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Leon Damico Pinheiro

A Energia Hidrelétrica: No Brasil

O Brasil possui uma área enorme de 8.516 km2 e inclui dentro de si inúmeras mananciais
com grande potencial energético. Visto que as alternativas de matriz energética no Brasil são,
na maior parte, oriundas da energia hidrelétrica, sua importância também eleva-se para o
consumo da população - no qual corresponde 64,9% da matriz energética brasileira.
Neste sentido, perante a situação atual de escassez hídrica de mananciais que são
responsáveis por alimentar o ramo energético hidráulico, correspondendo 70% da capacidade
de armazenamento de água para sua geração, outro fator destacado por essa situação seria as
diversas falhas do modelo elétrico brasileiro. A performance das hidrelétricas tem sido pior do
que o esperado. Em 2012, as usinas gastavam 4% a mais de água do que o necessário para
produzir o mesmo megawatt/hora. Vale ressaltar que há o roubo de água para irrigação e
piscicultura, além também de algumas restrições no próprio modelo de planejamento.

Visando por uma outra perspectiva mais superficial, a energia hidrelétrica é uma boa
alternativa sustentável para países com carência de outras matrizes energéticas. A Usina
de Três Gargantas, na China, é a maior produtora de energia hidrelétrica do mundo – e sana a
necessidade energética da China, produzindo cerca de 98,8 milhões de megawatts. Contudo,
voltando ao tema principal e salientando o que foi dito, a energia obtida por meio da água é
uma saída importantíssima para o Brasil – como vem sendo até hoje. Gera bastante e
consegue suprir as necessidades que o território brasileiro exige. Porém, além da sua
construção intrusiva ao meio ambiente para a sua implementação, fatores como chuva, clima,
estações, mudanças climáticas regionais e entre outros, afetam decisivamente a
eficiência das usinas e consequentemente impactam no produto final.
Ou seja, perante as gafes e pela falta de uma resposta rápida do governo defronte as
inconstâncias neste meio, tudo indica que o racionamento de energia esteja próximo - algo
entre duas ou até três horas por dia – o que dificultaria muito as pessoas dependentes do home
office e outros cenários importantes dependentes da energia elétrica. Sem contar também com
uma crise semelhante a que se repetiu 20 anos atrás, apresentando motivos páreos como
falhas de planejamento e na operação do sistema elétrico como também o modelo de formação
de preços da energia.

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