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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 1
OBJCTIVOS ................................................................................................................................................. 2
Objectivo Geral ......................................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos .............................................................................................................................. 2
METODOLOGIA ......................................................................................................................................... 2
NOÇÃO DA NORMA JURÍDICA............................................................................................................... 3
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS ....................................................................................... 3
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS ........................................................... 4
a) Quanto ao sistema a que pertencem .................................................................................................. 4
b) Quanto a Fonte .................................................................................................................................. 5
c) Normas Jurídicas quanto aos Diversos Âmbitos de Validade........................................................... 6
d) Quanto à Hierarquia .......................................................................................................................... 6
e) Quanto à Sanção ............................................................................................................................... 7
f) Quanto à Qualidade........................................................................................................................... 8
g) Quanto às Relações de Complementação ......................................................................................... 8
h) Quanto à Vontade das Partes ............................................................................................................ 8
i) Quanto à Flexibilidade ou Arbítrio do Juiz ....................................................................................... 9
j) Quanto ao Modo da Presença no Ordenamento ................................................................................ 9
k) Quanto à Inteligibilidade ................................................................................................................... 9
l) Quanto à conduta ............................................................................................................................ 10
m) Normas interpretativas e inovadoras ........................................................................................... 11
n) Normas Jurídicas autónomas e não autónomas ............................................................................... 11
o) Normas injuntivas e dispositivas..................................................................................................... 12
p) Quanto ao campo de aplicação........................................................................................................ 12
q) Normas comuns e particulares ........................................................................................................ 13
r) Normas perceptivas e proibitivas .................................................................................................... 14
t) Quanto aos critérios de interesse protegido pela norma .................................................................. 14
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 16
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 17
Classificação das Normas Jurídicas

INTRODUÇÃO

Primeiramente fez-se necessário analisar ainda que brevemente a palavra "Direito". O


significado recai fundamentalmente naquilo que é recto (directium), não contorcido. No mundo
actual, o Direito como ciência, torna-se cada vez mais amplo e traz no seu bolo uma quantidade
enorme de temas que se revelam, aos estudiosos do Direito, cada vez mais provocativos. Se
observarmos com atenção as ideias embasam a Doutrina Jurídica.

Neste presente trabalho da cadeira de introdução ao Estudo do Direito abordaremos sobre a


classificação das Normas Jurídicas.

O Direito não é somente um conjunto de normas gerais, abstractas, obrigatórias e coercitiva


(normas Jurídicas) que regula, ordenam e disciplinam os aspectos mais relevantes da vida
societária, mes e também o ramo da ciência que tem por objectivo o estudo dessas normas. A
ciência Jurídica tem por objectivo dicernir de entre as normas que regem a conduta humana ao
que são especificamente Jurídicas.

Como referimos a ordem jurídicas se expressa através da norma Jurídica, que são regras de
conduta social gerais, asbstractas e imperativas, adoptadas e impostas de forma coercitiva pelo
Estado através de normas são classificadas perante vários critérios que sáo apresentados no
trabalho.

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OBJCTIVOS

Objectivo Geral:
 Saber classificar as Normas Jurídicas segundo vários Critérios.

Objectivos Específicos:
 Saber caracterizar as diverentes normas jurídicas tendo em conta os critérios a que
respeita;
 Saber identificar os diferentes tipos de normas jurídicas de qualquer exemplo dado;
 Saber aplicar os possíveis conhecimentos adquiridos por qualquer leitor na resolução de
possíveis problemas do nosso quotidiano.

METODOLOGIA

O presente trabalho teve como fonte para a sua realização com recursos das obras de vários
autores onsultando bibliográfia física e digital.

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NOÇÃO DA NORMA JURÍDICA

O estudo da norma jurídica é de fundamental importância, porque se refere a elemento


essencial do Direito objectivo.
A norma é deste modo um conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico, e é
responsável por regular a conduta dos indivíduos.

CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS

As regras jurídicas são multidão. Nos vários ramos do Direito proceder-se-á ao seu estudo
atendendo ao conteúdo. Mas, justamente, o grande número das regras jurídicas aconselha a que
procedamos à análise sectorial, a que se procederá mais tarde, de grandes divisões segundo
várias critérios, de Direito. Esse trabalho de classificação tem duas vantagens fundamentais:
1. Permite arrumar melhor o objecto de análise, pois o grande número de regras torna
imprescindível operar divisões;
2. Permite progredir no conhecimento das regras, através da caracterização das várias
modalidades que forem delineando.
Esta última é a maior vantagem, e é graças a ela que a tarefa de classificação não se reduz a
mera operação formal. Será, aliás, a preocupação de retirar alguma coisa de cada termo em
análise que imporá a limitação das classificações que iremos utilizar.
Em abstracto o número de classificações é infindável; em concreto, devemos limitar-nos
àquelas que nos revelem termos que ofereçam a susceptibilidade de um aprofundamento
adicional da regra jurídica. As classificações podem fixar características absolutas das regras, em
si tomadas ou podem ser meramente relativas: fixam aspectos das regras nas relações com
outras. Assim, quando se diz que uma regra é subsidiária, é um aspecto de relação que está em
causa.
Classificar implica uma arte que deve ser desenvolvida com espírito prático, pois a sua
validade se revela à medida que traduz uma utilidade teórica ou prática, ou por outra, classificar
as normas jurídicas é organizar as diversas normas jurídicas de certa ordem jurídicas em família
ou subconjunto de acordo com as suas afinidades.

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CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS

Segundo Vários autores classificam as normas jurídicas de uma forma clara e objectiva
fornecendo assim ao jurista um conjunto terminológico e conceitual útil ao discurso jurídico.

Os critérios de sua classificação são os seguintes:


a) Quanto ao sistema a que pertencem;
b) Quanto à fonte;
c) Quanto aos diversos âmbitos de validade;
d) Quanto à hierarquia;
e) Quanto à sanção;
f) Quanto à qualidade;
g) Quanto às relações de complementação;
h) Quanto às relações com a vontade das Partes.
i) Quanto à Flexibilidade ou Arbítrio do Juiz
j) Quanto à Inteligibilidade
k) Quanto aos critérios de interesse protegido pela norma
l) Quanto à conduta
m) Normas interpretativas e inovadoras
n) Normas Jurídicas autónomas e não autónomas
o) Normas injuntivas e dispositivas
p) Normas comuns e particulares
q) Normas perceptivas e proibitivas
r) Quanto ao critério da Natureza do contéudo
s) Quanto aos critérios de interesse protegido pela norma
t) Quanto ao Sistema a que Pertencem

a) Quanto ao sistema a que pertencem

Segundo NADER, Paulo (2014) o presente critério, as normas jurídicas podem ser: Nacionais
ou internas, Estrategeiras e Direito uniforme ou universal.

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Normas Jurídicas Nacionais ou internas: são todas normas que fazem parte do
ordenamento jurídico de um País e vigora dentro das fronteiras nacionais.

Normas jurídicas Nacionais ou internas podem ser: constitucionais, penais, administrativas,


processuais, económicas, financeira, agrárias e todo o Direito posetivo Nacional dependendo de
cada estrutura do Estado se é uma federação ou Estado Unitário essas normas podem ser
Nacionais se tem eficácia Nacional, regional se transcende a uma região.

Normas Jurídicas Estrangeiras: Quando, em uma relação jurídica existente em um Estado,


for aplicável a norma jurídica própria de outro Estado, ou seja, quando uma norma de um País
for aplicada no outro País.

Normas Juridicas de Direito Uniforme ou Universal: são todas aquelas que têm a sua
eficácia no território de dois ou mais Estados.
São normas que no principio tem ambito espacial de validade que ultrapassa as fronteiras de
cada Estado. Podem ser de dois tipos:

Normas jurídicas de dimensão Universal as que provem das ONU, UA, Organizações dos
Estados Américanos e Organizações dos Estados Asiáticos.

