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O surgimento da Sociologia
Há muito tempo o homem se questiona e apresenta ideias do que seria um “modelo ideal
de sociedade”. Os filósofos já as faziam quando debatiam sobre a importância do poder
no setor político, sobre os valores básicos para uma boa formação escolar e cidadã, sobre
as mudanças possíveis que podemos desenvolver e tantas outras questões. Contudo,
podemos considerar o período final da Idade Média (476d.C. – 1453) como o momento
em que a Sociologia começava a surgir como uma necessidade em se pensar o homem e
a sociedade por meio da ótica racional, buscando derrubar a ideia de que a resposta para
todas as coisas se encontravam nos textos e dizeres religiosos. Além disso, segundo Torre
(1973, p.30), o século XVIII tem importância ímpar, para o surgimento da sociologia, em
dois fatores:
• Fatores históricos que foram a Independência dos Estados Unidos (1776), a
Revolução Industrial (1760) e a Revolução Francesa (1789), que promoveram
uma reformulação social, pois geraram novas classes sociais e conflitos entre eles.
Isto tornou emergencial o estudo sobre as relações sociais e a estrutura da
sociedade;
• Fatores intelectuais relacionados ao aumento do prestígio do pensamento
científico e o surgimento de novos olhares sobre o mundo.
Foi por meio do Curso de Filosofia Positiva de Augusto Comte (1798-1857), importante
filósofo formulador da doutrina Positivista, onde intensificou-se as discussões acerca da
necessidade de uma “ciência da sociedade” que se torna possível o entendimento sobre
como alguns padrões sociais são criados, mantidos ou alterados. A Filosofia Positiva foi
uma das formas com as quais a Sociologia iniciou seu processo de formação cientifica e
teórica. Comte é, a partir daí, considerado o pai da sociologia. (TURNER; BEEGHLEY;
POWERS; 2011, p.40).
Para Turner et al. (2011, p.40-45), Comte foi um dos primeiros a pensar sobre os métodos
pelos quais o pesquisador poderia compreender como os fatos se relacionam com nossa
“realidade social”. Ele defendeu 4 métodos, sendo eles:
• A observação: para o filósofo, devemos utilizar de nossos sentidos para captar
e observar os fatos sociais;
• A experimentação: Comte entendia que não era possível manipular
sociedades inteiras para se construir uma teoria sobre o que poderia ser
considerado patológico ou saudável para um povo, contudo, concluiu que,
assim como a biologia, podemos partir da análise de fenômenos “socialmente
doentios” (como a violência, por exemplo) para assim podermos estabelecer
um parâmetro de “normalidade”;
• A comparação: Novamente, assim como pensa a biologia, Comte admite que
a comparação entre culturas ou povos, considerando elementos que lhe são
presentes ou não, similares ou não, torna possível registrar as propriedades
fundamentais de determinados fatos sociais;
• A Análise Histórica: Este último é o que confirma todas as informações
colhidas para uma análise social, já que os fatos históricos e suas relações
com a realidade que a vivenciou torna possível compreender os caminhos
tomados (ou não) para se chegar a determinado objetivo.
1. SOCIALIZAÇÃO
Em Sociologia, podemos denominar como socialização o processo social pelo qual o
individuo se integra a determinado grupo, assimilando seus hábitos, costumes, crenças,
saberes e regras. Cotidianamente estamos realizando esta ação, principalmente quando
levamos em consideração o que chamamos como relação social que é o nome dado a este
processo de interação entre seres humanos pertencentes a uma sociedade. Como resultado
destas relações constituímos os contatos sociais que são categorizados como primários
ou secundários. Os contatos sociais primários são aqueles estabelecidos com pessoas que
nos são próximas e que temos algum tipo de vínculo constituído por valores e
experiencias compartilhadas (ex.: pais e filhos), já os contatos sociais secundários seriam
os que estabelecidos para se alcançar um fim e são baseados na formalidade (ex.: sua
relação com a atendente do telemarketing).
