do conselho de administração e seus suplentes na data
do encerramento do exercício:

Nome Membro desde Cargo Idade


Marcelo Moses de Oliveira Lyrio (1) .......................... 27 de junho de 2017 Presidente do Conselho 56
João Cox Neto ............................................................. 8 de junho de 2016 Vice-Presidente do Conselho 56
Ana Lúcia Poças Zambelli ........................................... 19 de junho de 2019 Conselheiro 46
Roberto Lopes Pontes Simões ..................................... 22 de maio de 2019 Conselheiro 62
Gesner José de Oliveira Filho (1) ................................ 27 de junho de 2017 Conselheiro 63
Pedro Oliva Marcilio de Sousa (1) .............................. 27 de junho 2017 Conselheiro 46
Roberto Faldini ............................................................ 22 de maio 2019 Conselheiro 71
João Pinheiro Nogueira Batista ................................... 22 de abril de 2019 Conselheiro 63
Fábio Venturelli (1) ..................................................... 16 de outubro de 2018 Conselheiro 53
Julio Soares de Moura Neto (1).................................... 22 de abril de 2019 Conselheiro 76
Mauro Motta Figueira .................................................. 27 de abril de 2012 Conselheiro 49
Larry Carris Cardoso ................................................... 16 de outubro de 2018 Suplente 44
André Amaro da Silveira ............................................. 8 de junho de 2016 Suplente 56
Marcelo Rossini de Oliveira......................................... 22 de abril de 2019 Suplente 41
Susan Barrio de Siqueira Campos ............................... 30 de abril de 2018 Suplente 38
Marcelo Mancini Stella ............................................... 8 de junho 2016 Suplente 56
João Carlos Trigo de Loureiro ..................................... 7 de abril de 2016 Suplente 66
José Marcelo Lima Pontes ........................................... 22 de maio de 2019 Suplente 65

Segue-se um sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos atuais
conselheiros da Companhia e seus suplentes.

ii
Conselheiros

Marcelo Moses de Oliveira Lyrio. Presidente do Conselho de Administração, como Conselheiro independente eleito para o conselho de
administração pela Odebrecht. É sócio fundador da Principio Assessoria Empresarial. Anteriormente, durante 12 anos, de 2004 até
2016, foi empresário, sócio e co-fundador da Signatura Lazard e Managing Director (MD) do Lazard no Brasil. Neste período trabalhou
como assessor para grandes empresas nacionais e internacionais. Trabalhou ainda por 14 anos, de 1990 até 2004, para o ING Bank e
ING Barings em várias áreas da instituição, sendo os últimos três anos, de 2001 a 2004, como Presidente das operações da instituição
no Brasil. O Sr. Marcelo é graduado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica - PUC do Rio de Janeiro.

João Cox Neto. Vice-presidente do conselho de administração, eleito pela Petrobras. É Presidente do Conselho de Administração da
Embraer S.A., Petrobras S.A., Qualicorp S.A., Linx S.A. e Odebrecht Eldorado S.A. É sócio fundador e diretor gerente da Cox
Investments &Advisory. De 2006 a 2010, atuou como Presidente Executivo e vice-presidente do Conselho da Claro. Em 2005, atuou
como vice-presidente do conselho de administração da Cellcom Israel. Entre abril de 1999 e agosto de 2004, atuou como Diretor
Financeiro e de Relações com Investidores da Telemig Celular Participações e da Tele Norte Celular Participações e ainda como Diretor
Executivo da Telemig Celular e da Amazônia Celular entre agosto de 202 e agosto de 2004. O Sr. João foi ainda membro dos conselhos
de administração de outras empresas no Brasil, Argentina, Holanda e Israel. Também foi consultor do CRSFN - Conselho de Recursos
do Sistema Financeiro Nacional, da ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas e do IBRI - Instituto Brasileiro de
Relações com Investidores. O Sr. João é formado em economia pela Universidade Federal da Bahia e completou seus estudos de
mestrado em economia na Université du Québec à Montreal e no College of Petroleum Studies da Oxford University.

Ana Lúcia Poças Zambelli. Indicada para o conselho de administração pela Petrobras. É executiva sênior com 22 anos de experiência
no setor de Óleo & Gás (O&G). É graduada em Engenharia Mecânica, com mestrado em Engenharia do Petróleo e pós-graduação em
Liderança, Estratégia e Inovação do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Atualmente, a Sra. Zambelli é também membro do
conselho de administração da Petrobras.

Roberto Lopes Pontes Simões. Eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. Foi presidente ou membro do
conselho de administração de grandes companhias, como Odebrecht Engenharia e Construção, Consórcio Baia de Sepetiba, Itaguaí
Construções Navais, Petroquímica Paulínia, Ipiranga Química, Ipiranga Petroquímica, Refinaria Ipiranga, COPESUL, Petroflex e
CETREL. Atualmente é CEO da Ocyan, onde trabalha desde 2012 De 2010 a 2012, foi CEO da Odebrecht Defesa e Tecnologia. Entre
2008 e 2010, foi presidente da Santo Antonio Energia. Na Braskem, o Sr. Simões ocupou o cargo de Vice-Presidente Executivo, de
2004 a 2008. Entre 2000 e 2004, foi COO e, depois, CEO do Grupo iG-Internet. Foi presidente da Opportrans Concessão Metroviária -
Metro Rio, de 1999 a 2000. Sua carreira profissional na Odebrecht começou em 1994, como Diretor de Contratos com Tenenge e CNO.
O Sr. Simões é graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) de 1978. Também concluiu o Curso de
Engenharia de Manutenção e Projetos Petroquímicos - Cemant (uma cooperação entre a Petrobras e UFBA). Também é membro da
entidade filantrópica privada Obras Sociais de Irmã Dulce.

Gesner José de Oliveira Filho. Conselheiro independente eleito para o conselho de administração pela Odebrecht. O Sr. Oliveira Filho
é certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. É atualmente Membro do Conselho de Administração da TIM,
presidente da Estre, Membro do Conselho de Administração da Iguá e do Instituto Iguá, Membro do Conselho de Autorregulação da
FEBRABAN, Membro do Conselho Consultivo da ETCO, CIEE e Membro do Conselho Multistakeholders do Movimento Menos
Perda, Mais Água. É sócio da GO Associados, Professor da EAESP / FGV, Coordenador do Grupo de Economia da Infraestrutura &
Soluções Ambientais da FGV. Entre 2007 e 2010 foi Presidente da Sabesp - Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo Atuou
também como Consultor em projeto para o Banco Mundial para análise institucional de empresa de saneamento em Dhaka, Bangladesh,
2012. O Sr. Oliveira Filho é graduado em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo -
FEA/USP, Mestre em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Ph.D. em Economia
pela Universidade da Califórnia, Berkeley.

Pedro Oliva Marcilio de Sousa. Conselheiro independente eleito para o conselho de administração pela Odebrecht. Atualmente, é
membro do conselho de administração da Klabin S.A. De 2011 a 2017, atuou como Diretor de Gestão de Recursos na GR Partners
Gestão de Recursos Ltda. Em 2011, atuou como Diretor de M&A. De 2009 a 2010 atuou como Diretor de M&A no Banco Standard de
Investimentos S.A. Desde 2013, atua como membro do Comitê de Auditoria na Companhia Brasileira de Distribuição e da B3 S.A –
Brasil, Bolsa e Balcão. Entre 2013 e 2014 foi membro do conselho fiscal da Hypermarcas. O Sr. Sousa é Bacharel em Direito pela
Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia.

Roberto Faldini. Eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. É graduado em Administração de Empresas pela
Fundação Getúlio Vargas em 1972. Também possui especialização em: (i) Administração Avançada pela Fundação Dom Cabral e
INSEAD, obtida em 1991; (ii) Empreendedorismo pela Babson College, obtida 2004; e (iii) Governança Corporativa (IFC e IBGC),
obtida em 2009, 2011, 2013 e 2016. O Sr. Faldini é presidente e sócio da Faldini Estratégia Empresarial e CEO da MBF, Administração
e Serviços. Atualmente ocupa o cargo de Presidente do Conselho da Metalúrgica Golin S.A. e é membro dos conselhos da Vulcabrás-
Azaleia, Marfrig General Foods, Grupo CHP (Celulose Irani e Cia.Habitasul) e Odebrecht S.A. É membro voluntário do Conselho dos
Administradores (Board of Trustees) da Dorina Nowill Foundation for Blind People e da Fundação Crespi Prado. É diretor da Fundação
Cultural Ema Gordon Klabin. O Sr. Faldini é professor convidado na Fundação Dom Cabral e árbitro da Câmara de Arbitragem da B3.
Foi membro dos conselhos de administração e conselhos consultivos de diversas empresas no Brasil e no exterior, incluindo Metal
Leve, Maraú, Livrarias Siciliano, CPFL, Inpar, Klicknet e Sadia. É co-fundador do Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa
(IBCG) em 1995 e se mantém ativo em muitos dos comitês do instituto. É membro associado do Instituto Brasileiro de Executivos de
ii
Finanças (IBEF) e da Family Business Network (FBN) organização internacional de famílias empresárias. Durante mais de 20 anos, foi
CEO, acionista e membro do Conselho de Administração da Metal Leve S.A., além de presidente da CVM em 1992. Foi coordenador,
no estado de São Paulo, da Parceria para o Desenvolvimento do Acionista e da Família Empresária (PDA) da Fundação Dom Cabral,
de 2002 a 2007.

João Pinheiro Nogueira Batista. Eleito para o conselho de administração por indicação da Odebrecht. Atua em conselhos de
administração de empresas no Brasil há mais de 10 anos. Na Organização Odebrecht, foi conselheiro independente dos conselhos de
administração da Odebrecht Engenharia & Construção desde junho de 2017 e da Ocyan desde abril de 2018, onde permaneceu até
janeiro de 2019, entrando para o Conselho de Administração da Odebrecht S.A. em novembro de 2018. Além disso, é atualmente CEO
da Evoltz S.A. Foi CEO da Swiss Re, Bertin S.A. e Suzano Petroquímica, além de RAE em empresas como a Petrobras, Dresdner Bank,
Citibank, Radiobras e Siderbras. O Sr. João é graduado em Economia pela PUC-RJ e possui MBA em Engenharia Econômica pela
Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro.

Fábio Venturelli. É membro independente indicado para o conselho de administração pela Petrobras. Tem mais de 25 anos de
experiência em gestão corporativa, gestão de negócios global e gestão comercial, com vasta experiência em gestão de empresas
nacionais e internacionais. Atualmente, é membro dos conselhos de administração do Centro de Tecnologia Canavieira S.A. (CTC) e
do Conselho Superior de Infraestrutura (COINFRA) da FIESP. O Sr. Fábio é CEO da São Martinho desde 2007. Começou sua vida
profissional na Dow Chemical, onde ocupou diversos cargos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, incluindo de Diretor de
Negócios Globais e Diretor de Desenvolvimento Estratégico, entre 1989 e 2007. Também foi contemplado com o prêmio Executivo de
Valor, promovido pelo jornal Valor Econômico, em 2012, 2013, 2016, 2017 e 2018, além de ser eleito um dos melhores CEOs do Brasil
pela Revista Forbes em 2017. O Sr. Venturelli é formado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, possui MBA pela FIA-FEA e participou do Young Management Program da INSEAD, na França.

Julio Soares de Moura Neto. É conselheiro independente indicado para o conselho de administração pela Petrobras. É Almirante-de-
esquadra e possui experiência no Conselho Consultivo Estratégico da Fundação EZUTE, no Conselho Consultivo da Cia Brasileira de
Cartuchos (CBC) e no Conselho Consultivo do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE). O Sr. Moura Neto
possui graduação em Comando e Estado-Maior pela Escola de Guerra Naval, Superior em Guerra Naval pela Escola de Guerra Naval
e Superior Naval de Guerra pelo Instituto Superior Naval de Guerra em Portugal.

Mauro Motta Figueira. Eleito para o conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. É atualmente diretor de
Investimentos e Planejamento Estratégico da Odebrecht S.A. Anteriormente, foi associado gerente no Citibank e gerente de
planejamento estratégico na OPP Petroquímica até 2002; consultor sênior na empresa de consultaria em gestão A.T. Kearney entre 2004
e 2006, controlador de marketing na divisão farmacêutica da Johnson & Johnson (Janssen) entre 2006 e 2008 e gerente sênior na empresa
de consultoria estratégica Monitor Group entre 2008 e 2010. O Sr. Figueira é formado em engenharia de produção pela Universidade
de São Paulo e possui MBA pela Darden School of Business da Universidade de Virginia.

Suplentes

Larry Carris Cardoso. Eleito membro suplente do conselho de administração por indicação da Petrobras. O Sr. Cardoso trabalha na
Petrobras desde 2003 e atualmente exerce o cargo de Gerente Geral de Empréstimos e Financiamentos. Anteriormente, foi Gerente
Financeiro Corporativo de 2013 a 2014, Gerente de Recursos Financeiros de 2011 a 2013, Gerente do Setor de Operações Financeiras
de 2003 a 2011 e Coordenador de Câmbio na Petrobras de 2001 a 2002. Além disso, foi membro do Comitê de Auditoria da Fábrica
Carioca de Catalizadores (FCC) de 2012 a 2014. Anteriormente, foi membro do Comitê de Investimentos na Petros. Entre 1998 e 2004,
foi professor de economia na Faculdade Moraes Júnior e na Universidade Estácio de Sá. O Sr. Cardoso possui graduação, mestrado e
Ph.D. em Economia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

André Amaro da Silveira. Eleito membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. Trabalhou
na Organização Odebrecht de 1989 até 2018. Atualmente é membro do conselho de administração da Odebrecht Engenharia e
Construção, Ocyan, Odebrecht TransPort e Atvos, atuando também em seus respectivos Comitês de Conformidade. Iniciou sua carreira
em projetos de infraestrutura pesada e liderou investimentos da Odebrecht na concessão de serviços públicos no Brasil, na Argentina e
em Portugal. Nesse período, também foi Diretor de Project Finance e Exportações na Construtora Norberto Odebrecht, Vice-Presidente
de Planejamento e Pessoas na Braskem, Diretor de Recursos Humanos na Odebrecht S.A. e Presidente da Odebrecht Properties e
Odebrecht Defesa e Tecnologia. É graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais e possui MBA pelo IMD.

Marcelo Rossini de Oliveira. Eleito membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht.
Atualmente ocupa o cargo de Diretor de Tesouraria e de RI da Odebrecht S.A. Entre 2005 e 2018, atuou como analista financeiro,
Gerente de Mercado de Capitais e Estrutura de Operações e Gerente de Tesouraria da Braskem S.A. Anteriormente, trabalhou como
auditor sênior e analista financeiro na Deloitte – Auditores e Consultores. O Sr. Oliveira possui graduação em Economia pela
Universidade Católica do Salvador, pós-graduação em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas e MBA em Finanças pela Insper.

Susan Barrio De Siqueira Campos. A Sra. Campos foi eleita membro suplente do conselho de administração da Companhia por
indicação da Odebrecht. É hoje advogada da Odebrecht S.A. Profissional com 14 anos de experiência nas áreas de finanças, fusões e
aquisições e projetos de investimento de departamentos jurídicos. Iniciou sua carreira como advogada na área financeira do
departamento jurídico da Braskem em 2005. Foi ainda gerente das áreas de finanças, fusões e aquisições e projetos de investimento do
departamento jurídico da Braskem entre 2006 e 2010. Em 2011, assumiu o cargo de associada internacional na área societária do

ii
escritório Simpson Thacher & Bartlett LLP, Nova York, EUA. Na Organização Odebrecht, iniciou sua carreira em 2012 como
responsável legal pela Odebrecht Properties S.A. A Sra. Campos formou-se em Direito pela Fundação Armando Alvares Penteado, em
São Paulo, em 2004, possui certificado em Gestão Financeira pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, em São Paulo, obtido em 2010,
e concluiu o programa de LLM da University of Michigan Law School, Michigan, EUA, em 2011.

Marcelo Mancini Stella. Eleito membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. Atua
como Vice-Presidente de Marketing e Comercialização de Etanol, Açúcar e Energia, Logística, Fornecimento e Desenvolvimento de
Negócios na Atvos desde 2010. Anteriormente, ocupou diversos cargos na Braskem entre 2002 e 2010, à frente das diretorias de
Polietileno, Vinílicos e Polipropileno. Trabalhou na Pilkington Brasil Ltd. como Diretor de Vendas e Marketing para o Brasil entre
1990 e 2002. É formado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e possui MBA pela
FIA-USP. Frequentou ainda os Cursos de Finanças do INSEAD e de Marketing da Cranfield University.

João Carlos Trigo de Loureiro. Eleito suplente do conselho de administração por indicação da Petrobras. Possui 40 anos de
experiência profissional, sendo mais de 6 anos na França, acumulando vasta experiência gerencial. Desde 2015, atua como Gerente de
Participações em Empresas Petroquímicas e Biocombustíveis. O Sr. João é formado em Economia pela Universidade Cândido Mendes
e possui MBA Executivo em Petróleo e Gás pela Coppe – UFRJ.

José Marcelo Lima Pontes. Eleito membro suplente do conselho de administração da Companhia por indicação da Odebrecht. O Sr.
Pontes é jornalista profissional, com 34 anos de experiência em alguns dos principais veículos da mídia, e 21 anos de experiência em
comunicação corporativa, 6 dos quais na Odebrecht.

Diretoria da Braskem

A diretoria é órgão de administração executiva. Os diretores são os representantes legais da Companhia, responsáveis por sua
organização interna e pelas operações cotidianas, assim como pela implantação das políticas e diretrizes gerais periodicamente fixadas
pelo conselho de administração.

O estatuto social da Companhia estabelece que a diretoria será composta de um diretor-presidente e três a nove diretores adicionais,
cada qual responsável por áreas de negócio a eles atribuídas pelo conselho de administração. Os membros da diretoria, ressalvado o
diretor-presidente e o diretor jurídico, não possuem denominação específica (sendo apenas designados "diretores"), mas ocupam os
cargos informais que constam da tabela abaixo.

Os membros de nossa diretoria são eleitos pelo conselho de administração para um mandato de três anos, podendo ser reeleitos. O
mandato atual de todos os nossos diretores expira em nossa assembleia geral ordinária ser realizada em 2021. O conselho de
administração pode destituir qualquer diretor a qualquer tempo, com ou sem justa causa. De acordo com a Lei das Sociedades por
Ações, os diretores devem ser residentes no Brasil, mas não precisam ser acionistas. Nossa diretoria realiza reuniões quando convocada
pelo diretor presidente.

A tabela a seguir mostra os atuais membros da diretoria da Companhia no encerramento do exercício:

Ano da
primeira
Nome indicação Cargo Idade
Fernando Musa 2016 Diretor Presidente 54
Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas 2016 Diretor Financeiro, de Relações com
Investidores e de Relações Exteriores 43
Cristina Lapa 2019 Diretor Jurídico e de Governança Corporativa 42
Edison Terra Filho 2016 Diretor Executivo e Responsável por
Poliolefinas, Unidade América do Sul e Europa 47
Marcelo Arantes de Carvalho 2015 Diretor Executivo e Responsável por Pessoas,
Comunicação, Marketing e Desenvolvimento
Sustentável 51
Marcelo de Oliveira Cerqueira 2013 Diretor Executivo e Responsável pela Unidade
de Químicos e Vinílicos 54
Luiz Eduardo Valente Moreira 2019 Diretor Executivo e Responsável por
Investimentos e Portfólio 62

A seguir encontram-se informações resumidas acerca da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses
comerciais externos de nossos atuais diretores.

Fernando Musa. O Sr. Musa é o atual Diretor Presidente da Braskem. No período entre abril de 2012 e abril de 2016, liderou os negócios
da Companhia nos Estados Unidos e na Europa. Antes, em 2011, ocupou o cargo de Diretor de Planejamento e Desenvolvimento de
Negócios da Braskem, liderando as áreas de Planejamento Estratégico, Suprimentos e Tecnologia da Informação, além de ser
responsável pela quantiQ, a distribuidora de produtos químicos da Braskem. O Sr. Musa ingressou na Braskem em janeiro de 2010
ii
como Diretor de Planejamento e Integração na Quattor (no momento de sua aquisição pela Braskem), onde foi responsável pela
integração desta com a Companhia, liderando as áreas de Finanças, de Suprimentos, de Logística de Polímeros e do Projeto SAP.
Anteriormente, ocupou posições de liderança na McKinsey, na Editora Abril e na Monitor Group. O Sr. Musa é formado em Engenharia
Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, Brasil, e possui MBA pelo Insead.

Pedro Van Langendonck Teixeira de Freitas. O Sr. Freitas é atualmente diretor financeiro, de relações com investidores e relações
exteriores da companhia, tendo atuado anteriormente no departamento de planejamento estratégico entre 2011 e 2016. Anteriormente,
atuou em consultoria de estratégia, tendo participado na definição de estratégias de negócios e M&A em diversos setores econômicos,
dentre eles na petroquímica, agronegócio, bens de consumo e farmacêutico. É formado em engenharia de produção pela Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo e possui MBA pelo Insead.

Cristiana Lapa. A Sra. Lapa é atualmente Diretora Jurídica e Diretora de Governança Corporativa. Entrou na Companhia em novembro
de 2006 como Gerente Jurídica responsável pelas áreas de trabalho, previdência e meio ambiente, nas quais atuou até 2013, quando se
tornou Diretora Jurídica na Unidade Poliolefinas da América do Sul e Europa. Anteriormente, foi estagiária e advogada no escritório
de advocacia Pinheiro Neto Advogados, de 1997 a 2006. A Sra. Lapa possui graduação, mestrado e doutorado pela Faculdade de Direito
da Universidade de São Paulo (USP), completou uma especialização em Legislação Trabalhista pela COGEAE da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e conduziu uma pesquisa na Universidade Montesquieu na France.

Edison Terra Filho. O Sr. Terra Filho é o atual responsável pela Unidade de Poliolefinas, América do Sul e Europa. Ingressou na
Braskem em 2002 e, desde então, atuou em diversas áreas, como Marketing, Supply Chain e Exportação e como líder da Pequena
Empresa Polietilenos, além da UNIB e da quantiQ. Antes de juntar-se à Braskem, trabalhou na Rhodia entre 1993 e 2002. O Sr. Terra
Filho é formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP e possui mestrado em Administração de Empresas pela
EAESP-FGV/SP. Também completou os cursos de extensão em Liderança Global na Wharton Business School e em Tecnologias
Disruptivas na Singularity University.

Marcelo Arantes de Carvalho. O Sr. Carvalho é atualmente responsável por pessoas, comunicação marketing e desenvolvimento
sustentável, tendo participado da implantação de programas de treinamento organizacional e de recursos humanos, mudança culturais e
de desenvolvimento de lideranças, além do desenvolvimento e implantação da estratégia global nas áreas de recursos humanos,
tecnologia da informação e suprimentos. Desenvolveu sua carreira em companhias globais, tais como ABB, Unilever, Fiat Chrysler
Automotive e Braskem, contando com mais de 28 anos de experiência nas áreas de recursos humanos, tecnologia da informação e
suprimentos em setores como o de metalurgia, automação e tecnologia de energia, telecomunicação, automotivo, bens de consumo e
indústria química e petroquímica. É formado em administração de empresas, com especialização em gestão de negócios pela Fundação
Dom Cabral, e em liderança global pela Wharton Business School.

Marcelo de Oliveira Cerqueira. O Sr. Cerqueira é atualmente responsável pela Unidade de Químicos e Vinílicos da Companhia. O Sr.
Cerqueira foi anteriormente responsável pela Unidade de Vinílicos entre 2010 e outubro de 2013, diretor industrial de vinílicos de 2009
a 2010 e gerente de produção da unidade de produção de PVC no estado da Bahia entre 2003 e 2008. Anteriormente, ocupou diversos
cargos na Trikem, entre eles gerente de produção da unidade de produção de PVC no estado de Alagoas entre 1997 e 2002. Trabalhou
na Companhia Petroquímica Camaçari nas áreas de produção, logística, saúde, segurança e meio ambiente e engenharia de compras
entre 1989 e 1996. Iniciou sua carreira na Companhia Alcoolquímica Nacional e COPERBO (atual Lanxess), onde trabalhou de 1987 a
1989. É formado em engenharia química pela Universidade de Pernambuco e possui MBA pela FGV.

Luiz Eduardo Valente Moreira. O Sr. Moreira é atualmente responsável por Investimentos e Portfólio na Companhia. Possui 38 anos
de experiência na Petrobras, passando pelos seguintes cargos: Gerente Executivo Industrial, de abril de 2018 a março de 2019; Diretor
Executivo de Segurança e Saúde, de 2015 a 2018; Diretor do Projeto Petroquímico Comperj de 2013 a 2015; Gerente de GE-GQL de
2009 a 2013; Gerente Geral da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (FAFEN-BA) de 2008 a 2009; Gerente Geral da Refinaria
Henrique Lage (REVAP) de 2005 a 2008; Gerente Geral de Tecnologia de Refino para Abastecimento (AB-RE/TR) de 2001 a 2005; E
Superintendente da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) de 1999 a 2000. O Sr. Moreira possui graduação em engenharia
química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduação em Engenharia de Processos de Petróleo pela mesma
universidade, além de um MBA Executivo pelo COPPEAD (UFRJ).

Conselho fiscal

A Lei das Sociedades por Ações exige que a Companhia constitua um conselho fiscal, permanente ou não. Nosso estatuto social prevê
a constituição de um conselho fiscal permanente composto de cinco membros e seus respectivos suplentes. O conselho fiscal é um órgão
corporativo independente da nossa administração e da firma de auditores independentes registrados.

Os membros de nosso conselho fiscal são eleitos pelos acionistas em assembleia geral ordinária para mandato de um ano, podendo ser
reeleitos. Os mandatos dos membros de nosso conselho fiscal expiram na assembleia geral ordinária seguinte, a ocorrer em 2019. Nos
termos da Lei das Sociedades por Ações, o conselho fiscal não poderá conter membros que já integrem nosso conselho de administração
ou diretoria, ou que sejam empregados, cônjuges ou parentes de qualquer membro de nossa administração. Para poder atuar em nosso
conselho fiscal, a pessoa deve ser residente no Brasil e possuir formação superior ou ter sido diretor ou membro do conselho fiscal de
outra sociedade brasileira por no mínimo três anos antes de sua eleição para nosso conselho fiscal. Tanto os nossos acionistas (1)

ii
preferencialistas sem direito a voto como os acionistas (2) ordinaristas não controladores que, juntos, detiverem pelo menos 10,0% das
nossas ações votantes têm direito a eleger um membro e respectivo suplente do conselho fiscal.

As responsabilidades de um conselho fiscal são determinadas pela Lei das Sociedades por Ações. De acordo com a Lei das Sociedades
por Ações, o conselho fiscal tem o direito e a obrigação, entre outros, de:

 supervisionar, através de qualquer um de seus membros, as ações da administração e verificar o cumprimento de suas
obrigações;

 fornecer parecer sobre o relatório anual da administração, inclusive informações suplementares consideradas
necessárias ou úteis para deliberação em assembleia de acionistas;

 ao menos uma vez a cada três meses, examinar os balancetes e outras demonstrações financeiras elaboradas
periodicamente pela Companhia.

 examinar as contas e demonstrações financeiras do exercício e fornecer parecer sobre as mesmas;

 opinar sobre as propostas da administração a serem submetidas à votação dos acionistas da Companhia com relação
a:

 alterações no capital social;

 emissões de debêntures e ofertas de títulos que concedem o direito à subscrição de títulos do patrimônio;

 distribuição de dividendos; e

 transformação do tipo de empresa e qualquer restruturação da mesma, tais como incorporações, fusões e cisões;

 informar a administração em caso de qualquer erro, fraude ou contravenção e sugerir medidas que a Companhia deva
tomar a fim de proteger seus interesses principais. Caso a administração deixe de tomar tais medidas a fim de proteger
os interesses da Companhia, informar os acionistas sobre tais fatos em uma assembleia de acionistas; e

 convocar assembleias gerais de acionistas caso a administração atrase a convocação de assembleia geral de acionistas
por mais de um mês e convocar assembleias extraordinárias de acionistas no caso de eventos importantes.

Conforme descrito no “Item 16D. Isenções das Normas de Listagem em Bolsa Para Comitê de Auditoria”, contamos com uma isenção
geral das normas de listagem relacionadas a comitês de auditoria contidas na Regra 10-A-3(c)(3) do Exchange Act. A fim de cumprirmos
com as exigências de tal isenção, nosso conselho de administração delegou ao nosso conselho fiscal certas responsabilidades adicionais
e nosso conselho fiscal passou a adotar normas sob as quais o conselho fiscal possui os deveres e responsabilidades de um comitê de
auditoria dos Estados Unidos conforme permitido segundo a Lei das Sociedades por Ações. Como a Lei das Sociedades por Ações não
permite que o conselho de administração delegue responsabilidade de indicação, manutenção e remuneração dos auditores externos e
não concede ao conselho de administração ou ao conselho fiscal a autoridade de resolver conflitos entre a administração e os auditores
externos com relação à divulgação financeira, o conselho fiscal não pode exercer tais funções. O conselho fiscal da Companhia pode
apenas recomendar ao conselho de administração e aos acionistas a indicação, manutenção e remuneração dos auditores externos, e com
relação à resolução de conflitos entre a administração e os auditores externos, o conselho fiscal pode apenas realizar recomendações ao
conselho de administração e aos acionistas. Segundo as regras que regem o conselho fiscal, o conselho fiscal da Companhia possui os
seguintes direitos e obrigações, entre outros, além daqueles previstos na Lei das Sociedades por Ações:

 acompanhar e analisar o processo de contratação de auditores independentes, observando as regras e legislação


brasileira aplicáveis e considerando a experiência técnica, independência, eficiência, experiência e custos dos
auditores independentes e recomendando ao conselho de administração a escolha e remuneração pelo trabalho de
auditores independentes e suas eventuais substituições;

 aprovar a lista anual de serviços pré-aprovação que devem ser prestados em dado ano pelos auditores independentes,
bem como garantir que a política seja observada pela administração e auditores independentes da Companhia;

 supervisionar o trabalho dos auditores independentes, bem como discutir o escopo dos serviços de auditoria a serem
realizados pelos mesmos;

ii
 analisar os relatórios de recomendação elaborados pelos auditores independentes e controles internos sobre divulgação
financeira, inclusive os itens que possam impactar as demonstrações financeiras;

 solicitar dos auditores independentes, se necessário, quaisquer esclarecimentos ou informações que possam ser
consideradas necessárias para a verificação de fatos específicos;

 reunir-se com a administração e com os auditores independentes, sempre que necessário, para analisar a adoção de
práticas e políticas contábeis críticas, inclusive a análise de tratamentos alternativos de políticas, práticas e divulgações
relacionadas a itens relevantes, dando tratamento preferencial às orientações dos auditores independentes da
Companhia;

 intermediar possíveis discussões e conflitos entre os auditores independentes e a administração da Companhia com
relação à elaboração das demonstrações financeiras, fornecendo, se necessário, seu parecer com relação a tais
conflitos;

 discutir o conteúdo de qualquer comunicação material e relevante feita por escrito pelos auditores independentes à
administração, de que venha a ter conhecimento.

 contratar, conforme apropriado, de acordo com o §8 do artigo 163 da Lei das Sociedades por Ações, empresas e
consultores especializados, inclusive, mas não limitado a, consultores jurídicos, para aconselhar e fornecer opiniões
sobre assuntos relacionados ao desempenho de suas funções;

 reunir-se regularmente e em privacidade com o chefe de auditoria interna para discutir quaisquer questões e/ou
preocupações; e

 receber informações e supervisionar o processo de avaliação com relação a reclamações que recebemos, seja através
da nossa linha confidencial, anônima de ética ou de outra forma, com relação às nossas demonstrações financeiras,
controles contábeis internos e auditores (internos ou independentes).

A tabela a seguir relaciona os atuais membros efetivos e suplentes do nosso conselho fiscal:

Ano da primeira
Nome indicação
Ismael Campos de Abreu ................................................................................................................ 2003
Gilberto Braga ................................................................................................................................ 2017
Carlos Alberto Rechelo Neto .......................................................................................................... 2018
Viviana Cardoso de Sá e Faria 2019
Patricia Gracindo Marques de Assis Bentes 2019

Ivan Silva Duarte (suplente) ........................................................................................................... 2016


Tatiana Macedo Costa Rego Tourinho (suplente) .......................................................................... 2018
Bruno Passos da Silva Melo (suplente) .......................................................................................... 2019
Bruno Carvalho Baruqui (suplente) ................................................................................................ 2018
Fábio Vianna (suplente) .................................................................................................................. 2019

Encontra-se, a seguir, um sumário da experiência profissional, áreas de especialização e principais interesses comerciais externos dos
atuais conselheiros fiscais da Companhia e seus suplentes.

Membros do conselho fiscal

Ismael Campos de Abreu. Eleito membro do Conselho Fiscal como representante da Odebrecht em 2003. Atuou entre abril de 2011 e
maio de 2017 como Diretor da Kieppe Participações e Administração Ltda., e como Controller da Odebrecht S.A., entre 1995 e março
de 2011. Atuou como Gerente da Divisão de Consultoria Tributária da PricewaterhouseCoopers, entre 1978 e 1985, como controller da
Corrêa Ribeiro S.A. Comércio e Indústria, entre 1986 e 1988, como gerente da área de consultoria da Arthur Andersen entre 1989 e
1991, e como sócio da Performance Auditoria e Consultoria entre 1992 e 1995. Anteriormente, foi membro do Conselho Fiscal da
Petroflex Indústria e Comércio S.A. até a venda da participação detida pela Companhia na Petroflex em abril de 2008. Entre março de
2006 e março de 2008, atuou como membro do Conselho Fiscal da Companhia Petroquímica do Sul – Copesul. O Sr. Ismael Abreu é
graduado em Contabilidade pela Fundação Visconde de Cairú e pós-graduado em Engenharia Econômica pelo Centro Interamericano
de Desenvolvimento.

ii
Gilberto Braga. Eleito membro do Conselho Fiscal como representante da Odebrecht Serviços e Participações S.A. em agosto de 2017.
O Sr. Braga é consultor de negócios com especialização nas áreas de finanças, mercado de capitais, corporativa e tributária, oferecendo
serviços de consultoria especializada em processos judiciais. Também é membro dos comitês fiscal, administrativo e de auditoria de
empresas listadas na Bolsa de Valores e associações profissionais. Foi membro do Comitê Consultivo de Normas Contábeis para Fundos
de Investimento da CVM, é professor de governança corporativa nos cursos de graduação da Fundação Dom Cabral, IBMEC, PUC e
FGV, e é colunista do jornal O Dia. É formado em Economia pela UCAM Ipanema e Contabilidade pela UGF, é pós-graduado pelo
IAG-PUC Rio em Administração Financeira e mestre em Administração (Finanças e Mercado de Capitais) pelo IBMEC- Rio.

Carlos Alberto Rechelo Neto. Eleito membro do conselho fiscal da Companhia como representante da Petrobras. Atualmente ocupa o
cargo de Assistente do Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Como responsável pela área de Riscos durante dois anos,
coordenou o processo de estruturação da Gestão Corporativa de Riscos da Petrobras. Também atuou como líder da equipe de
Governança no fim de 2016, quando coordenou os esforços corporativos de ajustar as políticas e procedimentos internos à Lei Federal
13.303/2016, possibilitando a certificação da Petrobras na B3 no Programa de Destaque em Governança de Empresas Estatais. O Sr.
Rechelo Neto possui graduação em engenharia, pós-graduação em Energia pela USP, MBA em Finanças pela UFRJ e Certificação
Internacional de Riscos / FRM.

Viviana Cardoso de Sá e Faria. Eleita membro do conselho fiscal da Companhia como representante da Petrobras. Na Petrobras, atua
como economista e exerce o cargo de coordenação da área tributária desde 2008, trabalhando com lançamento de impostos e
planejamento fiscal para os segmentos de gás e energia. Possui experiência em projetos de investimento e aquisição e iniciativas de
desinvestimento e de estratégia com relação a assuntos tributários. Atualmente, lidera a área tributária na Petrobras. A Sra. Faria possui
graduação em Economia pela UFF, mestrado em Planejamento Energético pela PPE/COPPE/UFRJ, a pós-graduação em Gestão
Tributária pela PUC-Rio e extensão em Política e Administração Tributária Comparativa pela Harvard Kennedy School.

Patricia Gracindo Marques de Assis Bentes. Eleita membro do conselho fiscal da Companhia como representante do acionista
minoritário Geração Futuro L. Par de Fundo de Investimento em Ações. Atua como Diretora na Cemig, Light e Renova. É Sócia-
Diretora da Estatice Holdings, uma empresa de consultoria que estrutura e levanta fundos para clientes corporativos por meio de FIDCs,
FII, CRA e CRI e outros títulos estruturados. Anteriormente, foi Sócia-Diretora da Hampton Solfise, Diretora Executiva do Citigroup e
Vice-CEO do Banco Bracce. Começou sua vida profissional como auditora da Latin America Gillette e da PwC. A Sra. Bentes possui
graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em Finanças e Marketing
pela Universidade de São Paulo (USP).

Suplentes do conselho fiscal

Ivan Silva Duarte. Eleito membro suplente do Conselho Fiscal em 2016. É diretor da Kieppe Participações e Administração LTDA
desde janeiro de 2016. Anteriormente, o Sr. Duarte atuou como gerente da KPMG – Auditores Independentes de 1995 a 2001, quando
então passou a atuar como gerente sênior na PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes até 2008. Entre 2008 e 2015 o Sr.
Duarte foi diretor da EAO Empreendimentos Agropecuários e Obras S.A., companhia pertencente ao Grupo Odebrecht, que atua nos
segmentos Agropecuários e Alimentos e Bebidas. O Sr. Duarte é formado em Ciências Contábeis pela Universidade de Salvador
(UNIFACS), e tem MBA em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas e MBA em Empreendedorismo pela Babson College
(Boston/EUA).

Tatiana Macedo Costa Rego Tourinho. Eleita membro suplente do conselho fiscal da Braskem como representante da Odebrecht em
abril de 2018. Desde abril de 2014, atua como Diretor de Contabilidade Corporativa da Construtora Norberto Odebrecht. De maio de
2007 a março de 2014, ela foi Diretora de Planejamento Tributário na CNO. Entre 2000 a 2007, atuou na área fiscal da Vivo, tendo
ocupado a função de Gerente de Divisão do Planejamento Tributário. Anteriormente, trabalhou por dois anos na Arthur Andersen. A
Sra. Tourinho é graduada em Administração de Empresas Públicas e Privadas pela Universidade Federal da Bahia e possui MBA em
Gestão pela IBMEC.

Bruno Passos da Silva Melo. Eleito membro suplente do conselho fiscal da Companhia como representante da Petrobras. Trabalha na
Petrobras há mais de 16 anos, desde 2017, como Gerente de Planejamento Contábil e responsável pela gestão de processos que evolvem
estudos, análises e implementação das novas regras contábeis. Atualmente é Presidente do Conselho Fiscal da BR Distribuidora. O Sr.
Melo é graduado em Contabilidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possui um MBA em Gestão Contábil pela
FIPECAFI (USP).

Bruno Carvalho Baruqui. Eleito membro suplente do conselho fiscal da Companhia como representante da Petrobras. É gerente Setorial
de Interesses Governamentais desde abril de 2010 do departamento de Gestão Executiva de Contabilidade e Tributária, após ter atuado
como Gerente Setorial de Soluções Tributárias Sistêmicas entre julho de 2008 e março de 2010. O Sr. Baruqui atuou como conselheiro
fiscal suplente na e-Petro. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), possui
MBA em Gestão Tributária pela PUC-RJ e MBA em Gestão de Negócios pela FIA-USP.

Fábio Vianna. Eleito membro suplente do conselho fiscal da Companhia como representante do acionista minoritário Geração Futuro
L. Par de Fundo de Investimento em Ações. Atualmente é CEO da RiMO Entertainment, a produtora e distribuidora líder no Brasil de
mídia física nos segmentos de jogos, filmes e música, desde novembro de 2013. Anteriormente, foi CEO da Gradiente – CBTD Cia
Brasileira de Tecnologia Digital de 2011 a 2013, Vice-Presidente da América Latina na Paramount Pictures – Viacom de 2001 a 2011,

ii
Diretor Comercial na Parmalat Ltda. de 1994 a 2001, Gerente de Produto na PepsiCo – Elma Chips de 1991 a 1994, Gerente de Produto
da LPC Danone/General Biscuits de 1990 a 1991, e Trainee/Gerente de Produto na Santista / Petybon – Bunge & Born Group de 1988
a 1989. O Sr. Vianna é graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário FMU (SP), em Marketing pela Escola
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Comércio Exterior pela CEAG/Fundação Getúlio Vargas (FGV). É Conselheiro
certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Comitês de Apoio ao Conselho de Administração

Em 8 de agosto de 2005, nosso conselho de administração aprovou seu regimento interno, bem como o regimento interno dos comitês
do conselho. Uma tradução em inglês do regimento interno do conselho de administração e dos comitês está disponível em nosso
website de relações com investidores em www.braskem-ri.com.br. De acordo com esse regimento, o conselho de administração
estabeleceu quatro comitês permanentes e possui o poder de estabelecer comitês específicos (ad hoc). Os comitês permanentes devem
consistir de no mínimo três e no máximo cinco membros. Os comitês ad hoc podem ser formados por um período limitado de tempo
para analisar questões temporárias e serem dissolvidos assim que forem atingidos os objetivos para os quais eles foram criados ou ao
fim do prazo estabelecido em sua criação. O número de membros de comitês ad hoc é definido na criação de tais comitês.

Em abril de 2015, o Conselho de Administração aprovou a constituição de um comitê ad hoc para acompanhar a investigação em torno
das alegações de pagamentos indevidos feitos à Petrobras em troca de obtenção de vantagem em relação a certos contratos de
fornecimento de matéria-prima mantidos com a Petrobras. Esse comitê era formado por membros independentes dos acionistas, e seus
principais objetivos são: (i) garantir que a investigação seja conduzida de forma independente, completa e em total conformidade com
seu escopo aprovado, mitigando tanto quanto for possível o impacto sobre as operações da Companhia; e (ii) tomar todas as medidas
necessárias para garantir que todos os recursos exigidos sejam utilizados na investigação. O Conselho de Administração dissolveu
comitê ad hoc em agosto de 2016.

Em maio de 2016, o conselho de administração aprovou a criação de um comitê de conformidade (Comitê de Conformidade) para
monitorar os controles internos e a exposição a riscos e supervisionar a elaboração de relatórios financeiros, sem prejuízo às
responsabilidades legais do conselho fiscal da Companhia.

A Companhia mantém os seguintes quatro comitês permanentes: (1) Comitê de Finanças e Investimentos, (2) Comitê de Pessoas e
Organização, (3) Comitê de Estratégia e Comunicação e (4) Comitê de Conformidade. As responsabilidades de cada comitê permanente
são estabelecidas em seus respectivos regimentos internos, todos aprovados pelo conselho de administração. Os coordenadores e os
membros de cada comitê permanente são indicados pelo presidente do conselho de administração e aprovados pelos demais
conselheiros, somente entre os seus membros efetivos e suplentes. O conselho de administração não delega poderes para que os comitês
permanentes tomem decisões em nome da Companhia; o papel dos comitês permanentes é de examinar determinadas questões a fim de
auxiliar o conselho de administração em suas decisões.

Comitê de Finanças e Investimentos

O Comitê de Finanças e Investimentos se reúne trimestralmente e possui as seguintes responsabilidades: (1) avaliar novas políticas
relativas à gestão financeira, seguros e garantias e analisar políticas existentes, (2) avaliar novas políticas de gestão de risco e analisar
políticas existentes, (3) analisar oportunidades relacionadas a operações de financiamento e investimento que possam melhorar a
estrutura de capital da Companhia, (4) propor ao presidente os critérios da avaliação anual do conselho e de seus comitês de apoio, bem
como do secretário do conselho; e (5) analisar as diretrizes e protocolos para o ciclo de execução do plano de negócios. O Comitê de
Finanças e Investimentos é composto atualmente por João Pinheiro Nogueira Batista, Larry Carris Cardoso e Marcelo Rossini.

Comitê de Pessoas e Organização

O Comitê de Pessoas e Organização realiza reuniões de trabalho pelo menos cinco vezes ao ano e possui as seguintes responsabilidades:
(1) avaliar novas políticas relativas a pessoas e à organização, (2) analisar processos visando à identificação, treinamento,
desenvolvimento e sucessão de executivos em cargos estratégicos, (3) analisar processos relativos ao estabelecimento de remuneração
fixa e variável de executivos em cargos estratégicos e (4) avaliar novas políticas e revisar políticas existentes de manutenção e
fortalecimento da cultura organizacional da Companhia. O Comitê de Pessoas e Organização é composto atualmente por Ana Lúcia
Poças Zambelli, André Amaro da Silveira e Roberto Faldini.

Comitê de Estratégia e Comunicação

O Comitê de estratégia e Comunicação se reúne trimestralmente e possui as seguintes responsabilidades: (1) avaliar determinações com
relação às bases do plano de negócios da Companhia, (2) avaliar o direcionamento dos negócios adotado para atingir os objetivos
definidos pelo conselho de administração, (3) avaliar novas políticas e revisar políticas existentes relacionadas ao mercado de capitais
e responsabilidade social, (4) avaliar a imagem da Companhia projetada e percebida no mercado e recomendar ao conselho de
administração a manutenção ou alteração dos programas de comunicação social, e (5) analisar as diretrizes e protocolos para o plano de
negócios e ciclo de execução. O Comitê de Estratégia e Comunicação é composto atualmente por Roberto Simões (coordenador), Pedro
Oliva Marcilio de Sousa e João Carlos Trigo de Loureiro.

ii
Comitê de Conformidade

Em maio de 2016, o Conselho de Administração aprovou a criação do Comitê de Conformidade, que veio a substituir o comitê ad hoc
criado em abril de 2015 para monitorar a Investigação. O Comitê de Conformidade é composto por membros independentes do Conselho
de Administração, com os principais objetivos de: (1) avaliar os controles internos, a exposição a riscos e a conformidade com as leis e
regulamentos aplicáveis; (2) monitorar investigações relacionadas a denúncias relacionadas a ética, (3) aprovar e atualizar
periodicamente a Política de Ética, Conformidade e Transparência, que trata de medidas anticorrupção e transações com partes
relacionadas e (4) desenvolver programas de treinamento para conselheiros, diretores e determinados Integrantes. Nosso Comitê de
Conformidade é composto atualmente por João Cox Neto (coordenador), Gesner José de Oliveira Filho, Julio Soares de Moura Neto e
Marcelo Lyrio.

O Responsável por Conformidade (CCO) reporta-se diretamente ao coordenador do Comitê de Conformidade e possui poder de decisão
independente. O CCO é responsável pelo desenvolvimento do sistema de conformidade, por assistir o Diretor Presidente na
implementação do sistema de conformidade e por monitorar continuamente o tema.

Um resumo da experiência empresarial, das áreas de experiência e principais interesses fora dos negócios do CCO da Companhia são
apresentados a seguir.

Everson Bassinello. O Sr. Bassinello é CCO da Companhia desde agosto de 2016 e, desde então, tem liderado as iniciativas globais da
Companhia em relação a gestão de riscos, controles internos, conformidade e auditoria interna. Ocupou posições de liderança em
empresas do Grupo Votorantim, entre elas a VCP e a Fibria, entre junho de 2000 e julho de 2016. O Sr. Bassinello é formado em
engenharia mecânica pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), pós-graduado em administração de empresas pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), possui MBA pela Business School São Paulo (BSP) e especialização em governança corporativa pela Kellogg
School of Management.

Comitê de Ética

O Comitê de Ética apoia o Comitê de Conformidade em temas que envolvem a violação do compromisso com a Ética, Conformidade e
Transparência. O Comitê de Ética é composto pelo Responsável por Conformidade e três outros membros (preferencialmente os vice-
presidentes Jurídico, de Recursos Humanos e de Finanças). Seus principais objetivos são (1) avaliar os resultados de investigações sobre
denúncias relacionadas à ética, (2) encaminhar ao Comitê de Conformidade propostas de revisão da Política de Ética, Conformidade e
Transparência, e (3) orientar sobre questões de conduta ética e garantir a avaliação consistente e o tratamento de temas de ética.

Remuneração

De acordo com nosso estatuto social, os acionistas são responsáveis por fixar a remuneração total a ser paga aos membros de nosso
conselho de administração, diretoria e conselho fiscal. Os acionistas estabelecem essa remuneração global na assembleia geral ordinária
a cada ano. Uma vez fixada a remuneração global, os membros do conselho de administração são responsáveis por distribuir essa
remuneração global entre cada um dos membros do conselho de administração, da diretoria e do conselho fiscal em conformidade com
nosso estatuto social.

Remuneração e benefícios

A remuneração total paga a todos os membros de nosso conselho de administração, da diretoria e do conselho fiscal pelos serviços
prestados em todos os cargos foi de R$ 53,8 milhões em 2018 e R$ 47,6 milhões em 2017. Em 16 de abril de 2019, os acionistas
reunidos em assembleia geral ordinária fixaram a remuneração do conselho de administração, diretoria executiva e conselho fiscal para
o exercício de 2019 de R$ 84,1 milhões.

Os membros do conselho de administração recebem uma remuneração mensal fixa, não afetada pelo número de reuniões ocorridas a
cada mês. Os coordenadores e integrantes dos comitês, de acordo com as responsabilidades e participação em cada comitê, recebem
remuneração mensal diferenciada.

Os membros do conselho fiscal recebem uma remuneração mensal fixa, não afetada pelo número de reuniões ocorridas a cada mês. Os
suplentes do conselho de administração e do conselho fiscal não recebem remuneração.

Os diretores recebem uma remuneração mensal fixa e remuneração anual variável, além dos mesmos benefícios oferecidos de modo
geral aos funcionários, tais como assistência médica (inclusive odontológica), plano de previdência privada e tíquetes refeição. Os
membros de nosso conselho de administração e conselho fiscal não fazem jus a esses benefícios.

Os membros de nosso conselho de administração, diretoria e conselho fiscal não são partes de contratos que estabeleçam benefícios na
hipótese de desligamento, ressalvado no caso dos diretores, conforme acima descrito.

Plano de incentivos de longo prazo

ii
Na assembleia geral extraordinária realizada em 21 de março de 2018 (“Assembleia de 21 de Março”), os acionistas aprovaram o Plano
de Outorga de Ações Restritas da Braskem S.A. (“Plano de Incentivo”). O Plano de Incentivo estabelece os termos e condições gerais
para a outorga de ações restritas da Companhia para funcionários elegíveis.

Elegibilidade

Integrantes legalmente empregados pela Companhia ou por suas controladas, inclusive diretores e profissionais de qualquer tipo
aprovados pelo conselho de administração poderão participar do Plano de Incentivo mediante a celebração de um contrato de outorga
(tais pessoas denominadas “participantes”).

Administração

O Plano de Incentivo será administrado pelo conselho de administração. O conselho de administração da Companhia possui, sujeito às
condições gerais do Plano de Incentivo e dos programas anuais que venham a ser criados, aprovados e/ou cancelados eventualmente
pelo conselho de administração e pelos órgãos de governança das controladas da Companhia, conforme aplicável, observando os termos
e condições do Plano de Incentivo (tais programas denominados “Programas”), e as diretrizes fixadas na Assembleia de 21 de Março,
e conforme permitido por lei e pelo estatuto social da Companhia, plenos poderes para adotar quaisquer medidas consideradas
necessárias e convenientes para administrar o Plano de Incentivo e tais Programas, entre elas (i) aprovar as pessoas elegíveis e autorizar
a outorga de Ações Restritas em nome de tais pessoas nos termos e condições estabelecidos nos respectivos contratos de outorga; (ii)
autorizar a alienação ou outorga de ações em tesouraria para satisfazer a entrega de Ações Restritas nos termos do Plano de Incentivo,
dos respectivos contratos de outorga e das leis e regulamentos aplicáveis; e (iii) aprovar critérios objetivos para a aquisição, pela
Companhia ou suas controladas, de Ações Restritas a serem entregues aos participantes. O conselho de administração da Companhia e
os órgãos de governança das suas controladas, conforme aplicável, poderão aprovar anualmente a outorga de Ações Restritas no âmbito
de cada Programa e determinar as pessoas elegíveis para as quais as Ações Restritas poderão ser outorgadas nos termos do Plano de
Incentivo e do respectivo Programa.

Ações Restritas

A outorga de Ações Restritas será realizada mediante e sujeito à assinatura de contratos de outorga de acordo com o Plano de Incentivo.
Os participantes poderão receber ações e/ou depositary receipts representando ações emitidas pela Companhia negociados no exterior,
representando no máximo 1,5% (um vírgula cinco por cento) do capital social da Companhia na data do Plano de Incentivo, sujeito aos
ajustes previstos no Plano de Incentivo.

A outorga de Ações Restritas dependerá (i) da aquisição pelos participantes de ações ou depositary receipts emitidos pela Companhia
(“Ações Próprias”) às custas do participante, das bolsas de valores onde tais ações sejam negociadas dentro de um período estipulado
nos respectivos contratos de outorga para a aquisição de tais Ações Próprias e (ii) da permanência do participante como funcionário da
Companhia por três anos e manutenção da propriedade das Ações Próprias durante tal período (tal período de três anos denominado
“Período de Carência”). O investimento mínimo será de 10% do valor bruto planejado da remuneração de curto prazo do participante
conforme o programa de distribuição de lucros anuais da Companhia e o máximo corresponderá a 20% de tal valor.

O objetivo do Plano de Incentivo é outorgar para cada 1 (uma) Ação Própria duas (2) Ações Restritas. Contudo, o conselho de
administração poderá definir, de maneira excepcional e justificada, conforme previsto no Plano de Incentivo e de acordo com os termos
e condições dos respectivos contratos de outorga, para cada Programa, um número diference de Ações Restritas a serem entregues por
cada Ação Própria, respeitando o mínimo de 1 (uma) Ação Restrita e o máximo de 3 (três) Ações Restritas para cada Ação Própria, com
base na análise e a exclusivo critério do conselho de administração.

Alteração de Controle

Na hipótese de (i) Alteração de Controle da Companhia (conforme definido no Plano De Incentivo), (ii) realização de oferta pública de
fechamento de capital da Companhia, ou (iii) reorganização societária que resulte em redução substancial da liquidez das Ações Restritas
em comparação com o preço e o volume médio negociado nos 6 (seis) meses anteriores à data da reorganização societária, os
participantes farão jus ao recebimento, em até 60 (sessenta) dias da ocorrência dos eventos estabelecidos nos itens (i) a (iii): (a) das
Ações Restritas cujos direitos de aquisição já tenham sido adquiridos pelos participantes, ainda que as Ações Restritas não tenham sido
efetivamente transferidas pela Companhia ou por sociedade por ela controlada; e (b) da totalidade das Ações Restritas cujos direitos
serão automaticamente antecipados.

Aquisição de Direitos (Vesting)

Nos termos do Plano de Incentivo, a aquisição de plenos direitos sobre as Ações Restritas dependerá da permanência do participante
como funcionário da Companhia e manutenção ininterrupta da propriedade das Ações Próprias, período denominado Período de
Carência.

ii
Desligamento da Companhia

Na hipótese de desligamento de um participante (i) mediante demissão pela Companhia e/ou por suas controladas sem justa causa; (ii)
destituição do cargo de administrador sem que haja violação aos seus deveres e responsabilidades, ou (iii) transferência do participante
para ocupar cargo em sociedade do mesmo grupo da Companhia que não seja participante do Plano de Incentivo, o participante fará jus
ao recebimento (a) das Ações Restritas cujos direitos de aquisição já tenham sido adquiridos, e (b) de uma quantidade pro rata das Ações
Restritas cujos direitos de aquisição ainda não tenham sido adquiridos, levando-se em conta para o referido cálculo pro rata a quantidade
de meses completos em que tal participante trabalhou na Companhia ou em sociedade por ela controlada em relação ao número de meses
do Período de Carência, sendo que as Ações Restritas remanescentes restarão automaticamente extintas na data de desligamento, de pleno
direito, independentemente de aviso prévio ou notificação, e sem direito a qualquer indenização do participante.

Na hipótese de desligamento de um participante (i) mediante demissão por justa causa ou destituição do seu cargo por violar os deveres
e responsabilidades de administrador, (ii) por solicitação do participante (incluindo demissão voluntária ou renúncia ao cargo de
administrador) ou (iii) qualquer evento de aposentadoria que não seja uma aposentadoria acordada, o participante perderá todo e
qualquer direito relacionado às Ações Restritas nos termos do Plano de Incentivo, qualquer programa e contrato de outorga a ele
relacionado, o qual restará automaticamente extinto na data de desligamento.

Na hipótese de desligamento de um participante por motivo de aposentadoria acordada entre os participantes e a Companhia ou suas
controladas, o participante fará jus ao recebimento (a) das Ações Restritas cujos direitos de aquisição já tenham sido adquiridos; e (b)
da totalidade das Ações Restritas cujos direitos de aquisição não tenham sido plenamente adquiridos. A entrega das Ações Restritas ao
participante será realizada na data originalmente prevista (sendo certo que a Companhia poderá, a seu exclusivo critério, antecipar a
entrega, observando o respectivo contrato de outorga).

Na hipótese de Desligamento de um Participante por motivo de (i) falecimento ou (ii) invalidez permanente, os herdeiros ou sucessores
legais farão jus ao recebimento, em até 60 (sessenta) dias da ocorrência de qualquer destes eventos: (a) das Ações Restritas cujos direitos
de aquisição já tenham sido adquiridos; e (b) da totalidade das Ações Restritas cujos direitos de aquisição ainda não tenham sido
adquiridos.

Ajustes das Outorgas

Nos casos de alteração do número, espécie e classe de ações da Companhia como resultado de bonificações, desdobramentos,
grupamentos ou conversão de ações de uma espécie ou classe em outra ou conversão em ações de outros valores mobiliários emitidos
pela Companhia, caberá ao conselho de administração da Companhia avaliar a necessidade de ajustes ao Plano de Incentivo e contratos
de outorga aplicáveis de modo a evitar distorções e prejuízos à Companhia e as sociedades por ela controladas ou aos participantes.

Alterações e Rescisão

O conselho de administração poderá propor alterações ao Plano de Incentivo e, se necessário, submeter tais alterações a aprovação dos
acionistas reunidos em uma assembleia geral extraordinária. O Plano de Incentivo permanecerá em vigor até a entrega das Ações
Restritas outorgadas nos termos dos contratos de outorga segundo o Plano de Incentivo que sejam celebrados no quinto ano do Plano
de Incentivo.

O direito ao recebimento das Ações Restritas nos termos do Plano De Incentivo e dos respectivos programas e contratos de outorga a
ele relacionados restarão automaticamente rescindidos sem qualquer direito a indenização, cessando todos os seus efeitos caso a
Companhia seja dissolvida, liquidada ou tiver sua falência decretada.

Práticas de governança corporativa

As diferenças importantes entre nossas práticas de governança corporativa e as normas da Bolsa de Valores de Nova York estão descritas
no “Item 16G – Governança corporativa.”

Participação acionária de conselheiros e diretores

Na data de encerramento do exercício de 2018, nenhum membro do conselho de administração ou diretor executivo da Braskem detinha
mais de 0,1% do capital social da mesma. Todas as ações detidas por nossos conselheiros e diretores executivos foram compradas a
preço de mercado na B3.

Funcionários

A tabela a seguir contém o número dos nossos funcionários por localização geográfica, nas datas indicadas.

ii
Número de funcionários por localização geográfica 2018 2017 2016
Bahia ................................................................................................................... 1.692 1.650 1.653
Rio Grande do Sul ............................................................................................... 1.589 1.601 1.615
São Paulo ............................................................................................................. 1.978 1.823 1.774
Alagoas ................................................................................................................ 512 508 514
Rio de Janeiro ...................................................................................................... 397 408 415
Outros estados brasileiros ..................................................................................... 5 6 6
Brasil .............................................................................................................. 6.173 5.996 5.977
Estados Unidos ............................................................................................... 754 699 711
Alemanha ....................................................................................................... 188 173 174
México ........................................................................................................... 812 785 752
Outros países .................................................................................................. 81 60 43
Total ............................................................................................................... 8.008 7.713 7.657

Não temos um número significativo de funcionários temporários.

Funcionários no Brasil

No Brasil, tanto os empregados quanto os empregadores têm o direito de se organizar em sindicatos. Os empregados pertencentes a uma
determinada categoria profissional e os empregados que constituem uma determinada categoria econômica podem ser representados
por um só sindicado em uma área geográfica específica. Os sindicatos em geral pertencem a federações estaduais, que por sua vez
pertencem a confederações nacionais. A Companhia é membro do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos, Petroquímicos e
Resinas Sintéticas dos Estados da Bahia, de Alagoas e do Rio Grande do Sul, ao passo que seus funcionários são membros dos Sindicatos
de Trabalhadores na Indústria Petroquímica de cada um desses estados. Em 31 de dezembro de 2018, 6,4% de nossos funcionários no
Brasil estavam sindicalizados.

A Companhia mantém boas relações com os funcionários e seus respectivos sindicatos. Não houve greve no Brasil desde a privatização
da Trikem em 1995. Os atuais acordos coletivos de trabalho firmados com os sindicatos têm prazo de um ano a dois anos e estão sujeitos
a renegociação anual. Tradicionalmente, a Companhia aplica os termos dos acordos coletivos celebrados com os sindicatos igualmente
para os funcionários sindicalizados e não sindicalizados.

Benefícios Pós-Emprego

Plano de Contribuição Definida Vexty

A maioria dos funcionários da Companhia (cerca de 86%) participa do Vexty (antigo Odebrecht Previdência). A Companhia paga parte
dos pagamentos mensais feitos pelos funcionários ao Vexty. Trata-se de um plano de previdência contribuição definida que paga valores
de pensão e aposentadoria que suplementam os valores pagos pelo sistema previdenciário oficial do governo brasileiro, visando fornecer
aos seus membros renda pós-aposentadoria. Em 2018, pagamos R$ 50,6 milhões a esse fundo.

Outros Benefícios no Brasil

Os nossos funcionários no Brasil e seus dependentes contam com assistência médica e odontológica por meio de sistema que utiliza
uma rede de médicos credenciados em uma seguradora. Arcamos com a maior parte dos custos desses serviços, sendo um pequeno valor
pago mensalmente pelos funcionários. Uma pequena taxa é também cobrada dos funcionários, conforme o uso de terminados serviços
médicos (sistema de coparticipação). Em 2018, os desembolsos com esse benefício atingiram R$ 90,7 milhões.

Funcionários nos Estados Unidos

Os funcionários da Braskem America não estão representados por sindicato, com exceção dos funcionários da planta da Braskem
America em Neal, em West Virginia. Em 31 de dezembro de 2018, 57% dos funcionários dessa planta eram representados pelo sindicato
Internacional dos Trabalhadores das Indústrias de Siderurgia, Papel e Florestas, Borracha, Manufatura, Energia e Indústrias e Serviços
Relacionados (United Steel, Paper & Forestry, Rubber, Manufacturing, Energy Allied-Industrial & Service Workers International
Union). O acordo coletivo de trabalho com esse sindicato vence em 3 de maio de 2020.

Benefícios pós-emprego nos Estados Unidos

A Braskem America administra um plano de previdência fechado de benefício definido, que, em 31 de dezembro de 2018, contava com
38 participantes ativos, em relação a 39 participantes em 2017. A Braskem America realizou uma contribuição à vista de US$5,3 milhões
(R$ 20,5 milhões) ao plano em 2018. Não houve contribuição por participantes em 2018.

A Companhia oferece um plano de previdência nos termos da regra 401(k), que, em 31 de dezembro de 2018, administrava ativos totais
de US$ 106 milhões, incluindo US$ 7,3 milhões em contribuições realizadas por participantes em 2018.

ii
Outros Benefícios nos Estados Unidos

A Braskem America oferece a seus funcionários a possibilidade de participar de diversos planos de benefício envolvendo saúde e bem-
estar, incluindo assistência médica, odontológica, seguro de vida e assistência em casos de invalidez.

Funcionários na Alemanha

Os funcionários da Braskem Europe GmbH na Alemanha não estão representados por sindicato. No entanto, estão representados por
conselhos trabalhistas locais (Betriebsrat).

Benefícios pós-emprego na Alemanha

Plano de previdência Alemanha

Em outubro de 2011, as obrigações da Dow segundo os planos de benefício alemães foram assumidas pela Braskem Europe, como
consequência da Aquisição da Dow Polipropileno. Em 2013, a Braskem Europe implantou um novo plano de previdência de
contribuição definida. Na data de encerramento do exercício de 2018, há 59 participantes ativos no novo plano de previdência.

Outros Benefícios na Alemanha

A Braskem GmbH oferece a seus funcionários a possibilidade de participar de planos de benefícios, incluindo previdência, seguro de
vida e contra invalidez.

Plano de Previdência na Holanda

A Braskem iniciou um plano de previdência na Holanda em 2009 com a Delta Lloyd, em um sistema de contribuição fixa. A
participação é obrigatória para os residentes na Holanda. Na data do encerramento do exercício de 2018, há 28 pessoas ativas no
plano.

Outros Benefícios na Holanda

A Braskem BV oferece a seus funcionários a possibilidade de participar de planos de benefícios, incluindo previdência, seguro de
vida e contra invalidez e plano de saúde (por reembolso).

Funcionários no México

Benefícios pós-emprego no México

Os funcionários da Braskem Idesa recebem planos de aposentadoria oferecidos pelo governo ao se aposentarem ou atingirem a idade
para tal. Em 31 de dezembro de 2018, o plano de aposentadoria pelo governo contemplava 812 participantes ativos da Braskem Idesa.
Em maio de 2018, a Braskem Idesa implementou um plano de previdência privado (obrigação de benefício definida); ao final do
exercício, registrou-se a participação de 339 dos 812 funcionários da empresa.

Outros benefícios no México

A Braskem México oferece aos seus funcionários a oportunidade de participarem em planos de benefício, entre eles um plano de
poupança, de alimentação, seguro-saúde e assistência médica.

Plano de Remuneração Baseado em Desempenho

Adotamos e aplicamos a filosofia de gestão de pessoal que enfatiza uma estrutura de remuneração atrelada ao desempenho e uma
estrutura de gestão descentralizada. Os funcionários de cada uma de nossas unidades de negócio participam da fixação e alcance das
metas anuais dessas unidades de negócio. Em decorrência disso, os funcionários nessas unidades de negócio que alcançam ou superam
suas metas compartilham de nosso desempenho financeiro por meio dos planos de remuneração a funcionários baseados no desempenho.
Em 2018 e 2017, registramos despesas de R$ 375,4 milhões e R$ 399,8 milhões, respectivamente, relacionadas a esse programa com
relação a 8.000 funcionários e ex-funcionários, incluindo diretores. Os membros do conselho de administração não participam desse
programa.

ii
ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

Principais acionistas

Em 16 de outubro de 2019, nosso capital em circulação somava R$ 8.043.222 dividido em 797.218.554 ações, das quais 451.668.652
eram ações ordinárias, 345.049.672 ações preferenciais classe A e 500.230 ações preferenciais classe B. Em 16 de outubro de 2019,
todas as ações autorizadas estavam emitidas e em circulação, exceto por 1.226,599 ações preferenciais classe A mantidas em tesouraria.
Todo o nosso capital social está integralizado. Todas as nossas ações são sem valor nominal.

Geralmente, apenas nossas ações ordinárias possuem direitos de voto. Nossas ações preferenciais possuem direitos de voto apenas em
circunstâncias excepcionais.

Conforme facultado pela Lei das Sociedades por Ações, nosso Estatuto Social determina que 25% do lucro líquido ajustado de cada
exercício fiscal deve ser distribuído entre os acionistas como dividendos ou juros sobre o capital próprio. De acordo com nosso Estatuto,
nossos acionistas preferenciais têm direito a um dividendo anual mínimo preferencial e não cumulativo, ou Dividendo Preferencial
Mínimo, correspondente a 6% de suas ações pro rata de nosso capital antes do pagamento de dividendos aos acionistas. A distribuição
dos dividendos em qualquer ano é feita conforme segue:

 primeiramente para acionistas detentores de ações preferenciais, até atingir a quantia de Dividendo Preferencial Mínimo para
esse ano;

 em segundo lugar, aos acionistas detentores de ações ordinárias, até que a quantia distribuída referente a cada ação ordinária
seja igual ao valor distribuído referente a cada ação preferencial; e

 finalmente, aos acionistas detentores de ações ordinárias e detentores de nossas ações preferenciais classe A, com base pro
rata.

