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ÉTICA NA SAÚDE

Sumário

1. ÉTICA, MORAL E BIOÉTICA .......................................................................... 7

1.1. Conceitos para Bioética.............................................................. 7

1.2. Origem do conceito de ética ....................................................... 8

1.3. História da Bioética e sua fundamentação ................................. 8

1.4. A tripla função da Bioética .......................................................... 9

1.5. Principialismo ............................................................................. 9

1.6. As diferentes vertentes da Bioética como disciplina................... 9

2. A VERDADE CIENTÍFICA................................................................ 10

2.1. Ramificação da ciência ............................................................... 10

2.1.1. Características da Ciência ............................................................. 10


2.1.2. Passos do método científico .......................................................... 11
2.1.3. Principais elementos do processo cientifico .................................. 11
2.2. O poder médico .......................................................................... 12

2.2.1. Mudando as práticas medicas ....................................................... 12


2.2.2. Diferindo a prática médico paternalista e técnico. ......................... 12
2.2.3. Relação médico/ paciente.............................................................. 13
2.2.4. Médico, paciente e o poder judiciário ............................................ 13
2.3. Iatrogênia.................................................................................... 13

2.3.1. Negligencia / Erro médico .............................................................. 13


2.3.2. Terminologia para o termo iatrogênia ............................................ 14
2.3.3. Ocorrências iatrogênicas e a responsabilidade civil médica .......... 14
2.3.4. Paradoxo difícil .............................................................................. 14
2.3.5. Terapia Medicamentosa e a Iatrogênia ......................................... 14
2.3.6. Epidemiologia ................................................................................ 15
2.3.7. A ética moral e o ato iatrogênico ................................................... 15
3. OS DIREITOS DOS USUÁRIOS DOS SISTEMAS DE SAÚDE ........ 17

3.1. Dispositivos legais ...................................................................... 17

3.1.1. Os direitos dos usuários ................................................................ 17


3.2. O direito do usuário e o principialismo da Bioética ..................... 17

3.2.1. Direito do usuário baseado na beneficência .................................. 18


3.2.2. Direito do usuário baseado na justiça ............................................ 18
3.2.3. Direito do usuário baseado na autonomia ..................................... 18
4. NORMALIDADE ................................................................................ 20

4.1. Definições de Normalidades ....................................................... 20

4.2. Discriminação ............................................................................. 20

4.2.1. A raiz da discriminação .................................................................. 21


4.3. Segregação social ...................................................................... 21

4.4. Exclusão social ........................................................................... 21

4.5. O ponto de vista ético e moral .................................................... 22

5. REPRODUÇÃO ASSISTIDA ............................................................ 23

5.1. Inseminação Intrauterina ............................................................ 23

5.1.1. Maturação In Vitro de Óvulos ........................................................ 24


5.1.2. Maternidade de substituição .......................................................... 24
5.1.3. Seleção de sexo ...................................................................... 24

5.1.4. Diagnostico pré-gestacional e a seleção imunológica ............. 24

5.1.5. Reprodução póstuma .............................................................. 24

5.2. A discursão Bioética na Reprodução Assistida .......................... 25

5.3. Clonagem humana ..................................................................... 25

5.3.1. Clonagem reprodutiva ................................................................... 25


5.3.2. Clonagem terapêutica .................................................................... 25
5.3.3. Questões ética na clonagem humana ........................................... 26
6. A MORTE HUMANA ......................................................................... 27

6.1. Diagnóstico morte encefálica ................................................... 27


6.1.1. Fases de aceitação da morte......................................................... 28
6.2 Morte biologia .............................................................................. 29

6.3 Filosofia da morte ........................................................................ 29

7. PACIENTE E FORA DE POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA (FPT) .... 30

7.1. Dor ........................................................................................... 30

7.1.1. Alivio da dor ................................................................................. 30


7.1.2. Sofrimento ..................................................................................... 31
7.1.3. Alivio do sofrimento ..................................................................... 31
7.2. A bioética e os cuidados do paciente terminal ............................ 31

8. EUTANÁSIA E DISTANÁSIA ............................................................ 32

Eutanásia passiva.................................................................................... 32
Distanasia ................................................................................................ 32
Ortotanásia .............................................................................................. 32
8.1 A legislação, bioética e a eutanásia............................................. 32

9. ABORTO ........................................................................................... 32

Diferente teoria sobre do início da vida ................................................... 33


9.1 Os direitos do nascituro ............................................................... 34

9.2 A ética e o aborto......................................................................... 34

No campo da antropologia ....................................................................... 35


10. TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS ..................................................... 35

10.1Transplantes de órgãos no Brasil ............................................... 35

Formalização dos transplantes no brasil ................................................. 36


10.2 Doação de órgãos legalizada por lei.......................................... 36

10.3 Princípios éticos......................................................................... 37

10.4 Fila única ................................................................................... 37

10.5 Hemotransfusão ........................................................................ 38

Diagnóstico Clínico ou Situacional........................................................... 38


Reações ligadas a transfusão sanguínea ................................................ 38
Hemotransfusão leis regulamentares ...................................................... 38
Os componentes sanguíneos ........................................................... 39
Os tipos sanguíneos ................................................................................ 39
O sistema AOB e o fator Rh .................................................................... 39
Compatibilidade ....................................................................................... 40
10.3 A religião, ética e a Hemotransfusão ......................................... 40

11. COMISSÕES DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES


HUMANOS ............................................................................................ 41

Órgãos reguladores da pesquisa ............................................................. 41


11.1 Critérios para estabelecer o projeto de pesquisas ..................... 41

11.2 Avaliação do projeto de pesquisa .............................................. 42

12. DROGAS E DROGADIÇÃO ............................................................ 43

Tóxico ...................................................................................................... 43
Placebo.................................................................................................... 43
Remédio .................................................................................................. 43
Dose ........................................................................................................ 43
Tipos de drogatição e dependência ......................................................... 44
A droga lícita álcool ................................................................................. 44
Sintomas de Alcoolismo .......................................................................... 44
Consequências a curto prazo .................................................................. 44
Patologias decorrentes a dependia química de álcool ............................. 45
Terapêutica do alcoolismo ....................................................................... 45
13. PENA DE MORTE........................................................................... 45

13.1 A pena de morte no o Brasil ...................................................... 45

13.2 Aspectos cristão e morais.......................................................... 45

14. LEI DA TORTURA........................................................................... 46

14.1 A tortura falha na conduta médica ............................................. 46

As falhas ainda persistem até no século XXI ........................................... 47


14.2 Marcos importantes no combate a violação dos direitos humanos
.......................................................................................................... 47
15. SUICÍDIO ........................................................................................ 47

15.1 O suicídio e a lei ........................................................................ 48

15.2 Suicídio contagioso.................................................................... 48

15.3 O suicídio na história ................................................................. 48

15.4 Suicídio uma questão de saúde publica .................................... 49

Uma analises psiquiátrica ........................................................................ 49


16. DISTÚRBIOS E EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE .......................... 49

Normalidade sexual ................................................................................. 50


Inormalidade sexual ................................................................................. 50
As fases da sexualidade humana ............................................................ 50
Disfunção sexual feminina ....................................................................... 50
Disfunções sexuais masculinas ............................................................... 50
REFERÊNCIA ....................................................................................... 51
1. ÉTICA, MORAL E BIOÉTICA

