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1. Introdução
O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões
de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabrica
ntes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único
problema é que seus melhores clientes morrem um a um.
A revista The Economist comenta: Os cigarros estão entre os produtos de consum
o mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como ma
nda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes o matam. Isso dá g
randes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os clientes.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, a vida
dos fumantes americanos é reduzida, coletivamente, todo ano, em uns cinco milhões de
anos ,cerca de um minuto de vida a menos para cada minuto gasto fumando. O fumo
mata 420.000 americanos por ano , diz a revista Newsweek. Isso equivale a 50 vezes
mais mortes do que as causadas pelas drogas ilegais .
Em 2002, o governo brasileiro estampará nos maços de cigarro, imagens e alertas ater
radores, como por exemplo uma doente grave aparecendo num leito de hospital com
câncer de pulmão. Terá também imagens de crianças prematuras para alertar o fumo durante a
gravidez e frases de efeito como Fumar causa impotência sexual . Será a maior ofensiva
contra os mais de 30 milhões de viciados, que segundo o Ministério da Saúde mata 80 m
il brasileiros por ano.
Mas, para quem quer se livrar da dependência, a medicina está trazendo tratame
ntos desde terapias e antidepressivos até chicletes e adesivos de nicotina. Já exist
em várias alternativas contra o cigarro, segundo o psiquiatra Montezuma Ferreira,
do Ambulatório de Tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo Hoje é mais fácil parar
e fumar .
Algumas dessas alternativas se baseiam na reposição de nicotina. O fumante é poup
ado dos efeitos da interrupção repentina do hábito, como a irritabilidade. Então, se ofe
rece ao corpo a nicotina mas em doses menores até que ele dispense a substância, com
o é o caso do chiclete e do adesivo de nicotina. Há outros tratamentos que usam anti
depressivos, com bupropriona (Zyban, da empresa Glaxowellcome). Mas ainda não se s
abe como ele funciona contra a dependência. Acredita-se que a droga aumente o efei
to de substâncias como a seretonina e a dopanina. Assim, o fumante teria as mesmas
sensações de bem-estar causadas pela nicotina. Porém, esses tratamentos são recomendado
s para pacientes que fumam mais de quinze cigarros por dia, ou seja, um alto gra
u de dependência.
Há até técnicas para quem, durante o tratamento, sente um desejo incontrolável de f
umar. Trata-se de um sray de nicotina. Ao bater aquela vontade de tragar, o fuma
nte pode borrifar um pouco do líquido no nariz. Mas esse produto só existe nos Estad
os Unidos. Já descobriu-se que o cérebro possui receptores de nicotina, espécies de fe
chadura localizadas nas células nas quais o composto se encaixa. A partir daí começam
a ser liberadas no corpo substâncias como a seretonina, catecolamida e dopamina. E
las estão envolvidas no processamento de sensações como bom-humor e relaxamento. Com o
tempo, o corpo se acostuma com a nicotina e precisa cada vez mais dela para sen
tir as mesmas coisas. Está consolidada a dependência.
Sabe-se também que além da nicotina, o outro vilão é o alcatrão. Ele causa alterações
s células que podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer como o de pulmão
e o de boca.
6. Constatações de 50.000 Estudos
A seguir temos uma pequena amostra do que preocupa os pesquisadores com relação ao f
umo e à saúde:
* Câncer de Pulmão:
87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem entre os fumantes.
* Doenças Cardíacas:
os fumantes correm um risco de 70% maior de apresentar doenças cardíacas
* Câncer de Mama:
as mulheres que fumam 40 ou mais cigarros por dia têm uma probabilidade 74%
maior de morrer de câncer de mama.
* Deficiências Auditivas:
os bebês de mulheres fumantes têm maiores dificuldades em processar sons.
* Complicações da Diabetes:
os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco correm maior risco de ter grave
s complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais ráp
das.
* Câncer de Cólon:
dois estudos com mais de 150.000 pessoas mostram uma relação clara entre o fum
o e o câncer de cólon.
* Asma:
a fumaça pode piorar a asma em crianças
* Predisposição ao Fumo:
as filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro vezes mais p
robabilidade de fumar também.
* Leucemia:
suspeita-se que o fumo cause leucemia mielóide.
* Contusões em Atividades Físicas:
segundo um estudo do Exército dos Estados Unidos, os fumantes têm mais probabi
lidades de sofrer contusões em atividades físicas.
* Memória:
doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complex
as.
* Depressão:
psiquiatras estão investigando evidências de que há uma relação entre o fumo e a dep
ressão profunda, além da esquizofrenia.