Os acionistas de ações preferenciais classe B não recebem nenhuma quantia adicional de dividendos após o recebimento do Dividendo
Preferencial Mínimo. Se o Dividendo Preferencial Mínimo não for pago em um período de três anos, os detentores de ações preferenciais
passam a ter plenos direitos de voto.

A tabela a seguir contém informações acerca da titularidade de nossas ações ordinárias e ações preferenciais em 16 de outubro de 2019,
por cada pessoa que sabemos ser o titular de mais de 5,0% de nossas ações ordinárias e ações preferenciais classe A e por todos os
nossos conselheiros e diretores considerados como um grupo. Os nossos principais acionistas têm o mesmo direito de voto no que
respeita a cada classe de nossas ações que os demais detentores de ações da mesma classe.

Ações ordinárias Ações preferenciais classe A Total


Qte. de ações % Qte. de ações % Qte. de ações %
Odebrecht ................................... 226.334.623 50,1 79.182.498 22,9 305.517.121 38,3
Petrobras ..................................... 212.426.952 47,0 75.761.739 22,0 288.188.691 36,1
BlackRock, Inc ........................... 0 * 17.411.659 5,0 17.411.659 2,2
Alaska Investimentos Ltda ......... 5.000 * 17.784.300 5,2 17.789.300 2,2
Todos os conselheiros, membros do
conselho fiscal, suplentes e diretores,
como um grupo (35 pessoas) 0 * 161.566 * 161.566 *
______________
* menos de 1%

Não existe atualmente nenhum plano de opção de compra de ações por administradores ou funcionários nem opções de compra de ações
em aberto de administradores ou funcionários, apenas o Plano de Incentivo de Longo Prazo descrito acima. Vide “Item 6. Conselheiros,
Diretores e Funcionários—Remuneração—Plano de incentivo de longo prazo”.

Acordos de Acionistas

Acordo de Acionistas da Braskem S.A.

Odebrecht, OSP Inv., Petrobras e Petroquisa, tendo a Braskem e a BRK como partes intervenientes, celebraram o Acordo de Acionistas
da Braskem S.A., em vigor desde 8 de fevereiro de 2010, com prazo de 35 anos. O Acordo de Acionistas da Braskem S.A. substituiu o
acordo de acionistas que anteriormente regia o relacionamento entre Petrobras, Petroquisa, Odebrecht e Norquisa com relação às ações
da Companhia.

Nos termos do Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a Petrobras tem o direito de designar:

ii
 quatro membros do conselho de administração e respectivos suplentes da Companhia, enquanto detiverem, direta ou
indiretamente, o total de 30% ou mais do capital votante da Braskem;

 três membros do conselho de administração e respectivos suplentes enquanto detiverem, direta ou indiretamente, o total de
18%, mas menos que 30% do capital votante da Braskem;

 dois membros do conselho fiscal e respectivos suplentes, um dos quais será o presidente, enquanto detiverem, direta ou
indiretamente, um total de 30% ou mais das ações votantes da Braskem; e

 dois membros do conselho fiscal e respectivos suplentes enquanto detiverem, direta ou indiretamente, um total de 18%, mas
menos 30%, do capital votante da Braskem e enquanto a Odebrecht tiver o direito de eleger a maioria de seus membros.

Enquanto a Braskem S.A. tiver o direito de designar três ou quarto membros do conselho de administração da Companhia, um deles
atuará como vice-presidente do conselho de administração.

Nos termos do Acordo de Acionistas da Petrobras, a Odebrecht tem o direito de indicar o diretor presidente da Braskem. O diretor
presidente da Braskem escolherá o diretor financeiro entre três indicados da Odebrecht e o diretor responsável pela área de investimentos
e carteira entre três indicados da Petrobras. O diretor presidente tem poderes para nomear os demais membros da diretoria. Após tais
nomeações, os diretores serão eleitos em reunião do conselho de administração.

Ainda conforme o Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a Odebrecht tem o poder exclusivo de aprovar o plano de negócios da
Companhia. No entanto, enquanto a Petrobras detiver, direta ou indiretamente, um total de menos de 30% e mais de 18% das ações
votantes da Braskem, esta fica impedida de praticar determinados atos estratégicos a menos que seja alcançado um consenso com relação
a tais atos entre a Odebrecht e a Petrobras, incluindo, entre outros:

 atos que afetam o valor das ações ou os direitos dos detentores das ações da Companhia;

 incorporações, cisões ou operações semelhantes;

 investimentos e compras de ativos não circulantes com valor superior a 30% dos ativos não circulantes da Companhia, o que
for menor;

 alienações de ativos não circulantes com valor superior a 10% da totalidade dos ativos não circulantes;

 criação de ônus sobre os ativos não circulantes, com valor superior a R$ 350 milhões ou 20% dos ativos não circulantes, o que
for menor; e

 atos que resultariam na violação de relações específicas dívida líquida/EBITDA e EBITDA/total de juros.

Consoante o Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a Companhia concordou que os investimentos que fizer para aumentar a capacidade
precisam ser respaldados por uma avaliação demonstrando a rentabilidade conforme padrões tais como valor presente líquido ou taxa
interna de retorno. A Petrobras concedeu à Companhia o direito de primeira oferta com relação ao desenvolvimento de qualquer projeto
petroquímico que a Petrobras vier a empreender. Na hipótese de a Companhia decidir não participar do projeto proposto, a Petrobras
terá o direito de comercializar os produtos produzidos pelo projeto em questão em condições satisfatórias para a Companhia e a
Petrobras.

Nos termos do Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a Petrobras tem o direito de vender uma parcela proporcional das ações ordinárias
da Companhia por elas detidas em caso de uma venda direta ou indireta das ações ordinárias da Companhia a um terceiro pelo Grupo
Odebrecht.

ii
Consoante o Acordo de Acionistas da Braskem S.A., cada uma das partes concordou em:

 sujeito a algumas exceções, não conceder nenhum ônus sobre qualquer uma de suas ações da Braskem; conceder direito de
primeira oferta e direitos de tag along a outras partes do Acordo de Acionistas da Braskem S.A. com relação a uma venda de
suas ações da Braskem;

 na hipótese de a participação de uma parte nas ações votantes da Braskem ficar diluída em uma operação envolvendo uma ou
mais das outras partes do Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a parte que sofreu a diluição terá o direito de comprar ações
da Braskem das partes que provocaram a diluição em um valor que, após considerada a referida compra, resulte no fato de a
parte que sofreu a diluição deter a mesma participação percentual no capital votante da Braskem que detinha imediatamente
antes do fato que gerou a diluição; e

 na hipótese de uma parte adquirir ou receber de um terceiro o direito de adquirir ações ordinárias da Braskem, oferecer-se para
vender, às outras partes do Acordo de Acionistas da Braskem S.A., uma quantidade de ações ordinárias da Braskem que, após
considerada a referida venda, resulte no fato de cada uma das partes do Acordo de Acionistas da Braskem S.A. deter a mesma
proporção direta e/ou indireta de ações ordinárias da Braskem que detinha antes da aquisição, de um terceiro, de ações
ordinárias da Braskem.

Em 2016, a OSP Inv. firmou acordos com algumas instituições financeiras, através dos quais concedeu todas as ações emitidas pela
Braskem e mantidas em garantia.

No dia 18 de julho de 2017, os acionistas da Companhia, Petrobras e Odebrecht, negociaram uma revisão dos termos e condições do
Acordo de Acionistas da Braskem S.A., a fim de melhorar nossa governança corporativa e a relação de participação entre as partes, com
o objetivo de gerar valor para todos os acionistas.

Em 25 de maio de 2018, a Companhia foi informada que a OSP Inv. cedeu todas as ações emitidas pela Braskem detidas por ela em
garantia para operações financeiras, por meio de uma alienação fiduciária.

Em 24 de outubro de 2018, a Companhia foi informada pela OSP Inv. sobre a celebração de alteração no acordo dos acionistas datada
em 8 de fevereiro de 2010, para estender os direitos de tag along de acordo com a cláusula 7.12 do contrato para as ações preferenciais
detidas pela Petrobras S.A.

Em 31 de janeiro de 2019, a Companhia foi informada pela Odebrecht S.A., sua controladora indireta, sobre a reorganização corporativa
aprovada pela Organização Odebrecht em 31 de dezembro de 2018, cujo principal objetivo é segregar seus negócios, por meio da qual
todas as ações ordinárias e preferenciais emitidas pela Braskem e detidas pela OSP Inv. e todos os seus passivos (formados pelo contrato
de compra e venda de debêntures nº. 16.2.0023.1, celebrado em 16 de março de 2016 entre BNDES Participações S.A. – BNDESPAR
e OSP Inv. e outras partes intervenientes, conforme alteração) e outras atividades operacionais da OSP Inv. foram incorporadas à OSP
Investimentos S.A. Considerando que a reorganização societária ocorreu dentro da Organização Odebrecht, a Odebrecht S.A. continua
a ser a controladora indireta da Braskem.

Rescisão do Acordo de Acionistas do BNDESPAR

Em fevereiro de 2016, recebemos correspondência do BNDESPAR comunicando a venda das suas ações preferenciais no capital social
da Companhia na B3. Como resultado desta venda, o BNDESPAR passou a deter 6,61% e 2,86% das ações preferencias e do capital
social, respectivamente. O acordo de acionistas do qual o BNDESPAR era parte encontrou-se automaticamente rescindido, uma vez
que o BNDESPAR passou a deter menos que 5,0% do capital social total da companhia.

Operações com partes relacionadas

Conforme o estatuto social da Companhia, somente o conselho de administração pode deliberar sobre qualquer contrato com partes
relacionadas que exceda o valor de R$ 20 milhões por transação ou R$ 60 milhões no agregado, por exercício fiscal. Essa orientação
aplica-se aos contratos entre a Braskem e suas subsidiárias e: (i) subsidiárias diretas ou indiretas da Braskem, nas quais o acionista
controlador, subsidiárias diretas ou indiretas ou pessoas-chave dessas entidades detenham participação no capital social; (ii) afiliadas
da Braskem e subsidiárias dessas entidades; e (iii) joint ventures das quais a Braskem e quaisquer de suas subsidiárias façam parte.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, diretores executivos e conselheiros estão proibidos de: (i) celebrar qualquer transação
usando os ativos da Companhia e em detrimento desta; (ii) intervir em quaisquer operações nas quais os diretores executivos e
conselheiros tenham um conflito de interesses com a Companhia ou em resoluções nas quais façam parte; e (iii) receber, em decorrência
do cargo ocupado, qualquer tipo de vantagem pessoal, advindos de terceiros, de forma direta ou indireta, sem uma prévia autorização
de acordo com o estatuto social ou o acordo dos acionistas.

Como parte dos controles para a identificação de partes relacionadas, a Companhia exige que o pessoal-chave informe anualmente se
eles, ou parentes próximos, detenham controle total ou parcial de qualquer empresa.
ii
A Lei de Sociedades por Ações determina que os conselheiros, seus suplentes e os diretores não podem votar quaisquer matérias em
relação às quais possuam conflito de interesses, podendo tais operações ser aprovadas apenas em termos e condições justos e razoáveis
que não sejam mais favoráveis do que aqueles disponíveis no mercado ou oferecidos por terceiros. Adicionalmente, conforme a Política
de Ética, Conformidade e Transparência da Companhia, nenhum acionista ou qualquer outra Pessoa com poder decisório sobre as
atividades da Companhia poderá participar da negociação ou processo decisório de uma operação em que tal indivíduo tenha conflito
de interesses.

Realizamos muitas operações com nossos principais acionistas e suas empresas afiliadas e esperamos continuar a fazê-lo no futuro.
Também temos relações comerciais com algumas de nossas afiliadas e, como resultado, registramos contas a receber de clientes e
passivos circulantes e de longo prazo decorrentes principalmente de compras e vendas de mercadorias e serviços em condições
equivalentes às condições e aos preços médios de operações realizadas com terceiros. Além disso, realizamos outras operações
financeiras e não financeiras com os nossos principais acionistas e suas afiliadas, incluindo, entre outras, a participação em três acordos
de acionistas ou memorandos de entendimento com acionistas da Companhia. Vide “—Principais acionistas—Acordos de acionistas.”

A exposição a seguir resume as operações relevantes entre a Companhia e seus principais acionistas, controladas e coligadas desde 1º
de janeiro de 2018.

Organização Odebrecht

Acordo de Aliança

Em maio de 2014, firmamos um Acordo de Aliança com a CNO, mediante o qual apontamos a CNO como fornecedora não exclusiva
de serviços de manutenção e projetos de melhoria de eficiência de cada uma de nossas plantas. Este acordo foi aprovado por unanimidade
pelo nosso conselho de administração. Os serviços são contratados por meio de Termos para Atividades Especificas (TAE), que são
firmados a cada serviço ou projeto específico. No valor de cada TAE estão compreendidos todos os custos de execução dos serviços a
serem prestados pela CNO, incluindo custos com terceiros eventualmente contratados para fornecimento de materiais e serviços, além
da remuneração da CNO. A remuneração da CNO pela execução de cada TAE nos termos do Acordo de Aliança possui teto de R$ 121
milhões, calculado como uma porcentagem do valor do acordo, sujeito a acréscimos e descontos conforme determinadas métricas.

O valor total dos serviços adquiridos pela Companhia nos termos do Acordo de Aliança foi de R$ 58,1 milhões em 2018.

O Acordo de Aliança foi encerrado em maio de 2018. Acordos de atividades específicas firmados até esta data continuarão em vigor
até a execução do seu propósito.

Subarrendamento

Em agosto de 2013, a Companhia celebrou um contrato de subarrendamento no valor de R$ 226 milhões com a CNO e a Abiatar SPE
Empreendimentos Imobiliários (como interveniente) para os andares do edifício onde estão localizados os escritórios da Braskem em
São Paulo. Em janeiro de 2014, esse contrato foi reajustado de acordo com o IPCA/IBGE para o valor de R$ 239 milhões. O contrato
tem vencimento em 31 de dezembro de 2028.

O valor agregado pago pela Companhia nos termos deste acordo foi de R$ 26,7 milhões em 2018.

Manutenção Industrial, Serviços de Manutenção de Operação e Máquinas de Carga

Em dezembro de 2017, a Companhia assinou contrato de prestação de serviços de manutenção industrial com a CNO, compreendendo
caldeiraria e soldagem em tubulações e equipamentos estáticos, bem como serviços de operação e manutenção de máquinas de carga
nas unidades da Braskem localizadas no Rio Grande do Sul. Esse contrato tem valor máximo estimado de R$ 120 milhões e prazo de
vigência até dezembro de 2021.

O valor total dos serviços contratados nos termos deste acordo em 2018 foi de R$ 19 milhões.

Serviços de Movimentação e Armazenagem

Em maio de 2018, a Companhia firmou um contrato para serviços de movimentação armazenagem de soda cáustica com a Liquiport
Vila Velha S.A., uma subsidiária integral da Odebrecht TransPort S.A. Esse contrato tem valor máximo estimado de R$ 93 milhões e
prazo de vigência de 10 anos. As vendas realizadas no período totalizaram R$ 5,8 milhões.

Aquisição da Cetrel

ii
Em outubro de 2012, a Companhia celebrou um contrato com a Cetrel para a aquisição de 4 milhões de m³ por ano de água de reuso
pelas instalações localizadas no Polo Industrial de Camaçari. O contrato é válido até abril de 2028 e tem valor total estimado de R$
120,0 milhões. Em julho de 2016, a Companhia celebrou um acordo de prestação de serviços com a Cetrel, segundo o qual a Cetrel foi
escolhida como prestadora de serviços exclusiva para o tratamento de efluentes produzidos pelas unidades industriais localizadas no
Polo Petroquímico de Camaçari. O contrato possui um teto de R$ 77 milhões e tem vencimento em dezembro de 2019. O valor total
dos serviços contratados nos termos deste contrato foi de R$ 18 milhões em 2018. Em março de 2013, a Companhia celebrou um
contrato para o fornecimento de água industrial com a Distribuidora de Águas de Camaçari S.A., incorporada pela Cetrel, controlada
da Odebrecht. O contrato é válido até março de 2043 e tem valor total estimado de R$ 2.250,0 milhões.

O valor agregado da aquisição nos termos deste contrato em 2018 foi de R$ 86 milhões.

Em dezembro de 2017, a Companhia firmou um contrato de prestação de serviços com a Cetrel para a incineração de resíduos industriais
perigosos produzidos pelas unidades industriais da Braskem localizadas no complexo petroquímico de Camaçari/BA. As despesas com
serviços nos termos deste contrato estão limitadas a R$ 61 milhões, e o contrato expira em dezembro de 2020. O valor agregado dos
serviços contratados nos termos deste contrato em 2018 foi de R$ R$ 15 milhões.

Em 27 de janeiro de 2017, o Conselho de Administração da Companhia autorizou a celebração de um acordo de compra e venda com a
Odebrecht Utilities S.A. através do qual a Braskem se comprometeu a adquirir todas as ações detidas pela vendedora Cetrel S.A.,
representativas de 63,7% do seu capital votante, pelo valor total de R$ 610 milhões, a ser pago na conclusão da operação. A aquisição
foi aprovada pelos acionistas principais, nos termos do Artigo 256 da Lei das Sociedades Anônimas, na Assembleia Geral realizada em
29 de setembro de 2017. A aquisição foi concluída em 02 de outubro de 2017, quando a Braskem adquiriu 1.269.290 ações, ou 63,7%,
do capital votante da Cetrel S.A.

Contrato de Fornecimento de Etanol Hidratado

Em março de 2017, foi assinado contrato de fornecimento de etanol hidratado com a UCP e com a USL. O etanol é a matéria-prima
consumida pela Braskem na produção de eteno verde. Participaram do contrato como garantidoras as empresas Atvos e Rio Claro. O
contrato ainda previu a aplicação de desconto comercial e outras flexibilidades no processo de aquisição do produto pela Braskem.
Adicionalmente, o contrato contempla um adiantamento de R$ 150,0 milhões, que será corrigido a taxas de mercado. O adiantamento
foi garantido por contrato de penhor de lavoura de cana-de-açúcar, seus produtos e subprodutos em valor líquido de mercado superior
ao valor do adiantamento, sendo que o bem penhorado estará segurado através de apólice contratada com seguradora de primeira linha
e com previsão de sub-rogação. O contrato teve vigência até 30 de abril de 2018.

Em dezembro de 2017, a Companhia assinou um aditivo ao contrato de fornecimento de etanol hidratado firmado com UCP e USL
alterando a modalidade de faturamento de compra de matéria prima para entrega futura, de forma a antecipar o faturamento do volume
de produto a ser entregue entre janeiro e março de 2018 no valor agregado de R$ 50,0 milhões. Esse aditivo define que o preço a ser
praticado no momento da entrega será o menor entre o teto estabelecido no aditivo e a referência do contrato original. O contrato teve
vigência até 30 de abril de 2018.

Em dezembro de 2017, foi assinado contrato com a Agro Energia Santa Luzia S.A. – USL, Usina Conquista do Pontal S.A. – UCP,
Atvos e Brenco Companhia Brasileira de Energia Renovável, com o objetivo de garantir o fornecimento do volume de etanol hidratado,
tendo sido concedido desconto comercial no fornecimento e estabelecido flexibilidades contratuais de aquisição. O contrato contempla
adiantamento de R$ 200,0 milhões, garantido por contrato de penhor da lavoura de cana-de-açúcar, seus produtos e subprodutos em
valor líquido de mercado superior ao valor do adiantamento, sendo que o bem penhorado estará segurado por apólice contratada com
seguradora de primeira linha e com previsão de sub-rogação, com prazo de vigência até 30 de abril de 2019.

O saldo do adiantamento em 31 de dezembro de 2018 foi de R$ 8,7 milhões.

Contrato de Transporte e Armazenagem de Soda Cáustica

Em maio de 2018, a Braskem firmou um contrato para serviços de movimentação e armazenagem de soda cáustica com a Liquiport
Vila Velha S.A., uma subsidiária integral da Odebrecht TransPort S.A. O contrato tem valor máximo estimado de R$ 93 milhões e prazo
de vigência de 10 anos. As vendas nos termos deste acordo somaram R$ 5,8 milhões em 2018.

Petrobras

Operações comerciais com a Petrobras

Celebramos os seguintes contratos de fornecimento com a Petrobras:

ii
 Em 23 de dezembro de 2015, a Companhia celebrou com a Petrobras um contrato de compra de nafta por um período de cinco
anos. Esse contrato substitui o contrato de fornecimento de nafta entre a Companhia e a Petrobrás, para o fornecimento de
nafta para suas plantas de petroquímicos básicos localizadas no Polo de Camaçari, e o contrato de fornecimento de nafta entre
a Companhia e a Petrobras, para o fornecimento de nafta para suas plantas de petroquímicos básicos localizadas no Polo de
Triunfo. Esse contrato tem vencimento em dezembro de 2020.

 Contrato de fornecimento de etano e propano celebrado entre a companhia e a Petrobras em dezembro de 2000. Vide “Item
4—Informações sobre a Companhia—Contratos de Fornecimento e Precificação da Unidade de Químicos—Etano e Propano”
para mais informações.

 Contrato de compra e venda de uma cadeia de gás de refinaria, celebrado entre a Quattor Química S.A., que foi incorporada
pela Quattor Participações S.A., antiga Braskem Qpar, antes da incorporação pela Companhia em 1º de dezembro de 2014, e
a Petrobras em janeiro de 2005. Vide “Item 4—Informações sobre a Companhia—Contratos de Fornecimento e Precificação
da Unidade de Químicos—Gás de Refinaria” para mais informações.

 Contrato de 20 anos para fornecimento de propeno celebrado com a Petrobras em maio de 2008 para a planta de Paulínia. Vide
“Item 4—Informações sobre a Companhia—Matérias Primas da Unidade de Poliolefinas—Contratos de Propeno com a
Petrobras e suas Controladas” para mais informações.

 Cinco contratos para o fornecimento de propeno celebrados entre a Braskem Petroquímica (antiga Quattor Petroquímica, que
foi incorporada pela Companhia em novembro de 2017) e a Petrobras entre setembro de 1997 e fevereiro de 2006. Vide “Item
4—Informações sobre a Companhia—Matérias Primas da Unidade de Poliolefinas—Contratos de Propeno com a Petrobras e
suas Controladas” para mais informações.

 Em abril de 2008, a Polietilenos União S.A., antiga controlada da Quattor Participações S.A. (incorporada pela Braskem em
1º de dezembro de 2014) celebrou um acordo para o fornecimento de vapor com a Petrocoque S.A. Indústria e Comércio,
aditado em março de 2014. A Companhia passou a adquirir energia térmica produzida através de vapor nos termos deste
contrato em setembro de 2009. O contrato possui validade de 10 anos, com vencimento em setembro de 2019, e tem valor total
estimado de R$ 200 milhões.

 Em outubro de 2015, a Braskem e a Petrobras celebraram um acordo com renovação mensal para a venda de Gasolina A à
Petrobras.

 A Braskem transferiu um contrato da Petrobras e da controlada em conjunto Petroquímica Paulínia S/A (PPSA) segundo o qual
a Petrobras se compromete a fornecer vapor e prestar serviços relacionadas ao tratamento e transporte de água, água clarificada
e hidrogênio. O contrato possui prazo de 20 anos e não possui cláusula de valor global. O valor total dos serviços adquiridos
pela Companhia nos termos de tal contrato foi de R$ 12.5 milhões em 2018.

 Contrato de longo prazo para o fornecimento de serviços de logística relacionados ao transporte de nafta nos dutos do Polo de
Triunfo entre a Braskem, a Transpetro e a Petrobras. O valor total dos serviços relacionados a este contrato em 2016 foi de R$
17,8 milhões.

 Desde junho de 2016 a Braskem mantém contratos para a venda de gasolina à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com
validade mensal. As vendas realizadas no exercício totalizam R$ 422,6 milhões.

 Contrato de dois anos para serviços logísticos (operação e manutenção de pipeline) relativos à matéria-prima no Polo de Triunfo
entre a Braskem e a Transpetro, celebrado em novembro de 2018. O valor total dos serviços relacionados a este contrato em
2018 foi de R$ 5,5 milhões (para um ano completo).

 Contrato de dois anos para serviços logísticos relativos ao armazenamento de matéria-prima no Polo de Triunfo entre a
Braskem e a Petrobras, celebrado em novembro de 2018. O valor total dos serviços relacionados a este contrato em 2018 foi
de R$ 29 milhões (para um ano completo).

 Contrato de dois anos para o arrendamento de tanques e dutos relativos ao armazenamento de matéria-prima no Polo de Triunfo
entre a Transpetro e a Braskem, celebrado em novembro de 2018. O valor total dos serviços relacionados a este contrato em
2018 foi de R$ 17,7 milhões (para um ano completo).

A Companhia comprou matérias-primas, produtos finais, serviços e utilidades da Petrobras e suas subsidiárias no valor total de
R$ 12.291,2 milhões em 2016, R$ 12.795,8 milhões em 2017 e R$ 15.540,1 milhões em 2018, e vendeu à Petrobras e suas subsidiárias
produtos no valor total de R$ 2.023,8 milhões em 2016, R$ 1.810,8 milhões em 2017 e R$ 1.225,4 milhões em 2018.
ii
Outras Transações com Partes Relacionadas

Controladas em conjunto

Refinaria de Petróleo Rio-grandense S.A.

A receita líquida das vendas de gasóleo e gasolina para a RPR somaram R$ 368,6 milhões em 2017 e R$ 440,8 milhões em 2018. O
gasóleo é utilizado como matéria-prima na produção de óleo diesel e os contratos foram celebrados de maneira pontual. Desde março
de 2016 a Braskem mantém contratos para a venda de gasolina à RPR com validade mensal.

Coligadas

Borealis Brasil S.A.

Vendemos polipropileno e polietileno à Borealis, na qual possuímos participação societária de 20,0%. As vendas da Braskem à Borealis
atingiram R$ 193,6 milhões em 2017 e R$ 242,7 milhões em 2018. Contabilizamos a Cetrel usando o método de equivalência
patrimonial.

Política de Transações Entre Partes Relacionadas

Em dezembro de 2018, a Companhia adotou uma política de transações entre partes relacionadas, ou a Política de Transações entre
Partes Relacionadas, revisada periodicamente, que estabelece os procedimentos de aprovação das transações com o acionista
controlador, as entidades controladoras ou outras partes relacionadas com a Companhia. De acordo com o estatuto social da Companhia
e a Política de Transações entre Partes Relacionadas: (i) o Conselho de Administração da Companhia é responsável pela aprovação de
determinadas transações entre partes relacionadas e pelas revisões da Política de Transações entre Partes Relacionadas; (ii) o Comitê de
Conformidade da Companhia é responsável por avaliar as transações entre partes relacionadas antes de sua submissão para aprovação
do Conselho de Administração, se aplicável, bem como garantir que as disposições contidas na Política de Transações entre Partes
Relacionadas sejam respeitadas pelas outras áreas da Companhia; e (iii) o Comitê de Ética da Companhia é responsável por avaliar as
transações entre partes relacionadas que não exigem aprovação do Conselho de Administração. De acordo com essa política, a
Companhia mantém, e celebrará no futuro, transações com seu acionista controlador ou entidades controladas com relação a seus
serviços ou produtos, ou outras transações entre partes relacionadas, conforme definido pela Política de Transações entre Partes
Relacionadas.

ii
ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstrações consolidadas e outras informações financeiras

O Item 19 relaciona todas as demonstrações financeiras apresentadas como parte deste relatório anual.

Processos judiciais

Estamos, e poderemos estar no futuro, envolvidos em numerosos processos tributários, cíveis e trabalhistas, entre outros, que envolvem
reivindicações monetárias. Caso a decisão em qualquer desses processos não nos seja favorável, não acreditamos que nossos resultados
operacionais ou nossa situação financeira serão afetados significativa e negativamente.

Para alguns desses processos, não constituímos provisões em nosso balanço patrimonial, nem provisões apenas para parte dos montantes
reivindicados, com base em nossa avaliação quanto ao seu desfecho.

Contencioso fiscal

Estamos envolvidos em diversos processos contra autoridades fiscais brasileiras, para os quais constituímos provisões no valor total de
R$ 607,1 milhões em 31 de dezembro de 2018. Ademais, há atualmente alguns processos judiciais pendentes nos quais estamos
envolvidos e para os quais não foram constituídas provisões, já que não há motivo para registrá-las de acordo com o IAS 37. Se a
decisão em qualquer desses processos nos for desfavorável, nossos resultados operacionais ou situação financeira poderão ser
adversamente afetados.

Auto de infração de IR/CSLL

Em 2013, 2014 e 2017, foram recebidos autos de infração da Receita Federal do Brasil alegando que a amortização de ágio realizada
em 2001 e 2002 no âmbito da compra de ações de determinadas companhias que vieram a constituir a Braskem não era dedutível para
fins de cálculo do imposto de renda e contribuição social. O valor discutido é de R$ 1,2 bilhão, inclusos os juros e multas. Questionamos
tais autos uma vez que acreditamos que as alegações se baseiam em erros de interpretação tanto da lei aplicável quanto dos fatos
geradores pelas autoridades fiscais e que os fatos já tenham prescrito.
Em maio de 2018, uma das alegações com relação aos autos de infração resultou em decisão administrativa parcialmente favorável,
reduzindo o passivo da Companhia em R$ 166 milhões. Acreditamos que a possibilidade de perda nestes processos seja possível, sendo
que os consultores acreditam que a discussão na esfera administrativa tenha fim em 2022. Não foi reconhecida nenhuma provisão ou
garantia com relação a tais processos em 31 de dezembro de 2018.

Em dezembro de 2013, a Companhia foi autuada pela Receita Federal do Brasil, que alegou que os prejuízos com despesas financeiras
e variação cambial registrados pela Braskem em relação ao endividamento da Ipiranga Petroquímica S.A. não era dedutível para fins
de cálculo de imposto de renda e contribuição social.

Em 2009, 2013 e 2017, a Companhia recebeu notificação de autos de infração emitidos pela Receita Federal do Brasil alegando que os
prejuízos fiscais compensados no ano de competência ultrapassavam o limite de 30% dos lucros tributáveis em um mesmo ano,
conforme previsto na legislação fiscal brasileira. O valor em discussão é de R$ 348 milhões, incluindo juros e multas. A Braskem
contestou esses autos de infração por acreditar que o limite de 30% não se aplica em caso de incorporação da entidade pagadora de
impostos e que houve prescrição de uma dessas reivindicações. A Companhia acredita que a chance de perda nessas ações é possível e
seus consultores esperam que as discussões administrativas devem ser concluídas em 2020, e que a discussão judicial se encerre em
2027. Em 31 de dezembro de 2018, não havia provisão, depósito ou garantia referente aos que estão na fase de discussão administrativa.
O recolhimento está suspenso durante as discussões em decorrência de uma liminar obtida em favor da Companhia.

A Companhia recebeu notificação de auto de infração emitido pela Receita Federal do Brasil alegando débitos de imposto de renda e
contribuição social decorrentes de: (i) comissões pagas pela Braskem em 2011 que não foram consideradas dedutíveis para fins de
cálculo do imposto de renda e da contribuição social; (ii) comissões pagas pela Braskem INC em 2013 e 2014 que também não foram
consideradas dedutíveis para fins de cálculo do imposto de renda e da contribuição social; (iii) a Companhia não reteve o imposto de
renda sobre os pagamentos das comissões mencionadas acima; (iv) despesas de marketing não foram consideradas dedutíveis para fins
de cálculo do imposto de renda e da contribuição social. A Braskem contestou tal auto de infração na esfera administrativa pelos
seguintes motivos: (i) os débitos de 2011 prescreveram e a autoridade fiscal está reivindicando o pagamento de imposto de renda e
contribuição social sem considerar que o direito de deduzir determinadas despesas para o cálculo do imposto de renda e da contribuição
social é objeto de discussão em outros procedimentos fiscais; (ii) a Braskem INC já recalculou seu imposto de renda, o que apenas
resultou na diminuição de seus prejuízos fiscais; (iii) a empresa pagadora de juros líquidos não reside no Brasil; (iv) as despesas de
marketing estão relacionadas às atividades da Companhia. O valor em discussão é de R$ 122 milhões, incluindo juros e multas. A
Companhia acredita que a perda nessa ação é possível e seus consultores esperam que a discussão na esfera administrativa se encerre
em 2022. Em 31 de dezembro de 2018, não havia provisão, depósito ou garantia referente a tal processo.

Em dezembro de 2017, a Companhia recebeu um auto de infração emitido pela Receita Federal do Brasil alegando débito de imposto
de renda e contribuição social referente a prejuízos com variação cambial registrado pela Braskem no período entre a data de vencimento
de faturas de importação de nafta e a data de pagamento dessas faturas. A Receita Federal considerou que essas perdas, registradas em
ii
2012, não eram dedutíveis para fins do cálculo do imposto de renda e da contribuição social, o que resultou no recálculo dos prejuízos
fiscais da Companhia e base de cálculo negativa da contribuição social. O valor discutido é de R$ 104 milhões. A Companhia acredita
que a chance de perda nessa ação é possível e seus consultores acreditam que a discussão na esfera administrativa se encerre em 2022.
Em 31 de dezembro de 2018, não havia provisão, depósito ou garantia referente a tal processo.

A Companhia está contestando na esfera administrativa a recusa por parte da Receita Federal em fornecer a Certificação Negativa de
Débitos, visando a quitação dos impostos federais usando créditos advindos do saldo negativo de imposto de renda e contribuição social.
O valor em discussão, correspondente a impostos cuja compensação não foi ratificada, é de R$ 182 milhões, incluindo juros e multas.
A Companhia acredita que a chance de perda nessa ação é possível e seus consultores acreditam que a discussão administrativa se
encerre em 2022. Em 31 de dezembro de 2018, não havia provisão, depósito ou garantia referente a tal processo.

IOF

A Companhia é parte de processos judiciais e administrativos decorrentes de autuações fiscais emitidas pela Receita Federal, alegando
a cobrança de IOF sobre as seguintes operações: (i) transferências de recursos financeiros sob contratos de cash pooling e contratos de
contas correntes entre a Quattor Participações S/A, a Quattor Química S/A e a Braskem, e entre a Braskem e a CPN Incorporated; (ii)
adiantamentos para futuros aumentos de capital realizados pela Quattor Participações S/A e pela Quattor Química S/A. O valor discutido
é de R$ 175 milhões. A Companhia acredita que tais operações não caracterizam empréstimos nos termos na legislação brasileira e,
portanto, não estariam sujeitas à incidência de IOF. A Companhia classifica a perda nesse processo como possível, sendo que os
consultores acreditam que a discussão na esfera judicial tenha fim em 2022. A Companhia apresentou uma garantia para pagamento sob
a ação judicial, no valor de R$ 59 milhões.

Auto de infração de ICMS

Entre 1999 e 2018, a secretaria da fazenda dos estados da Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro autuaram a
Braskem, alegando o não pagamento de R$ 644 milhões em ICMS, corrigido retroativamente pela inflação e pela taxa referencial,
referentes a supostas violações a certas provisões da legislação que regulamenta o ICMS, entre as quais: (1) solicitação indevida de
créditos de ICMS para aquisição de ativos que a secretaria da fazenda estadual considera como bens de uso e consumo; (2) solicitação
indevida de créditos de ICMS para aquisição de ativos não relacionados à produção; (3) transferência de bens abaixo do custo de
produção; (4) diferenças no estoque de produtos finais; (5) falta de evidência de exportação de bens pela companhia; (6) falta de
recolhimento de impostos sobre a venda de produtos sujeitos à substituição fiscal e solicitação indevida de créditos de ICMS sobre a
compra de produtos sujeitos à substituição tributária; (7) falta de registro de notas fiscais; (8) falta de pagamento de ICMS sobre taxas
de transmissão de energia elétrica; e (9) uso de uma base de cálculo relativa à taxa de ICMS menor do que a exigida pela lei, em conexão
com as transferências internas do produto dicloroetano cru para outra unidade no estado de Alagoas, de janeiro de 2013 a maio de 2016,
que não estavam sujeitas a adiamento. Contestamos tais autos de infração no tribunal administrativo, pois acreditamos que exista
embasamento suficiente para defesa da Companhia contra tais autos. Os casos têm conclusão prevista até 2023. Em caso de decisão
desfavorável para a Companhia, a dívida deve ficar em 50% sobre o valor atual, com base em precedentes favoráveis nas esferas judicial
e administrativa. Foi oferecida uma garantia no valor de R$ 62 milhões para as dívidas em discussão no Judiciário. Acreditamos que a
possibilidade de perda nestes processos seja possível e, em 31 de dezembro de 2018, não reconhecemos nenhuma provisão com relação
aos mesmos.

Em 2009, autos de infração foram emitidos pela secretaria da fazenda do estado de São Paulo contra a Braskem Qpar alegando o não
pagamento de ICMS e multas correspondentes em relação a diversas alegações de violação de disposições da legislação de ICMS, entre
elas:
(1) Utilização indevida de créditos de ICMS; (i) no valor de R$ 53,5 milhões entre fevereiro de 2004 e agosto de 2005, entre
novembro de 2005 e fevereiro de 2006, e entre setembro de 2006 e janeiro de 2008, relativos à aquisição de “acrilonitrilo” pela
Acrinor Acrilonitrila do Nordeste S/A; (ii) no valor de R$ 1,6 milhão entre dezembro de 2004 e agosto de 2005 relativo aos
créditos indevidos relacionados a faturas emitidas pela Proquigel Química S/A; (ii) no valor de R$ 3,1 milhões entre agosto de
2004 e novembro de 2005 relativos aos créditos indevidos informados em faturas emitidas pela Proquigel Química S/A para
exportação, não declaradas para recolhimento de ICMS;

(2) Foi imposta uma multa de 100% sobre os tributos calculados em todos os casos acima.

(3) Erro na emissão de faturas sob o código CFOP 6.905 sem a circulação de bens – uma multa de 30% do valor das faturas
(R$ 480,4 milhões).

(4) Multa decorrente da falta de resposta à autuação por autoridades fiscais exigindo a apresentação de documentos para uma
auditoria fiscal.

Os processos administrativos foram encerrados no tribunal administrativo em 2015. O restante da dívida está sendo discutido no
Judiciário. Devido às sentenças preliminares favoráveis, o Tesouro Público de São Paulo retificou o valor da dívida a fim de aplicar

ii
juros e correção monetária limitados à taxa SELIC, o que reduziu a dívida em 20%. Quanto a essa quantia, as chances de perda são
remotas, e com relação ao restante da dívida acreditamos que a perda é provável. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou
provisão no valor de R$ 280,6 milhões. A Companhia ofereceu garantia às dívidas e os consultores estimam que os processos sejam
encerrados até 2025.

Em 2016, a Companhia recebeu um auto de infração emitido pela secretaria da fazenda do estado da Bahia alegando que a Braskem
utilizou indevidamente créditos de ICMS na aquisição de mercadorias utilizadas na produção de gasolina, no período de 2012 a 2015,
sendo que tais operações de venda não são sujeitas a ICMS. Em 31 de dezembro de 2018, o valor discutido era de R$ 47 milhões. Os
consultores da Companhia esperam que o caso seja concluído até 2020. A Companhia acredita que a possibilidade de perda nessas ações
seja possível e não há provisão, depósito ou garantia referente a tal processo.

Em 2017, a Companhia recebeu um auto de infração emitido pela secretaria da fazenda do estado de Alagoas referente a débitos de
ICMS do período de agosto de 2012 a abril de 2016, alegando violação da legislação do PRODESIN – incentivo fiscal concedido pelo
estado de Alagoas. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou provisões no valor de R$ 45 milhões. A Companhia acredita
que a perda nessa ação seja provável e seus consultores estimam que o caso deva ser concluído até 2021. Não foi registrado depósito
ou garantia para essa ação.

Auto de Infração Não Cumulativo de PIS e COFINS

A Companhia recebeu autos de infração da receita federal alegando a solicitação indevida de créditos de PIS e COFINS relativos a: (1)
tratamento de água residual, (2) tarifas de transmissão de energia elétrica, (3) frete relacionado à armazenagem de bens acabados e (4)
créditos solicitados intempestivamente, relacionados à aquisição de ativos do imobilizado entre 2006 e 2011. Em 31 de dezembro de
2018, o valor disputado nesses processos totalizava R$ 1,2 bilhão. A Companhia contestou tais autos de infração no tribunal
administrativo, pois acredita que exista embasamento suficiente para sua defesa contra tais autos. Acreditamos que a perda nestes casos
seja possível, sendo que os consultores acreditam que a discussão na esfera administrativa se encerre em 2022. Não foi reconhecida
nenhuma provisão, depósito ou garantia com relação este processo.

A Receita Federal não reconheceu a compensação de créditos não cumulativos de PIS e COFINS devido aos valores de créditos
informados nos arquivos de compensação serem maiores do que o valor informado na declaração de PIS e COFINS (DACON). EM
outubro de 2017, a companhia incluiu alguns débitos fiscais em programas de parcelamento, tais como: (i) diferenças nos valores
informados na declaração de PIS e COFINS (DACON) e nos arquivos eletrônicos das faturas; (ii) valores não refletidos nos balanços
patrimoniais, créditos sobre compras não tributadas, créditos sobre IPI, falta de apresentação de documentos; e (iii) falta de pagamento
de PIS e COFINS informado às autoridades fiscais na DACON. A Companhia classifica a perda nesta ação como provável e seus
consultores esperam que a discussão administrativa se encerre em 2020. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou provisões
no valor de R$ 154,7 milhões. Não foi registrado depósito ou garantia para essas ações.

Auto de Infração de PIS e COFINS

A Braskem está envolvida em diversos processos judiciais e administrativos relacionados ao pagamento de PIS e COFINS, incluindo
(1) falta de recolhimento de COFINS de março de 1999 a dezembro de 2000, de fevereiro de 2001 a março de 2002, de maio de 2002 a
julho de 2002 e em setembro de 2002, (2) solicitação indevida de créditos em função da alíquota adicional de 1% sobre as alíquotas de
COFINS e PIS segundo os Decretos-Lei 2.445 e 2.449; (3) compensação indevida de débitos de PIS e COFINS através de créditos de
PIS (Decreto-Lei 2.445 e 2.449) considerados vencidos pela autoridade fiscal; e (4) omissão da receita base resultante de ganhos
cambiais resultantes de sucessivas reduções em nosso capital associado. Em 31 de dezembro de 2018, o valor disputado nesses processos
totalizava R$ 90 milhões. A Companhia contestou tais autos de infração, pois acredita que exista embasamento suficiente para sua
defesa contra tais autos. A Companhia acredita que a perda nestes casos seja possível e seus consultores acreditam que o processo deve
ser encerrado até 2020. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia registrou provisão no valor de R$ 59,7 milhões. A Companhia
ofereceu garantia no valor das discussões judiciais.

Em 2014, a Companhia foi autuada pela Receita Federal sob a alegação de que a base de prejuízo fiscal e bases de cálculo negativas de
contribuição social utilizadas para o pagamento de débitos tributários parcelados no âmbito da MP 470/2009, além de juros e multas no
âmbito da MP 470/09 são tributáveis. O valor reclamado de PIS e COFINS é de R$ 842 milhões. A Companhia contestou o auto de
infração já que acredita que as alegações se baseiam em erros de interpretação tanto da lei aplicável quanto dos fatos geradores pelas
autoridades fiscais. A Companhia acredita que a possibilidade de perda neste processo seja possível e seus consultores acreditam que o
processo administrativo deve ser encerrado em 2020. A Companhia não reconheceu nenhuma provisão com relação ao auto em 31 de
dezembro de 2018.

A Companhia e suas controladas são partes em diversos outros processos judiciais e administrativos relacionados à alegação de
compensação indevida de débitos de PIS e COFINS através dos seguintes créditos: (1) Imposto de renda de pessoa jurídica; (2)
FINSOCIAL; (3) Imposto sobre o lucro líquido; (4) PIS (Decretos-Lei 2.445 e 2.449); (5) COFINS. Os processos referem-se ainda a
débitos de COFINS incidente sobre juros sobre o capital próprio. Em 31 de dezembro de 2018, o valor disputado em processos materiais
referentes a PIS e COFINS totalizava cerca de R$ 144 milhões. A Companhia ofereceu garantia no valor das discussões judiciais. A
Companhia acredita que a perda neste caso seja possível e seus consultores acreditam que o processo administrativo deve ser encerrado
em 2022. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia não havia constituído provisão relativa a esses processos.

ii
Autuações Isoladas por Multas

De 2016 a 2018, a Companhia recebeu autuações fiscais da receita federal, impondo multas de 50% sobre o valor total dos créditos
relativos a: (i) PIS/COFINS não cumulativos; (ii) saldo negativo de IRPJ/CSLL; (iii) REINTEGRA; e (iv) outros créditos, todos
compensados com impostos federais e não homologados. Em 31 de dezembro de 2018, o valor discutido era de R$ R$ 215 milhões. A
Companhia acredita que a perda nessas ações é possível e seus consultores acreditam que o processo administrativo deve ser
encerrado em 2022. Não foi registrado depósito ou garantia para esses processos.

Autuação Fiscal de IPI e Imposto de Importação

Em 2002, a companhia incorporada Ipiranga Petroquímica recebeu uma autuação fiscal da Receita Federal devido à contratação de duas
empresas separadas, uma para fornecer as peças e tecnologia e a outra para fornecer mão-de-obra especializada para dar assistência
técnica na construção de uma planta industrial no estado do Rio Grande do Sul, argumentando que o único objetivo das contratações
foi reduzir o preço das peças e da tecnologia utilizada e, como consequência, reduzir o valor do IPI e do II a ser pago. Em 31 de
dezembro de 2018, o valor discutido era de R$ R$ 68 milhões. A Companhia acredita que a perda nessa ação seja provável e seus
consultores estimam que o caso deva ser concluído até 2022. Não foi registrado depósito ou garantia para essa ação.

SUDENE – Redução de Imposto de Renda

Desde 2015, a Braskem obteve decisões favoráveis em ações pleiteando a redução no imposto de renda de 75% devido à receita
registrada pelas seguintes unidades industriais: (i) PVC e cloro soda, instaladas no estado de Alagoas; e (ii) Químicos, PE e cloro
soda, instaladas em Camaçari (BA). O período de realização é de 10 anos. Em 2018, as operações no Brasil registraram prejuízos
fiscais, por isso não foi possível pleitear quaisquer deduções como incentivos fiscais.

PRODESIN – Incentivo Fiscal de ICMS

A Braskem é possuidora de incentivos fiscais de ICMS concedidos pelo Estado de Alagoas por meio do Programa de Desenvolvimento
Integrado do Estado de Alagoas (PRODESIN) que objetiva a implantação e a expansão de indústrias naquele Estado. Esse incentivo é
tratado como redutor dos tributos incidentes sobre as vendas. No exercício de 2018, o montante apurado foi de R$ 81,9 milhões
(R$ 95,7 milhões em 2017). Como o PRODESIN é considerado um subsídio de investimento, ele foi alocado para a reserva de incentivos
fiscais, nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

REIQ – Incentivo Fiscal de PIS/COFINS

As indústrias química e petroquímica brasileiras obtiveram um avanço importante em 2013. O Poder Público, em resposta a uma das
propostas elaboradas pelo Conselho de Competitividade da Indústria Química, aprovou a redução das alíquotas de PIS e COFINS sobre
as compras de matérias-primas por produtores de primeira e segunda geração, que atendem a diversos setores da economia. A medida
visou restabelecer parcialmente a competitividade da indústria, enfraquecida por fatores relacionados à infraestrutura, produtividade,
custos de matéria-prima e energia, e câmbio, que exerceram pressão sobre o déficit comercial da indústria química, segundo a
ABIQUIM, que encerrou 2018 em US$ 29,6 bilhões. Ao final de 2018, a Companhia dispunha de restituição de 3,65% da alíquota de
PIS e COFINS sobre a aquisição de matérias-primas petroquímicas.

Em 30 de maio de 2018, o governo brasileiro promulgou a Medida Provisória No 836/18, que revogou a restituição fiscal de 3,65% a
partir de 1º de setembro de 2018. No entanto, no início de outubro de 2018, a Medida Provisória não foi convertida em lei, o que manteve
inalterada a restituição fiscal de PIS e COFINS sobre a aquisição de matérias-primas petroquímicas imutáveis em 3,65%.

Outros Processos Fiscais

Contribuições Previdenciárias – Retenção de 11%

A Companhia foi autuada pela Receita Federal do Brasil por ter supostamente deixado de promover as retenções previdenciárias no
percentual de 11% sobre o valor bruto das notas fiscais, faturas ou recibos referentes a serviços executados mediante cessão de mão-de-
obra, no período de fevereiro de 1999 a junho de 2002, totalizando R$ 52 milhões em 31 de dezembro de 2018.

Os assessores jurídicos da Companhia, diante das decisões proferidas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e dos
elementos probatórios produzidos pela Companhia, avaliam como possíveis as chances de perda na esfera administrativa. Essa
conclusão parte, dentre outros, dos seguintes pontos: (i) a nulidade da Autuação Fiscal e a prescrição da arrecadação do imposto;
(ii) incompatibilidade do serviço prestado com a substituição tributária imposta pelo art. 31 da Lei n.º 8.212 /1991; e (iii) ausência dos
requisitos para configuração da cessão de mão-de-obra e outras questões de fato passíveis de comprovação mediante a realização de
diligência fiscal.

ii
Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão da discussão na esfera administrativa está prevista para o ano
de 2019.

Não há depósitos ou outro tipo de garantia para tais procedimentos, pelo fato de eles ainda estarem em discussão na esfera administrativa.

Ações Coletivas

Em julho de 2015, duas ações coletivas foram movidas contra a Companhia e alguns dos seus, então, atuais e ex-diretores e conselheiros
(Réus) no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York. As ações forem consolidadas posteriormente sob o
nome de In re Braskem, S.A. Securities Litigation, No 15-cv-5132. Em novembro de 2015, a Boilermaker-Blacksmith National Pension
Trust (Autor Líder) protocolou uma ação coletiva consolidada com alegações nos termos da Seção 10(b) e Seção 20(a) do Exchange
Act, em nome de um conjunto de adquirentes dos American Depositary Receipts da Companhia (ADRs) no período de 1º de junho de
2010 a 11 de março de 2015. Na demanda vigente, o Autor Líder alega que os Réus fizeram declarações falsas ou omitiram informações,
causando o aumento do preço das ações da Companhia, e violando a legislação aplicável a valores mobiliários dos Estados Unidos. A
companhia protocolou um pedido de rejeição da denúncia (motion to dismiss) em 06 de julho de 2016. No dia 31 de março de 2017, a
justiça proferiu decisão sobre o pedido de motion to dismiss, acolhendo parcialmente os seus argumentos. As partes assinaram um
acordo proposto em 14 de setembro de 2017, e o tribunal dos EUA proferiu aprovação final para o acordo e entrou em julgamento para
rejeitar a ação e extinguir as reinvindicações dos membros da ação coletiva em 21 de fevereiro de 2018. Nos termos da proposta de
acordo, a Companhia pagou US$ 10 milhões para resolver todas as reivindicações da classe de compradores de ADRs da Companhia
no período de 15 de julho de 2010 a 11 de março de 2015, decorrentes de ou relacionadas ao objeto da ação coletiva. A Companhia
depositou o valor do acordo em uma conta-caução (sob a jurisdição da Corte) no dia 02 de outubro de 2017, e o administrador das
reivindicações organizará sua distribuição após o tribunal proferir ordem de distribuição de classe. A proposta de acordo não representa
a admissão, por parte da Companhia, de qualquer ato ilícito ou responsabilidade.

Acordo Global

No contexto das alegações de pagamentos indevidos no âmbito da Operação Lava Jato no Brasil, a Companhia contratou escritórios
independentes especializados para conduzir uma investigação sobre essas alegações (“Investigação”) e relatar os seus resultados.

A Companhia tem cooperado com autoridades públicas de diversas jurisdições, inclusive com o Departamento de Justiça dos EUA
(DoJ), a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o Ministério Público Federal do Brasil (MPF) e a Procuradoria Geral da
Suíça (OAG). Em 14 de dezembro de 2016, a Companhia celebrou um acordo de leniência com o MPF (Acordo de Leniência), que foi
homologado pela justiça brasileira em 6 de junho de 2017. Em 21 de dezembro de 2016, a Companhia celebrou transação penal com o
Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Leste de Nova York, assumindo a culpa por uma denúncia única que acusava a companhia
de conspiração para descumprir com as disposições de combate ao suborno da Lei Norte-Americana Anticorrupção (FCPA). Na mesma
data, a Companhia concordou com a decisão final proferida em uma ação civil iniciada pela SEC alegando violações civis às disposições
de combate ao suborno, livros e registros e controles contábeis internos da FCPA. Os tribunais federais competentes dos Estados Unidos
homologaram as decisões do DoJ e da SEC em 26 de janeiro de 2017 e em 28 de fevereiro de 2017, respectivamente. Adicionalmente,
em 21 de dezembro de 2016, a OAG concluiu suas investigações sobre os temas. Nos referimos a estas ações como Acordo Global. Nos
termos do Acordo Global, a Companhia concordou em pagar às autoridades de tais jurisdições o valor total aproximado de US$ 957
milhões (equivalente a aproximadamente R$ 3,1 bilhões), com base na taxa de câmbio de R$ 3,27 para cada US$ 1,00, valido no
momento da negociação.

O MPF distribuirá a maior parte dos valores recebidos como restituição para terceiros por danos decorrentes dos atos ilícitos. No âmbito
do Acordo Global, o MPF comprometeu-se a empreender gestões perante outras autoridades ou órgãos públicos, bem como empresas
públicas e sociedades de economia mista com as quais a Braskem venha a iniciar tratativas relativas aos fatos abordados pelo Acordo
Global, com o objetivo de evitar o ressarcimento em duplicidade. Nesse sentido, conforme comunicado ao mercado em 10 de julho de
2018, e anunciado via fato relevante em 27 de maio de 2019, a Braskem cooperou e deu início a tratativas com o Ministério da
Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), no Brasil, e o seu Conselho de
Administração aprovou a celebração de um acordo de leniência similar com a CGU e a AGU (“Acordo CGU/AGU”).

O Acordo CGU/AGU, no valor de R$ 2,9 bilhões, a ser atualizado pela taxa SELIC, trata dos mesmos fatos tratados no Acordo Global
celebrado em dezembro de 2016 com o Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), a Comissão de
Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e a Procuradoria Geral da Suíça (“Acordo Global”). Desse total, R$ 2,5 bilhões serão compensados
pelo valor já comprometido pela Companhia no âmbito do Acordo Global, resultando em um desembolso adicional de R$ 410 milhões.

Até a data do encerramento do exercício de 2018, a Companhia pagou R$ 2 bilhões da multa total estabelecida nos termos do
Acordo Global, da seguinte forma:

 US$ 94,9 milhões (R$ 296,6 milhões) para o DoJ em 08 de fevereiro de 2017;

 US$ 65,0 milhões (R$ 206,5 milhões) para a SEC em 27 de abril de 2017;

 CHF 30,2 milhões (R$ 104,3 milhões) para a OAG em 27 de junho de 2017;
ii
 R$ 736,4 milhões para o MPF em 06 de julho de 2017;

 R$267,9 milhões par ao MPF em 30 de janeiro de 2018;

 CHF 16,1 milhões (R$ 62,0 milhões) para a OAG em 28 de junho de 2018;

 R$ 278,0 milhões para o MPF em 30 de janeiro de 2019; e

 CHF 16,1 milhões (R$ 58 milhões) para a OAG em 27 de junho de 2018.

O montante total em aberto, no valor aproximado de R$ 1,6 bilhão relativo ao Acordo Global e ao Acordo CGU/AGU,
será pago conforme abaixo:

 CHF 32,1 milhões à OAG, relativos à duas parcelas anuais remanescentes de CHF 16,1 milhões em 30 de junho de cada ano
a partir de 2020; e

 R$ 1,1 bilhão ao MPF em quatro parcelas anuais remanescentes, devidas em 30 de janeiro de cada ano a partir de 2020.
Como garantia pelo pagamento das parcelas futuras, Braskem ofereceu como garantia itens de seu ativo imobilizado
suficientes para cobrir uma parcela anual; e

 R$ 409,9 milhões no âmbito do Acordo CGU/AGU a ser pago em duas parcelas anuais com vencimento em 30 de janeiro de
2024 e 2025.

O MPF distribuirá a maior parte dos valores recebidos a título de restituição para terceiros por danos decorrentes de atos ilícitos.

No âmbito do Acordo Global, o MPF comprometeu-se a empreender gestões perante outras autoridades ou órgãos públicos, bem como
empresas públicas e sociedades de economia mista com as quais a Braskem venha a iniciar tratativas relativas aos fatos abordados pelo
Acordo Global, com o objetivo de evitar o ressarcimento em duplicidade. Nesse sentido, conforme comunicado ao mercado em 10 de
julho de 2018, e anunciado via fato relevante em 27 de maio de 2019, a Braskem cooperou e deu início a tratativas com o Ministério da
Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), no Brasil, e o seu Conselho de
Administração aprovou a celebração de um acordo de leniência similar com a CGU e a AGU (“Acordo CGU/AGU”).

O Acordo Global não exime a Braskem de responder a qualquer terceiro com interesse legítimo que busque indenização por danos
causados pela Braskem relativos aos fatos abordados pelo Acordo Global. Portanto, não é possível assegurar que o montante total
desembolsado para ressarcimento nos termos do acordo será suficiente para a reparação integral de todas as vítimas. A Companhia pode
ser obrigada a realizar desembolsos adicionais para cobrir tais demandas.

Outras autoridades competentes poderão buscar impor sobre a Braskem sanções monetárias ou multas, ou iniciar ações investigativas
contra a Companhia. Como resultado do Acordo Global, a Braskem pode ser impedida de celebrar certos contratos com entidades
governamentais e pode ser submetida a custos operacionais mais altos por estar sob a obrigação de melhorar suas práticas de governança
e anticorrupção, incluindo o custo de monitoramentos externos.

Nos termos do Acordo Global, a Companhia seguirá cooperando com tais autoridades públicas e implementando melhorias em suas
práticas de conformidade e combate à corrupção. A Companhia estará sujeita ainda a monitoramento externo por um período de três
anos a partir de 2017, período no qual o monitor verificará o cumprimento do Acordo Global, inclusive a eficácia de controles, políticas
e procedimentos internos para redução do risco de descumprimento de leis anticorrupção. O período de monitoria poderá se encerrar
antecipadamente ou se estender por mais um ano, à critério das autoridades, dependendo da evolução do cumprimento do Acordo Global
pela Companhia. A Companhia contratou monitores, nos termos do Acordo Global, os quais foram aprovados pelas autoridades
competentes. Tais monitores poderão recomendar alterações nas políticas e procedimentos que a Companhia deverá adotar, salvo se
estas forem excessivamente onerosas ou desaconselháveis. Nestes casos, ela poderá propor alternativas, as quais poderão não ser aceitas
pelas autoridades. A operação sob a observação do monitor provavelmente exigirá que os membros da administração assumam
responsabilidades adicionais. Os custos que poderão ser incorridos com o cumprimento do Acordo Global, incluindo a implementação
de mudanças recomendadas, poderão impactar material e negativamente a Companhia ao exigir esforços da administração e tirar a sua
atenção do curso normal dos negócios.

Em relação ao Acordo CGU/AGU, a Braskem originalmente obteve uma dedução fiscal em suas demonstrações financeiras trimestrais
de 2019 para o valor total a ser pago no Acordo CGU/AGU, já que de acordo com a legislação tributária brasileira, a celebração de tal
acordo garante o direito de obter uma dedução fiscal sobre o valor de indenização a ser pago no Brasil sob esse tipo de acordo.

A transação penal firmada com o DoJ como parte do Acordo Global proíbe a Braskem de buscar dedução fiscal em relação ao pagamento
de qualquer parte do montante total da penalidade criminal contida na transação penal, que inclui um crédito para a parte dos pagamentos
a serem feitos no Brasil. Após consideração adicional, à luz da linguagem na transação penal, a Braskem decidiu voluntariamente

ii
reverter essa dedução fiscal para evitar inconsistência de uma determinada parte de dedução fiscal com a transação penal celebrada com
o DoJ. De acordo com a Transação Penal, cabe exclusivamente ao DoJ determinar se a Companhia violou a Transação Penal e definir
as consequências de tal violação. Atualmente, com base na opinião dos advogados externos, a Companhia acredita que é pouco provável
a ocorrência de perdas com relação a essa questão.

A Companhia está cumprindo com todas as obrigações do Acordo Global. <

Processos Trabalhistas<

Processos trabalhistas, de saúde e segurança ocupacional

A Companhia provisionou R$ 177,8 milhões, em 31 de dezembro de 2018, com relação aos processos de emprego e saúde e segurança
ocupacionais, relativo aos 477 processos trabalhistas, incluindo os casos de saúde e segurança ocupacionais (em 2017, houve 599
processos). Os assessores jurídicos da Companhia estimam que no Brasil esses processos devem levar mais de 5 anos para serem
concluídos. Podem haver alterações nas estimativas sobre o tempo de conclusão dos processos e na possibilidade de futuros desembolsos
com base em novas decisões de instâncias superiores.

Seguridade Social

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia era parte em diversos processos de seguro social com valor total exigido de R$ 31 milhões.
A possibilidade de perda nesses processos é considerada possível e, portanto, não foi estabelecida provisão para tais processos.

Processos Civis

Transporte de soda cáustica

A Companhia é ré em processos civis ajuizados pelo proprietário de uma ex-distribuidora de soda cáustica e pela transportadora que
prestava serviços para essa ex-distribuidora. Em 31 de dezembro de 2018, esses processos totalizavam R$ 99,2 milhões. Os autores das
ações requerem indenização por danos relacionados ao suposto não cumprimento do contrato de distribuição por parte da Companhia.
De acordo com a avaliação da Administração, com base na opinião de seus assessores jurídicos, os processos podem ser extintos em
um período de 8 anos a partir de dezembro de 2018. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esses processos. A
Companhia não registrou nenhuma provisão para esse processo.

Excesso de peso

Uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Federal de Brasília com objetivo de responsabilizar a Companhia pelos
danos causados às rodovias federais pelo trafego de caminhões de transporte com excesso de peso, para que indenize o governo federal
em danos materiais e danos morais coletivos, cujo os valores em 31 de dezembro de 2018 totalizam R$ 71 milhões. A ação foi rejeitada
em primeira instância, e tal decisão foi confirmada pela segunda instância. O Procurador Geral da União entrou com um recurso especial
contra essa decisão, que aguarda julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Revenda de solventes

Em janeiro de 2017 a Companhia foi citada para apresentar defesa em uma ação cível movida pelo antigo revendedor de solventes, por
suposta violação de um contrato tácito de distribuição. Em 31 de dezembro de 2018, os danos reclamados no processo totalizavam R$
185,6 milhões. A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos, é de risco possível
para julgamento de procedência do pedido, em um período de até 8 anos a partir de janeiro de 2017. Assim, a Companhia não registrou
nenhuma provisão. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para estas ações.

Processo de reparação

A Companhia é ré em ação de compensação postulada pela seguradora de um cliente. Com a ação, a seguradora pleiteia o reembolso
de valor pago a cliente devido a um contrato de seguro celebrado entre as partes. Até 31 de dezembro de 2018, o valor estava em
R$ 73,8 milhões. De acordo com a seguradora, as perdas incorridas pelo cliente, pelas quais ele foi reembolsado, foram causadas pela
não-conformidade dos produtos da Braskem. De acordo com avaliação da Administração, com base na opinião dos assessores jurídicos
externos, a ação pode ser extinta em até 8 anos. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo.

ii
Ação de repetição de indébito - CIDE

Uma ação foi movida por um cliente da Companhia exigindo (i) a devolução do valor supostamente apropriado pela Braskem para o
pagamento da parte do CIDE devido pelo fornecimento de combustível e (ii) indenização por danos resultantes do mau uso desse valor.
A ação foi rejeitada em primeira instância, e tal decisão foi confirmada pela segunda instância. Atualmente, a ação espera julgamento
de recurso especial movido pelo cliente no STJ. Em 8 de março de 2019, o montante em discussão estava em R$ 16,9 milhões. De
acordo com avaliação da administração, com base na opinião dos assessores jurídicos externos, a ação pode ser extinta em até 3 anos.
Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esses processos.

Processo de natureza societária

Em 31 de dezembro de 2018, um dos processos mais significativos da Companhia é uma ação ordinária de cobrança cumulada com
pedido de indenização por perdas e danos, pleiteando o pagamento de dividendos e bonificações sobre ações decorrentes das ações
preferenciais classe “A” da extinta Salgema Indústrias Químicas S.A. Os dividendos e bônus relativos aos exercícios fiscais anteriores
a 1987 foram considerados prescritos pela primeira instância e, assim, não devidos pela Braskem. No entanto, a segunda instância do
estado de Alagoas revisou a decisão e considerou os valores anteriores a esse período também devidos. Contra esta decisão, a Braskem
interpôs recurso ao STJ, que foi parcialmente deferido. É possível que a prescrição possa ser aplicada sobre uma parte da ação, já que
o pedido pela liquidação é revisto pelo STJ. Durante o exercício de 2018 a Braskem reconheceu provisão no montante de R$ 59,6
milhões e não há garantia para esse processo.

A Companhia possui também uma liquidação de sentença em curso, proferida em ação ajuizada em 1988, que condenou a Polialden
Petroquímica S.A., incorporada pela Braskem em 31 de maio de 2006, a pagar aos acionistas minoritários, detentores de ações
preferenciais da Polialden, a distribuição dos lucros remanescentes. O objeto da liquidação é determinar o valor do título apurado nos
termos da ordem judicial emitida em 15 de abril de 2016, que será feito por arbitramento conforme determinado pelo juízo, e foi objeto
de recurso. O processo encontra-se aguardando o início da perícia.

Com base no entendimento dos assessores jurídicos externos da Companhia, em 31 de dezembro de 2018, o valor nominal da ação é de
R$ 16 milhões, enquanto a possibilidade de perda está em R$186 milhões.

Sistema de Logística Reversa

A Braskem está direta ou indiretamente (por meio de associações que entraram com processos em nome de grupos de indivíduos ou
entidades) envolvida em ações de interesse público e processos atualmente aguardando julgamento nas cidades de São Paulo e de Porto
Alegre, em 31 municípios do Mato Grosso do Sul e no estado do Paraná relativos à celebração do Acordo Setorial Nacional que prevê
o sistema de logística reversa de embalagens em geral, buscando alterações nos termos de tal acordo ou a implementação de logística
reversa, bem como o pagamento de indenização para os municípios e compensação por danos ambientais. Algumas empresas e
associações que entraram no Acordo Setorial Nacional estão envolvidas nessas ações, todas em seus estágios iniciais. O valor líquido
total dessas ações é de R$ 12,4 milhões, considerando todas as empresas e associações envolvidas como rés (caso o montante seja
dividido entre todas as empresas e associações envolvidas, a Braskem arcaria com R$ 0,45 milhão). Essas ações têm uma possível
chance de perda e, por isso, a Braskem não registrou nenhuma provisão.

Ação Civil Pública Hashimoto

A Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo entrou com uma ação civil pública em junho de 2018 contra a Companhia e outras
empresas que atuam no Polo Petroquímico de Capuava, buscando a reparação e/ou remediação de danos ambientais supostamente
advindos da emissão de poluentes do ar, bem como um julgamento em conjunto contra as empresas atuantes no complexo, buscando
ressarcimento por danos ambientais no valor de R$ 107,6 milhões. A avaliação da administração, com base na opinião dos assessores
jurídicos externos, é de risco possível de extinção da ação em oito anos. Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esses
processos.

Alagoas – Atividades de Mineração

Em abril de 2019, o Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado de Alagoas protocolaram uma ação
pleiteando o bloqueio de bens da Companhia no valor de até R$ 6,7 bilhões, com o intuito de garantir eventual remediação e indenização
por danos ambientais, pessoais e patrimoniais potencialmente causados por esse evento geológico relacionado às atividades de
mineração da Companhia na cidade de Maceió. Uma decisão liminar determinou o bloqueio de R$ 100 milhões nas contas bancárias da
Braskem.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas determinou a suspensão da distribuição de dividendos referentes ao exercício
de 2018 que haviam sido propostos, no valor de R$ 2,7 bilhões, ou, alternativamente, o bloqueio de bens no mesmo valor da distribuição
de dividendos proposta. Essa decisão foi em seguida reformada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a
distribuição de dividendos mediante depósito judicial no mesmo valor. O Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria
Pública do Estado de Alagoas alteraram a demanda inicial para excluir o pedido de indenização por supostos danos ambientais e reduzir
o valor dos bens a serem bloqueados para R$ 3,7 bilhões, valor esse que, de acordo com as alegações desses órgãos, seria equivalente
aos danos efetivos causados aos residentes dos bairros afetados pelo evento geológico. Em 26 de junho de 2019, o juiz presidente do
ii
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas proferiu uma decisão determinando o bloqueio de R$ 3,7 bilhões. Essa decisão também foi
subsequentemente revertida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o desbloqueio de R$ 3,7 bilhões nas contas da
Companhia após mais um depósito judicial em valor equivalente.