É fundamental importância a conceituação de alguns termos que são


corriqueiramente utilizados no universo da Bioética. É a ética também é uma área da
filosofia que examina a conduta humana. O estudo da ética não se restringia apenas
a ideia de estudar os costumes do ser humano tal qual “normas” do meio social em
que está inserido. O propósito da fundamentação teórica é distinguir os melhores
caminhos para uma vida boa e satisfatória em um contexto social quer seja em âmbito
individual ou coletivo. Ela tenta responder à pergunta: Por que devemos agir dessa
maneira? Não se pode utilizar o termo ética como sinônimo de agir-bem, pois seria
uma visão míope da mesma. Moral refere-se aos costumes, aos princípios, as normas
e códigos que tentam regulamentar o agir das pessoas sob o ponto de vista do que é
bom ou mau como maneira de garantir seu viver-bem. A moral procura responder à
pergunta: o que devo fazer?
A Bioética constitui um novo olhar assumido pela Ética no campo geral das
ciências, principalmente e originariamente naqueles relacionados às ciências da vida
ou ciências biológicas. O termo bioética é formado por dois vocábulos de origem grega
que, etimologicamente significam “ ética da vida” – bios (vida), que representa o
conhecimento biológico dos sistemas viventes, e ethos (costumes, valores relativos a
determinado agrupamento social em algum momento de sua história), representando
o conhecimento dos sistemas de valores humano.

1.1. Conceitos para Bioética

A bioética representa em sua origem uma visão ética especialmente no campo


geral das ciências com ênfase às ciências da vida. O objetivo principal da bioética é
discriminar os benefícios para a vida humana e respaldar o garantimento da
integralidade social com base na dignidade humana. A construção da bioética como
disciplina ou disciplina da vida foi fundamental para o combate da violação dos direitos
humanos pertinentes a ética na proteção da vida humana. O desenvolvimento das
ciências a bioética se faz necessária para manter os discursos pertinentes na
condução dos princípios morais e éticos relacionado a pesquisas com humanos,
reprodução assistida, fertilização, sexualidade, concepção, contracepção,
envelhecimento, aborto, direitos humanos, meio ambiente, religião dentre outros
temas ligados a vida humana.
Na visão pesquisador e biólogo Potter, considerado por muitos como o pai da
Bioética e afirmou que é um estudo interdisciplinar é representado pela ética em todos
campo da existência humana. Destacou uma “Bioética global” ou como uma ponte
que liga todos os campos de estudo da vida humana. (JUNIOR,2011.). Na visão de
André Hellegers, Bioética como “o estudo sistemático da conduta humana no
campo das ciências da vida e da saúde enquanto examinada à luz dos valores e
princípios morais”. (ROTUNNO, 2011, p.314).
A enciclopédia Bioética na sua edição de 1995, conclui que Bioética “como
estudo sistemático das dimensões morais. Incluindo visão, decisão, conduta e normas
morais, das ciências da vida e da saúde, utilizando diversas variedade de métodos
éticos interdisciplinares“. (DRANE, PESSINI, 2005, p.42). Para Garrafa, “bioética é a
ética aplicada à vida, e se apresenta como a procura de um comportamento
responsável de parte daquelas pessoas que devem decidir tipos de tratamento,
pesquisas ou posturas com relação à humanidade”.

1.2. Origem do conceito de ética

Com o início das civilizações o conceito da ética tem em sua origem os grandes
filósofos gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Nos tempos primórdios os grandes
filósofos já se preocupavam com necessidade de pensar sobre os valores de
honestidade e fidelidade envolvendo a vida em sociedade.

1.3. História da Bioética e sua fundamentação

O avanço impar das ciências medicas e da tecnologia deu origem a desafiantes


interpelações a respeito do sentido da vida e do “cuidado” que se deve dispensar a
ela, na sua rica diversidade: a vida dos seres humanos, dos animais e vegetais, enfim
do planeta como um todo. Antes que a Bioética fosse constituída como disciplina, o
enfretamento das questões éticas no tocante a proteção a vida e a violação dos
direitos humanos foi determinante para o surgimento do termo usado para designá-la.
Alguns marcos importantes para sua fundamentação:
 O código de Nuremberg (1947). Ele pode ser considerando o primeiro
documento fundamental de Bioética sobre pesquisa clínica, dos anos
pós-hitlerismo.
 Declaração de Helsinque (1964). Criação de um documento
denominado Termo de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE).
Visando assegurar a livre escolha e as condições éticas do experimento
e coibir a participação dos sujeitos de pesquisas com alto risco de
vulnerabilidade.
 Em 1966 denuncia da realidade de pesquisa em andamento na América
do Norte e em outras partes do mundo envolvendo seres humanos,
financiadas por várias instituições.
 Pouco depois, em face das denúncias citadas, bem como escândalo
envolvendo o estudo da sífilis nos Estados Unidos, conhecido por
EstudoTuskegge, surge o renomado relatório de Belmont estabelecida
pelo governo norte-americano, tendo em vista pela primeira vez na
história da pesquisa com seres humanos, a aplicação de princípios
éticos na tomada da decisão diante das questões relacionadas à
Bioética.

1.4. A tripla função da Bioética

 Analise dos conflitos morais


 Normativa (direitos e deveres)
 Proteção (assegura o cumprimento das normas)

1.5. Principialismo

De acordo com autor (CLOTET, 2005, p 16-17), o principialismo é entendido, a


partir da proposta de Beauchamp e Childress, como analise ética dos quatro princípios
que devem ser respeitados de forma relativa, e não-absoluta, em cada dilema
estudado.
 Princípio do respeito à autonomia aceita a autodeterminação da pessoa
e sua capacidade em decidir o que ela entende ser o melhor para si.
 Princípio da não-maleficência ampara-se na tradição hipocrática: “cria o
habito de duas coisas: socorrer ou, ao menos, não causar danos”
 Princípio da beneficência busca o bem do paciente, seu bem-estar e
interesses de acordo com os critérios do bem fornecidos pela medicina
ou por outras áreas da saúde onde as pessoas envolvidas estão
inseridas maximizando benefícios e minimizando riscos.
 Princípio da justiça está associado a equidade na distribuição dos bens
e benefícios

1.6. As diferentes vertentes da Bioética como disciplina

Bioética (macroética) estabelecida como disciplina multidisciplinar por Van


Renssenlaer Potter, 1971 em sua obra, ponte para o futuro. Define a bioética como
“uma ciência da sobrevivência”. Bioética biomédica (microética). Outra formatação
com viés diferente foi elaborada pelo médico Holandês André Hellegers, 1971 cria o
Instituto Kennedy de Bioética. Define a Bioética como a ética das ciências da vida,
considerada no nível humano. A atenção aplicada as questões éticas são
exclusivamente para o cuidado médico e regulamentação dos códigos de ética
medica. (JUNIOR, 2008.).
2. A VERDADE CIENTÍFICA

Figura 1. Fonte: https://bit.ly/3pSr2dM

O dicionário da Língua Portuguesa, define: Verdade, “propriedade de estar


conforme com os fatos ou a realidade; exatidão, autenticidade, veracidade”. Senso
comum é o entendimento de uma população consequente do legado concebido
baseado nas experiências acumuladas por um grupo social. Não possui valor
cientifico. “A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis,
obtidos metodologicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a
objetos de uma mesma natureza”. (PADUA, 2008).
O que prova a verdade cientifica é um conjunto de informações aplicadas por
um método sistemático embasado em regras básicas que visa o resultado da questão
em análise. A ciência não opera com verdades irrefutáveis. A verdade produzida ou
conhecida pela ciência hoje, amanhã pode não ser. Novos estudos, novas pesquisas
e revisões provam que a ciência não é imutável ou absoluta.