* Suicídio:
um estudo feito entre enfermeiras mostrou que a probabilidade de cometer s
uicídio era duas vezes maior entre as enfermeiras que fumavam.
* Outros perigos a acrescentar à lista:
câncer da boca, laringe, gargantas, esôfago, pâncreas, estômago, intestino delgado
, bexiga, rins e colo do útero; derrame cerebral, ataque cardíaco, doenças pulmonares
crônicas, distúrbios circulares, úlceras pépticas, diabetes, infertilidade, bebês abaixo d
o peso, osteoporose e infecções dos ouvidos. Pode-se acrescentar ainda o perigo de i
ncêndios, já que o fumo é a principal causa de incêndios em residências, hotéis e hospitais
7. O Pulmão e o Coração
lustração do Pulmão Humano
Ilustração do
Pulmão Humano
O pulmão humano é composto de pequenos glóbulos chamados alvéolos. O fluxo de sangue e a
irrigação sanguinia entre o coração e o pulmão são intensos. A fumaça do cigarro prejudica
retamente o funcionamento do sistema coração-pulmão. Com o passar do tempo os alvéolos p
ulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça do cigarro, deixando de f
azer sua função. O organismo então passa a ter menor oxigenação dos tecidos, resultando em
maior facilidade de cansaço para o fumante. O cigarro também causa inúmeros danos ao
coração, tal como infarto.
8. É Possível Libertar-se
Milhões de pessoas conseguiram se libertar do vício da nicotina. Se você fuma, v
ocê também poderá largar esse hábito prejudicial.
Aqui vão algumas dicas:
* Saiba de antemão o que esperar. Os sintomas de abstinência podem incluir ansie
dade, irritabilidade, tontura, dor de cabeça, insônia, distúrbios estomacais, fome, fo
rtes desejos de fumar, talvez por causa de um momento estressante (lembre-se de
que o impulso em geral passa dentro de cinco minutos), dificuldade de concentração e
tremores. Isso não é nada confortável, mas os sintomas mais intensos duram apenas alg
uns dias e vão desaparecendo à medida que o corpo vai se livrando da nicotina.
* Analise sua rotina para ver quando você procurava um cigarro e altere esse p
adrão, pois a mente estava condicionada por comportamentos associados ao fumo. Por
exemplo, se fumava logo após as refeições, crie a determinação de levantar-se logo em seg
uida e caminhar ou lavar os pratos. Se estiver desanimado por causa de recaídas, não
desista.
O importante é continuar tentando.
* Parar de fumar é uma coisa. Largar de uma vez por todas o fumo é outra coisa.
Estabeleça alvos de abstinência: um dia, uma semana, três meses, para daí então parar de f
umar para sempre.
* Se a idéia de engordar o incomoda, lembre-se de que os benefícios de parar de
fumar superam esses quilinhos a mais. É bom ter frutas e hortaliças à disposição. E beba m
uita água.
E falando em benefícios ao parar de fumar saiba mais sobre isso:
* Vinte minutos depois de deixar o cigarro, a pressão arterial e os batimentos
cardíacos retornam ao normal
* Um dia depois de largar o vício, as chances de infarto começam a se reduzir
* Após três dias, há um aumento da capacidade respiratória
* De duas a 12 semanas a circulação sangüínea melhora
* No intervalo de 1 a 9 meses a tosse e as infecções das vias aéreas vão cessando. A
capacidade física melhora
* Em um ano diminui o risco de doença coronariana em 50% Em dez anos caem as c
hances do aparecimento de câncer
* No período de dez a 15 anos o perigo de desenvolver problemas cardíacos se igu
ala ao de uma pessoa que nunca fumou.
9. Estatísticas
Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em conseqüência ao hábito de fumar
. A Organização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2020 o vício do cigarro
levará mais de 10 milhões de pessoas à morte, por ano.
Estatísticas Sobre Uso do Cigarro
Tabela de Estatísticas Sobre Uso do Cigarro
10. Conclusão
O fumo e seus derivados fazem parte do grupo de drogas consideradas de al
ta periculosidade a saúde humana. Vidas são tragadas pelos malefícios do fumo a cada m
inuto. Entretanto o lucro gerado pelo fumo movimenta bilhões de dólares todos os ano
s. Milhares de horas de propaganda a favor do fumo são veiculadas nos meios de com
unicação de massa toda semana buscando novos mercados consumidores. Se o fumo é um mal
para uns, faz muito bem a outros tantos que usufruem do lucro gerado pelo fumo
e seus derivados. A grande maioria entretanto, morre e adoece todos os dias. O f
umo traz inúmeras despesas à nossa sociedade.
