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Objetivo 1
Exames do Iped-Apae
1º Fase: início da gestação
- são 15 exames oferecidos nessa etapa: toxoplasmose, rubéola, doenças da
inclusão citomegálica, sífilis, aids, doença de chagas, hepatite B e C, HTLV,
hipotireoidismo e hemoglonopatias.
2º Fase: a partir de 28º semanas
- toxoplasmose, sífilis e aids.
Toxoplasmose
- Os exames sorológicos identificam anticorpos que o organismo produz ao
entrar em contato com o toxoplasmose. Esses testes indicam apenas situações
de contato com toxoplasma, não confirmam o diagnóstico de infecção aguda e
nem indicam tratamento!
- IgM: são anticorpos de contato agudo ou reativação, aparecem após 1-2
semanas após o contato. Podem ficar positivos por mais de 2 anos;
- IgG: são anticorpos de contato mais antigo, costumam aparecer 2 semanas
após o aparecimento do IgM, atingindo o seu máximo após 6-8 semanas do
primeiro contato;
- O diagnóstico de certeza da infecção aguda é quando o resultado sorológico
é de IgM (+) e IgG (-) com a IgG tornando-se positivo ou reagente após 2
semanas.
- Teste de Avidez de IgG:
Quando IgG (+) e IgM (+) não pode se definir quando foi o primeiro contato,
nesse caso é realizado o teste de avidez de IgG:
- Se valor alto, contato é mais antigo
- Se valor for baixo, não se pode afirmar se o contato é recente ou não, já que
algumas mulheres podem persistir com valores baixos de avidez por muitos
anos.
Rubéola
Valor de referência para IgG:
Não reagente ou negativo: quando o valor é menor que 10UI/mL;
Indeterminado: valor entre 10-15 UI/mL;
Reagente ou positivo: valor superior a 15UI/mL;
Hepatite
HbsAg: antígeno de superfície da hepatite B;
Anti Hbc: anticorpo imunoglobulina G contra o core da hepatite B;
Anti Hbs: se é imune contra o vírus da hepatite B, pode ser encontrado como
único marcador após vacinação contra HBV;
HTLV
O diagnóstico do vírus HTLV é feito por meios sorológicos e moleculares,
sendo normalmente realizado o teste de ELISA e, em caso positivo,
confirmação é feita por meio do método de Western blot. Os resultados
falso negativos são raros, pois o método utilizado para a detecção do vírus
é bastante sensível e específico.
Para que seja feito o diagnóstico da presença desse vírus no organismo,
normalmente é coletada uma pequena amostra de sangue da pessoa, que é
enviada para o laboratório, em que serão feitos testes com o objetivo de
identificar anticorpos produzidos pelo organismo contra esse vírus.
Objetivo 2
HIV
Características do vírus HIV
- É um vírus envelopado, apresentando em sua superfície uma membrana
lipídica oriunda da membrana externa da célula do hospedeiro e duas
glicoproteínas (gp41 e gp120). Internamente há matriz proteica, formada pela
proteína p17 e pelo capsídeo viral de forma crônica composta pela proteína
p24.
Ciclo Viral
- A infecção pelo HIV inicia-se com a entrada do vírus na célula por meio da
ligação da proteína de superfície gp120 com o receptor da célula molécula
CD4. A entrada ocorre por fusão do vírus com a membrana da célula, reação
mediada por gp41.
- Após a entrada na célula, o vírus desarma a proteína APOBEC3G, um
antiviral natural da célula. A proteína viral Vif se liga a APOBEC3G levando sua
degradação.
- O RNA viral é convertido a DNA pelas enzimas transcriptase reversa e
ribonuclease H, esse processo ocorre no citoplasma da célula nas primeiras 6h
de infecção. A dupla fita de DNA é integrada ao genoma do hospedeiro, sendo
que uma vez integrado, esse DNA permanece na célula enquanto ela estiver
viva.
- Proteínas celulares e virais controlam a expressão gênica do HIV, incialmente
apenas as proteínas Tat, Ver e Nef são sintetizadas. Sendo que o acumulo da
Tat aumenta a transcrição da segunda, que regula a expressão do RNAm,
levando a produção das proteínas estruturais.
- Após a síntese da proteína precursora do Gag, esta é direcionada a
membrana celular para montagem da partícula viral.
- A liberação do vírus ocorre por brotamento e, durante essa fase a enzima
protease processa as proteínas precursoras dos genes pol e Gag, tornando a
partícula viral madura e capaz de infectar uma nova célula.
- A replicação viral ocorre principalmente nos órgãos linfoides e a maioria das
partículas virais (93 a 99%) são produzidos por linfócitos CD4 ativados e o
resto (1-7%) são provenientes principalmente de células como macrófagos.
Fisiopatologia
- Ainda não se sabe exatamente por que células que não estão infectadas pelo
vírus acabam morrendo, aumentando o poder de morte celular pelo vírus. Além
disso, acredita-se que apenas a presença do DNA viral de células não
infectadas não é capaz de causar apoptose das mesmas, mas que são
capazes de causar alterações que afetam tanto as células infectadas como as
precursoras.
