Você está na página 1de 4

1) Reconhecida constitucionalmente como a base da sociedade, a família é uma instituição

que, apesar das transformações sociais, continua sendo objeto da tutela penal.

Sobre essa tutela, é correto afrmar:

a) É penalmente típica a conduta de quem, sem justa causa, deixa de prover a subsistência do
cônjuge, ou de flho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou
de maior de 60 anos, não lhes proporcionando os recursos necessários.

b) Com a regulamentação civil da união estável, o casamento deixou de ser um bem jurídico
penalmente tutelado, em face da revogação dos tipos penais que dispunham sobre a bigamia e
o adultério.

c) A concessão do perdão judicial a quem registrasse flho alheio como próprio, se o crime fosse
praticado por motivo de reconhecida nobreza, era possível, somente, antes da vigência do
Estatuto da Criança e do Adolescente, que revogou essa causa de extinção de punibilidade.

d) Foram abolidas a contravenção penal da mendicância e a conduta de quem permitia que


menor de 18 anos, mas sujeito a seu poder ou confado à sua guarda ou vigilância, mendigasse
ou servisse a mendigo para excitar a comiseração pública, pois ambas eram exemplos de
controle penal da pobreza.

e) É penalmente típica a conduta de quem subtrai menor de 18 anos ou interdito ao poder de


quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial, mas não a de quem os
induz a fugir do lugar em que se acham por determinação de quem, por essas mesmas razões,
sobre eles exerce autoridade.

a) É penalmente típica a conduta de quem, sem justa causa, deixa de prover a


subsistência do cônjuge, ou de flho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de
ascendente inválido ou de maior de 60 anos, não lhes proporcionando os recursos
necessários. CORRETO: Crime de abandono material, tipificado no art. 244 do CP.

b) Com a regulamentação civil da união estável, o casamento deixou de ser um bem


jurídico penalmente tutelado, em face da revogação dos tipos penais que dispunham
sobre a bigamia e o adultério. ERRADA. Apenas o crime de adultério foi revogado
pela Lei 11.106/05. A bigamia continua sendo crime, tipificado no art. 235 do CP.

c) A concessão do perdão judicial a quem registrasse filho alheio como próprio, se o


crime fosse praticado por motivo de reconhecida nobreza, era possível, somente, antes
da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, que revogou essa causa de
extinção de punibilidade. ERRADA. O art. 242 do CP, que criminaliza a conduta de
quem "registrar como seu filho de outrem", traz em seu parágrafo único a
hipótese de perdão judicial: "Se o crime é praticado por motivo de reconhecida
nobreza: Pena - detenção de 1 a 2 anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena". 

d) Foram abolidas a contravenção penal da mendicância e a conduta de quem permitia


que menor de 18 anos, mas sujeito a seu poder ou confado à sua guarda ou vigilância,
mendigasse ou servisse a mendigo para excitar a comiseração pública, pois ambas eram
exemplos de controle penal da pobreza. ERRADO. O art. 247, ao qual a doutrina
atribui a rubrica de Abandono Moral, traz, em seu inciso IV, a criminalização da
seguinte conduta: "Permitir algúem que menor de 18 anos, sujeito a seu poder ou
confiado a sua guarda ou vigilância ... mendigue ou sirva a mendigo para excitar a
comiseração pública".

e) É penalmente típica a conduta de quem subtrai menor de 18 anos ou interdito ao


poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial, mas não a
de quem os induz a fugir do lugar em que se acham por determinação de quem, por
essas mesmas razões, sobre eles exerce autoridade. ERRADO. O art. 248 do CP
tipifica a conduta de quem "induz menor de 18 anos ou interdito, a fugir do lugar
em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade".