Em 25 de julho de 2019, a Companhia foi informada de uma outra ação civil protocolada pelo Ministério Público do Trabalho do Estado
de Alagoas (MPT-AL) pleiteando medida cautelar para bloqueio no valor de R$ 2,5 bilhões, em garantia ao pagamento de possíveis
danos sofridos pelos trabalhadores afetados pelo evento geológico. Nesse processo, o MPT-AL também pleiteou, entre outras coisas,
pagamento de indenização aos trabalhadores por danos morais. Em 10 de outubro de 2019, o tribunal de primeira instância indeferiu a
medida cautelar.

Em 19 de agosto de 2019, a Braskem tomou ciência de outra ação civil protocolada pelo Ministério Público Federal em face da
Companhia e de outras partes, buscando as seguintes medidas cautelares: (i) constituição de um fundo no valor de R$ 3,1 bilhões em
prol de programas socioambientais e medidas emergenciais a serem tomadas, além da manutenção em tal fundo de capital de giro no
valor mínimo de R$ 2,0 bilhões ou, após a aprovação de um cronograma financeiro para tal fundo, do valor equivalente a 100% das
despesas esperadas para os 12 meses subsequentes; (ii) garantia do juízo no valor de R$ 20,5 bilhões; (iii) vedação à oneração ou
alienação de bens do ativo fixo da Companhia e à distribuição de lucros, seja na forma de dividendos, juros sobre capital próprio ou de
qualquer outra forma; (iv) bloqueio de qualquer lucro ainda não distribuído; e (v) suspensão do recebimento de financiamento público
e de incentivos públicos, além da aceleração da dívida atual com o BNDES (banco federal de desenvolvimento).

Na data deste relatório anual, o pedido de medida cautelar do autor ainda não havia sido julgado.

A Companhia tem adotado todas as medidas relevantes para se defender nesses processos.

A Companhia vem adotando todas as medidas cabíveis para se defender em tais ações e cooperando continuamente com as respectivas
autoridades na identificação das causas do incidente, com o apoio de especialistas independentes.

Dividendos e política de dividendos

Pagamento de dividendos

Historicamente, a nossa política de distribuição de dividendos tem incluído a distribuição de dividendos periódicos, com base em
balanços patrimoniais anuais aprovados por nosso Conselho de Administração. Quando pagamos dividendos em base anual, estes são
declarados em nossa assembleia geral ordinária, que a Lei das Sociedades por Ações e o nosso Estatuto Social exigem que seja realizada
até 30 de abril de cada ano. Quando declaramos dividendos, em geral temos que pagá-los em 60 dias a contar de sua declaração, salvo
se houver deliberação dos acionistas estabelecendo outra data de pagamento. De qualquer forma, se declararmos dividendos, devemos
pagá-los até o final do exercício fiscal com relação ao qual foram declarados. Qualquer acionista registrado como tal na época da
distribuição de dividendos fará jus aos mesmos. O pagamento de nossos dividendos anuais toma por base nossas demonstrações
financeiras auditadas, elaboradas com referência ao exercício fiscal imediatamente anterior.

O Comitê de Finanças e Investimentos da Companhia revisará, antes de revisão do conselho de administração, qualquer proposta da
administração com relação à distribuição de dividendos ou juros sobre o capital próprio.

Nosso conselho de administração poderá declarar dividendos intercalares com base nos lucros acumulados ou nos lucros realizados que
constam das demonstrações financeiras anuais ou semestrais, aprovadas pelos detentores de nossas ações ordinárias. Adicionalmente,
podemos pagar dividendos com a utilização do lucro líquido com base em nossas demonstrações financeiras trimestrais não auditadas.
Tais dividendos intercalares trimestrais não poderão exceder os valores contabilizados em nossas contas de reserva de capital. Qualquer
pagamento de dividendos intercalares poderá ser compensado com o valor das distribuições obrigatórias referentes ao exercício no qual
os dividendos intercalares tenham sido pagos.

A tabela abaixo apresenta os dividendos e/ou juros sobre o capital próprio pagos aos detentores de ações ordinárias, ações preferenciais
classe A e ações preferenciais classe B desde 1º de janeiro de 2016 em reais e em dólares norte-americanos convertidos à taxa comercial
para venda em vigor à suas respectivas datas de pagamento.

Moeda nominal brasileira por Equivalente em US$ por


Ações Ações Ações Ações
Ano Ações preferenciais preferenciais Ações preferenciais preferenciais
Data do pagamento ordinárias Classe A Classe B ordinárias Classe A Classe B
2016 .......................... 15 de abril de 2016 1,26 1,26 0,61 0,36 0,36 0,17
2016 .......................... 11 de outubro de 2016 1,26 1,26 1,26 0,39 0,39 0,39
2017 .......................... 12 de dezembro de 2017 1,26 1,26 0,61 0,38 0,38 0,38
2017 .......................... 10 de maio de 2018 1,89 1,89 — 0,53 0,53 —

A discussão que se segue resume as principais disposições da Lei das Sociedades por Ações e de nosso Estatuto Social no que diz
respeito à distribuição de dividendos, inclusive disposições acerca de juros sobre capital próprio.

ii
Cálculo do lucro líquido ajustado

Em cada assembleia geral ordinária, nosso conselho de administração deve recomendar como alocar o nosso lucro líquido referente ao
exercício social anterior, recomendação essa que nossa diretoria inicialmente submete à aprovação do nosso conselho de administração.
Tal alocação está sujeita à aprovação dos detentores de nossas ações ordinárias. A Lei das Sociedades por Ações define "lucro líquido"
de qualquer exercício social como o lucro líquido após impostos de renda no exercício fiscal em questão, líquido de quaisquer prejuízos
acumulados de exercícios fiscais anteriores e de quaisquer valores destinados à participação de empregados em nosso lucro líquido no
exercício fiscal em questão. Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, nosso lucro líquido ajustado e passível de
distribuição é igual ao nosso lucro líquido em qualquer exercício fiscal, reduzido por valores destinados à nossa reserva legal e outras
reservas pertinentes e aumentado por quaisquer reversões de reservas constituídas em exercícios anteriores.

Contas de reserva

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e de nosso Estatuto Social, somos obrigados a manter uma reserva legal. Ademais, a Lei
das Sociedades por Ações faculta-nos estabelecer as seguintes reservas discricionárias:

 reserva de contingências em função de prejuízos previstos cuja ocorrência seja provável em exercícios futuros. Qualquer valor
desta forma destinado em um ano anterior deverá ser revertido no exercício fiscal em que o prejuízo tenha sido previsto, caso
o prejuízo não ocorra conforme projetado, ou baixado, na hipótese de ocorrer o prejuízo previsto;

 reserva destinada a projetos de investimento com base no orçamento de capital aprovado pelos nossos acionistas;

 reserva de lucros não realizados conforme descrita em "Distribuições Obrigatórias" abaixo e;

 reserva para investimentos decorrentes de incentivos fiscais em valor correspondente à redução em nosso imposto de renda
devido em razão de programas governamentais de incentivos fiscais. Vide nota explicativa 23 às nossas demonstrações
financeiras auditadas consolidadas inclusas neste relatório.

As alocações para cada uma dessas reservas (salvo a reserva legal) estão sujeitas à aprovação dos detentores de nossas ações ordinárias
em votação a ser conduzida durante a assembleia geral ordinária.

Conta de reserva legal

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e de nosso estatuto social, devemos destinar 5% de nosso lucro líquido de cada exercício
fiscal para a reserva legal até que o valor total da nossa reserva legal seja igual a 20% do nosso capital integralizado. Entretanto, não
estamos obrigados a efetuar quaisquer destinações à nossa reserva legal em exercício fiscal no qual a nossa reserva legal, quando
acrescida às outras reservas, exceda 30% do total de nosso patrimônio líquido. Em 31 de dezembro de 2018, o saldo na conta de reserva
legal era de R$ 577,5 milhões.

Dividendo preferencial das ações preferenciais

Nos termos dos estatutos da Companhia, os titulares de ações preferenciais têm direito a um Dividendo Preferencial Mínimo equivalente
a 6% do valor contábil de tais ações, antes do pagamento de dividendos aos acionistas ordinaristas. As distribuições de dividendos em
qualquer ano dado são efetuadas:

 primeiramente, aos detentores de ações preferenciais, até o valor do Dividendo Preferencial Mínimo daquele ano;

 em seguida, aos detentores de ações ordinárias, até o valor distribuído com relação a cada ação ordinária ser equivalente ao
valor distribuído com relação a cada ação preferencial e

 subsequentemente, aos titulares de ações ordinárias e ações preferenciais classe A, em termos proporcionais.

Os acionistas titulares de ações preferenciais classe B não têm direito a receber nenhum valor adicional de dividendo, já que receberam
o dividendo preferencial. Se o Dividendo Preferencial Mínimo não for pago por um período de três anos, os titulares de ações
preferenciais passam a ter plenos poderes de voto.

Distribuições obrigatórias

Conforme facultado pela Lei das Sociedades por Ações, nosso estatuto social especifica que 25% de nosso lucro líquido ajustado de
cada exercício fiscal deve ser distribuído para os acionistas na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio. Referimo-nos a esse
valor como valor de distribuição obrigatória.

ii
Nos termos da Lei de Sociedades por Ações, o montante do valor de distribuição obrigatória que exceder a parcela realizada do lucro
líquido de qualquer ano específico poderá ser alocado à reserva de lucros não realizados, e a distribuição obrigatória poderá se limitar
à parcela realizada do lucro líquido. A parcela realizada do lucro líquido é o montante no qual o lucro líquido exceder a soma de (1)
nossos resultados líquidos positivos, se houver, pelo método contábil de equivalência patrimonial para ganhos e perdas de nossas
subsidiárias e determinadas empresas coligadas, e (2) lucro, ganho ou receita obtidos em operações com vencimento após o
encerramento do exercício fiscal subsequente. Uma vez que os valores alocados à reserva de lucros não realizados são realizados em
anos posteriores, tais valores deverão ser acrescidos ao pagamento de dividendo referente ao ano de realização.

A Lei das Sociedades por Ações permite-nos a suspensão da distribuição obrigatória se nosso conselho de administração relatar à
assembleia geral ordinária que a distribuição seria incompatível com a nossa situação financeira à ocasião, contanto que não afete o
pagamento do Dividendo Preferencial Mínimo. Qualquer suspensão da distribuição obrigatória deverá ser apreciada por nosso conselho
fiscal. Ademais, nossa administração deverá também apresentar à Comissão de Valores Mobiliários as razões para a suspensão da
distribuição obrigatória. O lucro líquido não distribuído por nossa companhia em virtude de suspensão é destinado a uma reserva especial
e, se não for absorvido por prejuízos subsequentes, deverá ser distribuído assim que a nossa situação financeira permitir. No caso de
nossas reservas de lucro, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações, exceder nosso capital social, o excesso deverá ser
creditado ao patrimônio líquido ou utilizado para pagamento de distribuições.

Juros sobre o capital próprio

As empresas brasileiras, inclusive a Companhia, podem pagar juros sobre capital próprio como forma alternativa ao pagamento de
dividendos aos acionistas. Esses pagamentos poderão ser deduzidos no cálculo do imposto de renda e contribuição social brasileiros. A
taxa de juros aplicada a tais distribuições não pode, de modo geral, exceder a TLP para o período pertinente. O valor dos juros pagos
que podemos deduzir para fins fiscais não pode exceder o maior dos seguintes valores:

 50% do nosso lucro líquido (após dedução da provisão de contribuição social e antes da dedução da provisão de imposto de
renda de pessoa jurídica) antes de se levar em conta qualquer distribuição no período com relação ao qual o pagamento seja
efetuado; e

 50% do valor da soma dos lucros acumulados e reservas de lucros.

Qualquer pagamento de juros sobre capital próprio a detentores de ações ordinárias, ações preferenciais ou ADSs, quer sejam ou não
residentes no Brasil, é sujeito ao pagamento de imposto retido na fonte brasileiro à alíquota de 15%, ficando estabelecido que será
aplicada alíquota de imposto retido na fonte de 25% caso a pessoa que receber os juros seja residente de jurisdição tida como paraíso
fiscal. Será considerado paraíso fiscal qualquer país que (1) não cobra imposto de renda ou cuja alíquota do imposto de renda seja
inferior a 20% ou (2) não permita a divulgação da identidade dos acionistas de entidades constituídas em sua jurisdição. Vide "Item 10.
Informações adicionais—Tributação—Considerações sobre tributos brasileiros." Nos termos de nosso Estatuto Social, podemos incluir
o valor distribuído a acionistas como juros sobre capital próprio, líquido de qualquer imposto retido na fonte, como parte da distribuição
obrigatória de dividendos.

Mudanças significativas

Com exceção do que foi divulgado neste relatório anual, não ocorreu nenhuma mudança significativa desde a data das demonstrações
financeiras consolidadas auditadas incluídas no relatório anual.

ii
ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM

Mercados de negociação das ações da Companhia

O principal mercado de negociação das nossas ações ordinárias, ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B é a B3, onde
elas são negociadas respectivamente sob os símbolos “BRKM3”, “BRKM5” e “BRKM6”. Nossas ações ordinárias e ações preferenciais
classe A começaram a ser negociadas na B3 (antiga BM&FBOVESPA) em 11 de novembro de 1980 e as ações preferenciais classe B,
em 19 de agosto de 1983.

Em 21 de dezembro de 1998, ADSs representativas das nossas ações preferenciais classe A começaram a ser negociadas na Bolsa de
Valores de Nova York (NYSE). Nossas ADSs são negociadas sob o símbolo “BAK”.
Conforme divulgado no Formulário 6-K arquivado na SEC, em 13 de maio de 2019, a Bolsa de Valores de Nova York suspendeu a
negociação das ADSs da Companhia na bolsa e deu início aos procedimentos para deslistagem devido ao atraso no arquivamento do
relatório anual do Formulário 20-F referente ao exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2017 e deste relatório anual. A
Companhia recorreu da decisão. As ADSs da Companhia foram disponibilizadas para negociação no mercado de balcão (OTC) nos
Estados Unidos desde 15 de maio de 2019. Em 31 de dezembro de 2018, havia 24.390,036 ADSs em circulação, representando
48.780.072 ações preferenciais classe A, ou 14.1% das ações preferenciais classe A em circulação. Cada ADS representa duas ações
preferenciais classe A.

Em 8 de outubro de 2003, listamos nossas ações preferenciais classe A no LATIBEX, mercado de ações de emitentes da América Latina
que é cotado em euros na Bolsa de Valores de Madri, sob o símbolo "XBRK". Tais ações preferenciais classe A são negociadas no
LATIBEX em lotes de uma ação.

Regulamentação do mercado de valores mobiliários brasileiro

O mercado de valores mobiliários brasileiro é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários que tem competência sobre as bolsas de
valores e o mercado de valores mobiliários em geral pelo Conselho Monetário Nacional, e pelo Banco Central, que possui, entre outros,
poderes para autorizar a constituição e o funcionamento de sociedades corretoras de valores mobiliários, e que regula investimentos
estrangeiros e operações de câmbio. O mercado de valores mobiliários é regido (1) pela Lei no. 6.385, com alterações e
complementações, que é a principal lei que rege os mercados de valores mobiliários do país e é aqui designada Lei dos Mercados de
Valores Mobiliários; (2) Lei das Sociedades por Ações e (3) regulamentos emitidos pela CVM, pelo Conselho Monetário Nacional e
pelo Banco Central.

Negociações na B3

Visão geral da B3

Em 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo S.A. – BVSP ou BOVESPA foi reorganizada, mediante a assinatura de um memorando de
entendimentos pelas bolsas de valores brasileiras. Após essa reorganização, a BOVESPA era uma entidade sem fins lucrativos de
propriedade de suas corretoras membros e a negociação na BOVESPA era restrita a tais corretoras membros e um pequeno número de
não membros autorizados. Nos termos do memorando, todos os valores mobiliários passaram a ser negociados unicamente na
BOVESPA, com exceção de títulos da dívida pública negociados eletronicamente e leilões de privatização, que são realizados na Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro.

Em agosto de 2007, a BOVESPA passou por uma restruturação societária que resultou na criação da BOVESPA Holding S.A., uma
companhia de capital aberto, que tem como subsidiárias integrais: (1) a BOVESPA, responsável pelas operações da bolsa de valores e
mercados de balcão organizado; e (2) a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, ou CBLC, responsável por serviços de
liquidação e custódia. Em tal restruturação societária, todos os detentores de quotas da BOVESPA e de ações da CBLC tornaram-se
acionistas da BOVESPA Holding S.A. Como resultado da restruturação societária, o acesso aos serviços de negociação e outros
prestados pela BOVESPA não está condicionado à participação acionária na BOVESPA Holding S.A. Em maio de 2008, a BOVESPA
concluiu a fusão com a Bolsa de Mercadorias & Futuros, formando a BM&FBOVESPA. Em novembro de 2008, aconteceu a fusão
entre a CBLC e a BM&FBOVESPA. Com isso, a BM&FBOVESPA passou a realizar seus próprios serviços de liquidação e custódia.

Em 30 de março de 2017, a BM&FBOVESPA se fundiu com a CETIP, uma prestadora de serviços financeiros para o mercado de balcão
organizado, formando a B3 – Brasil Bolsa Balcão S.A. ou B3.

Regulamentação de investimentos estrangeiros

A negociação na B3 por detentores não considerados como domiciliados no Brasil para fins fiscais e regulatórios do País, ou Detentor
Não-Brasileiro, está sujeita a certas limitações nos termos da regulamentação brasileira sobre investimento estrangeiro. Salvo exceções
limitadas, só é facultado a Detentores Não-Brasileiros negociar na B3 em conformidade com os requisitos da Resolução no. 4.373 do
Conselho Monetário Nacional. A Resolução CMN no. 4.373 exigiu que os valores mobiliários detidos por Detentores Não-Brasileiros
sejam mantidos sob custódia de ou em contas de depósito junto a, instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central e pela
Comissão de Valores Mobiliários. Ademais, a Resolução CMN no. 4.373 exigiu que Detentores Não-Brasileiros restrinjam suas
negociações de valores mobiliários a transações realizadas na B3 ou em mercados de balcão organizados. Salvo exceções limitadas,
ii
Detentores Não-Brasileiros não poderão transferir a titularidade de investimentos efetuados nos termos da Resolução CMN no. 4.373 a
outros detentores não brasileiros por meio de operações privadas. Vide "Item 10. Informações adicionais—Controles cambiais” para
mais informações sobre a Resolução 4.373 e “Item 10. Informações adicionais—Tributação—Considerações sobre tributos
brasileiros—Tributação de ganhos no Brasil” para uma descrição de alguns dos benefícios fiscais concedidos a Detentores Não-
Brasileiros habilitados de acordo com a Resolução 4.373.

ii
ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Descrição do Estatuto Social

Segue abaixo um sumário das disposições relevantes de nosso Estatuto Social e da Lei das Sociedades por Ações. No Brasil, o Estatuto
Social constitui o principal documento que rege uma sociedade por ações.

Objeto social

Nosso Estatuto Social estabelece no artigo 2o que nosso objeto social inclui o seguinte:

 fabricação, comércio, importação e exportação de produtos químicos e petroquímicos e derivados de petroquímicos;

 produção, distribuição e comercialização de utilidades, tais como: fornecimento de vapor, água, ar comprimido, gases
industriais, assim como a prestação de diversos serviços industriais;

 produção, distribuição e comercialização de energia elétrica para consumo próprio e para outras empresas;

 participação em outras sociedades, de acordo com a Lei das S.A. (Lei n o 6.404/76), como quotista ou acionista;

 fabricação, distribuição, comercialização, importação e exportação de gasolina, óleo diesel, GLP e outros derivados de petróleo.

 transporte, representação e consignação de produtos e subprodutos petroquímicos, compostos e derivados, tais como
polipropileno, filmes de polipropileno, polietileno, elastômeros e seus respectivos produtos processados;

 arredamento ou empréstimo gratuito de ativos detidos ou mantidos por ela em conexão com um acordo de arrendamento
comercial, desde seja realizado como atividade auxiliar ao objeto social principal da Companhia; e

 prestação de serviços relativos às atividades acima.

Conselho de Administração

Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, quaisquer matérias sujeitas à aprovação do conselho de administração poderão
ser aprovadas por maioria simples de votos dos membros presentes em reunião devidamente convocada, a menos que nosso Estatuto
Social estabeleça de outra forma. Nos termos do nosso Estatuto Social, o conselho de administração apenas poderá deliberar se a maioria
dos seus membros estiver presente em reunião devidamente convocada. Quaisquer deliberações do conselho de administração poderão
ser aprovadas pelo voto afirmativo da maioria dos membros presentes na reunião, ressalvando-se que determinados assuntos deverão
ser aprovados por acordo mútuo entre as partes do Acordo de Acionistas da Braskem S.A. Vide "Item 7. Principais acionistas e operações
com partes relacionadas—Principais acionistas—Acordos de acionistas—Acordo de Acionistas da Braskem S.A.”. A maioria dos
membros do nosso conselho de administração é eleita pelo Grupo Odebrecht. No entanto, pelo menos 20% dos membros do conselho
de administração da Companhia devem ser independentes. Além disso, qualquer conselheiro indicado por um acionista nos termos do
acordo de acionistas está vinculado a esse acordo. Veja “Item 7. Principais Acionistas e Transações entre Partes Relacionadas—
Principais Acionistas—Acordos de Acionistas.” Os membros do nosso conselho de administração são eleitos pela assembleia geral de
acionistas para um mandato unificado de dois anos. Nosso Estatuto Social não exige que os membros do conselho de administração
sejam residentes no Brasil ou que se tornem acionistas da Companhia. A Lei das Sociedades por Ações exige que nossos diretores
residam no Brasil. Nos termos do nosso Estatuto Social, nossos acionistas ordinários aprovam a remuneração global devida aos
conselheiros, diretores e membros do conselho fiscal. Observada esta aprovação, o conselho de administração fixa a remuneração dos
seus membros e dos diretores "Item 6. Conselheiros, diretores e funcionários—Remuneração.” Nem a Lei das Sociedades por Ações
nem nosso Estatuto Social estabelecem qualquer idade para aposentadoria compulsória de nossos conselheiros ou diretores.

Conformidade

O estatuto social da Companhia estabelece um Comitê de Conformidade composto de pelo menos três membros independentes do
conselho de administração, indicados pelo próprio conselho. Além disso, a área de conformidade da Companhia, liderada pelo
Responsável por Conformidade, reporta diretamente ao Comitê de Conformidade e não está submetida ou relacionada a qualquer outra
área ou diretor da Companhia. Veja “Item 6—Conselheiros, Diretores e Funcionários—Conselheiros e Diretores—Comitês do
Conselho—Comitê de Conformidade.”<

Capital social

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o número de ações sem direito a voto ou ações com direitos de voto restritos, tais como
as ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B por nós emitidas, não poderá exceder 50% do capital social total em
ii
circulação. No entanto, segundo nosso estatuto social, tal valor não deverá exceder dois terços do número total das ações emitidas. Cada
ação ordinária confere a seu detentor direito a um voto em nossas assembleias gerais. Os detentores de ações ordinárias não fazem jus
a qualquer preferência no que diz respeito a nossos dividendos ou a outras distribuições ou de outra forma em caso de liquidação. Nossas
ações preferenciais classe A e as ações preferenciais classe B não têm direito de voto, exceto em circunstâncias limitadas e têm
prioridade sobre nossas ações ordinárias no caso de liquidação. Vide em "—Direitos de voto—Liquidação" informações acerca das
preferências na liquidação das nossas ações preferenciais e no "Item 8. Informações financeiras—Dividendos e política de dividendos—
Cálculo do lucro líquido ajustado" e "Item 8. Informações financeiras—Dividendos e política de dividendos—Preferência de dividendos
das ações preferenciais" informações relativas às preferências de distribuição de nossas ações preferenciais.

Assembleias gerais

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem realizar assembleia geral ordinária até 30 de abril de cada ano para
votar as seguintes matérias:

 aprovação ou rejeição das Demonstrações Financeiras aprovadas pelo nosso conselho de administração e diretoria, inclusive a
recomendação quanto à destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; e

 eleição dos membros do nosso conselho de administração (quando da expiração do mandato de dois anos) e dos membros do
nosso conselho fiscal, observado o direito dos nossos acionistas minoritários de eleger membros do conselho de administração
e do conselho fiscal.

Além das assembleias gerais ordinárias, os acionistas detentores de nossas ações ordinárias terão poderes para deliberar quaisquer
matérias atinentes a alterações dos nossos objetos e finalidades bem como para aprovar quaisquer deliberações que julguem necessárias
para proteção e melhoria do nosso desenvolvimento, sempre que os interesses da Companhia, exigirem, por meio de assembleias gerais
extraordinárias.

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas detentores de ações ordinárias terão poderes, entre outros, para votar as
seguintes matérias em assembleias gerais:

 alteração do nosso Estatuto Social;

 aprovação de qualquer aumento de capital que supere o valor do capital autorizado;

 aprovação de qualquer redução de capital;

 aprovação ou rejeição da avaliação dos ativos conferidos por qualquer dos acionistas para integralização de nosso capital social;

 suspensão dos direitos de qualquer acionista que tenha incorrido em inadimplemento das obrigações estabelecidas em lei ou
no nosso Estatuto Social;

 autorização da emissão de debêntures conversíveis;

 aprovação de qualquer transformação, ou qualquer incorporação, fusão ou cisão que nos envolva;

 autorização de nossa dissolução e liquidação; eleição e destituição dos liquidantes indicados para a dissolução ou liquidação e
exame de suas contas;

 participação em grupo de sociedades (conforme definido na Lei das Sociedades por Ações);

 aprovação da remuneração global a ser paga aos nossos conselheiros e diretores;

 autorização da administração para nos declarar insolventes, falidos ou para requerer concordata;

 eleger e substituir membros do conselho de administração e conselho fiscal;

 alterar o número de membros do conselho de administração;

 modificar a política de dividendos; e

 autorizar o cancelamento do registro de nossas ações.

ii
Convocamos nossas assembleias gerais, inclusive a assembleia geral ordinária, mediante a publicação de aviso no Diário Oficial do
estado da Bahia e em, pelo menos, um jornal adicional indicado pelos acionistas de grande circulação na Bahia, local em que mantemos
nossa sede. Quando da primeira convocação de qualquer assembleia, o aviso deverá ser publicado no mínimo três vezes, a primeira das
quais, com antecedência mínima de 15 dias corridos da data programada para a assembleia. O aviso deverá conter data, local, horário,
ordem do dia da assembleia e, no caso de proposta de alteração do Estatuto Social, indicação da matéria da alteração proposta.

A fim de que seja aprovada deliberação válida em assembleia geral, os acionistas que representem no mínimo um quarto das nossas
ações ordinárias emitidas e em circulação deverão estar presentes em primeira convocação. Contudo, os acionistas que representem
pelo menos dois terços das nossas ações ordinárias emitidas e em circulação deverão estar presentes em assembleia geral que vise à
alteração do Estatuto Social. Caso não haja quórum de instalação, o conselho de administração poderá realizar segunda convocação
mediante a publicação de aviso conforme descrito acima com, no mínimo, oito dias corridos de antecedência da assembleia programada.
As exigências de quórum de instalação não se aplicam à assembleia em segunda convocação, quando as assembleias gerais serão abertas
com a presença de acionistas que representem qualquer número de ações (observadas as exigências de voto para a aprovação de certas
matérias que constam abaixo). Qualquer acionista sem direito a voto poderá comparecer a assembleia geral e participar do debate das
matérias submetidas à apreciação da assembleia

Direitos de voto

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações e do nosso Estatuto Social, cada uma das nossas ações ordinárias confere direito a um
voto na assembleia geral. As ações preferenciais de modo geral não conferem direitos de voto, exceto em circunstâncias limitadas. Não
poderemos restringir ou negar quaisquer direitos de voto sem o consentimento da maioria das ações afetadas. Sempre que as ações de
qualquer classe do capital social tiverem direito de voto, cada ação terá direito a um voto.

Direitos de preferência

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, cada um dos nossos acionistas detentores de ações ordinárias classe A tem direito de
preferência para subscrever ações ou valores mobiliários conversíveis em ações em qualquer aumento de capital, na proporção do
número de ações detidas pelo acionista em questão. Conforme a legislação aplicável e o Estatuto da Companhia, as ações preferenciais
classe B (que são ações especiais pagas com recursos oriundos de legislação de incentivo fiscal), os detentores dessas ações preferenciais
classe B não têm tais direitos de preferência em caso de aumento de capital. Na hipótese de aumento de capital que mantenha ou aumente
a proporção do capital representado pelas ações preferenciais classe A, os detentores de ações preferenciais classe A farão jus a direito
de preferência na subscrição somente das novas ações preferenciais classe A emitidas. Na hipótese de aumento de capital que reduza a
proporção do capital representado por ações preferenciais classe A, os detentores de ações preferenciais classe A farão jus a direito de
preferência na subscrição de quaisquer novas ações preferenciais classe A na proporção do número de ações que detenham, e na
subscrição de ações ordinárias somente na medida necessária para impedir a diluição de sua participação na totalidade do nosso capital.

Nos termos do nosso Estatuto Social, exceto quando da emissão de ações com direito a voto ou de valores mobiliários conversíveis em
ações com direito a voto, o conselho de administração ou os acionistas, conforme o caso, poderão decidir reduzir o prazo ou não conceder
direitos de preferência aos nossos acionistas em caso de qualquer emissão de ações sem direito de voto, debêntures conversíveis em
ações sem direito de voto ou bônus de subscrição realizada no âmbito de oferta pública para aquisição do controle de outra sociedade
ou no âmbito de uma oferta pública ou por meio de bolsa de valores. Os direitos de preferência poderão ser transferidos a terceiros e
deverão ser exercidos pelo prazo mínimo de 30 dias após a publicação de aviso de emissão de ações ou valores mobiliários conversíveis
em ações. Os detentores de ADSs poderão ficar impossibilitados de exercer direitos de preferência referentes às nossas ações
preferenciais classe A subjacentes aos seus ADSs a menos que termo de registro ao amparo do Securities Act esteja em vigor no que
respeita a tais direitos ou uma isenção das exigências de registro do Securities Act esteja disponível. Não somos obrigados a protocolar
registro no que concerne às ações relativamente a tais direitos de preferência ou tomar qualquer outra medida para disponibilizar os
direitos de preferência aos detentores de ADSs, e podemos nem mesmo protocolar um registro.

Resgate, amortização, ofertas públicas e direitos de retirada

Nosso Estatuto Social ou os acionistas, em assembleia geral, poderão autorizar a utilização de lucros ou reservas para resgate ou
amortização de ações de conformidade com condições e procedimentos estabelecidos para o resgate ou amortização. A Lei das
Sociedades por Ações define resgate de ações como o pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação, com
ou sem a correspondente redução do nosso capital social. A Lei das Sociedades por Ações define amortização como a distribuição aos
acionistas, sem redução correspondente do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de nossa liquidação. Se tiver sido
efetuada amortização antes da nossa eventual liquidação, os acionistas que não tiverem participado da operação de amortização
receberão parcela proporcional do valor que teriam recebido se tivessem recebido distribuição a título de amortização.

A Lei das Sociedades por Ações autoriza-nos a resgatar ações não detidas pelo acionista controlador se, subsequentemente à oferta
pública, em razão de fechamento do capital ou redução substancial da liquidez das ações, os nossos acionistas controladores aumentarem
sua participação no capital social total da Companhia para mais do que 95%. Nessa hipótese, o preço de resgate seria o mesmo preço
pago pelas ações na oferta pública.

ii
Direitos de retirada

A Lei das Sociedades por Ações dispõe que, em certas circunstâncias limitadas, um acionista dissidente poderá se retirar de nossa
companhia e ser por nós reembolsado pelo valor das ações ordinárias ou ações preferenciais por ele detidas.
Este direito de retirada poderá ser exercido pelos detentores das ações ordinárias ou preferenciais prejudicadas se aprovarmos:

 a criação de uma nova classe de ações preferenciais mais favorecida do que as classes existentes de ações preferenciais;

 o aumento das classes existentes de ações preferenciais em relação às demais classes de ações preferenciais (salvo se já previsto
ou autorizado pelo nosso Estatuto Social); ou

 a modificação de preferências, vantagens ou condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de nossas ações
preferenciais.

Ademais, os detentores de ações ordinárias e ações preferenciais poderão exercer seu direito de retirada, caso decidamos proceder a
qualquer das operações a seguir:

 nossa incorporação por outra companhia ou nossa fusão em outra companhia em uma operação na qual a nossa companhia não
seja a incorporadora;

 transferência de todas as nossas ações para outra companhia ou aquisição de todas as ações de outra companhia ("incorporação
de ações");

 participação em grupo de sociedades, conforme definido na Lei das Sociedades por Ações;

 redução da distribuição obrigatória de dividendos;

 alteração do nosso objeto social; ou

 cisão de parte de nossa companhia.

Apenas os acionistas que detiverem nossas ações na data da primeira publicação do edital de convocação da respectiva assembleia geral
ou da comunicação do fato relevante objeto da deliberação, se anterior, farão jus a direitos de retirada.

Os acionistas não farão jus a esse direito de retirada, se as ações da entidade resultante de incorporação, fusão, consolidação de nossa
companhia ou a participação de nossa companhia em um grupo de sociedades tiverem liquidez mínima no mercado e dispersão entre
um número suficiente de acionistas. Neste sentido, as ações que são parte de índices gerais representativos de carteiras de valores
mobiliários negociados no Brasil ou no exterior são consideradas líquidas, e existirá dispersão quando o acionista controlador detiver
menos da metade da espécie ou classe de ação em circulação. No caso de cisão, o direito de retirada somente existirá, se houver mudança
significativa do objeto social ou redução do dividendo obrigatório.

O reembolso de ações decorrente do exercício de direito de retirada deverá ser efetuado pelo valor contábil por ação, determinado com
base em nosso mais recente balanço patrimonial auditado, aprovado por nossos acionistas dissidentes. No entanto, se a assembleia geral
que aprovar a deliberação que der ensejo a direitos de retirada tiver ocorrido mais de 60 dias do nosso mais recente balanço patrimonial
auditado aprovado por nossos acionistas, os acionistas poderão exigir que suas ações sejam avaliadas com base em balanço patrimonial
especialmente levantado para tal finalidade. O direito de retirada caducará 30 dias a contar da data da publicação da ata da assembleia
geral que tiver aprovado uma das matérias descritas acima. Nossos acionistas poderão reconsiderar qualquer deliberação que dê ensejo
a direito de retirada dentro de 10 dias a contar do final do prazo de exercício do direito de retirada se acreditarmos que a retirada dos
acionistas dissidentes porá em risco nossa estabilidade financeira.

Divulgação de titularidade de ações

A legislação brasileira exige que (1) cada um dos nossos acionistas controladores, direta ou indiretamente, (2) os acionistas que elegeram
membros do conselho de administração, (3) qualquer pessoa ou grupo de pessoas representando pessoa que direta ou indiretamente
tenha adquirido ou vendido participação que exceda para cima ou para baixo o limite de 5%, 10%, 15% e assim por diante do número
total de nossas ações de qualquer espécie ou classe, deverá divulgar sua titularidade ou alienação de ações à Comissão de Valores
Mobiliários e à B3.

Forma e transferência

Nossas ações preferenciais e ações ordinárias encontram-se registradas em forma escritural em nome de cada acionista ou pessoa por
ele indicada. A transferência das nossas ações é regida pelo art. 35 da Lei das Sociedades por Ações, que prevê que a transferência de
ações em que se deve ser efetuada pelo nosso agente de escrituração, o Banco Itaú S.A., mediante lançamento por ele efetuado em seus
ii
livros, à vista de instruções escritas válidas de transferência de ações à Companhia pelo alienante ou por seu representante. Quando
ações preferenciais ou ordinárias são adquiridas ou vendidas em bolsas de valores brasileiras, a transferência é efetuada nos livros de
registro de nosso agente de transferência por representante de corretora de valores mobiliários ou sistema de compensação da bolsa de
valores. O agente de transferência também executa todos os serviços de custódia de nossas ações. As transferências de ações por parte
de investidor não brasileiro são realizadas da mesma maneira e são executadas por conta do investidor por seu agente local. Se o
investimento original tiver sido registrado no Banco Central de acordo com a legislação sobre investimentos estrangeiros, o investidor
estrangeiro também é obrigado a alterar, se necessário, por intermédio de seu agente local, o certificado de registro eletrônico de modo
a refletir a nova titularidade.

A B3 opera um sistema de compensação central. O detentor das nossas ações pode optar, a seu critério, por participar desse sistema, e
todas as ações que o acionista optar por colocar no sistema são depositadas em custódia na câmara de liquidação e custódia da B3 (por
intermédio de instituição brasileira que esteja devidamente credenciada a operar pelo Banco Central e mantenha conta de compensação
na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia). As ações objeto de custódia da câmara de liquidação e custódia da B3 deverão
constar como tal em nossos livros de registro de acionistas mantido junto ao agente de escrituração. Cada acionista participante, por sua
vez, será inscrito nos livros de registro da câmara de liquidação e custódia da B3, sendo tratado da mesma maneira que os acionistas
registrados diretamente em nossos livros.

Contratos relevantes

Não celebramos outro contrato relevante além daqueles que constam em outra parte deste relatório anual ou que foram celebrados no
curso normal dos negócios. Para mais informações sobre os contratos relevantes firmados recentemente pela Companhia, veja “Item 5.
Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras––Acontecimentos Recentes” e “Item 5. Análise e Perspectivas Operacionais e
Financeiras—Liquidez e Recursos de Capital”.

Controles cambiais

Não há restrições à titularidade ou votação do capital social da Braskem por parte de pessoas físicas ou pessoas jurídicas domiciliadas
fora do Brasil. No entanto, o direito de converter pagamentos de dividendo e produto da venda do capital social da Companhia em
moeda estrangeira e remeter os respectivos valores para o exterior está sujeito a restrições de controles cambiais nos termos da legislação
referente a investimento estrangeiro que, em geral, requer, entre outras disposições, o registro do investimento pertinente no Banco
Central e na CVM, conforme aplicável.

Os investimentos em ações preferenciais classe A da Companhia por (1) um titular não considerado domiciliado no Brasil para fins
tributários brasileiros, (2) um detentor não brasileiro registrado junto à CVM de acordo com o Anexo I da Resolução n° 4.373 ou (3) o
depositário, estão habilitados para registro no Banco Central. Esse registro (o valor registrado é aqui designado capital registrado)
possibilita a remessa de divisas para fora do Brasil, convertidas à taxa comercial, adquiridas com recursos de distribuições e valores
obtidos em alienações de ações preferenciais classe A.

Depositary Receipts (Anexo II da Resolução nº. 4.373)

O anexo II da Resolução nº 4.373 do Conselho Monetário Nacional, com alterações, prevê a emissão de recibos de depositários em
mercados estrangeiros com relação a ações de emissores brasileiros. O programa de ADS foi aprovado pelo Banco Central e pela CVM
antes da emissão das ADSs. Desta forma, como regra geral, a receita da venda de ADSs por detentores de ADSs não residentes do Brasil
não está sujeita aos controles brasileiros sobre investimento estrangeiro, e os detentores de ADSs não domiciliados em países com
tributação favorecida fazem jus a tratamento tributário favorável. Vide “Tributação-Considerações sobre impostos brasileiros”.

A Companhia paga dividendos e outras distribuições em dinheiro relativos às ações preferenciais classe A em reais. Foi obtido um
certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do Banco Central em nome do depositário com respeito às ADSs a serem
mantidas pelo custodiante. De acordo com esse registro, o custodiante pode converter dividendos e outras distribuições relativas às
ações preferenciais classe A representadas por ADSs em moeda estrangeira e remeter esses recursos do Brasil para o depositário, para
que este possa distribuir esses recursos aos titulares registrados de ADSs.

Investimentos Estrangeiros Direto e em Carteira

Os investidores (pessoas físicas, jurídicas, fundos mútuos e outras entidades coletivas de investimento) domiciliadas, residentes ou
sediadas fora do Brasil podem registrar seus investimentos no capital social da Companhia como investimentos estrangeiros em carteira
nos termos do Anexo I da Resolução nº. 4.373 (descrito abaixo) ou investimentos estrangeiros diretos nos termos da Lei nº. 4.131
(descrita abaixo). De acordo com o Anexo I da Resolução nº. 4.373 ou da Lei n. 4.131, o registro geralmente permite a conversão em
moeda estrangeira de dividendos, outras distribuições e recursos provenientes de venda recebidos em relação aos investimentos
registrados, bem como a remessa desses montantes para fora do Brasil.

O registro de acordo com o Anexo I da Resolução n° 4.373 proporciona um tratamento tributário favorável a investidores em carteira
não brasileiros que não sejam residentes em países com tributação favorecida de acordo com os artigos 24, 24ª e 24-B da Lei nº 9.430/96.
Vide “—Tributação--Considerações sobre impostos brasileiros”.

ii
Anexo I da Resolução nº 4.373

Todos os investimentos realizados por investidor não brasileiro nos termos do Anexo I da Resolução nº. 4.373 estão sujeitos ao registro
eletrônico no Banco Central do Brasil. Tal registro permite a conversão em moeda estrangeira de pagamentos de dividendos, pagamentos
de juros sobre o capital próprio e recursos provenientes de venda do capital social, bem como a remessa desses montantes para fora do
Brasil.<

Nos termos do Anexo I da Resolução nº 4.373, os investidores não brasileiros registrados na CVM podem investir em quase todos os
ativos financeiros e realizar quase todas as operações disponibilizadas a investidores brasileiros nos mercados brasileiros financeiro e
de capitais, sem a obtenção de um registro separado no Banco Central para cada operação, desde que sejam satisfeitos determinados
requisitos. De acordo com o Anexo I da Resolução nº 4.373, a definição de investidor não brasileiro abrange pessoas físicas, pessoas
jurídicas, fundos mútuos ou outras entidades de investimento coletivo, domiciliados ou sediados fora do Brasil.

O Anexo I da Resolução nº 4.373 determina que os investidores não brasileiros devem:

 nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para praticar atos relativos a seus investimentos, que deve ser uma
instituição financeira devidamente autorizada pelo Banco Central;

 nomear um custodiante autorizado no Brasil para seus investimentos, que deve ser necessariamente uma instituição financeira
devidamente autorizada pela CVM;

 preencher os formulários apropriados de registro de investidor estrangeiro;

 que deve ser uma instituição financeira devidamente autorizada pelo Banco Central;

 por meio de representante, registrar-se como investidor não brasileiro na CVM;

 por meio de representante, registrar seus investimentos no Banco Central; e

 obter um número de identificação de contribuinte das autoridades tributárias federais brasileiras.

Os valores mobiliários e outros ativos financeiros detidos por um investidor não brasileiro de acordo com o Anexo I da Resolução nº
4.373 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente autorizada pelo Banco
central ou pela CVM, conforme aplicável, ou registrados em sistemas de registro, compensação e custódia autorizados pelo Banco
Central ou pela CVM, conforme aplicável. Sujeita a exceções limitadas estabelecidas pela regulamentação da CVM ou à prévia
autorização da CVM, a negociação de valores mobiliários mantidos de acordo com o Anexo I da Resolução n° 4.373 é restrita a
operações realizadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados licenciados pela CVM.

A transferência para o exterior ou a cessão de títulos e valores mobiliários ou outros ativos financeiros detidos por investidores não
brasileiros nos termos do Anexo I da Resolução nº 4.373 são proibidas, exceto as transferências (1) resultantes da fusão, cisão,
consolidação ou a consolidação de ações em decorrência da morte de um investidor por força da lei ou testamento; (2) resultantes de
uma reorganização corporativa efetivada no exterior, contanto que os beneficiários finais e os montantes do ativo permaneçam os
mesmo; ou (3) autorizadas pela CVM.

Lei nº 4.131

Os investidores estrangeiros diretos de acordo com a Lei n° 4.131 podem vender suas ações em operações privadas ou em mercados
abertos, porém em geral ficam sujeitos a tratamento tributário menos favorável no tocante a ganhos relacionados a nossas ações
preferenciais classe A. Vide “—Tributação—Considerações sobre tributos brasileiros”.

Para obter um certificado de registro de capital estrangeiro do Banco Central do Brasil nos termos da Lei nº. 4.131, um investidor direto
deve:

• registrar-se como um investidor estrangeiro direto no Banco Central;

• obter um número de cadastro de pessoa física (CPF) com as autoridades fiscais brasileiras;

• nomear um representante no Brasil; e

• nomear um representante no Brasil para apresentar citação com respeito às ações baseadas no Lei das Sociedades por Ação.

Investidores estrangeiros devem estar registrados na Receita Federal do Brasil de acordo com a Instrução Normativa 1.683 de 27 de
dezembro de 2016. O processo de registro é realizado pelo representante legal do investidor no Brasil.
ii
Investidores pessoas jurídicas estrangeiras devem reportar os seus beneficiários finais pessoas físicas, com algumas exceções (por
exemplo, sociedades de capital aberto).

Tributação

O sumário a seguir contém descrição das principais implicações referentes aos impostos de renda federal brasileiro e norte-americano
da compra, titularidade e alienação de ações preferenciais classe A e ADSs, contudo não pretende constituir descrição abrangente de
todas as considerações sobre imposto porventura relevantes à decisão de compra de tal valor mobiliário.

Atualmente, não há nenhum tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos.

A descrição abaixo não pretende ser uma análise completa de todas as consequências fiscais relativas à aquisição, titularidade e alienação
de ações preferenciais classe A ou ADSs. Aconselhamos aos compradores potenciais de nossas ações preferenciais classe A ou ADSs
que consultem os seus próprios consultores fiscais sobre as consequências que a compra, titularidade ou alienação de nossas ações
preferenciais classe A ou ADSs poderiam desencadear nos termos das leis do Brasil, dos Estados Unidos da América ou de qualquer
outra jurisdição em vista de suas circunstâncias particulares de investimento.

Considerações sobre tributos brasileiros

A exposição a seguir resume as principais implicações fiscais brasileiras da aquisição, titularidade e alienação de ações preferenciais
classe A ou ADSs por pessoa física ou jurídica, fideicomisso ou organização que não seja domiciliado ou residente no Brasil para fins
de tributação no Brasil e, no caso de detentor de ações preferenciais classe A, que tenha registrado seu investimento no Banco Central
ou detentor não residente. A exposição a seguir é baseada nas leis tributárias brasileiras vigentes na data deste relatório, que estão
sujeitas a alterações, com possíveis efeitos retroativos e diferentes interpretações. Ademais, a exposição não discorre acerca de todas as
considerações sobre tributos no Brasil aplicáveis a quaisquer acionistas não residentes em particular, portanto cada acionista não
residente deve procurar seu próprio consultor para questões tributárias com relação às implicações fiscais brasileiras decorrentes de
investimentos nesses títulos.

Aquisição de ADSs ou ações preferenciais classe A

A aquisição de ADSs ou de ações preferenciais classe A por acionista não residente não constitui fato gerador de imposto no Brasil.
Vide "—Tributação de ganhos fora do Brasil" para mais informações sobre as implicações fiscais decorrentes da permuta de ações
preferenciais classe A por ADSs, bem como as decorrentes da permuta de ADSs por ações preferenciais classe A.

Tributação de dividendos

Os dividendos pagos por uma companhia brasileira relacionados a lucros gerados desde 1º de janeiro de 1996, inclusive dividendos
pagos em espécie ao depositário com relação às ações preferenciais classe A subjacentes às ADSs ou ao acionista não residente com
relação a ações preferenciais classe A, não estão sujeitos a imposto retido na fonte no Brasil.

Os dividendos pagos a partir dos lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 poderão estar sujeitos a várias alíquotas de imposto de
renda retido na fonte no Brasil, de acordo com a legislação tributária aplicável a cada exercício correspondente.

Juros sobre o capital próprio

As distribuições de juros sobre capital próprio relativo às ações preferenciais classe A ou às ADSs estão normalmente sujeitas à retenção
de imposto na fonte à alíquota de 15%. Contudo, a alíquota de 25% se aplica no caso de um acionista não residente domiciliado em uma
localidade, país ou jurisdição (1) que não imponha impostos sobre renda, (2) onde a alíquota máxima de imposto de renda seja menor
do que 20% ou (3) cuja legislação não permita acesso a informações referentes à composição acionária, titularidade de investimentos
ou identificação de beneficiários de rendimentos atribuídos a não residentes, ou jurisdição tributária considerada favorável.

Desde 1997 e em conformidade com as Leis no. 9.249/95 e 9.430/96, podemos deduzir essas distribuições com a finalidade de calcular
CSLL e os impostos de renda de pessoa jurídica que devemos pagar, desde que tais distribuições sejam aprovadas pelos nossos acionistas
em assembleias ordinárias e estejam em conformidade com os limites estabelecidos pela legislação tributária brasileira.

Pagamentos de juros sobre capital próprio devem ser incluídos, em seus valores líquidos, como parte de qualquer dividendo obrigatório.
À medida que os pagamentos de juros decorrentes de capital próprio são incluídos, a companhia deve distribuir aos acionistas uma
quantia adicional para garantir que o valor líquido recebido pelos acionistas, após pagamento do imposto retido em fonte juntamente
com o montante declarado referente aos dividendos seja, no mínimo, igual ao valor obrigatório de dividendos.

Tributação de ganhos fora do Brasil

De acordo com a lei brasileira no. 10.833/03, ganhos provenientes de alienação ou venda de ativos localizados no Brasil estão sujeitos
ao imposto de renda, independentemente de se a venda ou alienação foi efetuada pelo acionista não residente para um residente no
Brasil ou para outro não residente, conforme segue: “o adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, ou o
ii
procurador, quando o adquirente for residente ou domiciliado no exterior, fica responsável pela retenção e recolhimento do imposto de
renda incidente sobre o ganho de capital a que se refere o art. 18 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, auferido por pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior que alienar bens localizados no Brasil.”

Os detentores de ADSs fora do Brasil poderão ter fundamento para defender que a Lei brasileira no. 10.833/03 não se aplica a vendas
e outras alienações de ADSs uma vez as ADSs não são ativos localizados no Brasil. Contudo, a venda ou outra alienação de ações
preferenciais classe A no exterior poderão estar sujeitas às disposições da Lei no. 10.833/03. Quaisquer ganhos sobre o capital
decorrentes de vendas ou outras alienações fora do Brasil estariam sujeitas ao imposto de renda no Brasil à alíquota de 15%, ou de 25%
se o investidor estiver localizado em Jurisdição Tributária Favorável. A Lei brasileira no. 10.833/03 requer que o comprador de nossas
ações preferenciais classe A fora do Brasil ou o seu procurador no Brasil façam a retenção do imposto de renda. A alienação de ações
preferenciais classe A somente poderá ocorrer no exterior se o investidor decidir cancelar seu investimento em ADSs e registrar as ações
preferenciais classe A subjacentes como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei no. 4.131/62.

Tributação sobre ganhos no Brasil

A permuta de ADSs por ações preferenciais classe A não está sujeita a imposto no Brasil. Após o recebimento das ações preferenciais
classe A subjacentes em permuta às ADSs, o investidor não residente terá direito de registrar no Banco Central o valor em dólares norte-
americanos dessas ações como carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução no. 2.373/14. Vide “— Controles
Cambiais” e “—Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários—Capital Registrado”
. A venda ou alienação de ações preferenciais classe A em bolsa de valores brasileira está isenta de tributação sobre ganhos de capital,
desde que essas ações sejam detidas por um detentor não residente que (1) tenha registrado seus investimentos no Brasil junto ao Banco
Central em conformidade com a Resolução n° 2.373/14, e (2) não seja residente ou domiciliado em uma região com legislação tributária
favorável. Após o recebimento das ações preferenciais de classe A subjacentes, um detentor não residente também tem o direito de
registrar no Banco Central o valor, em dólares americanos, dessas ações como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei
4.131/62. Vide “—Controles Cambiais” e “—Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores
Mobiliários—Capital Registrado”. Um imposto de 15% sobre ganhos de capital é aplicado à venda ou outra alienação das ações
preferenciais classe A no Brasil quando tais ações são detidas por um detentor não residente como investimento estrangeiro direto e a
operação é realizada fora de uma bolsa de valores brasileira. Se o detentor não residente for domiciliado em uma jurisdição considerada
paraíso fiscal e a alienação das ações preferenciais de classe A for realizada fora de uma bolsa de valores brasileira, a alíquota do
imposto de renda será de 25%.
Se a venda ou outra alienação dessas ações for realizada em uma bolsa de valores brasileira, os ganhos de capital da venda ou alienação
serão tributados à alíquota de 15%. Esta alíquota aplica-se a todas as operações realizadas em bolsa de valores brasileira por detentores
não residentes, independentemente de serem ou não domiciliados em uma jurisdição fiscal considerada favorável (exceto para ganhos
obtidos por um Detentor 2.689 que não seja residente ou domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal, conforme descrito
acima). Nessas operações, o ganho realizado é calculado com base no valor registrado no Banco Central. A partir de 1º de janeiro de
2005, imposto de retenção de 0,005% também incidirá sobre o preço de venda ou outro valor de alienação de ações vendidas ou alienadas
em operações realizadas em bolsa de valores brasileira. O imposto de retenção, a ser compensado com imposto devido sobre eventual
ganho de capital, deverá ser retido por um dos seguintes entes: (1) pelo agente que receber o pedido de venda ou alienação do cliente;
(2) pela bolsa de valores responsável pelo registro das operações; ou (3) pela entidade responsável pela liquidação e pagamento das
operações. Tal retenção não se aplica ao Detentor 2.689 que não seja residente ou domiciliado em uma jurisdição considerada paraíso
fiscal.

O depósito de ações preferenciais classe A em troca de ADSs não está sujeito à tributação brasileira, desde que essas ações sejam detidas
por detentor não residente como carteira de investimento estrangeiro, nos termos da Resolução no. 4.373/14. Na hipótese de nossas
ações preferenciais classe A serem detidas por detentor não residentes como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4.131/62,
o depósito dessas ações em troca de ADSs está sujeito ao pagamento de imposto sobre ganhos de capital à alíquota de 15% (25% no
caso de um detentor não residente localizado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal).

O tratamento preferencial vigente para detentores não residentes de ADSs e detentores não residentes de ações preferenciais classe A,
nos termos da Resolução no. 4.373/14, poderá não ter continuidade no futuro.

O exercício do direito de preferência na subscrição de ações relativo às nossas ações preferenciais classe A não estará sujeito à tributação
brasileira. Os ganhos sobre a venda ou cessão de direitos de preferência relativos às nossas ações preferenciais classe A pelo depositário
poderão estar sujeitos à tributação brasileira. As autoridades fiscais poderão tentar tributar tais ganhos mesmo quando a venda ou cessão
desses direitos ocorra fora do Brasil, com base nas disposições da Lei 10.833/03. Tais autoridades poderão alegar que os direitos de
preferência se relacionam aos ativos localizados no Brasil (ações preferenciais classe A) e requerer o pagamento de imposto sobre
ganhos de capital à alíquota de 15% ou de 25% (se o beneficiário dos pagamentos for residente em uma jurisdição considerada paraíso
fiscal). Se os direitos de preferência forem cedidos ou vendidos no Brasil, o imposto sobre ganho de capital incidirá à alíquota de 15%
(25% se o detentor não brasileiro estiver localizado em uma jurisdição considerada paraíso fiscal). As vendas ou cessões de direitos de
preferência realizadas em bolsa de valores brasileira são isentas de imposto de renda, desde que tais direitos de preferência se relacionem
a ações registradas como carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução no. 4.373/14 não for residente ou domiciliado
em uma jurisdição considerada paraíso fiscal.

Em janeiro de 2017, a Lei nº. 13.259 estabeleceu novas alíquotas no sistema progressivo de imposto de renda aplicáveis sobre os ganhos
de capital advindos da venda de ativos por pessoa física brasileira. A Lei nº. 13.259 estabeleceu as seguintes novas alíquotas que variam
ii
entre 15% a 22,5%, dependendo do valor do ganho reconhecido pela pessoa física: (i) 15% sobre ganhos de até R$ 5.000.000,00; (ii)
17,5% sobre ganhos entre R$ 5.000.000,00 e R$ 10.000.000,00; (ii) 20% sobre ganhos entre R$ 10.000.000,00 e R$ 30.000.000,00; E
(i) 22,5% sobre ganhos acima de R$ 30.000.000,00;

Nos termos da Seção 18 da Lei nº. 9.249/95, o tratamento fiscal aplicável aos ganhos de capital obtidos por pessoa física brasileira
também se aplica aos ganhos de capital obtidos por residentes não brasileiros (exceto nos casos submetidos a regras específicas). No
entanto, a Instrução Normativa nº. 1.732/2017 estabeleceu a incidência de alíquotas para pessoas jurídicas localizadas no exterior que
realizem qualquer venda de ativos registrados como não circulantes em seu balanço patrimonial. Assim, não é possível neste momento
determinar qual posição será adotada pelas autoridades fiscais no caso de pessoa física não residente que venda ADSs.

Outros impostos brasileiros

Não há impostos brasileiros de sucessões, doações ou de transmissão causa mortis incidentes sobre a titularidade, transferência ou
alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs por detentor não residente, com exceção de impostos sobre doações e de sucessões
cobrados por alguns estados brasileiros sobre doações efetuadas ou heranças deixadas por pessoas físicas ou jurídicas não residentes ou
domiciliadas no Brasil ou domiciliadas no estado, a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas em tal estado brasileiro. Não
há impostos ou taxas brasileiras de selo, emissão, registro, impostos ou taxas similares devidas por detentores de ações preferenciais
classe A ou ADSs.

Imposto sobre Operações de Câmbio sobre Operações Envolvendo Títulos e Valores Mobiliários

Operações de Câmbio

Nos termos do Decreto 6.306/07, a conversão da moeda brasileira para moeda estrangeira e a conversão de moeda estrangeira para
moeda brasileira estão sujeitas à cobrança de IOF cambial. Atualmente, a alíquota do IOF, para a maioria das operações, é de 0,38%.
Tal taxa é aplicada para a entrada ou saída de investimentos estrangeiros diretos para empresas no Brasil de acordo com a Lei 4.131/62
(que não sejam investimentos de carteira de negociação em títulos e valores mobiliários de acordo com a resolução 4.373/14).

A tributação de IOF/Imposto cambial é de 0% sobre as seguintes entradas e saídas de capital realizadas por não residentes: (1)
investimentos na constituição de garantia inicial ou adicional de margem de segurança exigida pela bolsa de valores, mercadorias e
futuros; (2) investimentos em ações de empresas brasileiras utilizando recursos do cancelamento de “recibos de depósito”; (3)
investimentos no mercado financeiro e de capitais brasileiro; (4) retorno sobre investimentos realizados no mercado financeiro e de
capitais brasileiro para o não residente; e (5) conversão de investimento estrangeiro direto em ações segundo a Lei 4.131/62 em
investimentos estrangeiros em ações segundo a Lei 2.689/00.

A alíquota de IOF sobre a saída de investimentos estrangeiros em carteira no Brasil é de 0%, de acordo com a Resolução 2.689/00. O
envio de dividendos e juros sobre capital próprio a não residentes brasileiros no exterior está sujeito a 0% de IOF/Imposto cambial.

Adicionalmente, as transferências de ações negociadas na bolsa de valores com o propósito de permitir a emissão de ADSs estão sujeitas
ao IOF/Títulos a uma alíquota de 1,5%, que tem por intuito corrigir uma assimetria criada pelo IOF Cambial.

O governo brasileiro pode aumentar a alíquota do IOF Cambial para um máximo de 25% do montante da operação cambial a qualquer
momento, mas tal aumento não se aplicaria a futuras transações cambiais. A imposição desses tributos pode desencorajar o investimento
estrangeiro em ações de empresas brasileiras, incluindo a Companhia, em função de custos de operações mais altos, e podem ter um
impacto negativo no preço e na volatilidade de nossas ADSs e ações preferenciais na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na B3.

Capital registrado

O valor de investimento em ações preferenciais classe A detidas por detentor não brasileiro como investimento estrangeiro direto nos
termos da Lei no. 4.131/62 ou como investimento estrangeiro de portfólio nos termos da Resolução no. 4.373/14ou em ADSs detidas
pelo depositário representando o detentor em questão, conforme o caso, qualifica-se para registro no Banco Central; tal registro (o valor
dessa forma registrado é designado "capital registrado") permite a remessa ao exterior de moeda estrangeira, convertida à taxa de câmbio
comercial, adquirida com o produto de distribuições ou alienações sobre as ações preferenciais classe A. O capital registrado referente
a ações preferenciais classe A compradas na forma de ADSs, ou comprado no Brasil e depositado junto ao depositário em troca de
ADSs, será igual a seu preço de compra, em dólares norte-americanos, pago pelo comprador. O capital registrado referente a ações
preferenciais classe A que sejam retiradas contra entrega de ADSs será a contraprestação em dólares norte-americanos (1) do preço
médio de nossas ações preferenciais classe A na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações preferenciais classe A
tenham sido vendidas no dia da retirada, ou (2) se nenhuma ação preferencial classe A tiver sido vendida em tal dia, o preço médio das
ações preferenciais vendidas nos quinze pregões imediatamente anteriores a tal retirada. O valor em dólares norte-americanos das ações
preferenciais classe A será determinado com base nas taxas médias do mercado comercial cotadas pelo Banco Central em tal data (ou,
se o preço médio das ações preferenciais classe A for determinado nos termos do item (2) da frase precedente, a média de tais taxas
médias cotada nas mesmas quinze datas empregadas na apuração do preço médio das ações preferenciais classe A).

O detentor não brasileiro de ações preferenciais classe A poderá enfrentar atrasos na realização do registro de capital registrado, o que
poderá retardar remessas para o exterior. Tais demoras poderão prejudicar o valor, em dólares norte-americanos, recebido pelo detentor
ii
não brasileiro. Vide "Regulamentação de Investimento Estrangeiro" e "Item 3. Informações Principais - Fatores de Risco – Riscos
relacionados às nossas ações Preferenciais A e ADSs.”

Considerações sobre o imposto de renda federal dos Estados Unidos

O que se segue é uma discussão sobre as implicações relevantes do imposto de renda federal dos Estados Unidos que podem ser
importantes para a aquisição, titularidade e alienação das ações preferenciais classe A da Companhia, ou ADS, consubstanciadas por
American Depositary Receipts. Esta descrição refere-se apenas às considerações do imposto de renda federal dos Estados Unidos dos
detentores norte-americanos (conforme definido abaixo), que sejam os compradores iniciais das ações preferenciais classe A, ou ADS,
da Companhia e que deterão tais ações ou ADSs na forma de ativos de capital. Esta descrição não se refere às considerações tributárias
aplicáveis aos detentores que possam estar sujeitos a normas fiscais especiais, tais como bancos, instituições financeiras, companhias
de seguros, fundos de investimento imobiliário, fundos outorgantes, companhias de investimento reguladas, operadores ou negociadores
de valores mobiliários ou moedas, pessoas jurídicas isentas de imposto, fundos de pensão, pessoas que detêm ações preferenciais classe
A ou ADSs em função do exercício de direitos ou opções de compra de ações por funcionários ou, ainda, em contraprestação à execução
de serviços, pessoas que deterão ações preferenciais classe A ou ADSs da Companhia como posição em "straddle" ou com parte de
uma operação de "hedging", "conversão" ou outra operação de redução de risco para fins de imposto de renda federal norte-americano,
pessoas que tenham "moeda funcional" que não o dólar, pessoas que deterão ações preferenciais classe A ou ADSs por meio de parcerias
ou outras empresas pass through, pessoas solicitadas a acelerar o reconhecimento de qualquer item do lucro bruto com relação às ações
preferenciais classe A ou ADSs da Companhia resultante do reconhecimento de tal renda em uma demonstração financeira aplicável,
detentores sujeitos a imposto mínimo alternativo, alguns antigos cidadãos ou residentes de longa data dos Estados Unidos ou pessoas
que detenham ou sejam tratadas como se detivessem 10% ou mais das ações com direito de voto da Companhia.

Esta descrição não aborda as consequências tributárias estaduais, locais ou estrangeiras (fora dos EUA) da aquisição, titularidade e
alienação das ações preferenciais classe A ou ADSs da Companhia, nem tampouco as consequências de qualquer imposto federal dos
Estados Unidos que não seja o imposto de renda, incluindo, sem limitação, os impostos federais sobre imóveis e doações daquele país.
Esta descrição baseia-se (1) no Código de Receita Interna de 1986, conforme alterado (o “Código”), nos Regulamentos do Tesouro dos
Estados Unidos existentes, propostos e temporários e suas respectivas interpretações judiciais e administrativas, em cada caso, em vigor
e disponíveis na data deste relatório anual e (2), em parte, nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação contida
no contrato de depósito e qualquer contrato correlato será cumprida em conformidade com seus termos. Todas as disposições acima
estão sujeitas a alteração, que poderá ser aplicada retroativamente e afetar as consequências tributárias descritas abaixo.

Conforme empregado abaixo, o termo "Detentor Norte-Americano" refere-se ao titular beneficiário de ação preferencial classe A ou de
ADS que seja, para fins de imposto de renda federal norte-americano, (1) pessoa física que seja cidadã dos Estados Unidos ou residente,
(2) sociedade ou companhia constituída nos termos das leis dos Estados Unidos, de qualquer estado desse país ou do Distrito de
Columbia, (3) espólio cuja renda esteja sujeita a tributação de renda federal dos Estados Unidos independentemente de sua fonte, ou (4)
fundo, se (i) um tribunal nos Estados Unidos for capaz de exercer fiscalização primária de sua administração e (ii) uma ou mais pessoas
dos Estados Unidos tiverem poderes para controlar todas as decisões significativas de tal fundo. Conforme empregado abaixo, o termo
"detentor não norte-americano" refere-se ao titular beneficiário de uma ação preferencial classe A ou ADS que não seja nem detentor
norte-americano nem uma sociedade (ou outra pessoa jurídica considerada como uma sociedade para fins do imposto de renda federal
dos Estados Unidos).

Se uma sociedade (ou qualquer outra pessoa jurídica tratada como sociedade para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos)
detiver ações preferenciais classe A ou ADSs, o tratamento fiscal de um sócio dessa sociedade em geral dependerá do status do sócio e
das atividades da sociedade. Esse sócio ou os seus sócios deverão consultar o seu consultor fiscal para questões tributárias acerca das
implicações de imposto a eles cabíveis.

As ações preferenciais classe A serão tratadas como ações para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Em geral, para
fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, o detentor de um ADR representativo de ADS será tratado como titular beneficiário
de nossas ações preferenciais classe A representadas pelas ADSs pertinentes. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos expressou
preocupação quanto ao fato de depositários de ADSs, ou outros intermediários entre os detentores de ações de um emitente e o emitente,
poderem estar tomando medidas incompatíveis com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros nos Estados Unidos por parte de
detentores norte-americanos de tais recibos ou ações. Tais ações incluem, por exemplo, um pré-lançamento de uma ADS por uma
instituição depositária. Dessa forma, a análise relativa à disponibilidade de crédito fiscal estrangeiro dos Estados Unidos para impostos
brasileiros, as regras de originação e a disponibilidade de alíquotas fiscais reduzidas para dividendos recebidos por certos detentores
pessoa física, cada qual descrita abaixo poderão ser afetadas por futuras medidas porventura tomadas pelo Departamento do Tesouro
dos Estados Unidos.