2.1. Ramificação da ciência

 Ciências Formais – Lógica, matemática.


 Ciências Factuais - Naturais (Química, física e biologia)
 Ciências Sociais - Antropologia, Direito, Economia, Psicologia,
Sociologia.

2.1.1. Características da Ciência

Caráter da ciência compreensiva (contextual)


Caráter da ciência Metodológica (técnica e lógica)

 Racional: conceitos e combinações lógicas, e não valores dogmas;


 Objetivo: verificar a adequação das hipóteses aos fatos;
 Factual: parte e volta aos fatos; controla e analisa os fatos para
compreendê-los;
 Analítico: decompõe o processo ou fenômeno em partes para estuda-
los; Claro e preciso: confeitos os problemas bem definidos e linguagem
clara;
 Verificável: deve passar por testes para ser comprovado; depende de
investigação metodológica: planejamento e técnica;
 Sistemático: ideias logicamente relacionadas, com sistemas de
referência, fontes e quadro de informação;
 Acumulativo: desenvolvimento continuo de antigos para novos
conhecimentos;
 Geral: busca-se a unicidade nos fatos, permitindo elaborar leis e teorias;
 Explicativo: deve explicar fatos e responder perguntas;
 Preditivo: possibilita provisões; confere previsibilidade;
 Falível: não é definitivo, absoluto ou final;
 Aberto: não conhece barreiras, axiomas ou dogma fechado.

2.1.2. Passos do método científico

 Observação de um fato;
 Problematização desse fato;
 Criação de hipótese (dedução ou predição);
 Experimentação (grupo controle/grupo experimental);
 Conclusão;
 Publicação.

2.1.3. Principais elementos do processo cientifico

Epistemologia (questão filosófica) - Teoria crítica dos princípios, dos métodos


e das conclusões das ciências.
 Lógica da ciência;
 Semântica da ciência;
 Teoria do conhecimento;
 Metodologia da ciência.
Método (questão teórica) conjunto dos caminhos percorridos pela ciência para
a produção de seus conhecimentos/ suas teorias explicativas. Técnica (questão
prática) – Conjunto das regras aptas a dirigir eficazmente uma atividade: questão
instrumental, procedimentos. (PÁDUA, 2008).

2.2. O poder médico

Paternalismo médico é um termo com origem na palavra grega pater, que


significa pai, traduz a representação de um poder sobre o outro justificado no princípio
de fazer o bem. Observa-se nas últimas décadas, notadamente a partir de 1970, uma
significativa transformação cultural no padrão de atendimento à saúde. Durante
séculos, a relação medico paciente seguiu, sem grandes perturbações, os
pressupostos da ontologia hipocrática clássica, a partir dos quais o médico tinha o
dever de beneficiar os pacientes conforme o seu exclusivo juízo.
A grande mudança cultural no contexto da assistência sanitária ocorre
propriamente com a promoção da autonomia do paciente, passando de uma relação
paternalista, em que o médico decidia sozinho, para uma relação de parceria
terapêutica, onde o profissional compartilha decisões com aquele que é diretamente
afetado por elas.

2.2.1. Mudando as práticas medicas


O crescimento da população, desenvolvimento tecnológico no processo
dianóstico-terapeutico, disponibilidade de informações cientificas e a conquista dos
direitos civis são fatores desencadeantes de mudanças nas práticas medicas. A
Associação Americana dos Hospitais, em 1973, emite um documento denominado
Carta dos direitos dos pacientes. Se tornou paradigmático para influenciar legislação
americana e de outros países.
Esta declaração instituía novas diretrizes de relacionamento entre o profissional
de saúde e doentes. Afirmava-se, ser direito do paciente receber do seu médico a
informação necessária para dar consentimento informado antes do início de qualquer
tratamento.

2.2.2. Diferindo a prática médico paternalista e técnico.


Distinção entre o médico paternalista e o médico técnico, no que se refere aos
danos infligidos pelos médicos. O médico paternalista era aquele que exercia suas
habilidades em indivíduos que conhecia pessoalmente, e suas falhas eram vistas
como abuso de confiança e falta de moral.
Já o médico técnico, atual, aplica regras científicas a categorias de pacientes,
e suas falhas são racionalizadas como ocasionais, de equipamentos ou de seus
operadores, adquirindo um novo status, o anônimo. As responsabilidades foram
transferidas do campo ético para o problema técnico. Logo, "a negligência se
transforma em erro humano aleatório, a insensibilidade em desinteresse científico, e
a incompetência em falta de equipamento.

2.2.3. Relação médico/ paciente


Por parte dos médicos, há os desafios em abrir mão da sua absoluta autoridade
na relação. Por parte dos pacientes, é frequente a tendência em transferir as
responsabilidades pela decisão para a pessoa do médico, resistindo em assumir uma
maioridade frente à enfermidade.

2.2.4. Médico, paciente e o poder judiciário


Verificou-se que um número considerável de inconformidades na relação
médico/paciente chega até o poder Judiciário origina-se da falta de informações que
o enfermo possui sobre sua situação. A associação Médica Mundial, 1992, emitiu
uma diretriz deontológica. Com o objetivo de evitar que médicos e instituições de
saúde sofram processos por má prática médica, evitar a prática da medicina
defensiva. Enfatiza-se, na “Declaração Sobre Negligencia Médica”.
Consentimento informado como expressão da autonomia dos pacientes tem
como objetivo proteger os pacientes e sujeitos da pesquisa. Reconduzindo os
princípios de respeito à autonomia. Inicia-se um processo gradativo que exige sua
participação ativa no prognóstico e diagnóstico.

2.3. Iatrogênia

Palavra derivada do grego, iatrogênia é composta por "iatro" que significa


médico e "gênese", origem. Define-se iatrogênia ou afecções iatrogênicas como
decorrentes da intervenção do profissional de saúde, correta ou não e justificada ou
não, da qual resultam consequências prejudiciais ao paciente. Pacientes graves
apresentam-se particularmente vulneráveis à iatrogênia em razão da sua instabilidade
e necessidade de intervenções. “Aqui jaz um homem rico, nessa rica sepultura,
escapava da moléstia, se não morresse da cura”. Bocage

2.3.1. Negligencia / Erro médico


Sob o enfoque da competência profissional, é definida, como negligência,
quando decorrente de condutas que se encontram abaixo dos padrões estabelecidos,
caracterizando um erro profissional e, portanto, passível de penalidades. Por outro
lado, a definem como um evento indesejável, de natureza danosa ou prejudicial ao
paciente, consequente ou não de falha do profissional envolvido na assistência.
2.3.2. Terminologia para o termo iatrogênia
Ocorrências adversas, complicações iatrogênicas, doença iatrogênica e
eventos adversos. Soma-se a estes, incidente crítico, definido como um evento não
intencional que reduz ou pode reduzir a segurança do paciente e que traduz conceito
comum, aceito por unanimidade pelos estudiosos do assunto, independente da
denominação a ele atribuída.

