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E-BOOK DE APRESENTAÇÃO

O livro “Políticas Públicas e os ODS da Agenda 2030”, coordenado por Ana Cristina
Moraes Warpechowski, Heloísa Helena Antonacio Godinho e Sabrina Nunes Iocken e que está
em estágio de pré-venda pela Editora Fórum, possui um conteúdo inédito e instigante, já que,
durante as vinte e quatro horas do dia, lidamos com diversos desafios que estão expostos nos 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 nos seus três pilares:
ambiental, social e de governança.
Embora todos os ODS já se encontrem no texto da Constituição de 1988 como
fundamentos, garantias ou direitos a serem buscados pela República Federativa do Brasil, ainda
convivemos com milhares de pessoas sem um teto decente, sem um prato de comida nutritiva,
sem água, sem energia, sem escola, sem trabalho, além de outros inúmeros “sem” que poderiam
ser contabilizados e que são mantidos na linha da invisibilidade, evidenciando fragilidades nas
políticas públicas construídas e executadas pelos entes nacionais e subnacionais.
Assim, em torno dos 28 capítulos multidisciplinares que compõem essa obra, estão
reunidos 49 profissionais, vindos das cinco regiões brasileiras e de outros países, como República
Democrática do Congo, Espanha e Suíça, com os propósitos de explorar aspectos relevantes dos
17 ODS e revelar suas experiências, práticas e teorias holísticas e intersetoriais, que podem servir
de bússola para corrigir a trajetória atual de colisão com tudo aquilo que ameaça a vida e a
existência global.
Esse formato está sintonizado com as publicações internacionais mais recentes que buscam
integrar expertises de diversas áreas do conhecimento humano e de atuação para extrair o que tem
de melhor na interdisciplinaridade e na troca de saberes, promovendo a interação entre a academia
e os setores público e privado, mostrando, com bons exemplos, que é possível construir um futuro
melhor com envolvimento colaborativo e ações práticas, como o capítulo especial escrito pelo Dr.
Denis Mukwege, laureado com o Prêmio Nobel da Paz no ano de 2018.
Ainda, a publicação conta com o prefácio da Senadora da República Mara Gabrilli e o
posfácio da empresária Luíza Helena Trajano, mulheres que trabalham diretamente com políticas
públicas e ocupam posições de liderança no Brasil. Com isso, o livro é um referencial para
gestores públicos, entidades da sociedade organizada, gestores privados, estudantes, mas,
especialmente, para o próprio cidadão, destinatário final e que se beneficiará com a
implementação da Agenda 2030.
Como uma pequena revelação do conteúdo que consta nesse livro, algumas das autoras
prepararam resumos dos seus capítulos, que foram compilados pelas coordenadoras nesse e-book
de conteúdo meramente ilustrativo e que não representa o formato final de diagramação do
conteúdo que está sendo produzido pela Editora Fórum, cujo ISBN é nº 978-65-5518-225-5.
ESTRUTURA

Prefácio:
Mara Gabrilli – Senadora da República

Capítulo Especial:
LE VIOL COMME ARME DE GUERRE EN RÉPUBLIQUE DÉMOCRATIQUE DU
CONGO ET LE MODÈLE D’ASSISTANCE HOLISTIQUE DE PANZI
Denis Mukwege

O ESTUPRO COMO ARMA DE GUERRA NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO


CONGO E O MODELO DE ASSISTÊNCIA HOLÍSTICA DE PANZI
Tradução para o português de Verônica Rodrigues Times e Mônica Cristina Corrêa

Capítulo 1 – ODS 1
Panoramas da pobreza no Brasil: do eterno retorno aos desafios à realização substantiva do
ODS 1 (erradicação da pobreza)
Carla Appollinario de Castro

Capítulo 2 – ODS 2
Políticas públicas de incentivo à agricultura sustentável: da inclusão das mulheres rurais à
experiência de produção de alimentos no município de Três de Maio, Rio Grande do Sul
Márcia Helonice Herbertz; Marlise Maria Fernandes; Rita de Cássia Krieger Gattiboni

Capítulo 3 – ODS 3
Políticas públicas para a saúde e o bem-estar sustentáveis: diretrizes do ODS 3 na Agenda
do Controle
Sabrina Nunes Iocken; Luciane Beiro de Souza Machado

Capítulo 4 – ODS 4
Em busca do alcance do ODS 4 no Brasil por meio do controle do cumprimento tempestivo
das metas e estratégias do PNE
Élida Graziane Pinto
Capítulo 5 – ODS 4
Controle externo e educação: contribuições ao aprimoramento da política pública
educacional
Maisa de Castro Sousa; Vivianne Alves Bragança Brandão

Capítulo 6 – ODS 4
A Educação Infantil como direito ao futuro
Heloisa Tripoli Goulart Piccinini; Márcia Raquel Paiva e Holanda

Capítulo 7 – ODS 5
Políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil - avanços e
desafios
Eliana Guerra de Alencar

Capítulo 8 – ODS 5
Igualdade intragênero e branquitude
Eliane Marques

Capítulo 9 – ODS 6
Direitos fundamentais à água e da água e propostas para viabilizar o ODS 6
Ana Alice De Carli; Elizabete Rosa de Mello

Capítulo 10 – ODS 6
Encontros e desencontros do saneamento básico no Brasil em uma visão conjunta com a
implementação do ODS 6 da Agenda 2030 da ONU
Letícia Ayres Ramos; Flávia Burmeister Martins

Capítulo 11 – ODS 7
O papel da tecnologia fotovoltaica na produção de energia elétrica de forma sustentável
Izete Zanesco

Capítulo 12 – ODS 8
Proteção à saúde dos servidores públicos: necessidades e desafios
Magadar Rosália Costa Briguet
Capítulo 13 – ODS 8
Termo de Cooperação entre Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Estado
do Rio Grande do Sul: Um relato do Ministério Público como promotor de direitos na defesa
da aprendizagem profissional e no combate ao trabalho infantil, a partir das ações em
parceria entre o MPT/RS e a 11ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Porto
Alegre
Cinara Vianna Dutra Braga; Patrícia de Mello Sanfelici Fleischmann

Capítulo 14 – ODS 9
Tecnologia da informação e o grande desafio da Meta 9C do ODS 9: Garantir proteção aos
dados pessoais em tempos de economia digital
Andrea Willemin; Elenise Magnus Hendler

Capítulo 15 – ODS 9
A Política Nacional de Infraestrutura: o Imperativo Categórico da Sustentabilidade
Júnia Rosa Soares

Capítulo 16 – ODS 10
Políticas públicas de ações afirmativas para a educação superior: impasses para o acesso, a
permanência, a inclusão social e a redução das desigualdades
Aline Cardoso Mangili; Letícia Manique Barretto; Renata Angelis Jamardo Fiorentin; Kelly
Gianezini

Capítulo 17 – ODS 10
A construção social da igualdade: um dever de todos
Sonia Endler de Oliveira

Capítulo 18 – ODS 11
Mobilidade urbana e sustentabilidade nas cidades brasileiras: por que somos tão pouco
sustentáveis?
Erika Cristine Kneib
Capítulo 19 – ODS 11
City Coin Niterói: caminho para uma cidade mais inteligente, resiliente e sustentável
Andressa Guimarães Torquato Fernandes; Annalice Oliveira Azevedo Baldini Figueira

Capítulo 20 – ODS 12
Contratações públicas sustentáveis e a atuação da Advocacia Pública e dos Tribunais de
Contas: um "apelo à última geração"
Daniela Zago Gonçalves da Cunda; Teresa Villac

Capítulo 21 – ODS 13
O papel da tributação ambiental em prol do ODS 13: ações contra as mudanças climáticas
Denise Lucena Cavalcante

Capítulo 22 – ODS 14
Por um oceano sustentável
Letícia Cotrim da Cunha; Gleyci A. O. Moser; Luana Queiroz Pinho; Cristina Russi Guimarães
Furtado

Capítulo 23 – ODS 15
ODS 15 - Vida terrestre e os incêndios no Pantanal
Jaqueline Maria Jacobsen Marques; Giselle Ferreira Vieira

Capítulo 24 – ODS 16
A indução de um novo patamar de consciência ética como pilar essencial no combate à
corrupção
Ana Cristina Moraes Warpechowski; Milene Dias da Cunha

Capítulo 25 – ODS 16
ODS 16 e o Poder de Polícia Administrativa: algumas considerações sobre a
(in)delegabilidade e a necessidade de aprimoramento institucional em um contexto de
transformações do Estado e da Administração Pública
Ariane Shermam
Capítulo 26 – ODS 17
Políticas públicas para Inteligência Artificial: uma contribuição para uma agenda
prioritária
Vanice Regina Lírio do Valle

Capítulo 27 – ODS 17
Parcerias Público-Privadas como instrumentos de implementação das políticas públicas de
desenvolvimento sustentável
Ana Carla Bliacheriene; Heloísa Helena Antonacio Monteiro Godinho; Márcia Walquíria Batista
dos Santos

Posfácio:
Luiza Helena Trajano – Presidente do Grupo Mulheres do Brasil
Capítulo 03 – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE E O BEM-ESTAR SUSTENTÁVEIS: DIRETRIZES DO
ODS 3 NA AGENDA DO CONTROLE

Luciane Beiro de Souza Machado


Auditora Fiscal de Controle Externo do TCE/SC
Mestranda ESAG/UDESC

Sabrina Nunes Iocken


Conselheira Substituta do TCE/SC
Pós-doutoranda USP

Como novos desenhos e novas perspectivas do controle realizado pelos Tribunais de


