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G1 – 18/4
G2 – 13/6
Referências bibliográficas:
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 35.ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2009.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 24.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 32.ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2009.
Indicado pelo professor.
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de
direito constitucional. 4.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
Indicado pelo professor.
Aula 29/2
Condições constitutivas do direito:
Regime democrático
Democracia = governo do povo e para o povo. É um regime político composto pelo
povo.
Democracia direta – surgida na Grécia baseava-se no poder composta apenas por
homens livres (homens).
Democracia indireta – surge a ideia de representantes.
Antes do período moderno a estrutura política era composta por uma única
pessoa, antes ainda, pelo senhor feudal (fragmentação territorial – descentralização do
poder). No período do Estado Moderno, emergia o monopólio de uma só pessoa
(absolutismo), o rei. Aos poucos, com o decorrer das revoluções liberais, veio à
separação dos poderes com intuito de derrubar o poder centralizado, ou seja, o poder
que estava em uma mão ou um só grupo passou a ser divido em três pessoas (ato
altamente democrático).
Na verdade, o poder político não se divide, todos são pertencentes ao Estado. O
que ocorre é a separação de funções (legislativa, administrativa e jurisdicional). Os
poderes se auto controlam, se auto organizam através da Constituição.
o Diego Valadés: “o equilíbrio constitucional consiste na existência de uma distribuição
relativamente igual de poder, de tal maneira que nenhum grupo ou combinação de
grupos possa dominar os demais”. “A competição entre os distintos grupos sociais só é
tolerável na medida em que esses mesmos grupos estejam subordinados aos
procedimentos constitucionais”.
Aula 7/3
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Art. 2º - Princípios da “divisão funcional do poder”.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário.
Poder político: uno e indivisível
Separação funções: 3 funções básicas
O poder não é dividido, são separadas funções básicas que os Estado
cumpre. São elas: LEGISLATIVA (criar regras, legislar e fiscalizar); EXECUTIVA
(administrar) e JURISDICIONAL (função de dizer do Direito, ou seja, solucionar os
conflitos que surgem na sociedade).
Objetivo: evitar a concentração de poderes
A teoria, efetivamente se afirmou no período moderno. Como paradigma,
é possível citar a Revolução Francesa (acabar com uma ordem absolutista e criar
um novo Estado que respeitasse os direitos dos indivíduos). É quando surge o
Estado Democrático Liberal. Para garantir isso, os liberais da época criam a técnica
de separar essas funções, para evitar o poder absoluto do Rei. Ainda assim, eles
perceberam que mesmo com a separação, nada impede que algum desses
poderes torne-se arbitrário.
Separação não é rígida: sistema de “freios e contrapesos”
Devemos ter a ideia de que essa separação não é rígida nem absoluta, já
dizia Montesquieu: “só o poder detêm o poder”. O sistema de “freios e
contrapesos” possibilita o controle e fiscalização recíproca, propondo estabilidade
política e administrativa.
Na separação são elencadas funções principais para esses poderes, porém
não quer dizer que estes não cumpram outras funções, mas estas serão
secundárias.
- Judiciário legisla = há alguns projetos de lei trazidos pelo judiciário. Ele
também determina horários de funcionamento do tribunal, fórum.
- Judiciário controla o executivo? Sim.
- Judiciário fiscaliza o executivo? Sim, quando julga se uma lei é
constitucional.
- Legislativo atua também como executivo? Sim quando trata da
administração interna e também o fiscaliza na aprovação das contas do judiciário;
aprovação dos integrantes do poder judiciário.
A separação dos poderes segue 2 critérios:
1º Especialização funcional = promove um melhoramento naquela função.
2º Independência orgânica = nas atividades (funcionamento) internas do poder,
não há interferência.
Aula 14/3
Presidente da República: responsabilidades e prerrogativas
Crimes comuns:
- Julgado pelo STF;
- Admissibilidade pela Câmara dos Deputados (anterior ao julgamento).
Nas infrações comuns, que são aquelas tipificadas no Código Penal e na legislação
penal extravagante, o Presidente da República, quando comete tais crimes, será
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. Goza, o Presidente, de
privilégios intrínsecos em razão do eminente cargo que ocupa, não sendo julgado pelo
juízo comum, mas sim, pelo chamado foro privilegiado.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dentre as atribuições do presidente, sobressai a de decretar a intervenção federal.