Normas Jurídicas Bilaterais aquelas que resultam de acordo entre dois Estados, mas se
vincula três ou mais Estados, são normas Jurídicas Internacionais ou Multilaterais.

b) Quanto a Fonte

Segundo NADER, Paulo (2014) as Normas Jurídicas que derivam da lei, a sua Fonte são os
orgãos produtoras da lei. E elas podem ser: legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais.

Normas Jurídicas Legislativas: são aquelas que são escritas, corporificadas nas leis,
medidas provisórias, decretos e outras que resultam da doutrina quando esta doutrina tiver sido
reconhecida pelos orgãos produtoras da lei.

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Normas Jurídicas consuetudinárias: são as normas não escritas, elaboradas


espontaneamente pela sociedade. Para que uma prática social se caracteriza costumes, necessita
ser reiterada, constante e uniforme, além de achar-se enraizada na consciência popular como
regra obrigatória.

Normas Juridicas Jurisprudencias: é o conjunto das leis criadas pelos tribunais há


qualquer nível que seja.
Normas Juridicas Convencionadas: são aquelas que nascem a partir de acordos ou
tratados.

c) Normas Jurídicas quanto aos Diversos Âmbitos de Validade

Segundo NADER, Paulo (2014) neste critério as normas juridicas podem ser:
 Âmbito espacial de validade: podemos encontrar gerais e locais.
Gerais são as que se aplicam em todo o território nacional.
Locais, as que se destinam apenas à parte do território do Estado.

 Âmbito temporal de validade: podemos encontrar normas de vigência por prazo


indeterminado e de vigência por prazo determinado.
Vigência por prazo indeterminado: quando o tempo de vigência da norma jurídica não é
prefixado.
Vigência por prazo determinado: ocorre, com menos frequência, o surgimento de regras que
vêm com o seu tempo de duração previamente fixado.
Âmbito pessoal de validade: podem ser genéricas e individualizadas.
Generalidade é uma característica das normas jurídicas e significa que os preceitos se
dirigem a todos que se acham na mesma situação jurídica

d) Quanto à Hierarquia

De acordo com NADER, Paulo (2014) Sob este aspecto as normas jurídicas, dividem-se em:
constitucionais, complementares, ordinárias, regulamentares e individualizadas.

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As normas guardam entre si uma hierarquia, uma ordem de subordinação entre as diversas
categorias.

Constitucionais: que condicionam a validade de todas as outras normas e têm o poder de


revogá-las. Assim, qualquer norma jurídica de categoria diversa, anterior ou posterior à
constitucional, não terá validade caso contrarie as disposições desta.

Complementares: normas que se localizam em leis complementares à Constituição e se


situam, hierarquicamente, entre as constitucionais e as ordinárias.

Ordinárias: que se localizam nas leis, medidas provisórias, entre outras.


Regulamentares: sao aquelas contidas nos decretos.
Individualizadas: denominação e espécie sugeridas por Merkel para a grande variedade
dos.
Negócios jurídicos: testamentos, sentenças judiciais, contratos, entre outros.

e) Quanto à Sanção

De acordo com NADER, Paulo (2014) as normas jurídicas segundo este critério dividem-se:
em leges perfectae (lei perfeita), leges plus quam perfectae (leis mais que perfeita), leges minus
quam perfectae (lei menos perfeita), leges imperfectae (lei imperfeita).

Perfeita do ponto de vista da sanção, quando prevê a nulidade do acto, na hipótese de sua
violação.
Mais do que perfeita se, além de nulidade, estipular pena para os casos de violação.
Menos do que perfeita é a norma que determina apenas penalidade, quando descumprida.

Imperfeita sob o aspecto da sanção, quando não considera nulo ou anulável o acto que a
contraria, nem comina castigo aos infratores.

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f) Quanto à Qualidade

Sob o aspecto da qualidade, segundo NADER, Paulo (2014) as normas podem ser positivas
(ou permissivas) e negativas (ou proibitivas).

Positivas são as normas que permitem a ação ou omissão.