Tributação de dividendos

Observada a discussão que se segue intitulada "Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", de modo geral, o valor
bruto da distribuição efetuada no que respeita a uma ação preferencial classe A ou ADS (que para esta finalidade incluirá distribuições
de juros sobre o capital próprio antes de qualquer redução nelas efetuadas para efeito de retenção de imposto de renda brasileiro), na
medida em que efetuada com utilização de reservas de lucros e lucros acumulados de nossa companhia, conforme determinado pelos
princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos, constituirá dividendo a um detentor norte-americano para fins do imposto
de renda federal dos Estados Unidos. Os detentores não pessoas jurídicas dos Estados Unidos poderão ter os dividendos tributados por
ii
uma entidade estrangeira qualificada às menores alíquotas aplicáveis a ganhos de capital de longo prazo (por exemplo, ganhos relativos
a ativos fixos detidos por mais de um ano). Uma sociedade estrangeira é tratada como sociedade estrangeira qualificada no que tange
aos dividendos recebidos de tal sociedade sobre ações ou ADSs que são negociadas de imediato em um mercado de valores mobiliários
regulamentado nos Estados Unidos. A orientação dada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos indica que as ADSs (que
estão registradas na Bolsa de Valores de Nova Iorque), porém não as nossas ações preferenciais classe A, são negociadas de imediato
em um mercado de valores mobiliários regulamentado nos Estados Unidos. Dessa forma, observada a discussão a seguir intitulada
"Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", os dividendos que pagamos sobre as ADSs, porém não em relação
às nossas ações preferenciais classe A, atendem, atualmente, às condições requeridas para aplicação de alíquotas reduzidas. No entanto,
não há garantia de que as ADSs serão consideradas de negociação imediata em um mercado de valores mobiliários regulamentado nos
Estados Unidos em anos posteriores. Sobretudo, a qualificação de um detentor norte-americano para essa taxa preferencial está sujeita
a certas exigências e à inexistência de certas operações de redução de risco relativas às ADSs. Tais dividendos não se qualificam para
obter a dedução por dividendos recebidos em geral facultada para os detentores corporativos dos Estados Unidos. Para que os dividendos
decorrentes de ADS lastreados por ações preferenciais sejam elegíveis às alíquotas reduzidas de tributação, a Companhia deve se
certificar de que as ações preferenciais fazem parte do capital próprio. O Ministério da Fazenda e a Receita Federal dos Estados Unidos
pretendem emitir regulamentações sobre o procedimento adequado de certificação; no entanto, espera-se que a certificação anual em
arquivamento público na SEC ou uma declaração pública com cópia arquivada na Receita Federal seja suficiente para atender ao
requisito. A Companhia inclui a certificação apropriada no arquivamento. No futuro, a Braskem pretende arquivar a certificação
necessária para que as ações preferenciais continuem a ser elegíveis para as alíquotas reduzidas de tributação. Observada a discussão
que se segue intitulada "Normas sobre Companhias de Investimento Estrangeiro Passivo", caso uma distribuição exceda o valor das
reservas de lucros e dos lucros acumulados da nossa companhia, será tratada como reembolso de capital não tributável na medida do
custo de aquisição para fins fiscais da nossa ação preferencial classe A ou ADS do detentor norte-americano com relação à qual seja
pago e subsequentemente como ganho de capital. A nossa companhia não mantém cálculos de nossas reservas de lucros e lucros
acumulados segundo os princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Desse modo, os detentores norte-americanos devem
esperar que as distribuições feitas pela Companhia serão tratadas, em geral, como dividendos para fins de imposto de renda federal dos
Estados Unidos.

O dividendo pago em reais será passível de inclusão na renda de um detentor norte-americano por seu valor em dólares calculado por
referência às taxas de câmbio vigentes no mercado à vista no dia em que for recebido pelo detentor norte-americano no caso de nossas
ações preferenciais classe A ou, no caso de um dividendo recebido com relação às ADSs, na data em que o dividendo for recebido pelo
depositário, quer o dividendo seja ou não convertido em dólares norte-americanos. Presumindo-se que o pagamento não seja convertido
naquela ocasião, o detentor norte-americano terá uma base fiscal em reais equivalente àquele valor em dólares norte-americanos, que
será usada para mensurar os ganhos ou perdas oriundos de alterações subsequentes nas taxas de câmbio. Quaisquer ganhos ou perdas
realizados por um detentor norte-americano que posteriormente venda ou, ainda, aliene reais, podendo tais ganhos ou perdas ser
atribuíveis a flutuações cambiais após a data de recebimento do dividendo, serão ganhos ou perdas de natureza ordinária. A quantia de
qualquer distribuição de bens que não dinheiro constituirá o valor justo de mercado desses bens na data de distribuição.

O valor bruto de qualquer dividendo pago (que incluirá quaisquer valores retidos por força de impostos brasileiros) no que respeita a
uma ação preferencial classe A ou ADS ficará sujeito ao imposto de renda federal dos Estados Unidos como receita de dividendo de
fonte estrangeira, que poderá ser relevante no cálculo da limitação de crédito fiscal estrangeiro de um detentor norte-americano.
Observadas as limitações da lei de imposto de renda federal dos Estados Unidos concernentes aos créditos ou deduções de tributos
estrangeiros e certas exceções de posições cobertas e de curto prazo, qualquer imposto retido na fonte brasileiro será tratado como
imposto de renda estrangeiro gerador de crédito a ser compensado com responsabilidade por imposto de renda federal dos Estados
Unidos de detentor norte-americano (ou, a critério de um detentor norte-americano, poderá ser deduzido ao calcular a receita tributável
se o detentor norte-americano tiver optado por deduzir todos os impostos de renda estrangeiros referentes ao exercício fiscal). A
limitação aos impostos estrangeiros qualificados para o crédito fiscal estrangeiro dos Estados Unidos é calculada em separado com
relação a “cestas” específicas de renda. Para esse fim, os dividendos devem em geral constituir “renda de categoria passiva” ou, no caso
de alguns detentores norte-americanos, “renda de categoria geral”. As regras relativas a créditos fiscais estrangeiros são complexas e os
detentores norte-americanos são instados a consultar seus próprios assessores fiscais com respeito à disponibilidade do crédito fiscal
estrangeiro nessas circunstâncias específicas.

Venda, permuta ou outra forma de alienação de ações preferenciais classe A ou ADSs

O depósito ou a retirada de ações preferenciais classe A por um detentor em troca de ADS que representem tais ações não resultará na
realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Um detentor norte-americano reconhecerá, de
modo geral, ganho ou perda de capital quando da venda, permuta ou outra alienação de ações preferenciais classe A ou de ADS detidas
pelo detentor norte-americano ou pelo depositário, conforme o caso, em valor igual à diferença entre o custo de aquisição corrigido de
nossa ação preferencial classe A ou ADS (calculado em dólares norte-americanos) do detentor norte-americano e o valor em dólares
norte-americanos realizado quando da venda, permuta ou outra alienação. Caso um imposto brasileiro seja retido quando da venda,
permuta ou outra alienação de uma ação, o valor realizado pelo detentor norte-americano incluirá o valor bruto do produto da venda,
permuta ou outra alienação antes da dedução do imposto brasileiro. No caso de um detentor norte-americano que não seja pessoa
jurídica, a alíquota de imposto de renda federal dos Estados Unidos marginal máxima aplicável ao ganho de capital será em geral inferior
à alíquota de imposto de renda federal dos Estados Unidos marginal máxima aplicável à renda ordinária (ressalvados, conforme
discutido acima, certos dividendos) caso o período de detenção do detentor em questão da ação preferencial classe A ou do ADS exceda
um ano. O ganho ou perda de capital, se houver, realizado por detentor norte americano quando da venda ou permuta de uma ação
preferencial classe A ou ADS será tratado, de modo geral, como renda de fonte norte-americana para fins de crédito fiscal estrangeiro
ii
norte-americano. Consequentemente, no caso de alienação ou depósito de ação preferencial classe A ou de ADS que esteja sujeita a
imposto brasileiro, é possível que o detentor norte-americano não possa utilizar o crédito fiscal estrangeiro referente ao imposto
brasileiro em questão a menos que possa compensar o crédito com imposto norte-americano incidente sobre outra renda proveniente de
fontes estrangeiras na categoria de renda pertinente ou, alternativamente, possa efetuar dedução do imposto brasileiro, caso opte por
deduzir todos os seus impostos de renda estrangeiros. De modo geral, qualquer perda estará sujeita a certas exceções que possam tratar
uma perda reconhecida por residente norte-americano, no todo ou em parte, como perda de fonte estrangeira. A dedutibilidade de perdas
de capital está sujeita a limitações nos termos do Código.

O custo de aquisição original para fins de tributação das ações preferenciais classe A ou de ADS de detentor norte-americano será o
valor em dólares norte-americanos do preço de compra denominado em reais determinado na data da compra. Caso as nossas ações
preferenciais classe A ou as ADS sejam tratadas como negociadas em "mercado de valores mobiliários regulamentado", o detentor
norte-americano segundo regime de caixa ou, se preferir, o detentor norte-americano segundo regime de competência, determinará o
valor em dólar do custo das ações preferenciais classe A ou de ADS mediante a conversão do valor pago à taxa de câmbio à vista na
data de liquidação da compra. A conversão de dólares norte-americanos em reais e o uso imediato desta moeda para compra de ações
preferenciais classe A ou de ADS não resultarão, de modo geral, em ganho ou perda tributável para o detentor norte-americano.

No que concerne à venda ou permuta de ações preferenciais classe A ou de ADS, o valor realizado de modo geral será o valor em
dólares do pagamento recebido determinado (1) na data de recebimento do pagamento no caso de detentor norte-americano segundo
regime de caixa e (2) na data da alienação no caso de detentor norte-americano segundo regime de competência. Caso as nossas ações
preferenciais classe A ou ADS sejam tratadas como negociadas no "mercado de valores mobiliários regulamentado", o contribuinte
segundo regime de caixa ou, se optar, o contribuinte segundo regime de competência, determinará o valor em dólar dos Estados Unidos
do montante realizado mediante a conversão do valor recebido à taxa de câmbio à vista na data de liquidação da venda.

Normas sobre companhias de investimento estrangeiro passivo

Uma sociedade que não seja norte-americana será classificada como uma “companhia de investimento estrangeiro passivo”, ou PFIC
(passive foreign investment company) para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos em qualquer exercício fiscal no qual,
após a aplicação de algumas normas de averiguação, (1) pelo menos 75 por cento de sua renda bruta sejam “renda passiva” ou (2) pelo
menos 50 por cento do valor médio de seus ativos brutos sejam atribuíveis a ativos que produzam “renda passiva” ou sejam detidos para
a produção de renda passiva. Renda passiva para este fim, em geral, inclui dividendos, juros, royalties, aluguéis e ganhos provenientes
de operações de commodities e valores mobiliários.

Com base em algumas estimativas de sua renda bruta e ativos brutos e na natureza do seu negócio, a Companhia acredita que não será
classificada como uma PFIC no exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2018. A situação da Companhia nos anos futuros dependerá
dos seus ativos e atividades nesses exercícios. A Companhia não tem nenhuma razão para crer que os seus ativos ou atividades sofrerão
alterações que façam com que ela seja classificada como uma PFIC no exercício fiscal que se encerre em 31 de dezembro de 2018 ou
em qualquer exercício futuro, mas não há nenhuma garantia de que a Companhia não será considerada PFIC em qualquer exercício
fiscal. Caso fôssemos uma PFIC, as ações preferenciais classe A ou as ADS de um detentor norte-americano ficariam, de modo geral,
sujeitas a encargos de juros presumidos e a outro tratamento fiscal desvantajoso com relação a qualquer ganho oriundo da venda ou
troca das ações ou ADSs e certas distribuições relativas às ações ou ADSs (inclusive a perda da alíquota fiscal reduzida em potencial
aplicável a certos dividendos, descrita acima).

Caso fôssemos uma PFIC, um detentor norte-americano de ações preferenciais classe A ou de ADS poderia realizar diversas opções
que podem minimizar as implicações fiscais mencionadas acima, e uma de tais opções poderia ser feita retroativamente. Contudo,
espera-se que as condições necessárias para se realizar algumas de tais opções não se apliquem no caso de ações preferenciais classe A
ou ADS. Os detentores norte-americanos deverão consultar seus próprios consultores fiscais acerca das implicações fiscais que
decorreriam se a Companhia fosse tratada como PFIC.

Caso um detentor americano possua ações preferenciais classe A ou ADSs durante qualquer ano em que a Companhia tenha sido PFIC,
o detentor americano geralmente deverá preencher um Formulário de Imposto 8621 (IRS Form 8621) com relação à Companhia,
geralmente durante o preenchimento da declaração de imposto de renda do detentor americano para tal ano. Caso a Companhia seja
considerada uma PFIC para um determinado exercício tributável, os detentores americanos de ações preferenciais classe A ou ADSs
devem consultar seus assessores tributários com relação a suas exigências de relatórios anuais.

Imposto Medicare sobre “Nova Receita de Investimentos”

Alguns detentores norte-americanos pessoas físicas, espólios ou fundos devem pagar um imposto adicional de 3,8% sobre, entre outras
coisas, dividendos e ganhos de capital pela venda ou outra forma de alienação de ações preferenciais classe A e ADSs.

Divulgações de Ativos Estrangeiros

Certos detentores americanos que são pessoas físicas devem divulgar informações referentes a sua participação em nossas ações
preferenciais classe A ou ADSs, salvo algumas exceções (incluindo uma exceção para as ações ou ADSs mantidas em contas de custódia
em instituições financeiras). Detentores americanos de ações preferenciais classe A ou ADSs são incentivados a consultar seus

ii
assessores tributários acerca da eventual exigência de divulgarem informações sobre sua titularidade e alienação de nossas ações
preferenciais classe A ou ADSs.

Apresentação de informações e retenção na fonte

As exigências de imposto de retenção na fonte dos Estados Unidos e de apresentação de informações se aplicam, de modo geral, a
alguns pagamentos efetuados a certos detentores de ações que não sejam pessoa jurídica. A apresentação de informações, de modo
geral, se aplica a pagamentos de dividendos às ações preferenciais classe A ou ADS, e ao produto da venda ou resgate das mesmas,
efetuados nos Estados Unidos a um detentor de nossas ações preferenciais classe A ou de ADS, ressalvado beneficiário isento, inclusive
pessoa jurídica, beneficiário que não seja pessoa dos Estados Unidos que forneça atestado pertinente e certas outras pessoas. A retenção
na fonte será pertinente a quaisquer pagamentos de dividendos às ações preferenciais classe A ou ADS, ou ao produto das vendas ou
resgate das mesmas, nos Estados Unidos, em favor de detentor, ressalvado beneficiário isento, caso o detentor deixe de fornecer seu
número de identificação de contribuinte correto ou de outra forma deixe de cumprir as exigências de imposto de retenção na fonte ou
comprove isenção das mesmas. A alíquota do imposto de retenção na fonte é de 24%.

A retenção de reserva não é um imposto adicional. Em geral, detentores terão o direito de creditar quaisquer quantias retidas nos termos
das regras de retenção de reserva contra suas obrigações de imposto de renda federal dos Estados Unidos ou à restituição das quantias
retidas, desde que as informações necessárias sejam fornecidas oportunamente ao Departamento da Receita Federal (IRS) dos EUA.

A descrição acima não pretende ser uma análise completa de todas as implicações fiscais relativas à titularidade e alienação das ações
preferenciais classe A ou das ADSs. Os compradores em potencial deverão buscar orientação de seus próprios consultores fiscais acerca
das implicações fiscais de suas situações em particular.
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Documentos em Exibição

As declarações contidas neste relatório anual acerca do conteúdo de qualquer contrato ou outro documento não são necessariamente
completas e, nos casos em que o contrato ou outro documento seja um anexo do presente relatório anual, cada uma dessas declarações
ficará qualificada em todos os aspectos pelas disposições efetivas do contrato ou demais documentos.

Estamos sujeitos às exigências de apresentação de informações da Lei de Mercado de Capitais (Exchange Act) aplicáveis a emitente
privado estrangeiro e, por conseguinte, apresentamos ou fornecemos relatórios, declarações de informações e demais informações à
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Como emissor privado estrangeiro, estamos isentos, de acordo com o Exchange Act, entre outros aspectos, das normas que determinam
o fornecimento e o conteúdo de procurações, e os membros de nosso conselho de administração e da nossa diretoria, bem como nossos
principais acionistas, estão isentos das normas denominadas short-swing profit recovery rules (norma que impede diretores, conselheiros
ou detentores de mais de 10% das ações da companhia de realizarem lucros de curto prazo por terem acesso a informações privilegiadas
da companhia) contidas na Seção 16 do Exchange Act. Adicionalmente, como emissor estrangeiro privado, não somos obrigados, de
acordo com o Exchange Act, a arquivar relatórios e demonstrações financeiras periódicos com a SEC com a mesma frequência ou em
espaço de tempo tão curto quanto empresas dos Estados Unidos cujos valores mobiliários são registrados de acordo com o Exchange
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Cópias de relatórios e outras informações por nós arquivados na SEC ou a ela fornecidos poderão ser examinados e copiados na sala de
consulta pública mantida pela Comissão em 100 F Street, N.E. Washington, D.C. 20549. Cópias desse material também poderão ser
obtidas por correio junto à Seção de Consulta Pública da Comissão, às taxas determinadas. Favor telefonar para a SEC em 1-800-SEC-
0330 para obter informações adicionais acerca da sala de consulta pública. A SEC também mantém um site na Internet, que possibilita
o acesso eletrônico a esses materiais: www.sec.gov.

Também arquivamos demonstrações financeiras e outros relatórios periódicos junto à Comissão de Valores Mobiliários,
disponibilizados ao investidor nos escritórios da CVM localizados à Rua Sete de Setembro, 111, 2° andar, Rio de Janeiro, RJ, e à rua
Cincinato Braga, 340 2º, 3º e 4º andar, São Paulo, SP. Os números de telefone da CVM no Rio de Janeiro e em São Paulo são
respectivamente 55-21-3554-8686 e 55-11-2146-2097.

Cópias do nosso relatório anual no Formulário 20-F e dos documentos mencionados neste relatório anual e do nosso Estatuto Social,
bem como outros documentos exigidos para arquivamento, e disponibilização, na SEC e CVM, também estão disponíveis para
inspeção mediante solicitação, em nossos escritórios, na Rua Lemos Monteiro, 120 – 24° andar, Butantã—São Paulo—SP, CEP
05501-050, Brasil. Nossos arquivamentos também são disponibilizados ao público na Internet, em www.braskem-ri.com.br. As
informações constantes do nosso site na Internet ou que podem ser acessadas através dele não estão incluídas neste relatório anual
nem a ele incorporadas por referência.

ii
ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO

O risco de mercado é definido como a perda potencial decorrente de variações adversas de taxas e preços de mercado. Estamos expostos
a uma série de riscos de mercado em decorrência de nossas atividades comerciais normais. Tais riscos não estão sob nosso controle e
envolvem principalmente a possibilidade de que as variações das taxas de juros, taxas de câmbio ou dos preços de commodities
prejudiquem o valor de nossos ativos e passivos financeiros ou dos fluxos de caixa e lucros futuros.

Para mitigar os riscos de mercado aos quais estamos expostos, usamos e podemos usar instrumentos derivativos de moeda estrangeira,
taxa de juros e commodities, além de caixa e recebíveis. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia mantinha opções de moedas no
valor referencial total de R$ 2.232 milhões em opções de venda e de US$ 1.594 milhões em opções de compra. Além disso, possui
swaps de taxas de juros relacionado ao Projeto Etileno XXI no valor referencial total de US$ 798,46 milhões. Esses swaps de taxas de
juros em moedas cruzadas estão casados com nossas obrigações de dívida.

A Companhia apura o impacto potencial e consolidado de riscos de mercado e busca mitigar os riscos apurados de acordo com a nossa
política de gerenciamento de risco.

A política de gestão de risco cambial, adotada a partir de 30 de março de 2017 pelo nosso conselho de administração e atualizada pela
última vez em setembro de 2018, cobria o gerenciamento de fluxo e liquidez de caixa, investimento em disponibilidades, atividades de
financiamento e garantias e gerenciamento de riscos de câmbio e commodities. Essa política reflete nossos procedimentos conservadores
relativos a práticas financeiras e gestão de riscos. Seu objetivo é gerenciar e prever os riscos com base na avaliação contínua de vários
elementos-chave, incluindo a saúde financeira da Companhia em geral, quaisquer operações que tenhamos com partes associadas,
nossos ratings, riscos de contraparte e estratégias de hedging. Além disso, a política visa assegurar o alinhamento dos objetivos das
equipes financeiras com os objetivos gerais da Braskem.

Não realizamos operações com derivativos para fins especulativos.

Em 31 de dezembro de 2018, tínhamos R$ 3.662 milhões em disponibilidades e investimentos financeiros em moedas estrangeiras, que
podem compensar parcialmente os efeitos de uma desvalorização do real frente a moedas estrangeiras sobre nossa capacidade de pagar
o serviço da dívida em moedas estrangeiras, até o limite dessas disponibilidades e outros investimentos.

Risco de taxa de juros

Nossa exposição a taxas de juros variáveis está sujeita principalmente às variações da LIBOR para empréstimos e aplicações de curto
prazo em reais, variações da TLP, CDI e IPCA.

Com relação às taxas de juros brasileiras:

 a taxa CDI de curto prazo diminuiu para 6,40% por ano em 31 de dezembro de 2018, de 6,89% ao ano em 31 de dezembro de
2017 e de 13,63% ao ano em 31 de dezembro de 2016;

 a TLP aumentou para 7,06% por ano em 31 de dezembro de 2018, de 7% ao ano em 31 de dezembro de 2017 e 7,5% ao ano
em 31 de dezembro de 2016; e

 o IPCA registrado em 2018 foi de 3,75%, um aumento em comparação a 2,95% em 2017 e 6,29% em 2016.

ii
A tabela a seguir fornece informações sobre nossos instrumentos mais significativos sensíveis a taxa de juros:

Cronograma de pagamentos – Composição por tipo de taxa de juros


Em 31 de dezembro de 2018
Data prevista de vencimento
Valor
2019 2020 2021 2022 2023 Em diante Total justo(1)
(em milhões de reais, exceto quando indicado)
Passivo:
Empréstimos e financiamentos (exclui
debêntures):
Taxa fixa, em dólares............................. 412.9 1.473,3 3.686,2 2.010,3 2.010,3 12.957,8 22.550,7 24.888,2
Taxa de juros média ....................... 5,9% 6,9% 5,7% 5,3% 3,5% 5,9%
Taxa variável, em dólares ................... 260,6 250,0 250,0 249,8 172,5 775,2 1.957,9 1.746,5
Taxa de juros média (acima da
LIBOR) .............................................. 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1% 1,1%
Taxa fixa do Project Finance do
Projeto Etileno XXI, denominada em
dólares ............................................... 2.640,8 - - - - - 2.640,8 2.329,6
Taxa de juros média ..................... 4,8% - - - - -
Taxa variável do Project Finance do
Projeto Etileno XXI, denominada em
dólares ............................................... 7.953,3 - - - - - 7.953,3 7.038,3
Taxa de juros média ........................... 3,9% - - - - -
Taxa fixa, em reais ................................. 120,0 84,6 51,7 46,4 14,6 12,3 329,6 293,7
Taxa de juros média ........................ 5,4% 5,6% 5,9% 6,1% 4,4% 6,5%
Taxa variável, em reais ................... 19,0 12,5 12,5 12,5 212,5 221,9 490,9 371,5
Taxa de juros média (% do CDI) 7,6% 8,2% 8,2% 8,2% 6,5% 6,6%
Taxa variável, em reais .................. 0,2 0,2 0,1 - - - 0,6 0,5
Taxa de juros média (acima da TLP) 6,0% 6,0% 6,0% - - -
Taxa variável, em reais ................... 15,3 33,9 38,1 38,1 38,1 47,6 211,2 186,0
Taxa de juros média (acima do IPCA) 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0%

Total de empréstimos e financiamentos 11.286,8 1.736,0 3.948,7 2.272,6 2.395,3 13.954,9 36.135,0 36.854,2

Ativo:
Caixa e equivalentes de caixa e outros
instrumentos:
Taxa fixa, em moeda estrangeira…. 3.661,8 - - - - — 3.661,8 3.661,8
Taxa variável, em reais ...................... 4.253,4 - - - - — 4.253,4 4.253,4
Total de caixa e equivalentes de caixa e
outros investimentos............................. 7.915,2 - - - - — 7.915,2 7.915,2
______________________________
(1) Representa o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros das obrigações convertidos em reais pelo valor de justo em 31 de dezembro de 2018.

Na hipótese da taxa de juros média aplicável a nossos ativos financeiros e endividamento em 2019 ser 1 ponto percentual maior do que
a taxa de juros média em 2018, nossas receitas financeiras aumentariam em aproximadamente R$ 79,2 milhões e as despesas financeiras,
em aproximadamente R$ 361,3 milhões.

Risco cambial

Nossos passivos expostos a risco cambial são primordialmente denominados em dólares norte-americanos. Para compensar parcialmente
o risco de desvalorização do real em relação do dólar dos Estados Unidos, mantemos atualmente ativos líquidos disponíveis
denominados em dólares norte-americanos e contratamos instrumentos derivativos. Além disso, visando representar melhor o real risco
cambial relacionado a exportações futuras, a Companhia designou parte dos seus passivos denominados em dólares norte-americanos
como instrumentos de hedge através de hedge accounting em 1º de maio de 2013. Uma vez que tomamos empréstimos nos mercados
internacionais para dar suporte às nossas operações e investimentos, ficamos expostos aos riscos de mercado decorrentes das variações
das taxas de câmbio e de juros.

ii
A tabela a seguir fornece informações sobre nossa exposição cambial significativ a:

Cronograma de ativos e passivos – Composição por moeda


Em 31 de dezembro de 2018 – Data prevista de vencimento
Valor
2019 2020 2021 2022 2023 Após 2022 Total Justo (1)
(em milhões de reais)
Passivo:
Empréstimos, financiamentos e
fornecedores:
Empréstimos e financiamentos
denominados em dólares ............... 11.267,5 1.723,2 3.936,1 2.260,1 2.182,8 13.733,0 35.102,8 28.262,5
Contas a pagar denominadas em
dólares ........................................... 5.841,7 - - - - - 5.841,7 5.841,7
Total de empréstimos,
financiamentos e fornecedores .... 17.109,2 1.723,2 3.936,1 2.260,1 2.182,8 13.733,0 40.944,5 34.104,2
Ativo:
Caixa e equivalentes de caixa e
outros investimentos denominados
em moeda estrangeira 3.661,8 - - - - - 3.661,8 3.661,8
Total de caixa e equivalentes de
caixa e outros investimentos ........ 3.661,8 - - - - - 3.661,8 3.661,8

Hedge accounting ....................


Exportações/Vendas designadas para
hedge accounting .................... 3.730,8 3.836,8 3.947,7 3.765,2 4.071,8 12.650,0 32.002,2 32.002,2
__________________________
(1) Representa o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros das obrigações convertidos em reais pelo valor justo de mercado em 31 de dezembro de 2018.

A nossa exposição cambial enseja riscos de mercado associados a variações cambiais do real frente ao dólar dos Estados Unidos. Os
passivos denominados em moeda estrangeira em 31 de dezembro de 2018 eram compostos principalmente de dívida expressa em
dólares. Nossa dívida em dólares, inclusive dívida de curto prazo e a parcela corrente da dívida de longo prazo, era de R$ 35.103 milhões
(US$ 9.059 milhões) e R$ 32.156 milhões (US$ 10.142) em 31 de dezembro de 2017. Essa exposição cambial é representada por dívida
sob a forma de notas, linhas de crédito para pagamento antecipado de exportação e empréstimos de capital de giro.

O nosso caixa e fundos disponíveis em dólares norte-americanos nos protegem parcialmente contra a exposição decorrente da dívida
denominada em dólares norte-americanos. Da mesma forma, receitas de vendas e exportações futuras parcialmente compensaram tal
exposição cambial da dívida denominada em Dólar, sendo que a Companhia adotou o tratamento de hedge accounting para melhor
representar sua real exposição. Desde 2016, a Braskem passou a reconhecer a variação cambial, mantida em “Outros resultados
abrangentes”, na demonstração dos resultados, conforme o cronograma de designação de vendas e exportações futuras (para mais
informações, vide nota 17 das demonstrações financeiras consolidadas auditadas anexas a este relatório anual).

Na hipótese de depreciação de 10% do real em relação ao dólar durante 2018, em comparação com a taxa de câmbio real/dólar dos
Estados Unidos em 31 de dezembro de 2017, nossas despesas financeiras indexadas em dólar em 2018 aumentariam R$ 3.510 milhões
e as receitas financeiras aumentariam R$ 366 milhões.

Preços de commodities

Embora realizemos swaps de commodities relativos a transações específicas, atualmente não fazemos hedge de nossa principal
exposição a variações dos preços da nafta, nossa principal matéria-prima, que estão atrelados a preços do Mercado internacional
expressos em dólares no caso da nafta e outros derivados de petróleo. Não fazemos hedge dessa principal exposição em parte porque
uma parcela de nossas vendas são exportações a pagar em moedas estrangeiras e atreladas aos preços internacionais de Mercado dessas
commodities expressos em dólares e em parte porque os preços dos produtos de polietileno, polipropileno e PVC vendidos no mercado
interno em geral refletem os preços do mercado internacional desses produtos expressos em dólares e convertidos em reais. Em períodos
de alta volatilidade da taxa de câmbio real/dólar dos Estados Unidos, há frequentemente uma defasagem entre o momento em que o
dólar dos Estados Unidos se valoriza e o momento em que nós podemos efetivamente repassar os aumentos de preços resultantes em
reais a nossos clientes no Brasil. Desta forma, se o preço em dólares da nafta aumentar abruptamente ou se o real se desvalorizar
abruptamente em relação ao dólar no futuro, podemos não ser capazes de repassar imediatamente os correspondentes aumentos dos
custos da nafta a nossos clientes no Brasil, o que poderia exercer um efeito negativo relevante sobre o resultado de nossas operações e
nossa situação financeira. Vide “Item 3. Principais Informações—Fatores de risco—Riscos relativos à Companhia e ao setor
petroquímico”.

ii
ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES

O Bank of New York Mellon, designado como banco depositário da Companhia em dezembro de 2016, cobra taxas pela entrega e
resgate de ADSs diretamente dos investidores que depositam ações ou resgatam ADSs ou de intermediários agindo no nome deles. O
depositário também cobra taxas por fazer distribuições aos investidores, deduzindo tais taxas dos valores distribuídos, ou vendendo uma
parte dos bens a distribuir para pagar as taxas. O depositário pode cobrar sua taxa anual de serviço por meio de deduções das distribuições
em numerário ou faturando diretamente os investidores, ou ainda debitando as contas do sistema de escrituração de participantes que
atuam em seu nome. O depositário pode recusar-se a fornecer serviços que exigem taxas até suas taxas por esses serviços terem sido
pagas.

Às pessoas que depositam ou retiram ações cabem os seguintes encargos:

 US$ 5,00 por cada 100 ADSs (ou fração das mesmas) emitidas, entregues, reduzidas, canceladas ou conferidas (conforme o
caso) mais qualquer outra taxa adicional cobrada por autoridades governamentais ou outras instituições, tais como a Companhia
Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC);

 taxa de US$ 0,04 ou menos por ADS para qualquer distribuição de Proventos nos termos do Acordo de Depósito;

 taxa de US$ 1,50 por ADR ou ADRs para transferências nos termos do Acordo de Depósito.

 taxa por distribuição ou venda de títulos e valores mobiliários;

 taxa total de US$ 0,04 ou menos por ADS por ano-calendário (ou fração) pelos serviços prestados pela Instituição Depositária na
administração das ADRs;

 taxa pelo reembolso de tais encargos, taxas e despesas incorridos pela Instituição Depositária e/ou quaisquer outros agentes; e

 taxas de transferência ou registro para o registro ou transferência dos Títulos e Valores Mobiliários Depositados em qualquer
órgão escriturador aplicável por ocasião do depósito ou retirada dos Títulos e Valores Mobiliários Depositados.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018, recebemos de ambos os depositários das ADSs US$ 685.217,03 que foram usados
para fins societários gerais, como o pagamento de custos e despesas referentes a (1) prepare e distribuição de materiais de procuração,
(2) preparo e distribuição de materiais de marketing e (3) serviços de consultoria e outros serviços relativos a relações com investidores.

ii
PARTE II

ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA

Não se aplica.

ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES NOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NO USO DOS RECURSOS

Não se aplica.

ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS

Controles e Procedimentos de Divulgação


A Administração da Companhia, inclusive o seu Diretor Presidente e Diretor Financeiro, avaliaram a eficácia dos controles e
procedimentos de divulgação da Companhia (conforme definido na Regra 13a-15(e) e 15d-15(e) nos termos do Securities Exchange
Act de 1934, conforme alterado (“Exchange Act”)) em 31 de dezembro de 2018. Com base na sua avaliação, o Diretor Presidente e o
Diretor Financeiro da Companhia concluíram que, como resultado das seguintes deficiências relevantes nos controles internos da
Companhia relativos à divulgação financeira, em 31 de dezembro de 2018, os controles e procedimentos de controle da Companhia não
eram suficientemente eficazes para garantir, de maneira razoável, que as informações exigidas nos relatórios arquivados ou enviados
nos termos do Exchange Act sejam registradas, processadas, resumidas ou divulgadas dentro dos prazos previstos nas normas e
formulários aplicáveis, e é de responsabilidade da Administração, inclusive do Diretor Presidente e do Diretor Financeiro, conforme o
caso, permitir a tomada de decisão oportuna com relação às divulgações necessárias.

Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos dos Relatórios Financeiros


A administração da Companhia é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre divulgação financeira,
conforme definidos nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) do Exchange Act. Os controles internos da Companhia sobre a divulgação
financeira é um processo que visa fornecer certeza razoável com relação à confiabilidade da divulgação das informações financeiras e
a preparação de demonstrações financeiras consolidadas para fins externos, em conformidade com os princípios contábeis geralmente
aceitos. Os controles internos da Companhia sobre a divulgação financeira incluem as políticas e procedimentos que: (1) pertençam à
manutenção de registros que, em um nível razoável de detalhes, reflitam de maneira precisa e adequada as transações e vendas de ativos
da Companhia; (2) ofereçam um nível razoável de certeza de que as transações estejam registradas da forma adequada para permitir a
elaboração das demonstrações financeiras consolidadas conforme os princípios contábeis geralmente aceitos, e que as receitas e despesas
da Companhia sejam realizadas somente conforme autorizado pela administração e pelo conselho da companhia; e (iii) ofereçam certeza
razoável com relação à prevenção ou detecção oportuna de aquisições, utilização ou vendas não autorizadas de ativos da Companhia
que possam causar um impacto relevante nas demonstrações financeiras consolidadas.
Em razão das suas limitações inerentes, o controle interno de divulgação financeira pode não ser capaz de prevenir ou detectar erros.
Além disso, as projeções de qualquer avaliação acerca da eficácia do controle interno para períodos futuros estão sujeitas ao risco de
que os controles possam tornar-se inadequados em razão de mudanças nas condições e da deterioração do nível de aderência às políticas
ou procedimentos.
A administração da Companhia, com a participação do CEO e do CFO, sob a supervisão do Conselho de Administração, avaliou a
eficácia dos controles internos da Companhia sobre a divulgação financeira em 31 de dezembro de 2018 com base nos critérios
estabelecidos em Controle Interno – Estrutura Integrada (2013) emitido pelo Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão
Treadway (“COSO”). Com base na avaliação, a administração da Companhia concluiu que, em 31 de dezembro de 2018, os controles
internos da divulgação financeira não foram eficientes em razão da deficiência relevante descrito abaixo. Uma deficiência relevante é
uma deficiência de controle, ou uma combinação de deficiências de controle, nos controles internos de divulgação financeira que
resultem em uma possibilidade razoável de não se poder evitar ou detectar a tempo um erro significativo nas demonstrações financeiras
consolidadas anuais da Companhia.
Deficiências Relevantes nos Controles Internos de Divulgação Financeira

A Companhia identificou uma deficiência relevante em seu ambiente de controle: um complemento insuficiente de recursos com
nível adequado de conhecimento, domínio e competências proporcional às exigências de divulgação financeira da Companhia em certas
áreas. Isso resultou em uma deficiência relevante na avaliação de riscos da Companhia, uma vez que não tinha os recursos necessários
para efetivamente implementar e executar seus processos e controles da avaliação de riscos. Além disso, conforme descrito abaixo, a
Companhia tinha vários controles ineficientes que também indicavam a existência de deficiências materiais em seus componentes de
informações, comunicação e monitoramento dos controles internos das divulgações financeiras. Essas deficiências relevantes
provocaram ou foram provocadas pelas seguintes falhas de controle, que constituíam deficiências relevantes ou contribuíram para
deficiências relevantes:

(i) Projeto e operação ineficientes dos controles gerais de tecnologia da informação (GITCs) relacionados à gestão de mudança
de acesso de usuário e de programas sobre todos os sistemas operacionais de TI, bases de dados e aplicativos que dão suporte

ii
aos processos de divulgação financeira da Companhia, resultando em controles de processos de negócios dependentes dos
sistemas de TI afetados também considerados ineficientes por causa do impacto negativo sobre eles;

(ii) Projeto ineficiente de controles sobre a compra de matérias-primas;

(iii) Projeto ineficiente dos controles sobre a contratação e pagamento de serviços jurídicos;

(iv) Projeto e operação ineficientes de controles sobre a provisão de contingências legais; e

(v) Projeto e operação ineficientes de controles dentro do processo de divulgação financeira que abrange a análise de transações
complexas e incomuns e a preparação e revisão das demonstrações financeiras, incluindo a aplicação técnica dos princípios
contábeis geralmente aceitos e a aplicabilidade de divulgações exigidas. Para citar um caso, a Companhia não avaliou de forma
completa um acordo firmado com autoridades no Brasil que levaram à dedução fiscal imprópria nos termos da Transação Penal
assinada em 2016 com as autoridades norte-americanas.

As deficiências relevantes (iv) e (v) acima resultaram em erros significativos que foram corrigidos nas demonstrações financeiras
consolidadas. As deficiências relevantes (i), (ii) e (iii) não resultaram em erro significativo.

A KPMG Auditores Independentes, escritório registrado e independente de contabilidade, emitiu uma opinião adversa de
auditoria sobre a eficácia do controle interno da Companhia sobre relatórios financeiros na data base de 31 de dezembro de 2018,
conforme consta no relatório que integra este relatório anual.

Ações de remediação que tratem das deficiências relevantes divulgadas em 2018

A administração tomou diversas ações para aprimorar o ambiente de controle e continuar a monitorar a maturidade e eficácia operacional
dos controles projetados e implementados. Para remediar as deficiências relevantes, a Companhia, liderada pelo CEO e o CFO, está
implementando e monitorando as seguintes ações específicas:

Com relação às deficiências relevantes relativas à avaliação de ambiente de controle e riscos, a Companhia mantém o foco em garantir
as estruturas contábeis adequadas com as habilidades e recursos técnicos necessários para contabilizar transações específicas e avaliar
os riscos associados com a divulgação financeira, bem como garantir que os indivíduos envolvidos na avaliação de riscos possuam o
tempo e as habilidades técnicas necessárias para desempenhar uma adequada avaliação de riscos sobre as demonstrações financeiras.
Além disso, conforme descrito com mais detalhes abaixo, a Companhia mantém o foco em garantir que os controles sejam projetados
e estejam em operação para mitigar completamente os riscos associados com as demonstrações financeiras ao abordar todos os
componentes e princípios de controle interno sobre a divulgação financeira.

A Companhia, liderada pelo CEO e o CFO, está implementando e monitorando as seguintes ações específicas:

(i) Projeto e operação ineficiente dos GITCs:

- procedimentos internos para usuários com acesso privilegiado e controles para monitorá-los;

- controles para a aprovação do acesso;

- controles sobre mudanças em aplicativos feitas por usuários com acesso privilegiado;

- protocolos de gestão de acesso (conceder, alterar ou revogar o acesso);

- parâmetros para gestão de mudança; e

- segregação de funções entre o desenvolvimento e a migração de mudanças no ambiente de produção.

(ii) Projeto ineficiente de controles sobre a compra de matérias-primas:

- controles de revisão sobre a compra e o pagamento por matérias-primas;

- uma análise quantitativa e qualitativa de matérias-primas previamente compradas; e

- controles de monitoramento para inspecionar a eficácia dos controles existentes sobre a compra de matérias-
primas (incluindo controles sobre o faturamento de restituição sobre o valor de compras e possível recolhimento
de restituição sobre o valor de compras faturadas previamente).

ii
(iii) Projeto ineficiente dos controles sobre a contratação e pagamento de serviços jurídicos:

- procedimentos de due diligence para prestadores de serviços terceirizados;

- sessões de treinamento de conformidade para funcionários e terceiros;

- revisão da política de assuntos jurídicos;

- requisição de documentação adequada de suporte para serviços jurídicos;

- diretriz de delegação de autoridade que estabelece os limites de aprovação; e

- contratação de responsável pelas operações jurídicas, para ficar à frente da fiscalização e aperfeiçoamento dos
processos e controles acerca do pagamento por serviços jurídicos, garantindo a efetivação destes.

(iv) Projeto e operação ineficientes de controles sobre a provisão de contingências legais:

- controles de revisão sobre as informações contidas na base de dados de contencioso para garantir sua precisão;

- análise de informações utilizadas na execução de controles sobre contingências legais para garantir a completude
e a precisão dos relatórios utilizados para executar os controles;

- reconciliação do sistema de gestão de contencioso e do livro razão geral;

- controles sobre a atualização oportuna de dados no sistema de gestão de contencioso, com base nas informações
fornecidas por escritórios de advocacia; e

- protocolos de comunicação entre os departamentos jurídico e de contabilidade com relação às provisões legais e
as mudanças relacionadas.

(v) Projeto e operação ineficientes de controles dentro do processo de divulgação financeira:

- contratação de pessoa responsável pela fiscalização de processos e controles relacionados ao processo de


divulgação financeira;

- controle para preparar e revisar uma checklist sobre divulgações exigidas nas demonstrações financeiras;

- instruções apropriadas às equipes de contabilidade para a preparação e revisão de todos os documentos para fins
de consolidação, incluindo fluxo de caixa e divulgações;

- controles de revisão sobre as transações significativas incomuns;

- treinamento sobre regulação corporativa e padrões contábeis; e

- melhoria na comunicação do departamento de contabilidade corporativo com as equipes de contabilidade das


controladas.

Ações de remediação que tratem das deficiências materiais divulgadas em 2017

A Companhia implementou procedimentos e atividades de controle aprimorados, que permitiram a remediação de certas deficiências
relevantes descritas no relatório anual de 2017 do Formulário 20-F.

Esforços de remediação relacionados ao ambiente de controle – tone at the top e indicação de Conselheiros

A Braskem realizou diversas ações relativas a conceitos de conformidade, exigências e ferramentas sistêmicas visando à melhoria do
ambiente de controle e do processo decisório pelos Conselheiros (tone at the top).
Em 2018, o Estatuto Social da Braskem foi revisto, alguns Conselheiros foram substituídos e um novo controle relacionado ao due
diligence de integridade foi implementado para garantir que todos os Conselheiros sejam submetidos à análise, como parte do processo
“Conheça seu funcionário (Know your employee – KYE)”. Além disso, os Conselheiros estão participando de sessões de treinamento
sobre questões de conformidade, e a Companhia possui políticas de conformidade que impactam a remuneração variável.

Como resultado da implementação e do teste dos processos e controles implementados, a administração da Companhia concluiu que a
deficiência relevante se encontrava remediada em 31 de dezembro de 2018.

Esforços de remediação relativas a programas e controles anticorrupção:

ii
A Braskem realizou uma série de ações estruturais visando manter um Programa de Conformidade e Controles anticorrupção eficaz,
visando prevenir e detectar o descumprimento do Foreign Corrupt Practices Act de 1977 (“FCPA”) e demais leis anticorrupção
aplicáveis. O atual Programa de Conformidade estabelece iniciativas de curto, médio e longo prazo, e as recomendações recebidas por
autoridades locais e estrangeiras (tais como os monitores externos) foram implementadas no curto prazo, de maneira prioritária. Existem
ainda outras ações que foram concluídas subsequentemente com o objetivo de fortalecer e realizar novas melhorias.

Até 31 de dezembro de 2018, a Companhia implementou diversos esforços de remediação relacionadas ao Programa de Conformidade
Anticorrupção e seus respectivos controles:

(i) Aumento do quadro de integrantes da área de Conformidade, incluindo a contratação de Compliance Officers para atender
os países estrangeiros (México, Estados Unidos, Holanda e Alemanha);

(ii) Eleição de três novos membros independentes do Conselho de Administração da Companhia para o Comitê de
Conformidade, aumentando a transparência e independência de julgamento;

(iii) Designação e contratação de monitor independente junto ao Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) e ao Ministério
Público Federal (MPF), e revisão de processos e documentos da Companhia pelo monitor;

(iv) Aprovação e/ou revisão de documentação normativa (políticas, diretrizes e procedimentos): Código de Conduta, Código de
Conduta para Terceiros, Política Global Anticorrupção, Diretriz e Procedimento para Relações com Agentes Públicos,
Política Global de Gestão de Riscos, Transações com Partes Relacionadas da Braskem S.A., Diretriz sobre Auditoria
Interna, Diretriz sobre Controles Internos, Diretriz Global sobre Compras, Diretriz Global sobre Vendas, Diretriz sobre
Patrocínio e Doações, Diretriz sobre Delegação de Autoridade, Diretriz sobre Due Diligence de Integridade para Terceiros,
Diretriz sobre Medidas Disciplinares, Diretriz sobre Cartão de Crédito Corporativo, Diretriz sobre Pagamentos de
Tesouraria, Diretriz sobre Viagem a Negócios, Diretriz sobre Seleção de Pessoas (contratação de funcionários,
Procedimento para o pagamento de comissões de agentes, Protocolos de Pesquisa de Canal de Ética, Diretriz sobre Conflitos
de Interesses e outros;

(v) Terceirização do Canal Linha de Ética (denúncias) e melhorias da ferramenta de recebimento de denúncias;

(vi) Continuação do Programa de Treinamento, com base no Sistema de Conformidade, para os funcionários (inclusive nos
Conselhos) e para terceiros;

(vii) Aprovação de documentação normativa relacionada às interações com políticos e executivos de sociedades de capital
aberto;

(viii) Desenvolvimento da meta corporativa relativa às ações de Conformidade para todos os líderes;

(ix) Participação formal e efetiva nos grupos de trabalho: Anticorrupção da ONU e Integridade do ETHOS;

(x) Melhoria do processo de due diligence de integridade para terceiros;

(xi) Desenvolvimento e aplicação do Plano de Comunicação, disseminando o compromisso da empresa em operar com ética,
integridade e transparência;

(xii) Mapeamentos de riscos e controles e avaliações de efetividade dos controles para os processos corporativos mais relevantes
de empresas com negócios no Brasil, EUA, México, Holanda e Alemanha;

(xiii) Adoção de cláusulas anticorrupção em contratos com terceiros;

(xiv) Implementação de melhorias em controles internos relevantes, incluindo a remediação de deficiências previamente
identificadas nos processos internos (principalmente os pontos fracos relevantes e as deficiências significativas);

(xv) Mapeamento dos controles anti-suborno e anticorrupção e melhoria da gestão de risco da empresa para essas questões;

(xvi) Inclusão de riscos anti-suborno e anticorrupção como escopo dos trabalhos de Auditoria Interna;

(xvii) Definição e revisão da metodologia de gestão de riscos corporativos; e

(xviii) Conclusão dos projetos de Auditoria Interna e comunicação dos pontos de atenção aos líderes. Diversos planos de
remediação foram implementados em resposta a tais questões.

A Companhia implementou o programa de conformidade em anticorrupção e testou os controles relacionados com sucesso. Assim, em
31 de dezembro de 2018, a Companhia concluiu que a deficiência relevante foi remediada.

Esforços de remediação de controles relacionadas à dívida de longo prazo:


ii
Em 2017, a Companhia adotou as seguintes medidas para remediar deficiências materiais relativas a cláusulas não financeiras de dívidas
de longo prazo:

(i) Implementação de melhorias no controle mensal da monitoria de cláusulas restritivas de contratos de dívida de longo
prazo na controlada consolidada da Braskem, Braskem Idesa;
(ii) Implementação dos controles de revisão das dívidas de longo prazo e análises das cláusulas restritivas;
(iii) Estabelecimento de controles e procedimentos nas áreas de Finanças e Contabilidade para garantir o reconhecimento
correto da dívida (obrigações de longo e curto prazo) de maneira oportuna.

A Companhia implementou essas medidas de remediação e testou os controles relacionados com sucesso. Assim, em 31 de dezembro
de 2018, a Companhia concluiu que a deficiência relevante foi remediada.

Esforços de remediação relacionadas a Braskem America:

As equipes da Braskem America desempenham diversas ações a fim de implementar e melhorar processos e controles. Entre essas
ações, estão:

(i) melhorias nos controles de lançamentos manuais no livro diário;

(ii) revisão e implementação de controles de reconciliação, com base na análise de avaliação de risco;

(iii) melhorias nos controles de contagem e controle de estoques;

(iv) criação de rotinas de due diligence, resultando em um processo de banco de dados de contratados mais completo;

(v) melhorias nos controles de reconhecimento de receitas;

(vi) melhorias na documentação de apoio relacionada aos controles internos em geral.

A Companhia implementou essas medidas de remediação e testou os controles relacionados com sucesso. Assim, em 31 de dezembro
de 2018, a Companhia concluiu que a deficiência relevante foi remediada.

Mudanças nos controles internos sobre relatórios financeiros

Além da deficiência relevante identificado ao longo do exercício e as atividades de remediação descritas acima, não houve alterações
nos controles internos de divulgação financeira durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018, que afetariam de forma
relevante ou que se espera que possam vir a afetar de forma relevante os controles internos de divulgação financeira da Companhia.

ii
ITEM 16A. PERITO FINANCEIRO DO CONSELHO FISCAL

Nosso conselho fiscal atualmente inclui "perito financeiro" segundo o significado deste Item 16A. Nosso conselho fiscal determinou
que Ismael Campos de Abreu é nosso perito financeiro do conselho fiscal. As informações biográficas do Sr. Abreu constam do “Item
6. Conselheiros, diretores e funcionários-Conselheiros e diretores-Conselho Fiscal.” Em vista de o nosso conselho não ter feito menção
direta a respeito da independência do Sr. Abreu, como esse termo é definido na Regra 303A.02 do Manual de empresas Listadas da
New York Stock Exchange, ele não é considerado independente segundo esta regra. No entanto, ele atendo os padrões de independência
para conselheiros fiscais de acordo com a Lei das Sociedades por Ações. Vide “Item 6. Conselheiros, diretores e funcionários-
Conselheiros e diretores-Conselho Fiscal” para mais informações.

ii
ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA

Adotamos um código de conduta que se aplica a membros do nosso conselho de administração, conselho fiscal e diretoria bem como a
nossos demais funcionários. O código de conduta atual foi aprovado pelo Conselho de Administração em abril de 2018 e alterado em
setembro de 2018. Esse código de conduta pode ser acessado em nosso website http://www.braskem.com.br. No entanto, nenhuma das
informações contidas em nosso website ficam incorporadas ou de outra forma passam a integrar o presente relatório anual.

ii
ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS DOS AUDITORES PRINCIPAIS

Honorários relacionados e não relacionados a auditoria

A tabela a seguir contém os honorários faturados à Companhia por escritório registrado e independente de contabilidade, a KPMG
Auditores Independentes no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2018 e a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes no
exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017.

Exercício encerrado em 31 de dezembro


2018 2017
(em milhões de reais)

Honorários de auditoria
(1)
................................................................................................................................. 11,9 39,7
Honorários relacionados a
auditoria
................................................................................................................................. 0,0 2,0
Consultoria tributária
(2)
................................................................................................................................. 1,9 1,2
Todos os outros
honorários
................................................................................................................................. 0,0 0,0
Total dos
honorários
................................................................................................................................. 13,8 43,0
______________
(1) Honorários de auditoria representam o total dos honorários faturados por escritório registrado e independente de contabilidade com relação à auditoria das
demonstrações financeiras anuais, revisões intermediárias, e reservas relacionadas à auditoria e exame de demonstrações financeiras e outros documentos
apresentados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
(2) Consultoria tributária representa o total dos honorários relativos a revisões tributárias faturados por escritório registrado e independente de contabilidade.

Políticas e procedimentos de aprovação prévia

Os nossos conselho fiscal e conselho de administração aprovaram a Política de Aprovação Prévia de Serviços Relacionados a Auditoria
e Não Relacionados a Auditoria que estabelece os procedimentos e as condições segundo os quais os serviços propostos a serem
prestados por nossos auditores independentes registrados poderão ser previamente aprovados. Esta política destina-se a (1) conceder
tanto aprovação prévia genérica de certos tipos de serviços por meio do uso de programa estabelecido anualmente prevendo os tipos de
serviços que já foram previamente aprovados para um determinado exercício e, no que respeita a serviço não incluído em programa
anual, aprovação prévia especial de serviços em base caso a caso pelo nosso conselho fiscal e por nossos auditores independentes
registrados e (2) avaliar o cumprimento dos procedimentos e políticas de aprovação prévia. Nossa administração periodicamente relata
ao nosso conselho fiscal a natureza e escopo dos serviços relacionados e não relacionados a auditoria prestados por nossos auditores
independentes registrados, estando também obrigada a reportar ao nosso conselho fiscal qualquer violação desta política de que nossa
administração tomar conhecimento.

ITEM 16D. ISENÇÕES DAS NORMAS DE LISTAGEM EM BOLSA PARA COMITÊ DE AUDITORIA

Estamos nos enquadrando na isenção genérica das normas de listagem com referência a conselhos fiscais prevista na Regra 10A-3(c)(3)
da Lei do Mercado de Capitais (Exchange Act) pelos seguintes motivos:

 a Companhia é um emissor privado estrangeiro que possui um conselho fiscal, que constitui um conselho de auditores (ou
órgão similar) instituído e selecionado nos termos da lei brasileira e como expressamente ali permitido;

 a lei brasileira exige que o conselho fiscal seja separado do conselho de administração;

 os membros do nosso conselho fiscal não são eleitos por nossa administração, sendo que nenhum de nossos diretores é membro
do nosso conselho fiscal;

 a lei brasileira fornece padrões de independência do nosso conselho fiscal para com a nossa administração;

 nosso conselho fiscal, em conformidade com seu documento constitutivo, faz recomendações ao nosso conselho de
administração acerca da nomeação, contratação e fiscalização do trabalho de qualquer empresa de auditoria independente
registrada contratada (inclusive, a intermediação de desavenças entre nossas administração e nossos auditores independentes

ii
registrados acerca de relatórios financeiros) com a finalidade de elaborar ou emitir relatório fiscal ou prestar outros serviços de
auditoria, revisão ou certificação para nossa empresa, já que a lei brasileira exige que nosso conselho de administração nomeie,
contrate e supervisione o trabalho dos nossos auditores independentes registrados;

 nosso conselho fiscal (1) implantou procedimentos para receber, contratar e tratar de queixas acerca de questões contábeis, de
controle interno e de problemas de auditoria, inclusive a apresentação de queixas confidenciais e anônimas de empregados
acerca de contabilidade ou auditoria questionável, e (2) tem poderes para contratar advogado independente e demais consultores
conforme se repute necessário para o desempenho de suas funções; e

 nossa empresa remunera nossos auditores independentes registrados e quaisquer consultores externos contratados pelo
conselho fiscal e fornece recursos para despesas administrativas ordinárias incorridas pelo conselho fiscal no decorrer do
desempenho de suas funções.

Não cremos, contudo, que nosso respaldo nesta isenção genérica prejudicará substancialmente a capacidade do nosso conselho fiscal
de atuar de forma independente e de atender às demais exigências das normas de listagem atinentes a conselhos fiscais contidas na
Regra 10A3 nos termos do Exchange Act.

ITEM 16E. COMPRAS DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORAS AFILIADAS

Quantidade total de
ações adquiridas Quantidade máxima
como parte de de ações que podem
planos ou programas ainda ser adquiridas
Quantidade total de Preço médio pago anunciados nos termos dos
ações adquiridas por ação publicamente planos ou programas
Período:
De 29 de agosto de 262.300 R$13,30 1,961000% 13.376.161
2012 a 28 de agosto
de 2013
De 19 de fevereiro 80.000 R$11,58 0,030096% 3.500.000
de 2015 a 18 de
fevereiro de 2016

Em 13 de agosto de 2012, o Conselho de Administração da Companhia autorizou um programa de recompra de ações para recompra de
até 13.376.161 ações preferenciais classe A a valor de mercado na B3 a qualquer momento e de tempos em tempos, até 28 de agosto de
2013. Em 2012, a Companhia recomprou 262.300 ações segundo o programa. Não houve recompra de ações em 2013 e 2014.

Em 11 de fevereiro de 2015, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o quinto programa de recompra de ações, vigente
entre 19 de fevereiro de 2015 e 18 de fevereiro de 2016, através do qual a Companhia poderia adquirir até 3.500.000 ações preferenciais
classe A a valor de mercado.

Até 20 de abril de 2015, a Companhia havia recomprado 80.000 ações preferenciais classe A pelo valor total de R$ 0,9 milhão.

ITEM 16F. ALTERAÇÃO NO CONTADOR CERTIFICADO DO EMISSOR

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, ou PwC, atuou como escritório registrado e independente de contabilidade até o
exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2017. Em 28 de março de 2018, o conselho de administração da Companhia, conforme
recomendação do Conselho Fiscal, aprovou a indicação da KPMG Auditores Independentes, ou KPMG, como escritório registrado e
independente de contabilidade para os exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2018 e 2019. A alteração nos auditores se
deu após o término do contrato entre a Companhia e a PwC, com a dispensa efetivada após a emissão do relatório de auditoria da PwC
para o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2017. Os relatórios da PwC sobre as demonstrações financeiras da Companhia
para cada um dos dois exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2017 e 2016 não continham opinião adversa ou ressalva,
nem foram qualificados ou modificados no que tange incerteza, escopo de auditoria ou princípios contábeis.

Durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2017 e 2016 e o período intermediário subsequente até 28 de março de 2018,
não houve discordância com a PwC sobre qualquer questão de princípios ou práticas contábeis, divulgação de demonstrações de
resultados, ou escopo de procedimentos de auditoria, sendo que tal discordância, caso não resolvido a contento da PwC, teria a levado
a fazer uma referência sobre o assunto em relação aos relatórios de auditoria para os exercícios citados.

Durante os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2017 e 2016 e o período intermediário subsequente até 28 de março de 2018,
quando o Conselho Fiscal aprovou a indicação da KPMG, não havia “eventos a serem relatados” (conforme definição no Item
16F(a)(1)(v) do Formulário 20-F), além da identificação da deficiência relevante no controle interno da Companhia sobre a divulgação

ii
financeira, conforme descrito no “Relatório da Administração sobre o Controle Interno da Divulgação financeira” em cada relatório
anual em Formulário 20-F referente a 2016 e neste relatório anual em Formulário 20-F.

Todas as deficiências relevantes identificadas foram apresentadas ao conselho de administração e à PwC. A Companhia autorizou a
PwC a responder de forma completa os questionamentos do novo escritório registrado e independente de contabilidade com relação a
essas questões.

A Companhia forneceu à PwC uma cópia da divulgação mencionada acima e solicitou ao escritório uma carta endereçada à Comissão
de Valores Mobiliários dos EUA declarando se estão ou não de acordo com essa divulgação. Uma cópia dessa carta está arquivada
como Anexo 16.1 deste Formulário 20-F.

Antes da contratação da KPMG como o escritório registrado e independente de contabilidade, a Companhia não havia consultado a
KPMG com relação: (i) à aplicação dos princípios contábeis para uma transação específica, seja concluída ou proposta; (ii) ao tipo de
opinião de auditoria que poderia ser emitida sobre as demonstrações financeiras; ou (iii) à qualquer questão, seja o assunto de um
discordância (conforme definido no Item 16F(a)(1)(iv) do Formulário 20-F) ou um “evento a ser reportado” (conforme descrito no Item
16F(a)(1)(v) do Formulário 20-F) durante os dois últimos exercícios ou qualquer período intermediário subsequente, incluindo o período
intermediário até a data, inclusive, da contratação da KPMG.

ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA

Em 4 de novembro de 2003, a SEC aprovou as regras finais de governança corporativa estabelecidas pela NYSE. Segundo tais regras,
os emissores privados estrangeiros listados na NYSE, como é o caso da Braskem, estão sujeitos a um conjunto de exigências de
governança corporativa mais limitado do que aquelas impostas a emissores dos Estados Unidos. Na condição de emissor privado
estrangeiro, a Braskem deverá cumprir os seguintes requisitos impostos pela NYSE:

 A Braskem deverá satisfazer as exigências de comitê de auditoria da Regra 10A-3 do Exchange Act;

 O Diretor Presidente da Braskem deverá notificar prontamente a NYSE, por escrito, na eventualidade de algum diretor da
Braskem tomar conhecimento de um descumprimento relevante de qualquer uma das regras aplicáveis de governança

 A Braskem deverá fornecer uma descrição sucinta das diferenças entre as práticas de governança corporativa da Braskem e
aquelas que devem ser seguidas por emissores dos Estados Unidos de acordo com as regras de governança corporativa da
NYSE; e

 A Braskem deverá apresentar à NYSE uma declaração por escrito assinada e anual e uma declaração provisória por escrito
cada vez que ocorrer uma mudança no conselho de administração da Braskem ou em qualquer um dos comitês do conselho de
administração da Braskem que estiverem sujeitos à Cláusula 303A, sempre na forma especificada pela NYSE.

ii
Diferenças significativas

As diferenças significativas entre as práticas de governança corporativa da Braskem e as normas de governança corporativa da NYSE
espelham essencialmente diferenças entre os sistemas legais dos Estados Unidos e do Brasil. A Braskem é obrigada a cumprir as normas
de governança corporativa expostas na Lei das Sociedades por Ações do Brasil, as regras da CVM e as normas aplicáveis da B3, bem
como aquelas enunciadas nos estatutos da Companhia.

As diferenças entre as práticas de governança corporativa da Braskem e as normas de governança corporativa da NYSE são como segue:

Independência dos conselheiros e verificações de independência

Em geral, as normas de governança corporativa da NYSE exigem que as empresas listadas tenham uma maioria de conselheiros
independentes e enuncia os princípios pelos quais uma empresa listada pode concluir se um conselheiro é independente. No entanto,
pelas normas de governança corporativa da NYSE, uma empresa listada (seja ou não dos Estados Unidos) que tenha mais de 50% do
poder de voto detido por outra empresa (“empresa controlada”) não é obrigada a cumprir as seguintes normas de governança corporativa
da NYSE:

 A empresa controlada não precisa ter uma maioria de conselheiros independentes;

 A empresa controlada não precisa designar um comitê de governança corporativa integrado por conselheiros independentes
com um objeto de acordo com as normas de governança corporativa da NYSE; e

 A empresa controlada não precisa ter um comitê de remuneração composto por conselheiros independentes, com um objeto de
acordo com as normas de governança corporativa da NYSE.

Como a maior parte do poder de voto das ações da Braskem é diretamente controlado pela Odebrecht, a Braskem é uma empresa
controlada, e como tal não seria obrigada a ter uma maioria de conselheiros independentes, como se fosse um emissor dos Estados
Unidos.

Embora a Lei da Sociedades por Ações e os estatutos da Braskem determinem normas com respeito a alguns requisitos de qualificação
dos conselheiros, nem a mencionada lei nem os referidos estatutos exigem que a Braskem tenha uma maioria de conselheiros
independentes ou que o conselho de administração ou os gestores da Braskem verifiquem a independência dos conselheiros da Braskem
antes de sua nomeação.

Sessões executivas

As normas de governança corporativa da NYSE requerem que conselheiros de uma empresa listada que não façam parte da diretoria se
reúnam periodicamente sem a presença dos diretores.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, até 1/3 dos membros do conselho de administração da Braskem pode ser eleito para
funções executivas. Os demais conselheiros não executivos não dispõem de poderes expressos para atuar como um controle da diretoria
da Braskem, e não há exigência de que se reúnam periodicamente sem a diretoria. Não obstante o acima, o conselho de administração
da Braskem é totalmente integrado por conselheiros não executivos, e desta forma a Braskem acredita que está de acordo com essa
norma de governança corporativa da NYSE.

Comitês de nomeação/governança corporativa e remuneração

As normas de governança corporativa da NYSE estabelecem que a empresa listada tenha um comitê de nomeação/governança
corporativa e um comitê de remuneração, cada um deles totalmente formado por conselheiros independentes, e cada um com um objeto
por escrito que trata de determinados deveres. No entanto, como empresa controlada, a Braskem não estaria obrigada a cumprir essas
exigências se fosse uma empresa dos Estados Unidos.

Nos termos da legislação brasileira, a Braskem não é obrigada a ter, e portanto não tem um comitê de nomeação/governança corporativa.
Atualmente, todos os conselheiros da Braskem são nomeados por determinados acionistas, entre eles a Odebrecht, em consonância com
acordos de acionistas e os estatutos da Braskem.

A Braskem não é obrigada, pela legislação brasileira, a ter um comitê de remuneração. Contudo, a Braskem conta com um comitê de
pessoal e organização, que é um subcomitê de seu conselho de administração responsável, entre outros aspectos, por analisar propostas
e fazer recomendações ao conselho de administração da Braskem com respeito à remuneração total paga aos diretores da Braskem,
incluindo o diretor presidente. Esse comitê contribui, junto com o conselho de administração, com a avaliação anual do desempenho do
diretor presidente, com base nas metas e objetivos previamente definidos e aprovados pelo conselho de administração, e analisa os
resultados da avaliação anual conduzida pelo diretor presidente dos integrantes associados diretamente a ele, sendo que os resultados
devem ser submetidos ao conselho de administração. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas da Braskem, reunidos

ii
em assembleia geral, determinam a remuneração conjunta de seus conselheiros e diretores, incluindo benefícios e estipêndios, com base
na recomendação do conselho de administração da Braskem.

Comitê de auditoria e requisitos adicionais referentes ao comitê de auditoria

As normas de governança corporativa da NYSE exigem que a empresa listada tenha um comitê de auditoria, com um objeto por escrito
tratando de determinados deveres especificados, e integrado por no mínimo três membros, que deverão, todos eles, satisfazer as
exigências de independência da Regra 10A-3 do Exchange Act e a Cláusula 303A.02 do Manual de Empresas Listadas da NYSE.

Como emissor privado estrangeiro qualificado para a isenção geral das normas de listagem relativas a comitês de auditoria expostas na
Cláusula 10A-3(c)(3) do Exchange Act, a Braskem não está sujeita aos requisitos de independência das normas de governança
corporativa da NYSE. Vide “Item 16D. Isenções das normas de listagem referentes a comitês de auditoria”.

Aprovação dos planos de remuneração em ações pelos acionistas

As normas de governança corporativa da NYSE requerem que os acionistas de empresas listadas tenham a oportunidade de votar sobre
todos os planos de remuneração em ações e suas revisões importantes, com algumas exceções.

Nos termos da Resolução nº. 567 da CVM, é exigida uma aprovação prévia dos acionistas para a adoção e a revisão de qualquer plano
de remuneração baseado em ações. Os acionistas da Braskem aprovaram em 21 de março de 2018 o Plano de Incentivo de Longo Prazo
da Companhia, um plano de remuneração baseado em ações que oferece anualmente uma oportunidade para determinados integrantes,
selecionados pelo Conselho de Administração, para aderir de forma voluntária ao plano por meio da aquisição de ações sem custo
nenhum (matching shares) após o período de carência de três anos, contanto que o integrante mantenha as ações de forma contínua e
permaneça na empresa durante o período de carência.

Diretrizes de governança corporativa

As normas de governança corporativa da NYSE requerem que as empresas listadas adotem e divulguem diretrizes de governança
corporativa tratando de algumas normas mínimas especificas, que compreendem: (1) normas de qualificação dos conselheiros; (2)
responsabilidades dos conselheiros; (3) acesso dos conselheiros aos diretores e consultores independentes; (4) remuneração dos
conselheiros; (5) orientação e educação permanente dos conselheiros; (6) sucessão da administração e (7) avaliação anual do
desempenho do conselho de administração.

A Braskem adotou as normas de governança corporativa da B3 para empresas do Nível 1 e está obrigada também a cumprir determinadas
normas de governança corporativa expostas na Lei das Sociedades por Ações. Vide “Item 9. Oferta e listagem—Negociações na B3”.
As regras referentes ao Nível 1 não exigem que a Braskem adote e divulgue diretrizes de governança corporativa tratando as questões
expostas nas normas de governança corporativa da NYSE. No entanto, algumas disposições da Lei das Sociedades por Ações aplicáveis
à Braskem tratam de alguns aspectos das normas de qualificações de conselheiros e responsabilidade de conselheiros.