2. GRUPOS SOCIAIS
Os grupos sociais não se resumem a um agrupamento de pessoas, seu conceito vai para
além disso. Os grupos sociais são constituídos sim por pessoas, mas por aquelas que
visam um objetivo comum ou que se orientam por valores similares. Estar em grupo é
algo que desenvolvemos em prol da preservação de nossa existência, e é por meio dele
que também pensamos sobre nosso modo de agir, nossos costumes, nossos interesses e
nosso posicionamento social. Comumente podemos nos encontrar inseridos em alguns
grupos sociais, sendo os principais deles: a família, a igreja, a escola, a empresa, a
associação de moradores e tantos outros.
Dentro destes distintos grupos podemos ocupar papeis de destaque ou não, de mando ou
de subordinação, de prestígio ou de depreciação; isto dependerá de nosso status. É este
elemento que nos confere direitos e deveres que se diferenciam conforme o grupo que
ocupamos. Este status nos pode ser atribuído ou adquirido. Ele nos é atribuído quando
considerado algum fator externo ou interno que nos coloca em determinada posição
independente de nossa vontade, já o adquirido é quando somos reconhecidos por algum
atributo ou ação realizada que nos faz ser vistos como superiores, diferentes ou vitoriosos,
por exemplo.
3. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
Além de possuirmos o que nos aproxima e assemelha dos demais, também somos dotados
de elementos que nos atribui diferenças e desigualdades perante pessoas ou grupos
sociais. Isso define o termo estratificação social, que se faz em três tipos: A estratificação
econômica, a estratificação política e a estratificação profissional. No primeiro caso
somos qualificados perante os bens materiais que possuímos (o que nos torna pobres ou
ricos), já o segundo se baseia no deter poderes a mais ou a menos que os demais cidadãos,
o último é baseado no grau de valorização de damos a certos graus de escolaridade ou
mesmo profissões (o que torna determinadas pessoas mais “valorosas” do que outras).
4. CULTURA
Tudo que possuímos enquanto valor, costumes, interesses, crenças e tantos outros, é
constituído do que denominamos cultura. A cultura é o que caracteriza um povo, e aponta
como o passar do tempo e os encontros com outros povos contribuíram para a formação
dela própria. Como classificar a cultura como de dois tipos: a material e a imaterial. A
cultura material é aquela que mantém viva materialmente – de modo que podemos tocar
e senti-la - as características de um povo (esculturas ou roupas, por exemplo); já a cultura
imaterial é composta por elementos que se mantem vivo na consciência das pessoas, por
isso se torna necessário que a memória não os deixe cair no esquecimento (rezas e
cantigas, por exemplo).
5. INSTITUIÇÕES SOCIAIS
A sociedade é constituída de pessoas que, em determinados momentos, se agrupam e, em
outros, se isolam. Por meio das demais pessoas é que aprendemos sobre a importância de
nossos atos, compreendemos o que é o correto, como podemos alcançar certos objetivos
e a quem devemos respeito e obediência. Estes ensinamentos são realizados por meio de
algumas instituições sociais que se fazem presente em nossa vida do dia de nosso
nascimento até o último suspiro. Estas instituições são entendidas como um conjunto de
regras, modos de pensar, modos de agir, modelos a serem seguidos; e que são
representados por grupos de pessoas que assumem o papel de ensinar e manter tais valores
ou podem ser representados meramente por ideias, normas ou opiniões que nos são
impostas por meio de leis e normas. Como exemplos de instituições sociais, temos: a
família, a escola, a igreja, o Estado (político), a Justiça, dentre outros.
Os sociólogos clássicos
Além de Comte tivemos outros grandes colaboradores para as teorias sociológicas. Os
principais destes são conhecidos como “Os pensadores clássicos da Sociologia”, são eles:
Emile Durkheim (1858-1917), Max Weber (1864-1920) e Karl Marx (1818-1883).
Por meio desta afirmativa do autor, podemos deduzir outro de seus importantes
pensamentos, cujo qual define os seres humanos como individualidades que se constituem
e atuam em prol da consciência coletiva; sendo esta última, a mais importante delas. É
nesta coletividade em que acontecem os fatos sociais que são importantes aos estudos
sociológicos. Contudo, é importante lembrar que eles não se definem como tudo que
acontece a nossa volta, mas sim aqueles que possuem as três propriedades já citadas e que
torna possível tratar como “coisas”, passíveis de observação, o que convém ser estudado.
