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O livro “Políticas Públicas e os ODS da Agenda 2030”, coordenado por Ana Cristina
Moraes Warpechowski, Heloísa Helena Antonacio Godinho e Sabrina Nunes Iocken e que está
em estágio de pré-venda pela Editora Fórum, possui um conteúdo inédito e instigante, já que,
durante as vinte e quatro horas do dia, lidamos com diversos desafios que estão expostos nos 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 nos seus três pilares:
ambiental, social e de governança.
Embora todos os ODS já se encontrem no texto da Constituição de 1988 como
fundamentos, garantias ou direitos a serem buscados pela República Federativa do Brasil, ainda
convivemos com milhares de pessoas sem um teto decente, sem um prato de comida nutritiva,
sem água, sem energia, sem escola, sem trabalho, além de outros inúmeros “sem” que poderiam
ser contabilizados e que são mantidos na linha da invisibilidade, evidenciando fragilidades nas
políticas públicas construídas e executadas pelos entes nacionais e subnacionais.
Assim, em torno dos 28 capítulos multidisciplinares que compõem essa obra, estão
reunidos 49 profissionais, vindos das cinco regiões brasileiras e de outros países, como República
Democrática do Congo, Espanha e Suíça, com os propósitos de explorar aspectos relevantes dos
17 ODS e revelar suas experiências, práticas e teorias holísticas e intersetoriais, que podem servir
de bússola para corrigir a trajetória atual de colisão com tudo aquilo que ameaça a vida e a
existência global.
Esse formato está sintonizado com as publicações internacionais mais recentes que buscam
integrar expertises de diversas áreas do conhecimento humano e de atuação para extrair o que tem
de melhor na interdisciplinaridade e na troca de saberes, promovendo a interação entre a academia
e os setores público e privado, mostrando, com bons exemplos, que é possível construir um futuro
melhor com envolvimento colaborativo e ações práticas, como o capítulo especial escrito pelo Dr.
Denis Mukwege, laureado com o Prêmio Nobel da Paz no ano de 2018.
Ainda, a publicação conta com o prefácio da Senadora da República Mara Gabrilli e o
posfácio da empresária Luíza Helena Trajano, mulheres que trabalham diretamente com políticas
públicas e ocupam posições de liderança no Brasil. Com isso, o livro é um referencial para
gestores públicos, entidades da sociedade organizada, gestores privados, estudantes, mas,
especialmente, para o próprio cidadão, destinatário final e que se beneficiará com a
implementação da Agenda 2030.
Como uma pequena revelação do conteúdo que consta nesse livro, algumas das autoras
prepararam resumos dos seus capítulos, que foram compilados pelas coordenadoras nesse e-book
de conteúdo meramente ilustrativo e que não representa o formato final de diagramação do
conteúdo que está sendo produzido pela Editora Fórum, cujo ISBN é nº 978-65-5518-225-5.