2.3.3. Ocorrências iatrogênicas e a responsabilidade civil médica


Nos últimos anos a questão das ocorrências iatrogênicas tem sido focalizada
sob diferentes perspectivas: econômica, ética, legal, de avaliação de serviços de
saúde, entre outras - devido ao crescente conhecimento, tanto individual como
coletivo, das limitações, riscos, custos e direitos dos indivíduos referentes ao cuidado
à saúde. As bases legais para a responsabilização médica estão no Código de Defesa
do Consumidor - Lei nº 8.078/90 e no dispositivo do art. 951 do Código Civil.

2.3.4. Paradoxo difícil


Se por um lado o crescimento contínuo das possibilidades de atendimento
médico tem levado a um aumento do número de consumidores de cuidados à saúde,
por outro, esse consumidor, enquanto cidadão, tem elevado substancialmente as
denúncias envolvendo a responsabilidade profissional, quando não se sente satisfeito
com a assistência recebida.
Ressalta, ainda, que o problema se agrava diante das próprias políticas de
saúde vigentes que demandam decisões conflitantes, que implicam na seleção de
pacientes; que comprometem a qualidade do cuidado e que forçam a contenção de
custos, situações que no conjunto, colocam os profissionais no centro de um labirinto
de difícil saída.
Os aspectos legais envolvendo as ocorrências iatrogênicas, é outra dificuldade
que tem levado à prática da medicina defensiva, aumentando consideravelmente o
custo da assistência à saúde, forçado os profissionais a fazerem seguros
dispendiosos e precipitado o encerramento da carreira profissional.

2.3.5. Terapia Medicamentosa e a Iatrogênia


O ato de administrar medicamentos um processo multi e interdisciplinar, que
exige do profissional responsável pela administração conhecimento variado. Apesar
de o medicamento ser utilizado não só para aliviar e combater a dor, como também
para curar doença, acidentes com medicação ocorrem acarretando adventos
adversos e até a morte do cliente, seja pela não administração ou administração
equivocada do medicamento. Os tipos de erros de medicação ocorridos com mais
frequência estão os erros de dose, de horário, medicamentos não autorizados, erros
de técnica, de via, doses extras, erros de prescrição, omissões, paciente errado e
erros de apresentação.

2.3.6. Epidemiologia
Estima-se que 10% dos pacientes internados em hospitais sofram eventos
adversos evitáveis. Estudos revelam que na Europa, um entre cada dez pacientes
internado sofreram intercorrências por atos iatrogênicos diversos estudos revelaram
que um em cada dez pacientes internados são vítimas de eventos adversos e que 50
a 60% poderiam ser sido evitadas. Considera-se que pelo menos 1 milhão de eventos
adversos evitáveis ocorram por ano nos Estados Unidos (EUA), contribuindo para
óbito de 98 mil pessoas.
As estatísticas demonstram que as cirurgias e o uso de medicamentos
correspondem às categorias mais frequentes de acontecimentos iatrogênicos. No
Harvard Medical Malpractice Study, a revisão de 30.000 prontuários médicos de 51
hospitais de Nova York, notificou-se que os indivíduos com mais de 65 anos de idade
tiveram incidência de iatrogênia duas vezes maior em relação aos indivíduos com 16
a 44 anos. Neste registro,3, 7% das admissões ocorreram diversos, resultando em
25% de negligencia realizado nos Estados Unidos, um censo em 47% das UTI dos
hospitais universitários, onde foram avaliados 55.000 pacientes, pressupõem que
aproximadamente que 148.000 eventos adversos envolvendo risco de vida ocorreram
habitualmente no decorrer do ano nestes serviços.
Também foram notificados que outros registros analisados revelaram que as
condutas iatrogênicas nas UTI podem chegar a dois erros por paciente/dia e até 18%
de eventos adversos graves. Um estudo realizado em sete UTI de hospitais da
Austrália, forma notificados 610 incidentes, com maior regularidade dentro de um
programa de monitorização de incidentes críticos. (PADILHA, 2001).

2.3.7. A ética moral e o ato iatrogênico


Sabe-se que a cultura dos profissionais médicos tem um histórico recheado de
orgulho e soberania. Devido a sua capacidade de atuação e resolução que interfere
na vida do outro. É verdade que os médicos se sentem verdadeiros “deuses “. Essa
posição não permite reconhecer seus erros. A grande maioria dos casos iatrogênicos
não são contabilizados porque o médico omite sua falha. E por outro lado muitos
pacientes por não conhecerem os seus direitos não denunciam, não reclama o
prejuízo sofrido pelo ato médico iatrogênico.
Uma paciente que, após ter sido submetida a uma cirurgia plástica reparadora
nos seios, não foi totalmente esclarecida acerca dos cuidados que deveria manter no
pós-operatório (evitar dirigir, movimentar-se, etc.). Ocorreram complicações com os
pontos da cirurgia. Não satisfeita com os resultados, decidiu processar judicialmente
o médico por erro médico.
O processo arrastou-se por anos e não houve acordos. As perdas foram
significativas para ambos, seja no âmbito do estresse, tempo desperdiçado com
inúmeras audiências e até mesmo gastos financeiros relacionados às custas judiciais
e advocatícias. (TAVARES, 2007). Código de ética médica: Capítulo III
responsabilidade profissional diz que é vedado ao médico: Art. 1º Causar dano ao
paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou
negligência.
O princípio da não maleficência ficou comprometido já que a medida que
poderiam evitar o dano ao paciente através de informação clara e concisa sobre a sua
recuperação no pós-operatório não foi fornecida pelo médico. A beneficência
automaticamente foi protocolada no resultado indesejado após a cirurgia, causando
prejuízos ao paciente e no entanto sua autonomia não foi exercida devido à falta de
conhecimento, não teve condições de agir corretamente nos pós cirúrgicos para evitar
o resultado indesejado.
3. OS DIREITOS DOS USUÁRIOS DOS SISTEMAS DE SAÚDE

Pode-se definir direito à saúde como direito de cada um à proteção e às


condições de desenvolvimento de desenvolvimento completo de suas potencialidades
sanitárias, adaptadas às suas próprias necessidades e aos riscos aos quais é exposto,
assim como igual acesso aos melhores cuidados.
Trata-se, pois de um direito fundamental, reconhecido a toda pessoa humana,
embora não garanta estado de saúde igual para todos. CF/88, art. 196. A saúde é
direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

3.1. Dispositivos legais

Todos os usuários independentes da doença e condição social, tem direitos


garantidos por lei nos sistemas de saúde.
Constituição Federal 1988- Artigos 196 a 200. Lei n. º 8.080/1990 - Lei Orgânica
da Saúde. Lei n. º 8.142/1990 - Dispõe sobre a participação da comunidade e
transferências intergovernamentais. Carta do Direito dos usuários de Saúde- Portaria
nº 1.820, de 13 de agosto de 2009.