- Intervenção federal (I.F.) -> Art. 34 (a União deve respeitar a autonomia dos Estados,
salvo se ocorrer alguma das exceções contidas no Art.).
- A União não pode intervir nos municípios. A ingerência da União sobre os municípios é
sempre uma medida excepcional e de curto período.
Pode ser:
1. De ofício/espontânea: sem provocação ou requisição. É quando o Presidente
entende que seja caso de intervenção. Só pode ocorrer se estiver presente uma
das hipóteses contidas nos incisos abaixo. Esse decreto sofre um controle político
exercido pelo Congresso Nacional (percebemos aqui a presença dos “freios e
contra pesos”).
Art. 34, I, II, III e V.
2. Provocado: poder executivo ou legislativo solicita a I.F.. Caso esses poderes não
atuem normalmente, por coação, requerem a intervenção e quem decide é o
Presidente.
Art. 34, IV.
3. Requisitada pelo STF, STJ ou TSE: não se submete a qualquer controle político.
- Art. 34, VI c/c Art. 36, II (diante de um descumprimento judicial, feito por um
Estado, há requisição pelo Supremo para o Presidente conceda Intervenção
Federal; e este deverá cumprir)
- Art. 34, IV c/c Art. 36, I
5. Pode ainda a I.F. decorrer de uma “ação de executoriedade de lei federal” – Art.
34, VI c/c Art. 36, III.
2) Estado de sítio (Art. 137) – medida mais rigorosa, pois as garantias ficam
suspensas.
Situações críticas que indicam a necessidade da instauração de
correspondente legalidade de exceção (extraordinária) para fazer frente à
anormalidade manifestada. A aplicação de medidas coercitivas e a
suspensão de direitos e garantias constitucionais são apenas meios para a
consecução de seus objetivos.
- Forma mais grave de suspensão das garantias;
- Depende de requisitos formais:
a) audiência do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional
(prazo de 5 dias);
b) autorização, por voto da maioria absoluta, do Congresso Nacional, para
decretação em atendimento à solicitação do Presidente;
c) decreto do Presidente da República.
- Pode ser:
Repressivo – Art. 137, I -> comoção grave de repercussão nacional (rebelião ou
revolução) ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medidas
tomadas durante o estado de defesa.
Defensivo – Art. 137, II -> em caso se guerra ou em resposta a agressão
armada estrangeira.
Aula 21/3
PODER LEGISLATIVO
Funções Típicas:
Legislar = criar normas jurídicas. Função que o poder legislativo desempenha de
criar e editar normas jurídicas com caráter de observância geral.
Fiscalizar (Art. 70): fiscalização contra a legalidade dos atos praticados por outros
poderes. O poder executivo trata de legalizar os atos da administração pública.
Para desempenhar essas funções o poder legislativo contra com suas comissões e
tribunal de contas.
Nenhum ato público fica alheio da fiscalização jurisdicional, e a CPI não fica de
fora, pois se caso alguém sinta que esta sendo violado algum direito seu a
partir da investigação feita na CPI, o poder judiciário tem o dever de intervir.
Ex: quando é lançando um fato de forma genérico, o poder judiciário intervém
para que não ocorra violação do direito do agente, visto que a investigação já
começaria sem fato determinado.
Materiais -> essas imunidades são criadas para que os deputados tenham o livre
direito de se expressar (seja por fala ou em votos) e se estendem “para todo o
sempre” (mesmo após o mandato não será processado), do contrário, nenhum
parlamentar falaria de algum dos outros com receio de ser processado e sem isso as
investigações não teriam um “impulso”.
2. Vedações (proibição)
Aula 28/3
PODER LEGISLATIVO (continuação)
Incompatibilidade e impedimento (vedações):
Art. 54, I e II.
Perda do mandato: se deputado ou senador cometer atos impedidos (art. 54).
Art. 55 -> falta de decoro e ausência a mais de 1/3 das sessões ordinárias.
Decoro = quebra de conduta esperada por parlamentar. Seu comportamento
deve ter postura ética compatível com as exigências da tua atuação. Caso
contrário, ele pode ser acusado e julgado, e se confirmado, perda do cargo e 8
anos de inelegibilidade. Quem julga é o próprio órgão legislativo a qual ele
pertence. Se o sujeito renúncia ao cargo antes do julgamento, ele não pode mais
ser julgado, pois não pertence mais ao cargo. Porém se a renuncia ocorrer, os
direitos vindos da renúncia são suspensos até o fim do julgamento e se
condenado, só após o fim do processo ele, além de perder o carga, torna-se
inelegível por 8 anos. Se ele renuncia antes da abertura do processo, ele perde o
mandato, mas não perde a inelegibilidade.