ESTRUTURA
Prefácio:
Mara Gabrilli – Senadora da República
Capítulo Especial:
LE VIOL COMME ARME DE GUERRE EN RÉPUBLIQUE DÉMOCRATIQUE DU
CONGO ET LE MODÈLE D’ASSISTANCE HOLISTIQUE DE PANZI
Denis Mukwege
Capítulo 1 – ODS 1
Panoramas da pobreza no Brasil: do eterno retorno aos desafios à realização substantiva do
ODS 1 (erradicação da pobreza)
Carla Appollinario de Castro
Capítulo 2 – ODS 2
Políticas públicas de incentivo à agricultura sustentável: da inclusão das mulheres rurais à
experiência de produção de alimentos no município de Três de Maio, Rio Grande do Sul
Márcia Helonice Herbertz; Marlise Maria Fernandes; Rita de Cássia Krieger Gattiboni
Capítulo 3 – ODS 3
Políticas públicas para a saúde e o bem-estar sustentáveis: diretrizes do ODS 3 na Agenda
do Controle
Sabrina Nunes Iocken; Luciane Beiro de Souza Machado
Capítulo 4 – ODS 4
Em busca do alcance do ODS 4 no Brasil por meio do controle do cumprimento tempestivo
das metas e estratégias do PNE
Élida Graziane Pinto
Capítulo 5 – ODS 4
Controle externo e educação: contribuições ao aprimoramento da política pública
educacional
Maisa de Castro Sousa; Vivianne Alves Bragança Brandão
Capítulo 6 – ODS 4
A Educação Infantil como direito ao futuro
Heloisa Tripoli Goulart Piccinini; Márcia Raquel Paiva e Holanda
Capítulo 7 – ODS 5
Políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil - avanços e
desafios
Eliana Guerra de Alencar
Capítulo 8 – ODS 5
Igualdade intragênero e branquitude
Eliane Marques
Capítulo 9 – ODS 6
Direitos fundamentais à água e da água e propostas para viabilizar o ODS 6
Ana Alice De Carli; Elizabete Rosa de Mello
Capítulo 10 – ODS 6
Encontros e desencontros do saneamento básico no Brasil em uma visão conjunta com a
implementação do ODS 6 da Agenda 2030 da ONU
Letícia Ayres Ramos; Flávia Burmeister Martins
Capítulo 11 – ODS 7
O papel da tecnologia fotovoltaica na produção de energia elétrica de forma sustentável
Izete Zanesco
Capítulo 12 – ODS 8
Proteção à saúde dos servidores públicos: necessidades e desafios
Magadar Rosália Costa Briguet
Capítulo 13 – ODS 8
Termo de Cooperação entre Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Estado
do Rio Grande do Sul: Um relato do Ministério Público como promotor de direitos na defesa
da aprendizagem profissional e no combate ao trabalho infantil, a partir das ações em
parceria entre o MPT/RS e a 11ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Porto
Alegre
Cinara Vianna Dutra Braga; Patrícia de Mello Sanfelici Fleischmann
Capítulo 14 – ODS 9
Tecnologia da informação e o grande desafio da Meta 9C do ODS 9: Garantir proteção aos
dados pessoais em tempos de economia digital
Andrea Willemin; Elenise Magnus Hendler
Capítulo 15 – ODS 9
A Política Nacional de Infraestrutura: o Imperativo Categórico da Sustentabilidade
Júnia Rosa Soares
Capítulo 16 – ODS 10
Políticas públicas de ações afirmativas para a educação superior: impasses para o acesso, a
permanência, a inclusão social e a redução das desigualdades
Aline Cardoso Mangili; Letícia Manique Barretto; Renata Angelis Jamardo Fiorentin; Kelly
Gianezini
Capítulo 17 – ODS 10
A construção social da igualdade: um dever de todos
Sonia Endler de Oliveira
Capítulo 18 – ODS 11
Mobilidade urbana e sustentabilidade nas cidades brasileiras: por que somos tão pouco
sustentáveis?