3.1.1. Os direitos dos usuários


 Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas
de saúde.
 Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu
problema.
 Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre
de qualquer discriminação.
 Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus
valores e seus direitos.
 Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento
aconteça da forma adequada.
 Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde
para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

3.2. O direito do usuário e o principialismo da Bioética

O paradigma principialista não é o único na bioética, é, no entanto, o mais


utilizado para solucionar problemas de justiça. A Bioética adotou princípios ou
referenciais para analises dos dilemas e/ou conflitos de valores que surgem nos
relacionamentos humano. Autonomia, beneficência, não maleficência e justiça.

3.2.1. Direito do usuário baseado na beneficência


Art. 4º, item III, refere que “Ter assegurado, durante as consultas, internações,
procedimento diagnósticos e terapêuticas e na satisfação de suas de suas
necessidades fisiológicas: a sua integridade física, a privacidade, a individualidade, o
respeito aos seus valores éticos e culturais, a confidencialidade de toda e qualquer
informação pessoal e a segurança do procedimento”. Receber do profissional
adequado, presente no local, auxilio imediato e oportuno para melhoria do conforto e
bem-estar e ter um local digno e adequado para o atendimento.

3.2.2. Direito do usuário baseado na justiça


Art. 4º do Parágrafo único, item I, refere que “É direito da pessoa, na rede de
serviços de saúde, ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer
discriminação, restrição ou negação em virtude de idade, raça, cor, etnia, religião,
orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas ou sociais, estado de
saúde, de anomalia, patologia ou deficiência, garantindo-lhe: identificação pelo nome
e sobrenome civil, devendo existir, em todo documento do usuário e usuária, um
campo para se registrar o nome social, independentemente do registro civil, sendo
assegurado o uso do nome de preferência, não podendo ser identificado por número,
nome ou código da doença, ou outras formas desrespeitosas, ou preconceituosa”. O
código de ética dos profissionais de enfermagem, no capitulo I, artigo terceiro, declara
que, “o profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos da
pessoa humana, em todo seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza”. O
código de ética medica em seu capitulo I, artigo primeiro, explicita que “ A medicina é
uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida
se discriminação de qualquer natureza”

3.2.3. Direito do usuário baseado na autonomia


Artigo 3º do Parágrafo único , itens II, III, IV refere que as informações sobre
o seu estado de saúde, de maneira clara, objetiva, respeitosa e compreensível quanto
a: Conselho Nacional de Saúde; possíveis diagnósticos; diagnósticos confirmados;
tipos, justificativas e riscos dos exames solicitados; resultados dos exames
realizados; objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos,
preventivos ou de tratamento; duração prevista do tratamento proposto;
procedimentos diagnósticos e tratamentos invasivos ou cirúrgicos; necessidade ou
não de anestesia e seu tipo e duração; partes do corpo afetadas pelos procedimentos,
instrumental a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indesejáveis;
duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação; evolução provável do
problema de saúde; informações sobre o custo das intervenções das quais a pessoa
se beneficiou; outras informações que forem necessárias. Toda pessoa tem o direito
de decidir se seus familiares e acompanhantes deverão ser informados sobre seu
estado de saúde. Registro atualizado e legível no prontuário das seguintes
informações: motivo do atendimento e/ou internação; dados de observação e da
evolução clínica; prescrição terapêutica; avaliações dos profissionais da equipe;
procedimentos e cuidados de enfermagem; quando for o caso, procedimentos
cirúrgicos e anestésicos, odontológicos, resultados de exames complementares
laboratoriais e radiológicos; a quantidade de sangue recebida e dados que garantam
a qualidade do sangue, como origem, sorologias efetuadas e prazo de validade;
identificação do responsável pelas anotações; outras informações que se fizerem
necessárias. Nesses itens pode-se concentrar a atenção no direito a verdade.
O usuário tem direito de receber a melhor qualidade possível de atenção,
fundado numa base solida de conhecimento e proporcionado por pessoas que podem
empregar essas bases de conhecimento aplicando juízos e raciocínios acertados e
um sistema de valores claro e conveniente. Consentir é um ato de decisão, que deve
ser livre e isento de coação física, psíquica ou moral.
4. NORMALIDADE

Normalidade vem do grego norma, que significa medida, com a acepção de


perfeição, de máximo, de protótipo. A normalidade possui um caráter relativo não
sendo único e universal. Apresenta aspectos e acepções diferentes. Em relação ao
ser humano, distinguimos um aspecto orgânico, um aspecto fisiológico, e um aspecto
psicológico da normalidade.
Aristóteles pensou encontrar uma fórmula, na base dos valores prototípicos da
humanidade, e aproximou a normalidade da perfeição. Platão disse que o homem
normal é aquele "que possui um organismo suscetível de compreender a noção do
que é justo; anormal é o que não se pode adaptar a esta compreensão, à educação e
à instrução, sem as quais a vida social se torna impossível". Pascal tropeçou no
caráter paradoxal do homem, assustou-se com a difusão das neuroses.

4.1. Definições de Normalidades

O estudo da psicopatologia denota algumas definições para a Normalidade.


Normalidade como ausência de doença. Assim, o indivíduo normal é aquele não
portador de transtorno mental definido.
 Normalidade ideal é vista de forma utópica.
 Normalidade estatística: se aplica a fenômenos quantitativos.
 Normalidade como bem-estar: a OMS (1946), definiu a saúde como
“completo bem-estar físico, mental e social. Normalidade funcional:
baseia-se na funcionalidade do ser.
 Normalidade como processo: vista de forma dinâmica, e não estática.
 Normalidade Subjetiva: esse critério utiliza a perspectiva subjetiva do
sujeito como a principal categórica na determinação do estado de saúde
do mesmo.
 Normalidade como liberdade: à doença mental como perda da
liberdade existencial, constrangimento do ser, fechamento e petrificação
das possibilidades existenciais.
 Normalidade operacional: as definições de normal e patológico são
decididas a priori e, após, busca-se trabalhar com esses critérios, ciente
das possíveis consequências deste ato.

4.2. Discriminação

A palavra vem do latim discriminis, que significa separar. É o nome que se dá


ao ato de restringir a certos indivíduos oportunidades ou privilégios que estão
disponíveis para outros indivíduos. Discriminar é, portanto, atuar de forma a fazer uma
distinção de certas pessoas, podendo levá-las à exclusão ou à marginalização.