Código de conduta e ética de negócios

As normas de governança corporativa da NYSE estabelecem que as empresas listadas devem adotar e divulgar código de conduta e
ética de negócios para conselheiros, diretores e funcionários, divulgando prontamente as eventuais dispensas do código em relação a
conselheiros ou diretores. O código de conduta e ética de negócios deve abordar as seguintes questões: (1) conflitos de interesse; (2)
oportunidades corporativas; (3) confidencialidade; (4) tratamento justo; (5) proteção e uso adequado dos ativos da empresa; (6)
cumprimento das leis, normas e regulamentos (incluindo leis de negociação com informações privilegiadas – insider trading) e (7)
incentivo à notificação de comportamento ilegal ou antiético.

A Braskem adotou um código de ética que se aplica a seus conselheiros, diretores e funcionários e aborda todos os itens acima
relacionados. O código de ética da Braskem pode ser encontrado no site da Braskem na Internet, em www.braskem.com.br. As
informações constantes do site ou que podem ser acessadas através dele não estão incluídas neste relatório anual nem são a ele
incorporadas por referência. Não são permitidas dispensas das disposições do código de ética, com exceção do fato de as restrições a
atividades externas não se aplicarem aos conselheiros da Braskem e aos membros de seu conselho fiscal.

ITEM 16H. DIVULGAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE MINAS

As informações relativas a violações à segurança de minas ou de outros itens regulatórios exigidos segundo a Seção 1503(a) do Dodd-
Frank Wall Street Reform and Consumer Protection Act e este Item estão inclusas no anexo 99.01.

ii
PARTE III

ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A Companhia optou por responder ao Item 18 em vez de responder a este item.

ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Faz-se referência ao Item 19 para obtenção de listagem de todas as demonstrações financeiras anexadas como parte deste relatório anual.

ITEM 19. ANEXOS

(a) Demonstrações financeiras

Pareceres dos auditores independentes sobre as Demonstrações Financeiras ..................................................................................... F-2


Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2018 e 2017 ............................................................................................................... F-5
Demonstrações do resultado dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 .................................................. F-7
Demonstrações do resultado abrangente dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 ................................ F-8
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 ............. F-9
Demonstrações de fluxo de caixa dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 .......................................... F-11
Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas .......................................................................................................... F-12

(b) Lista de anexos

Número do Anexo
anexo
1.01 Estatuto Social da Braskem S.A., conforme alterado (incorporado por referência ao Anexo 1 do Formulário 6-K da
Braskem S.A. arquivado em 22 de outubro de 2018).
2.01 Formulário de Contrato de Depósito alterado e reapresentado, datado de 4 de janeiro de 2017, celebrado entre a
Braskem S.A., The Bank of New York Mellon, na qualidade de Depositária, e proprietários e detentores das
American Depositary Shares emitidas segundo esse documento (incorporado por referência ao Anexo 1 ao
Formulário F-6 da Braskem S.A. arquivado em 22 de dezembro de 2016).
3.01 Acordo de Acionistas da BRK Investimentos Petroquímicos S.A. e da Braskem S.A., datado de 8 de fevereiro de
2010, celebrado entre Odebrecht S.A., Odebrecht Serviços e Participações S.A., Petrobras Química S.A.
(Petroquisa), Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e BRK Investimentos Petroquímicos S.A. e Braskem S.A. na
qualidade de intervenientes anuentes, conforme alteração em 24 de setembro de 2018 e conforme aderência de OSP
Investimentos S.A. em 31 de dezembro de 2018 (incluído por referência ao Anexo 1 ao Formulário 6-K da Braskem
S.A. arquivado em 28 de fevereiro de 2019).
4.03 Plano de Prêmio de Ações Restritas da Braskem S.A. aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 21 de
março de 2018 (incluída por referência ao Anexo 1 ao Formulário 6-K da Braskem S.A. arquivado em 22 de março
de 2018).
4.04 [NOVO CONTRATO DE NAFTA] Contrato de Compra de Nafta, datado de 23 de dezembro de 2015, entre a
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras e a Braskem S.A. (Tradução em inglês) (*Foi solicitado tratamento
confidencial para certos trechos omitidos deste anexo de acordo com a Regra 24b-2 do Securities Exchange Act de
1934, conforme alterações posteriores. Os trechos confidenciais deste Anexo foram arquivados separadamente na
SEC – Securities and Exchange Commission) (incorporado por referência ao Anexo 4.04 do Formulário 20-F da
Braskem S.A. arquivado em 05 de maio de 2016).
8.01 Lista de subsidiárias (incluída por referência à Nota 2.1.1 às nossas demonstrações financeiras consolidadas
auditadas, incluídas neste relatório anual).
11.01 Código de Conduta da Braskem S.A. conforme alterado (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo
1 do Formulário 6-K da Braskem S.A. arquivado em 17 de dezembro de 2018).
12.01 Certificado do Diretor Presidente, datado de 17 de outubro de 2019, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-15(e)
do Exchange Act.
12.02 Certificado do Diretor Financeiro, datado de 17 de outubro de 2019, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-15(e)
do Exchange Act.
13.01 Certificados do Diretor Presidente e do Diretor Financeiro datados de 17 de outubro de 2019, nos termos do 18
U.S.C. Artigo 1350, adotado conforme a Cláusula 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.
16.01 Carta da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, datada
de 7 de outubro de 2019, com relação à alteração do escritório registrado e independente de contabilidade.
99.01 Divulgação de Dados de Segurança de Minas e de Segurança de Administração de Saúde.

ASSINATURAS

ii
A requerente, por este ato, atesta que observou todas as exigências de arquivamento segundo o Formulário 20-F e devidamente autorizou
o infra-assinado a firmar o presente relatório anual em seu nome.

17 de outubro de 2019

BRASKEM S.A.

Por _______________

Nome: Fernando Musa

Cargo: Diretor Presidente

ii
ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Pareceres dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ....................................................................................... F-2


Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e 2017 .................................................................................................................... F-5
Demonstrações do resultado dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 .................................................... F-7
Demonstrações do resultado abrangente para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 ............................ F-8
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 ...................................... F-9
Demonstrações de fluxo de caixa dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2018, 2017 e 2016 ............................................ F-11
Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas ............................................................................................................ F-12

ii
Número
do Anexo Anexo

12.01 Certificado do Diretor Presidente, datado de 17 de outubro de 2019, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-
15(e) do Exchange Act.
12.02 Certificado do Diretor Financeiro, datado de 17 de outubro de 2019, nos termos das Regras 13a-15(e) e 15d-
15(e) do Exchange Act.
13.01 Certificados do Diretor Presidente e do Diretor Financeiro datados de 17 de outubro de 2019, nos termos do
18 U.S.C. Artigo 1350, adotado conforme a Cláusula 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.
16.01 Carta da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA,
datada de 7 de outubro de 2019, com relação à alteração do escritório registrado e independente de
contabilidade.
99.01 Divulgação de Dados de Segurança de Minas e de Segurança de Administração de Saúde.

ii
Anexo 12.01

CERTIFICAÇÃO EM CONFORMIDADE À SEÇÃO 302 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002

Eu, Fernando Musa, certifico que:

1. Examinei este relatório anual do Formulário 20-F da Braskem S.A.;

2. Com base em meu conhecimento, este relatório não contém nenhuma declaração inverídica de fato relevante, nem
deixa de declarar um fato relevante necessário para tornar as declarações feitas, à luz das circunstâncias sob as quais tais
declarações foram feitas, não enganosas com relação ao período coberto por este relatório;

3. Com base em meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras contidas neste
relatório apresentam de modo justo, em todos os aspectos relevantes à situação financeira, os resultados operacionais e
fluxos de caixa da companhia em e para os períodos apresentados neste relatório;

4. Eu e o(s) outro(s) diretor(es) declarante(s) da Companhia somos responsáveis por estabelecer e manter os controles e
procedimentos de divulgação (conforme definido na Normas 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act) e os controles
internos sobre a divulgação de informações financeiras (conforme definido nas Normas 13a-15(f) e 15d-15(f) do
Exchange Act) para a companhia; e:

(a) Desenvolvemos tais controles e procedimentos de divulgação de informações, ou fizemos com que tais controles e
procedimentos de divulgação de informações fossem desenvolvidos sob nossa supervisão, para assegurar que as
informações relevantes relacionadas à Companhia, incluindo suas subsidiárias consolidadas, sejam levadas a nosso
conhecimento por terceiros pertencentes a essas entidades, especialmente durante o período no qual este relatório está
sendo preparado;

(b) Desenvolvemos esses controles internos sobre a divulgação de informações financeiras, ou fizemos com que tais
controles sobre a divulgação de informações financeiras fossem desenvolvidos sob nossa supervisão, para fornecer
garantias razoáveis com relação à confiabilidade da divulgação das informações financeiras e a preparação das
demonstrações financeiras para fins externos, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos;

(c) Avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação de informações da companhia e apresentamos neste
relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação de informações no final do
período coberto por este relatório, com base nesta avaliação; e

(d) Divulgamos neste relatório quaisquer alterações nos controles internos sobre a divulgação de informações financeiras
da Companhia que ocorreram durante o período coberto neste relatório anual que tenham afetado de forma relevante, ou
tenham probabilidade razoável de afetar de forma relevante, os controles internos da Companhia sobre a divulgação de
informações financeiras; e

5. Eu e o(s) outro(s) diretor(es) declarante(s) da companhia divulgamos, com base em nossa mais recente avaliação dos
controles internos sobre a divulgação de informações financeiras, aos auditores da Companhia e ao comitê de auditoria
do conselho de administração da Companhia (ou às pessoas que exercem função equivalente):

(a) Todas as deficiências significativas e limitações relevantes na criação ou na operação dos controles internos sobre a
divulgação de informações financeiras que tenham probabilidade razoável de afetar adversamente a capacidade da
companhia de registrar, processar, resumir e relatar informações financeiras; e

(b) Qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel
significativo nos controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras.

Data: 17 de outubro de 2019

___________________________________
Nome: Fernando Musa
Cargo: Diretor Presidente

ii
Anexo 12.02

CERTIFICAÇÃO EM CONFORMIDADE À SEÇÃO 302 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002

Eu, Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas, certifico que:

1. Examinei este relatório anual do Formulário 20-F da Braskem S.A.;

2. Com base em meu conhecimento, este relatório não contém nenhuma declaração inverídica de fato relevante, nem
deixa de declarar um fato relevante necessário para tornar as declarações feitas, à luz das circunstâncias sob as quais tais
declarações foram feitas, não enganosas com relação ao período coberto por este relatório;

3. Com base em meu conhecimento, as demonstrações financeiras e outras informações financeiras contidas neste
relatório apresentam de modo justo, em todos os aspectos relevantes à situação financeira, os resultados operacionais e
fluxos de caixa da companhia em e para os períodos apresentados neste relatório;

4. Eu e o(s) outro(s) diretor(es) declarante(s) da Companhia somos responsáveis por estabelecer e manter os controles e
procedimentos de divulgação (conforme definido na Normas 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act) e os controles
internos sobre a divulgação de informações financeiras (conforme definido nas Normas 13a-15(f) e 15d-15(f) do
Exchange Act) para a companhia; e:

(a) Desenvolvemos tais controles e procedimentos de divulgação de informações, ou fizemos com que tais controles e
procedimentos de divulgação de informações fossem desenvolvidos sob nossa supervisão, para assegurar que as
informações relevantes relacionadas à Companhia, incluindo suas subsidiárias consolidadas, sejam levadas a nosso
conhecimento por terceiros pertencentes a essas entidades, especialmente durante o período no qual este relatório está
sendo preparado;

(b) Desenvolvemos esses controles internos sobre a divulgação de informações financeiras, ou fizemos com que tais
controles sobre a divulgação de informações financeiras fossem desenvolvidos sob nossa supervisão, para fornecer
garantias razoáveis com relação à confiabilidade da divulgação das informações financeiras e a preparação das
demonstrações financeiras para fins externos, em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos;

(c) Avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação de informações da companhia e apresentamos neste
relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação de informações no final do
período coberto por este relatório, com base nesta avaliação; e

(d) Divulgamos neste relatório quaisquer alterações nos controles internos sobre a divulgação de informações financeiras
da Companhia que ocorreram durante o período coberto neste relatório anual que tenham afetado de forma relevante, ou
tenham probabilidade razoável de afetar de forma relevante, os controles internos da Companhia sobre a divulgação de
informações financeiras; e

5. Eu e o(s) outro(s) diretor(es) declarante(s) da companhia divulgamos, com base em nossa mais recente avaliação dos
controles internos sobre a divulgação de informações financeiras, aos auditores da Companhia e ao comitê de auditoria
do conselho de administração da Companhia (ou às pessoas que exercem função equivalente):

(a) Todas as deficiências significativas e limitações relevantes na criação ou na operação dos controles internos sobre a
divulgação de informações financeiras que tenham probabilidade razoável de afetar adversamente a capacidade da
companhia de registrar, processar, resumir e relatar informações financeiras; e

(b) Qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros funcionários que tenham um papel
significativo nos controles internos da Companhia sobre a divulgação de informações financeiras.

Data: 17 de outubro de 2019

_________________________________________
Nome: Pedro van Langendonck Teixeira de
Freitas
Cargo: Diretor Financeiro

ii
Anexo 13.01

CERTIFICAÇÃO EM CONFORMIDADE À SEÇÃO 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DE 2002

Em conformidade à Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 (subseções (a) e (b) da Seção 1350, Capítulo
63 do Título 18 do Código dos Estados Unidos (United States Code), cada um dos diretores signatários da
Braskem S.A. (a “Companhia”), certifica, por meio deste, que, com base em seu conhecimento:

O Relatório Anual da Companhia em Formulário 20-F para o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro
de 2018 (“Formulário 20-F”), conforme arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA cumpre
integralmente todas as exigências da Seção 13(a) ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 e as
informações contidas no Formulário 20-F apresentam de forma justa, em todos os aspectos relevantes, a
situação financeira e os resultados operacionais da Companhia.

Data: 17 de outubro de 2019

Nome: Fernando Musa


Cargo: Diretor Presidente

Nome: Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas


Cargo: Diretor Financeiro

ii
Anexo 99.01

DIVULGAÇÃO DE DADOS DE SEGURANÇA DE MINAS E DE SEGURANÇA DE ADMINISTRAÇÃO


DE SAÚDE

A Companhia opera uma mina de sal no Polo de Alagoas, conforme discutido no “Item 4. Informações sobre a Companhia—Unidade
de Vinílicos—Matérias-Primas da Unidade de Vinílicos—Sal”. Tal mina utiliza o sistema de poços para extração de sal e não expõe
seus trabalhadores ao interior da mesma. Uma vez que a mina está localizada no Brasil, ela não está sujeita às normas de Segurança de
Minas e Administração da Saúde (MSHA) do Federal Mine Safety and Health Act de 1977 (Mine Act).

No exercício de 2018, nenhuma das operações de mineração da Companhia recebeu aviso por escrito do MSHA com relação a (i)
violação da seção 104 do Mine Act ou violação não justificada do operador da mina em relação à seção 104(d) do Mine Act; (ii) violação
flagrante da seção 110(b)(2) do Mine Act; (iii) perigo eminente segundo a seção 107(a) do Mine Act; (iv) avaliação proposta segundo
o Mine Act; ou (v) padrão de violações das normas obrigatórias de saúde e segurança de natureza que pudessem ter contribuído
significativa e materialmente para a causa e efeito de saúde de mina e perigos de segurança da Companhia de acordo com a seção 104(e)
do Mine Act ou tivessem potencial de apresentar tal padrão.

Para o exercício de 2018, a Companhia não verificou nenhuma fatalidade relacionada à mina, nem se envolveu em nenhuma ação legal
pendente junto ao Federal Mine Safety and Health Review Commission com relação a sua mina.

As operações de mineração da Braskem no estado de Alagoas possuem licença ambiental emitida pela agência estadual de proteção
ambiental com validade até 2022 e estão respaldadas pelo código de mineração formalizada pela Concessão de Mineração obtida pelo
Governo federal. Em razão do relatório resumido emitido pela Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM), empresa vinculada
ao Ministério de Minas e Energia, em 8 de maio de 2019, as atividades dos poços de extração de sal objetos das licenças ambientais
foram suspensas pela empresa ambiental, e a Agência de Mineração Nacional (o órgão regulador e fiscalizador das atividades de
mineração) ordenou a interrupção das atividades de mineração em 9 de maio de 2019.
Braskem S.A.
Demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
e relatório dos auditores independentes
Braskem S.A.
Balanço patrimonial em 31 de dezembro
Valores expressos em milhares de reais

Ativo Nota 2018 2017

Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 5 5.547.637 3.775.093
Aplicações financeiras 6 2.357.613 2.302.672
Contas a receber de clientes 7 3.075.218 3.281.196
Estoques 8 8.486.577 6.640.049
Tributos a recuperar 10 847.088 982.629
Dividendos e juros sobre capital próprio 9 890 10.859
Despesas pagas antecipadamente 239.500 134.337
Derivativos 19.3.1 27.714 3.793
Outros recebíveis 451.578 288.391

21.033.815 17.419.019

Não circulante
Aplicações financeiras 6 9.998 10.336
Contas a receber de clientes 7 17.785 37.496
Adiantamentos a fornecedores 8 31.394 46.464
Tributos a recuperar 10 1.574.579 987.236
Imposto de renda e contribuição social diferidos 21.2(a) 1.104.158 1.165.726
Depósitos judiciais 169.536 289.737
Indenizações securitárias 63.054 39.802
Derivativos 19.3.1 46.664 32.666
Outros recebíveis 189.724 112.997
Investimentos 11 65.954 101.258
Imobilizado 12 31.759.890 29.761.610
Intangível 13 2.740.982 2.727.497

37.773.718 35.312.825

Total do ativo 58.807.533 52.731.844

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

1
Braskem S.A.
Balanço patrimonial em 31 de dezembro
Valores expressos em milhares de reais Continuação

Passivo e patrimônio líquido Nota 2018 2017

Circulante
Fornecedores 14 8.341.252 5.058.796
Financiamentos 15 737.436 1.184.781
Financiamentos Braskem Idesa 16 10.504.592 9.691.450
Debêntures 17 27.732 27.183
Derivativos 19.3.1 70.305 6.875
Salários e encargos sociais 645.396 630.517
Tributos a recolher 20 501.273 894.769
Dividendos 672.395 3.850
Adiantamentos de clientes 153.264 353.222
Acordo de leniência 23.3 288.123 257.347
Provisões diversas 22 191.536 178.676
Outras obrigações 632.774 276.957

22.766.078 18.564.423

Não circulante
Fornecedores 14 37.252
Financiamentos 15 24.160.720 22.176.640
Debêntures 17 266.777 286.141
Derivativos 19.3.1 161.694 -
Tributos a recolher 20 85.904 52.802
Mútuo de acionista não controlador da Braskem Idesa 2.183.830 1.756.600
Imposto de renda e contribuição social diferidos 21.2(a) 381.582 1.005.493
Benefícios pós-emprego 24.2 206.373 193.775
Contingências 23 965.317 1.092.645
Acordo de leniência 23.3 1.554.395 1.747.243
Provisões diversas 22 233.006 234.996
Outras obrigações 149.935 148.286

30.386.785 28.694.621

Patrimônio líquido 25
Capital social 8.043.222 8.043.222
Reservas de capital 232.430 232.430
Reservas de lucros 4.673.220 3.945.898
Capital adicional integralizado (488.388) (488.388)
Outros resultados abrangentes (5.623.020) (5.165.492)
Ações em tesouraria (49.819) (49.819)
Prejuízos acumulados (256.575) (217.550)

Total atribuível aos acionistas da Companhia 6.531.070 6.300.301

Participação de acionistas não controladores em controladas (876.400) (827.501)

5.654.670 5.472.800

Total do passivo e patrimônio líquido 58.807.533 52.731.844

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

2
Braskem S.A.
Demonstração do resultado do exercício
Exercícios findos em 31 de dezembro
Valores expressos em milhares de reais, exceto o resultado por ação

Operações continuadas Note 2018 2017 2016


Receita líquida de vendas e serviços 27 57.999.866 49.260.594 47.663.988
Custo dos produtos vendidos (46.431.220) (36.177.408) (34.985.569)
11.568.646 13.083.186 12.678.419
Receitas (despesas)
Com vendas e distribuição (1.545.568) (1.459.608) (1.403.673)
Gerais e administrativas (1.633.003) (1.434.272) (1.285.613)
Pesquisa e desenvolvimento (199.821) (167.456) (162.010)
Resultado de participações societárias 11(c) (888) 39.956 30.078
Outras receitas (despesas), líquidas 29 90.852 (854.880) (3.905.954)
8.280.218 9.206.926 5.951.247
Resultado financeiro 30
Despesas financeiras (3.007.551) (3.747.217) (3.570.962)
Receitas financeiras 589.052 603.630 690.122
Variações cambiais, líquidas (2.256.983) (798.762) (3.210.417)
(4.675.482) (3.942.349) (6.091.257)
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 3.604.736 5.264.577 (140.010)
Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos 21.1 (736.551) (1.357.682) (616.046)
Resultado líquido das operações continuadas 2.868.185 3.906.895 (756.056)

Resultado com operações descontinuadas


Lucro de operações descontinuadas - 13.499 40.760
Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos - (4.623) (13.901)
- 8.876 26.859
Lucro (prejuízo) do exercício 2.868.185 3.915.771 (729.197)

Atribuível a:
Acionistas da Companhia 2.827.650 3.865.440 (411.472)
Participação de acionistas não controladores em controladas 40.535 50.331 (317.725)
Lucro (prejuízo) do exercício 2.868.185 3.915.771 (729.197)

Basico e diluído
Nota 2018 2017 2016
Resultado por ação sobre o lucro líquido atribuível
aos acionistas das operações em continuidade ao fim do exercício 26
(expresso em reais por ação):
Resultado por ação - ON 3,5543 4,8479 (0,5511)
Resultado por ação - PNA 3,5543 4,8479 (0,5511)
Resultado por ação - PNB 0,5910 0,6069 -

Resultado por ação sobre o lucro líquido atribuível


aos acionistas das operações descontinuadas ao fim do exercício
(expresso em reais por ação):
Resultado por ação - ON - 0,0112 0,0338
Resultado por ação - PNA - 0,0112 0,0338

Resultado por ação sobre o lucro líquido atribuível


aos acionistas ao fim do exercício
(expresso em reais por ação):
Resultado por ação - ON 3,5543 4,8590 (0,5173)
Resultado por ação - PNA 3,5543 4,8590 (0,5173)
Resultado por ação - PNB 0,5910 0,6069 -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

3
Braskem S.A.
Demonstração do resultado abrangente
Exercícios findos em 31 de dezembro
Valores expressos em milhares de reais Continuação

Nota 2018 2017 2016

Lucro (prejuízo) do exercício 2.868.185 3.915.771 (729.197)

Outros resultados abrangentes:


Itens a serem posteriormente reclassificados para o resultado
Valor justo de hedge de fluxo de caixa (151.718) 605.204 215.510
Imposto de renda e contribuição social 54.481 (203.186) (75.333)
Valor justo de hedge de fluxo de caixa de controlada em conjunto (2.329) 3.534 (3.309)
(99.566) 405.552 136.868

Hedge de exportação - variação cambial 19.4(a.i) (3.145.857) (397.045) 4.121.849


Hedge de exportação - transferência para o resultado 19.4(a.i) 1.022.782 1.022.830 1.297.910
Imposto de renda e contribuição social em variação cambial 721.845 (212.767) (1.842.718)
Hedge de vendas futuras da Braskem Idesa - variação cambial 19.4(a.ii) 16.681 472.717 (1.995.065)
Hedge de vendas futuras da Braskem Idesa - transferência para o resultado 19.4(a.ii) 236.570 163.696 59.834
Imposto de renda - hedge de vendas futuras da Braskem Idesa (75.975) (190.924) 581.304
(1.223.954) 858.507 2.223.114

Conversão de demonstrações financeiras de controladas no exterior 801.223 (602) 339.296

Total (522.297) 1.263.457 2.699.278

Itens que não serão reclassificados para o resultado


Perdas atuariais com plano de benefício definido, líquidas de impostos (1.289) (5.750) (4.119)
Planos pós-emprego - plano de saúde, líquido de impostos (280) (2.904)
Plano de incentivo de longo prazo, líquido dos impostos 6.406 -
Perda de investimentos (65) -

Total 4.772 (8.654) (4.119)

Total de outros resultados abrangentes do exercício 2.350.660 5.170.574 1.965.962

Atribuível a:
Acionistas da Companhia 2.398.250 5.049.617 2.355.580
Participação de acionista não controlador em controladas (47.590) 120.957 (389.618)

Total do resultado abrangente do exercício 2.350.660 5.170.574 1.965.962

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

4
Braskem S.A.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Valores expressos em milhares de reais

Atribuído à participação dos acionistas


Reservas de lucros Participação Participação
Dividendo Capital Outros Lucros total dos de acionistas não Total do
Capital Reservas Reserva Incentivos Retenção adicional adicional resultados Ações em (prejuízos) acionistas controladores patrimônio
Nota social de capital legal fiscais de lucros proposto integralizado abrangentes tesouraria acumulados da Companhia em controladas líquido

Em 31 de dezebro de 2015 8.043.222 232.430 229.992 - 2.404.663 247.364 - (9.060.710) (49.819) (416.768) 1.630.374 (684.885) 945.489
-
Resultado abrangente do exercício:
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - (411.472) (411.472) (317.725) (729.197)
Hedge de exportação - variação cambial, líquido dos impostos - - - - - - - 2.561.596 - - 2.561.596 (338.482) 2.223.114
Valor justo de hedge de fluxo de caixa, liquido dos impostos - - - - - - - 145.878 - - 145.878 (9.010) 136.868
Conversão de demonstrações financeiras de controladas no exterior - - - - - - - 63.697 - - 63.697 275.599 339.296
- - - - - - - 2.771.171 - (411.472) 2.359.699 (389.618) 1.970.081

Equity valuation adjustments: - -


Realização da indexação adicional do imobilizado, líquida dos impostos - - - - - - - (27.236) - 27.236 - - -
Realização do custo atribuído de controlada em conjunto, líquida dos impostos - - - - - - - (965) - 965 - - -
Benefícios pós-emprego - plano de saúde, líquido dos impostos - - - - - - - (4.119) - - (4.119) - (4.119)
- - - - - - - (32.320) - 28.201 (4.119) - (4.119)
Contribuição e distribuição a acionistas: - - - - - - - - - - - - -
Perdas e ajustes absorvidos - - - - (800.039) - - - - 800.039 - - -
Aumento de capital - - - - - - - - - - - 56.623 56.623
Dividendos adicionais aprovados pela Assembleia Geral - - - - 0 (247.364) - - - - (247.364) - (247.364)
Dividendos intermediários aprovados pelo Conselho de Administração - - - - (1.000.000) - - - - - (1.000.000) - (1.000.000)
- - - - (1.800.039) (247.364) - - - 800.039 (1.247.364) 56.623 (1.190.741)

Em 31 de dezembro de 2016 8.043.222 232.430 229.992 - 604.624 - - (6.321.859) (49.819) - 2.738.590 (1.017.880) 1.720.710

Resultado abrangente do exercício: - - - - - - - - - -


Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 3.865.440 3.865.440 50.331 3.915.771
Hedge de exportação - variação cambial, líquido dos impostos - - - - - - 747.135 - - 747.135 111.372 858.507
Valor justo de hedge de fluxo de caixa, liquido dos impostos - - - - - - 394.251 - - 394.251 11.301 405.552
Conversão de demonstrações financeiras de controladas no exterior - - - - - - 51.445 - - 51.445 (52.047) (602)
- - - - - - - 1.192.831 - 3.865.440 5.058.271 120.957 5.179.228

Ajustes de avaliação patrimonial: - -


Realização da indexação adicional do imobilizado, líquida dos impostos - - - - - - (26.847) - 26.847 - - -
Realização do custo atribuído de controlada em conjunto, líquida dos impostos - - - - - - (963) - 963 - - -
Perdas atuariais de benefícios pós-emprego de controladas, líquido dos impostos - - - - - - (5.750) - - (5.750) - (5.750)
Benefícios pós-emprego - plano de saúde, líquido dos impostos (2.904) (2.904) (2.904)
Plano de incentivos de longo prazo, líquido de impostos - - - - - - - - - - - -
- - - - - - - (36.464) - 27.810 (8.654) - (8.654)
Contribuição e distribuição a acionistas: - -
Dividendos prescritos - - - - - - - - 482 482 - 482
Reserva de incentivos fiscais - - - 71.745 - - - - (71.745) - - -
Dividendos antecipados - - - - - - - - (1.000.000) (1.000.000) - (1.000.000)
Reserva legal - - 204.150 - - - - - (204.150) - - -
Dividendos adicionais propostos - - - - - 1.500.000 - - (1.500.000) - - -
Reserva de retenção de lucros - - - - 1.335.387 - - - (1.335.387) - - -
Ágio na aquisição de controlada sob controle comum - - - - - - (488.388) - - (488.388) - (488.388)
Participação dos acionistas não controladores em controladas - - - - - - - - - - 69.422 69.422
- - 204.150 71.745 1.335.387 1.500.000 (488.388) - - (4.110.800) (1.487.906) 69.422 (1.418.484)

- -
- - - - - - - - - - - -
Em 31 de dezembro de 2017 8.043.222 232.430 434.142 71.745 1.940.011 1.500.000 (488.388) (5.165.492) (49.819) (217.550) 6.300.301 (827.501) 5.472.800
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

5
Braskem S.A.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Valores expressos em milhares de reais

Atribuído à participação dos acionistas


Reservas de lucros Participação Participação
Dividendo Capital Outros Lucros total dos de acionistas não Total do
Capital Reservas Reserva Incentivos Retenção adicional adicional resultados Ações em (prejuízos) acionistas controladores patrimônio
Nota social de capital legal fiscais de lucros proposto integralizado abrangentes tesouraria acumulados da Companhia em controladas líquido

Em 31 de dezembro de 2017 8.043.222 232.430 434.142 71.745 1.940.011 1.500.000 (488.388) (5.165.492) (49.819) (217.550) 6.300.301 (827.501) 5.472.800

Resultado abrangente do exercício:


Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 2.827.650 2.827.650 40.535 2.868.185
Hedge de exportação - variação cambial, líquido dos impostos - - - - - - (1.268.273) - - (1.268.273) 44.319 (1.223.954)
Valor justo de hedge de fluxo de caixa, liquido dos impostos - - - - - - (112.241) - - (112.241) 12.675 (99.566)
Conversão de demonstrações financeiras de controladas no exterior - - - - - - 946.342 - - 946.342 (145.119) 801.223
- - - - - - - (434.172) - 2.827.650 2.393.478 (47.590) 2.345.888

Ajustes de avaliação patrimonial: - -


Realização da indexação adicional do imobilizado, líquida dos impostos - - - - - - (26.717) - 26.717 - - -
Realização do custo atribuído de controlada em conjunto, líquida dos impostos - - - - - - (962) - 962 - - -
Ganhos atuariais de benefícios pós-emprego de controladas, líquidas de impostos - - - - - - (1.289) - - (1.289) - (1.289)
Benefícios pós-emprego - plano de saúde, líquido de impostos (280) (280) (280)
Plano de incentivo de longo prazo, líquido dos impostos - - - - - - 6.406 - - 6.406 133 6.539
Ajustes a valor justo de contas a receber de clientes - - - - - - (449) - - (449) - (449)
- - - - - - - (23.291) - 27.679 4.388 133 4.521
Contribuição e distribuição a acionistas: - -
Dividendos prescritos - - - - - - - - 460 460 - 460
Dividendos adicionais aprovados em assembleia 25(d.2) - - - - - (1.500.000) - - (73) (1.500.073) (1.396) (1.501.469)
Reversão de reserva de incentivo fiscal - - - (130) - - - - 130 - - -
Reserva legal 25(d.1) 143.334 (143.334) - -
Reserva de incentivos fiscais 25(d.1) 81.863 (81.863) - -
Dividendos mínimos obrigatórios 25(d.1) (667.419) (667.419) (667.419)
Dividendos adicionais propostos 25(d.1) - 2.002.255 (2.002.255) - -
Perda de investimentos - - - - - - (65) - - (65) 65 -
Venda de investimentos - - - - - - - - - - (111) (111)
- - 143.334 81.733 - 502.255 - (65) - (2.894.354) (2.167.097) (1.442) (2.168.539)

Em 31 de dezembro de 2018 8.043.222 232.430 577.476 153.478 1.940.011 2.002.255 (488.388) (5.623.020) (49.819) (256.575) 6.531.070 (876.400) 5.654.670

As notas explicativas da são parte integrante das demonstrações financeiras.

6
Braskem S.A.
Demonstração dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro
Valores expressos em milhares de reais

Nota 2018 2017 2016

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social


e do resultado com operações descontinuadas 3.604.736 5.264.577 (99.250)
- -
Ajustes para reconciliação do resultado - -
Depreciação, amortização e exaustão 2.990.577 2.928.855 2.683.100
Resultado de participações societárias 12(c) 888 (39.956) (30.078)
Juros, variações monetárias e cambiais, líquidas 6.013.944 3.697.714 3.026.008
Ganho na alienação de investimento em controlada - (276.816) -
Acordo de leniência - 375.476 2.853.230
Reversão de provisões 23.725 (223.340)
Créditos de PIS e COFINS - exclusão do ICMS da base de cálculo 10(c) (519.830) -
Provisão para perdas e baixas de ativos de longa duração 72.470 213.184 41.016

12.186.510 11.939.694 8.474.026


Variação do capital circulante operacional
Aplicações financeiras 98.349 (953.228) (649.535)
Contas a receber de clientes 130.113 (1.598.392) 1.007.875
Estoques (1.537.290) (1.351.028) 862.338
Tributos a recuperar 1.022.242 469.293 1.058.104
Despesas antecipadas (105.163) (30.521) 64.029
Demais contas a receber (242.691) 25.802 353.981
Fornecedores 1.343.375 (1.642.649) (4.254.575)
Tributos a recolher (977.248) (215.514) (292.131)
Adiantamentos de clientes (199.958) (13.512) 216.850
Acordo de leniência 23.3(a) (330.006) (1.343.803) -
Provisões diversas (116.458) 194.596 558.231
Demais contas a pagar 833.227 55.541 38.464
Caixa gerado (aplicado) pelas operações 12.105.002 5.536.279 7.437.657
Juros pagos (1.916.801) (2.154.053) (1.826.942)
Imposto de renda e contribuição social pagos (937.831) (920.606) (1.152.847)
Caixa líquido gerado (aplicado) pelas atividades operacionais 9.250.370 2.461.620 4.457.868
Recursos recebidos na venda de ativo imobilizado e intangível 95.133 39.660 564
Recursos recebidos na venda de investimentos 1(a) 81.000 450.000
Recursos recebidos na redução de capital de investimentos 2.254 -
Dividendos recebidos 41.791 -
Adições ao investimento em controladas - (608.181)
Adições ao imobilizado e intangível (2.706.328) (2.273.197) (2.586.511)
Prêmio na opção de venda de dólar (2.167) (14.683) (4.856)
Aplicações financeiras mantidas até o vencimento - - 38.353

Utilização de caixa em atividades de investimentos (2.488.317) (2.406.401) (2.552.450)


Dívida de curto e longo prazos
Captações 4.301.626 8.492.341 4.107.626
Pagamentos (6.592.197) (8.779.091) (4.901.593)
Derivativos - -
Pagamentos - (810.279) -
Financiamentos Braskem Idesa - -
Captações - 187.959 503.921
Pagamentos (812.929) (1.080.502) (469.282)
Partes relacionadas - -
Captações - -
Pagamentos - -
Dividendos pagos (1.499.900) (998.893) (1.997.984)
Utilização de caixa em atividades de investimentos (4.603.400) (2.988.465) (2.757.312)
Variação cambial do caixa de controladas no exterior (386.109) 6.475 586.642
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes de caixa 1.772.544 (2.926.771) (265.252)

Representado por
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3.775.093 6.701.864 7.043.262
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 5.547.637 3.775.093 6.778.010
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes de caixa 1.772.544 (2.926.771) (265.252)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

7
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

1 Contexto operacional

A Braskem S.A. é uma sociedade por ações, de capital aberto, com sede em Camaçari, Bahia (“BA”) que, em
conjunto com suas controladas (Braskem e controladas designadas neste relatório como “Braskem” ou
“Companhia”), é controlada pela Odebrecht S.A. (“Odebrecht”) que detém, direta e indiretamente, 50,11% e
38,32% do seu capital votante e total, respectivamente. A Companhia conta com unidades industriais no Brasil,
Estados Unidos, Alemanha e México. Essas unidades produzem resinas termoplásticas – polietileno (“PE”) e
polipropileno (“PP”), policloreto de vinila (“PVC”) além de petroquímicos básicos.

A Braskem tem como objeto social a fabricação, comércio, importação e exportação de produtos químicos,
petroquímicos, combustíveis, a produção, distribuição e comercialização de utilidades tais como, vapor, água, ar
comprimido, gases industriais, assim como a prestação de serviços industriais e a produção, distribuição e
comercialização de energia elétrica para seu consumo próprio e de outras empresas, além da participação em
outras sociedades como sócia ou acionista.

(a) Eventos societários e operacionais relevantes que impactaram essas demonstrações financeiras

Em abril de 2018 a Companhia recebeu o montante de R$81.000 corrigidos monetariamente referente ao saldo
remanescente dos R$100 milhões previstos pela venda das controladas Quantiq Distribuidora Ltda e IQAG
Armazéns Gerais Ltda. realizada em 2017. A diferença entre o valor previsto atualizado e o montante recebido foi
reconhecido no 2° trimestre de 2018 na rubrica de “Outras receitas (despesas) líquidas”, no montante de
R$19.558, derivado de ajuste previsto em contrato.

2 Práticas contábeis

Exceto pelas alterações ocorridas com a adoção das novas normas (Nota 2.3), as práticas contábeis foram
aplicadas de modo consistente na preparação destas demonstrações financeiras e estão descritas em suas
respectivas notas explicativas.

2.1 Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas,
quando requerido, para refletir o valor justo dos ativos e passivos.

As demonstrações financeiras consolidadas apresentadas neste 20-F não são equivalentes às demonstrações
financeiras estatutárias da Companhia como são emitidas sob as exigências das leis do Brasil. A data de
autorização para divulgação destas demonstrações financeiras consolidadas difere da data de quando as
demonstrações financeiras consolidadas foram publicadas no Brasil, também há diferenças por eventos de ajuste e
não ajuste pós período de divulgação, de acordo com o IAS 10 – Eventos Subsequentes.

As demonstrações financeiras estatutárias (controladora e consolidados) para o exercício findo em 31 de


dezembro de 2018 foram autorizadas em 11 de março de 2019, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil e os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards -
“IFRS”), registradas com a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) em 13 de março de 2019.

A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas e também o exercício de


julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das suas práticas contábeis.
Aquelas áreas que requerem maior grau de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas

8
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas
na Nota 3.

A autorização para emissão dessas demonstrações financeiras foi concedida pela Diretoria Executiva em 16 de
outubro de 2019.

2.1.1 Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão apresentadas de acordo com os Padrões
Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards “IFRS”) emitidos
pelo International Accounting Standards Board (“IASB”).

(a) Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações da Braskem S.A. e das seguintes


entidades:
Participação no capital total e votante - %
Sede 2018 2017 2016
Controladas diretas e indiretas
Alclor Química de Alagoas Ltda ("Alclor") (i) Brasil 100,00
BM Insurance Company Limited ("BM Insurance") (ii) Bermuda 100,00
Braskem America Finance Company ("Braskem America Finance") EUA 100,00 100,00 100,00
Braskem America, Inc. (“Braskem America”) EUA 100,00 100,00 100,00
Braskem Argentina S.A. (“Braskem Argentina”) Argentina 100,00 100,00 100,00
Braskem Austria Finance GmbH ("Braskem Austria Finance") (iii) Áustria 100,00
Braskem International GmbH ("Braskem Austria") (iv) Áustria 100,00 100,00
Braskem Europe GmbH ("Braskem Alemanha") Alemanha 100,00 100,00 100,00
Braskem Finance Limited (“Braskem Finance”) Ilhas Cayman 100,00 100,00 100,00
Braskem Idesa S.A.P.I. ("Braskem Idesa") México 75,00 75,00 75,00
Braskem Idesa Servicios S.A. de CV ("Braskem Idesa Serviços") México 75,00 75,00 75,00
Braskem Incorporated Limited ("Braskem Inc") Ilhas Cayman 100,00 100,00 100,00
Braskem Mexico Proyectos S.A. de C.V. SOFOM ("Braskem México Sofom") México 100,00 100,00 100,00
Braskem Mexico, S. de RL de CV ("Braskem México") México 100,00 100,00 100,00
Braskem Mexico Servicios S. RL de CV ("Braskem México Serviços") México 100,00 100,00 100,00
Braskem Netherlands B.V. ("Braskem Holanda") Holanda 100,00 100,00 100,00
Braskem Netherlands Finance B.V. (“Braskem Holanda Finance”) Holanda 100,00 100,00 100,00
Braskem Netherlands Inc. B.V. (“Braskem Holanda Inc”) Holanda 100,00 100,00 100,00
Braskem Petroquímica Chile Ltda. (“Braskem Chile”) Chile 100,00 100,00 100,00
Braskem Petroquímica Ltda. ("Braskem Petroquímica") (v) Brasil 100,00
Cetrel S.A. ("Cetrel") Brasil 63,66 63,66
Distribuidora de Água Camaçari S.A. ("DAC") Brasil 63,66 63,66
Lantana Trading Co. Inc. (“Lantana”) Bahamas 100,00 100,00 100,00

Entidades de Propósito Específico (“EPE”)


Fundo de Investimento Caixa Júpiter Multimercado
Crédito Privado Longo Prazo ("FIM Júpiter") Brasil 100,00 100,00 100,00

Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado Sol (“FIM Sol”) (vi) Brasil 100,00
Fundo de Investimento Santander Netuno Multimercado
(vii) Brasil 100,00
Crédito Privado Longo Prazo ("FIM Netuno")

(i) Incorporada pela subsidiária Braskem Petroquímica em abril de 2016.


(ii) Controlada constituída em outubro de 2018.
(iii) Extinta em janeiro de 2016.
(iv) Extinta em junho de 2018.
(v) Incorporada pela Braskem em dezembro de 2017.
(vi) Contrato extinto em 2016.
(vii) Fundo multimercado constituído em dezembro de 2018.

9
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2.2 Moeda funcional e estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

A moeda funcional da Companhia é o real. A moeda de apresentação também é o real.

(b) Moeda funcional diferente do real

Algumas controladas possuem moeda funcional diferente da moeda da Braskem S.A., conforme demonstrado
abaixo:
Moeda funcional
Controladas
Braskem Alemanha Euro
BM Insurance, Braskem America, Braskem America Finance, Braskem Holanda,
Braskem Holanda Finance, Braskem Holanda Inc. e Braskem México Sofom Dólar norte-americano
Braskem Idesa, Braskem Idesa Serviços, Braskem México e Braskem México Serviços Peso mexicano

As demais controladas adotam o real como moeda funcional.

(c) Efeitos de variação cambial

Os efeitos de variação cambial sobre as transações da Companhia decorrem principalmente da variação nas taxas
das seguintes moedas:

Taxa final do exercício findo em 31 Taxa média


Variação
2018 2017 Variação 2018 2017 2016 2018 - 2017 2017 - 2016
Dólar - Real 3,8748 3,3080 17,13% 3,6558 3,1925 3,4833 14,51% -8,35%
Euro - Real 4,439 3,9693 11,83% 4,3094 3,6089 3,8543 19,41% -6,37%
Peso mexicano - Real 0,1972 0,1681 17,31% 0,1901 0,1694 0,1871 12,24% -9,50%
Dólar - Peso mexicano 19,6655 19,6890 -0,12% 19,2363 18,9142 18,6987 1,70% 1,15%
Dólar - Euro 0,8729 0,8464 3,13% 0,8471 0,8871 0,9041 -4,50% -1,89%
2.3 Mudanças em políticas contábeis

A Companhia adotou o “IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes” e o “IFRS 9 – Instrumentos Financeiros”
a partir de 1º de janeiro de 2018.

Devido aos métodos de transição escolhidos pela Companhia na aplicação destas normas contábeis, as
informações comparativas no decorrer destas demonstrações financeiras não foram reapresentadas para refletir os
requerimentos destas novas normas.

10
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Os efeitos da aplicação inicial destas normas são atribuídos principalmente à:

 Mudança na metodologia de cálculo da redução no valor recuperável de acordo com o IFRS 9 (Nota 7);

 Apresentação de contraprestações variáveis (bonificações) deduzidas diretamente da receita bruta de


venda (Nota 27);

 Alteração da classificação e mensuração dos ativos financeiros (Nota 2.3(a.2.i));

 Alteração na contabilização das operações de opção de compra e venda de dólar designados para hedge
accounting (Nota 19.3.1(a.i)).

(a.1) IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes

O IFRS 15 introduz uma estrutura abrangente para determinar se e quando uma receita deve ser reconhecida, e
por quanto a receita é mensurada. O IFRS 15 substitui as normas IAS 18 – Receitas.

A Companhia adotou o IFRS 15 usando o método de efeito cumulativo, com aplicação inicial da norma na data
inicial (ou seja, 1º de janeiro de 2018). Como resultado, a Companhia não aplicou os requerimentos do IFRS 15
ao período comparativo de 2017 apresentado.

A Companhia não teve mudanças significativas no momento e na mensuração de sua receita sobre vendas para as
obrigações de performance identificadas, que são:

 Entrega do produto vendido – a obrigação de performance se encerra no momento que o controle do


produto é transferido para o cliente. Para a Companhia não houve diferença entre o IAS 18 – Receitas e o
IFRS 15 do momento de reconhecimento da receita associada a esta obrigação de performance.

 Contratação de frete para a entrega do produto – a obrigação de performance da Companhia em contratar


o frete para entrega do produto vendido se encerra quando o serviço é completado. A Companhia não
alterou o momento do reconhecimento desta obrigação de performance, e continua a reconhecendo no
momento da entrega dos produtos vendidos. A Companhia considera imaterial o impacto no resultado
relacionado a quaisquer mudanças no momento do reconhecimento da obrigação de performance
associada ao frete.

A Companhia tem como prática contratual com alguns clientes conceder bonificação por atingimento de meta de
faturamento. Para os clientes que a Companhia estima que atingirão tal meta e que por isso receberão uma
bonificação, são provisionados os valores devidos mensalmente. Essa provisão, que até 31 de dezembro de 2017
era reconhecida como dedução da receita de vendas, passou a ser apresentada a partir de 1º de janeiro de 2018,
como dedução diretamente da receita bruta de venda.

A Companhia considera os descontos comerciais incluídos nas faturas aos clientes como parte do valor justo da
receita reconhecida, de acordo com o aquilo estabelecido pela norma contábil (IAS 18) aplicável até 31 de
dezembro de 2017. Sendo assim, os descontos comerciais incluídos nas faturas aos clientes não resultam em
mudanças em função da mensuração de seu reconhecimento contábil de acordo com o IFRS 15.

(a.2) IFRS 9 – Instrumentos Financeiros

O IFRS 9 Instrumentos Financeiros, estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos financeiros,

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passivos financeiros e alguns contratos para comprar ou vender itens não financeiros. Esta norma substitui o IAS
39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

(a.2.i) Classificação – Ativos Financeiros

O IFRS 9 contém uma nova abordagem de classificação e mensuração de ativos financeiros que reflete o modelo
de negócios em que os ativos são administrados e suas características de fluxo de caixa.

O IFRS 9 contém três principais categorias de classificação para ativos financeiros: mensurados ao custo
amortizado (“CA”), ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (“VJORA”) e ao valor justo por
meio de resultado (“VJR”). A norma elimina as categorias existentes na IAS 39 de “mantidos até o vencimento,
empréstimos e recebíveis e disponível para venda”. O IFRS 9 exige que a classificação dos ativos financeiros seja
com base no modelo de negócio da entidade para gestão de seus ativos financeiros.

De acordo com o IFRS 9, os derivativos embutidos em contratos onde o hospedeiro é um ativo financeiro, no
escopo da norma, nunca são separados. Em vez disso, o instrumento financeiro híbrido como um todo é avaliado
para sua classificação.

Com base na sua avaliação, a Companhia não teve impacto significativo na contabilização de suas aplicações
financeiras resultante de novos requerimentos do IFRS 9. Entretanto, como alguns recebíveis de clientes são
vendidos para instituições financeiras e desreconhecidos antes do vencimento (Nota 7), a Companhia classificou
parte de seus recebíveis que são passíveis de venda como VJORA. O efeito dessa nova classificação em 1º de
janeiro de 2018 foi de R$601.

A tabela a seguir e as notas explicativas abaixo explicam as categorias de mensurações originais, de acordo com o
IAS 39 e as novas categorias de mensuração de acordo com o IFRS 9 para cada classe de ativo financeiro em 1º
de janeiro de 2018.

O efeito na adoção do IFRS 9 no saldo contábil dos ativos financeiros em 1º de janeiro de 2018 é referente a:

(i) Nova metodologia de cálculo da redução no valor recuperável

(ii) Cálculo do valor justo para os recebíveis que, de acordo com o Modelo de Negócio da Companhia,
podem ser vendidos antes de seus vencimentos.

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Classificação por categoria Saldo contábil


IAS 39 IFRS 9 IAS 39 IFRS 9
Ativos financeiros
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e bancos Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 1.428.766 1.428.766
Equivalentes de caixa no Brasil Empréstimos e recebíveis Valor justo através do resultado 1.706.784 1.706.784
Equivalentes de caixa no exterior Mantidos para negociação Valor justo através do resultado 639.543 639.543
3.775.093 3.775.093

Aplicações financeiras
LFTs e LFs Mantidos para negociação Valor justo através do resultado 1.816.889 1.816.889
Aplicações em time deposit Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 440.616 440.616
Aplicações em time deposit Mantidos para negociação Custo amortizado 15.764 15.764
Outras Mantidos para negociação Valor justo através do resultado 39.739 39.739
2.313.008 2.313.008

Contas a receber de clientes Empréstimos e recebíveis Custo amortizado 3.244.851 3.235.463


Valor justo através de outros
Contas a receber de clientes Empréstimos e recebíveis 73.841 73.240
resultados abrangentes

Ativos financeiros
Derivativos Valor justo através do resultado 74.378 74.378
mensurados ao valor justo

(a.2.ii) Redução no valor recuperável (Impairment) – Ativos Financeiros e Ativos Contratuais

O IFRS 9 substitui o modelo de “perdas incorridas” do IAS 39 por um modelo prospectivo de “perdas de crédito
esperadas”. Isso exige um julgamento relevante quanto à forma como mudanças em fatores econômicos afetam as
perdas esperadas de crédito, que serão determinadas com base em probabilidades ponderadas.

O novo modelo de perdas esperadas se aplicará aos ativos financeiros mensurados ao CA ou ao VJORA, com
exceção de investimentos em instrumentos patrimoniais e ativos contratuais.

De acordo com o IFRS 9, as provisões para perdas esperadas são mensuradas em uma das seguintes bases:

 Perdas de crédito esperadas para 12 meses, ou seja, perdas de crédito que resultam de possíveis eventos
de inadimplência dentro dos 12 meses após a data de relatório, e que não tenham risco de crédito
aumentado significativamente desde o seu reconhecimento inicial; e
 Perdas de crédito esperadas para a vida inteira, ou seja, perdas de crédito que resultam de todos os
possíveis eventos de inadimplência ao longo da vida esperada de um instrumento financeiro. A
mensuração destas perdas de créditos se aplica quando o risco de crédito de um ativo financeiro na data
do relatório tiver aumentado significativamente desde o seu reconhecimento inicial.

A avaliação da Companhia indicou que a aplicação dos requerimentos de perda por redução ao valor recuperável
do IFRS 9 em 1º de janeiro de 2018 resultou em um montante adicional de R$ 9.388, líquido de imposto.

Os julgamentos de como mudanças em fatores econômicos afetam as perdas esperadas de crédito da Companhia
são determinadas por estágios que podem ser observados na Nota 7.

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(a.2.iii) Contabilidade de hedge

O IFRS 9 exige que a Companhia assegure que as relações de contabilidade de hedge estejam alinhadas com os
objetivos e estratégias de gestão de risco da Companhia e que seja aplicada uma abordagem mais qualitativa e
prospectiva para avaliar a efetividade do hedge. O IFRS 9 também introduz novos requerimentos de reequilíbrio
de relação de hedge e proíbe a descontinuação voluntária da contabilidade de hedge.

Na adoção do IFRS 9, a Companhia optou para contabilizar mudanças no valor justo do elemento futuro
separadamente, como custo de hedge. Consequentemente, essas mudanças passaram a partir de 1º de janeiro de
2018 a serem reconhecidas no ORA e acumuladas em uma reserva de custo de hedge como um componente
separado dentro do patrimônio líquido e contabilizadas posteriormente da mesma forma que os ganhos e perdas
acumulados na reserva de hedge de fluxo de caixa.

Os tipos de relações de contabilidade de hedge que a Companhia atualmente designa atendem aos requerimentos
do IFRS 9 e estão alinhados com a estratégia e objetivo de gerenciamento de risco da entidade.

(a.2.iv) Transição

As mudanças nas políticas contábeis resultantes da adoção do IFRS 9 foram aplicadas prospectivamente,
incluindo:

(i) Isenção permitida para não reapresentação de informações comparativas de períodos anteriores decorrentes
das alterações na classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo perdas de crédito
esperadas.

(ii) Novos requerimentos de contabilidade de hedge.

(iii) As seguintes avaliações foram efetuadas com base nos fatos e circunstâncias existentes na data da adoção:

 A determinação do modelo de negócio dentro do qual um ativo financeiro é mantido.


 A designação e revogação de designações anteriores de determinados ativos e passivos financeiros
mensurados a VJR.

2.4 Pronunciamentos novos ou revisados que ainda não estão em vigor

(a) IFRS 16 – Leases (Arrendamentos)

Este pronunciamento substitui as normas de arrendamento existentes, incluindo o IAS 17 – Operações de


Arrendamento Mercantil e as interpretações correlacionadas como o IFRIC 4 / SIC 15 e SIC 27.

Esta norma introduz um modelo unificado e padronizado de contabilização de arrendamentos no balanço


patrimonial dos arrendatários, em que se reconhecerá um ativo de direito de uso, representando o seu direito de
uso do ativo arrendado e um passivo de arrendamento que representa a sua obrigação de efetuar pagamentos
decorrentes do arrendamento. Isenções de reconhecimento serão permitidas para contratos de baixo valor e curto
prazo.

Adicionalmente, as despesas relacionadas a estes contratos de arrendamento deixam de ser uma despesa linear de
arrendamento operacional, passando de acordo com o IFRS 16 a ser um custo de depreciação de ativos de direito
de uso e uma despesa de juros sobre obrigações de arrendamento.

A definição de arrendamento abrange todos os contratos que dão direito ao uso e controle de um ativo
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identificável, incluindo contratos de locação e, potencialmente, alguns componentes de contratos de prestação de


serviços.

Os elementos variáveis dos pagamentos relacionados aos arrendamentos (como, por exemplo, um contrato de
locação de máquinas e/ou equipamentos com parte dos pagamentos baseados na produtividade do ativo) não são
considerados no cálculo do passivo, sendo registrados como despesa operacional.

A Companhia fará a transição utilizando a abordagem retrospectiva modificada, ou seja, aplicará os


requerimentos da norma de arrendamento mercantil a todos os seus contratos existentes na data de aplicação
inicial, em 1º. de janeiro de 2019. Sendo assim, não serão reapresentados informações e saldos em base
comparativa.

A nova norma fornece expedientes práticos cuja eleição é opcional. A Companhia pretende fazer a adoção das
seguintes políticas contábeis na transição:

• Não reavaliará se o contrato é ou contém arrendamento na data da aplicação inicial. Em vez disso, aplicará
o IAS 17 a contratos que foram anteriormente identificados como arrendamento, utilizando o IAS 17 e a
IFRIC 4;

• Pretende optar por não separar componentes de não arrendamento de componentes de arrendamento,
considerando-os, então, como um único componente de arrendamento;

• Não registrará os contratos com prazo superior a 12 meses que, na data da transição, se encerrará dentro de
12 meses da data da aplicação inicial;

• Não registrará os contratos de baixo valor (R$30 para empresas no Brasil ou US$10 para subsidiárias no
exterior) conforme política definida pela Administração;

• Excluirá custos diretos iniciais da mensuração do ativo de direito de uso na data da aplicação inicial;

• Fará uso da percepção tardia, tal como ao determinar o prazo do arrendamento, se o contrato contém
opções para prorrogar ou rescindir o arrendamento, dentre outros; e

• Aplicará uma taxa de desconto única à carteira de arrendamentos com características razoavelmente
similares (tais como os arrendamentos com prazo de arrendamento remanescente similar, para uma classe
similar de ativo subjacente em ambiente econômico similar e moedas de financiamento similares -
"portfólios").

Dentro deste contexto a Companhia espera que a adoção inicial do IFRS 16 impacte as demonstrações financeiras
e processos internos. Os efeitos mais significativos se relacionam com:

(1) o reconhecimento de novos ativos de direito de uso e passivos de arrendamento no balanço patrimonial;

(2) a divulgação de novas informações relevantes sobre as atividades de arrendamento.

A Companhia não espera mudanças significativas nas atividades de arrendamento no período que compreende a
emissão destas demonstrações financeiras e a data de aplicação inicial.

Os efeitos esperados em 1º de janeiro de 2019 são:

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

 Reconhecimento de passivos adicionais alcançando entre R$1.700.000 e R$1.900.000, em contrapartida


ao reconhecimento de ativos de direito de uso. Os montantes refletem o valor presente dos pagamentos
mínimos remanescentes dos aluguéis dos arrendamentos operacionais existentes;

 Os contratos isentos de reconhecimento por serem de curto prazo e/ou baixo valor, totalizam despesa
operacional anual de aproximadamente R$85.000;

Além disso, a Companhia até o momento da divulgação destas demonstrações financeiras está desenvolvendo
processos e controles para atender aos novos requerimentos.

(b) IFRIC 23 – Incerteza sobre Tratamento de Tributos sobre o Lucro

A nova interpretação, que é exigido que Companhia adote a partir de 1º de janeiro de 2019, estabelece requisitos
de reconhecimento e mensuração em situações onde a Companhia tenha definido durante o processo de apuração
dos impostos sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) a utilização de tratamentos fiscais que podem
se enquadrar como incertos e que, por isso, podem vir a ser questionados pela autoridade fiscal.

A Companhia concluiu as análises da adoção deste padrão e não identificou impactos nas demonstrações
financeiras.

3 Aplicação de julgamentos e estimativas críticas

Estimativas e julgamentos críticos são aqueles que requerem os julgamentos mais difíceis, subjetivos ou
complexos por parte da Administração, frequentemente como resultado da necessidade de fazer estimativas que
têm impacto sobre questões que são inerentemente incertas. As estimativas e os julgamentos contábeis são
continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de
eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Os resultados reais podem ser distintos dos
planejados em função de diferenças nas variáveis, premissas ou condições usadas nas estimativas.

Há uma série de outras estimativas que são feitas pela Companhia e que estão apresentadas nas notas explicativas
relacionadas, a exemplo da provisão para crédito de liquidação duvidosa (“PCLD”) e provisão para reparação de
danos ambientais.

De modo a proporcionar um entendimento de como a Companhia forma seus julgamentos sobre eventos futuros,
as variáveis e premissas utilizadas nas estimativas críticas estão incluídas a seguir:

3.1 Imposto de renda (“IR”) e contribuição social (“CSL”) diferidos

O reconhecimento e o valor dos tributos diferidos ativos dependem da geração futura de lucros tributáveis, o que
requer o uso de estimativas relacionadas ao desempenho futuro da Companhia. Essas estimativas estão contidas
no plano de negócios que anualmente é preparado pela Diretoria e submetidas à aprovação do Conselho de
Administração. Esse plano tem como principais variáveis projeções para os preços dos produtos fabricados pela
Companhia, os preços das matérias-primas, crescimento do produto interno bruto de cada país onde a Companhia
atua, variação cambial, taxa de juros, taxa de inflação e a flutuação na oferta e demanda de insumos e produtos
acabados. Essas projeções são realizadas com base em consultorias externas especializadas e no desempenho
histórico da Companhia e no planejamento estratégico.

As informações sobre o imposto de renda e contribuição social diferidos estão apresentadas na Nota 21(c).

3.2 Valor justo de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos


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A Companhia valoriza os instrumentos financeiros derivativos pelo seu valor justo, tendo como principais fontes
de dados as bolsas de valores de mercadorias e futuros, divulgações do Banco Central do Brasil e serviços de
cotações, a exemplo de Bloomberg e Reuters. Deve-se ressaltar que a volatilidade dos mercados de câmbio e de
juros no Brasil vem causando mudanças significativas nas taxas futuras e nas taxas de juros em períodos muito
curtos de tempo, gerando variações significativas no valor justo dos swaps e outros instrumentos financeiros.
Os valores justos dos instrumentos financeiros não derivativos com cotação pública são baseados nos preços
atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro e de títulos não listados em bolsa de valores não estiver
ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de
operações recentes contratadas com terceiros, referência a outros instrumentos que são substancialmente
similares, a análise de fluxos de caixa descontados ou modelos de precificação de opções que fazem o maior uso
possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela
Administração da Companhia.

As informações sobre os instrumentos financeiros derivativos e não derivativos estão apresentadas na Nota 19.

3.3 Vida útil de ativos

(a) A Companhia reconhece a depreciação e a exaustão de seus ativos tangíveis e dos intangíveis com vida útil
estimada referendada pelos técnicos da Companhia com experiência na gestão das plantas da Braskem. As vidas
úteis dos ativos são revisitadas ao final de cada exercício pelos técnicos da Companhia para verificar a
necessidade de alteração das mesmas.

Os principais fatores que são levados em conta na definição da vida útil dos bens que compõem as plantas
industriais da Companhia são as informações dos fabricantes das máquinas e equipamentos, o nível de operação
das plantas, a qualidade da manutenção preventiva e corretiva e as perspectivas de desatualização tecnológica dos
bens.

A Administração da Companhia também decidiu que: (i) a depreciação deve cobrir o valor total dos bens tendo
em vista que os equipamentos e instalações, quando retirados de operação, são vendidos por valores
absolutamente imateriais; e (ii) os terrenos não são depreciados porque apresentam vida útil indefinida.

As vidas úteis aplicadas aos bens determinaram as seguintes taxas médias (%) de depreciação e exaustão:

2018 2017
Edifícios e benfeitorias 3,42 3,36
Máquinas, equipamentos e instalações 8,04 8,34
Minas e poços 8,84 8,84
Móveis e utensílios 10,03 10,13
Equipamentos de informática 20,13 20,09
Equipamentos de laboratórios 9,53 9,56
Equipamentos de segurança 9,72 9,77
Veículos 17,83 17,51
Outros 18,82 18,17

As informações sobre o ativo imobilizado estão apresentadas na Nota 12.

3.4 Análise e teste de recuperabilidade

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(a) Ativos tangíveis e intangíveis com vida útil definida

Anualmente, ou quando houver alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, a Companhia
realiza uma análise para determinar se existem indicadores de que o saldo contábil dos ativos tangíveis e
intangíveis com vida útil definida poderá não ser recuperável. Essa análise é efetuada para verificar se existem
cenários que poderiam impactar negativamente o fluxo de caixa da Companhia e a consequente recuperação dos
valores investidos nestes ativos. Esses cenários são derivados de questões macroeconômicas, de ordem legal,
concorrencial ou tecnológica.

A Companhia considera como pontos relevantes e que são observados nessa análise: (i) possibilidade de excesso
de oferta dos produtos fabricados pela Companhia ou de redução significativa da demanda em razões de fatores
econômicos adversos; (ii) perspectiva de oscilações relevantes nos preços dos produtos e insumos; (iii)
possibilidade do surgimento de novas tecnologias ou matérias-primas que possam reduzir significativamente o
custo de produção e, por decorrência, impactar o preço de venda levando, em última análise, à obsolescência de
todo ou parte do parque industrial da Companhia; e (iv) mudanças no ambiente regulatório, de forma geral, que
inviabilizem o processo produtivo da Braskem ou que impactem de maneira significativa a comercialização dos
seus produtos. Para essa análise, a Companhia conta com equipe própria que tem uma visão estratégica do
negócio, além de manter contato permanente com consultores externos. Caso as variáveis citadas indiquem riscos
significativos para a geração de caixa, a Administração da Braskem faz o teste de recuperabilidade nos moldes
descritos na Nota 3.4(b).

Os ativos da Companhia são agrupados inicialmente em Segmentos operacionais que seguem uma lógica de linha
de produtos e local de produção. Dentro dos Segmentos, os ativos são agrupados em Unidades Geradoras de
Caixa (“UGC”) da seguinte forma:

Segmentos operacionais reportáveis:

Químicos:
 UGC Químicos BA: representada pelos ativos das plantas de químicos localizadas na BA;
 UGC Químicos Sul: representada pelos ativos das plantas de químicos localizadas no RS;
 UGC Químicos Sudeste: representada pelos ativos das plantas de químicos localizadas nos estados do RJ e
SP.

Poliolefinas:
 UGC Polietileno: representada pelos ativos das plantas de PE localizadas no Brasil;
 UGC Polipropileno: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas no Brasil;
 UGC Renováveis: representada pelos ativos da planta de PE Verde localizada no Brasil.

Vinílicos:
 UGC Vinílicos: representada pelos ativos das plantas de PVC e cloro soda localizadas no Brasil.

Estados Unidos e Europa:


 UGC Polipropileno EUA: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas nos Estados Unidos;
 UGC Polipropileno Europa: representada pelos ativos das plantas de PP localizadas na Alemanha.

México:
 Representada pelos ativos das plantas de eteno e PE localizadas no México.

(b) Ativo intangível com vida útil indefinida

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Os saldos dos ágios de rentabilidade futura oriundos de combinações de negócios são testados anualmente para
fins de mensuração da recuperabilidade. Esses testes são fundamentados na projeção de geração de caixa em cada
segmento operacional (exceto para a UGC Químicos Sul testado no nível da unidade geradora de caixa), para 5
anos, extraída do plano de negócios da Companhia, mencionado na Nota 3.1. Além do fluxo de caixa projetado
para 2019 a 2023, também é calculada perpetuidade com base na visão de longo prazo e sem considerar
crescimento em termos reais para esse cálculo. Os fluxos de caixa bem como a perpetuidade são trazidos a valor
presente por uma taxa de desconto baseada no Custo Médio Ponderado de Capital (“WACC”).

O ágio alocado ao segmento operacional de Poliolefinas foi gerado em uma combinação de negócio que resultou
na aquisição simultânea de plantas de PP e PE. As principais matérias-primas dessas plantas já eram fornecidas
pela Companhia, o que propiciou a captura de relevantes sinergias na operação. Essas sinergias foram um dos
principais impulsionadores daquela aquisição. Por esse fato, a Administração da Companhia avalia a
recuperabilidade deste ágio no âmbito do segmento operacional, uma vez que os benefícios da sinergia são
associados a todas as unidades adquiridas.

Os demais ágios existentes estão alocados na UGC Químicos Sul e no segmento operacional de Vinílicos.

Os ágios de rentabilidade futura estão apresentados na Nota 13. Nessa nota explicativa também estão
apresentados os resultados do teste de impairment.

3.5 Contingências

Os passivos contingentes e as provisões existentes estão ligados, principalmente, a discussões nas esferas judicial
e administrativa decorrentes, em sua maioria, de processos trabalhistas, previdenciários, cíveis e tributários.

A Administração da Braskem, baseada na opinião dos seus assessores jurídicos externos, classifica esses
processos em termos da probabilidade de perda da seguinte forma:

Perda provável – são processos onde existe maior probabilidade de perda do que de êxito ou, de outra forma, em
que a probabilidade de perda é superior a 50%. Para esses processos, a Companhia mantém provisão contábil que
é apurada da seguinte forma:

(i) processos tributários e previdenciários – o valor provisionado corresponde ao valor da causa, acrescido
dos devidos encargos; e

(ii) processos trabalhistas e demais processos – o valor provisionado corresponde ao valor de desembolso
estimado, acrescido dos devidos encargos.