Contas podem contribuir para o exame de políticas públicas de saúde e bem-estar sustentáveis
relacionadas às metas da Agenda 2030? O capítulo se debruça sobre o ODS 3, colocando em
evidência duas metas específicas, a primeira relativa à mortalidade neonatal e infantil (Meta 3.2)
e a segunda relativa à atuação preventiva por meio da ciência e da tecnologia (Meta 3.b). Ao
conjugá-las, busca-se enfatizar a necessidade de compatibilizar as políticas públicas de combate
às causas da mortalidade infantil com as metas instrumentais que abrigam possibilidades
disruptivas nos campos da ciência e da tecnologia.
Assim, qual seria, afinal, o papel do controle nesse arquétipo estatal? Os desafios da
Agenda 2030 demandam a atuação multinível e integrada dos atores sociais, públicos e privados,
o que inclui, também, o sistema de controle da gestão pública, que assume um papel relevante,
seja pela sua atribuição indutora nas políticas públicas, seja pela sua ampla capilaridade, eis que,
em TODOS os anos e em TODAS as unidades federadas (5.570 municípios, 27 estados e DF e a
União), as contas governamentais são apreciadas por meio dos TRIBUNAIS DE CONTAS, no
documento denominado de Parecer Prévio. Essa combinação da regularidade temporal (todos os
anos), com o total alcance sobre os entes federados, torna esse instrumento uma ferramenta valiosa
para o aprimoramento da gestão governamental, facilitando a conexão dos indicadores locais com
as metas globais.
O texto apresenta um caso concreto de política pública de modo a tornar visível a
viabilidade de ações coordenadas, capazes de contribuir para melhores resultados nas decisões em
relação à alocação orçamentária.
Capítulo 06 - A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO DIREITO AO FUTURO

Heloisa Tripoli Goulart Piccinini


Conselheira Substituta do TCE/RS

Márcia Raquel Paiva e Holanda


Auditora Pública Externa do TCE/RS

As sociedades contemporâneas passam por rápidas e profundas transformações,


adquirindo consciência coletiva acerca da necessidade de reposicionar o ser humano – sem
renegar a importância das demais espécies e do meio ambiente – ao seu lugar primeiro de
importância dentro do sistema. Especial atenção deve-se ter com os menos favorecidos, com
destaque às nossas crianças. Os novos paradigmas da sustentabilidade, inspiradores da Agenda
2030, apontam para a educação de qualidade (ODS 4) como ferramenta eficaz ao enfrentamento
da vulnerabilidade e da degradação humana e, nessa perspectiva, lembra-se que a Constituição
Federal (art. 227) e o Estatuto da Criança e do Adolescente asseguram com absoluta prioridade o
atendimento dos direitos das crianças.
A partir de fontes bibliográficas e dados oficiais, verifica-se, a começar pelo próprio acesso
universal às vagas em creches, imensos desafios a serem superados para que se possa falar em
educação de qualidade, registrando-se que as desigualdades de oportunidades no acesso à
educação na primeira infância produzem resultados nefastos que perpetuam o ciclo vicioso de
pobreza intergeracional e têm reflexos na economia do país. A ausência de pesquisas e estudos
que levem em conta a diversidade das realidades brasileiras, bem como a precariedade da base de
dados oficiais que contêm informações sobre o desenvolvimento das crianças brasileiras para além
dos dados da saúde são, dentre outros, fatores que dificultam a transparência desse panorama.
Agregado ao baixo percentual de crianças de 0 a 3 anos em creches, tem-se, ainda, a falta de
índices de monitoramento acerca da qualidade desses estabelecimentos, tudo na contramão do que
se espera de medidas efetivas ao cumprimento das metas do ODS 4.
Na perspectiva da proteção efetiva na etapa inicial de vida de cada ser humano, percorre-
se o direito à educação de qualidade, desde os cuidados da relação indissociável mãe-bebê e do
direito humano à alimentação, para se registrar a necessidade de realinhamento das prioridades
políticas no Brasil à educação de qualidade na Educação Infantil, como ponte para o direito ao
futuro.
Capítulo 07 – POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES NO BRASIL – AVANÇOS E DESAFIOS

Eliana Guerra de Alencar


Ex-Diretora do Departamento de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres da Secretaria
Nacional de Política para Mulheres da Presidência da República

Nos últimos quatro mil anos, de forma documentada e observada em todas as culturas, as
diversas formas de discriminação e violência contra mulheres e meninas estão reproduzidas de
modo crescente e sistemático por meio de gerações, colocando-as no pódio da guerra mais longa
de toda a história da humanidade. Um produto culturalmente produzido, que vem provocando
danos irreversíveis, consequências traumáticas e efeitos muitas vezes devastadores para a vida das
mulheres e de todo o seu grupo familiar.
Pela complexidade do fenômeno e a fim de incentivar o seu enfrentamento, a ONU incluiu
dentro da Agenda 2030 um capítulo específico sobre o tema. Esse plano de ação global envolve
os 193 países membros que buscam, por meio de esforços conjuntos, garantir os direitos humanos,
a erradicação da pobreza, a proteção do planeta e a promoção da prosperidade e da paz, por meio
do cumprimento de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas. Impulsionar a
Igualdade de Gênero e combater a violência contra as mulheres são metas almejadas pelo ODS 5.
O Brasil, ao longo de quase duas décadas, vem construindo políticas públicas eficientes e
efetivas voltadas para as questões de gênero. Em pouco tempo tornou-se uma referência
internacional ativa de participação conjunta, governamental e não governamental, na construção
de leis e programas voltados a atender a todas as mulheres brasileiras. O capítulo 7, portanto,
convida o leitor a mergulhar nesse campo histórico e na compreensão de que os direitos humanos
devem ser aplicados sem distinção entre homens e mulheres, garantindo a todos a viver uma vida
de paz.
Capítulo 09 – DIREITOS FUNDAMENTAIS À ÁGUA E DA ÁGUA E PROPOSTAS PARA VIABILIZAR
O ODS 6

Ana Alice De Carli


Professora Doutora da Universidade Federal Fluminense

Elizabete Rosa de Mello


Professora Doutora da Universidade Federal de Juiz de Fora

O presente capítulo tem por desiderato trazer à baila reflexões sobre a importância do
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – água e saneamento básico –. Assim, busca-se
destacar a premente necessidade de os Estados nacionais viabilizarem ações no sentido de
alcançar as metas consignadas nesse ODS, com vistas a ampliar o escopo de acesso à população
desses direitos fundamentais, como condição de possibilidade a uma vida digna e com saúde.
Afinal, sem água não há vida, tampouco desenvolvimento social e econômico.
Também se trabalha a ideia de que a natureza – e a água em particular – deve ser alçada
ao patamar de sujeito de direitos, trazendo para o cenário contemporâneo das sociedades uma
visão holística do meio ambiente natural, considerando a dignidade da vida em geral. Por fim,
apresentam-se algumas propostas de mecanismos de caráter financeiro/econômico que podem ser
utilizadas para impulsionar o desenvolvimento das metas plasmadas no ODS 6.
Capítulo 10 – ENCONTROS E DESENCONTROS DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL EM UMA
VISÃO CONJUNTA COM A IMPLEMENTAÇÃO DO ODS 6 DA AGENDA 2030 DA ONU

Flávia Burmeister Martins


Auditora Pública Externa TCE-RS,
Doutora em Geotecnia UFRGS

Letícia Ayres Ramos


Conselheira Substituta do TCE/RS, Mestre em Direito UFRGS

Referindo aos desafios brasileiros no atingimento das metas esculpidas no ODS 6 –


Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e o saneamento para todos –, o artigo
parte de um breve histórico sobre o Saneamento Básico no Brasil, identificando avanços e
fracassos das opções nacionais, bem como os elementos que justificam e dão contorno à Lei n.
14.026/2020 – Novo Marco Legal de Saneamento Básico.
Nos esforços nacionais para a estruturação do saneamento básico, destacam-se a
centralização da prestação dos serviços nas Companhias Estaduais durante a vigência do
PLANASA, a alçada dos municípios a entes federados e titulares dos serviços, a instituição da
Política Nacional de Saneamento Básico em 2007 norteada pelo objetivo da universalização, as
dificuldades crescentes para a obtenção de recursos para os investimentos necessários, e, mais
recentemente, a Lei 14.026/2020, que aproxima a gestão do saneamento básico da gestão dos
recursos hídricos e fortalece as parcerias público-privadas.
Refletindo sobre os indicadores brasileiros para o ODS 6, identificam-se sua baixa
representatividade em decorrência da imensa extensão territorial, diversidade geográfica e
desigualdade brasileiras. Estando previsto o agravamento da escassez hídrica em razão das
mudanças climáticas, vislumbra-se o aprofundamento das desigualdades. O cenário define como
improvável o cumprimento da meta de universalização do saneamento básico em 2030, projetada
pelo ODS 6, tampouco dentro dos prazos do novo marco legal, 2033 a 2043.
Na reestruturação aportada pela Lei 14.026/2020, identificam-se grandes desafios afetos a
questões como governança, integração de políticas públicas, titularidade na multiplicidade de
arranjos e de atores, participação social nos processos decisórios, perda do subsídio cruzado para
pequenos municípios, entre outros. Da análise, identifica-se a necessária conciliação das
instâncias político-geográficas de gestão de saneamento básico e de bacias hidrográficas para a
superação dos desafios.
Capítulo 11 – O PAPEL DA TECNOLOGIA FOTOVOLTAICA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE
FORMA SUSTENTÁVEL

Izete Zanesco
Professora Titular da Escola Politécnica da PUCRS
Doutora em Engenharia na Área de Energia Solar Fotovoltaica

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 (ODS 7) da Agenda 2030 da ONU refere-


se ao acesso à energia limpa. Esse objetivo está naturalmente inter-relacionado com os outros e
impacta na mitigação de problemas sociais, econômicos e ambientais. Com base na associação da
energia com o desenvolvimento humano na história, é constatada a necessidade da transição para
uma matriz com produção de energia por meio de fontes renováveis e de baixo impacto ambiental.
As aplicações associadas à conversão da energia solar poderão desempenhar um papel importante,
impulsionando a transição com bases tecnológica, econômica e ambiental.
Nesse contexto, considerando que, em algumas décadas, a energia elétrica será a mais
utilizada, os sistemas fotovoltaicos terão a maior inserção na matriz energética mundial. Para que
isso ocorra de forma sustentável, são necessárias políticas públicas nos governos municipais,
estaduais e federais para promover o uso e os desenvolvimentos tecnológico e industrial, visando
às sustentabilidades ambiental e econômica. Portanto, a transição para uma matriz energética
renovável, sustentável e democrática está atrelada às metas contempladas no ODS 7 da Agenda
2030 da ONU, de modo a garantir o acesso à energia para todos de forma confiável, sustentável e
a preço acessível.
Capítulo 12 – PROTEÇÃO À SAÚDE DOS SERVIDORES PÚBLICOS: NECESSIDADES E DESAFIOS