Erika Cristine Kneib
Capítulo 19 – ODS 11
City Coin Niterói: caminho para uma cidade mais inteligente, resiliente e sustentável
Andressa Guimarães Torquato Fernandes; Annalice Oliveira Azevedo Baldini Figueira
Capítulo 20 – ODS 12
Contratações públicas sustentáveis e a atuação da Advocacia Pública e dos Tribunais de
Contas: um "apelo à última geração"
Daniela Zago Gonçalves da Cunda; Teresa Villac
Capítulo 21 – ODS 13
O papel da tributação ambiental em prol do ODS 13: ações contra as mudanças climáticas
Denise Lucena Cavalcante
Capítulo 22 – ODS 14
Por um oceano sustentável
Letícia Cotrim da Cunha; Gleyci A. O. Moser; Luana Queiroz Pinho; Cristina Russi Guimarães
Furtado
Capítulo 23 – ODS 15
ODS 15 - Vida terrestre e os incêndios no Pantanal
Jaqueline Maria Jacobsen Marques; Giselle Ferreira Vieira
Capítulo 24 – ODS 16
A indução de um novo patamar de consciência ética como pilar essencial no combate à
corrupção
Ana Cristina Moraes Warpechowski; Milene Dias da Cunha
Capítulo 25 – ODS 16
ODS 16 e o Poder de Polícia Administrativa: algumas considerações sobre a
(in)delegabilidade e a necessidade de aprimoramento institucional em um contexto de
transformações do Estado e da Administração Pública
Ariane Shermam
Capítulo 26 – ODS 17
Políticas públicas para Inteligência Artificial: uma contribuição para uma agenda
prioritária
Vanice Regina Lírio do Valle
Capítulo 27 – ODS 17
Parcerias Público-Privadas como instrumentos de implementação das políticas públicas de
desenvolvimento sustentável
Ana Carla Bliacheriene; Heloísa Helena Antonacio Monteiro Godinho; Márcia Walquíria Batista
dos Santos
Posfácio:
Luiza Helena Trajano – Presidente do Grupo Mulheres do Brasil
Capítulo 03 – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE E O BEM-ESTAR SUSTENTÁVEIS: DIRETRIZES DO
ODS 3 NA AGENDA DO CONTROLE
Nos últimos quatro mil anos, de forma documentada e observada em todas as culturas, as
diversas formas de discriminação e violência contra mulheres e meninas estão reproduzidas de
modo crescente e sistemático por meio de gerações, colocando-as no pódio da guerra mais longa
de toda a história da humanidade. Um produto culturalmente produzido, que vem provocando
danos irreversíveis, consequências traumáticas e efeitos muitas vezes devastadores para a vida das
mulheres e de todo o seu grupo familiar.
Pela complexidade do fenômeno e a fim de incentivar o seu enfrentamento, a ONU incluiu
dentro da Agenda 2030 um capítulo específico sobre o tema. Esse plano de ação global envolve
os 193 países membros que buscam, por meio de esforços conjuntos, garantir os direitos humanos,
a erradicação da pobreza, a proteção do planeta e a promoção da prosperidade e da paz, por meio
do cumprimento de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas. Impulsionar a
Igualdade de Gênero e combater a violência contra as mulheres são metas almejadas pelo ODS 5.
O Brasil, ao longo de quase duas décadas, vem construindo políticas públicas eficientes e
efetivas voltadas para as questões de gênero. Em pouco tempo tornou-se uma referência
internacional ativa de participação conjunta, governamental e não governamental, na construção
de leis e programas voltados a atender a todas as mulheres brasileiras. O capítulo 7, portanto,
convida o leitor a mergulhar nesse campo histórico e na compreensão de que os direitos humanos
devem ser aplicados sem distinção entre homens e mulheres, garantindo a todos a viver uma vida
de paz.
Capítulo 09 – DIREITOS FUNDAMENTAIS À ÁGUA E DA ÁGUA E PROPOSTAS PARA VIABILIZAR
O ODS 6
O presente capítulo tem por desiderato trazer à baila reflexões sobre a importância do
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – água e saneamento básico –. Assim, busca-se
destacar a premente necessidade de os Estados nacionais viabilizarem ações no sentido de
alcançar as metas consignadas nesse ODS, com vistas a ampliar o escopo de acesso à população
desses direitos fundamentais, como condição de possibilidade a uma vida digna e com saúde.
Afinal, sem água não há vida, tampouco desenvolvimento social e econômico.
Também se trabalha a ideia de que a natureza – e a água em particular – deve ser alçada
ao patamar de sujeito de direitos, trazendo para o cenário contemporâneo das sociedades uma
visão holística do meio ambiente natural, considerando a dignidade da vida em geral. Por fim,
apresentam-se algumas propostas de mecanismos de caráter financeiro/econômico que podem ser
utilizadas para impulsionar o desenvolvimento das metas plasmadas no ODS 6.