Perda possível – são processos onde a possibilidade de perda é maior que remota e menor que a provável. A perda
pode ocorrer, todavia os elementos disponíveis não são suficientes ou claros de tal forma que permitam concluir
que a tendência será de perda ou ganho. Em termos percentuais, a probabilidade de perda se situa entre 25% e
50%. Para esses processos, ressalvados os casos derivados de combinação de negócios, a Companhia não faz
provisão e destaca os de maior relevância em nota explicativa (Nota 23.2).

Nas operações de combinação de negócios, atendendo ao disposto no IFRS 3, a Companhia registra o valor justo
dos processos com essa avaliação de perda. O valor provisionado corresponde ao valor da causa, acrescido de
encargos correspondentes à variação da taxa Selic, multiplicado pelo percentual de probabilidade de perda.

A Administração da Companhia acredita que as estimativas relacionadas à conclusão dos processos e a


possibilidade de desembolso futuro podem mudar em face do seguinte: (i) instâncias superiores do sistema
judicial podem tomar decisão em caso similar envolvendo outra empresa, adotando interpretação definitiva a
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respeito do caso e, consequentemente, antecipando a finalização de processo envolvendo a Companhia, sem


qualquer desembolso ou implicando na necessidade de liquidação financeira do processo; e (ii) programas de
incentivo ao pagamento dos débitos, implementados no Brasil a nível Federal e Estadual, em condições
favoráveis, que podem levar a um desembolso inferior ao que se encontra provisionado ou inferior ao valor da
causa.

As contingências da Companhia estão apresentadas na Nota 23.

3.6 Hedge accounting

A Companhia designou passivos financeiros não derivativos em moeda estrangeira para a proteção do fluxo de
caixa futuro gerado pelas suas exportações. Esta decisão foi baseada em dois conceitos e julgamentos
importantes: (i) a realização de exportações previstas em seu plano de negócios, que são inerentes ao mercado e
negócio em que atua, e (ii) a capacidade da Companhia de refinanciar seus passivos em dólar, uma vez que faz
parte do direcionamento e estratégia da Companhia o financiamento prioritário em dólar e está previsto na
Política Financeira da Companhia a manutenção de um nível mínimo de passivos líquidos em dólares.

A controlada Braskem Idesa designou a totalidade do financiamento obtido junto a instituições financeiras para a
construção da sua planta industrial para a proteção de parte das vendas que serão realizadas na mesma moeda do
financiamento, o dólar norte-americano. A estimativa das vendas está contemplada no projeto que foi apresentado
aos bancos/financiadores que, devido à consistência das projeções, concederam à Braskem Idesa um
financiamento que deverá ser pago exclusivamente com o caixa a ser gerado por essas vendas. Todas as
considerações comerciais do projeto foram amparadas por estudos de mercado realizados por consultorias
especializadas durante a análise da sua viabilidade.

Todas as operações de hedge da Companhia estão de acordo com os procedimentos e práticas contábeis adotadas
pela Braskem e, trimestralmente, são realizados testes de efetividade para cada operação, comprovando a
efetividade da sua estratégia de hedge.

A Companhia determinou que objetos de hedge serão caracterizados pelas primeiras vendas em dólar realizadas
em cada trimestre até atingir o montante designado em cada período (Notas 19.4(a.i) e 19.4(a.ii),
respectivamente). Os passivos designados para hedge estarão alinhados com a agenda de vencimento do hedge e
com a estratégia financeira da Companhia.

De acordo com a Política Financeira, a Companhia pode contratar derivativos financeiros (swaps, NDFs, opções
etc.) para se proteger da volatilidade no resultado financeiro decorrente de variações de moedas e taxas. Estes
derivativos podem ser designados para hedge accounting de acordo com o julgamento da Administração e quando
for esperado que a designação proporcione uma melhora relevante na demonstração do efeito compensatório
sobre as variações dos itens objeto de hedge. Atualmente, a Companhia possui derivativos designados para hedge
accounting de fluxo de caixa divulgados na Nota 19.3.

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4 Gerenciamento de riscos

A Braskem está exposta a riscos de mercado decorrentes de variações de preços de commodities, de taxas de
câmbio e de juros, de crédito das suas contrapartes em equivalentes de caixa, aplicações financeiras e contas a
receber, e de liquidez para cumprir suas obrigações de passivos financeiros.

A Braskem adota procedimentos de gestão de riscos de mercado e de crédito em conformidade com sua Política
Financeira, revisada periodicamente pelo Conselho de Administração. O objetivo da gestão de riscos é proteger o
fluxo de caixa da Companhia e reduzir as ameaças ao financiamento do seu capital de giro operacional e dos
programas de investimento.

4.1 Riscos de mercado

A Braskem elabora uma análise de sensibilidade para os riscos de taxas de câmbio e juros a que está exposta, que
está apresentada na Nota 19.6(c.2).

(a) Exposição a riscos de commodities

A maior parte das matérias-primas da Braskem (nafta, etano, propano e propeno) e os seus principais produtos
(PE, PP e PVC) são commodities cotadas internacionalmente. Uma série de fatores determina a dinâmica dessas
cotações, o que acaba impactando diretamente o resultado e a geração de caixa da Braskem. Ainda assim, a
Companhia entende que esse risco é inerente ao negócio petroquímico e, por isso, em geral não busca
instrumentos financeiros para se proteger da flutuação dos preços das commodities.

(b) Exposição a riscos cambiais

Considerando a dinâmica do mercado internacional de petroquímicos, onde na maioria das vezes os preços são
atrelados a referências internacionais denominadas em dólar, até mesmo as vendas da Braskem no Brasil são
fortemente correlacionadas à moeda estadunidense. Dessa forma, a manutenção de uma parcela do custo em reais
(gastos fixos com pessoal, fretes e energia, dentre outros) tende a gerar uma exposição líquida passiva à moeda
local.

Assim sendo, com o intuito de mitigar parcialmente o risco cambial de longo-prazo, a partir de setembro de 2016
a Companhia passou a contratar derivativos financeiros para compor um Programa de Hedge Cambial de Longo-
Prazo. O Programa tem como principal forma de mitigação contratos de opções de compra e de venda de dólar,
protegendo fluxos previstos para um horizonte de até 24 meses, conforme descrito em maior detalhe na Nota
19.3.

Além do Programa de Hedge, para balancear a composição entre ativos e passivos em dólar, a Política Financeira
da Braskem estabelece que a Companhia deverá sempre manter um percentual de ao menos 70% da dívida líquida
expressa em dólar. Caso seja conveniente, a empresa pode manter um percentual superior a 70%, desde que
condicionado a uma análise de sensibilidade sobre os principais indicadores financeiros e a comprovação da não
existência de risco significativo na deterioração destes indicadores.

Em 31 de dezembro de 2018, a Braskem elaborou análise de sensibilidade para a exposição à flutuação do dólar
norte-americano, conforme indicado na Nota 19.6.

21
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(c) Exposição a riscos de taxas de juros

A Braskem está exposta ao risco de que uma variação de taxas de juros flutuantes cause um aumento na sua
despesa financeira com pagamentos de juros futuros. A dívida em moeda estrangeira com taxas flutuantes está
sujeita, principalmente, à flutuação da Libor. A dívida em moeda nacional está sujeita, principalmente, à variação
do certificado de depósito interbancário (“CDI”).

Durante 2018, a Braskem manteve contratos de swaps (Nota 19.3.1) com posição ativa em Libor e passiva a taxa
fixa.

Em 31 de dezembro de 2018, a Braskem elaborou uma análise de sensibilidade para a exposição ao risco das
taxas de juros flutuantes Libor, CDI e TJLP, conforme indicado nas Notas 19.6(c.1) e (c.2).

4.2 Exposição a riscos de crédito

As operações que sujeitam a Braskem à concentração de risco de crédito residem, principalmente, nas contas
correntes bancárias, aplicações financeiras e contas a receber de clientes, para as quais a Braskem fica exposta ao
risco da instituição financeira ou do cliente envolvido. Visando gerenciar este risco, a Braskem mantém contas
correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de grande porte, ponderando as
concentrações de acordo com o rating e os preços observados diariamente no mercado de Credit Default Swaps
referenciados às instituições, bem como celebrando contratos de compensação (netting) que minimizam o risco de
crédito total decorrente das diversas operações financeiras celebradas entre as partes.

Em 31 de dezembro de 2018, aproximadamente 34,5% dos valores mantidos em “Caixa e equivalentes de caixa”
(Nota 5) e “Aplicações financeiras” (Nota 6) estavam alocados em instituições financeiras que detinham acordos
de compensação com a Companhia. As obrigações abrangidas por esses acordos estão incluídas na rubrica
“Financiamentos” (Nota 15). A compensação efetiva desses valores somente é possível em caso de default de
uma das partes.

Com relação ao risco de crédito de clientes, a Braskem tem como mecanismos de proteção a análise rigorosa para
a concessão do crédito e a obtenção de garantias reais e não reais quando julgadas necessárias incluindo seguro de
crédito.

A exposição máxima ao risco de crédito dos instrumentos financeiros não derivativos na data de apresentação do
relatório é o somatório dos respectivos valores contábeis, deduzido de quaisquer provisões para perda do valor
recuperável. Em 31 de dezembro de 2018, o saldo de contas a receber de clientes encontra-se líquido de provisão
para crédito de liquidação duvidosa (Nota 7).

4.3 Risco de liquidez

A Braskem possui uma metodologia de cálculo para determinação de um caixa mínimo “visão mês” (horizonte de
30 dias) e de um caixa mínimo “visão ano” (horizonte de até 12 meses) que têm o objetivo de, respectivamente:
(i) garantir liquidez para o cumprimento das obrigações do próximo mês; e (ii) garantir que a Companhia
mantenha a liquidez em eventuais momentos de crise. Os montantes para determinação do caixa mínimo “visão
ano” são calculados principalmente com base na previsão da geração de caixa operacional, subtraída dos
vencimentos de dívidas de curto prazo e necessidades de capital de giro. Já os montantes para determinação do
caixa mínimo “visão mês” consideram a projeção de desembolso de caixa operacional, serviço das dívidas e
aportes em projetos, assim como o desembolso previsto para derivativos com vencimento no período, dentre
outros itens. A Companhia utiliza como caixa mínimo em sua política financeira o maior valor entre estas duas
referências.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia, em linha com seu compromisso de manutenção da liquidez financeira, contratou em maio de 2018
uma linha de crédito rotativo internacional no valor de US$1 bilhão, com vencimento em 2023. Essa linha pode
ser utilizada sem restrição em função da qualidade de crédito da Companhia ou em caso de deterioração no
cenário macroeconômico.

As duas linhas antes mantidas pela Companhia, no valor de US$750 milhões com vencimento em dezembro de
2019 e de R$500 milhões com vencimento em setembro de 2019, foram canceladas.

Em 31 de dezembro de 2018 a nova linha não estava sendo utilizada.

Em 31 de dezembro de 2018, a controlada Braskem Idesa continuou registrando como passivo circulante suas
obrigações financeiras com vencimentos originais de longo prazo. Essa reclassificação deriva do descumprimento
de certas obrigações contratuais (covenants) previstas no contrato de financiamento da Braskem Idesa (Nota 16).
Ressalta-se que a Braskem Idesa tem liquidado todas as suas obrigações de acordo com o cronograma de
vencimento original da dívida e nenhum credor solicitou ou indicou a intenção de solicitar o reembolso imediato
de tais obrigações ou a aceleração da amortização da dívida.

Caso o grupo de credores da Braskem Idesa decida solicitar a amortização antecipada dessa dívida, os passivos
financeiros da Companhia por vencimento, incluindo os valores devidos nos termos do Acordo de Leniência
(Nota 23.3), são mostrados na tabela abaixo. Esses valores são calculados a partir dos fluxos de caixa não
descontados e podem não ser conciliados com os valores do balanço patrimonial.

Vencimento
Até Entre um e Entre dois e Acima de
um ano dois anos cinco anos cinco anos Total

Fornecedores 8.435.246 37.252 - - 8.472.498


Financiamentos 806.418 6.469.288 5.479.526 26.182.832 38.938.064
Debêntures 34.760 118.457 141.972 106.316 401.505
Financiamentos Braskem Idesa 10.504.592 - - - 10.504.592
Derivativos 76.355 55.449 128.765 - 260.569
Mútuo de acionista não controlador na Braskem Idesa - - - 2.183.830 2.183.830
Acordo de leniência (Nota 23.3) 341.308 341.308 897.376 409.876 1.989.868
Em 31 de dezembro de 2018 20.198.679 7.021.754 6.647.639 28.882.854 62.750.926

Considerando que o grupo de credores da Braskem Idesa continuará não solicitando a amortização antecipada
dessa dívida, os passivos financeiros da Braskem por vencimento, incluindo os valores devidos nos termos do
Acordo de Leniência (Nota 23.3), são mostrados abaixo. Esses valores são calculados a partir dos fluxos de caixa
não descontados e podem não ser conciliados com os valores do balanço patrimonial.

Vencimento
Até Entre um e Entre dois e Acima de
um ano dois anos cinco anos cinco anos Total

Fornecedores 8.435.246 37.252 - - 8.472.498


Financiamentos 806.418 6.469.288 5.479.526 26.182.832 38.938.064
Debêntures 34.760 118.457 141.972 106.316 401.505
Financiamentos Braskem Idesa 995.741 2.482.602 2.835.154 7.353.752 13.667.249
Derivativos 76.355 55.449 128.765 - 260.569
Mútuo de acionista não controlador na Braskem Idesa - - - 2.183.830 2.183.830
Acordo de leniência (Nota 23.3) 341.308 341.308 897.376 409.876 1.989.868
Em 31 de dezembro de 2018 10.689.828 9.504.356 9.482.793 36.236.606 65.913.583

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em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

4.4 Gestão de capital

A estrutura de capital ideal, na visão dos gestores da Braskem, está no equilíbrio entre o capital próprio e a soma
de todas as exigibilidades subtraídas dos montantes de caixa e equivalentes de caixa e das aplicações financeiras.
Esta composição atende aos objetivos de perpetuidade da Companhia e de oferecer um retorno condizente aos
acionistas e às outras partes interessadas. Essa estrutura também permite que os custos com o capital de terceiros
estejam num nível adequado para maximizar a remuneração dos acionistas.

Devido ao impacto do dólar norte americano nas operações da Companhia, a Administração da Braskem entende
que o capital próprio, usado para fins da gestão de capital, deve ser mensurado naquela moeda e em termos
históricos. Adicionalmente, a Companhia pode conviver temporariamente com uma estrutura de capital diferente
da ideal. Isso ocorre, por exemplo, em períodos de crescimento quando a Companhia pode financiar grande
parcela dos seus projetos com capital de terceiros, desde que essa opção maximize o retorno dos acionistas
quando os empreendimentos financiados iniciarem as suas operações. Para ajustar ou manter a estrutura de
capital, a Administração da Braskem pode, ainda, considerar a venda de ativos não estratégicos, a emissão de
novas ações ou mesmo a readequação do pagamento de dividendos.

Da mesma forma que a liquidez, o capital não é administrado ao nível da Controladora, mas somente ao nível do
balanço consolidado, à exceção da liquidez e do capital da Braskem Idesa, que tem gestão específica concentrada
no âmbito da controlada.

5 Caixa e equivalentes de caixa


2018 2017

Caixa (i) 2.228.964 1.428.766


Equivalentes de caixa:
no Brasil 1.754.561 1.706.784
no exterior (i) 1.564.112 639.543
Total 5.547.637 3.775.093

(i) Em 31 de dezembro de 2018, caixa inclui o montante de R$963.357 (R$247.286 de caixa e R$47.400 de equivalentes de caixa, em
31 de dezembro de 2017) detidos pela controlada Braskem Idesa, disponíveis para uso exclusivo daquela controlada.

Nesta rubrica estão incluídos dinheiro em caixa, depósitos bancários e aplicações financeiras de alta liquidez e
com capacidade de resgate em prazo inferior a três meses. Esses ativos são conversíveis em um montante
conhecido de caixa e sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.

Os equivalentes de caixa no Brasil estão representados, principalmente, por instrumentos de renda fixa e
depósitos a prazo detidos pelos fundos FIM Júpiter e FIM Netuno. Os equivalentes de caixa no exterior consistem
de instrumentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras de primeira linha (Time Deposit).

6 Aplicações financeiras

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2018 2017
Custo amortizado
Aplicações em time deposit (i) 49.630 440.616
Valor justo através do resultado
Aplicações em time deposit 15.764
LFT's e LF's (ii) 2.247.272 1.816.889
Aplicações em fundos restritos (iii) 9.998 12.404
Outras 60.711 27.335
Total 2.367.611 2.313.008

Ativo circulante 2.357.613 2.302.672


Ativo não circulante 9.998 10.336
Total 2.367.611 2.313.008

(i) Em 2017, o montante de R$440.616 foi dado como garantia para cobrir obrigação da Braskem ligada à constituição de conta reserva
para o Project finance da controlada Braskem Idesa. A garantia foi retirada em abril de 2018.
(ii) Referem-se a Letras Financeiras do Tesouro (“LFT’s”) emitidas pelo governo federal brasileiro e a Letras Financeiras (“LF’s”)
emitidas por instituições financeiras. Essas aplicações possuem vencimento original superior a três meses, apresentam liquidez
imediata no mercado secundário e a expectativa de realização pela Administração é de curto prazo.
(iii) Os fundos restritos representam depósitos bancários, com rendimento de cerca de 100% dos Certificados de Depósito Interbancário
(“CDI”), tendo sua utilização vinculada ao cumprimento de obrigações contratuais de debêntures.

7 Contas a receber de clientes

O prazo de faturamento da Companhia é, em grande parte, de 30 dias, razão pela qual o valor dos títulos a receber
corresponde ao seu valor justo. A Companhia realiza parte de suas contas a receber de clientes através da
alienação de títulos para fundos e instituições financeiras destinadas à aquisição de recebíveis. Essas operações
são realizadas sem direito de regresso e com transferência substancial dos riscos e benefícios dos recebíveis, razão
pela qual os títulos são baixados no ato da operação.

2018 2017
Clientes:
no Brasil 1.425.444 1.459.623
no exterior 1.901.184 2.209.094
Provisão para créditos de liquidação duvidosa ("PCLD") (i) (233.625) (350.025)
Total 3.093.003 3.318.692

Ativo circulante 3.075.218 3.281.196


Ativo não circulante 17.785 37.496
Total 3.093.003 3.318.692

(i) Conforme divulgado na Nota 2.4, o IFRS 9 substituiu, a partir de 01 de janeiro de 2018, o modelo de “perdas
incorridas” do IAS 39 por um modelo prospectivo de “perdas de crédito esperadas”, que exige um maior
julgamento de como mudanças em fatores econômicos afetam as perdas esperadas de crédito, que serão
determinadas conforme estágios abaixo:

Estágio 1 - quando os títulos ainda estão performando neste estágio, as perdas de crédito esperadas são calculadas
com base na experiência real de perda de crédito (write off) ao longo dos últimos cinco anos, segregando os
clientes de acordo com seu risco operacional.

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em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Estágio 2 - quando há deterioração no risco de crédito do cliente desde o reconhecimento inicial; neste estágio, a
Companhia considera como deterioração do risco de crédito títulos renegociados e os títulos com necessidade de
cobrança jurídica independentemente do seu prazo de vencimento.

Estágio 3 - inclui ativos financeiros que possuem evidência objetiva de impairment; o gatilho para evidência de
impairment é o atraso, sem motivo precedente, superior a noventa dias.

A tabela abaixo demonstra a perda de crédito esperada da Companhia para cada estágio:

Percentual de
perda estimada Contas a receber PCLD

Risco da operação 1 Sem risco 1.977.941 -


Risco da operação 2 Sem risco 635.549 -
Estágio 1
Risco da operação 3 0,27% 268.156 752
(Performando)
Risco da operação 4 0,63% 199.499 1.218
Risco da operação 5 100% 24 24
3.081.169 1.994

Estágio 2 1º Renegociação menor do que 24 meses 12% ou 100% 10.533 1.554


(Aumento Signficativo 2º Renegociação ou maior do que 24 meses 91% ou 100% 2.915 2.876
de Risco de Perda) Jurídico 100% 172.189 172.189
185.637 176.619

Estágio 3
(Não performance de 90 a 180 dias 50% ou 100% 10.014 5.204
pagamento - Indicativo Acima de 180 dias 100% 49.808 49.808
de impairment ) 59.822 55.012

Total 3.326.628 233.625

A movimentação da perda de crédito esperada está demonstrada a seguir:

2018 2017

Saldo da provisão no início do exercício (350.025) (380.559)


Provisões do exercício 99.975 18.573
Baixa de títulos considerados incobráveis 16.425 22.878
Adição por aquisição da Cetrel - (10.917)
Saldo da provisão no final do exercício (233.625) (350.025)

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A composição das contas a receber de clientes, por vencimento, é a seguinte:

2018 2017

Títulos a vencer 2.616.104 2.886.546


Títulos vencidos:
Até 90 dias 492.265 567.590
De 91 a 180 dias 10.941 3.673
A partir de 180 dias 207.318 210.908
3.326.628 3.668.717
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (233.625) (350.025)
Total da carteira de clientes 3.093.003 3.318.692

8 Estoques

2018 2017

Produtos acabados 5.542.220 4.255.114


Matérias-primas, insumos de produção e embalagens 1.578.523 1.715.757
Materiais de manutenção 465.684 365.803
Adiantamentos a fornecedores 93.445 275.169
Importações em andamento 838.099 74.670
Total 8.517.971 6.686.513

Ativo circulante 8.486.577 6.640.049


Ativo não circulante 31.394 46.464
Total 8.517.971 6.686.513

Os estoques de produtos acabados são demonstrados pelo custo médio das compras ou de produção ou pelo preço
estimado de venda ou de aquisição, menos os tributos incidentes, dos dois o menor.

O valor dos produtos acabados contempla as matérias-primas, materiais auxiliares e de manutenção consumidos,
a depreciação das instalações industriais, os gastos com pessoal próprio e terceiros envolvidos na produção e
manutenção industrial e os gastos logísticos para a transferência desses produtos das fábricas para os terminais de
venda.

Os produtos acabados são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável liquido e, quando
necessário, é registrada uma provisão. Para essa estimativa, a Companhia considera o preço de venda projetado,
reduzido por todos os custos relacionados, para o período em que se espera que o produto seja vendido. Esse
período é apurado com base nos dados históricos do giro do respectivo estoque. No exercício de 2018 o efeito
líquido dessa provisão é de R$13.906.

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9 Partes relacionadas
Em 31 de dezembro de 2018 Em 31 de dezembro de 2017
Coligadas, controladas em conjunto e ligadas Coligadas, controladas em conjunto e ligadas
Odebrecht e Odebrecht e
suas controladas Petrobras e suas controladas Petrobras e
Balanço patrimonial e coligadas suas controladas Outras Total e coligadas suas controladas Outras Total
Ativo
Circulante
Contas a receber de clientes - 20.119 2.687 22.806 7.634 45.184 60.502 113.320
Estoques 8.665 9(c.i) e 30.193 - 38.858 250.904 118 - 251.022
Dividendos e juros sobre capital próprio - (c.ii) - 890 890 - - 10.859 10.859
Total do ativo 8.665 50.312 3.577 62.554 258.538 45.302 71.361 375.201
Passivo
Circulante
Fornecedores 16.851 160.324 - 177.175 21.530 149.058 700 171.288
Outras obrigações 2.841 484 - 3.325 2.338 562 7.591 10.491
Total do passivo 19.692 160.808 - 180.500 23.868 149.620 8.291 181.779

Período de doze meses findo em 31 de dezembro de 2018 Período de doze meses findo em 31 de dezembro de 2017 Período de doze meses findo em 31 de dezembro de 2016
Coligadas, controladas em conjunto e ligadas Coligadas, controladas em conjunto e ligadas Coligadas, controladas em conjunto e ligadas
Odebrecht e Odebrecht e Odebrecht e
suas controladas Petrobras e suas controladas Petrobras e suas controladas Petrobras e
e coligadas suas controladas Outros Total e coligadas suas controladas Outros Total e coligadas suas controladas Outros Total
Transações
Vendas de produtos - 1.225.443 736.192 1.961.635 27.467 1.810.789 629.302 2.467.558 49.051 2.023.815 562.709 2.467.558
Compras de matérias-primas, - - - - - - -
produtos acabados, serviços e utilidades 460.480 15.540.144 3.800 16.004.424 742.161 12.795.819 5.664 13.543.644 1.564.103 12.291.190 56.170 13.911.463
Receitas (despesas) financeiras - (49) - (49) 2.056 (39.433) - (37.377) (21) 6.452 - 6.431
Outras receitas 4.214 - - 4.214 -
Despesas gerais e administrativas - - - - - - - -
Plano de benefício pós emprego - - - - - - - -
Odebrecht Previdência Privada ("Odeprev") - - 48.514 48.514 - - 36.725 36.725 - - 41.845 41.845
Aquisição de controlada - - - - 610.000 - - 610.000 - - -

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(a) Contratos firmados e/ou renovados com partes relacionadas

Conforme previsto no estatuto social da Companhia, o Conselho de Administração tem competência exclusiva
para decidir sobre qualquer contrato com partes relacionadas, em valores superiores a R$20.000 por operação
ou, superiores, em conjunto, a R$60.000, por exercício social. Essa previsão abrange contratos entre a Braskem
e suas controladas com (i) controladas diretas ou indiretas da Braskem nas quais haja a participação no capital
social do seu acionista controlador ou das controladas diretas e indiretas deste, ou, ainda, de Pessoas Chave
vinculadas a tais entidades; (ii) coligadas da Braskem e controladas de tais entidades; e (iii)
entidades sob controle compartilhado da Braskem, bem como as controladas destas entidades.

Importante ressaltar que, nos termos da Lei nº 6.404/76, é proibido a diretores e conselheiros a: (i) realizar
quaisquer atos de liberalidade com a utilização de ativos da Companhia e em detrimento desta; (ii) intervir em
quaisquer operações em que tais diretores e conselheiros tenham interesse conflitante com o da Companhia ou
nas deliberações de que participarem; e (iii) receber, em razão de seu cargo, qualquer tipo de vantagem pessoal
de terceiros, direta ou indireta, sem autorização estatutária ou da assembleia geral.

Como parte do controle para identificação de partes relacionadas, anualmente as Pessoas Chave informam se
eles, ou seus parentes próximos, possuem controle pleno ou compartilhado em alguma empresa. Das empresas
informadas que apresentaram transações com a Braskem e suas controladas, todas estão consideradas nessa nota
explicativa.

As partes relacionadas que apresentaram transações relevantes com a Companhia são as seguintes:

Odebrecht e controladas diretas e indiretas:


 Atvos Agroindustrial S.A. (“Atvos”)
 Agro Energia Santa Luzia S.A. (“USL”)
 Construtora Norberto Odebrecht S.A. (“CNO”).
 Usina Conquista do Pontal S.A. (“UCP”)

Petrobras e controladas diretas e indiretas:


 Petróleo Brasileiro S.A. (“Petrobras”)
 Petrobras Distribuidora (“BR Distribuidora”).

Controlada em conjunto da Braskem:


 Refinaria de Petróleo Riograndense S.A (“RPR”).

Coligada da Braskem:
 Borealis Brasil S.A (“Borealis”).

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017, foram realizadas as seguintes
principais transações com partes relacionadas, todas com termos e condições normais de mercado:

 Odebrecht e suas controladas:

(i) Em março de 2017, foi assinado contrato de fornecimento de etanol hidratado com a UCP e com a
USL. O etanol é a matéria-prima consumida pela Braskem na produção de eteno verde. Participam do
contrato como garantidoras as empresas Atvos e Rio Claro Agroindustrial S.A. O contrato ainda prevê
a aplicação de desconto comercial e outras flexibilidades no processo de aquisição do produto pela
Braskem.

29
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Em dezembro de 2017 a Companhia assinou um aditivo alterando a modalidade de faturamento de


compra de matéria prima para entrega futura, de forma a antecipar o faturamento do volume de
produto a ser entregue entre janeiro e março de 2018. Esse aditivo define que o preço a ser praticado
no momento da entrega será o menor entre o teto estabelecido no aditivo e a referência do contrato
original.
Esse contrato teve vigência até 30 de abril de 2018.

(ii) Em dezembro de 2017, foi assinado contrato com a USL, UCP, Atvos e Brenco Companhia Brasileira
de Energia Renovável, com o objetivo de garantir o fornecimento do volume de etanol hidratado,
tendo sido concedido desconto comercial no fornecimento e estabelecido flexibilidades contratuais de
aquisição. O contrato contempla adiantamento de R$200.000, garantido por contrato de penhor da
lavoura de cana-de-açúcar, seus produtos e subprodutos em valor líquido de mercado superior ao valor
do adiantamento, sendo que o bem penhorado estará segurado através de apólice contratada com
seguradora de primeira linha e com previsão de sub-rogação para a Companhia, com prazo de vigência
até 30 de abril de 2019. O saldo de adiantamento em 31 de dezembro de 2018 é de R$8.665.

(iii) Em dezembro de 2017 a Companhia assinou contrato de prestação de serviços de manutenção


industrial com a CNO, compreendendo caldeiraria e soldagem em tubulações e equipamentos
estáticos, bem como serviços de operação e manutenção de máquinas de carga nas unidades da
Braskem localizadas no Rio Grande do Sul. Esse contrato tem valor máximo estimado de R$120.000 e
prazo de vigência até 01 de dezembro de 2021. No exercício de 2018 as transações totalizaram
R$19.054.

(iv) Em maio de 2018, a Braskem contratou a prestação de serviços de movimentação e armazenagem de


soda cáustica com a Liquiport Vila Velha S.A, subsidiária integral da Odebrecht Transport S.A. O
contrato tem valor máximo estimado de R$93.000 e vigência de 10 anos. As vendas realizadas no
período totalizaram R$5.844.

 Petrobras e suas controladas:

(i) Desde dezembro de 2015 Companhia mantém contrato com a Petrobras para a compra de 7 milhões de
tonelada/ano de nafta petroquímica, com validade de 5 anos.

(ii) A Braskem mantém contratos de venda de gasolina para a BR Distribuidora com renovação mensal.

 Controlada em conjunto da Braskem:

(i) Em 2018 as vendas de gasóleo para a RPR totalizaram R$127.342. O produto é utilizado como
matéria-prima em seu processo de produção de óleo diesel.

(ii) A Braskem mantém negociações mensais de venda de gasolina para a RPR. As vendas realizadas no
exercício de 2018 totalizaram R$313.460.

30
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(b) Pessoas Chave da administração

Transações no resultado 2018 2017 2016


Remuneração
Benefícios de curto prazo a empregados e administradores 60.922 60.303 44.277
Benefício pós-emprego 989 664 515
Plano ILP 4.404
Total 66.315 60.967 44.792

10 Tributos a recuperar

2018 2017

Controladora e controladas no Brasil


IPI 9.050 18.226
ICMS - operações normais (a) 444.067 499.984
ICMS - créditos sobre imobilizado 170.998 140.904
PIS e COFINS - operações normais 482 22.389
PIS e COFINS - créditos sobre imobilizado 255.739 223.297
Programa REINTEGRA (b) 20.615 102.166
Superveniências federais (c) 707.772 160.198
Outros 2.852 4.322
- -
Controladas no exterior - -
Imposto sobre o valor agregado ("IVA") 173.051 90.050
Outros 7.750 4.021
Total 1.792.376 1.265.557

Ativo circulante 423.188 452.839


Ativo não circulante 1.369.188 812.718
Total 1.792.376 1.265.557

(a) ICMS – operações normais

O saldo de ICMS acumulado ao longo dos últimos exercícios é proveniente, substancialmente, de vendas
internas incentivadas com diferimento da tributação e destinadas ao mercado externo.

A Administração da Companhia vem priorizando uma série de ações no sentido de maximizar a utilização
desses créditos e, atualmente, não são esperados prejuízos na realização do saldo acumulado.

(b) Programa REINTEGRA

O programa REINTEGRA visa restituir às empresas exportadoras os tributos federais incidentes na sua cadeia
de produção dos bens vendidos ao exterior. A restituição equivale aos seguintes percentuais do valor das
receitas com exportação, conforme Lei nº 13.043/14 e Decreto nº 8.543/15:
(i) 3%, entre 1 de outubro de 2014 e 28 de fevereiro de 2015;
(ii) 1%, entre 1 de março de 2015 e 30 de novembro de 2015;
(iii) 0,1% entre 1 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2016;

31
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(iv) 2% entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de maio de 2018; e


(v) 0,1% a partir de 1 de junho de 2018.

A realização desses créditos pode ocorrer de duas formas: (i) compensação com débitos próprios, vencidos ou
vincendos, relativos a tributos administrados pela Receita Federal; ou (ii) ressarcimento em espécie.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Companhia reconheceu créditos no montante de R$69.055


(2017 – R$178.716) e compensou o montante de R$144.957 (2017 – R$138.531). Na demonstração do
resultado os créditos foram reconhecidos na rubrica “Custo dos produtos vendidos”.

(c) Superveniências federais

Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em sede de julgamento de Recurso
Extraordinário com repercussão geral reconhecida, que o ICMS não deveria ser incluído na base de cálculo do
PIS/COFINS. Mesmo com a oposição de embargos de declaração pela União Federal, requerendo efeitos
prospectivos do julgado, o próprio STF e todos os Tribunais Regionais Federais do país têm aplicado a decisão
do caso líder indiscriminadamente. Em dezembro de 2018, o Recurso Extraordinário da União Federal,
interposto em uma ação da própria Braskem S/A, foi julgado prejudicado, aumentando, assim, a segurança
jurídica da Companhia para reconhecimento de seu direito. Nesse cenário a Braskem reconheceu, a partir de 31
de dezembro de 2018, o montante de R$519.830 referente aos débitos de PIS e COFINS apurados a maior no
período de março de 2017 a novembro de 2018, sendo R$265.438 registrado na rubrica “Receita líquida”,
R$235.919 na rubrica “Outras receitas (despesas) operacionais” e R$18.473 na rubrica “Receitas financeiras”.

11 Investimentos

(a) Informações sobre os investimentos


Participação
no capital social Lucro líquido (prejuízo)
total (% ) - 2018 do exercício Patrimônio líquido
Direta e Indireta 2018 2017 2016 2018 2017

Controladas em conjunto
RPR 33,20 6.358 106.109 86.682 99.672 201.038
Odebrecht Comercializadora de Energia S.A. ("OCE") (i) (48) (543) (5.720) - 5.178

Coligada
Borealis 20,00 (2.900) 17.752 10.538 163.884 166.630

(i) Extinta em junho de 2018.

32
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(b) Movimentação dos investimentos


Equivalência
patrimonial Provisão Ajuste de
S aldo em Dividendos Efeito de para avaliação S aldo em
2017 e JCP resultado perdas patrimonial 2018
Controladas em conjunto
Cetrel - -
Borealis 33.325 - (549) - - 32.776
OCE 1.036 - (9) (1.027) - -
RPR 66.752 (32.060) 2.106 - (3.704) 33.094
Outros 145 - - (61) - 84
101.258 (32.060) 1.548 (1.088) (3.704) 65.954

(c) Impactos na consolidação da Braskem Idesa

Em atendimento ao IFRS 12, a Companhia está apresentando as informações financeiras de controlada em que
há participação de acionista não controlador, com efeitos materiais produzidos nas demonstrações consolidadas
da Companhia.

33
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Consolidado Braskem
Ex consolidado Braskem Idesa Braskem Idesa consolidada (i) Eliminações Consolidado
2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 4.584.280 3.480.407 963.357 294.686 - - 5.547.637 3.775.093
Aplicações financeiras 2.357.613 2.302.672 - - - - 2.357.613 2.302.672
Contas a receber de clientes 2.574.791 2.809.034 627.879 620.531 (127.452) (148.369) 3.075.218 3.281.196
Estoques 7.907.429 6.293.324 579.148 346.725 - - 8.486.577 6.640.049
Tributos a recuperar 737.399 919.600 109.689 63.029 - - 847.088 982.629
Outras 379.560 392.750 340.122 44.630 - - 719.682 437.380
18.541.072 16.197.787 2.620.195 1.369.601 (127.452) (148.369) 21.033.815 17.419.019

Não circulante
Tributos a recuperar 1.574.518 987.184 61 52 (ii) - - 1.574.579 987.236
Impostos diferidos 114.000 129.469 990.158 1.036.257 - - 1.104.158 1.165.726
Créditos com empresas ligadas 6.137.206 5.051.706 (ii) (6.137.206) (5.051.706) -
Outras 546.892 637.549 47.217 33.207 - 594.109 670.756
Imobilizado 20.102.981 19.180.263 12.365.063 11.228.346 (iii) (708.154) (646.999) 31.759.890 29.761.610
Intangível 2.562.722 2.575.567 178.260 151.930 - - 2.740.982 2.727.497
31.038.319 28.561.738 13.580.759 12.449.792 (6.845.360) (5.698.705) 37.773.718 35.312.825
Total do ativo 49.579.391 44.759.525 16.200.954 13.819.393 (6.972.812) (5.847.074) 58.807.533 52.731.844

Passivo e patrimônio líquido


Circulante
Fornecedores 8.099.755 5.047.293 368.949 159.872 (127.452) (148.369) 8.341.252 5.058.796
Financiamentos 737.436 1.184.781 - - - - 737.436 1.184.781
Debêntures 27.732 27.183 - - - - 27.732 27.183
Financiamentos Braskem Idesa - - 10.504.592 9.691.450 - - 10.504.592 9.691.450
Salários e encargos sociais 617.079 609.883 28.317 20.634 - - 645.396 630.517
Tributos a recolher 488.472 881.702 12.801 13.067 - - 501.273 894.769
Outras 1.932.548 1.019.346 75.849 57.581 - - 2.008.397 1.076.927
11.903.022 8.770.188 10.990.508 9.942.604 (127.452) (148.369) 22.766.078 18.564.423
Não circulante
Financiamentos 24.160.720 22.176.640 - - - - 24.160.720 22.176.640
Financiamentos Braskem Idesa 266.777 286.141 - - - - 266.777 286.141
Contas a pagar a empresas ligadas - - 6.147.768 5.065.971 (ii) (6.147.768) (5.065.971) - -
Mútuo de acionista não controlador da Braskem Idesa - - (v) 2.183.830 1.756.600 - - 2.183.830 1.756.600
Provisão para perda em controladas 2.871.819 2.689.769 - - (iv) (2.871.819) (2.689.769) - -
Outras 3.765.110 4.467.398 10.348 7.842 - - 3.775.458 4.475.240
31.064.426 29.619.948 8.341.946 6.830.413 (9.019.587) (7.755.740) 30.386.785 28.694.621
Patrimônio líquido
Atribuível aos acionistas da Companhia 6.531.070 6.300.300 (3.131.500) (2.953.624) 3.131.500 2.953.625 6.531.070 6.300.301
Participação de acionistas não controladores
em controladas 80.873 69.089 - - (957.273) (896.590) (876.400) (827.501)
6.611.943 6.369.389 (3.131.500) (2.953.624) 2.174.227 2.057.035 5.654.670 5.472.800
Total do passivo e patrimônio líquido 49.579.391 44.759.525 16.200.954 13.819.393 (6.972.812) (5.847.074) 58.807.533 52.731.844

(i) Braskem Idesa consolidada com sua controlada direta Braskem Idesa Serviços.
(ii) Empréstimo da Braskem Holanda como parte da contribuição dos acionistas ao projeto da Braskem Idesa.
(iii) Ajuste correspondente à capitalização de parte dos encargos financeiros do empréstimo acima mencionado.
(iv) Provisão feita na controlada Braskem Holanda para o patrimônio líquido negativo da Braskem Idesa.
(v) Mútuo devido ao acionista não controlador como parte da contribuição dos acionistas ao projeto.

34
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Demonstração do resultado do exercício


Consolidado Braskem
Ex consolidado Braskem Idesa Braskem Idesa consolidada Eliminações Consolidado
2018 2017 2016 2018 2017 2016 2018 2017 2016 2018 2017 2016

Receita líquida de vendas e serviços 54.851.243 46.207.109 46.343.171 3.766.371 3.656.801 1.495.018 (617.748) (603.316) (174.201) 57.999.866 49.260.594 47.663.988
Custo dos produtos vendidos (44.783.284) (34.675.494) (34.040.770) (2.314.998) (2.125.031) (1.109.020) 667.062 623.117 164.221 (46.431.220) (36.177.408) (34.985.569)
10.067.959 11.531.615 12.302.401 1.451.373 1.531.770 385.998 49.314 19.801 (9.980) 11.568.646 13.083.186 12.678.419
Receitas (despesas)
Com vendas e distribuição (1.355.986) (1.287.817) (1.286.558) (189.582) (171.791) (117.115) - - - (1.545.568) (1.459.608) (1.403.673)
Gerais e administrativas (1.524.480) (1.336.072) (1.201.489) (108.191) (122.043) (123.855) (332) 23.843 39.731 (1.633.003) (1.434.272) (1.285.613)
Pesquisa e desenvolvimento (199.821) (167.456) (162.010) - - - - - - (199.821) (167.456) (162.010)
Resultado de participações societárias 76.821 191.949 (923.096) - - - (77.709) (151.993) 953.174 (888) 39.956 30.078
Outras receitas (despesas), líquidas (208.252) (887.185) (3.913.567) 299.104 32.305 7.613 - - - 90.852 (854.880) (3.905.954)
6.856.241 8.045.034 4.815.681 1.452.704 1.270.241 152.641 (28.727) (108.349) 982.925 8.280.218 9.206.926 5.951.247
Resultado financeiro
Despesas financeiras (2.227.544) (3.044.668) (3.054.334) (1.090.019) (973.952) (688.868) 310.012 271.403 172.240 (3.007.551) (3.747.217) (3.570.962)
Receitas financeiras 867.185 850.367 955.423 31.879 24.666 3.193 (310.012) (271.403) (268.494) 589.052 603.630 690.122
Variações cambiais, líquidas (2.014.205) (936.804) (2.115.993) (232.064) 132.186 (1.094.424) (10.714) 5.856 (2.256.983) (798.762) (3.210.417)
(3.374.564) (3.131.105) (4.214.904) (1.290.204) (817.100) (1.780.099) (10.714) 5.856 (96.254) (4.675.482) (3.942.349) (6.091.257)
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social 3.481.677 4.913.929 600.777 162.500 453.141 (1.627.458) (39.441) (102.493) 886.671 3.604.736 5.264.577 (140.010)
IR e CSL - correntes e diferidos (639.394) (1.057.699) (1.039.107) (97.157) (299.983) 423.061 - - - (736.551) (1.357.682) (616.046)
(639.394) (1.057.699) (1.039.107) (97.157) (299.983) 423.061 - - - (736.551) (1.357.682) (616.046)
Resultado líquido das operações continuadas 2.842.283 3.856.230 (438.330) 65.343 153.158 (1.204.397) (39.441) (102.493) 886.671 2.868.185 3.906.895 (756.056)
Resultado com operações descontinuadas
Lucro com operações descontinuadas - 13.499 40.760 - - - - - - - 13.499 40.760
IR e CSL - correntes e diferidos - (4.623) (13.901) - - - - - - - (4.623) (13.901)
- 8.876 26.859 - - - - - - - 8.876 26.859
Lucro líquido do exercício 2.842.283 3.865.106 (411.471) 65.343 153.158 (1.204.397) (39.441) (102.493) 886.671 2.868.185 3.915.771 (729.197)

Consolidado Braskem
Demonstração de fluxo de caixa Ex consolidado Braskem Idesa Braskem Idesa consolidada Eliminações Consolidado
2018 2017 2016 2018 2017 2016 2018 2017 2016 2018 2017 2016

Lucro antes do imposto de renda e da


contribuição social e do resultado com operações descontinuadas 3.481.677 4.913.929 641.537 162.500 453.141 (1.627.458) (39.441) (102.493) 886.671 3.604.736 5.264.577 (99.250)
Ajustes para reconciliação do resultado - - - - - - - - - - - -
Depreciação, amortização e exaustão 2.228.978 2.230.466 2.381.160 810.581 742.033 331.691 (48.982) (43.644) (29.751) 2.990.577 2.928.855 2.683.100
Resultado de participações societárias (76.821) (191.949) 923.096 - - - 77.709 151.993 (953.174) 888 (39.956) (30.078)
Juros, variações monetárias e cambiais, líquidas 4.658.342 2.900.745 1.851.033 1.344.888 802.825 1.229.219 10.714 (5.856) (54.244) 6.013.944 3.697.714 3.026.008
Ganho em alienação de investimento em controlada - (276.816) - - - - - - - (276.816) -
Acordo de leniência 375.476 2.853.230 375.476 2.853.230
Reversão de provisões 23.725 (223.340) 23.725 (223.340)
Créditos de PIS e COFINS - exclusão do ICMS da base de cálculo (519.830) - - - - - - - (519.830) -
Provisão para perdas e baixas de ativos de longa duração 69.270 212.759 40.530 3.200 425 486 - - 72.470 213.184 41.016
9.865.341 9.941.270 8.690.586 2.321.169 1.998.424 (66.062) - - (150.498) 12.186.510 11.939.694 8.474.026
Variação do capital circulante operacional - - - - - - - - - - - -
Aplicações financeiras 98.349 (953.228) (649.535) - - - - - - 98.349 (953.228) (649.535)
Contas a receber de clientes 158.378 (1.304.474) 1.083.117 (7.348) (373.066) (126.617) (20.917) 79.148 51.375 130.113 (1.598.392) 1.007.875
Estoques (1.337.618) (1.387.696) 966.974 (199.672) 36.668 (104.636) - - (1.537.290) (1.351.028) 862.338
Tributos a recuperar 1.068.637 415.923 976.770 (46.395) 53.370 81.334 - - 1.022.242 469.293 1.058.104
Despesas antecipadas (67.051) (21.732) 64.029 (38.112) (8.789) - - (105.163) (30.521) 64.029
Demais contas a receber (6.299) 34.500 332.673 (236.392) (8.698) 21.308 - - (242.691) 25.802 353.981
Fornecedores 1.113.381 (1.444.468) (4.052.705) 209.077 (119.033) (150.495) 20.917 (79.148) (51.375) 1.343.375 (1.642.649) (4.254.575)
Tributos a recolher (828.222) (132.697) (674.466) (149.026) (82.817) 382.335 - - (977.248) (215.514) (292.131)
Adiantamentos de clientes (218.623) (3.089) 207.020 18.665 (10.423) 9.830 - - (199.958) (13.512) 216.850
Acordo de leniência (330.006) (1.343.803) - - - - - - (330.006) (1.343.803)
Demais contas a pagar 299.010 124.050 430.714 417.759 126.087 165.981 - - 716.769 250.137 596.695
Caixa gerado pelas operações 9.815.277 3.924.556 7.375.177 2.289.725 1.611.723 212.978 - - (150.498) 12.105.002 5.536.279 7.437.657

Juros pagos (1.328.420) (1.648.971) (1.611.718) (588.381) (215.224) (1.916.801) (2.154.053) (1.826.942)
Imposto de renda e contribuição social pagos (937.557) (919.236) (1.152.847) (274) - - - - - (937.831) (920.606) (1.152.847)

Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 7.549.300 1.356.349 4.610.612 1.701.070 1.611.723 (2.246) - - (150.498) 9.250.370 2.461.620 4.457.868
Recursos recebidos na venda de ativo imobilizado e intangível 95.133 39.660 - - - - - - 95.133 -
Recursos recebidos na venda de investimentos 81.000 450.000 - - - - - - 81.000 450.000
Recursos recebidos na redução de capital de investimentos 2.254 - - - - - - - - 2.254 -
Dividendos recebidos 41.791 - - 41.791 -
Adições ao investimento em controladas - (608.181) - - - - - - - (608.181) -
Adições ao imobilizado e intangível (2.635.906) (2.185.567) (1.844.510) (70.422) (87.630) (892.499) - - 150.498 (2.706.328) (2.273.197) (2.586.511)
Outros investimentos (2.167) (14.683) 34.061 - - - - - - (2.167) 24.977 34.061
Aplicação de caixa em investimentos (2.417.895) (2.318.771) (1.810.449) (70.422) (87.630) (892.499) - - 150.498 (2.488.317) (2.406.401) (2.552.450)

Dívida de curto e longo prazos


Captações 4.301.626 8.492.341 4.107.626 - - - - - - 4.301.626 8.492.341 4.107.626
Pagamentos (6.592.197) (8.779.091) (4.901.593) - - - - - - (6.592.197) (8.779.091) (4.901.593)
Derivativos - pagamentos - (810.279) - - - - - - - (810.279) -
Financiamentos Braskem Idesa - - -
Captações - - - - 187.959 503.921 - - 187.959 503.921
Pagamentos - - - (812.929) (1.080.502) (469.282) - - (812.929) (1.080.502) (469.282)
Partes relacionadas - - -
Captações (pagamentos) 72.880 20.637 (882.158) (72.880) (20.637) 882.158 - -
Dividendos pagos (1.499.900) (998.893) (1.997.984) - - - - - - (1.499.900) (998.893) (1.997.984)
Geração (aplicação) de caixa em financiamentos (3.717.591) (2.075.285) (3.674.109) (885.809) (913.180) 916.797 - - - (4.603.400) (2.988.465) (2.757.312)
Variação cambial do caixa de controladas no exterior (309.941) 17.849 541.734 (76.168) (11.374) 44.908 - - (386.109) 6.475 586.642
Geração (aplicação) de caixa e equivalentes 1.103.873 (3.019.858) (332.212) 668.671 599.539 66.960 - - - 1.772.544 (2.926.771) (265.252)

Representado por
Caixa e equivalentes no início do exercício 3.480.407 6.500.265 6.908.623 294.686 201.599 134.639 - - 3.775.093 6.701.846 7.043.262
Caixa e equivalentes no final do exercício 4.584.280 3.480.407 6.576.411 963.357 294.686 201.599 - - 5.547.637 3.775.093 6.778.010
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes 1.103.873 (3.019.858) (332.212) 668.671 93.087 66.960 - - - 1.772.544 (2.926.753) (265.252)

35
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

12 Imobilizado

(a) Movimentação
Máquinas, Projetos e
Edificações e equipamentos paradas em
Terrenos benfeitorias e instalações andamento (i) Outros Total

Custo 471.655 5.530.714 36.804.409 3.495.965 1.404.759 47.707.502


Depreciação/exaustão acumulada - (1.111.642) (16.595.497) - (663.653) (18.370.792)
S aldo em 31 de dezembro de 2016 471.655 4.419.072 20.208.912 3.495.965 741.106 29.336.710

Aquisições - - 149.018 2.090.157 6.066 2.245.241


Adições por aquisição de controlada 14.937 122.846 63.081 46.833 92.052 339.749
Encargos financeiros capitalizados - - - 130.272 - 130.272
Ajustes de conversão de moeda estrangeira 5.600 168.554 387.757 56.425 4.877 623.213
Transferência por conclusão de projetos 29.703 145.622 2.216.704 (2.539.041) 147.012 -
Baixas (21.249) (5.149) (166.585) (5.946) (12.342) (211.271)
Baixas - Custo (21.249) (7.444) (525.724) (5.946) (21.368) (581.731)
Baixas - Depreciação - 2.295 359.139 - 9.026 370.460
Depreciação/exaustão - (280.448) (2.275.788) - (146.068) (2.702.304)
Saldo contábil 500.646 4.570.497 20.583.099 3.274.665 832.703 29.761.610
Custo 500.646 6.058.259 39.211.042 3.274.665 1.755.092 50.799.704
Depreciação/exaustão acumulada - (1.487.762) (18.627.943) - (922.389) (21.038.094)
S aldo em 31 de dezembro de 2017 500.646 4.570.497 20.583.099 3.274.665 832.703 29.761.610

Custo - reclassificação 68.902 (70.296) 1.038.042 186.606 (92.650) 1.130.604


Custo - reclassificado 569.548 5.987.963 40.249.084 3.461.271 1.662.442 51.930.308

Depreciação/exaustão acumulada - reclassificação - (88.244) (964.517) - (77.843) (1.130.604)


Depreciação/exaustão acumulada - reclassificado - (1.576.006) (19.592.460) - (1.000.232) (22.168.698)
S aldo em 31 de dezembro de 2017 569.548 4.411.957 20.656.624 3.461.271 662.210 29.761.610

Aquisições - 372 201.492 2.439.286 13.199 2.654.349


Encargos financeiros capitalizados - - - 178.055 - 178.055
Ajustes de conversão de moeda estrangeira 32.751 593.228 1.433.855 137.551 30.411 2.227.796
Custo 32.751 674.720 1.727.164 137.551 52.242 2.624.428
Depreciação - (81.492) (293.309) - (21.831) (396.632)
Transferência por conclusão de projetos - 16.477 1.022.560 (1.106.975) 67.938 -
Transferências para o intangível - - - (2.922) (1.539) (4.461)
Baixas - (2.009) (40.503) (3.873) (1.675) (48.060)
Custo - (2.983) (175.562) (3.873) (9.475) (191.893)
Depreciação - 974 135.059 - 7.800 143.833
Depreciação/exaustão - (370.035) (2.487.820) - (151.544) (3.009.399)
Saldo contábil 602.299 4.649.990 20.786.208 5.102.393 619.000 31.759.890
Custo 602.299 6.676.549 43.024.738 5.102.393 1.784.807 57.190.786
Depreciação/exaustão acumulada - (2.026.559) (22.238.530) - (1.165.807) (25.430.896)
S aldo em 31 de dezembro de 2018 602.299 4.649.990 20.786.208 5.102.393 619.000 31.759.890

(i) Em 31 de dezembro de 2018, os principais valores contidos nesta rubrica correspondem aos gastos com paradas programadas para
manutenção no Brasil e nas plantas do exterior e que estão em fase de preparação ou em andamento (R$975.509), aos encargos
financeiros capitalizados (R$293.697), aos estoques de itens sobressalentes (R$441.133), aos projetos estratégicos no Brasil
(R$125.541) e aos projetos estratégicos da Braskem America (R$1.547.870). O restante corresponde, principalmente, a inúmeros
projetos voltados à manutenção da capacidade produtiva das plantas.

As máquinas, equipamentos e instalações da Companhia requerem inspeções, substituições de componentes e


outras manutenções em intervalos regulares. A Companhia realiza paradas programadas em intervalos regulares
de dois a seis anos para realizar essas atividades. Estas paradas podem envolver a planta como um todo, parte
dela, ou mesmo somente equipamentos relevantes, tais como caldeiras industriais, turbinas e tanques. Paradas
que ocorrem a cada seis anos, por exemplo, são geralmente realizadas para a manutenção de plantas industriais

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

como um todo. Os gastos de cada parada programada são agregados aos itens do ativo imobilizado objetos da
parada e são totalmente depreciados até o início da seguinte correspondente parada. Os gastos com mão de obra
própria, o consumo dos pequenos materiais de manutenção e os correspondentes serviços de terceiros são
registrados, quando incorridos, como custo de produção. Os bens do ativo imobilizado são depreciados pelo
método linear. Projetos em andamento não são depreciados. A depreciação se inicia quando os bens estão
disponíveis para uso.

A partir da análise mencionada na Nota 3.4(a), a Administração da Braskem entende que as plantas irão operar
suas capacidades máximas, ou próximas delas, dentro do período projetado, não sendo necessária a realização
de teste adicional de recuperabilidade desses ativos. Os preços dos produtos fabricados pela Companhia são
cotados internacionalmente e a curto ou médio prazo se ajustam aos preços das matérias-primas de forma a
preservar as margens históricas do negócio.

Os encargos financeiros são capitalizados sobre o saldo dos projetos em andamento utilizando (i) a taxa média
de todos os financiamentos; e (ii) a parte da variação cambial que corresponder à eventual diferença positiva
entre a taxa média dos financiamentos no mercado interno e a taxa referida no item (i).

Em 2018 foram capitalizados encargos no montante de R$178.055 (2017 – R$130.272). A taxa média de
encargos praticada no exercício foi de 8,78% a.a. (2017 – 7,78% a.a.).

(b) Ativos imobilizados por país

2018 2017

Brasil 16.278.608 16.665.988


M éxico 11.656.910 10.581.347
Estados Unidos 3.539.495 2.275.987
Alemanha 273.987 229.328
Outros 10.890 8.960
31.759.890 29.761.610

37
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13 Intangível

Ágios
fundamentados Contratos com
em rentabilidade Marcas S oftware e clientes e
futura e patentes direitos de uso fornecedores Total
Custo 3.187.722 339.512 566.673 772.888 4.866.795
Amortização acumulada (1.128.848) (110.880) (364.336) (453.644) (2.057.708)
S aldo em 31 de dezembro de 2016 2.058.874 228.632 202.337 319.244 2.809.087

Aquisições - 340 27.319 297 27.956


Adições por aquisição de controlada - - 1.316 402 1.718
Ajustes de conversão de moeda estrangeira - 8.357 4.759 (932) 12.184
Baixas - 1.107 (124) - 983
Custo - 1.107 269 - 1.376
Amortização - - (393) - (393)
Amortização - (8.349) (43.467) (72.615) (124.431)
Saldo contábil 2.058.874 230.087 192.140 246.396 2.727.497
Custo 3.187.722 349.316 607.528 772.253 4.916.819
Amortização acumulada (1.128.848) (119.229) (415.388) (525.857) (2.189.322)
S aldo em 31 de dezembro de 2017 2.058.874 230.087 192.140 246.396 2.727.497

Custo - reclassificação (44) 58.515 117.743 121.861 298.075


Custo - reclassificado 3.187.678 407.831 725.271 894.114 5.214.894

Amortização acumulada - reclassificação 44 (61.252) (108.644) (128.223) (298.075)


Amortização acumulada - reclassificado (1.128.804) (180.481) (524.032) (654.080) (2.487.397)
S aldo em 31 de dezembro de 2017 2.058.874 227.350 201.239 240.034 2.727.497

Aquisições - - 51.707 272 51.979


Ajustes de conversão de moeda estrangeira - 23.966 10.037 (185) 33.818
Custo - 27.021 21.053 94.351 142.425
Amortização - (3.055) (11.016) (94.536) (108.607)
Transferências da rubrica de projetos
e paradas em andamento do imobilizado - 2.532 1.929 - 4.461
Baixas - - - (1.003) (1.003)
Custo - - - (596.557) (596.557)
Amortização - - - 595.554 595.554
Amortização - (7.551) (30.780) (37.439) (75.770)
Saldo contábil 2.058.874 246.297 234.132 201.679 2.740.982
Custo 3.187.678 437.384 799.960 392.180 4.817.202
Amortização acumulada (1.128.804) (191.087) (565.828) (190.501) (2.076.220)
S aldo em 31 de dezembro de 2018 2.058.874 246.297 234.132 201.679 2.740.982

Taxas médias anuais de amortização 4,96% 11,71% 6,00%

38
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia adota a seguinte prática contábil para cada classe de intangível:

(a) Ágios por rentabilidade futura

Os ágios existentes foram apurados de acordo com os critérios definidos pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil antes da adoção do IASB, e representam a diferença positiva entre os valores pagos e os patrimônios
líquidos das empresas adquiridas. Esses ágios foram amortizados sistematicamente até dezembro de 2008. A
partir de 2009, eles têm sido submetidos ao teste anual de impairment. Em novembro de 2018 a Braskem
realizou esse teste através do método do valor em uso (fluxo de caixa descontado) e não identificou perda,
conforme a seguir demonstrado:

Ágios Fluxo de caixa Valor


alocados (FC) contábil (i) FC/Valor contábil
UGC e Segmentos operacionais
UGC - Químicos Sul 926.854 9.628.209 2.479.778 3,9
Segmento operacional - Poliolefinas 939.667 21.750.937 8.189.204 2,7
Segmento operacional - Vinílicos 192.353 4.617.326 2.763.882 1,7
(i) O valor contábil inclui, além dos ágios, os ativos tangíveis e intangíveis com vida útil definida e o capital de giro de cada segmento
operacional.

As premissas utilizadas para determinar o fluxo de caixa descontado estão descritas na Nota 3.4(b). O WACC
utilizado foi de 11,72% a.a. A taxa de inflação utilizada para a perpetuidade foi de 3,7%.

Dado o impacto potencial nos fluxos de caixa da “taxa de desconto” e da “perpetuidade”, a Braskem efetuou
análise de sensibilidade com mudanças nessas variáveis, cujos fluxos de caixa estão demonstrados na tabela
abaixo:
+0,5% na taxa -0,5% na
de desconto perpetuidade
UGC e Segmentos operacionais
UGC - Químicos Sul 9.099.954 9.249.202
Segmento operacional - Poliolefinas 20.455.434 20.798.767
Segmento operacional - Vinílicos 4.351.801 4.424.347

As principais premissas utilizadas para a projeção de fluxo de caixa estão relacionadas a projeção de indicadores
macroeconômicos, preços internacionais, demandas globais e locais, nos países onde a Braskem possui plantas
produtivas.

Os indicadores macroeconômicos são fornecidos por uma consultoria de grande reconhecimento de mercado e
englobam itens tais como: taxas de câmbio, inflação, taxas de juros, dentre outras.

Os preços dos principais produtos petroquímicos são obtidos a partir da projeção de uma consultoria
internacional. Todavia, os valores finais levam em consideração reuniões em comitês internos específicos e o
conhecimento de especialistas da Companhia na elaboração das referências para cada mercado. Em sua maioria,
para o período projetado, os preços elaborados internamente passaram por nova revisão em relação àqueles
originalmente projetados pela consultoria internacional.

Assim como os preços, as demandas globais também são contratadas de uma consultoria específica e, nos
mercados onde a Companhia atua mais diretamente, são consideradas variáveis adicionais para a composição da
demanda local.

39
Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

No segmento de Vinílicos, cujo principal produto é o PVC, o valor do fluxo de caixa projetado ultrapassou o
valor contábil dos bens em 67%. As principais variáveis que impactam este negócio estão relacionadas à
flutuação do câmbio, spreads internacionais (principalmente relacionados a preços de nafta, PVC e Soda) e
demanda brasileira. Flutuações efetivas dessas importantes variáveis de forma diferente das projetadas pela
Companhia podem implicar em um fluxo de caixa inferior ao valor dos ativos.

(b) Intangíveis com vida útil definida

(b.1) Marcas e patentes

As tecnologias adquiridas de terceiros, incluindo as adquiridas em uma combinação de negócios, são registradas
pelo custo de aquisição e/ou pelo valor justo e demais custos diretamente atribuíveis, menos a amortização
acumulada e a provisão para perda no valor recuperável, quando aplicável. As tecnologias com vida útil definida
são amortizadas pelo método linear com base no prazo do contrato de aquisição (entre 10 a 20 anos). Os gastos
com pesquisa e desenvolvimento são contabilizados no resultado, quando incorridos.

(b.2) Relações contratuais com clientes e fornecedores

Os contratos com clientes e fornecedores contabilizados advêm de combinações de negócios e foram


reconhecidos pelo valor justo nas datas das respectivas aquisições. Esses contratos têm vida útil definida e são
amortizados pelo método linear, com base no prazo do respectivo contrato comercial de venda ou de compra
(entre 14 a 28 anos).

(b.3) Softwares

Todos os softwares contabilizados têm vida útil definida estimada entre 3 a 10 anos e são amortizados pelo
método linear com base nessa vida útil. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos no
resultado, quando incorridos.

(c) Ativos intangíveis por país

2018 2017

Brasil 2.510.503 2.502.231


M éxico 178.261 151.930
Estados Unidos 26.791 47.357
Alemanha 25.373 25.948
Outros 54 31
2.740.982 2.727.497

14 Fornecedores

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2018 2017
Fornecedores:
No Brasil 1.551.554 2.287.767
No exterior (i) 6.934.598 2.817.917
Ajuste a valor presente - fornecedores no exterior (107.648) (46.888)
8.378.504 5.058.796

Passivo circulante 8.341.252 5.058.796


Passivo não circulante 37.252
8.378.504 5.058.796

(i) Considera R$5,6 bilhões de compras de matéria prima com vencimento em até 360 dias, para as quais a Companhia provê cartas de
crédito emitidas por instituições financeiras, onde os fornecedores são os beneficiários.

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15 Financiamentos

(a) Posição dos financiamentos

Encargos financeiros anuais contratados (% a.a) 2018 2017


Moeda estrangeira
Bonds Nota 15 (b) 21.930.575 20.082.588
Pré-pagamentos de exportações Nota 15 (c) 810.542 781.573
Notas de crédito para exportação Variação cambial do US$ + 7,30 (i) - 679.895
Capital de giro Variação cambial do US$ + 3,15 - 883.181
Capital de giro Variação cambial do peso argentino 48
Investimentos Nota 15(d) 620.160
Outros - SACE Nota 15(e) 1.147.397
Custos de transação (346.921) (285.657)
24.161.801 22.141.580

Passivo circulante 610.922 985.639


Passivo não circulante 23.550.879 21.155.941
Total 24.161.801 22.141.580

Moeda nacional
Notas de crédito para exportação 100,00 do CDI + 0,70 406.258 -
Notas de crédito para exportação 105,00 a 108,00 do CDI (i) - 508.146
BNDES TJLP + juros entre 0,00 e 2,62 (i) - 31.347
BNDES SELIC + 2,32 (i) - 22.039
BNDES Juros entre 3,50 e 4,00 (ii) 52.081 132.020
BNB/ FINEP/ FUNDES/FINISA/FINAME 5,83 (iii) 239.969 486.227
FINAME TJLP + 6,00 555 2.293
Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) 6,50 37.099 42.045
Outros 19,14 426 655
Custos de transação (33) (4.931)
736.355 1.219.841

Passivo circulante 126.514 199.142


Passivo não circulante 609.841 1.020.699
Total 736.355 1.219.841

Moeda estrangeira e moeda nacional


Passivo circulante 737.436 1.184.781
Passivo não circulante 24.160.720 22.176.640
Total 24.898.156 23.361.421

(i) Contratos liquidados antecipadamente.


(ii) Contratos parcialmente liquidados antecipadamente no montante de R$32.887.
(iii) Contratos parcialmente liquidados antecipadamente no montante de R$138.230.

(b) Bond

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Valor da emissão
Data de emissão US$ Vencimento Juros (% a.a.) 2018 2017
jun-2008 500,000 jun-2018 7,25 - 440.274
mai-2010 400,000 mai-2020 7,00 81.434 159.341
mai-2010 350,000 mai-2020 7,00 1.370.156 1.169.732
out-2010 (i) 450,000 sem vencimento 7,38 985.767 1.514.826
abr-2011 750,000 abr-2021 5,75 2.676.195 2.502.351
jul-2011 500,000 jul-2041 7,13 1.997.984 1.705.722
fev-2012 250,000 abr-2021 5,75 980.304 836.907
fev-2012 250,000 sem vencimento 7,38 985.767 841.570
mai-2012 500,000 mai-2022 5,38 1.954.177 1.668.323
jul-2012 250,000 jul-2041 7,13 998.992 852.861
fev-2014 500,000 fev-2024 6,45 1.988.773 1.697.859
mai-2014 250,000 fev-2024 6,45 994.387 848.929
out-2017 500,000 jan-2023 3,50 1.969.609 1.667.025
out-2017 1.250,000 jan-2028 4,50 4.947.030 4.176.868
Total 6,700,000 21.930.575 20.082.588

(i) Parte dos contratos liquidados no montante de R$825.720.

(c) Pré-pagamentos de exportação

Valor inicial da
Data da operação operação US$ Vencimento Encargos (% a.a.) 2018 2017
jan-2013 200,000 nov-2022 Variação cambial do US$ + Libor semestral + 1,10 311.082 331.701
set-2017 135,000 mar-2027 Variação cambial do US$ + Libor semestral + 1,61 499.460 449.872
Total 335,000 810.542 781.573

(d) Captação para investimentos

A controlada Braskem America contratou um financiamento de até US$225 milhões com garantia da Euler
Hermes, agência de crédito de exportação alemã, para financiar parte do investimento na nova Planta de PP
localizada em La Porte, Estados Unidos. O desembolso dos recursos ocorre conforme desenvolvimento físico do
projeto e o montante total do financiamento está previsto para ser desembolsado até 30 de dezembro de 2020.

Valor da
Data operação
da Operação US$ Vencimento Encargos (% a.a.) 2018 2017
jul-2018 (i) 158,150 dez-2028 Variação cambial do US$ + Libor semestral + 0,65 620.160 -
Total 158,150 620.160 -

(i) US$130,650 liberado em julho de 2018, US$13,677 liberado em setembro de 2018 e US$13,823 liberado em dezembro de 2018.