Função legislativa:
Processo legislativo: atos necessários para a produção de normas jurídicas
válidas. Para elaboração e criações de normas válidas devem ser observados
certos procedimentos que compõem o denominado processo legislativo.
- Quanto à natureza:
1. Autocrático = ocorre nos casos de ditadura, na qual as leis são impostas
pelo detentor do poder político de modo autoritário. As leis
decorrem do arbítrio de quem exerce o poder político.
2. Direto = ocorre quando as leis são elaboradas pelos próprios cidadãos,
sem qualquer intermediação.
3. Representativo = quando as leis são elaboradas indiretamente pelos
cidadãos, uma vez que os cidadãos são representados,
democraticamente, elegendo representantes.
4. Semidireto = nessa modalidade mesclam-se os elementos da democracia
representativa e da direta (ex: referendo, plebiscito,
apresentação de projetos de leis por iniciativa popular).
- Fases do processo:
1. Iniciativa:
* Art. 64 – Câmara dos Deputados
* A iniciativa pode ser:
- Privativa/ reservada/ exclusiva: Art. 61,§1º, I; 84, XXIII; 93; 51, IV. (certas
matérias são reservadas para determinadas autoridades – presidente ou MP
ou poder judiciário)
- Concorrente: regra geral (apresentar projeto de lei de forma conjunta –
deputados, senadores, presidente)
- Iniciativa popular (1 milhão de assinaturas)
2. Discussão
Todo projeto de lei passar por comissão que seja compatível com a
matéria e, obrigatoriamente, todos os projetos passam pela comissão de
constituição de justiça.
O projeto de lei pode sofrer uma emenda = alteração do projeto.
5. Sanção ou veto
Veto – TOTAL
– PARCIAL
Fundamento – POLÍTICO
– JURÍDICO
Sanção = concordância do chefe do poder executivo com o projeto de lei. Esta
pode ser tácita (se em 15 dias o presidente não declarar nada, há o projeto é
sancionado) ou expressa (antes do prazo de 15 dias o presidente expressamente
que sanciona o projeto).
Veto = discordância do chefe de poder com projeto de lei que fora aprovado pelo
legislativo. Pode ser total ou parcial, analisando o artigo, inciso ou parágrafo de
forma inteira.
POLÍTICO – entende-se que o projeto de lei não está de acordo com o
interesse público.
JURÍDICO – entende-se que o projeto de lei é inconstitucional.
Vetado o projeto de lei, volta para o poder legislativo. No âmbito federal:
congresso nacional, estadual: assembleia legislativa, municipal: câmara de
vereadores.
O poder legislativo vai discutir o veto e após, votar o veto, concordar ou não.
6. Promulgação e Publicação
Sendo aprovado o projeto de lei ou rejeitado o veto o projeto vai para a
etapa da promulgação e publicação.
Promulgação = ato formal que da existência a lei. Se ele é sancionado, quem
promulga é o chefe de estado, caso o projeto tenha sido rejeitado, o
presidente da mesa do poder legislativo é quem promulga.
Após esse ato, o projeto vira lei e é publicado no Diário Oficial. Poderá entrar
em vigor dependendo do que o legislador publicar. No período de “vacatio
legis” a lei existe, é válida, mas não é eficaz.
Aula 4/4
ESPÉCIES LEGISLATIVAS
O Art. 59 enumera as seguintes espécies legislativas:
1. Emenda à Constituição (Art.60) = alteração, permite uma atualização da
Constituição para que se adaptem as novas situações que surgem na sociedade
com a evolução do tempo.
- Introduzem alterações específicas no texto constitucional
- Quanto à alterabilidade: Constituição rígida
Limites à alteração (nossa Constituição é rígida,
nesse sentido se exige um procedimento mais rigoroso para suas alterações).
- Supremacia constitucional = a Constituição ocupa posição de
supremacia/primazia perante as outras normas.
- Poder constituinte derivado reformador = tem legitimidade e competência para
alterar a Constituição. Que apresenta a emenda e exercem o poder constituinte
são os deputados e senadores.
