br 1
Exceção de Pré-Executividade: SIMPLES PETIÇÃO
Tem cabimento quando o processo de execução se revela desprovido de causa por ter vício que afeta o
título a tal ponto, que impede o seguimento válido do processo, que, de plano, se mostra inviável, desobrigando o
executado a garantir a execução.
É meio Processual que o Poder Judicial pode conhecer de ofício, em qualquer tempo ou grau de jurisdi-
ção, não sujeito à preclusão, mesmo após a rejeição de embargos, se, nesta última hipótese, a ação de execução
ainda estiver em curso.
Previsão legal:
Art. 5º - CF
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asse-
gurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
393 – STJ –
A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de
ofício que não demandem dilação probatória.
5) Parcelamento
www.cers.com.br 2
QUESTÃO ATRELADA AO REEXAME DE MATÉRIA DE FATO. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ.
1. "A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias
conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória" (Súmula 393/STJ).
2. O reexame de matéria de prova é inviável em sede de recurso especial (Súmula 7/STJ).
3. Agravo interno não provido.
(AgInt nos EDcl no AREsp 917.802/SE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 25/10/2016, DJe 08/11/2016)
www.cers.com.br 3
tributários. No entanto, deixou de condenar a Fazenda Pública em honorários advocatícios, nos
termos do art. 22 do CPC, afirmando que os recorrentes poderiam ter suscitado a prescrição dos
créditos tributários em oportunidade anterior, e, diante de sua inércia, ocasionaram o indevido di-
latamento no julgamento da lide.
III. Tal entendimento encontra-se em desarmonia com a orientação do STJ, no sentido de que "é
necessária a demonstração inequívoca da má-fé do executado, em protrair com inspiração malici-
osa a duração do feito, haja vista que se cuida de verba de natureza alimentar" (STJ, REsp
1.165.780/PB, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, DJe de 23/04/2010). No mesmo
sentido: STJ, REsp 242.151/MG, Rel.
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe de 15/09/2008; REsp 330.346/SP, Rel. Mi-
nistro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, DJU de 20/05/2002; REsp 277.929/SC, Rel. Mi-
nistro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, DJU de 30/04/2001.
IV. Agravo Regimental improvido.
(AgRg no AREsp 322.478/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 15/03/2016, DJe 17/03/2016)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
1. Dos fatos
www.cers.com.br 4
probatória.
3. Do direito
3º parágrafo – conclusão.
4. Dos pedidos
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local e data.
Advogado
Decisões do STJ
www.cers.com.br 5
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO PARA O SÓCIO-GERENTE.
SÓCIO QUE NÃO INTEGRAVA A GERÊNCIA DA SOCIEDADE À ÉPOCA DO FATO GERADOR. DISSOLUÇÃO
IRREGULAR DA EMPRESA.
POSSIBILIDADE.
I - A jurisprudência da Segunda Turma do STJ entendia que, para que fosse possível o redirecionamento seria
necessário demonstrar que o sócio era detentor da gerencia tanto na época da dissolução irregular da sociedade,
como na época da ocorrência do fato gerador da obrigação.
II - Entretanto, a Segunda Turma/STJ, no julgamento do REsp 1.520.257/SP, de relatoria do Ministro Og Fernan-
des, alterou o seu entendimento e passou a exigir, tão somente, a permanência do sócio na administração da
sociedade no momento de sua dissolução irregular, tornando-se irrelevante a data da ocorrência do fato gerador
da obrigação tributária.
III - O simples exercício da gerência, naturalmente, não implica responsabilidade para aquele dela encarregado. A
sua responsabilidade somente é irradiada em caso de prática do ato ilícito. No caso da dissolução irregular, esse
é o ato infracional, que é desvinculado da obrigação tributária. O que desencadeia a responsabilidade tributária é
a infração de lei evidenciada na existência ou presunção de ocorrência da dissolução irregular nos termos do
enunciado n. 435 da Súmula do STJ. É justamente essa desvinculação que torna irrelevante perquirir quem exer-
cia a gerência da empresa na data de ocorrência do fato gerador.
IV - Assim, o atual entendimento da Segunda Turma para autorizar o redirecionamento da execução fiscal em face
do sócio é de que basta a verificação do responsável pela gerência da empresa ao tempo em que ocorreu a disso-
lução irregular, ou seja, ainda que a gerência seja posterior à data de ocorrência do fato gerador.
V - Agravo interno improvido.
(AgInt no AREsp 948.795/AM, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/08/2017,
DJe 21/08/2017)
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. PROPOSTA DE AFETAÇÃO DE RECURSO ESPECIAL. RITO DOS RE-
CURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS. ARTS. 1.036, CAPUT E § 1º, 1.037 E 1.038 DO CPC/2015 C/C ART. 256-I
DO RISTJ, NA REDAÇÃO DA EMENDA REGIMENTAL 24, DE 28/09/2016. I. Delimitação da controvérsia, para
fins de afetação da matéria ao rito dos recursos repetitivos, nos termos do art. 1.036, caput e § 1º, do CPC/2015:
"À luz do art. 135, III, do CTN, o pedido de redirecionamento da Execução Fiscal, quando fundado na hipótese de
dissolução irregular da sociedade empresária executada ou de presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ),
pode ser autorizado contra: (i) o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em que configurada a
sua dissolução irregular ou a presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), e que, concomitantemente, tenha
exercido poderes de gerência, na data em que ocorrido o fato gerador da obrigação tributária não adimplida; ou (ii)
o sócio com poderes de administração da sociedade, na data em que configurada a sua dissolução irregular ou a
presunção de sua ocorrência (Súmula 435/STJ), ainda que não tenha exercido poderes de gerência, na data em
que ocorrido o fato gerador do tributo não adimplido".
II. Recurso Especial afetado ao rito do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ, na redação da
Ementa Regimental 24, de 28/09/2016).
(ProAfR no REsp 1645281/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
09/08/2017, DJe 24/08/2017)
www.cers.com.br 6
www.cers.com.br 7