4.2.1. A raiz da discriminação


O preconceito antecede a discriminação. Intuitivamente relacionado a uma
ideia de outro. A disparidade entre o certo e o errado regulamenta as condutas e
respalda na ordem moral atual. O preconceito está firmado na construção de atributos
contrário a realidade. O preconceito contido no âmago é externado na atitude de uma
pessoa que infringe os tributos e os qualificativos em relação a outra pessoa,
determinando o funcionamento intelectual cognitivo e os contatos perceptivos de
forma equivocada e traumática. Colocando em xeque, sobrepujando a competência
da outra pessoa. Quando esse comportamento ou esse ato-pensamento salienta ou
determina a 'distinção' entre ou sobre o (s) outro (s), então caracteriza-se a
discriminação, pois constitui-se, necessariamente, o tratamento distinto. Nos
processos de socialização e nas interações sociais constitui ambiente para processar
a humilhação, medo, vergonha etc. É no corpo e a partir dele que as discriminações
acontecem. Deformações físicas, crenças falsas e rígidas, vícios, etc.
É nele que se depositam e se concentram os elementos indicados, as
configurações que nos permitem classificar: Os códigos corporais, a cor dos olhos,
altura, o peso, o porte físico, a forma do nariz, a estatura do corpo, o perfil, o uso de
adereços, determinadas roupas, etc. Os códigos comportamentais, expresso no
corpo, tais como, os gestos, as tatuagens, os piercings, de as condutas, as posturas
etc. Os códigos emocionais , tipos de sentimentos, insegurança, medo, respeito e
obediência excessiva, repugnância, subserviência etc. Os códigos linguísticos, o
padrão linguístico, a tonalidade da voz, os sotaques regionais, o vocabulário, etc.
Elementos fixados e delineados no corpo constitui-se classificações,
regras/normas, significado/ valores e comportamentos.

4.3. Segregação social

Na sociologia Segregação social estabelece o isolamento espacial de determinado


grupo de indivíduos, decorrente de múltiplos aspectos, sejam eles de punho social,
político, religioso, racial, gênero, nacionalidade ou de alguma outra forma de
descriminação. Implementado na África do Sul em 1948, apartheid é um exemplo
clássico de segregação racial.

4.4. Exclusão social

A exclusão social é qualificada pela separação das pessoas no âmbito da vida


social. O fator sócio econômico é o mais preponderante se tratando de exclusão
social. No entanto, existe uma enorme dificuldade de caracteriza-la de fato, devido a
amplitude do seu contexto. A aparência, idade, poder aquisitivo, gênero, grupo social,
entre outros contextuam sua eminência.
Sob o ponto de vista da bioética verifica-se que discriminação, a segregação e
exclusão social são precursores da injustiça e desigualdade resultando na miséria,
humilhação plena do ser humano. Afetando diretamente a ética e a moralidade da
vida.

4.5. O ponto de vista ético e moral

O funcionamento intelectual adequado associado ao arranjo efetivo- emocional,


não só manifesta no modo, mas realidade na vivencia íntima, caracterizando o
equilíbrio. A normalidade envolvendo uma postura ética contida na qualidade humana,
sem as quais as próprias capacidades apresenta aspecto inútil. Caráter sólido, a
dignidade pessoal, a retidão, a fidelidade, podendo se referir a grandeza de
sentimentos, o bom senso, a habilidade de vencer dignamente as dificuldades da vida
e confirma-se como elemento do grupo são elementos que devem pesar
necessariamente na balança, quando pesamos a normalidade. É na estrutura do
caráter individual que encontramos os suportes para o diagnóstico da normalidade
psicológica.
Outra característica de normalidade é o sentido moral da conduta. Este aspecto
completa o quadro de conduta normal sendo o objeto da admiração dos que sabem
admirar. “ A beleza moral”. O aspecto moral e ético da conduta humana referindo não
apenas a realidade exterior, mas à organização inerente, efetivo, norteia a conduta
normal rejeitando o capcioso.
5. REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Considerando a infertilidade humana como um problema de saúde e o


sofrimento dos casais que não conseguem engravidar carregando sentimentos
nutridos de angustia que resultam no abalo emocional e a problemas interpessoais.
De acordo a OMS, a infertilidade conjugal atinge 15 a 20% dos casais em idade
reprodutiva. Em 80% casais com vida sexual ativa, sem praticar nenhum método
contraceptivo no período de 12 meses a possibilidade de apenas 20% de chance de
engravidar.
A reprodução assistida (RA) é um conjunto de técnicas manipuladas em
laboratório por especialista, visando a obtenção de uma gestação para casais
impossibilitados de conceber devido a uma fase ineficiente no processo reprodutivo.
O primeiro "bebê de proveta” aconteceu na Inglaterra em 1978, o nascimento
de Louise Brown. No Brasil em 1984, nasce Anna Paula Caldeira, na cidade de São
Paulo. Nos dias atuais inúmeras crianças nascem por meio de reprodução assistida
(RA). O Relatório Warnock, publicado na Inglaterra no ano de 1984 data a primeira
manifestação ética no tocante a (RA). O Conselho Federal de Medicina cria
normatização ética em 1992 para aplicação das Técnicas de Reprodução Assistida.
Um amplo debate sob o ponto de vista ético envolvendo as técnicas (RA). Os
princípios da bioética são chamados para discursão. O bem-estar na criança, da
mulher, do casal e dos demais envolvidos, doadores, mãe de substituição. Muitos
dilemas a ser estudado sobre o descarte dos embriões humanos, reprodução
póstuma, seleção genética. (BADALOTTI, 2005).

5.1. Inseminação Intrauterina

A inseminação Intrauterina (IIU) baseia na introdução do de um


espermatozoide sadio que é selecionado em laboratório aplicado no interior da
cavidade uterina. Essa aplicação e feita no período ovulatório. Indicação da técnica
quando muco cervical apresenta alteração fisiológica e no caso de morbidade, volume
e concentração dos espermatozoides são insuficientes para fertilização.

5.1.1. Maturação In Vitro de Óvulos


A Maturação In Vitro de óvulos (IVM), baseia na técnica de obtenção de óvulos
imaturos colocados nos meios de cultura especiais para atingir a maturação
correspondente ao estágio de metáfase II seguindo o processo de fertilização e os
embriões são transferido para uterino.

5.1.2. Maternidade de substituição


O material genético do casal é fecundado no laboratório e o embrião é
transplantado no útero de outra mulher. Acontece nos casos em que existe a ausência
congênita do útero, alterações anatômicas do útero que impossibilitam a gestação,
pacientes histerectomizadas, abortamento sem causa. Recomendação que o útero
doado ou emprestado tenha grau de parentesco com a doadora do material genético.
Expressamente proibido a finalidade comercial. Os conflitos podem ocorrer no futuro
gerando discussões: disputa pela criança, abando da criança malformada etc.

5.1.3. Seleção de sexo

Técnica que possibilitam selecionar o gênero filho. Indicação: impedir doenças


congênitas associadas ao sexo. O planejamento familiar justificado nos motivos
culturais, sociais.

5.1.4. Diagnostico pré-gestacional e a seleção imunológica

Realiza-se uma biopsia da célula embrionária utilizando a técnica de FISH


(Hibridização por fluorescência in situ) ou PCR (Proteína C Reativa). Aplica-se para
pesquisa de diagnósticos de doenças genéticas, escolher o sexo da criança, e impedir
patologias relacionado ao sexo da criança. Utiliza-se também a seleção de células
embrionárias para examinar as características imunológicas com a finalidade de
terapêutica.