Negativas, as que proíbem a ação ou omissão. (Segundo García Máynez).

g) Quanto às Relações de Complementação

NADER, Paulo (2014) classifica as normas jurídicas, quanto às relações de


complementação, em primárias e secundárias.
Primárias são aquelas normas jurídicas que tem um valor imediato, elas não são aplicadas
nem respeitas e cujo sentido é complementado por outras.
Secundárias são normas jurídicas que tem um valor eventual e complementam as normas
primárias.

h) Quanto à Vontade das Partes

Quanto a este aspecto, NADER, Paulo (2014) classifica as normas jurídicas em taxativas
(covegentes) e dispositivas.

Taxativas ou cogentes, por resguardarem os interesses fundamentais da sociedade, obrigam


inde pendentemente da vontade das partes.

Dispositivas, que dizem respeito apenas aos interesses dos particulares admite a não
adoção de seus preceitos, desde que por vontade expressa das partes interessadas.

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i) Quanto à Flexibilidade ou Arbítrio do Juiz

Neste critério NADER, Paulo (2014) afirma que as normas jurídicas podem ser Rígidas ou
Cerradas e Elásticas ou Abertas.

Abertas ou Elásticas: expressam conceitos vagos, amplos, como boa-fé objectiva, justa
causa, quando caberá ao juiz decidir com equidade os casos concretos. Confere-se ao julgador
certa margem de liberdade na definição da norma a ser aplicada.

Fechado ou cerrado: não deixam margem à discricionariedade do juiz. Ainda convencido


de que o jovem de dezessete anos possui discernimento e experiência, não pode considerá-lo
imputável criminalmente, pois a norma que estabelece a responsabilidade criminal aos dezoito
anos é de tipo fechado.
Se tais normas, de um lado, favorecem a efetividade do valor segurança jurídicas, de outro,
podem comprometer a justiça, pois nem sempre há plena adequação da fórmula do legislador à
exigência do caso concreto.

j) Quanto ao Modo da Presença no Ordenamento

Segundo NADER. Paulo (2014) neste critério as normas podem ser: Normas Implícitas e
Explícitas.
Implícitas aquelas que complementam fórmulas adoptadas directamente pelo legislador.
Explícitas são aquelas que objectivamente definem a conduta, procedimento ou modelo de
organização.

k) Quanto à Inteligibilidade

NADER, Paulo (2014) segundo este aspecto diz que às normas jurídicas quanto à
inteligibilidade, ou seja, quanto ao processo de compreensão. O acesso ao conhecimento das

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normas em geral varia do simples ao complexo, daí distinguirmos três modalidades: normas de
percepção imediata, normas de percepção reflexiva ou mediata e normas de percepção complexa.

Normas de percepção imediata: são diretamente assimiladas pelo espírito cognoscente. O


intérprete capta diretamente o sentido e o alcance da norma sem esforço intelectual. O método
utilizado é o intuitivo. Se a norma é de percepção imediata não se justifica a busca da
interpretação pelo aproveitamento de recursos metodológicos ou do Direito Comparado.

Normas de percepção reflexiva ou mediata: o intérprete utiliza-se basicamente dos métodos


dedutivo e indutivo.

Normas de percepção complexa, ao alcance apenas da classe dos juristas, daqueles que
possuem o conhecimento do sistema e se acham afinados com a teleologia dos institutos
jurídicos, o intérprete impõe toda a sua acuidade intelectual a fim de apurar o sentido e o alcance
dos mandamentos.

l) Quanto à conduta
Segundo este critério, as normas Jurídicas podem ser: Normas Perceptivas, proibitivas e
permissivas. (Manual do Instituto Superior Monitor Faculdade de Direito)
Normas perceptivas são as que impõem uma conduta.
Por exemplo, as normas que impõem a comparência em juízo ou a entrega de certos produtos
em armazéns gerais, são perceptivas.
Normas proibitivas são as que vedam condutas. Quase todas as normas penais são
proibitivas.
Normas permissivas são as que permitem certa conduta. Assim, a norma que atribui ao
proprietário faculdades de uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem é uma regra
permissiva; como permissiva é a regra que autoriza a feitura de testamento.