(NOVA, 1985, p.45-46).
2. MAX WEBER (1864-1920)
Enquanto Durkheim observa a sociedade se atentando ao todo como um corpo que possui
suas especificidades e determinações, que acabam por moldar as individualidades; Max
Weber já se atenta as ações sociais como sendo o principal motor para a organização das
relações sociais. Weber estudou direito nas universidades de Heidelberg e de Berlim, para
depois se tornar um pensador que se debruçou aos estudos em economia política e demais
ramos da sociologia. Segundo ele, a ação social se define como “uma ação cujo
significado subjetivamente atribuído pelo sujeito ou sujeitos tem como referência a
conduta dos outros, orientando-se por esta em seu desenvolvimento”. (NOVA, 1985,
p.46)
Logo, o que se diz é que podemos definir como ação social apenas aquelas práticas que
realizamos e que são orientadas pela vontade ou determinação de outros indivíduos.
Sendo assim, o ato de eleger tal político e não outro ou se casar aos 30 anos de idade,
poderiam ser exemplos de ações sociais que são praticadas levando em consideração o
que é tido como padrão ou normal por outras pessoas. Weber defende em suas teses que
o objeto de estudo da Sociologia não se finda nas questões relacionadas a ação social,
nem que sua perspectiva fosse capaz de compreender todas possíveis formas de
manifestação desta. Deste modo, temos em Max Weber um método sociológico
denominado compreensivo, pois o determinismo encontrados na Biologia de sua época,
por exemplo, não poderia ser capaz de compreender os variados valores subjetivos que
carregamos, e que são constituídos devido fatores relacionais, históricos e psicológicos.
Por meio da observação, Weber propôs que nos baseamos em quatro tipos de ação social,
sendo eles:
• A ação social tradicional, que é motivada por costumes e hábitos que visam
a continuidade de práticas e pensamentos pré estabelecidos por grupos ou
consciências individuais;
• A ação social afetiva, é a que se estabelece levando em consideração emoções
e sentimentos que permeiam o contato entre dois ou mais indivíduos;
• A ação social racional relacionada a valores, se estabelece pela consciência
que o individuo possui no fato de que determinado ato poderá resultar um
bem que lhe é almejado, devido sua crença de que assim será;
• A ação social racional relacionada a fins, é aquela que se estabelece entre
duas ou mais pessoas e que visa a obtenção de algo por meio dela.
Para além de estudos sociológicos, Weber também desenvolveu afirmativas no campo da
política. Um de seus importantes estudos se concentra na análise nos tipos de dominação,
cujas quais somos submetidos cotidianamente. Em sua obra “Economia e Sociedade”
(1921, p.139), Weber aborda a legitimidade destas dominações, visto que, para ele, quem
se submete ao controle de alguém possui, em menor grau que seja, um mínimo de vontade
ou interesse na prática da obediência. Deste modo, e considerando que a dominação pode
se efetivar por meios mais ou menos materiais, Weber propõe compreendermos que toda
dominação se afirma por meio da legitimidade, ou seja, ela ocorre porquê a aceitamos
como um modo de manter a sociedade “nos trilhos” ou porquê ela é a via mais efetiva de
se obter os meios que se fazem necessários para nossa sobrevivência. Sendo assim,
poderíamos afirmar que nosso país se legitima para o uso da dominação (que se expressa
por meio das leis, por exemplo) por meio da escolha que tivemos em nos manter em um
regime político democrático, onde nosso representante é escolhido de maneira direta (via
voto), recebendo o título de presidente e recebendo as contribuições de outras esferas (o
legislativo, judiciário e o executivo) que torna possível a defesa de que a polícia pode usar
da violência (e sendo ela a única que a pode utilizar) de modo legitimo, pois a ela é dada
a função de regular a vida em sociedade “a qualquer custo”.