2) PAULO VIVEIROS, trabalhador autônomo de padrão de vida médio, deixou, sem justa causa,
de pagar a pensão alimentícia ao filho menor de 18 anos, fixada pelo juiz. Além da
possibilidade de prisão civil por dívida, é CORRETO afirmar que o pai poderá responder por:

a) abandono material (art. 244, do Código Penal);

b) abandono de incapaz(art. 133, do Código Penal);

c) abandono intelectual(art. 246, Código Penal);

d) sonegação de estado de filiação(art. 243, do Código Penal);

e) nenhum crime.

a) Correta: Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho
menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de
60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem
justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: Pena - detenção,
de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no
País.   b) Errada: Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do
abandono: Pena - detenção, de seis meses a três anos.   c) Errada: Art. 246 - Deixar, sem justa
causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze
dias a um mês, ou multa.   d) Errada: Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição
de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o
fim de prejudicar direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
e) Errada

3) Túlio, em razão de seu casamento com Maria, declarou no cartório de registro de pessoas
naturais que era divorciado, sendo o matrimônio com Maria consumado. Entretanto, Túlio era
casado com Claudia, mas estavam separados de fato há muitos anos. Serviram como
testemunhas Joana e Paulo, primos de Túlio, que tinham conhecimento do casamento e da
separação de fato deste com Claudia. Assim pode-se afirmar:

I. Houve o crime de falsidade ideológica praticado por Túlio, mas que restará absorvido pelo
princípio da especialidade.
II. Trata-se de crime próprio, sendo coautores Joana e Paulo, primos de Túlio.

III. A anulação do casamento de Túlio com Claudia pelo motivo da bigamia, tornaria inexistente
o crime de bigamia.

IV. O objeto material desse crime é Claudia.

Indique a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s).

a) I, ll, III e IV.


b) I, II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.
e) IV, apenas.

4) É de ação penal de iniciativa privada personalíssima do ofendido, o crime de


a) conhecimento prévio de impedimento.
b) simulação de autoridade para celebração de casamento.
c) simulação de casamento.
d) induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento.

5) No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa INCORRETA

a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o legislador
deixara de definir o que se pode entender por "organização paramilitar", "milícia particular",
"grupo" e "esquadrão".

b) Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim visado,
mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação.

c) Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro exige a
associação de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e, assim,
irretroativa neste aspecto.

d) O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de


concurso necessário.

e) O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento
subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento
jurídico brasileiro.

6) A respeito do crime de moeda falsa, tal como tipificado no Código Penal (art. 289},

a) há duas hipóteses de condutas culposas, uma delas de menor potencial ofensivo.

b) há uma hipótese de conduta culposa de menor potencial ofensivo.

c) há uma hipótese de conduta dolosa de menor potencial ofensivo.


d) há uma hipótese de conduta culposa, mas nenhuma de menor potencial ofensivo.

e) todas as hipóteses são de condutas dolosas, mas nenhuma de menor potencial ofensivo

7) O Código Penal, ao tratar dos crimes contra a família, especificamente quanto ao tipo misto
alternativo do induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento, apresenta uma
ressalva específica à hipótese de seu reconhecimento, que caracteriza outro delito da mesma
natureza?

CERTA

De forma mais clara para que se identifique o que a questão quer:

O Código Penal, ao tratar dos crimes contra a família, especificamente quanto ao tipo
misto alternativo do induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento,
apresenta uma ressalva específica à hipótese de seu reconhecimento, que caracteriza
outro delito da mesma natureza. 

E qual é essa ressalva?

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou


ocultando-lhe impedimento QUE NÃO SEJA CASAMENTO ANTERIOR
(configuraria o crime do art. 235 - bigamia).

8) A meretriz que permite que seu filho, menor de 18 (dezoito) anos, resida em casa de
prostituição, comete algum delito?

Abandono material (art. 247, CP)

9) O delito de incitação ao crime configura- se independentemente de a incitação ser dirigida à


prática de determinada infração penal, estando configurado o crime com a mera incitação
genérica?

Falso. Não basta que o indivíduo incite publicamente de forma genérica, devendo apontar fato
determinado, como, por exemplo, conclamar publicamente pessoas a depredar determinado
lugar, cometendo assim o crime de dano (art. 163, CP).

Você também pode gostar