Magadar Rosália Costa Briguet


Advogada. Consultora jurídica da ABIPEM

Este capítulo, a partir das vivências profissionais da autora, objetiva debater o tratamento
conferido pela Administração Pública aos seus servidores. A partir da abordagem de temas ligados
à saúde e prevenção das doenças de que são acometidos, particularizando algumas situações na
educação e nos servidores cuidadores de parentes com deficiência.
Enfatizam-se alguns pontos, como as estruturas criadas pelo Poder Público para a
implantação de sistemas de proteção social para os servidores públicos, no âmbito federal e em
alguns entes subnacionais. Também, demonstra-se a necessidade de implantação de políticas
públicas, ainda incipientes, para a instituição de serviços de proteção e prevenção à saúde dos
servidores, que são os executores dos serviços públicos, em especial na área da educação,
articulando-se com algumas das metas relacionadas com a saúde (ODS 3).
Embora a melhoria na qualidade do serviço público não tenha sido contemplada de forma
direta como meta no ODS 8, para que haja trabalho decente e crescimento econômico, haverá o
dispêndio de energias física e mental de incontáveis servidores públicos para que contribuam no
sentido de dar concretude aos 17 objetivos da Agenda 2030 da ONU. Por isso, torna-se de suma
importância melhorar a qualidade de vida enquanto indivíduos para que seja possível levar bem-
estar a toda a sociedade.
Capítulo 13 – APRENDIZANDO PORTO ALEGRE

Cinara Vianna Dutra Braga


Promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre

Patrícia de Mello Sanfelici Fleischmann


Procuradora do Trabalho no RS

Durante as inspeções ministeriais realizadas pela 11ª PJIJ de Porto Alegre, foi sentida a
necessidade de formação profissional dos adolescentes acolhidos, uma vez que, aos 18 anos, eles
obrigatoriamente saem das unidades e precisam se estabelecer por conta própria, o que se torna
praticamente impossível se, antes disso, não receberam a devida oferta de oportunidades de saúde,
educação, aprendizagem e profissionalização.
Assim, para atender essa necessidade, vinculada à proteção integral e prioritária da
infância e adolescência, nasceu a parceria entre MP/RS e MPT/RS, com o apoio fundamental da
SRT/RS e da OIT, voltada à oferta de aprendizagem profissional e oportunidades de
profissionalização aos adolescentes em acolhimento institucional.
Inicialmente, foram ofertadas 40 vagas de aprendizagem profissional para os jovens, que
foram contratados como aprendizes por empresas cujas cotas estavam abertas. Paralelamente,
compreendeu-se necessário o resgate das potencialidades dos adolescentes, o que se fez por meio
do Projeto Versos de Liberdade, curso voltado ao desenvolvimento individual (identificação das
dificuldades posturais e de fala, aperfeiçoando sua oratória e desinibição).
A partir disso, observou-se que, para o pleno aproveitamento da aprendizagem
profissional, era necessário atender às outras carências que os adolescentes em situação de
vulnerabilidade carregam. Sem essa atenção integral, o aproveitamento da oportunidade de
profissionalização seria incompleto, e com isso poderia estar comprometida a formação deles e
seu adequado ingresso no mundo do trabalho.
Desse modo, e para servir da melhor maneira os adolescentes beneficiados, passaram a ser
implantadas outras medidas de atenção, as quais são objeto do capítulo em referência. Tais
medidas colaboram diretamente com a realização da Meta 8.7 do ODS 8, já que atuam diretamente
na busca da erradicação do trabalho infantil – objetivo esse que somente será alcançado se
iniciativas semelhantes passarem a ser prioritariamente pensadas e implementadas em larga escala
no território nacional –.
Capítulo 14 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O GRANDE DESAFIO DAMETA 9.C DO ODS 9:
GARANTIR PROTEÇÃO AOS DADOS PESSOAIS EM TEMPOS DE ECONOMIA DIGITAL

Andrea Willemin
Chief Data Protection Officer da Comunidade Europeia e Privacy by Design Expert
Doutoranda em Ciência da Informação e Tecnologia (UFSC)

Elenise Magnus Hendler


Procuradora do Estado encarregada do Tratamento de Dados Pessoais (Data Protection Officer)
e Procuradora-chefe do Centro de Estudos da PGE/SC

Dentre os compromissos assumidos pelo Brasil com relação à Agenda 2030, está o
Objetivo 9 (ODS 9), o qual se desdobra em oito metas. Para o estudo proposto, destacou-se a Meta
9.c: “Aumentar significativamente o acesso às tecnologias de informação e comunicação e se
empenhar para oferecer acesso universal e a preços acessíveis à internet nos países menos
desenvolvidos, até 2020.” Levando em conta as entradas em vigor do RGPD, em maio de 2018
na União Europeia, e da LGPD, em agosto de 2018 no Brasil, foram incorporadas nas adequações
nacionais questões pertinentes à qualidade, privacidade, proteção de dados e segurança
cibernética. Com isso, agregaram-se novos indicadores a esse ODS, não apenas para medir a
proporção da população coberta por rede móvel, por tipo de tecnologia, mas também para a efetiva
proteção dos dados pessoais da população, proporcionando a avaliação dos impactos em pesquisas
e negócios relacionados à proteção de dados.
Após discorrer sobre registros históricos e doutrinários no campo do direito, da economia
e da sociologia, as autoras indicam a evolução das normas europeias que impactaram a legislação
brasileira, trazendo tanto ao setor público quanto ao privado a imposição de normas de efetivo
zelo com os dados pessoais. Assim, foram além de meros enunciados e da tipificação de condutas
e adentraram no campo da governança, da gestão de riscos, do planejamento de produtos e
serviços, conduzindo à sua aplicação imperativa e à prestação de contas, mediante a imposição de
penalidades para ações indevidas ou para omissões de deveres.
Neste capítulo, portanto, as autoras propõem uma avaliação do papel da LGPD em face
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU e cuja discussão se
pauta pela Agenda 2030 para apresentar, ao final, alguns apontamentos críticos.
Capítulo 17 – A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IGUALDADE: UM DEVER DE TODOS

Sonia Endler de Oliveira


Auditora de Controle Externo do TCE/SC

A redução das desigualdades é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da


Agenda 2030 da ONU. Porém, a renda de mais da metade da população brasileira decresceu nos
últimos anos, aumentando ainda mais o distanciamento entre os 10% mais ricos e os 40% mais
pobres da população brasileira.
A concentração de riqueza e um sistema tributário que prioriza a tributação sobre o
consumo são apontados como principais fatores que colocam o Brasil no topo dos países com
maior desigualdade de renda no mundo. De acordo com dados divulgados pela Organização das
Nações Unidas, no final de 2020 o Brasil ocupava o 2º lugar entre os países com maior
concentração de renda, quando analisados os 1% mais ricos da população, e em 8º entre a parcela
dos 10% da população brasileira de maior renda.
A desigualdade brasileira é ainda mais acentuada e extrapola o viés econômico, por meio
da discriminação, em razão da idade, do gênero, da raça, da etnia, da origem, ou da orientação
sexual.
Neste contexto, o capítulo se debruça sobre a problemática a ser enfrentada para o alcance
do ODS 10, mais especificamente com relação à Meta 1, e reflete como os órgãos de controle
brasileiros, por meio de ações de fiscalização e monitoramento da eficiência e eficácia das
políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade de renda, podem contribuir para o
alcance desse objetivo.
Capítulo 19 – CITY COIN NITERÓI: CAMINHO PARA UMA CIDADE MAIS INTELIGENTE,
RESILIENTE E SUSTENTÁVEL

Andressa Guimarães Torquato Fernandes


Professora de Direito Financeiro e Tributário da UFF

Annalice Oliveira Azevedo Baldini Figueira


Mestranda em Direito Constitucional pela UFF

A Agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030, que em 2015 estabeleceu os


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para os próximos 15 anos, prevê em seu ODS
11 o objetivo de conferir maior inclusão, segurança, resiliência e sustentabilidade às cidades.
Visando concretizar tais objetivos, diversas cidades ao redor do mundo buscaram ferramentas
capazes de torná-los realidade, sobretudo com amparo no uso da tecnologia como meio de
aceleração desse processo.
Uma dessas ferramentas é a city coin, uma moeda digital municipal de recompensa que
visa aumentar a eficiência de políticas públicas em uma infinidade de campos, como meio
ambiente, cultura, educação, segurança, esporte e lazer, entre outros.
Niterói é uma das cidades que busca seguir esse exemplo na construção de uma cidade
alinhada aos ODS, merecendo máxima atenção, inclusive, pelo fato de poder ser, nos próximos
anos, o primeiro município brasileiro a instituir uma city coin. Nesta linha, o presente capítulo
tem como objetivo apresentar a experiência do projeto “Cidade inteligente e inclusão financeira:
uma moeda digital para o Município de Niterói”, em andamento nesse município, e a sua inter-
relação com os objetivos planejados para os próximos anos.
Capítulo 20 – CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS E A ATUAÇÃO DA ADVOCACIA
PÚBLICA E DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: UM “APELO À ÚLTIMA GERAÇÃO”

Daniela Zago Gonçalves da Cunda


Conselheira Substituta TCE/RS
Doutora em Direito PUC/RS

Teresa Villac
Advogada da União AGU/SP
Doutora em Ciência Ambiental USP

O capítulo aborda o ODS 12 e as contratações públicas sustentáveis, com ênfase à atuação


da Advocacia Pública e dos Tribunais de Contas. Destaca a sustentabilidade como um dever
fundamental, tanto do Estado como da sociedade, correspondente ao direito fundamental a um
meio ambiente ecologicamente equilibrado e socialmente mais justo, com múltiplas dimensões:
ecológica (ou ambiental), social, ética, cultural, jurídico-política e fiscal, todas a serem levadas
em consideração nas licitações e contratações a serem realizadas pela Administração Pública.
Enfatiza-se a relevância de a advocacia pública consultiva prosseguir no seu mister de
função essencial à Justiça também no tocante à sustentabilidade instrumentalizar-se nas
contratações públicas brasileiras, na análise prévia em pareceres a manifestações jurídicas,
orientando os gestores, desenvolvendo manuais e capacitações públicas.
Conjuntamente, os Tribunais de Contas deverão ser partícipes da construção social da
realidade em estudo. As licitações públicas e os respectivos critérios de avaliação das propostas
passam a ser sindicáveis pelos controles (interno, social e externo), em perspectivas de
sustentabilidade em todas as etapas do certame licitatório, além da consideração pelas Cortes de
Contas da sua condição paradigmática de consumidores sustentáveis.
A “hora de agir” é agora, sob pena de que o colapso ambiental não permita a existência de
gerações futuras. Cada cidadão, cada gestor, cada instituição deverá averiguar qual maneira
poderá implementar o mais urgente possível sua forma de atuação tendo em mente o dever de
sustentabilidade.
Capítulo 22 – POR UM OCEANO SUSTENTÁVEL