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m) Normas interpretativas e inovadoras

De acordo com o manual do Instituto Superior Monitor Faculdade de Direito as normas


jurídicas quanto a esse critério podem ser:

Norma interpretativa é a que se limita a fixar o sentido juridicamente relevante de uma


declaração preceptiva já produzida ou futura. Normas interpretativas pode ainda destinar-se a
fixar o sentido de: Fontes de Direito e Negócios jurídicos.
A primeira categoria está ligada à noção de interpretação autêntica, porque interpretação
autêntica é a que é realizada por lei interpretativa.
Norma inovadora é a que altera de algum modo à ordem jurídica preexistente; inova como
resulta da própria expressão. Como se depreende facilmente, as regras inovadoras constituem a
esmagadora maioria das normas jurídicas.
Ex: Se passou a exigir-se a comunicação de um facto ao registo civil, a regra é inovadora.

n) Normas Jurídicas autónomas e não autónomas

De acordo com o manual do Instituto Superior Monitor Faculdade de Direito é costume


distinguir as normas jurídicas em autónomas e não autónomas.

A norma autónoma é a que tem por si, um sentido completo e não autónoma é a que só
obtém em combinação com as outras regras: Mas, as normas não autónomas não se confundem:
As formulações fragmentárias de normas jurídicas
Com proposições jurídicas não normativas
No que tange à primeira categoria, temos uma consequência da distinção entre norma e
fonte, isto é um texto legal não basta frequentemente para conter uma norma: muitas vezes é
necessário conjugar vários textos para se puder formular uma norma, com a respectiva previsão e
estatuição.

No concernente a segunda categoria, mesmo abandonado o nível das fontes, encontramos


proposições jurídicas que não são normativas, por se não poderem reconduzir a normas jurídicas.

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Não há, pois, sequer regras autónomas porque não são sequer regras e estão nessas condições
porque não têm estrutura normativa.
Regras não autónomas As normas não autónomas terão de ser por natureza proposições
normativas, com as características gerais de toda a norma jurídica; mas o seu sentido completo só
se obtém por comparação com outras normas jurídicas.

o) Normas injuntivas e dispositivas

Segundo TELLES, Inocêncio Galvão (2010) as normas juridicas podem ser: Injuntivas e
dispositivas.
Normas injuntivas são as que se aplicam haja ou não declaração de vontade dos sujeitos
nesse sentido. Ou seja, são normas de cumprimento obrigatório são aquelas dos quais a vontade
do destinatário e irrelevante para a sua observância e é de carácter obrigatório.
Exemplos de normas injuntivas encontram-se facilmente nas que regulam o trânsito, a
previdência social, o estado de sítio... Se bem que haja excepções, estes domínios são em geral
muito pouco sensíveis às manifestações de vontade das partes quanto à sua aplicação. Quem
circula de automóvel tem mesmo de ostentar as luzes regulamentares e ninguém lhe pergunta se
deu o seu consentimento aplicação daquela regra.
Regras dispositivas são as que só se aplicam se as partes suscitam ou não afastam a sua
aplicação. Têm, portanto entre os seus pressupostos uma posição da vontade das partes quanto a
essa aplicação. As partes têm, pois a possibilidade de fixar regime diverso.
Essas normas cujo cumprimento esta depende ao seu destinatário, são normas que podem
ser afastadas pela vontade das partes.

p) Quanto ao campo de aplicação


 Normas gerais;
 Especiais e;
 Excepcionais.
De acordo com TELLES, Inocêncio Galvão (2010) é frequente esta classificação tripartida
das normas. É obtida por contraposição das últimas categorias à regra chamada geral.

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Comecemos por observar que a especialidade é uma qualificação relativa. A regra A pode ser
especial em relação à regra B, mas ser geral em relação à regra C; basta que esta realize uma
especificação ulterior tendo em conta novas circunstâncias.
Normas excepcionais: são aquelas que se implicam a certos e determinados casos previstos
na lei. As normas excepcionais fixam um regime contrário ao regime e complementa as normas
gerais, mas o regime das normas excepcionais contraria ao regime geral.
As normas excepcionais, dados os problemas complexos que trazem, foram examinadas a
propósito da integração das lacunas.
As normas excepcionais não podem ser aplicadas por analogia e não podem ser aplicadas a
situações não previstas na lei.