Capítulo 10 – ENCONTROS E DESENCONTROS DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL EM UMA
VISÃO CONJUNTA COM A IMPLEMENTAÇÃO DO ODS 6 DA AGENDA 2030 DA ONU
Izete Zanesco
Professora Titular da Escola Politécnica da PUCRS
Doutora em Engenharia na Área de Energia Solar Fotovoltaica
Este capítulo, a partir das vivências profissionais da autora, objetiva debater o tratamento
conferido pela Administração Pública aos seus servidores. A partir da abordagem de temas ligados
à saúde e prevenção das doenças de que são acometidos, particularizando algumas situações na
educação e nos servidores cuidadores de parentes com deficiência.
Enfatizam-se alguns pontos, como as estruturas criadas pelo Poder Público para a
implantação de sistemas de proteção social para os servidores públicos, no âmbito federal e em
alguns entes subnacionais. Também, demonstra-se a necessidade de implantação de políticas
públicas, ainda incipientes, para a instituição de serviços de proteção e prevenção à saúde dos
servidores, que são os executores dos serviços públicos, em especial na área da educação,
articulando-se com algumas das metas relacionadas com a saúde (ODS 3).
Embora a melhoria na qualidade do serviço público não tenha sido contemplada de forma
direta como meta no ODS 8, para que haja trabalho decente e crescimento econômico, haverá o
dispêndio de energias física e mental de incontáveis servidores públicos para que contribuam no
sentido de dar concretude aos 17 objetivos da Agenda 2030 da ONU. Por isso, torna-se de suma
importância melhorar a qualidade de vida enquanto indivíduos para que seja possível levar bem-
estar a toda a sociedade.
Capítulo 13 – APRENDIZANDO PORTO ALEGRE
Durante as inspeções ministeriais realizadas pela 11ª PJIJ de Porto Alegre, foi sentida a
necessidade de formação profissional dos adolescentes acolhidos, uma vez que, aos 18 anos, eles
obrigatoriamente saem das unidades e precisam se estabelecer por conta própria, o que se torna
praticamente impossível se, antes disso, não receberam a devida oferta de oportunidades de saúde,
educação, aprendizagem e profissionalização.
Assim, para atender essa necessidade, vinculada à proteção integral e prioritária da
infância e adolescência, nasceu a parceria entre MP/RS e MPT/RS, com o apoio fundamental da
SRT/RS e da OIT, voltada à oferta de aprendizagem profissional e oportunidades de
profissionalização aos adolescentes em acolhimento institucional.
Inicialmente, foram ofertadas 40 vagas de aprendizagem profissional para os jovens, que
foram contratados como aprendizes por empresas cujas cotas estavam abertas. Paralelamente,
compreendeu-se necessário o resgate das potencialidades dos adolescentes, o que se fez por meio
do Projeto Versos de Liberdade, curso voltado ao desenvolvimento individual (identificação das
dificuldades posturais e de fala, aperfeiçoando sua oratória e desinibição).
A partir disso, observou-se que, para o pleno aproveitamento da aprendizagem
profissional, era necessário atender às outras carências que os adolescentes em situação de
vulnerabilidade carregam. Sem essa atenção integral, o aproveitamento da oportunidade de
profissionalização seria incompleto, e com isso poderia estar comprometida a formação deles e
seu adequado ingresso no mundo do trabalho.
Desse modo, e para servir da melhor maneira os adolescentes beneficiados, passaram a ser
implantadas outras medidas de atenção, as quais são objeto do capítulo em referência. Tais
medidas colaboram diretamente com a realização da Meta 8.7 do ODS 8, já que atuam diretamente
na busca da erradicação do trabalho infantil – objetivo esse que somente será alcançado se
iniciativas semelhantes passarem a ser prioritariamente pensadas e implementadas em larga escala
no território nacional –.