Letícia Cotrim da Cunha


Profa. Adjunta do Departamento de Oceanografia Química da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Doutora em Oceanologia

Luana Queiroz Pinho


Profa. Adjunta do Departamento de Oceanografia Química da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Doutora em Ecologia

Gleyci A. O. Moser
Profa. Associada do Departamento de Oceanografia Biológica da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, Doutora em Ciências – Oceanografia

Cristina Russi G. Furtado


Profa. Titular do Departamento de Processos Químicos do Instituto de Química da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro, Doutora em Ciência e Tecnologia de Polímeros

Para termos um oceano realmente sustentável, precisamos conhecê-lo e sermos capazes de


identificar a sua importância dentro do nosso cotidiano. Saber que há mais água que terra na
superfície do planeta e que o oceano é essencial para a regulação do clima é apenas um dos
primeiros passos. Em sequência, saber que as emissões antropogênicas de CO2 aumentam a
temperatura do planeta e simultaneamente acidificam o oceano, ameaçando a sua biodiversidade.
A utilização não-sustentável de recursos transpõe o ecossistema oceânico. Entretanto, ele vem
sendo afetado direta ou indiretamente pelo mau uso dos recursos desde as mais remotas
organizações do homem em sociedade. Iniciando na pré-história, passando pelos
"descobrimentos", revolução industrial até os dias atuais, é certo que o uso e o domínio dos
oceanos sempre foi conflituoso. Apesar disso, o seu uso e a sua preservação deveriam ser de
interesse de todos.
Atualmente é comum passearmos por qualquer praia do mundo e encontrarmos resíduos
plásticos, material cujas vantagens do uso se destacam tanto quanto os problemas que ele vem
causando. Sua durabilidade e seu baixo custo levaram a produção de plástico a uma quantidade
inimaginável há algumas dezenas de anos. Sua persistência nos ambientes, mesmo que
imperceptível, compromete a vida marinha e humana, uma vez que já foram encontrados
microplásticos em órgãos humanos. Preservar o oceano é preservar a nós mesmos e todos os
serviços ecossistêmicos que ele nos oferece. Esses serviços não se restringem apenas a alimento
e matéria-prima, mas também beleza cênica, lazer e transporte, pertencimento, depuração de
efluentes, pesquisa e educação, medicamentos, regulação do clima, proteção costeira e patrimônio
cultural. A velha máxima “conhecer para preservar” adequa-se perfeitamente quando falamos em
oceanos. Se você quer conhecer melhor a importância do oceano em nossas vidas e como podemos
utilizá-lo de uma forma mais sustentável, convidamos-o a mergulhar em nosso capítulo.
Capítulo 23 – VIDA TERRESTRE E OS INCÊNDIOS NO PANTANAL

Jaqueline Maria Jacobsen Marques


Conselheira Substituta TCE/MT
Mestre em Administração Pública (IDP)

Giselle Ferreira Vieira


Assessora TCE/MT e advogada
Mestre em Comparative Law (UFL-EUA)
gisellefvieira@gmail.com

Este capítulo explana sobre o ODS 15 da Agenda 2030, com ênfase nas metas e seus
indicadores aplicáveis à proteção do Pantanal. Apresenta os conceitos, as normas e as políticas
públicas atinentes ao combate aos incêndios florestais e ao desenvolvimento sustentável. Discorre
sobre as características do Pantanal e relata sobre o incêndio florestal de proporção gigantesca que
acometeu esse Bioma em 2020, suas causas e consequências, bem como a atuação dos órgãos
públicos e de controle em seu combate.
Por fim, sugere caminhos que podem assegurar o controle e o combate desses incêndios,
os quais pressupõem a atuação conjunta dos atores públicos e privados na construção de soluções
permanentes e eficazes, em que a conservação ambiental ande de mãos dadas com a
sustentabilidade econômica.
Capítulo 24 – CORRUPÇÃO: O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?

Ana Cristina Moraes Warpechowski


Conselheira Substituta TCE/RS

Milene Dias da Cunha


Conselheira Substituta TCE/PA

O capítulo intitulado “A indução de um novo patamar de consciência ética como pilar


essencial no combate à corrupção” traz uma abordagem voltada para a análise do comportamento
humano e dos arquétipos institucionais, mas também do estágio de (des)cumprimento das metas
do ODS 16 da Agenda 2030 da ONU pelo Brasil. Com o intuito de demonstrar a necessidade de
representações mais virtuosas, foram trazidos aspectos como a falta de empatia e a dissonância
cognitiva, que conduzem ao autoengano e à mentira propriamente dita e que estão por detrás de
atitudes corruptas, desde as pequenas até as grandes, causando prejuízos a toda sociedade.
Também foram apontadas as disfuncionalidades de um sistema de recompensas negativas e que
incentivam e retroalimentam a conduta corrupta, podendo afetar o grau de desenvolvimento
econômico das nações.
Deveras, o enfrentamento do problema não se resolve exclusivamente com a edição de
normas preventivas e repressivas (embora importantes); mas também exige o esforço de induzir
os indivíduos, a coletividade e as instituições a um novo patamar de consciência ética,
ressignificando os atuais arquétipos, em busca de um futuro melhor. Para alcançar esse desiderato,
o pensamento sistêmico torna-se imprescindível, baseando-se em inter-relações que envolvam
diversas áreas do conhecimento, como a neurociência, a psicologia, as ciências humanas e sociais,
o direito, a tecnologia da informação e, até mesmo, a espiritualidade.
Portanto, deve-se prosseguir com a criação de um estímulo adequado para impulsionar a
transição rumo a um modelo mais sistêmico e menos individualista, mais prático e menos teórico,
sempre considerando que, para qualquer transformação comportamental, deve-se pensar em
alterações nos processos de formação e educação das pessoas, sem olvidar que o ambiente é um
importante modulador da conduta humana. E, é claro, um bom começo para essa mudança de
trajetória é o envolvimento de todos nós, começando com a pergunta: o que EU tenho a ver com
a corrupção?
BIOGRAFIAS

CONVIDADO ESPECIAL

Denis Mukwege
Prêmio Nobel da Paz ao lado da ativista Yazidi Nadia Murad (2018), devido a sua luta inabalável
em favor da verdade, da justiça e da paz na República Democrática do Congo e contra as
violências sexuais usadas como arma de guerra. Prêmio Olof Palme (2008); Africano do Ano
(2008), Prêmio do Daily Trust; Prêmio Right Livelihood (2013); Prêmio Sakharov (2014); Prêmio
Calouste Gulbenkian - Direitos Humanos (2015). Doutoramento honoris causa em quinze
universidades ao redor do mundo. Médico cirurgião-ginecologista congolês. Professor de diversas
universidades internacionais. Diretor do Hospital Panzi em Bukavu, na República Democrática
do Congo. Desde a publicação do Relatório de Mapeamento das Nações Unidas em 2010, vem
fazendo campanha pela criação de um Tribunal Penal Internacional para julgar os crimes
cometidos e acabar definitivamente com a impunidade.

PREFACIADORA

Mara Gabrilli
Psicóloga, publicitária e Senadora da República de destaque na defesa da democracia e da redução
das desigualdades, sendo a primeira representante do Brasil no Comitê da ONU sobre os direitos
das pessoas com deficiência.

POSFACIADORA

Luiza Helena Trajano


Presidente do Conselho do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil.

COORDENADORAS

Ana Cristina Moraes Warpechowski


Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Mestre em Direito
pela UFRGS (2017/2018). Pós-graduada em Direito de Família e Sucessões na ULBRA (2000),
em Direito Processual Civil na ULBRA (2001/2002), em Direito do Estado na UNIRITTER
(2003/2004), em Direito do Trabalho na UNISINOS (2008/2009) e em Neurociências e
Comportamento pela PUC/RS (2019/2020). Graduada em Direito pela UNISINOS (1999).
Exerceu a advocacia privada (1999/2006) e a advocacia pública como Procuradora da Companhia
Nacional de Abastecimento (2006/2014), onde assumiu o cargo de Procuradora Regional durante
oito anos. Cocoordenadora dos livros: Previdência e Reforma em Debate: estudos
multidisciplinares sob a perspectiva dos regimes próprios e Responsabilidade na Gestão Fiscal:
estudos em homenagem aos 20 anos da Lei Complementar nº 101/2000. Pesquisadora, palestrante,
autora e coautora de artigos e livros.
Heloísa Helena Antonacio Monteiro Godinho
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Mestre em Administração
Pública – Políticas Públicas e Gestão Governamental (IDP/UNB). Especialista em Direito
Tributário e Processo Tributário (PUC Goiás). Professora de Direito Financeiro e Direito
Tributário da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (ESMEG). Primeira Secretária
da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas
(AUDICON). Vice-Presidente de Relações Jurídico-Institucionais da Associação dos Membros
dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON).

Sabrina Nunes Iocken


Conselheira Substituta no TCE/SC. Pós-doutoranda em Direito pela USP. Doutora em Direito,
Política e Sociedade pela UFSC. Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de
Administração Pública (SBAP) no biênio 2021-2022. Pesquisadora na área do Direito Público,
em especial nos campos do Direito Governamental, do Controle Público e das Políticas Públicas.
Palestrante, autora de livros e de diversos artigos, com destaque para a obra: O controle
compartilhado das políticas públicas.