- Anormalidades:
Diminuição da proliferação de cél T antígeno-específicas
Diminuição da síntese de citocinas e mudanças nos processos celulares
básicos (ciclo da regulação celular, morte celular programada prematura)
Causa mudanças na homeostase não imunológica com consequências no
processo imunológico, como elevação da substância P, aumentando a
expressão do HIV nos monócitos.
o Alterações da Síntese de Citocinas
Sigilo Médico
Objetivo 3
AIDS X HIV
HIV
- é o vírus que provoca a imunodeficiência humana, sendo seu principal alvo o
linfócito T-CD4+;
- o vírus altera o DNA do linfócito para que o mesmo crie cópias do vírus,
depois se multiplica e rompe o linfócito.
AIDS
- na medida em que se multiplica e destrói os linfócitos T-CD4+, o vírus vai
incapacitando o sistema imunológico da pessoa, permitindo que ela deselvolva
outras doenças chamadas de oportunistas.
- quando isso ocorre é que o indivíduo desenvolve aids.
- será considerado caso de Aids todo indivíduo com 13 anos de idade ou mais
com evidência laboratorial de infecção pelo HIV (LT < 350 cél/mmcubico) e
manifestação de alguns sintomas próprios do complexo relacionado à aids, e
que for a óbito por causa não-externa
Os sintomas são:
- presença de candidíase oral e/ou testes cutâneos de hipersensibilidade tardia
negativos
Ou
- presença de 3 ou mais dos seguintes sinais/sintomas, com duração superior a
1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre,
astenia, sudorese noturna, perda de peso superior a 10%
Objetivo 6
Conduta Para Paciente
Sulfametoxazol + Trimetoprima
Indicação
- É indicado para o tratamento das infecções causadas por microrganismos
sensíveis à associação desses fármacos:
- infecções do trato respiratório e otite: exacerbação aguda de quadro crônicos
de bronquite, sinusite, tratamento e profilaxia da pneumonia por Pnemocystis
carinii
- infecções genitais em homens e mulheres
- infecções gastrointestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, Escherichia
coli, Shiguellose.
- infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas
infectadas
Contra-Indicação
- lesões graves do parênquima hepático e insuficiência renal grave
- hipersensibilidade
- não pode ser utilizado em combinação com dofetilida (fármaco arrítmico)
- para prematuros e recém-nascidos durante as 6 primeiras semanas
- categoria de risco na gravidez: C (não há estudos adequados)
Mecanismo de Ação
- os dois componentes do fármaco atuam inibindo os sistemas enzimáticos
envolvidos na síntese bacteriana do acido tetrahidrofólico, acido importante
para a síntese dos ácidos nucléicos
- o sulfa inibe o acido diidrofólico, uma etapa intermediária do acido
tetrahidrofólico
- o trimetoprim atua inibindo a enzima diidrofolato redutase, impedindo a
formação do metabólito ativo do áido tetrahidrofólico.
Efeitos Colaterais em pacientes com HIV
-Desordens hematológicas e do sistema linfático:
Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.
–Desordens metabólicas e nutricionais:
Muito comum: hipercalemia.
–Desordens gastrintestinais.
Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.
–Desordens hepatobiliares: Elevação de transaminases.
– Desordens cutâneas e subcutâneas.
Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.
– Desordens em geral e condições do local de administração.
Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.
Posologia
Dose Habitual: 20ml de sulfametoxazol+trimetoprima suspensão a cada 12h
Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias): 10mL
de sulfametoxazol + trimetoprima suspensão ou a cada 12 horas.
Dose máxima (casos especialmente graves): 30mL de sulfametoxazol +
trimetoprima suspensão a cada 12 horas.
Toxoplasmose
- Infecção materna possível: IgM e IgG reagentes com avidez alta ou
indeterminada (>16 semanas IG). IgM e IgG reagentes, em qualquer IG, sem
teste de avidez
- Infecção materna improvável: IgG reagente e IgM reagente ou não com
avidez alta (<16 semanas IG)
Antirretrovirais
- Antes das 14 semanas: lamivudina, tenofovir e efarirez
- Após 14 semanas: lamivudina, tenofivir e dulotegravir
Lamivudina
Mec de Ação
- inibidor seletivo da replicação de HIV-1 e HIV-2, sendo um inibidor fraco das
atividades dependentes do RNA e do DNA da transcriptase reversa do HIV.
Posologia
- 4mg/kg 2x ao dia, até 300mg/dia
Tenofovir
Mec De Ação
- indicado em combinação com outros antirretrovirais para o tratamento de HIV-
1. Inibe a atividade da transcriptase reversa do HIV-1.
Posologia
300 mg 1x ao dia via oral
Dolutegravir
Mec De Ação
- inibe a integrasse do HIV por ligação ao sítio ativo da integrasse e bloqueio da
etapa de transferência do filamento na DNA do retrovírus, que é essencial para
o ciclo de replicação do HIV
Posologia
50mg 1x ao dia