Capítulo 14 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O GRANDE DESAFIO DAMETA 9.C DO ODS 9:
GARANTIR PROTEÇÃO AOS DADOS PESSOAIS EM TEMPOS DE ECONOMIA DIGITAL
Andrea Willemin
Chief Data Protection Officer da Comunidade Europeia e Privacy by Design Expert
Doutoranda em Ciência da Informação e Tecnologia (UFSC)
Dentre os compromissos assumidos pelo Brasil com relação à Agenda 2030, está o
Objetivo 9 (ODS 9), o qual se desdobra em oito metas. Para o estudo proposto, destacou-se a Meta
9.c: “Aumentar significativamente o acesso às tecnologias de informação e comunicação e se
empenhar para oferecer acesso universal e a preços acessíveis à internet nos países menos
desenvolvidos, até 2020.” Levando em conta as entradas em vigor do RGPD, em maio de 2018
na União Europeia, e da LGPD, em agosto de 2018 no Brasil, foram incorporadas nas adequações
nacionais questões pertinentes à qualidade, privacidade, proteção de dados e segurança
cibernética. Com isso, agregaram-se novos indicadores a esse ODS, não apenas para medir a
proporção da população coberta por rede móvel, por tipo de tecnologia, mas também para a efetiva
proteção dos dados pessoais da população, proporcionando a avaliação dos impactos em pesquisas
e negócios relacionados à proteção de dados.
Após discorrer sobre registros históricos e doutrinários no campo do direito, da economia
e da sociologia, as autoras indicam a evolução das normas europeias que impactaram a legislação
brasileira, trazendo tanto ao setor público quanto ao privado a imposição de normas de efetivo
zelo com os dados pessoais. Assim, foram além de meros enunciados e da tipificação de condutas
e adentraram no campo da governança, da gestão de riscos, do planejamento de produtos e
serviços, conduzindo à sua aplicação imperativa e à prestação de contas, mediante a imposição de
penalidades para ações indevidas ou para omissões de deveres.
Neste capítulo, portanto, as autoras propõem uma avaliação do papel da LGPD em face
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU e cuja discussão se
pauta pela Agenda 2030 para apresentar, ao final, alguns apontamentos críticos.
Capítulo 17 – A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IGUALDADE: UM DEVER DE TODOS
Teresa Villac
Advogada da União AGU/SP
Doutora em Ciência Ambiental USP
Gleyci A. O. Moser
Profa. Associada do Departamento de Oceanografia Biológica da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, Doutora em Ciências – Oceanografia
Este capítulo explana sobre o ODS 15 da Agenda 2030, com ênfase nas metas e seus
indicadores aplicáveis à proteção do Pantanal. Apresenta os conceitos, as normas e as políticas
públicas atinentes ao combate aos incêndios florestais e ao desenvolvimento sustentável. Discorre
sobre as características do Pantanal e relata sobre o incêndio florestal de proporção gigantesca que
acometeu esse Bioma em 2020, suas causas e consequências, bem como a atuação dos órgãos
públicos e de controle em seu combate.
Por fim, sugere caminhos que podem assegurar o controle e o combate desses incêndios,
os quais pressupõem a atuação conjunta dos atores públicos e privados na construção de soluções
permanentes e eficazes, em que a conservação ambiental ande de mãos dadas com a
sustentabilidade econômica.
Capítulo 24 – CORRUPÇÃO: O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?
CONVIDADO ESPECIAL
Denis Mukwege
Prêmio Nobel da Paz ao lado da ativista Yazidi Nadia Murad (2018), devido a sua luta inabalável
em favor da verdade, da justiça e da paz na República Democrática do Congo e contra as
violências sexuais usadas como arma de guerra. Prêmio Olof Palme (2008); Africano do Ano
(2008), Prêmio do Daily Trust; Prêmio Right Livelihood (2013); Prêmio Sakharov (2014); Prêmio
Calouste Gulbenkian - Direitos Humanos (2015). Doutoramento honoris causa em quinze
universidades ao redor do mundo. Médico cirurgião-ginecologista congolês. Professor de diversas
universidades internacionais. Diretor do Hospital Panzi em Bukavu, na República Democrática
do Congo. Desde a publicação do Relatório de Mapeamento das Nações Unidas em 2010, vem
fazendo campanha pela criação de um Tribunal Penal Internacional para julgar os crimes
cometidos e acabar definitivamente com a impunidade.