Para Weber, a dominação pode ter um caráter racional (baseada no entendimento de que
a submissão que devemos a alguém é baseada em valores que se encontram constituídos
e aceito por todos, como no caso do advogado, por exemplo), tradicional (pois se baseia
no fato de que a submissão é estabelecida por acordos que sempre estiveram na sociedade
e que não buscamos “quebrar”, assim como é a que concedemos aos nossos pais, por
exemplo) e carismática (como a que ocorre devido veneração ou admiração que temos
por dada pessoa e as “ordens” por ela dadas, assim como a que um padre ou ídolo político
faz uso, por exemplo).
3. KARL MARX (1818-1883)
Mais do que compreender os fenômenos coletivos ou os padrões da ação individual, Karl
Marx se atentou as transformações do século em que viveu e como elas mudaram as
relações, sem perder suas motivações, apenas mudando o nome dos personagens e o modo
como manipulam o meio a favor de alguns. Com o processo de industrialização a todo
vapor e com a ascensão de uma classe – denominada burguesia - que buscava a igualdade
de direitos em relação ao Clero, Marx percebeu que se fazia necessário o trabalho de
compreender como a sociedade e seus indivíduos não são laçados por coincidências do
destino, mas por determinismos que se constroem ao longo da história por meio de
constantes lutas por poder e prestigio entre grupos distintos.
Karl Marx nasceu em Tréveris em 5 de maio de 1818 e faleceu em Londres em 14 de
março de 1883, foi filósofo, historiador, economista e importante sociólogo, sendo
utilizado em diversas discussões até os presentes dias. Marx propõem uma metodologia
baseada no materialismo histórico dialético, ou seja, toda ideia ou fato dado em uma
sociedade é dada por uma razão construída historicamente e que visa manter em destaque
os interesses de uma classe. Para um melhor entendimento, vamos compreender esta
vertente em “partes”. Por materialismo dialético devemos entender que, sob esta
perspectiva, seria compreendermos que a sociedade seria o resultado de processos onde
cada desejo de mudança ou movimento para a sua realização é estabelecido por meios
materiais. É como se afirmássemos que a elaboração de desenhos nas cavernas já fossem
um sinal de que nossos ancestrais estariam a estabelecer ou a buscar novas transformações
individuais e coletivas.
A dialética é uma estrutura contraditória do que temos como real, que se constitui por
meio de três fases: a tese, a antítese e a síntese. Por meio de um exemplo, seria o mesmo
que dizer que a madeira é um produto proveniente da natureza que se define como um
material básico na constituição de moveis na vida humana (isso seria a tese), contudo, seu
estado de ser madeira é anulado quando a queimamos para a produção de cinzas que são
utilizadas como fonte de cálcio para plantas (a antítese), plantas tais que servirão de
alimento para o homem e que podem produzir novas árvores que poderão ser preparadas
para o processo de produção de cinzar, quando estiverem adequadas para isso (chegamos
a síntese). (ARANHA e MARTINS, 2003, p.264).
Quando incluímos aos conceitos de materialismo dialético o fator histórico, chegamos a
uma perspectiva que Marx utilizou ao longo de todos os seus estudos. Materialismo
dialético é compreendermos o fato de que a história da sociedade, por exemplo, se deu
por meio da produção de bens materiais que tornam as relações sociais mais complexas e
diversas (como o que é dito após o surgimento da internet, que mudou profundamente o
modo como as relações são estabelecidas), ao mesmo tempo que a direção que por ela é
tomada se estabelece por ideias ou práticas de quem defende um determinado caminho
em contraposição ao que outros defendem (como se quem determina as mudanças
tecnológicas fossem pessoas ligadas a uma ideologia em que ela é fator primordial em
nossa sociedade, tendo seus argumentos defendidos e/ou fortalecidos por meio do debate
contra quem não concorda com os rumos que estamos a tomar frente as novas
tecnologias). Ao incluirmos o fator histórico ao termo, devemos compreender que todos
estes processos, explicitados anteriormente, se dão continuamente em um longo período
temporal e espacial que chamamos de história.