AUTORAS

Aline Cardoso Mangili


Mestranda em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) pela Universidade do Extremo Sul
Catarinense (UNESC). Bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa
Catarina (FAPESC). Pós-graduada em Desenvolvimento Humano e Organizacional pela UNESC.
Graduada em Administração pela Escola Superior de Criciúma (ESUCRI) e integrante do Grupo
de Estudos sobre Universidade (GEU).
Ana Alice De Carli
Professora do Curso de Direito e do Mestrado em Tecnologia Ambiental da Universidade Federal
Fluminense. Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Residência Jurídica – UFF/VR.
Doutora e Mestre em Direito Público e Evolução Social. Especialista em Direito Público.
Pesquisadora do GEMADI/UFF - Grupo de Estudos em Meio Ambiente e Direito. Pesquisadora
colaboradora do Proyecto de Investigaciòn Sustentabilidad y Desarrollo: perspectivas para la
construcciòn de um estado de derecho ambiental en Brasil y Costa Rica, coordenado pelo prof.
dr. Carlos E. Peralta, do Instituto de Investigaciones Jurídicas de la Faculdad de Derecho de la
Univesidad de Costa Rica. Membro do Conselho Editorial da Editora Lumen Juris. Parecerista de
periódicos. Autora de livros e artigos jurídicos. Membro da Comissão de Meio Ambiente da
OAB/RJ.

Ana Carla Bliacheriene


Advogada. Parecerista. Professora de Direito da USP, no curso de graduação em Gestão de Políticas
Públicas. Professora e Orientadora do Programa de pós-graduação em Gestão das Organizações de
Saúde e orientadora do Programa de pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas, ambos da USP.
Livre-docente em Direito Financeiro pela Faculdade de Direito da USP. Mestre e doutora em Direito
Social pela PUC-SP. Atua nas áreas de finanças públicas e orçamento, gestão de políticas públicas,
implementação de políticas públicas, controle, eficiência e transparência do Estado e da
administração pública, qualidade na gestão pública, judicialização das políticas públicas, novas
tecnologias aplicadas à gestão pública, desafios jurídicos, sociais e de gestão para a implantação das
Smart Cities (cidades inteligentes). Coordenadora do Grupo de Pesquisas SmartCitiesBr (USP) e da
Especialização em Políticas Públicas para Cidades Inteligentes (USP/TCE-CE). Pesquisadora
associada do Grupo de Pesquisa Resiliência Financeira em Cidades Contemporâneas no Instituto
de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Presta assessoria e consultoria
para setor público, processo legislativo, políticas públicas setoriais, além de realizar treinamentos e
capacitações destinados ao setor público.

Andrea Willemin
Data Protection Officer e Privacy by Design Expert da Comunidade Europeia e Advogada
europeia especialista em privacidade. Pesquisadora da Maastricht University, Holanda, pelo
instituto de Data Protection e Cyber Security; Doutoranda em Ciência da Informação e
Tecnologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Integrante do Grupo de pesquisa
UFSC/CNPQ DataLab e e-Gov; Mestre em Direito da Sociedade de Informação e Propriedade
Intelectual pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Graduada e pós-graduada em
Proteção de Dados e em Segurança da Informação pela Universidade de Maastrischt/Holanda e
EPFL (école polytechnique fédéral de Lausanne) Suíça; Graduada em Direito pela Université de
Neuchâtel, Suíça, e pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP); Economista
formada pela Université de Savois, França, e Université Genève, Suíça; Executive MBA
Université de Genève, Suíça. Possui 20 anos de experiência em proteção de dados, especialmente
em Privacy by Design, na Suíça e na comunidade europeia. Leciona no ensino superior sobre
proteção de dados para ciências da computação e de gestão na Suíça e na formação de DPOs, bem
como atua como consultora, DPO e formadora dos encarregados de dados junto a órgãos públicos:
Ministério Público/SC, Tribunal de Justiça/SC, Advocacia Geral da União, Tribunal de Contas do
Estado, Magistratura Federal e em diversas empresas privadas.

Andressa Guimarães Torquato Fernandes


Professora de Direito Financeiro e Tributário da Universidade Federal Fluminense, aprovada em
1º lugar. Possui Pós-doutorado em Economia pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação
Getúlio Vargas (EESP-FGV); Doutorado em Direito Financeiro pela Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo (FD-USP) com Doutorado Sanduíche no Center for Energy,
Petroleum and Mineral Law and Policy (CEPMLP), da University of Dundee, Escócia. Graduada
em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi bolsista FAPESP e
CNPQ; Professora Visitante no Institute for Law and Finance e no Institute for Monetary and
Financial Stability, da Universidade de Frankfurt (Goethe University) e Professora convidada
para ministrar aulas nos cursos de pós-graduação stricto sensu em Direito Financeira da Faculdade
de Direito da Universidade de São Paulo. Idealizadora e coordenadora do projeto de pesquisa
Cidade inteligente e inclusão financeira: uma moeda digital para o Município de Niterói, que
visa implementar a primeira city coin brasileira. Líder do grupo de pesquisa City Coin Brasil.
Annalice Oliveira Azevedo Baldini Figueira
Mestranda em Direito Constitucional pela Universidade Federal Fluminense (PPGDC-UFF). Pós-
graduada em Direito Público pela PUC/MG. Bolsista da Fundação Euclides da Cunha, pelo
projeto de pesquisa Cidade Inteligente e Inclusão Financeira: uma moeda digital para o Município
de Niterói. Integrante do Grupo de Pesquisa City Coin Brasil. Foi professora substituta na UFF.
Ariane Shermam
Assessora de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Doutoranda em
Direito e Administração Pública pela UFMG. Mestre em Direito Administrativo pela UFMG
(2016). Graduada em Direito pela UFMG (2012). Foi Professora voluntária das disciplinas Direito
Administrativo II, na Faculdade de Direito da UFMG (2º semestre de 2014), e Instituições de
Direito Público, na Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (2º semestre de 2014). Foi
estagiária docente, tendo assumido, como substituta, no 2º semestre de 2015, as turmas de Direito
Administrativo II e de Direito Urbanístico na Faculdade de Direito da UFMG. Foi Assessora
Jurídica na Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte. Foi Assessora na
Controladoria-Geral do Município de Belo Horizonte. Membro da Comissão de Direito
Administrativo da OAB/MG (2018).

Carla Appollinario de Castro


Professora Adjunta do Departamento de Direito de Volta Redonda, professora do Programa de
Pós-graduação em Sociologia e Direito e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense.
Doutora e Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia
e Direito da Universidade Federal Fluminense (PPGSD/UFF). Graduada em Direito. Tem
interesse em Direito e Sociologia, com ênfase nas pesquisas sobre outros modos de produzir e de
trabalhar, a vivência e a subjetivação a partir da atividade produtiva, os direitos sociais e humanos,
a exclusão social e a criminalização dos movimentos sociais, sindicais e populares.

Cinara Vianna Dutra Braga


Promotora de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Natural de Porto Alegre, cursou a
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo, onde se graduou
com especialização em Direito Privado. Em novembro de 1996, foi empossada no MP/RS, tendo
atuado como titular: na 2.ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tramandaí; na Promotoria de
Justiça Regional da Infância e da Juventude e na 5.ª Promotoria de Justiça Cível de Caxias do Sul;
na 1.ª Promotoria de Justiça Criminal e na 2.ª Promotoria de Justiça Cível de Guaíba; na 1.ª e na
2.ª Promotoria de Justiça Criminal do Foro Regional do Sarandi de Porto Alegre. Em 2014, foi
designada pela Corregedoria-Geral do Ministério Público para atuar na Promotoria de Justiça da
Infância e da Juventude, com atribuição de fiscalizar os programas de acolhimento institucional
da Capital, bem como de ajuizar as ações pertinentes, e, a partir de abril de 2016, designada para
atuar nas adoções, respectivas habilitações e procedimentos preparatórios. Recebeu o 1º Prêmio
Miguel Velasquez de Direitos Humanos em 14 de maio de 2015, Voto de Louvor em 1º de julho
de 2016, o Prêmio CNMP em 2018 e foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Porto
Alegre em 18 de março de 2018, em razão da sua destacada atuação em prol da Infância e
Juventude de Porto Alegre.

Cristina Russi Guimarães Furtado


Professora Titular do Departamento de Processos Químicos do Instituto de Química da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui graduação em Engenharia Química
(1988), mestrado (1991) e doutorado (1996) em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde 2008, é Diretora do Escritório de Cooperação
Internacional da UERJ. Tem experiência nas áreas de desenvolvimento de formulações
poliméricas, avaliação de propriedades físico-mecânicas e reológicas de polímeros e na avaliação
dos impactos ambientais causados pelo uso de polímeros.

Daniela Zago Gonçalves da Cunda


Conselheira Substituta e Presidente da Comissão de Sustentabilidade do Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul. Doutora e Mestre em Direito (PUC/RS). Pós-graduada (UFRGS) e
graduada (UFSM) em Direito. Professora convidada em cursos de pós-graduação (PUC/RS e
outros). Membro do grupo de pesquisa Estado Digital e Sustentável (PUC/RS). Pesquisadora
junto à FDUL. Autora de publicações nacionais e internacionais sobre gestão pública sustentável
e respectivo controle, direitos/deveres fundamentais e Tribunais de Contas.

Denise Lucena Cavalcante


Professora graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Ceará. Procuradoria da
Fazenda Nacional - Categoria Especial. Pós-Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de
Lisboa - Portugal. Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002).
Mestre em Direito pela UFC (1993). Especialização em Direito Tributário Internacional pela
Universidade de Salamanca-Espanha (2001) e pela Universidade Austral - Argentina (2004).
Líder do Grupo de Pesquisa em Tributação Ambiental UFC/CNPq. Recebeu a medalha Advogado
Professor Padrão - OAB - 2011. Autora de livros e artigos em direito tributário e financeiro.
Palestrante em eventos nacionais e internacionais.

Elenise Magnus Hendler


Procuradora do Estado de Estado de Santa Catarina. Possui graduação em Ciências Jurídicas e
Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990). Atuou como Assessora Jurídica
na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul e como assessora parlamentar em diversas Câmaras Municipais no Rio Grande do
Sul e no Paraná. Advogou para entidades representativas de movimentos sociais na área de saúde
pública, regularização fundiária e indigenista. Nos anos de 2016 e 2017, foi Conselheira Titular
(governamental, representando a PGE/SC) no CEPA – Conselho Estadual das Populações
Afrodescendentes de Santa Catarina e desde junho de 2020 exerce a mesma função junto ao
CEDIM – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Na Procuradoria do Estado de Santa
Catarina, atuou em diversas áreas do Direito, tendo exercido as funções de Procuradora-chefe da
Procuradoria Fiscal (junho de 2016-agosto de 2018 e abril 2019-março de 2020) sendo atualmente
Encarregada de Tratamento de Dados Pessoais (DPO), Presidente da Comissão Técnica de
Acompanhamento e Avaliação das Diretrizes da LGPD e Procuradora-chefe do Centro de Estudos
da PGE/SC. Conselheira no Conselho Superior da PGE/SC, representante eleita pelos pares para
o biênio 2021-2023.
Eliana Guerra de Alencar
Psicoterapeuta, educadora e pesquisadora atuando nas áreas do conflito humano e construção da
paz. Professora na Universidade Nacional de Lomas de Zamora, Argentina. Campo de atuação
elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas com foco na erradicação em todas as
formas de violências contra mulheres e meninas. Ex-Diretora Nacional do Departamento de
Enfrentamento a violência contra a mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres
do Ministério dos Direitos Humanos. Atualmente, está em processo seletivo para consultoria
especializada no tema Head, Gender and Children da Divisão de Investigação do Office of
Prosecutor do Tribunal de Haya.