PREFACIADORA
Mara Gabrilli
Psicóloga, publicitária e Senadora da República de destaque na defesa da democracia e da redução
das desigualdades, sendo a primeira representante do Brasil no Comitê da ONU sobre os direitos
das pessoas com deficiência.
POSFACIADORA
COORDENADORAS
AUTORAS
Andrea Willemin
Data Protection Officer e Privacy by Design Expert da Comunidade Europeia e Advogada
europeia especialista em privacidade. Pesquisadora da Maastricht University, Holanda, pelo
instituto de Data Protection e Cyber Security; Doutoranda em Ciência da Informação e
Tecnologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Integrante do Grupo de pesquisa
UFSC/CNPQ DataLab e e-Gov; Mestre em Direito da Sociedade de Informação e Propriedade
Intelectual pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Graduada e pós-graduada em
Proteção de Dados e em Segurança da Informação pela Universidade de Maastrischt/Holanda e
EPFL (école polytechnique fédéral de Lausanne) Suíça; Graduada em Direito pela Université de
Neuchâtel, Suíça, e pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP); Economista
formada pela Université de Savois, França, e Université Genève, Suíça; Executive MBA
Université de Genève, Suíça. Possui 20 anos de experiência em proteção de dados, especialmente
em Privacy by Design, na Suíça e na comunidade europeia. Leciona no ensino superior sobre
proteção de dados para ciências da computação e de gestão na Suíça e na formação de DPOs, bem
como atua como consultora, DPO e formadora dos encarregados de dados junto a órgãos públicos:
Ministério Público/SC, Tribunal de Justiça/SC, Advocacia Geral da União, Tribunal de Contas do
Estado, Magistratura Federal e em diversas empresas privadas.
Eliane Marques
Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Além das
Graduações em Pedagogia e Direito, é Especialista em Constituição, Política e Economia, pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Direito Público pela UNISINOS. Fez
especialização em Psicanálise na Après Coup Porto Alegre Psicanálise e Poesia, onde atualmente
é docente e coordena um dos Seminários de Especialização em Psicanálise. Foi uma das
ministrantes do curso de Direito e Psicanálise e pesquisa, também nessa instituição, o tema do
racismo. Esteve à frente de vários projetos, entre os quais o Poetas do Futuro, do qual participaram
crianças e adolescentes acolhidos pelo Instituto Recriar, trabalho esse que originou a revista Não
é o bicho (2012). Sua atuação como intelectual e escritora abarca ainda a coordenação da editora
Escola de Poesia, bem como a coordenação editorial da coleção Orisun Oro, que visa à publicação
no Brasil de poetas afrodiaspóricas de língua espanhola. Como autora, integrou as coletâneas
Arado de palavras (2008) e Blasfêmeas, mulheres de palavras (2016). Publicou os livros
Relicário (2009), e se alguém o pano (2015) e o poço das marianas (2021). Como tradutora,
publicou Pregão de Marimorena, da poeta afro-uruguaia Virginia Brindis de Salas (2020) e O
Trágico em psicanálise, da psicanalista argentina Marcela Villavella (2012). Tem poemas
publicados, entre outras, nas revistas Cult e Piauí. É pesquisadora dos temas relativos ao racismo
pelo viés psicanalatíco. É colunista do jornal Zero Hora.