- Limites: delimitados pelo poder constituinte ordinário.
Formais (Art. 60, § 2º e 3º) -> referem-se a limites quanto ao seu procedimento.
Materiais (Art. 60, § 4º) -> cláusulas pétreas (núcleo rígido = matérias que não são
passíveis de reformação). Estabelece direitos fundamentais, derivados da
dignidade humana. São considerados essenciais à condição humana. Podem ser
de natureza individual (considerado isoladamente) ou social (buscam garantir uma
condição de vida digna, considerando o homem inserido em um meio social). São
direitos intangíveis, ou seja, devem ser respeitados por todos, sem serem
“tocados”. Em sua maioria, estão relacionados a axiologias (valores).
Ex: direito à vida, liberdade, saúde, dignidade.
Circunstâncias (Art. 60, § 1º) -> diante de certas circunstâncias específicas, não se
permite alteração na Constituição.
2. Leis complementares (Art. 59, II e 69) -> exigem maioria absoluta. Prevê que a lei
complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das
leis.
- Aprovadas nos casos expressos previstos na Constituição Federal
Ex: Art. 59, § único -> L.C. 95/98
- Leis ordinárias (Art. 59, III e 61) -> exige maioria simples (50 + 1 da totalidade).
Sobre quais matérias pode-se legislar ordinariamente? Todas, a não ser as
complementares. Leis complementareis e ordinárias estão no mesmo patamar de
importância e hierarquia, tratam apenas de questões diferentes. Estão no mesmo
grupo de atos normativos secundários. Pode haver hierarquia formar e não
material.
Norma = o resultado da interpretação da lei. A norma prescreve como deve ser
nosso comportamento. É o conteúdo/sentido da lei.
4. Medidas provisórias (59, V e 62) = medida mais rápida e autônoma para que o
presidente resolva situações emergenciais. Surte efeito imediato.
- Origem: Itália
- Ato (espécie) normativo com força de lei, cuja eficácia é temporária (está
limitada ao tempo). Pode ser convertida em lei.
REQUISITOS (Art. 62): - Relevância
- Urgência
Só pode editar e decidir o que é relevante e urgente para as medidas provisórias é
o Presidente da República.
Aula 11/4
MEDIDAS PROVISÓRIAS (M.P.)
- Criação de MP
No RS não há previsão do Governador criar MP. A princípio nenhum município
prevê criação de medidas provisórias.
- Editada pelo Presidente;
- Casos: relevância e urgência.
- Após edição: Avaliação pelo Congresso Nacional:
1. Aprovar MP sem alteração: conversão em lei.
2. Aprovar MP com alteração: emendas. O projeto de lei de conversão da M.P. seguirá o
processo legislativo ordinário.
3. Rejeitar a M.P.: perde sua eficácia.
- Tácita: não aprecia a M.P. no prazo (60 dias, prorrogáveis por mais 60).
- Expressa (vai há votação e há manifestação negativa à M.P.).
Editada uma medida provisória, como ficam as leis contrárias? Se não houver
contradição, só “adição”, ambas continuam existindo. Caso haja contrariedade, criada
uma M.P. (antes da aprovação e inclusive avaliação), são suspendidas as leis contrárias.
Se houver aprovação, a lei posterior revoga a lei anterior. Se for negada, a lei anterior
volta a gerar efeitos.
- Limites às M.P.
Art. 62, §1º e 2º -> vedação material (matérias às quais não podem ser
envolvidas na criação de M.P.).
- Diante de uma M.P. dois efeitos imediatos: vigência temporária e suspensão da
eficácia de leis anteriores contrárias.
- Reedição de M.P.
É possível a reedição de M.P.? Não na mesma sessão legislativa, na próxima sessão é
possível.
Se houver projeto de lei que não é aprovado pelo Congresso, pode o Presidente
editar M.P.? Não é possível.
O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que foi remetido ao Presidente.
Antes que ele sancione ou vete, poderá o Presidente criar uma medida provisória
sobre o tema? (Art. 61, §1º, IV) Não pode, pois caso contrário não haveria
necessidade de existência do Congresso Nacional.