Regras especiais
Uma norma é especial em relação à outra quando, sem contrariar substancialmente o princípio
naquele contido, a adapta a um domínio particular.

q) Normas comuns e particulares

Segundo TELLES, Inocêncio Galvão (2010) as normas jurídicas podem ser: Comuns e
Particulares.

Particulares tem um ambito restrito aplicam-se aos subgrupos de relações e complementar


as normas gerais, e se aplicam apenas a certas categorias de pessoas;
Por efeito das normas particulares cria-se o que se chama um estatuto pessoal. É próprio das
pessoas naquela situação um regime jurídico, que as acompanha. É então necessário estabelecer
outras regras em que se determine como se processarão as relações com pessoas de estatuto
diverso.
Comuns são aquelas normas que têm o âmbito lato, aquelas, que se implicam aos aspectos
comuns das relações especie duma mesma família, quando se aplicam à generalidade das
pessoas.

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r) Normas perceptivas e proibitivas

Segundo TELLES, Inocêncio Galvão (2010) as Normas perceptivas: fixa imposições, ou


seja, obrigações posetivas, são normas que impõe acções e manda praticar.

E Normas Proibitivas: são aquelas que impõem proibições e omissões. Não fazer algo imõe
obrigações negativas.

s) Quanto ao critério da Natureza do contéudo

Segundo ROCHA, Isabel () as normas juridicas quanto ao contéudo podem ser:


Normas jurídicas éticas;
Normas jurídicas técnicas.

Normas Jurídicas éticas: são aquelas que contem previsão e estatuição, são normas
Jurídicas em sentido restrito e a sua violação implica sanções.

Normas Jurídicas Técnicas: são normas Jurídicas em sentido amplo, são normas que
contem previsão e não contem estatuição, apenas fixam procedimentos, normas de agir em
ordem a alcançarem-se determinados objectivos. Fixam condutas necessárias e não obrigatórias.

t) Quanto aos critérios de interesse protegido pela norma

De acordo com ROCHA, Ana Isabel, segundo este critério as normas jurídicas podem ser:
Normas Jurídicas do Direito Público: são todas aquelas normas que protege de forma nitída
o interesse geral comum, interesse que diz respeito a manutenção e desenvolvimento da
sociedade.
Ex: normas do direito público penal, administrativo, financeiro, entre outros.

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Normas Jurídicas do Direito privado: são todas aquelas que protegem de ofrma nitída
interesses particulaes, interesses individuais.

Normas Jurídicas Mistas: são aquelas normas cuja estrutura permite integrá-las no campo
das normas Públicas e no grupo privado, são normas duvidosas não tem uma única definição
tanto pode ser para um como para outra.

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CONCLUSÃO

Depois da elaboração deste trabalho, da para concluir que as normas jurídicas não são
apenas um conjunto de normas que regulam numa sociedade, mas também ela se abrange muito
em sua classificação monstrando ao leitor ou interessados nesta área de forma clara e precisa
usando vários critérios.
A norma jurídica pode ser classificada de várias formas dependendo de cada autor, e ela
pode ser Nacional, Estrangeira e Universal segundo o critério a que pertecem. Também pode ser
Pública, Privada e Mista de acordo com o critério de interesse protegido pela norma.
Pode usar-se outros critérios que se achar fundamental para sua classificação, assim como
algumas delas usadas no trabalho.

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REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

 NADER, Paulo. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO– 36.a ed. – Rio de Janeiro:


Forense, 2014.
 ROCHA, Isabel e outros – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Edição revista e
actualzada-Porto: Porto editora. 2004.
 Instituto Superior Monitor Faculdade de Direito: INTRODUÇÃO AO DIREITO I: A
ordem jurídica como fenómeno social. 1ª Edição: 2010.
 TELLES, Inocêncio Galvão. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. 10ª edição,
Volume II. 2010. Coimbra: Editrora Coimbra.

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