(e) Outros - SACE

A controlada Braskem Nertherlands B.V. contratou um financiamento de US$295 milhões com garantia da
SACE Covered Facility Agreement, agência de crédito de exportação italiana.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Valor da
Data operação
da Operação US$ Vencimento Encargos (% a.a.) 2018 2017
nov-2018 295,125 nov-2028 Variação cambial do US$ + Libor semestral + 0,90 1.147.397 -
Total 295,125 1.147.397 -

(f) Agenda de pagamentos

O montante dos financiamentos com vencimentos a longo prazo tem a seguinte composição:

2018 2017

2019 - 1.245.895
2020 1.748.531 2.199.869
2021 3.933.857 3.655.465
2022 2.256.444 1.801.844
2023 2.355.549 1.709.587
2024 3.336.032 2.539.216
2025 234.270 45.994
2026 234.296 44.239
2027 205.157 17.586
2028 em diante 9.856.584 8.916.945
Total 24.160.720 22.176.640

(g) Garantias

A Braskem concedeu garantias para parte de seus financiamentos conforme indicado a seguir:

Saldo do
financiamento Total
Financiamento Vencimento 2018 garantido Garantias

BNB dez-2022 88.909 88.909 Hipoteca de plantas e penhor de máquinas e equipamentos


BNB mar-2023 32.093 32.093 Fiança bancária
BNDES jan-2021 52.081 52.081 Hipoteca de plantas, terrenos e imóveis e penhor de máquinas e equipamentos
FUNDES jun-2020 47.929 47.929 Hipoteca de plantas, terrenos e imóveis e penhor de máquinas e equipamentos
FINEP jul-2024 61.725 61.725 Fiança bancária
FINEP dez-2019 2.872 2.872 Fiança bancária, alienação fiduciária de equipamentos e bloqueio de conta corrente (fundo restrito).
FINAME abr-2021 1.496 1.496 Alienação fiduciária de equipamentos
FINISA dez-2023 5.500 5.500 Fiança bancária
OUTROS jul-2021 424 424 Alienação fiduciária de equipamentos
Total 293.029 293.029

16 Financiamentos Braskem Idesa

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Montante
Identificação Principal (US$) Vencimento Encargos (% a.a) 2018 2017
Project finance
Project finance I 700,000 fev-2027 Var cambial US$ + Libor trimestral + 3,25 2.335.825 2.179.981
Project finance II 210,000 fev-2027 Var cambial US$ + 6,17 657.689 621.140
Project finance III 600,000 fev-2029 Var cambial US$ + 4,33 1.983.113 1.827.811
Project finance IV 660,000 fev-2029 Var cambial US$ + Libor trimestral + 3,88 2.225.042 2.032.093
Project finance V 400,000 fev-2029 Var cambial US$ + Libor trimestral + 4,65 1.326.901 1.221.997
Project finance VI 89,994 fev-2029 Var cambial US$ + Libor trimestral + 2,73 297.158 273.887
Project finance VII 533,095 fev-2029 Var cambial US$ + Libor trimestral + 4,64 1.768.389 1.627.479
Custos de transação - (89.525) (92.938)
Total no passivo circulante 3,193,089 10.504.592 9.691.450

Passivo circulante 10.504.592 9.691.450


Total 10.504.592 9.691.450

Em alinhamento com a Política Financeira da Companhia, o investimento no complexo petroquímico da


Braskem Idesa foi financiado na modalidade de Project Finance, em que a dívida da construção deve ser paga
exclusivamente com a geração de caixa da Braskem Idesa, contando com garantias limitadas providas pelos
acionistas. Este financiamento conta com garantias usuais de transações na modalidade de Project Finance, tais
como ativos, recebíveis, geração de caixa e demais direitos da Braskem Idesa. Adicionalmente, o financiamento
contém diversas obrigações contratuais (covenants) usuais em contratos dessa natureza.

Na data base relativa às demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2018, permanece um descumprimento


relacionado a parte de obrigações não pecuniárias previstas nos contratos. Neste sentido, se mantém a
reclassificação para o passivo circulante de toda a parcela não circulante da dívida a pagar, no montante de
R$9.554.476, em atendimento ao IAS 1 (Apresentação das Demonstrações Contábeis).

De acordo com as normas mencionadas acima, a reclassificação deve ocorrer nas situações em que o
descumprimento de obrigações contratuais dê ao credor o direito de solicitar à Braskem Idesa o pagamento dos
vencimentos no curto prazo. Neste contexto, ressalta-se que nenhum dos credores solicitou o referido
pagamento antecipado dos vencimentos e que a Braskem Idesa tem feito pontualmente a liquidação de suas
obrigações de serviço de dívida de acordo com a agenda de amortização original.

Como descrito na Nota 31.5, em 9 de outubro de 2019, a Braskem Idesa chegou a um entendimento com seus
credores para tais descumprimentos, portanto a dívida de longo prazo será reclassificada de passivo circulante
para passivo não circulante nas próximas demonstrações financeiras anuais.

A agenda de amortização abaixo apresenta os vencimentos originais de longo prazo, não contemplando a
reclassificação efetuada para o passivo circulante decorrente dos descumprimentos contratuais citados
anteriormente.

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2018 2017

2019 - 748.071
2020 1.016.916 877.450
2021 1.161.108 1.002.270
2022 968.519 835.009
2023 1.280.154 1.105.295
2024 1.385.087 1.195.682
2025 1.381.192 1.195.096
2026 1.194.964 1.052.156
2027 582.393 474.438
2028 em diante 584.143 422.266
Total 9.554.476 8.907.733

17 Debêntures

Data de emissão Série Vencimento Encargos (% a.a) 2018 2017


mar-2013 Única mar-2025 IPCA + 6% 210.506 216.968
set-2013 Única set-2025 126,5% do CDI 84.003 96.356
294.509 313.324

Passivo circulante 27.732 27.183


Passivo não circulante 266.777 286.141
Total 294.509 313.324

(a) Agenda de pagamentos

O montante das debêntures com vencimentos a longo prazo tem a seguinte composição:

2018 2017

2019 - 26.629
2020 44.811 43.674
2021 50.722 49.326
2022 50.745 49.326
2023 50.769 49.326
2024 50.796 49.326
2025 18.934 18.534
Total 266.777 286.141

(b) Garantias

A Companhia celebrou contratos de cessão fiduciária de direitos creditórios, com manutenção de contas de
cobrança de modo a cumprir o equivalente da dívida por até três meses de prestações futuras, conforme os
respectivos termos previstos nos instrumentos de cessão.

18 Reconciliação das atividades de financiamentos na demonstração do fluxo de caixa

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Circulante e não circulante


Financiamentos, debêntures e financiamentos Braskem Idesa
Total
financiamentos Financiamentos Total
Financiamentos Debêntures e debêntures Braskem Idesa geral Dividendos

Saldo em 31 de dezembro de 2017 23.361.421 313.324 23.674.745 9.691.450 33.366.195 3.850

Captações 4.301.626 - 4.301.626 - 4.301.626


Pagamentos (6.569.073) (23.124) (6.592.197) (812.929) (7.405.126) (1.499.900)
Caixa aplicado em financiamentos (2.267.447) (23.124) (2.290.571) (812.929) (3.103.500) (1.499.900)

Outras movimentações
Pagamentos - juros (1.304.811) (23.609) (1.328.420) (588.381) (1.916.801)
Juros, variações monetárias e cambiais, líquidas 3.703.892 27.918 3.731.810 604.837 4.336.647
Conversão de dívidas de controladas no exterior 1.405.101 1.405.101 1.609.615 3.014.716
Dividendos adicionais aprovados em assembleia - 1.500.000
Dividendos mínimos obrigatórios - 667.419
Dividendos prescritos / outros - 1.026
3.804.182 4.309 3.808.491 1.626.071 5.434.562 2.168.445

Saldo em 31 de dezembro de 2018 24.898.156 294.509 25.192.665 10.504.592 35.697.257 672.395

19 Instrumentos financeiros

19.1 Valor justo

(a) Cálculo do valor justo

O valor justo dos ativos e passivos financeiros é estimado como o valor pelo qual o instrumento poderia ser
trocado em uma transação corrente entre partes dispostas a negociar, e não em uma venda ou liquidação forçada.
Os seguintes métodos e premissas foram utilizados para estimar o valor justo:

(i) Ativos financeiros classificados como valor justo por meio do resultado ou como valor justo por meio de
outros resultados abrangentes são valorizados de acordo com a hierarquia do valor justo (Nível 1 e
Nível 2), com inputs usados nos processos de mensuração obtidos de fontes que refletem os preços
observáveis mais atuais de mercado.

(ii) Contas a receber de clientes e fornecedores, classificados em sua grande maioria como custo amortizado,
correspondem aos respectivos valores contábeis devido ao vencimento no curto prazo desses instrumentos.
Quando os preços de compra ou venda incluem encargos financeiros materiais, os títulos são ajustados a
seu valor presente.

(iii) O valor justo dos financiamentos é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratual futuros
pela taxa de juros vigente no mercado que está disponível para a Braskem em instrumentos financeiros
similares.

(iv) O valor justo dos Bonds se baseia em preços negociados nos mercados financeiros, somado ao respectivo
valor contábil dos juros.

Os demais ativos e passivos têm seus valores justos iguais aos respectivos valores contábeis.

(b) Hierarquia de valor justo

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A Companhia aplica o IFRS 7 para a mensuração do valor justo de instrumentos financeiros que estão no
balanço patrimonial e que requerem divulgação, de acordo com a seguinte hierarquia de valor justo:

Nível 1 – valor justo obtido através de preços cotados (sem ajustes) nos mercados ativos para ativos ou passivos
idênticos, como, por exemplo, a bolsa de valores;

Nível 2 – valor justo obtido por modelos financeiros usando informações diretamente observáveis no mercado,
tais como fluxo de caixa descontado, quando o instrumento é uma compra/venda a termo ou um contrato de
swap, ou como Black-Scholes quando o instrumento possui características de opção. Para mensurar o risco de
crédito das partes envolvidas nos instrumentos derivativos, a Braskem utiliza os modelos de CVA (Credit
Valuation Adjusment) ou DVA (Debt Valuation Adjustment), aplicados fluxo a fluxo sobre as marcações a
mercado de cada um dos instrumentos. A Companhia adota os ratings das contrapartes para os fluxos positivos
e o seu próprio rating para os fluxos negativos, disponíveis no mercado e divulgados por agências renomadas de
rating, como premissa necessária para extrair a probabilidade de default.

19.2 Instrumentos financeiros não derivativos e acordo de leniência (Nota 23.3)

Hierarquia Saldo contábil Valor justo


Nota Classificação por categoria de valor justo 2018 2017 2018 2017

Caixa e equivalentes de caixa 5


Caixa e bancos Custo amortizado 2.228.964 1.428.766 2.228.964 1.428.766
Aplicações financeiras no Brasil Valor justo através do resultado Nível 2 1.754.561 1.706.784 1.754.561 1.706.784
Aplicações financeiras no exterior Valor justo através do resultado Nível 2 1.564.112 639.543 1.564.112 639.543
5.547.637 3.775.093 5.547.637 3.775.093

Aplicações financeiras 6
LFTs e LFs Valor justo através do resultado Nível 2 2.247.272 1.816.889 2.247.272 1.816.889
Aplicações em time deposit Custo amortizado Nível 2 49.630 440.616 49.630 440.616
Aplicações em time deposit Valor justo através do resultado Nível 2 - 15.764 - 15.764
Outras Valor justo através do resultado Nível 2 70.709 39.739 70.709 39.739
2.367.611 2.313.008 2.367.611 2.313.008

Contas a receber de clientes 6 Custo amortizado 3.045.463 3.244.851 3.045.463 3.244.851


Valor justo através de outros
Contas a receber de clientes 6 Nível 2 47.540 73.841 47.540 73.240
resultados abrangentes

Fornecedores 14 Custo amortizado 8.378.504 5.058.796 8.378.504 5.058.796

Financiamentos 15 Custo amortizado


Moeda estrangeira - Bonds Nível 1 21.930.575 20.082.588 22.028.040 21.230.567
Moeda estrangeira - demais financiamentos Nível 2 2.578.147 2.344.649 2.277.069 2.228.608
Moeda nacional Nível 2 736.388 1.224.772 598.926 1.039.873
25.245.110 23.652.009 24.904.035 24.499.048

Financiamentos Braskem Idesa 16 Custo amortizado Nível 2 10.594.117 9.784.388 9.367.878 8.675.711

Debêntures 17 Custo amortizado Nível 2 294.509 313.324 239.976 214.815

Mútuo de acionista não controlador


- Custo amortizado 2.183.830 1.756.600 2.183.830 1.756.600
na Braskem Idesa

Acordo de leniência 23.3 Custo amortizado 1.842.518 2.004.590 1.842.518 1.629.114

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19.3 Instrumentos financeiros derivativos

19.3.1 Movimentação

(Ativo)/ (Ativo)/
Hierarquia Características das operação Saldo Passivo Liquidação Passivo
de valor Exposição do acumulado líquido Variação do financeira líquido
Identificação Nota justo principal Proteção O RA (PL) 2017 valor justo (Pagto)/Recbto 2018

O perações não designadas


para hedge accounting
Swap de câmbio Nível 2 Peso argentino Dólar - 752 (235) 517
Swap NCE Nível 2 Real Dólar - 5.231 - 5.231
- 5.983 (235) 5.748

O perações designadas
para hedge accounting
Opções de compra e venda de dólar 19.3.1 (a.i) Nível 2 Real Dólar (40.338) (3.793) 39.932 - 36.139
Swaps Dólar 19.3.1 (a.ii) Nível 2 Real Dólar e taxas fixas (183.808) - 183.398 - 183.398
Swaps de taxa de juros 19.3.1 (a.iii) Nível 2 Libor T axas fixas (209.067) (25.791) (41.590) (283) (67.664)
(433.213) (29.584) 181.740 (283) 151.873

Derivativos
Ativo circulante (3.793) (27.714)
Ativo não circulante (32.666) (46.664)
Passivo circulante 6.875 70.305
Passivo não circulante - 161.694
(29.584) 157.621

As contrapartes desses contratos são monitoradas constantemente com base na análise dos seus respectivos
ratings e Credit Default Swap - CDS. A Braskem possui diversos mitigadores bilaterais de riscos em seus
contratos, como a possibilidade de depositar ou solicitar depósitos de margem de garantia das contrapartes que
achar conveniente.

Os instrumentos financeiros derivativos, designados para hedge accounting, são apresentados no balanço
patrimonial pelo seu valor justo, em conta de ativo ou passivo, conforme o valor justo represente um saldo
positivo ou negativo para a Braskem e são obrigatoriamente classificados como “valor justo através do
resultado”.

Todos os instrumentos financeiros de hedge detidos em 31 de dezembro de 2018 foram celebrados em mercado
de balcão, com contrapartes financeiras de grande porte, sob o abrigo de contratos globais de derivativos, no
Brasil ou no exterior.

A Política Financeira da Braskem prevê uma gestão ativa e contínua de proteção de variações indesejadas de
moedas e taxas proveniente de suas operações e de itens financeiros, podendo contratar derivativos financeiros
(swaps, NDFs, opções etc). Os demais riscos de mercado são abordados na medida em que são introduzidos
para cada operação. De um modo geral, a Braskem inclui o julgamento da necessidade de hedge durante a
análise de operações prospectivas e procura realizá-lo sob medida, além de mantê-lo pelo mesmo prazo da
operação que estiver sendo coberta.

A Braskem pode eleger derivativos para aplicação de hedge accounting, conforme o IFRS 9. A designação para
hedge accounting não é obrigatória. Em geral, a Braskem optará por designar instrumentos financeiros como
hedge accounting quando for esperado que a aplicação proporcione uma melhora relevante na demonstração do
efeito compensatório sobre as variações dos itens objeto de hedge.

A parcela efetiva das variações no valor justo dos derivativos de hedge e da variação cambial dos passivos
financeiros designados e qualificados como instrumento do hedge do fluxo das vendas é reconhecida no

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patrimônio líquido em “Outros resultados abrangentes”. Esses valores são transferidos para o resultado
financeiro nos períodos em que o item protegido afetar o resultado. A parcela não efetiva é imediatamente
reconhecida como resultado na rubrica “Resultado financeiro”.

Quando um instrumento de hedge vence ou é vendido, ou quando não mais atende aos critérios da contabilidade
de hedge, o mesmo é descontinuado prospectivamente e todo ganho ou perda acumulado no patrimônio líquido
lá permanece até ser reconhecido no resultado financeiro do exercício quando o item ou a transação protegida
impactar o resultado. Se o item objeto de hedge ou uma transação protegida for liquidado antecipadamente,
descontinuado ou não se espera que vá ocorrer, o ganho ou perda acumulado no patrimônio líquido é transferido
imediatamente para o resultado financeiro.

(a) Operações designadas para hedge accounting

(a.i) Opção de compra e venda de dólar

Em 31 de dezembro de 2018, a Braskem possuía valor nocional total comprado em puts de US$2,2 bilhões, ao
preço de exercício médio de 3,29 R$/US$. Concomitantemente, a Companhia também possuía valor nocional
total vendido em calls de US$1,6 bilhão, ao preço de exercício médio de R$/US$4,61. As operações contratadas
têm prazo máximo de vencimento de 24 meses. Como objeto de hedge, foram designadas vendas futuras em
Reais dolarizadas, com os meses de reconhecimento sempre coincidentes aos das opções.

De acordo com o IFRS 9, norma contábil vigente a partir de 01 de janeiro de 2018, o valor da marcação à
mercado das opções (“MtM”) bem como o valor do prêmio da operação, são reconhecidos em “Outros
resultados abrangentes” (“ORA”) no patrimônio líquido. O valor de mercado das opções é composto pelo
nocional das operações multiplicado pela soma entre o valor intrínseco – referente a quanto a opção ultrapassou
o preço de exercício no momento da avaliação – e o valor extrínseco, que corresponde ao valor temporal do
derivativo até seu vencimento. A partir do início das operações e suas respectivas designações como
contabilidade de hedge, a Companhia passou a reconhecer em ORA todos os eventuais prêmios pagos pelas
opções compradas, na forma de custo de hedge. Em 31 de dezembro de 2018, o montante registrado em ORA
como custo de hedge é de R$4,1 milhões.

(a.ii) Swaps Dólar

Para permanecer alinhada à sua estratégia de gestão de riscos, a Companhia contratou operações de derivativos
cambiais (“swaps”) com montante de R$ 1,3 bilhão com vencimentos anuais para os próximos 5 anos a partir de
30 de janeiro de 2019. Estas operações foram designadas para hedge accounting de fluxo de caixa, onde os
instrumentos de hedge são os derivativos cambiais e os objetos de hedge são as receitas futuras no mercado
interno altamente prováveis sujeitas à suscetibilidade do câmbio Real/Dólar. Desta maneira, a marcação a
mercado da parte efetiva do hedge será contabilizada no patrimônio líquido no ORA e só será reconhecida no
resultado financeiro no momento de realização de cada um dos objetos.

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(a.iii) Operação de hedge da controlada Braskem Idesa vinculada ao Project finance

Swap de taxas de juros ligados à Libor

Valor nominal Proteção Valor justo, líquido


Identificação US$ (taxa de juros a.a.) Vencimento 2018 2017
Swap Libor I a VI 1,312,892 1,9825% mai-2025 (67.664) (25.791)
Total 1,312,892 (67.664) (25.791)

Derivativos
Ativo circulante (21.000)
Ativo não circulante (46.664) (32.666)
Passivo circulante - 6.875
Total (67.664) (25.791)
- -
A Braskem Idesa contratou operações de swap com o objetivo de compensar parte da variação da Libor
provenientes dos financiamentos mencionados na Nota 16. Essa operação de hedge compartilha as mesmas
garantias do Project finance.

19.4 Passivos financeiros não derivativos designados para hedge accounting

(a.i) Exportações futuras em dólares

Em 1 de maio de 2013, a Braskem S.A. designou instrumentos financeiros passivos, não derivativos,
denominados em dólares norte-americanos como instrumento de proteção de cobertura do fluxo de suas
exportações futuras altamente prováveis. Desta forma, o impacto do câmbio sobre o fluxo futuro de caixa em
dólar derivado dessas exportações é compensado com a variação cambial dos passivos designados, eliminando,
em parte, a volatilidade do resultado. A taxa de câmbio na data da designação era de US$1: R$2,0017. Em
adição a esse hedge accounting, em 10 de outubro de 2017 a Braskem S.A. realizou uma nova designação de
instrumentos financeiros para proteção de vendas futuras com vencimento no ano de 2028. A taxa de câmbio de
proteção foi de US$ 1: R$3,1688.

Desta maneira, em 31 de dezembro de 2018, as exportações designadas ainda não realizadas e não
descontinuadas, estão demonstradas a seguir:

Valor nominal
total US$

2019 733,980
2020 723,999
2021 716,000
2022 719,000
2023 718,372
2024 688,854
2028 1,250,000
5,550,205

Não houve movimentação no período findo em 31 de dezembro de 2018, dos instrumentos financeiros
designados para esse hedge.

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A Companhia considera essas exportações do período selecionado (2019/2028) como altamente prováveis, com
base nos seguintes fatores:

 Nos últimos anos a Braskem S.A. exportou em média US$3,1 bilhões por ano, o que representa entre 3
e 4 vezes o volume anual de exportações protegido.
 As exportações protegidas representam entre 20% e 30% dos fluxos de exportações planejados pela
Companhia.
As exportações da Companhia não são esporádicas ou ocasionais, mas parte integrante da sua estratégia e do
negócio petroquímico onde a competição é global.
Em 31 de dezembro de 2018, os vencimentos dos passivos financeiros designados eram os seguintes:
Valor nominal
total US$

2019 733,980
2020 723,999
2021 716,000
2022 719,000
2023 718,372
2024 688,854
2028 1,250,000
5,550,205

Visando garantir a continuidade da relação de proteção, a Companhia pretende efetuar o refinanciamento e/ou
substituição desses instrumentos de hedge para adequá-los ao cronograma e valor das exportações protegidas. A
rolagem ou substituição do instrumento de hedge está prevista no IFRS 9. Isso explica o fato que os passivos
instrumento de hedge não são necessariamente equivalentes às exportações designadas por ano.

A tabela abaixo demonstra os saldos de variação cambial reconhecidos no resultado financeiro da Companhia
em virtude das realizações das exportações designadas para esse hedge para o período de doze meses findo em
31 de dezembro de 2018:

Valor nominal Cotação inicial Cotação de proteção Valor nominal


total US$ R$/US$ R$/US$ bruto

1º trimestre 189,325 2,0017 3,3082 247.353


2º trimestre 208,405 2,0017 3,2769 265.758
3º trimestre 193,190 2,0017 3,3080 252.364
4º trimestre 196,973 2,0017 3,3080 257.307
787,893 1.022.782

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

As movimentações da variação cambial e do IR e CSL na rubrica “Outros resultados abrangentes” desse hedge
são as seguintes:

Variação Efeito
cambial IR e CSL líquido
Saldo em 31 de dezembro de 2017 (6.814.142) 2.316.808 (4.497.334)
Variação cambial do período lançada no ORA / IR e CSL (3.145.857) 1.069.591 (2.076.266)
Variação cambial transferida para o resultado / IR e CSL 1.022.782 (347.746) 675.036
Saldo em 31 de dezembro de 2018 (8.937.217) 3.038.653 (5.898.564)

As realizações previstas para o exercício de 2019 ocorrerão pelos pagamentos dos instrumentos financeiros em
conformidade com as exportações realizadas, sendo a variação cambial registrada em “Outros resultados
abrangentes” baixada para o resultado financeiro. Para todos os trimestres as realizações serão efetuadas à taxa
dos fluxos descontinuados. A agenda trimestral das exportações objetos de hedge que ocorrerão em 2019 é a
seguinte:

Valor nominal
total US$

1º trimestre 150,000
2º trimestre 183,495
3º trimestre 183,495
4º trimestre 216,990
733,980

(a.ii) Dívidas ligadas ao Project finance com vendas futuras em dólares

Em 1 de outubro de 2014, a controlada Braskem Idesa designou o montante de US$2,878,936 das dívidas
relacionadas ao Project finance, denominadas em dólares norte-americanos, como instrumento de proteção do
fluxo de suas vendas futuras altamente prováveis. Devido aos desembolsos do financiamento do projeto durante
2015, a Braskem Idesa designou novos montantes para hedge accounting em abril e setembro de 2015,
US$290,545 e US$23,608 respectivamente. Desta forma, o impacto do câmbio sobre o fluxo futuro das vendas
em dólares será compensado com a variação cambial dos passivos designados, eliminando, em parte, a
volatilidade do resultado daquela controlada.

A Administração da Braskem Idesa considera essas vendas futuras como altamente prováveis, com base nos
seguintes fatores:

 No México, as vendas no mercado interno podem ser realizadas em dólares. Em 2016 a empresa iniciou
sua operação e comercialização de produtos, incluindo vendas em dólares no mercado local e
internacional.
 O fluxo a ser protegido corresponde a menos de 35% do fluxo planejado de receitas do projeto durante o
período designado. O montante de vendas atuais já atende ao volume de hedge designado o que
reafirma a natureza altamente provável do fluxo designado.
 O financiamento foi obtido através da estrutura de Project finance e será repago exclusivamente com a
geração de caixa do empreendimento (Nota 16). Dessa forma, a existência da dívida está diretamente
associada à natureza altamente provável das vendas futuras em dólares.

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Em 31 de dezembro de 2018, as vendas designadas e ainda não realizadas estão demonstradas a seguir:

Valor nominal
total US$

2019 229,270
2020 266,690
2021 303,392
2022 253,204
2023 333,093
2024 359,559
2025 357,903
2026 309,240
2027 152,103
2028 124,654
2029 31,164
2,720,272

A tabela abaixo demonstra as movimentações dos instrumentos financeiros designados para esse hedge no
exercício:

US$
Realizações Realização de hedge
2017 no exercício descontinuado 2018

Saldo designado 2,930,246 (221,790) 400 2,708,856

Em 31 de dezembro de 2018, os vencimentos dos passivos financeiros designados estão distribuídos da seguinte
forma:
Valor nominal
total US$

2019 228,850
2020 266,187
2021 302,816
2022 252,723
2023 332,458
2024 358,873
2025 357,221
2026 308,650
2027 150,419
2028 124,347
2029 26,312
2,708,856

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

A tabela abaixo demonstra o saldo de hedge accounting descontinuado no exercício findo em 31 de dezembro
de 2018 (US$11,416), que se mantém registrado no patrimônio líquido na rubrica “Outros resultados
abrangentes” da Braskem Idesa, e que será levado para o resultado financeiro conforme agenda das vendas
futuras protegidas:

Valor nominal Cotação inicial Cotação de proteção Valor nominal Valor nominal
total US$ MXN/US$ MXN/US$ total MXN bruto

Hedge descontinuado 11,416 13,4541 17,9915 51.799 8.707


51.799 8.707

A tabela abaixo demonstra os saldos de variação cambial reconhecidos no resultado financeiro da Braskem
Idesa em virtude das realizações das vendas designadas para esse hedge no exercício findo em 31 de dezembro
de 2018:

Valor nominal Cotação inicial Cotação de proteção Valor nominal Valor nominal
total US$ MXN/US$ MXN/US$ total MXN bruto

1º trimestre 53,889 13,6649 18,6631 269.348 46.934


2º trimestre 55,136 13,6560 19,4484 319.370 59.371
3º trimestre 56,383 13,6536 18,8320 291.974 60.810
4º trimestre 56,382 13,6537 20,2473 371.757 69.455
221,790 1.252.449 236.570

As movimentações da variação cambial e do IR na rubrica de “Outros resultados abrangentes” são as seguintes:

Variação Efeito
cambial IR líquido
Saldo em 31 de dezembro de 2017 (3.545.639) 1.064.426 (2.481.213)
Variação cambial do período lançada no ORA / IR 16.681 (5.004) 11.677
Variação cambial transferida para o resultado / IR 236.570 (70.971) 165.599
Saldo em 31 de dezembro de 2018 (3.292.388) 988.451 (2.303.937)

Os testes de efetividade das operações foram realizados conforme previsto no IFRS 9 e todas as operações
mostraram-se efetivas para redução de dispersão da receita proveniente com as vendas designadas para hedge,
quando avaliadas em Pesos.

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As realizações previstas para o exercício de 2019 ocorrerão conforme os pagamentos do Project finance, sendo
a variação cambial registrada em “Outros resultados abrangentes” baixada para o resultado financeiro. A agenda
trimestral das vendas em dólar objetos de hedge que ocorrerão em 2019 é a seguinte:

Valor nominal
total US$

1º trimestre 56,382
2º trimestre 56,383
3º trimestre 57,629
4º trimestre 58,876
229,270

19.5 Qualidade do crédito dos ativos financeiros

(a) Contas a receber de clientes

Praticamente nenhum dos clientes da Braskem possui classificação de risco concedida por agências avaliadoras.
Por essa razão, a Braskem desenvolveu um sistema próprio que gera a classificação de risco para a totalidade
dos títulos a receber de clientes no Brasil e no exterior.

Em 31 de dezembro de 2018, as classificações de risco para o mercado interno e externo estavam como
demonstradas abaixo:

(%)
2018
1 Risco Mínimo 67,50
2 Risco Baixo 18,60
3 Risco Médio 7,61
4 Risco Alto 5,02
5 Risco Muito Alto (i) 1,27

Em 31 de dezembro de 2017, as classificações de risco para o mercado interno eram as seguintes:

(%)
2017
1 Risco Mínimo 18,84
2 Risco Baixo 50,84
3 Risco Médio 13,33
4 Risco Alto 13,40
5 Risco Muito Alto (i) 3,59

(i) A maioria dos clientes nesta faixa está inativa e os respectivos títulos estão em fase de cobrança judicial. Os clientes desta faixa que
ainda estão ativos compram da Braskem com pagamento antecipado.

Indicadores de inadimplência:
Últimos doze meses
Mercado Mercado

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Interno Externo
31 de dezembro de 2018 0,08% 0,45%
31 de dezembro de 2017 0,08% 0,19%
31 de dezembro de 2016 0,18% 0,04%

Para esse cálculo é considerado o montante de títulos vencidos acima de 5 dias para o mercado interno e 30 dias
para o mercado externo, dividido pela receita bruta consolidada dos últimos doze meses.

(b) Demais ativos financeiros

Para a determinação dos ratings na avaliação do risco das contrapartes dos ativos financeiros classificados em
caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras, a Braskem utiliza a classificação de risco das agências
Standard & Poors, Moody’s e Fitch nos limites previstos em sua política financeira aprovada no Conselho de
Administração.

2018 2017
Ativos financeiros com avaliação de risco
AAA 4.294.099 3.569.392
AA+ 1.175.098 27.094
AA 79.136 8.047
AA- 1.076 209.389
A+ 1.103.647 1.465.107
A 165.899 349.823
A- 169.580 -
BBB+ 917.541 453.367
BB+ 252
BB- 29
7.906.358 6.082.219
Ativos financeiros sem avaliação de risco
Outros ativos financeiros sem avaliação de risco (i) 8.890 5.882
8.890 5.882
-
Total 7.915.248 6.088.101
(i) Investimentos aprovados pela Administração da Companhia, conforme permitido pela política financeira.

19.6 Análise de sensibilidade

Os instrumentos financeiros, incluindo derivativos, podem sofrer variações de valor justo em decorrência da
flutuação de preços de commodities, taxas de câmbio, taxas de juros, ações e índices de ações, índices de preços,
e outras variáveis. As avaliações da sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos e não derivativos a
essas variáveis são apresentadas abaixo:

(a) Seleção dos riscos

Em 31 de dezembro de 2018, os principais riscos que podem afetar o valor dos instrumentos financeiros da
Braskem são:

 taxa de câmbio dólar-real;


 taxa de câmbio peso mexicano-real;

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 taxa de câmbio euro-real;


 taxa de juros flutuante Libor;
 taxa de juros Selic;
 taxa de juros CDI;
 taxa de juros TJLP; e
 taxa de juros IPCA.

Para efeito da análise de sensibilidade a riscos, a Braskem apresenta as exposições a moedas como se fossem
independentes, ou seja, não reflete na exposição a uma taxa de câmbio os riscos de variação de outras taxas de
câmbio que poderiam ser indiretamente influenciadas por ela.

(b) Valor em risco

O valor em risco dos derivativos detidos pela Braskem, definido como a perda que se pode ocasionar em um
mês a partir de 31 de dezembro de 2018, com 5% de probabilidade e em condições normais de mercado, foi
estimado pela Companhia em US$8,279 para as operações de compra de puts e venda de calls (Nota
19.3.1(a.i)), US$38,573 para o swap de Libor relacionado ao projeto da Braskem Idesa, US$27,756 para o swap
Dólar (Nota 19.3.1(a.ii)) e US$8,503 para o swap NCE.

(c) Seleção dos cenários

(c.1) Cenário provável

O cenário provável da taxa de câmbio dólar-real, taxa de juros Selic e da taxa de juros CDI levou em conta a
pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central do Brasil, tomado como base a data de 28 de dezembro de 2018.
De acordo com a Focus, ao final de 2019 o dólar se depreciará em 1,93% frente à PTAX de fechamento de 31
de dezembro de 2018, enquanto a Selic apresentará uma taxa de 7,13% a.a. A taxa Selic é utilizada como
referência para as análises de sensibilidade ao CDI.

O cenário provável da TJLP considera um aumento de 0,63 pontos percentuais sobre a taxa atual de 7,06%, ou
seja, na mesma magnitude que o movimento projetado para a taxa Selic. A pesquisa Focus não divulga
previsões para as taxas de juros Libor. Dessa forma, para determinar o cenário provável a Braskem considerou
uma elevação de 5%. Para os cenários adversos, elevações de 25% e 50% sobre os níveis correntes de mercado.

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(c.2) Cenário adverso possível e adverso extremo

Os valores de sensibilidade na tabela abaixo são de variações do valor dos instrumentos financeiros sob cada
cenário:

Ganhos (perdas)
Adverso possível Adverso extremo
Instrumento / Sensibilidade Provável (25% ) (50% )

Taxa de câmbio dólar-real


Bonds 418.995 (5.426.211) (10.852.422)
Financiamentos Braskem Idesa 204.511 (2.648.529) (5.297.058)
Pré-pagamento de exportações 15.647 (202.635) (405.271)
Investimentos 11.972 (155.040) (310.080)
Sace 22.150 (286.849) (573.699)
Opções de compra e venda de dólar 31.532 (708.357) (2.000.912)
Swaps Dólar 38.308 (353.647) (717.505)
Swap NCE 7.865 (101.872) (203.747)
Aplicações financeiras no exterior 70.689 (915.461) (1.830.922)

Taxa de juros flutuante Libor


Pré-pagamento de exportações (5.133) (25.665) (51.330)
Swaps 13.747 67.773 133.197
Financiamentos Braskem Idesa (82.386) (411.928) (823.857)

Taxa de juros CDI


Notas de crédito à exportação (884) (21.986) (58.762)
Debêntures 9.416 232 (10.035)
Aplicações financeiras no Brasil 26.228 67.665 135.371

Taxa de juros IPCA


Debêntures (5.879) (21.556) (44.125)

Taxa de juros TJLP


FINAME (5) (15) (31)

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20 Tributos a recolher

2018 2017
Brasil
IPI 64.672 60.917
IR e CSL 57.664 405.567
ICMS 239.126 257.720
PIS e COFINS 145.090 82.140
Outros 36.454 52.926

No exterior
IR 11.604 66.059
Imposto sobre valor agregado 7.482 20.173
Outros 25.085
Total 587.177 945.502

Passivo circulante 501.273 894.769


Passivo não circulante 85.904 52.802
Total 587.177 947.571

21 Imposto de renda (“IR”) e contribuição social sobre o lucro (“CSL”)

21.1 Reconciliação dos efeitos do IR e da CSL no resultado

2018 2017 2016

Lucro antes do IR e da CSL 3.604.736 5.264.577 (140.010)

IR e CSL - calculado à alíquota de 34% (1.225.610) (1.789.956) 47.603

Ajustes permanentes nas bases de cálculo do IR e da CSL


IR e CSL sobre resultado de participações societárias (302) 2.201 10.227
IR e CSL acumulada em anos anteriores - (46.460)
Prejuízo fiscal e Base Negativa - Retificação Parcelamento 39.092
Benefícios fiscais (Sudene e PAT) 87.186
Diferença de alíquota aplicável a cada país (i) 468.129 250.130 81.638
Multa sobre o acordo de leniência (117.140) (692.299)
Outros ajustes permanentes 21.232 170.805 (16.755)

IR e CSL no resultado (736.551) (1.357.682) (616.045)

Composição do IR e da CSL:

IR e CSL correntes (509.774) (869.493) (898.845)


IR e CSL diferidos (226.777) (488.189) 282.799
Total (736.551) (1.357.682) (616.046)

(i) Inclui o impacto da diferença entre a alíquota de IR/CSL do Brasil (34%), utilizada para a elaboração desta nota e as alíquotas dos
países onde estão situadas as controladas no exterior, conforme a seguir:

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Alíquota oficial - %

S ede (País) 2018

Braskem Alemanha Alemanha 31,18


Braskem America e Braskem America Finance (i) EUA 21,00
Braskem Argentina Argentina 30,00
Braskem Petroquímica Chile Chile 27,00
Braskem Holanda, Braskem Holanda Finance e Braskem Holanda Inc Holanda 25,00
Braskem Idesa, Braskem Idesa Serviços, Braskem M éxico,
Braskem M éxico Serviços e Braskem M éxico Proyectos M éxico 30,00
(i) No exercício de 2018, a alíquota foi alterada de 35,00% para 21,00%.

21.2 Composição do IR e CSL diferidos

O IR e a CSL registrados no exercício são apurados em bases corrente e diferida. Esses tributos são calculados
com base nas leis tributárias vigentes na data do balanço dos países em que a Companhia atua e são
reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando se referem a itens registrados diretamente no
patrimônio líquido.

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(a) Movimentação dos saldos de ativos e passivos fiscais diferidos

Impacto no Impacto no
Em 31 de dezembro Impacto no patrimônio Consolidação Em 31 de dezembro Impacto no patrimônio Em 31 de dezembro
Ativo de 2016 resultado líquido Cetrel de 2017 resultado líquido de 2018

Prejuízos fiscais (IR) e base negativa (CSL) 2.420.376 (590.037) 0 48.470 1.878.809 142.769 0 2.021.578
Ágios amortizados 4.624 (708) 0 55.419 59.335 (20.053) 0 39.282
Variações cambiais 464.947 (76.654) 0 0 388.293 (348.334) 0 39.959
Provisões temporárias 717.868 (564.239) (7.946) 9.857 155.540 646.630 0 802.170
Combinação de negócios 191.250 (7.465) 0 0 183.785 (24.213) 0 159.572
Créditos fiscais 0 0 0 0 0 176.290 0 176.290
3.799.065 (1.239.103) (7.946) 113.746 2.665.762 573.089 0 3.238.851
Passivo
Amortização de ágios fundamentados em rentabilidade futura 767.277 (54.404) 0 0 712.873 10.463 0 723.336
Depreciação fiscal 867.922 92.280 0 0 960.202 49.710 0 1.009.912
Provisões temporárias 316.991 (85.169) 0 0 231.822 44.878 0 276.700
Combinação de negócios 198.381 (197.079) 0 8.362 9.664 (8.362) 0 1.302
Indexação adicional do imobilizado 118.202 (51.130) 0 0 67.072 (9.905) 0 57.167
Hedge accounting 0 (606.877) 606.877 0 0 700.351 (700.351) 0
Diferido em planos de saúde 15.269 (15.269)
Amortização de ajustes de valor justo nos ativos da
incorporação da Quattor 263.808 255.815 0 0 519.623 (75.548) 0 444.075
Programa Incentivo de Longo Prazo - ILP 0 (2.072) 2.072
Outros 123.892 (119.619) 0 4.273 90.351 (90.841) 3.783
2.656.473 (750.914) 591.608 8.362 2.505.529 799.866 (789.120) 2.516.275
Líquido 1.142.592 (488.189) (599.554) 105.384 160.233 (226.777) 789.120 722.576

Apresentação no balanço patrimonial:


Ativo não circulante 1.653.115 1.165.726 1.104.158
(-) Passivo não circulante 510.523 1.005.493 381.582

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(b) Compensação para fins de apresentação no balanço patrimonial

2018
S ede (País) Apuração fiscal Compensação S aldo
Ativo
Braskem S.A Brasil 2.126.658 (2.126.658) -
Braskem Argentina Argentina 11.337 - 11.337
Braskem Alemanha Alemanha 11.251 - 11.251
Braskem Chile Chile 308 (268) 40
Braskem Idesa M éxico 980.762 - 980.762
Braskem M éxico Serviços M éxico 9.409 - 9.409
Cetrel Brasil 26.478 (6.645) 19.833
DAC Brasil 72.648 (1.122) 71.526
3.238.851 (2.134.693) 1.104.158
Passivo
Braskem S.A Brasil 2.239.727 (2.126.658) 113.069
Braskem America EUA 268.513 268.513
Braskem Chile Chile 268 (268) -
Cetrel Brasil 6.645 (6.645) -
DAC Brasil 1.122 (1.122) -
2.516.275 (2.134.693) 381.582

2017
S ede (País) Apuração fiscal Compensação S aldo

Ativo
Braskem S.A Brasil 1.491.423 (1.491.423) -
Braskem Argentina Argentina 3.398 - 3.398
Braskem Alemanha Alemanha 19.353 - 19.353
Braskem Chile Chile 251 (251) -
Braskem Idesa M éxico 1.036.257 - 1.036.257
Braskem M éxico Serviços M éxico 1.334 - 1.334
Cetrel Brasil 29.268 (7.454) 21.814
DAC Brasil 84.478 (908) 83.570
2.665.762 (1.500.036) 1.165.726
Passivo
Braskem S.A Brasil 2.272.775 (1.491.423) 781.352
Braskem America EUA 223.635 - 223.635
Braskem Chile Chile 757 (251) 506
Cetrel Brasil 7.454 (7.454) -
DAC Brasil 908 (908) -
2.505.529 (1.500.036) 1.005.493

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(c) Realização do IR e CSL diferidos

Saldo Realização
2024
Ativo Nota 2018 2019 2020 2021 2022 2023 em diante

Prejuízos fiscais (IR) e base negativa (CSL) (i) 2.021.578 95.076 122.790 307.069 505.880 990.763 0
Ágios amortizados 39.282 3.654 3.654 3.654 3.654 3.655 21.011
Variações cambiais (ii) 39.959 0 0 0 0 0 39.959
Provisões temporárias (iii) 802.170 135.622 72.550 33.556 12.882 11.331 536.229
Combinação de negócios (iv) 159.572 33.666 33.666 33.666 29.287 29.287 0
Créditos fiscais (v) 176.290 176.290 0 0 0 0 0
0 3.238.851 444.308 232.660 377.945 551.703 1.035.036 597.199

Passivo
Amortização de ágios fundamentados
em rentabilidade futura (vi) 723.336 0 0 0 0 0 717.529
Depreciação fiscal (vii) 1.009.912 213.070 326.919 445.962 23.961 0 0
Provisões temporárias (viii) 276.700 65.560 23.374 10.811 4.150 3.651 169.154
Combinação de negócios (ix) 1.302 187 187 187 187 187 6.174
Indexação adicional ao imobilizado (x) 57.167 4.573 4.573 4.573 4.573 4.573 34.302
Amortização de ajustes de valor justo nos
ativos da incorporação da Quattor 444.075 35.526 35.526 35.526 35.526 35.526 266.445
Outros 3.783 0 0 0 0 0 3.783
0 2.516.275 318.916 390.579 497.059 68.397 43.937 1.197.387
Líquido 722.576 125.392 (157.919) (119.114) 483.306 991.099 (600.188)

Fundamentação para constituição e realização:


(i) No Brasil a utilização do prejuízo fiscal tem limite de 30% do valor do lucro tributável do ano, porém, o saldo não expira. Já no
México não há limite de utilização no ano, porém o prejuízo fiscal expira em 10 anos.
(ii) No Brasil, a Companhia optou por tributar pelo regime de caixa a variação cambial sobre ativos e passivos em moeda estrangeira.
A realização fiscal dessa variação se dará, portanto, a partir do recebimento/pagamento dos ativos e passivos. Para fins contábeis, a
variação cambial é reconhecida pelo regime de competência, motivo pelo qual é reconhecido o IR e CSL diferidos.
(iii) Despesas contábeis ainda não dedutíveis para apuração do IR e CSL, cujo aproveitamento fiscal ocorrerá em períodos seguintes.
(iv) Refere-se a ágio fiscal e contingências reconhecidas em combinação de negócios. A realização fiscal dos ágios se dá quando da
incorporação do investimento e das contingências a partir das baixas por liquidação ou reversão dos processos envolvidos.
(v) Créditos fiscais decorrentes de saldo de imposto pago sobre lucros do exterior.
(vi) Ágios de rentabilidade futura de empresas incorporadas que não são amortizados contabilmente desde a aplicação da
Lei n°11.638/07. A realização fiscal está associada à baixa dos ágios por impairment ou quando da alienação do investimento.
(vii) Para a apuração do IR e CSL, os bens estão sendo depreciados com taxas superiores àquelas usadas para fins contábeis. A medida
em que se esgote a depreciação fiscal, esse IR e CSL diferidos começam a ser realizados.
(viii) Provisões contábeis cuja tributação ocorrerá em períodos seguintes.
(ix) Valores de mais valia de imobilizados e intangíveis identificados em combinações de negócios, cuja realização fiscal se dá pela
depreciação e amortização desses ativos.
(x) Correção adicional do imobilizado na adoção da Lei n°11.638/07, cuja realização fiscal se dá pela depreciação dos ativos.

Anualmente, a Companhia revisa a projeção de lucros tributáveis utilizando como base o seu plano de negócios
(Nota 3.1). Se essa projeção indicar que os resultados tributáveis não serão suficientes para absorver o tributo
diferido, será feita baixa correspondente à parcela do ativo que não será recuperada.

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22 Provisões diversas

Nota 2018 2017


Provisão para bonificações (a) 88.026 87.913
Provisão para recuperação de danos ambientais (b) 307.546 300.249
Outras 28.970 25.510
Total 424.542 413.672

Passivo circulante 191.536 178.676


Passivo não circulante 233.006 234.996
Total 424.542 413.672

(a) Bonificações de clientes

Alguns contratos de venda da Braskem preveem a bonificação, em produtos, caso sejam atingidos determinados
volumes de vendas durante o ano, semestre ou trimestre, conforme o contrato. A bonificação é provisionada
mensalmente no pressuposto de que o volume mínimo contratual será atingido. Por ser registrada em bases
contratuais, essa provisão não possui incertezas relevantes quanto ao seu montante ou liquidação.

(b) Recuperação de danos ambientais

A Braskem mantém provisão para gastos futuros com reparação de danos ambientais em algumas das suas
plantas industriais. O valor provisionado corresponde à melhor estimativa de gastos necessários para a reparação
dos danos.

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(c) Movimentação das provisões

Recuperação
Bonificações danos ambientais Outras Total

Em 31 de dezembro de 2017 87.913 300.249 25.510 413.672


Adições, atualizações monetárias e cambiais, líquidas de reversões 104.431 89.395 8.593 202.419
Baixas por utilização e pagamentos (104.318) (82.098) (5.133) (191.549)
-
Em 31 de dezembro de 2018 88.026 307.546 28.970 424.542

23 Contingências

A Braskem é cobrada em ações judiciais e administrativas decorrentes do curso normal dos seus negócios. Essas
ações são de natureza tributária, trabalhista e previdenciária, cível e societária. Os processos avaliados como de
perda provável são provisionados na forma descrita na Nota 3.5. Os processos avaliados como de perda possível
não são provisionados, ressalvados os casos relevantes de combinação de negócios. Eventual mudança de
entendimento no posicionamento das cortes poderá impactar no futuro as demonstrações financeiras da
Companhia em decorrência de tais processos.

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23.1 Processos com perda provável e processos oriundos de combinação de negócios com perda possível

2018 2017
Reclamações trabalhistas (a) 177.751 250.075
Processos de natureza tributária (b)
Operações normais
IR e CSL 20.717 17.313
PIS e COFINS (i) 156.796 155.681
ICMS (ii) 64.468 76.342
Outros processos de natureza tributária 23.237 13.117
265.218 262.453

Combinação de negócios
IR e CSL 1.500 50.051
PIS e COFINS (iii) 59.739 56.135
ICMS - compras interestaduais (iv) 280.622 263.538
341.861 369.724
Processos societários (c) 111.049 135.779
Processos de natureza cível e outros 69.438 74.614
-
965.317 1.092.645

(a) Reclamações trabalhistas

A provisão, em 31 de dezembro de 2018, corresponde a 477 processos de natureza trabalhista, incluindo casos
de saúde ocupacional e segurança (2017 - 599 processos). Os assessores jurídicos da Companhia estimam que o
prazo para a conclusão de processos dessa natureza, no Brasil, seja superior a 5 anos. As estimativas a respeito
das conclusões dos processos e a possibilidade de desembolso futuro podem mudar em função de novas
decisões dos tribunais superiores.

(b) Processos de natureza tributária

Em 31 de dezembro de 2018, os principais processos são os seguintes:

(i) PIS e COFINS não cumulativo


A Companhia é cobrada de valores decorrentes de compensações de créditos de PIS e COFINS não cumulativos
não homologadas pela Receita Federal do Brasil (“RFB”) relacionados a compensações feitas em Declarações
de Compensação (“DCOMPs”) com créditos em valores superiores aos valores declarados nos respectivos
Demonstrativos de Apuração das Contribuições Sociais (“DACONs”).

Em outubro de 2017, através do programa de regularização de débitos tributários federais - PERT, foram
liquidados os itens relacionados ao não acatamento dos créditos em razão de: (i) diferenças entre os valores
declarados nos DACONs e os constantes dos arquivos eletrônicos de notas fiscais, (ii) valores não refletidos nos
balancetes, aquisições não tributadas pelas contribuições, creditamento sobre parcela do IPI, falta de
apresentação de documentos fiscais, e (iii) não adimplemento de valores declarados como devidos nos
DACONs/DCTFs. Referidos valores estavam provisionados.

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Em 31 de dezembro de 2018 o saldo dessa provisão é de R$154.673.


Os assessores jurídicos externos da Companhia, considerando o panorama jurisprudencial sobre as matérias no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (“CARF”), avaliam que as discussões relacionadas aos temas em
destaque têm chances de perda provável, estimando que a conclusão na esfera administrativa ocorra no ano de
2020.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão
administrativa.

(ii) ICMS – Decreto nº 38.394/2000

O principal processo provisionado em 2018, refere-se à autuação feita pela Secretaria da Fazenda do Estado de
AL em 2017, em que a Companhia foi cobrada na esfera administrativa por um ICMS supostamente pago a menor,
no período de agosto de 2012 a abril de 2016, nos termos do art. 9º do Decreto n.º 38.394/2000.

Em 31 de dezembro de 2018, o saldo dessa provisão é de R$45.027.

Os assessores jurídicos externos da Companhia, considerando a postura dos órgãos administrativos de julgamento,
avaliam que as discussões relacionadas ao tema em destaque têm chances de perda provável, estimando que a
conclusão na esfera administrativa ocorra no ano de 2021.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esse processo, pois se encontra ainda em discussão
administrativa.

(iii) PIS e COFINS

A Companhia é cobrada pelo recolhimento desses tributos em diversas ações que versam sobre:

 Insuficiência de recolhimento de COFINS relativo aos períodos de março de 1999 a dezembro de 2000,
fevereiro de 2001 a março de 2002, maio a julho de 2002 e setembro de 2002, em razão de supostos erros
de cálculo e não atendimento do alargamento de base de cálculo e da majoração da alíquota da contribuição,
previstos na Lei nº 9.718/98;

 Compensação de débitos de COFINS relativos aos meses de setembro e outubro de 1999 com crédito
decorrente do adicional de 1% da alíquota desse mesmo tributo;

 Indeferimento de compensação de débitos de PIS e COFINS, relativos ao período de fevereiro a abril de


2002, com créditos de PIS Decretos-Leis nºs 2.445 e 2.449, apurados entre junho de 1990 e outubro de
1995, com o argumento de que já havia transcorrido o prazo prescricional para aproveitamento dos referidos
créditos; e

 Suposta não tributação de receitas com variações cambiais auferidas em razão de sucessivas reduções do
capital de sociedade ligada.

Os assessores jurídicos externos da Companhia avaliam que as discussões relacionadas aos temas em destaque
têm chances de perda possível, estimando que a conclusão na esfera administrativa ocorra no ano de 2020.

Para esses processos foram concedidas garantias na forma de fiança bancária e produtos acabados que, no
conjunto, suportam o valor das demandas judiciais.

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(iv) ICMS – compras interestaduais


Em 2009, a incorporada Braskem Qpar foi autuada pela Secretaria da Fazenda do Estado de SP, sendo cobrada,
na esfera administrativa, para recolhimento de ICMS em razão do suposto cometimento das seguintes infrações:

 Creditamento indevido de ICMS (i) no montante de R$53.478, nos meses de fevereiro/2004 a agosto/2005,
novembro/2005 a fevereiro/2006 e setembro/2006 a janeiro/2008, decorrente da escrituração de créditos
destacados nas notas fiscais de venda de “acrilonitrila”, emitidas pela Acrinor Acrilonitrila do Nordeste
S/A, (ii) no montante de R$1.581, no período de dezembro/2004 a agosto/2005, decorrente da escrituração
dos créditos indevidamente destacados nas notas fiscais de venda de “acrilato de metila”, emitidas pela
Proquigel Química S/A, e, (iii) no montante de R$3.105, no período de agosto/2004 a novembro/2005,
decorrente da escrituração dos créditos indevidamente destacados nas notas fiscais de venda de “metacrilato
de metila”, emitidas pela Proquigel Química S/A, tendo em vista que as mercadorias destinavam-se à
exportação, e como tais, estavam amparadas pela não incidência do ICMS;

 Multa de ofício em vista da infração acima descrita, correspondente a 100% do valor do principal lançado,
capitulada no art. 527, inc. II, aliena “j” c/c §§ 1º e 10 do RICMS/SP;

 Multa de ofício, no importe de 30% sobre o montante de R$480.389, valor este correspondente à soma dos
valores indicados nos documentos fiscais cuja saída da mercadoria não foi identificada pelo fisco, lançada
com base na previsão contida no art. 527, inc. IV, alínea “b” c/c §§ 1º e 10 do RICMS/SP; e

 Multa de ofício, pela falta de apresentação de documentos fiscais solicitados, prevista no art. 527, inc. IV,
alínea “j” c/c §§ 8º e 10 do RICMS/SP.

Encerradas as discussões na esfera administrativa em 2015, foram propostas ações judiciais pela Companhia. Em
decorrência de liminares favoráveis aos interesses da Companhia: (i) em uma das ações, a Fazenda Paulista
retificou o valor da dívida para aplicar juros moratórios e correção monetária limitados à taxa SELIC, o que
implicou na redução do débito em 20% e (ii) na outra ação foi suspensa a exigibilidade do crédito tributário.

Os assessores externos da Companhia avaliam que as discussões relacionadas aos temas em destaque se mantêm
com chances de perda possível, estimando que a conclusão na esfera judicial ocorra no ano de 2025.Para esses
processos foram concedidas garantias na forma de seguros garantia.

(c) Processos de natureza societária

Em 31 de dezembro de 2018, o principal processo é uma ação ordinária de cobrança cumulada com pedido de
indenização por perdas e danos, pleiteando o pagamento de dividendos e bonificações sobre ações decorrentes
das ações preferenciais classe “A” da extinta Salgema Indústrias Químicas S.A.

Após o julgamento de procedência da ação, iniciou-se o processo de apuração do valor efetivamente devido pela
Braskem. Durante esta fase, o juiz reconheceu que os dividendos e bonificações referentes aos exercícios
anteriores a 1987 tinham prescrito e não mais seriam devidos pela Braskem. No entanto, o Tribunal de Justiça
do Estado de Alagoas reviu a decisão e considerou os valores anteriores a esse período também devidos. Contra
esta decisão, a Braskem interpôs Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça (“STJ”), o qual foi admitido
parcialmente, de modo que a possibilidade de a prescrição ser reconhecida em procedimento de liquidação de
sentença será submetida à análise do STJ.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor provisionado é de R$59.577, e não há garantia para esse processo.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
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(d) Movimentação das contingências com perda provável

Cível e
Trabalhistas Tributários Societário Outros Total

Em 31 de dezembro de 2017 250.075 632.177 135.779 74.614 1.092.645


Adições, atualizações monetárias e cambiais 80.685 77.236 8.676 5.001 171.598
Pagamentos (70.553) (40.768) (31.680) (173) (143.174)
Reversões (82.456) (61.566) (1.726) (10.004) (155.752)
-
Em 31 de dezembro de 2018 177.751 607.079 111.049 69.438 965.317

23.2 Processos com perdas possíveis


2018 2017

Processos de natureza tributária 6.082.336 6.048.462


Processos de natureza trabalhista 992.205 812.400
Processos de natureza cível 579.145 693.188
Pricessos de natureza de contribuição previdenciária 125.338 91.824
Outras demandas judiciais 535.802 285.944
Total 8.314.826 7.931.818

(a) Cível

(i) Transporte com excesso de peso

Trata-se de ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal de Brasília com objetivo de
responsabilizar a Companhia pelos danos causados às rodovias federais por caminhões que transitam com
excesso de peso. A ação busca indenizar o país por danos materiais e danos morais coletivos, cujos valores, em
31 de dezembro de 2018, totalizam R$71 milhões. Ação foi julgada improcedente em segunda instância.

(ii) Transporte de soda cáustica

A Companhia possui ações ajuizadas pelo controlador de uma ex-distribuidora de soda cáustica e pela
transportadora que prestava serviços para essa ex-distribuidora, cujos valores, em 31 de dezembro de 2018,
totalizam R$99,2 milhões. Os autores tentam obter reparação de danos relativos ao alegado descumprimento do
contrato de distribuição pela Companhia.

A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos responsáveis pela
condução dos casos, é que as ações possivelmente serão julgadas improcedentes em um período de até 8 anos.

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esses processos.

(iii) Revenda de solventes

Em janeiro de 2017 a Companhia foi citada para apresentar defesa em uma ação cível movida pelo antigo
revendedor de solventes, por suposta violação de um contrato tácito de distribuição. Em 31 de dezembro de
2018 os danos reclamados no processo totalizavam R$185,6 milhões.

A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos responsáveis pela
condução dos casos, é de risco possível para julgamento de procedência do pedido, em um período de até 8
anos.

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esses processos.

(iv) Ação Civil Pública Hashimoto

Ação Civil Pública proposta em junho de 2018 pelo Ministério Público de São Paulo contra a Companhia e
demais empresas que atuam no Polo Petroquímico de Capuava, pleiteando a reparação e/ou remediação de
danos ambientais supostamente decorrentes da emissão de poluentes no ar atmosférico, assim como a
condenação solidária das empresas que integram o referido polo ao pagamento de indenização por dano moral
ambiental, no montante de R$107,6 milhões.

A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos responsáveis pela
condução dos casos, é de que a ação possivelmente será julgada improcedente em um período de até oito anos.

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia no processo.

(v) Ação de regresso de seguradora

Trata-se de ação indenizatória movida pela seguradora de um cliente da Companhia. A seguradora busca, em
regresso, o ressarcimento do valor pago ao cliente em razão do contrato de seguro firmado com o cliente, cujo
montante atualizado até 31 de dezembro de 2018 é de R$73,8 milhões. Segundo a Seguradora, os prejuízos
suportados pelo cliente, por ela ressarcidos, teriam sido ocasionados pelo fornecimento de produtos fora de
especificação pela Braskem.

A avaliação da Administração, suportada pela opinião dos assessores jurídicos externos responsáveis pela
condução dos casos, é que as ações possivelmente serão julgadas improcedentes em um período de até 8 anos.

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para o processo.

(b) Tributário

(i) PIS e COFINS: tributação de prejuízos fiscais e das reduções de débitos no âmbito do parcelamento da
MP nº 470/09

A Companhia foi autuada por não ter oferecido à tributação os valores dos créditos de prejuízos fiscais e de
bases de cálculo negativas de CSL utilizados para liquidar débitos tributários parcelados no âmbito da Medida
Provisória nº 470/09. Especificamente para o PIS e COFINS, a cobrança também recai sobre as reduções
aplicadas para multas e juros em razão da adesão ao parcelamento. Os referidos créditos fiscais e as reduções
dos débitos não foram tributados porque a Companhia entendeu que não representam receitas passíveis de
tributação.
Em novembro de 2018, a autuação relativa ao IR e CSL foi julgada totalmente improcedente em caráter
definitivo pelo CARF.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dos tributos lançados e dos reflexos fiscais das glosas de
prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSL através dos referidos autos de infração representa o montante
de R$842 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que as conclusões desses processos no nível
administrativo estão previstas para 2020.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão
administrativa.

(ii) Imposto de Renda (“IR”) e Contribuição Social (“CSL”) – Encargos de amortização de ágio

A Companhia foi autuada pela Receita Federal do Brasil (“RFB”) pela dedução de encargos de amortização, no
período de 2007 a 2013, de ágios originados de aquisições de participações societárias ocorridas em 2002.
Naquele ano, diversos grupos empresariais desfizeram-se dos seus ativos petroquímicos o que viabilizou a
consolidação desses ativos e a consequente formação da Braskem.

Em maio de 2018, um dos processos foi julgado parcialmente procedente em caráter definitivo pelo CARF, o
que implicou na redução do passivo em R$166 milhões.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dos tributos lançados através dos referidos autos de infração
representa o montante de R$1,2 bilhão.

A avaliação de risco desses processos parte dos seguintes pontos: (i) as participações societárias foram
adquiridas com efetivo pagamento, propósito negocial e participação de partes independentes; e (ii) a real
natureza econômica das operações que repercutiram no registro de despesas com variação cambial e de juros.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que as conclusões desses casos no nível administrativo
estão previstas para até o ano de 2022.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão.

(iii) PIS e COFINS não cumulativos

A Companhia foi autuada pela RFB em decorrência do aproveitamento de créditos de PIS e COFINS na
aquisição de determinados bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. As matérias avaliadas com
chances de perda possíveis se referem, principalmente, aos seguintes temas: (i) serviços de tratamento de
efluentes; (ii) encargos sobre transmissão de energia elétrica; (iii) frete para armazenagem de produtos
acabados, e (iv) créditos extemporâneos apurados nas aquisições de bens do ativo imobilizado. Essas matérias,
que já foram contestadas na esfera administrativa, abrangem os períodos de 2006 a 2011.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor em discussão, desses casos, soma R$1,2 bilhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) as conclusões desses processos no nível
administrativo estão previstas para até o ano de 2022; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à
Companhia, o que não é esperado, estima-se que estas contingências seriam liquidadas por até 50% dos valores
em discussão. Essa estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia
considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão na esfera
administrativa.

(iv) IR e CSL – Compensação sem trava

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia foi autuada, em dezembro de 2009, dezembro de 2013 e março de 2017, pela metodologia de
compensação de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa empregada na compensação de tais créditos com
débitos de IR e CSL sem observância do limite de 30% do lucro real e da base de cálculo da CSL em eventos de
incorporação ocorridos, respectivamente, em novembro de 2007, setembro de 2008 e agosto de 2013.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dos tributos lançados representa o montante de R$348 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que as conclusões desses processos no nível
administrativo estão previstas para até o ano de 2020 e para o ano de 2027 para o único que, atualmente, se
encontra em discussão judicial.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para os processos que ainda se encontram em discussão administrativa
e o único que se encontra em discussão judicial está com a exigibilidade suspensa por força de liminar,
confirmada por sentença.

(v) ICMS

A Companhia está envolvida em diversas cobranças de ICMS originadas dos Estados de SP, RJ, RS, BA e AL.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado desses casos soma R$ 644 milhões e os processos incluem as
seguintes matérias:

 creditamento de ICMS na aquisição de bens considerados pelo Fisco como sendo de uso e consumo. O
Fisco entende que o bem tem que integrar fisicamente o produto final para ensejar direito de crédito. Boa
parte dos insumos questionados não integra fisicamente o produto final, mas o Judiciário tem precedentes
no sentido de que o insumo deve integrar o produto ou ser consumido no processo produtivo;

 creditamento de ICMS decorrente da aquisição de bens destinados ao ativo imobilizado, considerados pelo
Fisco como não vinculados à atividade produtiva, tais como equipamentos de laboratório, materiais para
construção de galpões, equipamentos de segurança etc.;

 transferência interna de produtos acabados por valor inferior ao do custo de produção;

 omissão de entrada ou de saída de mercadorias em face de levantamento quantitativo de estoque;

 falta de comprovação de que a Companhia exportou mercadorias, de modo que a saída se presume
tributada para o mercado interno;

 não recolhimento de ICMS na venda de produtos sujeitos à substituição tributária e creditamento


decorrente de aquisições de produtos sujeitos à substituição tributária;

 multas por falta de registro de notas fiscais; e

 não recolhimento de ICMS sobre os encargos relacionados com a utilização dos sistemas de transmissão de
energia elétrica em operações realizadas no Ambiente de Contratação Livre (ACL) da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

 pela utilização de base de cálculo do ICMS inferior à prevista na legislação, nas transferências internas para
outra unidade no Estado de Alagoas, do produto Dicloretano Bruto, realizadas nos períodos de janeiro de

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Notas explicativas às demonstrações financeiras
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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2013 a maio de 2016, que não está sujeito ao diferimento nessas operações. Essa cobrança representa 30%
do valor total dessa contingência.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) as conclusões desses processos no nível
judicial estão previstas para até o ano de 2023; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à
Companhia, o que não é esperado, estima-se que estas contingências seriam liquidadas por até 50% dos valores
em discussão. Essa estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia
considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial.

A Companhia ofertou bens à penhora no montante de R$62 milhões que suportam os valores envolvidos
exclusivamente nos processos judiciais.

(vi) IOF

A Companhia está envolvida em ações de cobranças de débitos de IOF nas esferas administrativa e judicial onde
se discute: (i) a falta de recolhimento do IOF sobre operações de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital
– AFAC e contas correntes realizadas pelas incorporadas Quattor Participações S.A. e Quattor Química S.A.,
caracterizadas como mútuos pela fiscalização; e (ii) a exigência de IOF/crédito sobre remessas e recebimentos
de recursos realizados entre a Companhia e a CPN Incorporated por meio de contrato de conta corrente e de
gestão única de caixa referente aos meses de maio de 2002 a abril de 2004.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado desses processos é de R$175 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desses processos no nível judicial está
prevista para até o ano de 2022.

A Companhia ofertou garantia no montante de R$59 milhões que suporta o valor envolvido exclusivamente no
processo judicial.

(vii) PIS e COFINS diversos

A Companhia está envolvida em ações de cobranças de débitos de PIS e de COFINS nas esferas administrativa
e judicial onde se discute sua suposta compensação indevida com créditos, resultantes de outros processos
administrativos e judiciais, dentre eles: (i) antecipações de IR; (ii) FINSOCIAL; (iii) imposto sobre o lucro
líquido; (iv) PIS-Decretos; e (v) COFINS decorrente de pagamento indevido ou a maior.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado desses casos soma R$144 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que: (i) as conclusões desses processos no nível
judicial estão previstas para até o ano de 2022; e (ii) na eventualidade de um desfecho desfavorável à
Companhia, o que não é esperado, estima-se que estas contingências seriam liquidadas por até 50% dos valores
em discussão. Essa estimativa baseia-se na probabilidade de perda da tese de defesa da Companhia
considerando a jurisprudência nos âmbitos administrativo e judicial.

A Companhia ofertou bens à penhora no montante de R$144 milhões que suportam a íntegra do valor em
discussão.

(viii) IRRF, IR e CSL – Despesas de comissão

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Em dezembro de 2017, a Companhia foi autuada pela RFB em decorrência: (i) da glosa de despesas com
comissão pagas pela Braskem em 2011, (ii) da glosa de despesas com comissão pagas pela Braskem Inc nos
anos de 2013 e 2014, (iii) da falta do recolhimento de IRRF sobre os pagamentos referidos no item anterior; e
(iv) da glosa de despesas com publicidade incorridas em 2013.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dos tributos lançados e dos reflexos fiscais das glosas de
prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSL através dos referidos autos de infração representa o montante
de R$122 milhões.