Eliane Marques
Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Além das
Graduações em Pedagogia e Direito, é Especialista em Constituição, Política e Economia, pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Direito Público pela UNISINOS. Fez
especialização em Psicanálise na Après Coup Porto Alegre Psicanálise e Poesia, onde atualmente
é docente e coordena um dos Seminários de Especialização em Psicanálise. Foi uma das
ministrantes do curso de Direito e Psicanálise e pesquisa, também nessa instituição, o tema do
racismo. Esteve à frente de vários projetos, entre os quais o Poetas do Futuro, do qual participaram
crianças e adolescentes acolhidos pelo Instituto Recriar, trabalho esse que originou a revista Não
é o bicho (2012). Sua atuação como intelectual e escritora abarca ainda a coordenação da editora
Escola de Poesia, bem como a coordenação editorial da coleção Orisun Oro, que visa à publicação
no Brasil de poetas afrodiaspóricas de língua espanhola. Como autora, integrou as coletâneas
Arado de palavras (2008) e Blasfêmeas, mulheres de palavras (2016). Publicou os livros
Relicário (2009), e se alguém o pano (2015) e o poço das marianas (2021). Como tradutora,
publicou Pregão de Marimorena, da poeta afro-uruguaia Virginia Brindis de Salas (2020) e O
Trágico em psicanálise, da psicanalista argentina Marcela Villavella (2012). Tem poemas
publicados, entre outras, nas revistas Cult e Piauí. É pesquisadora dos temas relativos ao racismo
pelo viés psicanalatíco. É colunista do jornal Zero Hora.

Élida Graziane Pinto


Professora de Finanças Públicas na EAESP/FGV e Procuradora do Ministério Público de Contas
do Estado de São Paulo. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais
– UFMG (2001), graduação em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João
Pinheiro (2001), doutorado em Direito pela UFMG (2006) e pós-doutorado em Administração
pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas –
EBAPE/FGV (2010). Foi Professora de Direito Administrativo e Direito Financeiro da Faculdade
de Direito da UFMG, do Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM) e da Escola Superior
Dom Helder Câmara (ESDHC), bem como integrou – como servidora ocupante de cargo efetivo
– a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) do Estado de
Minas Gerais no período de 2002 a 2012. Tem experiência na área de Direito e Finanças Públicas,
com ênfase em Direito Financeiro, cuja linha de pesquisa é desenvolvida nos seguintes temas:
financiamento de direitos fundamentais, orçamento público, políticas públicas, dívida pública e
controle da Administração Pública. Autora de livros, artigos e palestrante.

Elizabete Rosa de Mello


Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho, Mestre em Direito Público pela Universidade
Estácio de Sá, Especialista em Direito Público e Direito Privado pela mesma Universidade e
Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). Atualmente é Professora das
Disciplinas de Direito Tributário, Tributos em espécie, Direito Processual Tributário e Direito
Internacional Tributário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Foi Advogada,
Assessora de Órgão Julgador no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência
na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino, e na área Jurídica, com
consultoria jurídico-tributária e empresarial. Sócia fundadora do Instituto de Direito Tributário e
Finanças Públicas de Juiz de Fora e Região.

Erika Cristine Kneib


Arquiteta Urbanista, mestre e doutora em Transportes. Desenvolveu pesquisa de pós-doutorado
no tema mobilidade urbana, no Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST). Atua como professora
e pesquisadora na Universidade Federal de Goiás, no curso de Arquitetura e Urbanismo e no
Programa de Pós Graduação Projeto e Cidade. Coordenou a equipe de Mobilidade Metropolitana
no Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia. Desenvolve
pesquisas relacionadas à mobilidade urbana e metropolitana; mobilidade sistêmica regenerativa;
acessibilidade (relação transporte & uso do solo); planejamento das cidades e dos sistemas de
transporte na escala urbana e metropolitana; centralidades e transporte público coletivo. Exerceu
atividades relacionadas a planejamento urbano, transportes e mobilidade urbana em prefeitura
municipal, no Governo do Distrito Federal e no Ministério das Cidades. Participou de projetos na
Universidade de Brasília, Agência Nacional de Transportes Terrestres e Ministério dos
Transportes.

Flávia Burmeister Martins


Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul. Formação em Engenheira
Civil pela UFRGS e especialização em Engenharia Ambiental pela Petrobrás; mestrado e
doutorado em Geotecnia pela UFRGS; e MBA em Saneamento Ambiental pela FESPSP (em
andamento). Entre 1996 e 2008, desenvolveu atividades de ensino e pesquisa junto aos cursos de
graduação em Engenharia Civil (PUC-RS) e Ambiental (Universidade de Passo Fundo e
Universidade Luterana do Brasil); curso de mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em
Engenharia - Energia, Ambiente e Materiais ULBRA-RS; e doutorado junto à Pós-Graduação em
Geologia UNISINOS – RS. Como bolsista pesquisadora doutora CAPES, entre outros,
desenvolveu projetos de pesquisa com foco em fluxo de contaminantes em meios porosos;
monitoramento ambiental de áreas contaminadas; e processos de biodigestão anaeróbica em
aterros sanitários. Entre 2008 e 2010, concursada no cargo de Engenheira Ambiental junto à
Petrobras, desenvolveu suas atividades com foco no monitoramento de poluentes atmosféricos de
Usinas Termoelétricas. Integra a Comissão de Sustentabilidade do TCE/RS e atua com foco nas
áreas de meio ambiente e saneamento. Atualmente, é coordenadora da Regional Sul da Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES–RS), na temática de Resíduos Sólidos. Representando
a ABES, coordena o Grupo de Trabalho Logística Reversa de Embalagens pós-consumo do
Estado do Rio Grande do Sul, que congrega a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique
Luiz Roessler (FEPAM); Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do
RS (SEMA); Ministério Público do Estado do RS, Federação das Associações de Municípios do
Estado do RS (FAMURS); Departamento Municipal de Limpeza Urbana DMLU Porto Alegre; e
TCE/RS. Coordena o grupo temático Logística Reversa de Embalagens Pós-Consumo da Câmara
Técnica Resíduos Sólidos da ABES Nacional.
Giselle Ferreira Vieira
Advogada e Assessora do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, mestre em Comparative
Law pela University of Florida-USA. Pós-Graduada em Direito Agroambiental, Direito
Empresarial e Tributário, Direito Processual Civil e Contabilidade Pública. Graduada em Direito
pela Universidade Federal de Mato Grosso. Técnica em Processamento de dados pela Escola
Técnica Federal de Mato Grosso. É fellow da LEAD international. Certificada no Training
Programme in Leadership for Sustainable Development in China, no Programa de Liderança para
Segurança Climática realizado pela ABDL/LEAD, no Program in North American Law for
Brazilian-UFL/USA e no Programa de Derecho Ambiental Comparado: Clínica comparada
Universidad de Florida y Universidad de Costa Rica, na Ward Kershaw Environmental
Conference on Globalizing Clinical Educatin to Protect the World’s Health and the Environment-
University of Maryland School of law e no curso Instrumentos Econômicos y de Gestión em las
Políticas Ambientales - FAO/AECI/Universidad Politecnica Madrid. Autora de livros e diversos
artigos na área de Direito Ambiental, Tributário e Constitucional. Atuou como professora da
Faculdade de Direito da UFMT com habilitação para Direito Ambiental, Financeiro, Trabalhista,
Tributário e Administrativo, como assessora jurídica do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, como
Procuradora Adjunta Municipal da Fiscal, como funcionária do Banco do Brasil e Programadora
de Software. Coordenou o Núcleo de Estudos e Prática Jurídica Ambiental, sediado na UFMT em
parceria com o Instituto Centro de Vida. Organizou o 1ª e 2º Congresso Internacional de Direito
Agroambiental e o Encontro Nacional de Prática Jurídica ambiental - FD/UFMT.

Gleyci A. O. Moser
Professora do Departamento de Oceanografia Biológica, na Faculdade de Oceanografia da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e bolsista do Programa PROCIENCIA (UERJ/
FAPERJ). Licenciada e bacharel em Biologia pela Universidade Federal de São Carlos (1994),
mestre em Oceanografia (Oceanografia Biológica) pela Universidade de São Paulo (1997),
doutorado em Oceanografia (Oceanografia Biológica) pela Universidade de São Paulo (2002) e
especialização (curso de curta duração) em Cultivo de Microalgas pelo Provasoli-Guillard Center
for Culture of Marine Phytoplankton (Boothbay-Harbor, Maine, USA). Em 2018 foi bolsista da
Fundación Carolina na Universidade de Cádiz (UCA - Espanha). Experiência na área de
Oceanografia Biológica com ênfase em ecologia do fitoplâncton marinho, ecologia de
microorganismos marinhos, eutrofização, fisiologia de microalgas marinhas e fitobioensaios.
Dedica-se à docência universitária desde 2002, atuando como professora em temas de biologia e
oceanografia. Mãe de dois filhos nascidos em 2009 e 2012.
Heloísa Tripoli Goulart Piccinini
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Graduada em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1981) e
Especialista em Direito Processual pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul - PUC/RS (1991). Na área profissional, foi advogada privada (1988-1992),
Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul - TCE/RS (1988-
1992) e Procuradora do Estado do Rio Grande do Sul - PGE/RS (1992-1993). Representou este
Tribunal no Fórum Permanente de Combate ao Uso de Bebidas Alcoólicas por Crianças e por
Adolescentes instituído pelo Ministério Público Estadual, coordenando o Grupo de Trabalho de
Legislação. Preside a Comissão de Jurisprudência do TCE/RS. Recebeu em 2011, o Prêmio de
Reconhecimento por trabalhos prestados sob a Coordenação do Cao Infância, concedido pelo
Ministério Público Estadual, gestão do PG Eduardo Lima da Veiga. Agraciada com a Medalha do
Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul, em maio de 2018, em virtude da relevância
dos serviços prestados ao Controle da Administração Pública, especialmente ao Órgão
Ministerial.