A Vida de uma pessoa que fuma 15 cigarros por dia é reduzida, em média, 5 anos.
Uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia tem probabilidade 20 vezes maior d
e desenvolver câncer de pulmão do que uma pessoa que não fuma.
Uma pessoa que fuma tem o dobro de chance de vir a ter doenças cardiovasculares do
que uma pessoa que não fuma.
Para as grávidas que fumam (tirado da Revista Veja de 14/07/99, pág. 33): "O tabaco
pode apresentar uma ameaça à adolescência das crianças. Entre os meninos quadruplicam os
riscos de distúrbios de comportamento. E entre as meninas cresce cinco vezes a p
ropensão à dependência de drogas."
Uma pessoa que fuma tem 20 vezes mais chances de desenvolver bronquite crônica (os
brônquios secretam excesso de muco e os cílios responsáveis pela eliminação desse muco pa
ssam a funcionar mal; o muco fica assim acumulado nos brônquios e bronquíolos, que i
nflamam, e a pessoa passa a tossir muito e a ter dificuldade em respirar) e enfi
sema pulmonar (rompimento dos alvéolos, com redução da área para as trocas gasosas) do q
ue uma pessoa que não fuma.
O fumante tem 7 vezes mais chances de desenvolver úlceras e câncer de estômago que os
não-fumantes.
Envelhecimento precoce de todas as células do organismo pela diminuição do aporte de o
xigênio no sangue (5% menos) e consequente aumento de radicais livres, bem como di
minuição do tempo de vida.
Fumar na gravidez representa perigo para o feto: há o dobro de risco de aborto, de
nascimentos prematuros e de morte de fetos; quando isso não ocorre, o bebê de uma g
estante fumante terá menor peso no nascimento.
Os fumantes obrigam os não-fumantes a fumar, pois os não-fumantes confinados em ambi
entes fechados, como carros, escritórios, salas de espera, bares, restaurantes e o
utros, são afetados pela fumaça do cigarro dos fumantes; respirando passivamente ess
a fumaça, os não-fumantes podem, ao longo do tempo, desenvolver os mesmos problemas
circulatórios e respiratórios que os fumantes. Filhos de pais fumantes, por exemplo,
têm o dobro de chance de contrair pneumonia ou bronquite no primeiro ano de vida.
Aparecimento de asma, gripes constantes com recuperação lenta. O fumante perde o fol
ego aos menores esforços, com tosses freqüentes, pigarro ou catarro constantes.
Agravamento de doenças como hipertensão, diabetes, colesterol alto, cardiopatias, do
enças vasculares - derrames (principalmente em associação à pílula anticoncepcional-AVC) e
doenças pulmonares.
O alcatrão, assim como algumas das centenas de substâncias catalogadas contidas na f
umaça do cigarro, são considerados de grande potencial cancerígeno, sendo responsável pe
la maior incidência de câncer de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, próstata, bexiga
cólon e outros órgãos.
Maiores riscos e maior dificuldade na recuperação após intervenções cirúrgicas.
Pele do rosto acinzentada, dentes escuros e dedos da mão amarelados.
Suspeita-se que algumas das mais de 4.000 substâncias presentes na fumaça do cigarro
possam causar alterações genéticas.
No homem, maior tendência à impotência sexual, principalmente em associação a outros fator
es de riscos como stress, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, etc. Dimi
nuição da mobilidade dos espermatozóides, aumentando a possibilidade de infertilidade
masculina.
Dependência física e psíquica de uma substância, que nem sempre encontra-se à mão, além do
o cada vez menor de locais públicos onde é permitido fumar.
Dificuldade de convivência com outras pessoas ou parceiros que não fumam, além da tran
sformação de seus filhos em fumantes passivos indefesos, sem considerar o mau exempl
o.
Má aceitação social por parte de número cada vez crescente de amigos que não fumam ou que
deixaram de fumar, e o consideram uma pessoa displicente com sua própria saúde, sem
força de vontade e, pior ainda, egoísta por impor-lhes sua poluição particular.
Mau hálito e impregnação de roupas, cabelo, objetos e ambiente doméstico pelo cheiro do
cigarro.
Maior dificuldade de emprego, visto a tendência atual de preferência a não fumantes.
Aumento dos gastos mensais com pacotes de cigarro, medicamentos para tratar as d
oenças relacionadas ao tabagismo e custos mais altos das apólices de seguro de vida
e de saúde para fumantes.