A avaliação de êxito desse processo parte dos seguintes pontos: (i) as despesas incorridas no ano de 2011 já
estariam alcançadas pela decadência, ademais, o crédito tributário lançado pelo Fisco considerou a soma de
glosas perpetradas em outros processos administrativos pendentes de decisão final, estranhos à presente causa;
(ii) as despesas incorridas pela Braskem INC já foram regularizadas pela própria Companhia e implicou apenas
na redução de seus estoques de prejuízo fiscal, sem a necessidade de recolhimento de tributos; (iii) o IRRF
arguido pelo Fisco visa alcançar fonte pagadora situada no exterior, o que escapa à aplicação da legislação
tributária brasileira; e (iv) as despesas de publicidade glosadas possuem relação com as atividades da
Companhia.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desse processo no nível administrativo
está prevista para até o ano de 2022.

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo, pois se encontra ainda em discussão
administrativa.

(ix) IR e CSL – Variação cambial na importação de nafta

Em dezembro de 2017, a Companhia foi autuada em decorrência de glosa de despesas de variações cambiais
entre a data de vencimento das faturas comerciais e o efetivo pagamento de obrigações referentes à importação
de nafta. Foram glosadas despesas incorridas no ano-calendário de 2012, por terem sido consideradas
desnecessárias, ocasionando ajuste do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSL.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado desse auto de infração representa o montante de R$104 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desse processo no nível administrativo
está prevista para até o ano de 2022.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esse processo, pois se encontra ainda em discussão
administrativa.

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(x) Multa isolada – DCOMPS não homologadas

Nos anos de 2016 a 2018, a Companhia recebeu notificações de lançamentos de multas isoladas no percentual de
50% dos créditos de: i) PIS/COFINS não cumulativos; ii) Saldo Negativo de IR/CSL; iii) REINTEGRA e iv)
outros créditos, todos compensados com tributos federais e não homologados pela RFB.

A matéria é avaliada com chances de perda possível em face dos precedentes jurisprudenciais favoráveis no
âmbito judicial.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dessas notificações representa R$215 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desses processos no nível administrativo
está prevista para até o ano de 2022.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão
administrativa.

(xi) IR e CSL - Saldo Negativo – Compensação

A Companhia está discutindo, na esfera administrativa, o indeferimento, pela RFB de Declarações de


Compensação que visavam a quitação de tributos federais com créditos decorrentes de saldo negativo de IR e
CSL.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado dos tributos cuja compensação não foi homologada representa o
montante de R$182 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desse processo no nível administrativo
esteja prevista para até o ano de 2022.

Não há depósito ou outro tipo de garantia para esses processos, pois se encontram ainda em discussão
administrativa.

(xii) IPI e II – Diferença aduaneira

Em outubro de 2002, a incorporada Ipiranga Petroquímica foi autuada pela RFB em razão da contratação de
duas empresas distintas, uma para fornecer as peças e tecnologia e uma segunda para fornecer a mão de obra
especializada para prestar assistência técnica, quando da construção de uma planta industrial no Rio Grande do
Sul, o que, no entender da RFB, teria sido feito apenas para reduzir o preço das peças e da tecnologia utilizadas
e, como consequência, reduzir o valor de IPI e de II a pagar.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor atualizado do tributo lançado representa o montante de R$68 milhões.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão desse processo no nível administrativo
esteja prevista para até o ano de 2022.

Não há depósito judicial ou outro tipo de garantia para esse processo, pois se encontra ainda em discussão
administrativa.

(c) Societário

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A Companhia possui uma liquidação de sentença em curso, proferida em ação ajuizada em 1988, que condenou
a Polialden Petroquímica S.A., incorporada pela Braskem, a pagar aos acionistas minoritários, detentores de
ações preferenciais da Polialden, a distribuição dos lucros remanescentes da companhia.

O objeto da liquidação é determinar o valor do título apurado nos termos da sentença, que será feito por
arbitramento conforme determinado pelo juízo, e foi objeto de recurso pelos exequentes ainda pendentes de
julgamento. O processo encontra-se aguardando o início da perícia.

Em 31 de dezembro de 2018, o valor provisionado é de R$16 milhões. O montante considerado com chance
de perda possível é de R$186 milhões.

(d) Outras demandas judiciais

(i) Contribuições previdenciárias – retenção de 11%

A Companhia foi autuada pela RFB por ter supostamente deixado de promover as retenções previdenciárias
no percentual de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo referentes a serviços executados
mediante cessão de mão-de-obra, no período de fevereiro de 1999 a junho de 2002, totalizando R$52 milhões
em 31 de dezembro de 2018.

Os assessores jurídicos da Companhia, diante das decisões proferidas pelo CARF e dos elementos
probatórios produzidos pela Companhia, avaliam como possíveis as chances de perda na esfera
administrativa. Essa conclusão parte, dentre outros, dos seguintes pontos: (i) nulidade e decadência dos
débitos lançados; (ii) incompatibilidade do serviço prestado com a substituição tributária imposta pelo art. 31
da Lei n.º 8.212 /1991; (iii) ausência dos requisitos para configuração da cessão de mão-de-obra e outras
questões de fato passíveis de comprovação mediante a realização de diligência fiscal.

Os assessores jurídicos externos da Companhia estimam que a conclusão no nível administrativo possa ocorrer
ainda no ano de 2019.

23.3 Acordo de leniência

(a) Acordo Global com as autoridades

No contexto das alegações de pagamentos indevidos ligados à Operação Lava Jato no Brasil, a Companhia
contratou especialistas em investigações internas para conduzir uma investigação independente sobre tais
alegações (“Investigação”) e relatar suas constatações. A Companhia cooperou e continua cooperando com
autoridades em diversas jurisdições, incluindo o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), a Comissão de
Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o Ministério Público Federal do Brasil (MPF) e a Procuradoria Geral da
Suíça (OAG).

Em dezembro de 2016, a Companhia celebrou Acordo de Leniência (“Acordo com MPF”) com o Ministério
Público Federal (“MPF”) e com as autoridades dos Estados Unidos e Suíça (“Acordo Global”), no valor
aproximado de US$957 milhões (aproximadamente R$3,1 bilhões à época), os quais tiveram sua homologação
definitiva da seguinte forma:

1. No Brasil, o Acordo foi homologado pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF em 15 de


dezembro de 2016 e, em 6 de junho de 2017, pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

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2. O acordo com o Department of Justice dos Estados Unidos (“DoJ”) foi confirmado por sentença pela
justiça americana em 26 de janeiro de 2017.
3. A confirmação do acordo com a Securities and Exchange Commission (“SEC”) ocorreu em 28 de
fevereiro de 2017.
4. O acordo com as autoridades suíças não dependeu de homologação para produção dos seus efeitos. Em
21 de dezembro, a OAG concluiu suas investigações e decretou uma decisão para encerrar o caso
baseado na colaboração da Companhia.

O MPF concordou em alocar a maior parte dos montantes recebidos sob o Acordo com MPF para indenizar as
vítimas dos atos ilícitos, incluindo outras autoridades e agências governamentais, e para coordenar com estes
terceiros com os quais a Braskem pode dar início a negociações relacionadas aos fatos descritos no Acordo
Global, com o objetivo de evitar pagamentos duplos de indenizações.

Neste sentido, conforme o comunicado ao mercado divulgado em 10 de julho de 2018, e o fato relevante
divulgado em 27 de maio de 2019, a Companhia deu início a um processo de cooperação e negociação com o
Ministério da Transparência, a Controladoria Geral da União (“CGU”) e a Advocacia Geral da União (“AGU”),
que resultou na assinatura de um acordo de leniência com estas autoridades em 31 de maio de 2019 (“Acordo
CGU/AGU”).

O Acordo com CGU/AGU trata dos mesmos fatos que são objetos do Acordo Global firmado em dezembro de
2016 e determina um desembolso adicional de aproximadamente R$410 milhões (efeito líquido do valor
presente registrado em 31 de dezembro de 2018 é de R$399,5 milhões) devido aos cálculos e parâmetros
adotados pela CGU/AGU. Em resposta a um requerimento submetido pela Companhia e o MPF, a Justiça
Federal homologou a alocação de fundos sob o Acordo com MPF ao pagamento do Acordo com CGU/AGU,
com as parcelas a vencer ajustadas pela variação da taxa básica de juros SELIC a partir da data da execução do
Acordo CGU/AGU.

O desembolso adicional de aproximadamente R$410 milhões será pago em duas parcelas anuais ao final do
cronograma de pagamentos do Acordo MPF, em 2014 e 2025. O Acordo CGU/AGU em conjunto com o
Acordo Global são citados como os “Acordos”.

Até 31 de dezembro de 2018, do montante total do Acordo Global, a Companhia já pagou aproximadamente
R$2,0 bilhão, da seguinte forma:

1. US$94,894 (R$296.591) ao DoJ, pagos em 8 de fevereiro de 2017;


2. US$65,000 (R$206.460) à SEC, pagos em 27 de abril de 2017;
3. CHF30.240 (R$104.307) à Procuradoria-Geral da Suíça, pagos em 27 de junho de 2017;
4. R$736.445 ao MPF, pagos em 6 de julho de 2017;
5. R$267.985 ao MPF, referente à primeira das seis parcelas anuais devidas até 2023, paga em 30 de
janeiro de 2018;
6. CHF16.065 (R$62.021) à Procuradoria-Geral da Suíça, referente à primeira das quatro parcelas anuais
devidas até 2021, paga em 28 de junho de 2018;
7. R$ 278.034 ao MPF, referente à segunda das seis parcelas anuais devidas até 2023, paga em 30 de
janeiro de 2019; e
8. CHF16.065 (R$58.034) à Procuradoria-Geral da Suíça, referente à segunda das quatro parcelas anuais
devidas até 2021, paga em 27 de junho de 2019.

O valor remanescente até a data de divulgação destas demonstrações financeiras, no montante aproximado de
R$1,6 bilhão, será pago da seguinte forma:

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

1. CHF32.130 à Procuradoria-Geral da Suíça, referente a três parcelas anuais remanescentes de


CHF16.065 devidas em 30 de junho de cada ano a partir de 2020;
2. Aproximadamente R$1 bilhão como resultado do Acordo com MPF e Acordo com CGU/AGU em
quatro parcelas anuais, iguais e sucessivas ajustadas pela variação da SELIC devidas em 30 de janeiro
de cada ano a partir de 2020. Como garantia da realização dos pagamentos dessas parcelas vincendas, a
Braskem ofereceu bens do ativo imobilizado em valor correspondente a uma parcela anual; e
3. R$409.876 resultante dos Acordos CGU/AGU, ajustados pela SELIC, com a primeira parcela de
R$284.665 devida em 30 de janeiro de 2024 e a segunda parcela de R$125.211 em 30 de janeiro de
2025.

A Braskem encontra-se adimplente em relação às suas obrigações previstas no Acordo Global e permanece
colaborando com as autoridades.

(b) Ressarcimento e Outras considerações

Parte relevante do total de R$2,2 bilhões do Acordo celebrado com o MPF será destinada à reparação de
terceiros pelos danos que tiverem sofrido em razão dos fatos objeto do Acordo.

O MPF comprometeu-se no âmbito do Acordo a empreender gestões perante outras autoridades ou entidades
públicas, bem como empresas públicas e sociedades de economia mista com as quais a Braskem venha a iniciar
tratativas para a celebração de acordos com base nos fatos objeto da colaboração.

Além disso, outras autoridades com jurisdição sobre a Companhia podem vir a buscar a aplicação de novas
sanções pecuniárias ou multas ou a instauração de investigações sobre a Braskem. Finalmente, como resultado
do Acordo Global, a Companhia pode estar sujeita ao aumento dos seus custos operacionais em decorrência de
obrigações de aperfeiçoar suas práticas de governança e de combate à corrupção. Nesse contexto, conforme já
comunicado ao mercado em 10 de julho de 2018, a Companhia está avançando em suas tratativas com o
Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União – CGU e a Advocacia Geral da União
– AGU, para entrar em um acordo similar em relação aos objetos do Acordo Global.

Nos termos do Acordo Global, a Companhia seguirá cooperando com as autoridades e implementando
melhorias em suas práticas de conformidade e combate à corrupção. A Companhia está sujeita a monitoramento
externo por um período de três anos, dos quais dois já foram cumpridos, período durante o qual os monitores
verificarão o cumprimento do Acordo Global, inclusive a eficácia de controles, políticas e procedimentos
internos para redução do risco de descumprimento de leis anticorrupção. O período de monitoria poderá se
encerrar antecipadamente ou se estender por mais um ano, à critério das autoridades, dependendo da evolução
do cumprimento do Acordo Global pela Companhia.

Não é possível prever os impactos sobre a Braskem decorrentes de outras investigações ou de qualquer decisão
ou ação das autoridades envolvendo seus maiores acionistas, Odebrecht S.A. e Petróleo Brasileiro S.A. –
Petrobras ou qualquer de suas controladas.

Relacionado ao cumprimento do Acordo CGU/AGU, a Braskem inicialmente havia aplicado uma dedução fiscal
nas suas demonstrações financeiras trimestrais de 2019 pelo valor integral dos pagamentos a serem feitos sob o
Acordo CGU/AGU, tendo em vista que, de acordo com a legislação tributária do Brasil, dar cumprimento a tal
acordo prevê o direito de aplicar uma dedução fiscal sobre os valores indenizatórios que serão pagos no Brasil
sob esse tipo de acordo. O acordo de leniência celebrado com o DoJ como parte do Acordo Global proíbe a
Braskem de buscar deduções fiscais ligadas ao pagamento de qualquer valor do montante total da sanção penal

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

total inclusa no acordo de leniência, que inclui créditos para uma fatia dos pagamentos a serem feitos no Brasil.
Após análises mais detalhadas, à luz da redação no acordo de leniência, a Braskem voluntariamente decidiu
reverter esta dedução fiscal, de modo que nenhuma parte da prévia dedução fiscal fosse inconsistente com o
acordo de leniência celebrado com o DoJ. Sob o Acordo de Leniência, fica a critério exclusivo do DoJ
determinar se a Companhia infringiu o Acordo de Leniência e definir as consequências de tal infringência. No
momento, com base no parecer de seus advogados, a Companhia acredita que é improvável que venha incorrer
prejuízos como resultado deste caso.

(c) Ações coletivas

Em 1º de julho de 2015, uma ação coletiva putativa foi movida contra a Companhia e alguns dos seus atuais e
ex-diretores executivos no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York. Na demanda
vigente da ação, intitulada In re Braskem Securities Litigation, o Autor Líder, Boilermaker-Blacksmith National
Pension Trust, alega que os Réus fizeram declarações falsas ou omitiram informações, causando o aumento do
preço das ações da Companhia, violando a lei de valores mobiliários dos Estados Unidos.

Após ser proferida decisão sobre o pedido de motion to dismiss apresentado pela Companhia, acolhendo
parcialmente os seus argumentos, a Companhia e o Autor Líder assinaram proposta de acordo de resolução
(“Acordo Proposto”), o qual foi homologado pelo Tribunal competente, que proferiu decisão final encerrando as
demandas de todos os membros da classe de Investidores (conforme definido abaixo).
Nos termos do Acordo Proposto, a Braskem pagou US$10 milhões (aproximadamente R$31.680) para resolver
todas as demandas oriundas ou relacionadas ao objeto da ação coletiva dentro de uma classe de acordo
composta por adquirentes ou aqueles que tenham adquirido propriedade legal ou efetiva de American
Depositary Receipts ("ADRs") da Braskem no período de 15 de julho de 2010 até 11 de março de 2015
(“Investidores”), inclusive. O valor do acordo foi depositado pela Braskem na conta designada pelo juízo
(“Escrow Account”) em 2 de outubro de 2017.

Em 21 de fevereiro de 2018 foi realizada audiência, na qual foi proferida a decisão de homologação final do
acordo em relação a toda classe de investidores e a extinção da ação. Tal decisão já foi objeto de trânsito em
julgado. A individualização do valor do acordo cabe ao administrador da Escrow Account, conforme
determinação do Tribunal e nos termos do plano de alocação homologado.

O Acordo Proposto foi assinado com o objetivo exclusivo de evitar riscos, incertezas e custos associados à
continuidade dessa disputa e não constitui qualquer admissão pela Braskem de práticas ilícitas ou assunção de
responsabilidade.

A Companhia pode vir a ser declarada ré em outras ações na justiça. Além disso, a Companhia poderá ter de,
conforme os limites legais e regulatórios aplicáveis, indenizar conselheiros, diretores e funcionários que se
tornaram réus em ações coletivas de títulos e valores mobiliários e em quaisquer outras ações que possam ser
movidas no futuro.

24 Benefícios a integrantes

24.1 Benefícios de curto prazo

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Braskem S.A.
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em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2018 2017 2016

Assistência médica 162.338 140.553 139.412


Previdência privada 84.525 67.008 61.593
Transporte coletivo 64.714 58.825 55.223
Alimentação 33.537 30.916 28.874
Treinamento 27.463 18.285 20.589
Outros 18.271 16.173 13.237
390.848 331.760 318.928

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(a) Plano de incentivo de longo prazo (“Plano ILP”)

Em 21 de março de 2018 a Assembleia Geral Extraordinária dos Acionistas aprovou o Plano ILP o qual visa
promover o alinhamento entre os interesses dos seus participantes e dos acionistas da Companhia, bem como o
estímulo da permanência dos participantes na Companhia e tem por objetivo conceder aos participantes
elegíveis uma oportunidade de receber ações restritas da Companhia mediante o investimento voluntário de
recursos financeiros próprios e sua manutenção até o fim do período de carência de 3 anos (vesting period).

Em 28 de março de 2018 o Conselho de Administração aprovou o “Programa ILP 2018”, nos termos e
condições do Plano ILP, incluindo a lista de pessoas elegíveis, o prazo para aquisição de ações próprias pelos
participantes e a quantidade de ações restritas a ser entregue aos participantes como contrapartida a cada ação
própria adquirida. A quantidade máxima de ações que a Companhia espera entregar aos participantes do
Programa ILP 2018, após o período de carência e desde que cumpridos os requisitos necessários, é de 727.688
ações. A data de outorga deste programa é 6 de abril de 2018. As ações a serem entregues pela Companhia aos
participantes do Programa ILP 2018 serão aquelas mantidas em tesouraria ou a serem adquiridas via programa
de recompra, sendo que na hipótese de não ser possível entregar as referidas ações, a Companhia poderá pagar
aos participantes em dinheiro o montante equivalente às ações, considerando o valor de negociação em bolsa de
valores no segundo dia útil imediatamente anterior à respectiva data de pagamento.

O valor justo da contrapartida da Companhia é o preço de mercado dos instrumentos patrimoniais cotados na
data da outorga. Para as pessoas elegíveis da Companhia o valor justo considera o preço da ação preferencial
classe “A” (R$46,42). Para as pessoas elegíveis das subsidiárias no exterior, o valor justo considera o preço da
American Depository Receipt - ADR (US$ 27,56).

O valor justo, líquido de impostos, contabilizado no patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2018 é de


R$6.406.

24.2 Benefícios pós-emprego

24.2.1 Planos de aposentadoria – benefício definido e plano de saúde

Para cada um dos planos abaixo, a Companhia contratou empresa especializada para elaborar laudo atuarial para
mensurar suas obrigações futuras. As premissas utilizadas estão em pleno atendimento ao IAS 19.

(a) Braskem America

A controlada Braskem America é patrocinadora da Novamont que é um plano de benefício definido dos
integrantes da planta localizada no estado da Virgínia Ocidental. Em 31 de dezembro de 2018, o plano está
composto por 38 participantes ativos e 172 participantes assistidos (2017 – 39 participantes ativos e 166
participantes assistidos). As contribuições que a Braskem America fez no exercício montam R$20.544 (2017 –
R$4.069). Durante os exercícios de 2018 e 2017 não houve contribuições dos participantes.

(b) Braskem Alemanha e Braskem Holanda

As controladas Braskem Alemanha e Braskem Holanda são patrocinadoras de planos de benefício definido para
seus integrantes. Em 31 de dezembro de 2018, os planos estão compostos por 158 participantes (2017 – 139) e
não houve contribuições da Braskem Alemanha e Braskem Holanda nos exercícios de 2018 e 2017. Durante os
exercícios de 2018 e 2017 não houve contribuições dos participantes.

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(c) Braskem Idesa Servicios

Integrantes da Braskem Idesa gozam de um plano de benefícios de aposentadoria quando se aposentam ou


alcançam a idade de aposentadoria. Em 31 de dezembro de 2018, todos os 812 integrantes da Braskem Idesa
eram participantes ativos neste plano de aposentadoria público. Em maio de 2018, a Braskem Idesa implantou
um plano de previdência privada (obrigação de benefício definido); ao fim deste ano havia 339 participantes do
total de 812 integrantes.

(d) Plano de saúde

De acordo com a legislação vigente no Brasil, o tipo de plano de saúde proporcionado pela Companhia,
chamado plano contributário, assegura ao integrante que se aposenta ou que é desligado sem justa causa o
direito de permanecer no plano com as mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da
vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o pagamento integral do plano (parte empresa + parte
integrante).

(i) Saldos patrimoniais


Consolidado
2018 2017
Benefícios definidos
Novamont Braskem America 68.904 62.963
Plano Braskem Alemanha e Holanda 114.705 93.994
183.609 156.957
Plano de saúde
Bradesco saúde 90.679 83.233

Obrigações dos planos 274.288 240.190

Valor justo dos ativos dos planos


Novamont Braskem America (66.073) (44.823)
Plano Braskem Alemanha (1.842) (1.592)
(67.915) (46.415)

Saldo líquido no balanço patrimonial consolidado (passivo não circulante) 206.373 193.775

(ii) Movimentação das obrigações


2018 2017 2016

Saldo no início do exercício 240.190 201.516 216.632


Plano de saúde 7.446 11.334 2.203
Custo do serviço corrente 5.842 5.058 4.576
Custo financeiro 4.906 4.139 3.983
Benefícios pagos (3.845) (3.399) (3.156)
Alteração do plano 1.391 - -
Perdas (ganhos) atuariais (3.713) 9.661 3.590
Variação cambial do saldo inicial 22.071 11.881 (26.312)
Saldo no final do exercício 274.288 240.190 201.516
- -
(iii) Movimentação do valor justo dos ativos
2018 2017 2016

Saldo no início do exercício 46.415 39.380 46.395


Retorno real sobre os ativos (3.200) 5.115 221
Contribuições do empregador 20.544 4.069 3.569
Benefícios pagos (3.712) (2.915) (3.087)
Variação cambial 7.868 766 (7.718)
Saldo no final do exercício 67.915 46.415 39.380
- -

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(iv) Valores reconhecidos no resultado


2018 2017 2016
- - -
Plano de saúde 7.446 11.334 2.203
Custo do serviço corrente 5.842 5.058 4.576
Custo financeiro 4.906 4.139 3.983
Retorno esperado sobre os ativos - (28) (31)
Perdas atuariais 2.077 6.069 2.472
20.271 26.572 13.203

(v) Premissas atuariais

(% )
2018 2017 2016
Plano de Estados Plano de Estados Plano de Estados
saúde Unidos Alemanha Holanda saúde Unidos Alemanha Holanda saúde Unidos Alemanha Holanda

Taxa de desconto 5,03 4,45 2,00 2,00 5,45 3,70 2,00 2,00 4,18 4,35 2,00 n/a
Taxa de inflação 4,50 n/a 2,00 2,00 4,50 n/a n/a n/a 6,00 n/a 2,00 n/a
Retorno esperado sobre os ativos do plano n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a n/a
Aumentos salariais futuros n/a n/a 3,00 3,00 n/a n/a 2,50 2,50 n/a n/a 3,00 n/a
Aumentos de planos de pensão futuros n/a n/a 1,75 1,75 n/a n/a 1,75 1,75 n/a n/a 1,75 n/a
Fator de envelhecimento 2,5 n/a n/a n/a 2,50 n/a n/a n/a 2,50 n/a n/a n/a
Inflação Médica 3,5 n/a n/a n/a 3,50 n/a n/a n/a 2,50 n/a n/a n/a
Duração 19,66 n/a n/a n/a 18,84 n/a n/a n/a 29,24 n/a n/a n/a

(vi) Hierarquia do valor justo dos ativos

Em 31 de dezembro de 2018, o saldo do valor justo dos ativos é representado pelos ativos do plano de benefício
definido Novamont, cuja hierarquia de valor justo é de nível 1.

(vii) Análise de sensibilidade


Impacto na obrigação do benefício definido
Mudança na premissa Aumento na premissa Diminuição na premissa
Plano de Estados Plano de Estados Plano de Estados
saúde Unidos Alemanha Holanda saúde Unidos Alemanha Holanda saúde Unidos Alemanha Holanda
Taxa de desconto 1,0% 1,0% 0,5% 0,5% 10.428 7.261 10.802 563 (12.868) (8.802) (11.971) (626)
Inflação médica real n/a n/a n/a n/a 15.698 n/a n/a n/a (12.454) n/a n/a n/a
Aumentos salariais futuros n/a n/a 0,5% 0,5% n/a n/a 6.256 336 n/a n/a (5.934) (318)
Aumentos de planos de pensão futuros 1,0% n/a 0,25% 0,25% n/a n/a 3.087 166 n/a n/a (3.006) (161)
Expectativa de vida 1,0% n/a 1 ano 1 ano n/a n/a 2.848 144 n/a n/a (2.973) (150)
Taxa de mortalidade n/a 10,0% n/a n/a n/a 1.984 n/a n/a n/a (2.164) n/a n/a

Plano de saúde - Impacto no custo do serviço e no custo dos juros


Mudança na premissa Aumento na premissa Diminuição na premissa
Custo dos Custo dos Custo dos Custo dos Custo dos Custo dos
serviços juros serviços juros serviços juros
Taxa de desconto 1,0% 1,0% 381 198 (488) (193)
Expectativa de vida 1,0% 1,0% 344 1.532 (288) (1.215)
Aumentos de planos de pensão futuros 1,0% 1,0% 66 216 (67) (221)

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24.2.2 Plano de aposentadoria – contribuição definida

A Companhia e as controladas no Brasil são patrocinadoras de plano de contribuição definida para seus
integrantes administrado pela ODEPREV, entidade fechada de previdência privada. A ODEPREV proporciona
aos seus participantes o plano optativo de contribuição definida no qual é aberto um fundo individual de
poupança para aposentadoria onde são acumuladas as contribuições mensais e esporádicas dos participantes e as
contribuições mensais e anuais das patrocinadoras. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, as
patrocinadoras não têm obrigações relativas a pagamentos adicionais.

Em 31 de dezembro de 2018, esse plano está composto por 5.725 participantes ativos (2017 – 5.280) e as
contribuições das patrocinadoras no exercício montam R$50.610 (2017 – R$38.332) e as dos participantes
R$69.058 (2017 – R$60.038).

25 Patrimônio líquido

(a) Capital social

Em 31 de dezembro de 2018, o capital social subscrito e integralizado da Companhia é de R$8.043.222,


representado por 797.218.554 ações sem valor nominal, distribuídas da seguinte forma:

Quantidade de ações
Preferenciais Preferenciais
Ordinárias % classe A % classe B % Total %

Odebrecht 226.334.623 50,11 79.182.498 22,95 - - 305.517.121 38,32


Petrobras 212.426.952 47,03 75.761.739 21,96 - - 288.188.691 36,15
ADR (i) - - 48.780.072 14,14 - - 48.780.072 6,12
Outros 12.907.077 2,86 140.090.605 40,59 500.230 100,00 153.497.912 19,26
Total 451.668.652 100,00 343.814.914 99,64 500.230 100,00 795.983.796 99,85
Ações em tesouraria - - 1.234.758 0,36 - - 1.234.758 0,15
Total 451.668.652 100,00 345.049.672 100,00 500.230 100,00 797.218.554 100,00

(i) American Depository Receipt, negociados na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA).

(b) Reserva legal

Pela legislação societária brasileira, deve ser destinado 5% do lucro líquido anual para essa reserva, até que ela
seja equivalente a 20% do capital integralizado. A reserva legal pode ser utilizada para aumentar o capital ou
absorver prejuízos.

(c) Direito das ações

As ações preferenciais não concedem direito a voto, mas asseguram, em cada exercício, um dividendo
prioritário, não cumulativo de 6% sobre seu valor unitário, de acordo com os lucros disponíveis para
distribuição. O valor unitário das ações será obtido através da divisão do capital social pelo total das ações em
circulação. Somente as ações preferenciais classe "A" terão participação igual às ações ordinárias no lucro
remanescente, e estas somente terão direito ao dividendo após o pagamento do dividendo prioritário às ações
preferenciais. Somente as ações preferenciais classe "A" têm, ainda, assegurada a igualdade de condições às
ações ordinárias na distribuição de ações resultantes de capitalização de outras reservas. Apenas as ações
preferenciais classe “A” poderão ser convertidas em ações ordinárias mediante deliberação da maioria do capital

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Braskem S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

votante presente em Assembleia Geral. As ações preferenciais classe "B" podem ser convertidas em ações
preferenciais classe “A”, a qualquer tempo, na razão de 2 (duas) ações preferenciais classe “B” para cada ação
preferencial classe “A”, mediante simples solicitação por escrito à Companhia, desde que esgotado o prazo de
intransferibilidade previsto na legislação especial que viabilizou a emissão e integralização destas ações com
recursos de incentivos fiscais.

No exercício de 2018, 78.100 ações preferenciais classe “B” foram convertidas em 39.050 ações preferenciais
classe “A”.

Na eventual liquidação da Companhia será assegurada às ações preferenciais classes "A" e "B" prioridade no
reembolso do capital.

Aos acionistas é garantido um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido do exercício,
ajustado nos termos da Lei nº 6.404/76.

(d) Destinação do resultado e pagamento de dividendos

De acordo com o estatuto social da Companhia, o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei nº
6.404/76, tem a seguinte destinação:

(i) 5% para a constituição da reserva legal;

(ii) 25% para o pagamento de dividendos obrigatórios, não cumulativos, observadas as vantagens legais e
estatutárias das ações preferenciais Classe “A” e “B”. Quando o valor do dividendo prioritário pago às
ações preferenciais Classe “A” e “B” for igual ou superior a 25% do lucro líquido do exercício, calculado
na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76, caracteriza-se o pagamento integral do dividendo obrigatório.

Havendo sobra do dividendo obrigatório, após o pagamento do dividendo prioritário, será ela aplicada:

 no pagamento às ações ordinárias de um dividendo até o limite do dividendo prioritário das ações
preferenciais; e

 se ainda houver saldo remanescente, na distribuição de um dividendo adicional às ações ordinárias e às


preferenciais classe "A", em igualdade de condições, de modo que cada ação ordinária ou preferencial
de tal classe receba o mesmo dividendo.

(d.1) Destinação do resultado do exercício de 2018

86
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2018

Lucro líquido do exercício dos acionistas da Companhia 2.866.675


Valores lançados diretamente à conta de Lucros acumulados:
Parcela destinada à reserva legal (143.334)
Parcela destinada à reserva de incentivos fiscais (81.863)
Realização da indexação adicional do imobilizado 27.679
Dividendos prescritos / outros 517
2.669.674
Destinações:
Dividendos mínimos obrigatórios - 25% sobre o lucro líquido ajustado (667.419)
Dividendos adicionais propostos (2.002.255)
(2.669.674)

Dividendo unitário de R$3,35565826658 para as ações ordinárias e preferenciais classe “A” e


R$0,60628536320 para as ações preferenciais classe “B”.

(d.2) Dividendos adicionais do resultado do exercício de 2017

Em 30 de abril de 2018 foi aprovado em Assembleia Geral Ordinária os dividendos adicionais sobre o lucro
líquido apurado no exercício de 2017, no montante de R$1.500.000, cujo início do pagamento ocorreu em 10
maio de 2018, dos quais R$851.729 foram disponibilizados aos detentores de ações ordinárias e R$648.271 para
os detentores de ações preferenciais classe “A”.

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em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

(e) Outros resultados abrangentes


Attributed to shareholders' interest
Deemed cost Fair value Defined Foreign
and additional adjustments of Gain (loss) Foreign benefit currency Total
indexation of trade accounts on interest sales Fair value plans actuarial translation Braskem Non-controlling
PP&E receivable in subsidiary hedge of hedge Gain (loss) adjustment shareholders' interest in
(ii) (iii) (i) (iv) (iv) (v) (vi) interest Braskem Idesa Total

On December 31, 2015 234,904 (9,404) (9,666,973) (685,396) (39,232) 1,105,391 (9,060,710) (476,708) (9,537,418)

Additional indexation
Realization by depreciation or write-off assets (41,268) - - - - - (41,268) - (41,268)
Income tax and social contribution 14,032 - - - - - 14,032 - 14,032

Deemed cost of jointly-controlled investment


Realization by depreciation or write-off assets (1,461) - - - - - (1,461) - (1,461)
Income tax and social contribution 496 - - - - - 496 - 496

Foreign sales hedge


Exchange rate - - 2,625,551 - - - 2,625,551 (498,767) 2,126,784
Transfer to result - - 1,342,785 - - - 1,342,785 14,959 1,357,744
Income tax and social contribution - - (1,406,740) - - - (1,406,740) 145,326 (1,261,414)

Fair value of Cash flow hedge


Change in fair value - - - 247,815 - - 247,815 (736) 247,079
Transfer to result - - - (19,434) - - (19,434) (12,135) (31,569)
Income tax and social contribution - - - (79,194) - - (79,194) 3,861 (75,333)

Fair value of cash flow hedge from jointly-controlled - - - (3,309) - - (3,309) - (3,309)

Actuarial loss with post-employment benefits, net of taxes - - - - (4,119) - (4,119) - (4,119)

Foreign currency translation adjustment - - - - - 63,697 63,697 275,599 339,296

On December 31, 2016 206,703 - (9,404) (7,105,377) (539,518) (43,351) 1,169,088 (6,321,859) (548,601) (6,870,460)

Additional indexation
Realization by depreciation or write-off assets (40,678) - - - - - - (40,678) - (40,678)
Income tax and social contribution 13,831 -- - - - - - 13,831 - 13,831
Deemed cost of jointly-controlled investment -
Realization by depreciation or write-off assets (1,459) - - - - - - (1,459) - (1,459)
Income tax and social contribution 496 -- - - - - - 496 - 496
Foreign sales hedge -
Exchange rate - - - (42,507) - - - (42,507) 118,179 75,672
Transfer to result - - - 1,145,602 - - - 1,145,602 40,924 1,186,526
Income tax and social contribution - - - (355,960) - - - (355,960) (47,731) (403,691)
-
Fair value of Cash flow hedge -
Change in fair value - - - - 876,636 - - 876,636 6,513 883,149
Transfer to result - - - - (287,576) - - (287,576) 9,632 (277,944)
Income tax and social contribution - - - - (198,343) - - (198,343) (4,844) (203,187)
-
Fair value of cash flow hedge from jointly-controlled - - - - 3,534 - - 3,534 - 3,534
-
Actuarial loss with post-employment benefits, net of taxes - - - - - (8,654) - (8,654) - (8,654)
-
Foreign currency translation adjustment - - - - - - 51,445 51,445 (52,047) (602)

On December 31, 2017 178,893 - (9,404) (6,358,242) (145,267) (52,005) 1,220,533 (5,165,492) (477,975) (5,643,467)

88
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018
Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

Attributed to shareholders' interest


Deemed cost Fair value Defined Foreign
and additional adjustments of Gain (loss) Foreign benefit currency Total
indexation of trade accounts on interest sales Fair value plans actuarial translation Braskem Non-controlling
PP&E receivable in subsidiary hedge of hedge Gain (loss) adjustment shareholders' interest in
(ii) (iii) (i) (iv) (iv) (v) (vi) interest Braskem Idesa Total

On December 31, 2017 178,893 - (9,404) (6,358,242) (145,267) (52,005) 1,220,533 (5,165,492) (477,975) (5,643,467)

Additional indexation
Realization by depreciation or write-off assets (40,481) - - - - - - (40,481) - (40,481)
Income tax and social contribution 13,764 - - - - - - 13,764 - 13,764
- 0
Deemed cost of jointly-controlled investment - 0
Realization by depreciation or write-off assets (1,458) - - - - - - (1,458) - (1,458)
Income tax and social contribution 496 - - - - - - 496 - 496
-
Fair value adjustments
Accounts receivable - - - - - - (449) - (449)

Foreign sales hedge -


Exchange rate - - - (3,133,346) - - - (3,133,346) 4,170 (3,129,176)
Transfer to result - - - 1,200,209 - - - 1,200,209 59,143 1,259,352
Income tax and social contribution - - - 664,864 - - - 664,864 (18,994) 645,870
-
Fair value of Cash flow hedge -
Change in fair value - (449) - - (196,790) - - (196,790) 7,722 (189,068)
Transfer to result - - - - 26,964 - - 26,964 10,386 37,350
Income tax and social contribution - - - - 59,914 - - 59,914 (5,433) 54,481
-
Fair value of cash flow hedge from jointly-controlled - - - - (2,329) - - (2,329) - (2,329)
-
Actuarial loss with post-employment benefits, net of taxes - - - - - (1,569) - (1,569) - (1,569)
-
ILP PLan fair value
Change in fair value - 9,297 - - - - - 9,297 133 9,430
Income tax and social contribution - (2,891) - - - - - (2,891) - (2,891)

Foreign currency translation adjustment - - - - - - 946,342 946,342 (145,119) 801,223

(Loss) investment gains - (65) - - - - (65) 65 -

On December 31, 2018 151,214 5,957 (9,469) (7,626,515) (257,508) (53,574) 2,166,875 (5,623,020) (565,902) (6,188,922)

(i) Transfer to the income statement when divestment or transfer of control of subsidiary.
(ii) Transfer to retained earnings as the asset is depreciated or written-off/sold.
(iii) For receivables classified as fair value through other comprehensive income, transfer to the income statement when attainment of jurisdiction or early liquidation.
For the ILP Plan, Transfer to retained earnings according to the grace period of the plan.
(iv) Transfer to the income statement when maturity, prepayment or loss of efficacy for hedge accounting.
(v) Transfer to retained earnings when the extinction of the plan.
(vi) Transfer to the income statement when write-off of subsidiary abroad.

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26 Resultado por ação

O resultado básico e diluído por ação é calculado mediante a divisão do resultado do exercício ajustado,
atribuível aos titulares de ações ordinárias e preferenciais da Companhia, pelo número médio ponderado dessas
ações em poder dos acionistas, excluindo aquelas mantidas em tesouraria e respeitando as regras de distribuição
de dividendos previstas no estatuto social da Companhia, conforme descrito na Nota 25(d), especialmente no
que se refere ao direito limitado das ações preferenciais classe “B”. Por conta desse direito limitado, não é
atribuível a participação desta classe de ação quando é apurado prejuízo. Nesse caso, o resultado diluído leva em
conta a conversão de duas ações preferenciais classe “B” em uma ação preferencial classe “A”, conforme
previsto no estatuto social da Companhia.

As ações preferenciais classe “A” participam nos dividendos com as ações ordinárias depois que o dividendo
prioritário tiver sido atribuído, de acordo com fórmula prevista no estatuto social da Companhia, conforme
descrito na Nota 25(c) e não há um limite superior na extensão da sua participação.

Os resultados diluído e básico por ação são iguais, quando apurado lucro no exercício, porque a Braskem não
possui instrumento financeiro emitido que seja conversível em ações.

Conforme requerido pelo IAS 33, a tabela a seguir reconcilia o resultado do exercício ajustado aos montantes
usados para calcular o resultado por ação básico e diluído.

Básico e diluído
2018 2017 2017

Lucro líquido do exercício atribuído aos acionistas da Companhia das operações continuadas 2.827.650 3.856.564 (442.430)
- -
Distribuição de dividendos prioritários atribuível para: - -
Ações preferenciais classe "A" 208.450 208.416
Ações preferenciais classe "B" 303 351
208.753 208.767 -

Distribuição de 6% do valor unitário de ações ordinárias 273.840 273.827


- -
Distribuição do resultado excedente, por classe: - -
Ações ordinárias 1.331.513 1.915.805
Ações preferenciais classe "A" 1.013.544 1.458.165
2.345.057 3.373.970 -

Reconciliação do resultado distribuível, por classe (numerador):


Ações ordinárias 1.605.353 2.189.632 (251.222)
Ações preferenciais classe "A" 1.221.994 1.666.581 (191.208)
Ações preferenciais classe "B" 303 351
2.827.650 3.856.564 (442.430)

Média ponderada da quantidade de ações, por classe (denominador):


Ações ordinárias 451.668.652 451.668.652 451.668.652
Ações preferenciais classe "A" 343.808.699 343.775.864 343.775.864
Ações preferenciais classe "B" 512.660 578.330
795.990.011 796.022.846 795.444.516

Resultado por ação (em R$)


Ações ordinárias 3,5543 4,8479 (0,5562)
Ações preferenciais classe "A" 3,5543 4,8479 (0,5562)
Ações preferenciais classe "B" 0,5910 0,6069

90
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2018
Ações preferenciais
Classe "A" Classe "B"
Ações em Média Ações em Média
circulação ponderada circulação ponderada

Quantidade no início do exercício 343.775.864 343.775.864 578.330 578.330

Conversão de ações preferenciais classe "B" para "A" 39.050 32.835 (78.100) (65.670)

Quantidade no final do exercício 343.814.914 343.808.699 500.230 512.660

2016
Ações preferenciais
Classe "A"
Ações em Média
circulação ponderada

Quantidade no início do exercício 343.768.220 343.768.220

Recompra de ações
Conversão de ações preferenciais classe "B" para "A" 7.644 2.945

Quantidade no final do exercício 343.775.864 343.771.165

27 Receita líquida de vendas

2018 2017 2016


Receita bruta de vendas e serviços
No Brasil
Receitas 42.189.365 34.983.265 32.293.042
Bonificações de clientes (45.290) (35.538) (25.400)
42.144.075 34.947.727 32.267.642
Mercado
No exterior
externo
Receitas 26.577.433 23.297.304 23.084.703
Bonificações de clientes (58.188) (60.990) (23.820)
26.519.245 23.236.314 23.060.883
68.663.320 58.184.041 55.328.525

Deduções de vendas e serviços


Tributos
no Brasil (10.219.138) (8.663.707) (7.316.625)
no exterior (36.562) (33.798) (102.831)
Devoluções de vendas
no Brasil (148.918) (125.153) (168.625)
no exterior (258.836) (100.789) (76.756)
(10.663.454) (8.923.447) (7.664.837)
Receita líquida de vendas e serviços 57.999.866 49.260.594 47.663.688

As receitas provenientes de vendas de produtos são reconhecidas quando (i) o montante das vendas puder ser
mensurado de forma confiável e a Companhia não mantiver controle sobre os produtos vendidos; (ii) for
provável que os benefícios econômicos serão recebidos pela Companhia; e (iii) riscos e benefícios da
propriedade dos produtos forem substancialmente transferidos para o cliente. A Companhia não realiza vendas

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com envolvimento gerencial continuado. As vendas da Braskem são, em sua maioria, para clientes industriais e,
em menor volume, para revendedores.

O momento em que o direito legal assim como os riscos e benefícios são substancialmente transferidos para o
cliente é determinado da seguinte forma:

(i) para contratos em que a Companhia é responsável pelo frete e seguro, o direito legal, bem como os riscos
e benefícios, são transferidos ao cliente no momento em que o risco da mercadoria é entregue no destino
combinado contratualmente;

(ii) para contratos em que o frete e o seguro são de responsabilidade do cliente, os riscos e benefícios são
transferidos no momento em que os produtos são entregues à transportadora do cliente; e
(iii) para os contratos cuja entrega do produto envolve o uso de tubovias, especialmente os insumos básicos,
os riscos e benefícios são transferidos imediatamente após os medidores oficiais da Companhia, que é o
ponto de entrega dos produtos e transferência de suas propriedades.

Os fretes de vendas, de remessas para armazenagem e transferências de produtos acabados entre


estabelecimentos da Braskem são incluídos no custo dos produtos vendidos.

(a) Receita líquida de vendas por país

2018 2017 2016

Brasil 31.801.222 26.147.559 24.640.077


EUA 9.887.701 8.539.972 7.965.209
Argentina 4.168.140 3.408.385 1.244.267
Reino Unido 1.385.482 1.192.287 589.725
Alemanha 1.166.191 1.336.440 1.198.760
México 756.069 542.866 2.075.695
Itália 686.646 554.237 667.265
Holanda 650.605 604.546 262.289
Cingapura 540.495 493.654 1.101.156
Suíça 366.328 202.830 227.504
Colômbia 363.497 340.396 369.359
Espanha 329.458 282.854 342.154
Chile 315.254 415.729 522.796
Peru 314.517 339.430 397.186
Uruguai 293.315 333.134 122.783
Japão 290.453 235.612 1.631.564
Polônia 260.449 231.716 252.508
Paraguai 250.048 163.862 185.432
França 245.208 126.956 236.727
Bolívia 214.959 174.783 211.382
Canadá 155.571 122.251 242.492
Coréia do Sul 135.094 166.314 254.512
Outros 3.423.164 3.304.781 2.923.146
57.999.866 49.260.594 47.663.988

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(b) Receita líquida por produto

2018 2017 2016

PE/PP 37.979.148 33.105.714 30.790.364


Eteno/Propeno 4.283.709 3.351.805 2.906.796
Nafta, condensado e outras revendas 3.167.390 3.066.879 2.582.257
Benzeno/Tolueno/Xileno 2.928.993 2.433.360 2.411.031
PVC/Soda Cáustica/EDC 2.785.400 2.683.406 3.016.390
ETBE/Gasolina 2.023.465 1.819.387 2.058.952
Butadieno 909.409 578.482 1.315.892
Cumeno 476.311 401.455 501.958
Solventes 248.313 135.165 379.745
Outros 3.197.729 1.684.941 1.700.603
57.999.866 49.260.594 47.663.988

(c) Concentração de vendas

A Companhia não possui receitas provenientes de transações com um único cliente que sejam iguais ou
superiores a 10% de sua receita líquida total. Em 2018, as receitas mais representativas provenientes de um
único cliente equivalem a aproximadamente 2,4% das receitas líquidas totais da Companhia e ocorreram no
segmento de Químicos.

28 Incentivos fiscais

(a) Imposto de renda

Desde 2015, foi obtido o deferimento dos pleitos de redução de 75% do IR sobre o lucro proveniente das
seguintes unidades industriais: (i) PVC e Cloro Soda, instaladas no estado de Alagoas; e (ii) unidade de
Químicos, de PE, PVC e Cloro Soda, instaladas em Camaçari (BA). O prazo de fruição é de 10 anos. Em 2018
foi apurado prejuízo fiscal em relação às operações no Brasil, não sendo possível qualquer dedução a título de
incentivo fiscal.

(b) PRODESIN - ICMS

A Companhia possui incentivo fiscal de ICMS concedido pelo Estado de Alagoas por meio do Programa de
Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas – PRODESIN que objetiva a implantação e a expansão de
indústrias naquele Estado. Esse incentivo é tratado como redutor dos tributos incidentes sobre as vendas. No
exercício de 2018, o montante apurado foi de R$81.863 (2017 – R$95.704). Como o PRODESIN foi
reconhecido em 2018 como subvenção de investimento, através da Lei Complementar n°160/2017, o montante
apurado em 2018 foi destinado para reserva de incentivos fiscais, nos termos do art. 195-A da Lei 6.404/76.

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29 Outras receitas (despesas), líquidas

Nota 2018 2017 2016

Participação dos integrantes nos lucros e resultados (375.360) (399.828) (361.796)


Resultado com bens de imobilizado (40.061) (205.929) (53.774)
Provisão processos judiciais e trabalhistas (83.280) (119.919) (169.973)
Multa sobre contrato de fornecimento de matéria-prima (i) 336.533 -
Créditos de PIS e COFINS - exclusão do ICMS da base de cálculo 10(c) 235.919 -
Ganho de capital - alienação da Quantiq 276.816
Provisão para reparação de danos ambientais (89.395) (102.466) (182.600)
Acordo de leniência 23.3(a) - (375.476) (2.860.402)
Outros 106.496 71.922 (277.409)
90.852 (854.880) (3.905.954)

(i) A multa contratual pelo não fornecimento de matéria-prima para a controlada Braskem Idesa é de R$338.125.

30 Resultado financeiro

2018 2017 2016


Receitas financeiras
Receitas de juros 530.007 512.051 646.727
Outras 59.045 91.579 43.395
589.052 603.630 690.122

Despesas financeiras
Despesas com juros (2.084.780) (2.219.503) (2.447.481)
Atualização de passivos tributários (33.429) (191.101) (249.578)
Descontos concedidos (141.223) (137.389) (108.606)
Custos de transação (89.982) (64.771) (56.020)
Ajuste a valor presente (296.065) (284.992) (507.744)
Outras (362.072) (849.461) (201.533)
(3.007.551) (3.747.217) (3.570.962)
Variações cambiais, líquidas
Ativos financeiros 1.268.741 216.381 (1.139.676)
Passivos financeiros (3.525.724) (1.015.143) (2.070.741)
(2.256.983) (798.762) (3.210.417)
Total (4.675.482) (3.942.349) (6.091.257)

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em 31 de dezembro de 2018
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31 Despesas por natureza e função

2018 2017 2016

Classificadas por natureza:


Matéria-primas, insumos e materiais de uso e consumo (38.889.949) (29.364.996) (28.197.875)
Despesas com pessoal (2.412.118) (2.173.640) (2.576.107)
Serviços de terceiros (2.306.048) (2.120.001) (2.135.412)
Depreciação, amortização e exaustão (2.990.577) (2.928.855) (2.677.672)
Fretes (2.275.375) (2.058.574) (1.918.973)
Custos com ociosidade de plantas industriais (138.242) (67.593) (60.944)
Outras receitas (despesas), líquidas (706.451) (1.379.965) (4.175.836)
Total (49.718.760) (40.093.624) (41.742.819)

Classificadas por função:


Custo dos produtos vendidos (46.431.220) (36.177.408) (34.985.569)
Com vendas e distribuição (1.545.568) (1.459.608) (1.403.673)
Gerais e administrativas (1.633.003) (1.434.272) (1.285.613)
Pesquisa e desenvolvimento (199.821) (167.456) (162.010)
Outras receitas (despesas), líquidas 90.852 (854.880) (3.905.954)
Total (49.718.760) (40.093.624) (41.742.819)

32 Informações por segmentos

A estrutura organizacional da Braskem é formada pelos seguintes segmentos:

 Químicos: compreende as atividades relacionadas à produção de eteno, propeno, butadieno, tolueno, xileno,
cumeno e benzeno, além de gasolina, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) e outros derivados de
petróleo, suprimento de eletricidade, vapor, ar comprimido e outros insumos para os produtores da segunda
geração localizados nos polos petroquímicos de Camaçari, Triunfo, São Paulo e Rio de Janeiro.

 Poliolefinas: compreende as atividades relacionadas à produção de PE e PP no Brasil.

 Vinílicos: compreende as atividades relacionadas à produção de PVC, soda cáustica e cloro no Brasil.

 Estados Unidos e Europa: compreende as atividades relacionadas à produção de PP nos Estados Unidos e na
Europa, através das controladas Braskem America e Braskem Alemanha, respectivamente.

 México: compreende atividades relacionadas à produção de PE, no México através da controlada Braskem
Idesa.

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(a) Apresentação, mensuração e reconciliação dos resultados

As informações por segmento são geradas a partir dos registros contábeis que estão refletidos nas
demonstrações financeiras consolidadas.

As eliminações demonstradas nas informações por segmentos operacionais, quando comparadas aos saldos
consolidados, são representadas por transferências de matérias-primas entre segmentos, as quais são mensuradas
gerencialmente como vendas entre partes independentes.

Os segmentos operacionais são avaliados pelo resultado operacional, que não inclui o resultado financeiro e IR e
CSL correntes e diferidos.

(b) Resultado por segmento

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

2018
Despesas operacionais
Receita líquida Custo dos Com vendas Resultado com Outras receitas Lucro
de vendas e produtos Lucro gerais e participações (despesas) (prejuízo)
serviços vendidos bruto administrativas societárias líquidas operacional
Segmentos reportáveis
Químicos 31.111.650 (27.464.046) 3.647.604 (756.719) - (139.393) 2.751.492
Vinílicos 3.167.390 (2.889.519) 277.871 (169.377) - (18.416) 90.078
Poliolefinas 22.483.866 (19.255.377) 3.228.489 (1.310.080) - (93.465) 1.824.944
Estados Unidos e Europa 11.724.776 (9.126.392) 2.598.384 (610.384) - 10.656 1.998.656
México 3.770.506 (2.333.849) 1.436.657 (296.391) - 305.457 1.445.723
Total 72.258.188 (61.069.183) 11.189.005 (3.142.951) - 64.839 8.110.893
Outros segmentos 292.435 (173.608) 118.827 (34.819) - (103) 83.905
Unidade corporativa 265.438 (i) - 265.438 (200.622) (888) 26.116 (i) 90.044
Braskem Consolidado antes das
eliminações e reclassificações 72.816.061 (61.242.791) 11.573.270 (3.378.392) (888) 90.852 8.284.842
Eliminações e reclassificações (14.816.195) 14.811.571 (4.624) - - - (4.624)
Total 57.999.866 (46.431.220) 11.568.646 (3.378.392) (888) 90.852 8.280.218

2017
Despesas operacionais
Receita líquida Custo dos Com vendas Resultado com Outras receitas Lucro
de vendas e produtos Lucro gerais e participações (despesas) (prejuízo)
serviços vendidos bruto administrativas societárias líquidas operacional
Segmentos reportáveis
Químicos 25.179.288 (20.478.914) 4.700.374 (773.396) - (197.275) 3.729.703
Vinílicos 3.066.879 (2.572.774) 494.105 (162.989) - (163.374) 167.742
Poliolefinas 19.650.398 (15.432.179) 4.218.219 (1.321.575) - (177.518) 2.719.126
Estados Unidos e Europa 9.854.496 (7.419.261) 2.435.235 (582.672) - (21.279) 1.831.284
México 3.600.820 (2.097.471) 1.503.349 (283.318) - 27.914 1.247.945
Total 61.351.881 (48.000.599) 13.351.282 (3.123.950) - (531.532) 9.695.800
Outros segmentos 83.720 (65.743) 17.977 (13.391) - (2.430) 2.156
Unidade corporativa - - - (61.384) 39.956 (320.918) (ii) (342.346)
Braskem Consolidado antes das
eliminações e reclassificações 61.435.601 (48.066.342) 13.369.259 (3.198.725) 39.956 (854.880) 9.355.610
Eliminações e reclassificações (12.175.007) 11.888.934 (286.073) 137.389 - - (148.684)
Total 49.260.594 (36.177.408) 13.083.186 (3.061.336) 39.956 (854.880) 9.206.926

2016
Despesas operacionais
Receita líquida Custo dos Com vendas Resultado com Outras receitas Lucro
de vendas e produtos Lucro gerais e participações (despesas) (prejuízo)
serviços vendidos bruto administrativas societárias líquidas operacional
Segmentos reportáveis
Químicos 25.062.602 (20.248.175) 4.814.427 (680.083) - (409.920) 3.724.424
Vinílicos 3.016.390 (2.815.184) 201.206 (236.771) - (71.880) (107.445)
Poliolefinas 20.307.367 (15.980.935) 4.326.432 (1.284.665) - (199.098) 2.842.669
Estados Unidos e Europa 8.896.071 (6.080.722) 2.815.349 (497.810) - (71.000) 2.246.539
México 1.586.927 (1.152.047) 434.880 (231.795) - (4.805) 198.280
Total 58.869.357 (46.277.063) 12.592.294 (2.931.124) - (756.703) 8.904.467

Outros segmentos 12.202 (14.760) (2.558) (1.876) - (20.864) (25.298)


Unidade corporativa - - - (33.582) 30.078 (3.128.387) (iii) (3.131.891)

Braskem Consolidado antes das


eliminações e reclassificações 58.881.559 (46.291.823) 12.589.736 (2.966.582) 30.078 (3.905.954) 5.747.278

Eliminações e reclassificações (11.217.571) 11.306.254 88.683 115.286 - - 203.969

Total 47.663.988 (34.985.569) 12.678.419 (2.851.296) 30.078 (3.905.954) 5.951.247

(i) Inclui o montante de R$501.357 (R$265.438 em “Receita líquida” e R$235.919 em “Outras receitas (despesas) líquidas”) referente
a créditos de PIS e COFINS – exclusão do ICMS da base de cálculo (Nota 10(c)).
(ii) Inclui o ganho na alienação do antigo segmento “Distribuição química” no montante de R$276.816.
(iii) Inclui a provisão para o Acordo de Leniência no montante de R$2.860.402.

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(c) Ativo imobilizado e intangível por segmentos

2018 2017
Segmentos operacionais e reportáveis
Químicos 10.916.874 11.136.125
Poliolefinas 4.985.337 5.072.162
Vinílicos 2.334.270 2.433.882
Estados Unidos e Europa 3.875.566 2.587.302
México 11.835.170 10.733.277
Total 33.947.217 31.962.748
Valores não alocados 553.655 526.359
Total 34.500.872 32.489.107

33 Cobertura de seguros

A Braskem contrata apólices de seguros para a operação nacional e internacional das suas plantas, conforme
detalhado abaixo. Adicionalmente, também contrata outras apólices de seguro, incluindo a de responsabilidade
civil geral, a de responsabilidade civil de diretores e administradores (D&O), transportes nacional e
internacional, responsabilidade civil do afretador, entre outras.

O Programa de Seguros mantido pela Companhia é consistente com os padrões aplicados às indústrias
petroquímicas que operam globalmente.

O Programa de Riscos Operacionais garante cobertura para danos materiais e consequente lucros cessantes de
todas as plantas da Braskem através de um clausulado “All risks”.

Esse programa é dividido em três diferentes apólices que garantem a operação no Brasil, Estados
Unidos/Alemanha e México, as quais estarão vigentes até abril de 2020.

Seguem na tabela abaixo informações adicionais das apólices vigentes. Cada uma delas possui Limites
Máximos de Indenização (“LMI”), por evento, para cobrir eventuais sinistros, tendo em vista a natureza da
atividade da Companhia, benchmarks e estudos de cenários de perdas máximas estimadas realizadas por
consultores externos.

LMI Valor segurado


US$ R$
Vencimento US$ milhões R$ milhões milhões milhões
Unidades no Brasil 10/04/2020 3.375 13.077 26.406 102.318
Unidades nos Estados Unidos e na Alemanha 10/04/2020 500 1.937 2.037 7.893
Unidades no México 10/04/2020 2.936 11.376 6.068 23.512
Total 34.511 133.723

As premissas de riscos adotadas não fazem parte do escopo de auditoria e, consequentemente, não foram
examinadas pelos auditores independentes.

Essas apólices garantem cobertura para danos materiais resultantes de acidentes decorrentes de incêndio,
explosão, quebra de máquinas, entre outros e consequentes lucros cessantes, com períodos máximos de
indenização que variam entre 12 e 33 meses, a depender da planta e/ou da cobertura.

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A Braskem também contrata apólice de responsabilidade civil geral que garante os eventuais danos causados a
terceiros decorrentes de sua operação e produtos, incluindo as perdas causadas por poluição súbita.

Os novos projetos da Companhia são cobertos através de apólices específicas de Riscos de Engenharia e/ou
cláusulas de construção e montagem incluídas nas apólices de Riscos Operacionais.

34 Informações relacionadas a títulos com garantia emitidos por subsidiárias

Braskem S.A. provê garantia de forma plena e incondicional aos títulos de dívida emitidos pela Braskem Finance,
Braskem America Finance e Braskem Finance, subsidiárias integrais da Braskem. Não há restrições relevantes
quanto à capacidade da Braskem de obter fundos destas subsidiárias.

35 Eventos subsequentes

(a) Em 30 de janeiro de 2019 a Braskem recebeu a primeira parcela no valor de R$266 milhões referente ao
financiamento de repasse com o BNDES no montante total de R$476 milhões com taxa de juros de 11,57% a.a.
e vencimento em 15 de janeiro de 2031, contratado em 26 de dezembro de 2018. A Companhia espera receber
os demais montantes até o final do exercício de 2019.

(b) Em 2019, foi certificado o trânsito em julgado de ação própria da Braskem S.A. e corporações incorporadas,
que determina a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS e o período mais antigo do crédito
tributário desses processos é retroativo ao ano de 1991. Os efeitos dessas decisões foram apurados pela
Companhia, que reconheceu no primeiro semestre de 2019 o montante de R$2.038.938 relacionado a PIS e
COFINS, sendo que R$1.850.965 foi registrado na rubrica “Outras receitas (despesas)” e R$187.973 em
“Receita financeira”.

(c) Em 13 de março de 2019, o Conselho de Administração aprovou o Plano de Incentivo de Ações de Longo
Prazo, de acordo com os termos e condições do Plano ILP aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária
realizado em 21 de março de 2018, que inclui a lista de pessoas autorizadas, o prazo para a aquisição de ações
próprias por participantes e o número de ações restritas a serem distribuídas aos participantes como
contrapartida para cada ação própria adquirida.

A Companhia estima que o máximo de ações a distribuir aos participantes do Programa ILP 2019, após o
período de carência e sujeito ao cumprimento de todos os requisitos necessário, seja de 573.345 ações. As ações
a serem distribuídas pela Companhia aos participantes do Programa ILP 2019 são aquelas atualmente mantidas
em tesouraria ou obtidas em programas de recompra, e caso não seja possível distribuir tais ações, a Companhia
pagará os participantes em dinheiro no valor equivalente às ações, baseado na cotação na bolsa de valores no
segundo dia útil imediatamente antes da respectiva data de pagamento.

Este plano será contabilizado de acordo com CPC 10 – Pagamentos Baseados em Ações e o padrão correspondente
IFRS 2, que exige que a Companhia calcule o valor de instrumentos de capital outorgados baseado no valor justo
dos mesmos na data de outorga. A despesa correspondente será reconhecida pelo regime de competência ao longo
do período de carência (vesting) para o exercício dos instrumentos.

(d) Em abril de 2019, uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Estadual de Alagoas e pela
Defensoria Pública do Estado de Alagoas buscando bloquear ativos da Braskem para garantir o pagamento de
quaisquer indenizações ambientais e coletivas que a Companhia possa eventualmente ser sentenciada a pagar
devido às suas antigas operações de mineração na cidade de Maceió.

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Os autores requisitaram uma medida cautelar para bloquear ativos da Braskem no montante de R$6,7 bilhões. A
decisão liminar do Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de R$100 milhões nas contas bancárias da
Braskem, o que já foi feito.

Após ambas as partes interporem Agravos de Instrumentos, o Tribunal de Justiça do estado de Alagoas deu
provimento ao recurso do Ministério Público Estadual, determinando a suspensão da distribuição de dividendos
a acionistas, sob pena de bloqueio de R$2.7 bilhões. A decisão foi revista por uma suspensão de decisão e
ordem por uma determinação do Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que homologou a decisão
envolvendo a distribuição de dividendos condicionado à Braskem efetivamente apresentar uma garantia de
seguro.

Em 26 de junho de 2019, o Ministério Público do Estado de Alagoas e a Defensoria Pública do Estado de


Alagoas alteraram a inicial para mudar os limites do pedido, que envolvia excluir o pedido de indenização por
supostos danos ambientais e reduzir o valor dos bens a serem imediatamente bloqueados para R$ 3,7 bilhões,
valor esse que seria equivalente à soma dos danos materiais causados aos residentes dos bairros afetados pelo
evento geológico. Imediatamente após, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, durante um
plantão judiciário ao longo de um recesso, determinou o bloqueio de R$3.7 bilhões.

Em 9 de agosto de 2019, a decisão do Presidente do STJ permitiu o desbloqueio do caixa, condicionada à


efetiva apresentação de uma nova garantia de seguro de igual valor a ser oferecido pela Braskem ao juízo.

A Companhia continua a colaborar com as autoridades para identificar as causas ambientais de danos, com o
auxílio de especialistas independentes, e está comprometida a implementar soluções.

(e) Conforme divulgado em 25 de julho de 2019, Braskem foi informada sobre a ação civil pública movida contra
ela pelo Ministério Público do Trabalho do Estado de Alagoas (“MPT-AL”), com liminar para bloquear o
montante de R$2.5 bilhões para garantir o pagamento de quaisquer danos materiais causados a empregados
afetados pelo evento geológico visto em Maceió. O MPT-AL pleiteia ainda na ação a reparação aos
trabalhadores a título de danos morais.

Em 10 de outubro de 2019, o juiz da 7ª Vara do Trabalho de Maceió negou a liminar movida pelo MPT-AL.

A Companhia informa que manterá o mercado informado sobre quaisquer fatos importantes sobre o assunto.

(f) Pelo comunicado datado 19 de agosto de 2019, a Braskem, no âmbito dos eventos geológicos em Alagoas,
tomou conhecimento de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal (“MPF”) contra ela e
outros réus, com os seguintes principais pedidos em sede de tutela de urgência: (i) constituição de fundo privado
próprio no valor inicial de R$3,075 bilhões para execução de programas socioambientais e medidas
emergenciais, bem como a manutenção de capital de giro em referido fundo no valor de R$ 2 bilhões ou, após
aprovado o cronograma financeiro, o valor equivalente a 100% das despesas previstas para os 12 meses
subsequentes; (ii) apresentação de garantias idôneas no valor de R$ 20,5 bilhões; (iii) vedação à oneração ou
alienação de bens do ativo fixo da Companhia e a distribuição de lucros, seja na forma de dividendos, juros
sobre capital próprio ou qualquer outro meio; (iv) bloqueio judicial de qualquer lucro ainda não distribuído; e
(v) a suspensão de financiamentos do BNDES e incentivos governamentais, além do vencimento antecipado de
dívidas existentes com o BNDES.

Até o momento não há decisão sobre a liminar pleiteada.

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Valores expressos em milhares, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia informa que tomou as medidas pertinentes nos prazos legais e manterá o mercado informado
sobre qualquer desdobramento relevante sobre o assunto.

(g) Visto que a Companhia não foi capaz de apresentar o Formulário 20-F para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2017, até a data concedida pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e nenhuma
outra prorrogação foi concedida nos termos da Seção 802.01E do Manual das Companhias Listadas da Bolsa de
Valores de Nova York (NYSE), em 13 de maio de 2019, a NYSE suspendeu a negociação das American
Depositary Shares emitidas pela companhia e deu início ao processo de saída bolsa.

A Companhia entrou com recurso contra a decisão, que foi agendada pela NYSE para 17 de outubro de 2019.

Em 7 de outubro de 2019, a Companhia arquivou o Formulario 20-F para o exercício findo em 31 de dezembro
de 2017.

(h) Conforme o Fato Relevante de 4 de junho de 2019, a Braskem foi informada pela Odebrecht sobre sua decisão
em conjunto com a LyondellBasell de encerrar as negociações sobre a potencial operação envolvendo a
transferência de toda a participação da Odebrecht na Braskem para a LyondellBasell. Tais negociações
começaram em 15 de junho de 2018.

(i) Conforme o Fato Relevante de 18 de junho de 2019, a Braskem foi informada que, em virtude do pedido de
recuperação judicial da Odebrecht S.A. e outras empresas do Organização Odebrecht, incluindo a controladora
direta da Companhia, OSP Investimentos S.A., a Companhia foi informada que não houve qualquer alteração no
controle acionário da Braskem, com a totalidade das ações ordinárias e preferenciais da Companhia detidas pela
OSP Investimentos S.A. em acordo de cessão fiduciária aos credores da Odebrecht.

A Braskem informa também que não possui valores relevantes a receber da Odebrecht e que a recuperação
judicial da mesma não acarreta vencimento antecipado das dívidas da Companhia.

(j) Em 2019, a Companhia reverteu a provisão para a controversa cobrança da cota da Conta de Desenvolvimento
Energético de 2015 e 2016 (CDE 2015 e 2016) com base em duas liminares favoráveis a consumidores
expedidas em 2018 e 2019 no montante de R$223.340.

(k) Em 3 de outubro de 2019, a Assembleia Geral Extraordinária aprovou: (i) o pagamento de dividendos
obrigatórios, no valor de R$ 667 milhões, a serem pagos até 31 de dezembro de 2019; (ii) o orçamento de
capital para o exercício de 2019; e (iii) retido pela Companhia, o montante remanescente de lucro líquido, de
R$2.002 milhões, nos teros do Artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.

(l) Em 9 de outubro de 2019, o pacote (package) Waivers & Consent foi aprovado pelo Intercreditor Agent em
nome dos credores, estendendo assim as datas para concluir o Guaranteed Physical Completion Date pela
Braskem Idesa, de 30 de novembro de 2016 para 30 de novembro de 2020 e a Guaranteed Financial
Completion Date, de 31 de dezembro de 2016 para 31 de dezembro de 2020.

A aprovação do pacote Waivers & Consente permite que a Braskem Idesa reclassifique a Dívida Principal de
passivo circulante para o passivo não circulante.

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