5.1.5. Reprodução póstuma

A técnica de criopreservação oferece por longo período a conservação de


material genético como gametas, óvulos, embriões, tecido gonadal, viabiliza a
reprodução após a morte. As questões ética, jurídicas e morais são levantadas a
respeito dessa questão.
5.2. A discursão Bioética na Reprodução Assistida

As questões éticas da RA permeiam a discursão moral da vida humana. A


segurança do procedimento, interpretação moral na destruição embrionária acidental,
ocorrência de possíveis risco da mãe ou da criança justificado unicamente no anseio
de gerar filho. Compreende-se que infertilidade causa fragilidade emocional nos
casais. O princípio da Beneficência é encontrado na RA em relação ao casal, visto
que o filho representa a realização de um sonho. A realização de um sonho produz
alegria e bem-estar ao casal. Informação concisa e explicação precisa das etapas da
RA, as chances de sucesso e riscos referente ao procedimento. Respeito a autonomia
corresponde ao princípio de justiça da bioética mediante ao consentimento informado.
Discursões que norteiam RA na restrição ética aos procedimentos que exibe risco de
maleficência as crianças que são parte suscetível em todo processo RA. Riscos de
malformações, problemas de gestação múltipla, embriões vulneráveis, risco de serem
descartáveis, congelados, ou utilizado em pesquisas. A questão moral do embrião de
quando começa a vida e a definição de pessoa. (BADALOTTI, 2005).

5.3. Clonagem humana

A técnica de clonagem surgiu na década de 50, mas ficou em evidência na


clonagem da ovelha Dolly. O nascimento de gêmeos monozigóticos e univitelinos
caracterizam uma clonagem natural. A clonagem humana obtida por métodos
artificiais, conhecido como reprodução assexuada acontece de duas maneiras, por
divisão embrionária, onde é produzido uma réplica completa de organismos humanos
e clonagem por transferência de núcleo que possibilita uma cópia parcial de suas
células, tecidos e órgãos

5.3.1. Clonagem reprodutiva


A clonagem reprodutiva utiliza de células tronco totipotentes que produz uma
cópia idêntica de um indivíduo existente. Fundamenta-se na extração do núcleo de
um óvulo e transfere para outro núcleo de outra célula somática. Dentro de cinco dias
o embrião no estágio de blastocisto (células pluripotentes) é implanto no útero. Após
o período de gestão nasce um indivíduo idêntico ao doador da célula somática.

5.3.2. Clonagem terapêutica


A clonagem terapêutica acompanha a mesma técnica da clonagem reprodutiva,
no entanto a diferença consiste somente no fato do blastocisto não ser implantado em
um útero. Ele é usado em laboratório para produção de células troncos (totipotentes)
com finalidade de fornecer cópias de células, tecidos, órgãos saudáveis para
transplante.
5.3.3. Questões ética na clonagem humana
A clonagem reprodutiva em seres humanos é expressamente proibida em na
maioria dos países da Europa, Japão, Austrália África do Sul, dentre outros. No Brasil
a clonagem humana reprodutiva é proibida por lei, com pena de reclusão de 2 a 5
anos, e multa. A suprema corte Federal do Brasil manifestou em defesa da
constitucionalidade de alguns dispositivos da lei da Biossegurança nº 11.105, de 24
de maio de 2005, a qual o seu art. 5º, permite, para fins de pesquisa e terapia, o uso
de células-tronco embrionárias obtidas por fertilização in vitro, desde que seja inviável
ou estejam congeladas há mais de três anos, com autorização dos progenitores e a
aprovação do comitê de ética da instituição pesquisadora. É unanime o entendimento
mundial que a reprodução humana reprodutiva fere a identidade genética.
A clonagem terapêutica é vista com bons olhos pela ciência com potencial de
cura para doenças que afligem a humanidade. Mas, no entanto, surge os conflitos
morais, éticos descultiveis em relação a tal possibilidade cientifica. A extração de
células do embrião produzido em laboratório acaba resultando na sua destruição. O
embrião viveria por apenas 14 dias. Na questão moral o embrião é considerado uma
pessoa ou um aglomerado de células. No entanto o embrião humano é digno valor
diferenciado em relação a tecidos, células e órgãos.
Por pertencer a espécie humana certos direitos como à vida, a integridade
física, à saúde, a ser gerado, deve ser pertinente a própria dignidade humana. Os
sacrifícios desses embriões não justificam os fins terapêuticos. Todavia, muitos
prejuízos em relação a dignidade humana com injuria à vida humana embrionária.
6. A MORTE HUMANA

Figura 2. Fonte: https://bit.ly/371r36C

A origem da palavra morte vem da mitologia grega deus Thanatos, em latim


Mors, que é a expressão da vivência da radical finitude das coisas .
A morte é a suspensão definitiva da vida de um organismo. A aniquilação total
do ser humano. É a extinção da vida física. A morte compreendida como falecimento
ou óbito é um fato natural no universo. Desde o nascimento se inicia o processo de
morte. Células são substituídas diariamente por outras no processo de regeneração
celular de maneira imperceptível. Compreender a morte é o mesmo que compreender
a vida. Buscar o entendimento para reflexões de onde viemos, para que viemos e
para onde vamos, poderá amparar o discernimento da vida ou morte. Compreender a
morte e compreender a vida.
Cada ser humano foi criado de uma forma exclusiva. Impressões digitais,
batimentos cardíacos, características físicas dentro de padrões singulares, únicos. Na
visão da criação nenhum ser humano é desnecessário. Todos têm igualmente o seu
valor. Um proposito. Desde o s tempos primórdio o homem tinha consciência intuitiva
da sua vida transcendência. Nas antigas civilizações as cerimonias religiosas e
lutuosas faziam parte importante das atuações dos homens. A religião desde sempre
compõe a essência do homem.
Nos momentos de dor, de perda, sofrimento, fica claro que a religião serve
como uma espece de amuleto no processo transcendente. A morte é passagem para
outra vida.

6.1. Diagnóstico morte encefálica

O diagnóstico de mote encefálica é determinado como ausência do fluxo


sanguinho no cérebro. Inexistência de todas as funções neurológicas. Segundo o
Conselho Federal de Medicina, os pacientes que apresentarem os pré-requisitos:
Coma não perceptivo, ausência de reatividade supra espinhal, apneia persistente,
presença de lesão encefálica de causa conhecida e irreversível, ausência de fatores
tratáveis que confundiriam o diagnóstico, tratamento e observação no hospital pelo
período mínimo de seis horas, temperatura corporal superior a 35º graus, saturação
arterial de acordo com critérios estabelecidos pela Resolução.
O teste de morte encefálica, o paciente deve ser submetido a um exame clínico.
Um teste de apneia e exames complementares (angiografia cerebral,
eletroencefalograma, doppler transcraniano e cintilografia). O Conselho destaca que
o laudo deve ser assinado por um profissional com experiência comprovada e
capacitação.

Figura 3. Fonte: https://bit.ly/3m5c4ia

6.1.1. Fases de aceitação da morte


A morte é a maior perda que podemos sofrer. Lidar com a realidade da morte
requer muita coragem. No momento em que o ser humano toma conhecimento de
uma enfermidade irreversível inicia-se a fase de negação. Relutam em não acreditar
na finitude da vida. Explosão de sentimentos variados resultam na próxima fase, a
raiva, definida pelo questionamento: sim, mas por que eu? Reconhece a doença, mas
se revolta com a situação e assume atitudes agressivas e irracionais na lida com os
demais. A terceira fase é a negociação visto que a pessoa entende o mal que está
ocorrendo e começa a buscar na religião, em Deus o escape daquele mal. O Deus
que na fase da raiva não existe, no entanto na fase de negociação volta a existir. Na
esperança da cura que não chega a tristeza ganha mais espaço e a pessoa recua no
seu introspectivo. Esta é a fase da interiorização. Esse momento é marcado por muitas
lagrimas e risos. Procurando rever sua vida. A última fase é aceitação. Após a revisão
de sua vida, decisões tomadas, a paz repousa naquele enfermo e a tranquilidade é
transmitida aos que o cercam. Nesta fase não significa que o enfermo abre mão do
tratamento, mas também não busca a cura desesperadamente. A morte advém de
forma serena, sem traumas para o que parte nem para os que ficam.