Izete Zanesco
Professora titular da Escola Politécnica da PUCRS e do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA). Licenciada em Física, Mestre em Engenharia
na Área de Energia e Doutora em Engenharia Fotovoltaica. É bolsista de produtividade em
desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora do CNPq. Coordena, em conjunto com o Prof.
Adriano Moehlecke, o Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) da Escola Politécnica
da PUCRS. Orienta alunos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. As atividades de
P&D são focadas na área de células solares, módulos fotovoltaicos e sistemas fotovoltaicos, onde
coordena e participa de projetos de P&D subvencionados por empresas do setor de energia, FINEP
e CNPq. Publicou mais de 150 artigos em revistas e congressos internacionais e nacionais na área
de energia solar fotovoltaica e registrou a solicitação de 8 patentes. É membro da Associação
Brasileira de Energia Solar (ABENS) desde 2003 e da International Solar Energy Society (ISES)
desde 1998. Foi uma das co-fundadoras da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar
(MESol). O projeto Planta Piloto de Produção de Módulos Fotovoltaicos com Tecnologia
Nacional/CB-Solar, coordenado em conjunto com o Prof. Adriano Moehlecke foi vencedor do II
Prêmio Melhores Universidades, na categoria inovação e sustentabilidade, em 2006. Foi indicada
ao Prêmio Cláudia da Editora Abril, na categoria ciências, em 2011.

Jaqueline Maria Jacobsen Marques


Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. Mestre em
Administração Pública (IDP). Pós-Graduada em Auditoria das Entidades Governamentais
(UFMT), em Gestão Pública (Faculdade Afirmativo), em Controle Externo e em Direito do Estado
(FGV-Rio). Graduada em Administração (UFMT). Palestrante, autora e coautora de livros e
artigos nas áreas de Administração Pública e Controle Externo. 2º Vice-Presidente da AUDICON.
Foi Conselheira Interina e Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas de Mato Grosso.

Júnia Rosa Soares


Superintendente de Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade
do Governo do Estado de Santa Catarina. Mestre em Administração na área de Gestão Estratégica
das Organizações pela Universidade do Estado de Santa Catarina e administradora empresarial
pela ESAG/UDESC. É palestrante e pesquisadora em Administração Pública (Gestão para
Resultados, Organização Governamental e Transformação Institucional). Residiu em países do
continente americano (Perú e Canadá) e exerceu suas atividades profissionais na iniciativa
privada, ocupando posições executivas em Instituições Financeiras e de Construção Civil. Desde
2008 é administradora concursada do Governo do estado de Santa Catarina, onde participou da
implantação da Fundação Escola de Governo – Ena’ Brasil, em convênio com a l’Ena – École
Nationale d’Administration da France. Na Fundação Ena’ exerceu os cargos de gerente de
tecnologia (2010/2012), diretora técnico científica (2013/2014) e Presidente (2015 a 2018). Na
Secretaria de Estado da Administração foi Diretora de Patrimônio do Estado de SC (2019),
Coordenadora de Gestão Estratégica (2019/2020).

Kelly Gianezini
Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico
(PPGDS) e do curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Pós-
doutora pela Universidade de Coimbra (UC). Doutora em Educação pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio de doutorado sanduíche pela University of California
Los Angeles (UCLA). Possui mestrado em Direito (2002) e em Sociologia (UFRGS), bacharelado
em Ciências Sociais (UFRGS), licenciatura em Sociologia (UNIJUÍ) e bacharelado em Direito
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Foi visiting researcher na
University of Florida (UF). É líder do Grupo de Estudos sobre Universidade (GEU).
Letícia Ayres Ramos
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Possui graduação
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Tem
experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público. É especialista em Direito
Ambiental Nacional e Internacional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e
mestre em Direito com ênfase em Direito Administrativo no Programa de Pós-Graduação em
Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atuou na Procuradoria-Geral de
Justiça/RS, como assessora jurídica, exercendo o cargo de Coordenadora da Unidade de
Assessoramento Ambiental, órgão técnico que presta Assessoramento Técnico nas Áreas do Meio
Ambiente e Probidade Administrativa no âmbito do MP/RS. Foi Procuradora do Estado do Rio
Grande do Sul, lotada na 14ª Procuradoria Regional de Uruguaiana, que abrange as cidades de
Uruguaiana, Alegrete, Itaqui e São Borja.

Letícia Cotrim da Cunha


Professora Adjunta da Faculdade de Oceanografia da UERJ, atuante nas áreas acidificação dos
oceanos e biogeoquímica marinha. Concluiu a graduação em Oceanografia pela UERJ (1993),
mestrado em Geoquímica pela UFF (1996) e doutorado em Oceanologia pela Université de
Perpignan (França, 2000). É Lead Author do WGI da Sexta Comunicação do IPCC (AR6), co-
líder do Grupo Brasileiro de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos (BrOA - www.broa.furg.br)
e da sub-rede Oceanos da Rede Clima. Integra o comitê científico do projeto PIRATA (Prediction
and Research Moored Array in the Tropical Atlantic). Representante no Brasil do programa
SOLAS (Surface Ocean Lower Atmosphere Study - www.solas-int.org) e integrante do grupo de
referência do projeto GLODAP (Global Ocean Data Analysis Project - www.glodap.info).
Bolsista PROCIÊNCIA/UERJ no triênio 2018/2021. Mãe solo de uma filha (nascimento em
2008), é fotógrafa autodidata e apoia a causa das mulheres na ciência. Foi expert reviewer dos
relatórios AR4 e AR5 do IPCC e co-liderou a Rede Latino-americana de Acidificação dos
Oceanos (LAOCA - www.laoca.cl) entre 2015-2017. Entre 2011 e 2017, foi editora associada do
periódico Biogesciences (A1 Qualis CAPES Geociências) e atuou como revisora de projetos de
fomento do National Scientific Foundation (NSF - EUA, em 2002, 2009 e 2014).

Letícia Manique Barretto


Mestranda em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) pela Universidade do Estremo Sul
Catarinense (UNESC). Bolsista do Centro de Aperfeiçoamento de Nível de Ensino Superior
(CAPES). Graduada em Direito pela UNESC e é integrante do Grupo de Estudos sobre
Universidade (GEU).

Luana Queiroz Pinho


Professora no departamento de oceanografia química e coordenadora de graduação na Faculdade
de Oceanografia da UERJ. Formou-se como professora de Ciências biológicas (2006) e
bacharelado em Ecologia (2007) pela UFRJ. Fez pós-graduação na área de Ecologia (mestrado,
2009, e doutorado, 2013), onde trabalhou com o ciclo do carbono em ecossistemas aquáticos
tropicais. Parte de seu doutorado sanduíche foi no Instituto Mediterrâneo de Estudos Ambientais
(IMEDEA-Espanha) e seu pós-doutorado foi na Universidade de Linkoping (Suécia-2015).
Coordena o projeto de Extensão Oceano & Sociedade que visa discutir de forma integrada as
temáticas cotidianas com questões sobre o oceano, os ODS e agenda 2030.

Luciane Beiro de Souza Machado


Auditora fiscal de controle externo no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina desde
1998. Possui graduação em administração pela Fundação de Estudos Superiores de Administração
e Gerência (ESAG/UDESC) e graduação em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Pós graduada em Planejamento Tributário pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Mestranda em Políticas Públicas na Universidade o Estado de Santa Catarina (UDESC).
Chefe de Gabinete da Conselheira Substituta Sabrina Nunes Iocken (TCE/SC). Tem experiência
na área de Administração, com ênfase em Administração Pública.

Magadar Rosália Costa Briguet


Consultora Jurídica da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e
Municipais (ABIPEM) e da Associação Paulista de Entidades de Previdência do Estado e dos
Municípios (APEPREM) desde 2005. Diretora Técnica da ABCPREV Gestão e Formação
Previdenciárias. Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo
(Faculdade de Direito do Largo de São Francisco). Especialista em Direito do Estado pela USP e
em Direito Constitucional Ambiental pela Escola Superior de Direito Constitucional. Procuradora
aposentada do Município de São Paulo. Exerceu cargos de subchefia e assessoria jurídica no
Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Exerce advocacia privada em São Paulo, nas áreas
de Direito Administrativo e Previdenciário, como associada do Escritório Dias de Andrade
Furtado. Atividades docentes exercidas: Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria Geral do
Município de São Paulo, Escola Superior de Direito da OAB (2008/2009), Faculdade Damásio,
Pós-graduação em Regime Próprio de Previdência Social (2015-2017), Curso Êxito (Pós-
graduação). Recebeu o título de Professora do ano (2013) pelo Instituto Goiano de Direito
Previdenciário. Palestrante em congressos, seminários e encontros realizados pela ABIPEM e
APEPREM desde 2005, Tribunais de Contas, Associações e Sindicatos. Escritora de livros e
artigos.

Maisa de Castro Sousa


Procuradora de contas do Ministério Público de Contas do Estado de Goiás. Possui graduação em
Direito - Uni-Anhanguera (2001). Tem experiência na área de Direito, atuando principalmente
nos seguintes temas: acessibilidade, ministério público de contas, controle externo, pessoa com
deficiência e políticas públicas. Fez mestrado profissional em Direito e Políticas Públicas (UFG)
e é especialista em Controle Externo, Governança Pública e Direito Público.