Sendo assim, para Marx, buscar saber sobre a sociedade do século XIX é se atentar para
um modelo de produção material capitalista, que possui características próprias e que
fazem com que, segundo ele, nossa história a partir deste período, seja movida pela
constate luta de classes. Esta luta se dá entre o burguês (detentor dos meios pelos quais
produzimos os bens) e o proletariado (aquele que não detém dos meios, mas sim da força
que se faz necessário para se produzir). Sendo assim, se o sistema capitalista se mantém
por meio da produção de mercadorias, o burguês deve se atentar ao fato de que as pessoas
os adquirem não por seu valor real de uso, mas sim pelo valor ao qual nos propomos a
trocá-lo com o consumidor final. Como resultado da obtenção do produto, o consumidor
adquire status ou valor social; o burguês gera o valor necessário para quitar seus débitos
com o proletariado e este recebe o salário (que é resultado de um acordo que não lhe
garante um valor referente ao quanto produziu, mas ao quanto ele precisa receber para se
manter no papel de quem precisa daquilo que lhe dá o sustento). Assim, o excedente que
é produzido pelo proletário, e que não lhe é pago por ser um mero “excedente” da
produção, volta para o burguês como lucro. O nome de mais valia foi dado a este
excedente que mantém os burgueses em seu espaço de destaque e os proletários em seu
patamar de submissão, segundo Marx.
Para que a sociedade possa se manter “sob controle”, sem rebeliões ou motins dos
proletariados contra burgueses, Marx afirmará que cria o conceito de alienação e
ideologia. Quando o homem produzia para si, aquilo que precisava para seu consumo e
sobrevivência, tínhamos a percepção de todo o processo e valor que era empregado ao
que produzíamos. Com industrialização ocorre, cada vez mais, a especialização do
trabalho e, com isso, adquirimos menos consciência do que produzimos (e do valor real
do trabalho que desempenhamos para as grandes indústrias). É por este novo modo de se
operacionalizar os meios de produção que emerge o conceito de alienação de Marx, que
se resume nessa capacidade de se tirar do indivíduo a consciência que lhe deveria ser dada
com relação ao todo que o determina ou que por ele é determinado. Para que tais processos
sejam mantidos, são criadas as ideologias que se resumem em propostas de um ideal de
mundo ou de vida que nos é mostrado (por meio das grandes propagandas, por exemplo)
e que visam amenizar tal condição por meio da “sensação” de que usufruímos o que
deveria ser nosso por direito (como quando temos acesso a um carro novo, mesmo
pagando inúmeras prestações e não tendo as condições de mantê-lo devido questões
financeiras das quais não fomos prestigiados a ter).
A Sociologia hoje
Segundo Nascimento (2016, p.216), a sociedade se encontra em uma conjuntura onde as
relações sociais, a cultura e as instituições se alteraram devido ao espaço de destaque que
novas tecnologias que estão assumindo em nossas vidas. Hoje assumimos identidades que
podem ser múltiplas, visto que é possível ter inúmeros perfis nas mais distintas redes
sociais; podemos tomar nota acerca do resultado de exame que realizamos por meio de
uma pesquisa rápida no sistema de consulta criado pela clínica onde realizamos o mesmo.
Tais novidades também fazem surgir novos olhares para a Sociologia neste momento, e
foi por meio de um artigo de 2009, que em sua tradução, recebeu o nome de “Sociologia
digital: tecnologias emergentes no campo e na sala de aula”, que um novo campo para
esta ciência foi citado: A Sociologia Digital.
Esta tendência ganha ainda mais poder, a partir de 2015, quando ocorre a publicação do
livro Sociologia Digital, da professora e pesquisadora Debora Lupton que, em sua obra,
aponta quatro campos aos quais os “novos” sociólogos devem se atentar, ao adentrarem
em pesquisas relacionadas a Era Digital. São eles: a) a prática profissional digitalizada;
b) análise de dados digitais; c) análises sociológicas de uso de mídias digitais e d)
sociologia digita crítica. Além disso, o aumento na disseminação de informações, que se
tornou possível por meio da internet, torna emergente a necessidade de atuarmos nos mais
diversos campos e de modo interdisciplinar; tornando importante a relação entre saberes
de diversas áreas e de diversas formações, para que cheguemos a alguns dados plausíveis.
REFERÊNCIA
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1985, 127p.