Gleyci A. O. Moser
Professora do Departamento de Oceanografia Biológica, na Faculdade de Oceanografia da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e bolsista do Programa PROCIENCIA (UERJ/
FAPERJ). Licenciada e bacharel em Biologia pela Universidade Federal de São Carlos (1994),
mestre em Oceanografia (Oceanografia Biológica) pela Universidade de São Paulo (1997),
doutorado em Oceanografia (Oceanografia Biológica) pela Universidade de São Paulo (2002) e
especialização (curso de curta duração) em Cultivo de Microalgas pelo Provasoli-Guillard Center
for Culture of Marine Phytoplankton (Boothbay-Harbor, Maine, USA). Em 2018 foi bolsista da
Fundación Carolina na Universidade de Cádiz (UCA - Espanha). Experiência na área de
Oceanografia Biológica com ênfase em ecologia do fitoplâncton marinho, ecologia de
microorganismos marinhos, eutrofização, fisiologia de microalgas marinhas e fitobioensaios.
Dedica-se à docência universitária desde 2002, atuando como professora em temas de biologia e
oceanografia. Mãe de dois filhos nascidos em 2009 e 2012.
Heloísa Tripoli Goulart Piccinini
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Graduada em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1981) e
Especialista em Direito Processual pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul - PUC/RS (1991). Na área profissional, foi advogada privada (1988-1992),
Auditora Pública Externa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul - TCE/RS (1988-
1992) e Procuradora do Estado do Rio Grande do Sul - PGE/RS (1992-1993). Representou este
Tribunal no Fórum Permanente de Combate ao Uso de Bebidas Alcoólicas por Crianças e por
Adolescentes instituído pelo Ministério Público Estadual, coordenando o Grupo de Trabalho de
Legislação. Preside a Comissão de Jurisprudência do TCE/RS. Recebeu em 2011, o Prêmio de
Reconhecimento por trabalhos prestados sob a Coordenação do Cao Infância, concedido pelo
Ministério Público Estadual, gestão do PG Eduardo Lima da Veiga. Agraciada com a Medalha do
Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul, em maio de 2018, em virtude da relevância
dos serviços prestados ao Controle da Administração Pública, especialmente ao Órgão
Ministerial.
Izete Zanesco
Professora titular da Escola Politécnica da PUCRS e do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA). Licenciada em Física, Mestre em Engenharia
na Área de Energia e Doutora em Engenharia Fotovoltaica. É bolsista de produtividade em
desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora do CNPq. Coordena, em conjunto com o Prof.
Adriano Moehlecke, o Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) da Escola Politécnica
da PUCRS. Orienta alunos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. As atividades de
P&D são focadas na área de células solares, módulos fotovoltaicos e sistemas fotovoltaicos, onde
coordena e participa de projetos de P&D subvencionados por empresas do setor de energia, FINEP
e CNPq. Publicou mais de 150 artigos em revistas e congressos internacionais e nacionais na área
de energia solar fotovoltaica e registrou a solicitação de 8 patentes. É membro da Associação
Brasileira de Energia Solar (ABENS) desde 2003 e da International Solar Energy Society (ISES)
desde 1998. Foi uma das co-fundadoras da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar
(MESol). O projeto Planta Piloto de Produção de Módulos Fotovoltaicos com Tecnologia
Nacional/CB-Solar, coordenado em conjunto com o Prof. Adriano Moehlecke foi vencedor do II
Prêmio Melhores Universidades, na categoria inovação e sustentabilidade, em 2006. Foi indicada
ao Prêmio Cláudia da Editora Abril, na categoria ciências, em 2011.
Kelly Gianezini
Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico
(PPGDS) e do curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Pós-
doutora pela Universidade de Coimbra (UC). Doutora em Educação pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio de doutorado sanduíche pela University of California
Los Angeles (UCLA). Possui mestrado em Direito (2002) e em Sociologia (UFRGS), bacharelado
em Ciências Sociais (UFRGS), licenciatura em Sociologia (UNIJUÍ) e bacharelado em Direito
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Foi visiting researcher na
University of Florida (UF). É líder do Grupo de Estudos sobre Universidade (GEU).