Márcia Helonice Herbertz


Trabalhadora rural em campo de leite. Mestre em Ciências Jurídicas com ênfase em Direitos
Humanos UNIJUI/RS. Tecnóloga em Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Rural/UFRGS.
Secretária de Políticas das Mulheres em Três de Maio/RS (2017-2020). Coordenadora de Políticas
para Mulheres de Santa Rosa (2009-2011). Coordenadora de Políticas da Mulher de Três de
Maio/RS (2006 a 2008).
Márcia Raquel Paiva e Holanda
Auditora pública externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Graduada em
Direito. Atuou como consultora jurídica em Direito Público Municipal na empresa Delegações de
Prefeituras Municipais por 16 anos. Palestrante em cursos da Delegações de Prefeituras
Municipais, inclusive sobre Controle de Constitucionalidade de normas municipais; Incentivos
Industriais, à Agroindústria e Produtores Rurais; Controle Interno – Auxílios e Subvenções;
Qualificação para Vereadores e Servidores de Legislativos e Executivos Municipais. Realizou
cursos de extensão em Direito Administrativo, Constitucional, Penal e Processo Penal.
Especialista em Direito Previdenciário pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Artigo
publicado sobre o controle de constitucionalidade de normas municipais, na Revista Interesse
Público. Integra a Comissão de Jurisprudência no TCE/RS.

Márcia Walquíria Batista dos Santos


Professora Titular do Programa de Mestrado da Escola Paulista de Direito (EPD). Professora de
Direito Administrativo do Centro de Ensino Superior de São Gotardo (CESG). Ex-Procuradora
Geral da USP e Ex-Assessora Técnica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Possui
graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUCRS. Pós-doutorado em Gestão de Políticas
Públicas pela EACH/USP com a pesquisa Parcerias Público-Privadas e Smart Cities e doutorado
em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo. Autora, co-autora e coordenadora de diversas
obras, destacando-se Direito Administrativo: Série Universitária e Direito Administrativo
Econômico. Consultora em licitações, contratos e convênios, bem como em direito urbanístico e
Smart Cities (cidades inteligentes).

Marlise Maria Fernandes


Gestora em projetos sociais pela ULBRA/RS. Especialista em Planejamento Estratégico em
Políticas Públicas pela UNICAMP. Uma das fundadoras do Movimento das Trabalhadoras Rurais,
nominado de Margaridas, em 1980. Integrante da primeira Comissão da Questão da Mulher
Trabalhadora da CUT Nacional em 1986.
Milene Dias da Cunha
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Pará. Mestre em Ciência Política
(2019) pela Universidade Federal do Pará; pós-graduada em Direito Público com ênfase em
Gestão Pública (2015), pela Faculdade Damásio; pós-graduada em Gestão de Pessoas e Marketing
(2004), pelo Centro Universitário de Patos de Minas; e graduada em Administração (2002), pelo
Centro Universitário de Patos de Minas. Tem experiência como docente em cursos de graduação
e pós-graduação e ministra palestras e cursos na área de Controle Externo. Autora e coautora de
artigos e capítulos de livros.

Patrícia de Mello Sanfelice Fleischmann


Procuradora do Ministério Público do Trabalho (desde 2007). Possui mestrado em Direito das
Relações Sociais com ênfase em Direito Previdenciário, pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (2002). Tem experiência em docência na área jurídica nas disciplinas de Direito
Previdenciário, Direito do Trabalho e Direito Constitucional, tanto em graduação como em pós-
graduação lato sensu. Foi coordenadora nacional da Coordinfancia/MPT - Coordenadoria Nacional
de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, do Ministério Público do
Trabalho, no biênio 2017/2019. Exerceu o encargo de coordenadora regional da mesma
Coordenadoria, no RS, entre 2015 e 2017, e de 2019 até 28/01/2021.

Renata Angelis Jamardo Fiorentin


Mestra em Direito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Pós-graduada em
Direito Civil (2014), em Direito Notarial e Registral (2013) e em Direito Tributário (2012) pela
Anhanguera. Graduada em Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Rita de Cássia Krieger Gattiboni
Auditora pública externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Possui graduação
em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1988), graduação em
Direito pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1996), mestrado
em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993), mestrado em
Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2005) e doutorado
em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2013), linha de pesquisa:
Estado, Instituição e Democracia. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do
Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: escravidão e Brasil Contemporâneo.
Atualmente, tem se dedicado à pesquisa na área de desenvolvimento regional. Trabalhou com as
disciplinas do curso de Administração de Empresas ligadas ao Direito e ao Comércio Exterior. Em
2010 deu início à pesquisa sobre a aplicação de recursos públicos obrigatórios no ensino
fundamental dos municípios gaúchos. Lecionou as disciplinas de Legislação Aduaneira, Legislação
Internacional, Legislação Tributária e Seminários de Administração nos cursos de Administração
de Empresas e Administração Comércio Exterior. Atualmente, desde dezembro de 2016, realiza
pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado da URI, campus
Santo Ângelo - RS, sob a orientação da doutora Rosângela Angelin. Possui o blog Evita Calar.

Sonia Endler de Oliveira


Auditora fiscal de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. Pós-
Graduada em Auditoria Governamental pela UFSC. Graduada em Ciências Contábeis e em
Ciências Econômicas. Coautora dos artigos Controle das contas governamentais: moneyball para
as políticas públicas, Revista Controle Externo - Tribunal de Contas do Estado de Goiás (2019),
e O novo regime de transferências voluntárias intergovernamentais e a LR: a disputa pelos
CÓDIGOS orçamentários, no livro Responsabilidade na Gestão Fiscal (2020).

Teresa Villac
Advogada da União. Doutora em Ciência Ambiental. Filósofa. Advogada. Concurso de Advogada
da União em 2000, atuando em consultoria jurídica em licitações e contratos e, a partir de
setembro 2020, exclusivamente em obras e serviços de engenharia em âmbito nacional.
Coordenadora da Câmara Nacional de Sustentabilidade da Consultoria-Geral da União
(CGU/AGU), que é responsável pelo fortalecimento e disseminação com segurança jurídica das
licitações sustentáveis, gestão adequada de resíduos e temas correlatos no âmbito dos órgãos da
administração pública direta do poder executivo federal. Integra o Conselho Diretor do Instituto
O Direito por um Planeta Verde como diretora de consumo sustentável (2017-2019 e 2019-2021).
Educadora ambiental pela Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - Secretaria
Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo (UMAPAZ). Docência como professora
convidada em faculdades e em capacitações, aulas e palestras para servidores públicos brasileiros.
Integra como voluntária redes colaborativas de sustentabilidade para a disseminação da gestão
pública sustentável em órgãos públicos. Livros e publicações nas temáticas de direito ambiental,
direito administrativo, filosofia e ética ambiental. Autora de Licitações Sustentáveis no Brasil (2ª
ed., 2020) e cocoordenadora de Gestão Pública Brasileira: inovação sustentável em rede (2020).
Vanice Regina Lírio do Valle
Procuradora do Município do Rio de Janeiro, tem ainda em seu background o desenvolvimento
de atividades de gerenciamento na área pública, titularizando a Secretaria Municipal de
Administração do Rio de Janeiro e ainda a Secretaria de Estado de Administração do Rio de
Janeiro. Professora Colaboradora do PPGDP da Universiadade Federal de Goiás. Visiting Fellow,
no Human Rights Program da Harvard Law School. Pós-doutorado em Administração pela
EBAPE/FGV e Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho (2006). Foi professora na
graduação e na pós-graduação lato e stricto sensu em Direito, com extensa produção em livros e
artigos. É produtora de conteúdo digital na área jurídica, com formação como tutora em EaD pela
ENFAM. É coordenadora, apresentadora e conteudista do Programa GPS Acadêmico (desde
2017), programa semanal de orientação quanto ao desenvolvimento da pesquisa acadêmica, seja
no campo da graduação, seja na pós-graduação em sentido estrito, com mais de 100 (cem)
episódios produzidos. A experiência na área de Direito Público, com ênfase nos temas de direitos
fundamentais e jurisdição constitucional, tem direcionado sua atividade acadêmica, mantendo-se
sempre o contato com o Direito Administrativo.

Vivianne Alves Bragança Brandão


Auditora de Controle Externo no TCE/GO e advogada. Mestranda do Programa de Pós-Graduação
em Direito e Políticas Públicas (PPGDP), Nível Mestrado Profissional, na UFG. Especialista em
Controle Externo e Governança Pública no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Direito
Administrativo na Faculdade Única de Ipatinga (FUNIP), Direito Constitucional na Universidade
Cândido Mendes e em Processo Civil na Faculdade Unida de Campinas (FacUNICAMPS).

COLABORADORAS

Alexia Becker
Ilustradora digital especializada em retratos personalizados e estamparia. Criadora da marca de
ilustrações Iluztra.Ale. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UniRitter. Intercâmbio
acadêmico na Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona. Sócia no escritório Vera
Zaffari & Co, no cargo de Gestora de Projetos de Arquitetura Comercial.

Laís Cristina Oliveira Afonso Silva


Revisora de textos com prática nas áreas acadêmica e jurídica. Atua tanto na revisão ortográfica
e gramatical quanto na compreensão interativa do texto, contribuindo para a clareza e o uso
preciso da linguagem. Graduada em Letras Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Pós-graduanda em Revisão de Textos pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (PUC Minas). Atuou na revisão de textos produzidos no âmbito do Ministério
Público de Santa Catarina (MPSC) e do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina
(TCE/SC).

Mônica Cristina Corrêa


Graduada em Letras (Francês, Português e Italiano) pela Universidade de São Paulo, Mestre em
Língua e Literatura Francesa (tradução literária), doutora em Língua e Literatura Francesa, com
pós-doutorado em Literatura Comparada (Brasil-França) também pela USP. Foi articulista do
Jornal da Tarde (de 1995 a 1999), do Caderno 2 do Estado de São Paulo (1999 a 2001) e criadora
do “Notre Site Français”, site bilíngue na página www.estadao.com.br. Ainda, colaborou com a
revista CULT, História Viva e A Língua Portuguesa e consultora internacional da revista
Educação (Editora Segmento) e o Le Monde de l’Education – Journal Le Monde – Paris). Ganhou
o prêmio Antoine de Saint-Exupéry – Valeurs Jeunesse por sua obra infantojuvenil “O Aviador e
o Pescador” (2014). Traduziu autores franceses para editoras como Iluminuras (2003), Bertrand
Brasil (1999 - 2007), Barcarolla (2009 - 2010). Entre 2015 e 2020, traduziu seis obras de Antoine
de Saint-Exupéry para a Editora Companhia das Letras, onde permanece como tradutora de
clássicos franceses.

Verônica Rodrigues Times


Professora das línguas portuguesa e francesa. Graduada em Letras e com Licenciatura em Letras
- Português/Francês pela UFRGS. Mestrado em Estudos da Linguagem: Teorias do Texto e do
Discurso pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS.

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