Decretos legislativos (Art. 59, VI) => são atos exclusivos do Congresso Nacional
que não se submetem a apreciação do Presidente da República. É ato próprio do
poder legislativo, que através deste, regula matérias que por algum acaso ficam
pendentes (há matérias que cabe ao Congresso regulamentar- tratado internacional
que o Brasil participa, mas é necessário regulamentar algumas questões referentes
ao assunto: quando começarão a gerar efeitos, se terá limites... -, essa
regulamentação é feita pelo Congresso). Tem natureza mais administrativa.
Resoluções (Art. 59, VII) => atos de eficácia interna, cuja edição fica a cargo do
poder legislativo. Vinculam-se aos Art. 51 e 52 da CF, além do previsto no regimento
interno da Câmara e do Senado.
Parlamentares = são processados e julgados no STF, tem foro especial. (Art. 53).
Para que haja a investigação é necessário autorização do Supremo.
G2
PODER JUDICIÁRIO
- Função típica: jurisdicional
Aula 25/4
O poder judiciário se divide em comarcas (ao invés de se dividir em municípios).
Comarca = divisão territorial que delimita competência e atuação do juiz. Usa o critério
para divisão: produção econômica, população e atividade econômica. Não corresponde,
especificadamente, cada município (deve apresentar os critérios anteriormente citados).
Entrâncias = o juiz, quando passa em um concurso público, ele é designado para atuar em
uma comarca. As comarcas menores são chamadas de entrâncias iniciais, com o tempo,
este será enviado a uma comarca de entrância intermediária (com vara especializada –
vara é a divisão de competência com relação à matéria). E na sequência, é enviado a uma
entrância final (de comarcas maiores – POA, Santa Maria, Caxias do Sul, Pelotas).
STF (supremo)
STJ (superior) TSE (superior eleitoral) TST (superior do trabalho) TSM (superior
militar)
TJ (justiça) TRF (regional federal) TRE (regional eleitoral) TRT (regional do trabalho) TM
(militares)
Aula 2/5
Art. 109 – Competência da Justiça Federal.
O que não estiver elencado neste artigo, é de competência estadual.
Art. 111 – justiça do trabalho
Art. 118 – justiça eleitoral
Art. 119 – composição do TSE
Art. 125 – registra de forma implícita, o princípio da simetria. Prevê, também, a justiça
militar dos estados.
O 5º Constitucional está previsto no Art. 94, o qual afirma que 1/5 dos
desembargadores será comporto por um ente que não seja juiz. Há uma escolha de 6
pessoas na própria entidade (ou MP ou OAB), passados ao TJ, são escolhidos 3
candidatos da lista sêxtupla pelos desembargadores do TJ e estes, são enviados para
que o governador selecione 1.
PODER JUDICIÁRIO
1. Garantias institucionais (é fundamental no sistema democrático; visa a autonomia
do poder para proteger o indivíduo que tem seu direito violado)
- Autonomia Administrativa (Art. 96, I, “a”) é o próprio poder judiciário que decide
quem a dirigirá.
- Capacidade normativa interna (COG – legislação de organização interna feita
pelo próprio poder judiciário)
- Autonomia financeira (Art. 99) – deverá seguir limites estipulados pela lei, apesar
de ter autonomia, o poder legislativo tem competência para fiscalizá-lo (freios e
contrapesos)
- Organização do P. Judiciário (Art. 93) – na organização nacional do Poder
Judiciário vigora uma lei anterior à Constituição de 1988.
Aula 9/5
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1. Ideia de sistema
1.1 Conceito
Sistema é um conjunto de diversos elementos que estão relacionados
entre si e que formam uma unidade dotada de um sentido (razão de ser,
finalidade).
O sistema jurídico estabelece ordens, dar estabilidade à sociedade com
base em valores e princípios extraídos do próprio sistema. Este sistema é
composto por: princípios, doutrina, jurisprudência, leis. É um sistema aberto,
pois se relaciona (interfere e é interferido por eles) com aspectos políticos,
históricos, sociais, éticos.
1.2 Unidade
Sistema fechado = validade é dado pelas próprias leis do sistema, não se
comunica com a realidade fora do sistema.
Sistema aberto = validade comunica-se com a realidade diversa.
2. Pressupostos do controle
2.1 Supremacia e rigidez
Supremacia = lei maior, as demais devem estar conformes com esta.
Rigidez = tem requisitos especiais e mais rigorosos para criação e alteração
da mesma.
A Constituição é feita pela Assembleia Nacional Constituinte (Poder
Constituinte Originário).
