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Uma nova era de Bancos?


Na roda dos amigos, os dois principais perfis de investidores de bancos
são:
- “Os bancões nunca vão quebrar” – apaixonados por Itaú (ITUB3),
Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11).
- “O open banking veio para roubar o mercado dos bancões” –
entusiastas por fintechs, XP (XP US) e BTG Pactual (BPAC11).

O segundo perfil com certeza está animado por conta das últimas notícias…

Fonte: Valor.

Com esse valuation, Nubank valeria mais do que Itaú e Banco do Brasil
juntos, ou a soma de Bradesco e Santander.

Faz sentido para você?

BTG ou Bradesco?
Na série Nord Ações, usamos a estratégia de
Buffett, aprimorada para o cenário brasileiro,
para selecionar as ações da carteira. A estratégia consiste em buscar por:

• Negócio simples, em setor que não esteja em grandes mudanças e


de fácil entendimento.
• Negócio que tenha altos (e consistentes) retornos
sobre o patrimônio investido (Return on Equity
ou ROE), com pouca ou nenhuma alavancagem
(dívida).
• Negócio consistente e com comprovado poder de

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gerar lucros (e visibilidade de resultados).
• Preço interessante (barato = EV/Ebitda e Preço/Lucro reduzidos).

Dentro dessa estratégia, vemos que BTG (BPAC11) se encaixa perfeitamente


em nossa tese, e vamos compará-lo com Bradesco (BBDC4) para explicar
os porquês.

A briga de Bancos é o Ultimate Fighting Championship (UFC) da Faria Lima.

Que comecem os jogos!

Banco raiz e Banco gourmet


Apesar do excessivo “financês gourmetizado”, BTG é um banco de
investimentos. Simples.

Suas principais áreas de negócio envolvem assessoria financeira para


fusões e aquisições (M&A), IPOs e dívida (investment banking), operações
de crédito (corporate lending), mesa de operações de ações, commodities
e outros ativos (sales & trading), gestão de fundos e fortunas (Asset,
Wealth Management) e banco digital (consumer banking).

O Bradesco é mais tradicional e possui as mesmas linhas de negócio

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dos demais bancões: operações de crédito e operações de serviços e
seguros.

A pedra no sapato
BPAC vem atuando para reduzir a sua concentração de receita em Sales
& Trading (mesa de operações), já que a mesa tem ótimo crescimento
quando o mercado está aquecido e resultados ruins quando o mercado
não está bom.

E o BBDC, com a chegada de novos bancos e do PIX, sofre com as linhas de


negócio mais rentáveis (seguros e serviços) e luta contra a dependência
da economia em suas linhas de crédito.

Ambos os bancos têm seu calcanhar de Aquiles, mas apenas um deles


está conseguindo resolvê-lo.

Round 1: Histórico e visibilidade de


resultados
Em 2015, praticamente todo o crescimento de
BPAC era na mesa de operações, pelo mercado de
commodities mais aquecido (círculo verde). Com
o mercado desaquecido, os lucros caíram.

Histórico de lucro líquido BTG Pactual. Colunas opacas – expectativas dos resultados para 3T21 e 4T21.
Fonte: Bloomberg.

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Por isso, o foco da companhia vem sendo elevar a participação das áreas
mais resilientes e rentáveis (asset e wealth), com o banco digital dentro
dos resultados de Wealth. Vem dando certo, como vemos no círculo azul
no gráfico.

O mercado entendeu isso rapidamente e elevou as expectativas dos


resultados de BTG para o 2S21.

Em BBDC, vemos um cenário diferente. Os lucros do Banco estão nos


mesmos níveis desde 2012.

Histórico de lucro líquido Bradesco. Colunas opacas – expectativas dos resultados para 3T21 e 4T21.
Fonte: Bloomberg.

As expectativas do mercado ficam ao redor dos 5-6 bilhões, algo que a


companhia já entrega.

Para BBDC, não há perspectivas para crescimento de lucros. Sem


crescimento, sem visibilidade de resultados.

Round 2: Rentabilidade
No gráfico abaixo, vemos BPAC com um ROE de 17%
e Bradesco 16%.