Letícia Ayres Ramos
Conselheira Substituta do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Possui graduação
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Tem
experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público. É especialista em Direito
Ambiental Nacional e Internacional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e
mestre em Direito com ênfase em Direito Administrativo no Programa de Pós-Graduação em
Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atuou na Procuradoria-Geral de
Justiça/RS, como assessora jurídica, exercendo o cargo de Coordenadora da Unidade de
Assessoramento Ambiental, órgão técnico que presta Assessoramento Técnico nas Áreas do Meio
Ambiente e Probidade Administrativa no âmbito do MP/RS. Foi Procuradora do Estado do Rio
Grande do Sul, lotada na 14ª Procuradoria Regional de Uruguaiana, que abrange as cidades de
Uruguaiana, Alegrete, Itaqui e São Borja.
Teresa Villac
Advogada da União. Doutora em Ciência Ambiental. Filósofa. Advogada. Concurso de Advogada
da União em 2000, atuando em consultoria jurídica em licitações e contratos e, a partir de
setembro 2020, exclusivamente em obras e serviços de engenharia em âmbito nacional.
Coordenadora da Câmara Nacional de Sustentabilidade da Consultoria-Geral da União
(CGU/AGU), que é responsável pelo fortalecimento e disseminação com segurança jurídica das
licitações sustentáveis, gestão adequada de resíduos e temas correlatos no âmbito dos órgãos da
administração pública direta do poder executivo federal. Integra o Conselho Diretor do Instituto
O Direito por um Planeta Verde como diretora de consumo sustentável (2017-2019 e 2019-2021).
Educadora ambiental pela Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - Secretaria
Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo (UMAPAZ). Docência como professora
convidada em faculdades e em capacitações, aulas e palestras para servidores públicos brasileiros.
Integra como voluntária redes colaborativas de sustentabilidade para a disseminação da gestão
pública sustentável em órgãos públicos. Livros e publicações nas temáticas de direito ambiental,
direito administrativo, filosofia e ética ambiental. Autora de Licitações Sustentáveis no Brasil (2ª
ed., 2020) e cocoordenadora de Gestão Pública Brasileira: inovação sustentável em rede (2020).
Vanice Regina Lírio do Valle
Procuradora do Município do Rio de Janeiro, tem ainda em seu background o desenvolvimento
de atividades de gerenciamento na área pública, titularizando a Secretaria Municipal de
Administração do Rio de Janeiro e ainda a Secretaria de Estado de Administração do Rio de
Janeiro. Professora Colaboradora do PPGDP da Universiadade Federal de Goiás. Visiting Fellow,
no Human Rights Program da Harvard Law School. Pós-doutorado em Administração pela
EBAPE/FGV e Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho (2006). Foi professora na
graduação e na pós-graduação lato e stricto sensu em Direito, com extensa produção em livros e
artigos. É produtora de conteúdo digital na área jurídica, com formação como tutora em EaD pela
ENFAM. É coordenadora, apresentadora e conteudista do Programa GPS Acadêmico (desde
2017), programa semanal de orientação quanto ao desenvolvimento da pesquisa acadêmica, seja
no campo da graduação, seja na pós-graduação em sentido estrito, com mais de 100 (cem)
episódios produzidos. A experiência na área de Direito Público, com ênfase nos temas de direitos
fundamentais e jurisdição constitucional, tem direcionado sua atividade acadêmica, mantendo-se
sempre o contato com o Direito Administrativo.
COLABORADORAS
Alexia Becker
Ilustradora digital especializada em retratos personalizados e estamparia. Criadora da marca de
ilustrações Iluztra.Ale. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UniRitter. Intercâmbio
acadêmico na Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona. Sócia no escritório Vera
Zaffari & Co, no cargo de Gestora de Projetos de Arquitetura Comercial.