5. Autores
Kelsen = um dos grandes expoentes do direito positivo, afirmando que o direito é apenas
o que o legislador cria (lei). Para ele, o jurista deveria conhecer a lei para aplica-la da
melhor forma, não competindo ao mesmo realizar qualquer tipo de juízo (quanto ao seu
valor) sobre ela. Não negava aspectos valorativos da lei, porém estes são estranhos ao
mesmo. Validade formal da lei. Tinha o objetivo de trazer à norma segurança jurídica, pois
o juiz iria apenas aplicar a lei já existente.
6. Ato jurídico
6.1 Existência: a lei passa a existir após a promulgação (agente, objeto e forma)
6.2 Validade: deve observar os requisitos: capaz e competente, lícito e possível e deve
atender a prescrição legal.
Nula = retroage com os efeitos da decisão (ex tunc).
Anulável = não permite mais gerar efeitos.
Aula 16/5
Norma inconstitucional = nula.
As normas inconstitucionais perdem a sua validade. Reconhecida a
inconstitucionalidade, a norma será nula, portanto os efeitos dessa invalidade operam
retroativamente. Há exceções a essa regra geral?
Aula 23/5
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL
3. Qual exigência/requesito?
O requisito é que haja um conflito de interesses, uma pretensão resistida, um ato
concreto de autoridade ou a ameaça de que venha a ser praticado. O controle de
constitucionalidade somente pode se dar na tutela de uma pretensão subjetiva.
CONTROLE DIFUSO
1. Qual a distinção que se dá na apreciação da constitucionalidade diante de um juiz
e um tribunal?
A apreciação do juiz perante a questão de constitucionalidade é mais plena e
singela, pois simplesmente manifesta sua compreensão e nega aplicação da lei,
não havendo uma declaração de inconstitucionalidade da mesma. Já o tribunal
sujeita-se ao princípio de reserva de plenário e a um procedimento específico
instituído pelo CPC (art. 480 a 482), ao qual estão sujeitos os tribunais de 2º grau,
os superiores e até o STJ.
Reserva de plenário (art. 97, CF) = maioria absoluta dos membros do tribunal ou
órgão especial. Espelha-se no princípio de presunção de constitucionalidade das
leis, que para ser infirmado exige um quórum qualificado do tribunal. Se não
houver maioria absoluta dos membros, é declarada constitucional, é reenviada
para o fracionário (câmara) a fim de análise do mérito.
2. Órgão especial
a) Órgão especial: reserva de plenário (art. 97). Produz efeito entre as partes.
L. 9758/98 (acrescentou parágrafo ao art. 481, CPC) – os órgãos fracionários
dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de
inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento neste ou do plenário
do STF sobre a questão.
Recurso extraordinário
- Objetivo: impedir eventual afronta à Constituição decorrente de decisão judicial
em última ou única instância. Pode uma decisão ser inconstitucional.
- Juízo de admissibilidade
- Repercussão geral: L. 11.418/06
- Dois momentos:
1) Próprio órgão de origem -> situações revistas na Constituição;
2) STF -> repercussão geral. São aquelas questões que se apresentam relevantes
sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassa os interesses
individuais da causa.
Aula 30/5
Controle de constitucionalidade
A decisão produz efeito para as partes (art. 52 – X - suspender a execução, no todo ou em
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal).
VIA DIRETA:
1. Ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) – art. 102, I
Objetivo: retirar a validade de norma ou ato normativo incompatível com a A.C.F.
Art 103 – estabelece as partes legítimas para compor a ADIn.
A ADIn não exige análise de um caso concreto, pois falamos de um controle
abstrato, que prescinde um caso concreto. Não tem prazo para propor uma ADIn.
- Produz efeitos perante todos (erga omnes). Retroagem, ou seja, são
desconstituídos todos os efeitos um dia produzidos por ela.
ATIVIDADES:
1) A quem compete apreciar em abstrato a constitucionalidade de lei ou ato
municipal ou estadual, diante das constituições estaduais?
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição.
§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de
leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual,
vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou
cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação
direta de inconstitucionalidade.
Aula 6/5
Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro
Vacaccio Legis – lei existe, porém não é eficaz, não é eficaz pois ainda não tem vigência.
A lei inconstitucional é nula.
ADIn admite-se o efeito repristinatório.
Só se busca ADC se for provado que ocorre controvérsia judicial, esse é um requisito para
o STF não virar um órgão de consulta.