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Histórico de rentabilidade BTG Pactual (azul) e Bradesco (branco).
Fonte: Bloomberg, elaborado por Nord Research.

O mercado já entendeu que quando se trata de empresas com ROE alto,


mas sem crescimento de lucros, não há valorização das ações.

O ROE de BBDC deve ficar próximo dos níveis de 2018 (14%), o que é alto,
contudo, com os lucros estáveis, o que é ruim.

Já BPAC, além de possuir uma rentabilidade maior que BBDC, tem um


crescimento médio de +40% de lucros nos últimos 5 anos.

Round 3: Alavancagem (dívida)


Na estrutura de Bancos, o endividamento é
avaliado pelo Índice de Basileia, que nos diz
basicamente qual é a proporção entre o capital
próprio do Banco e o capital de terceiros.

O BTG possui índice de 17,3%, o que quer dizer


que a cada R$ 100 do banco, R$ 17,30 vêm de
recursos próprios e os demais R$ 82,70 são de terceiros.

Para comparação, os grandes bancos como Itaú, Santander e Bradesco


possuem 14,9%, 14,7% e 16% respectivamente, o que demonstra um ótimo
conservadorismo de BPAC frente aos pares.

Em ambas as companhias, não é um fator preocupante.

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Round 4: Preço (múltiplos)
Bancos possuem grandes receitas financeiras
provenientes de seus negócios de crédito
(empréstimos) e são contabilizadas abaixo do
Ebitda, em “receitas financeiras”.

(Lembrando que Ebitda = Lajida = Lucro antes dos Juros, Impostos,


Depreciação e Amortização = Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation
and Amortization).

Por isso, para avaliar os múltiplos de Bancos, usamos P/L (preço/lucro).


BBDC negocia ao redor de 11x lucros e BPAC a 20x lucros. A grosso modo,
BBDC é bem mais barata que BPAC. Mas BBDC não cresce.

E, no longo prazo, as cotações acompanham o crescimento de lucros.

Faz mais sentido pagar 20x lucros por algo que cresce +40% ao ano ou 11x
lucros por algo que não cresce?

Histórico de cotações BTG Pactual (azul) e Bradesco (branco).


Fonte: Bloomberg, elaborado por Nord Research.

Contra resultados não há argumentos.

FINAL Final Round: Compre BPAC


Os investidores do Bradesco gostam da solidez
de um banco de 81 anos de história e do bom
pagamento de proventos. No entanto, sem

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perspectivas de crescimento, faz sentido que a ação fique parada.

Já no caso de BTG, o plano de crescimento para os próximos 5 anos segue


com agressivos e maravilhosos +40%.

Crescimento de resultados que é acompanhado pela valorização de suas


ações no longo prazo, como vimos no gráfico anterior.

Com o mercado de ações a preços historicamente baixos e empresas


com resultados crescendo, esta é a hora de aproveitar e comprar as boas
oportunidades.

A 20x lucros e com uma enorme avenida de crescimento (já executada e


seguindo), BPAC é uma das oportunidades da carteira do Nord Ações.

Se você gosta de análises desse tipo e quer entender das empresas


sem precisar decifrar aqueles relatórios chatos, eu te convido para ser
assinante da série Nord Ações.

O preço para inscrição é praticamente irrisório, atualmente em 12x de R$

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5,00 para um ano de acesso. Além disso, você tem 30 dias de teste sem
compromisso com 100% de reembolso caso não queira permanecer.

Deixo aqui o link para você liberar o acesso.

Danielle Lopes, CNPI

Em observância à Resolução CVM nº 20/2021, o Analista Danielle Lopes a declara:


1. Que é o responsável principal pelo conteúdo do presente Relatório de Análise;
2. Que as recomendações constantes no presente Relatório de Análise refletem única e exclusiva-
mente suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação
NOSSA CENTRAL DE AJUDA
à Nord Research;
Em observância à Resolução CVM nº 20/2021, a Nord Research esclarece:
1. Que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes es-
tratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor CONHEÇA A NOSSA PLATAFORMA
mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As
indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no con-
texto da estratégia que o norteia.

Nord Research, 2021. Todos os direitos reservados. Rua Joaquim Floriano, 100 - Itaim Bibi, São Paulo - SP, 04534-000

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