6.2 Morte biologia

Considerando a morte como um fenômeno da biologia. Em substituição ao


temo morte “dessoma” em grego “corpo”. A morte biológica caracterizada pelo
descarte do corpo físico (desativação somática). O dessoma não apresenta o peso
negativo da palavra morte já que não representa fim. Significa dizer mudança de nível
da consciência. É uma transmutação. A primeira dessoma é onde o rompimento do
cordão de prata acontece a interrupção do fluxo energético entre o soma e os demais
veículos. Não há possibilidade de prosseguimento da vida no soma.
Dimensões extrafísicas (psicossoma e o mentalsoma), viabilizam a
continuidade das consciências. A segunda dessoma é desativação do corpo
energético e dos requisitos do cordão de prata. Essa dessoma vai variar de acordo
com cada indivíduo conforme o grau de apego ao mundo matéria. A terceira dessoma
é, portanto, a desativação do psicossoma.
A consciência permanece apenas com o mentalsoma resultando em
consciência livre. O ciclo evolutivo de vida intrafísica e extrafísica demostra a
continuidade da consciência que não pode se aniquilada.

6.3 Filosofia da morte

No âmbito da filosofia a morte vista como início de um novo ciclo de vida.


Pensa-se em alguma forma de sobrevivência após a morte. A filosofia platônica
considera a morte um bem para o homem, porque o liberta das necessidades do
corpo. Schhopenhauer compara a morte ao pôr-do-sol, que nasceria em outro lugar.
Alguns filosóficos pensavam a morte como a possibilidade existencial.
Entende-se a morte como na sua intima ligação com a vida e seu significado.
Isso traduz que uma vida sem perspectiva de fim, projetos e realizações jamais seriam
estabelecidos. Sempre aconteceria postergações do mesmo. Essa condição seria
intolerável para toda existência humana. Dilthey, afirmava que a morte como uma
limitação da existência é a condição que acompanha todos os momentos da história
individual.
7. PACIENTE E FORA DE POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA (FPT)

O cuidado da medicina paliativa se ocupa em oferecer ao doente maior conforto


afim de reduzir seu sofrimento. Paliar significa mitigar, aliviar, proteger, reduzir,
diminuir. A certeza que se tem é que a morte é certa e inevitável, porem o esforço de
torna-la mais humana. O foco no cuidado e não na cura do paciente.
A atenção dos cuidados paliativos concentra-se no paciente e não na doença.
O alivio da dor, suporte psicológico sociocultural e espiritual são ingredientes
indispensáveis no cuidado do paciente fora de possibilidade terapêutica. Os direitos
inerentes as dignidades humanas são baseadas nas escolhas e decisões do paciente
e familiares de forma que a finitude é compreendida como um processo biológico
natural e evolutivo da vida humana.
Não significa dizer que, os cuidados paliativos é o abandono ao o tratamento
médico, posterga ou acelera o processo de finitude. Amparar o paciente com respeito
e cerca-lo de compreensão, oferecendo oportunidade para falar dos seus sonhos,
suas angustias, medos, torna menos doloroso e faz com que se sinta importante e
que a vida vale a pena ser vivida, mesmo estão perante a morte. O tratamento paliativo
procura englobar três aspectos: cuidar de forma amenizar a dor, cuidar do corpo físico
e emocional, respeitar autonomia do paciente e do seu representante legal.

7.1. Dor

A dor costuma a acompanhar a nossa chegada na vida e a despedida dela. O


sentir dor é resultante de alguma agressão que o corpo sofre num processo
transmissão do sistema nervoso a um estimulo das ramificações nervosas contidas
no local da agressão. No tratamento paliativo a dor deve ser compreendida em toda
sua amplitude. Os sinais neurológicos podem ser aliviados ou intensificados,
reduzidos ou amentados. As sensações dolorosas podem ser influenciadas pelo
entendimento que o paciente tem de sua realidade. A dor envolve tanto o sentir no
processo bioquímico como no interpretar os sinais neurológicos e atribuições de
causas, atividade corporal e atividade mental.

7.1.1. Alivio da dor


A dor não pode ser medida por meios de aparatos médicos. Trata-se de uma
vivencia que soma a diferentes sintomas. Não é um acontecimento único. Apresenta
diversas formas e modos. Cada pessoa tem sua experiência. Nos cuidados paliativos
toda queixa de dor do paciente é avaliada de forma peculiar na busca consistente e
primordial de bloquear a transmissão neurológica de estímulos nóxios através de
analgésicos.
7.1.2. Sofrimento
O sofrimento e a dor diferem entre si, mas costuma a caminhar juntos com
realidades distintas. O sofrimento de um paciente terminal pode ser diminuído quando
recebe o cuidado para tratamento da dor física, mental e emocional. Esses cuidados
oferecidos ao paciente traduzem algum sentido de controle futuro de sua condição.
Se isso não acontece a dor pode ser muito maior. A dor física é conceituada
fisiologicamente pela ciência, já o sofrimento suas principais bases são os
pensamentos, as recordações, os sentimentos, as esperanças, as crenças e os
sentidos.
O sofrimento é consequência de situações adversas como a depressão, a
perda de esperança, de propósito, de sentido, do sofrimento com a própria existência.
O controle do sofrimento no processo da finitude os pacientes precisam receber
ostensiva atenção a seu estado mental. Precisam ser convictos de que não estão só
e que seus anseios e preocupações serão ouvidos e respeitados.

7.1.3. Alivio do sofrimento


O sofrimento é gerado quando a integralidade pessoal é ameaçada. O ser
humano em sua composição de corpo, alma, espirito e caráter pode sofrer ofensas
machucando e promovendo sofrimento não apenas o corpo, mas eu espiritual. O alivio
do sofrimento só será possível se essas ameaças forem solucionadas.
O sofrimento tanto pode ser físico como espiritual. Carrega a perda ou ameaça
de perda na dimensão da integralidade. O grande desafio daqueles profissionais que
praticam os cuidados paliativos e a tentativa de manter a integridade pessoal mediante
a deterioração do corpo, aliviar o sofrimento é necessário compreende as
necessidades físicas do paciente à morte.

7.2. A bioética e os cuidados do paciente terminal

O paciente tem a liberdade de exercer sua autonomia para dar seu


consentimento livre e informado no processo de intervenção dos cuidados paliativos.
O paciente é informado de suas condições, dos riscos, dos benefícios, e todos
procedimentos propostos. Fornecer ao paciente Informações seguras, explicações
claras para que possa exercer sua autonomia.
O paciente que tenha com condições de raciocinar sobre sua situação poderá
seguramente dar seu consentimento livre e informado, no contrário o seu
representante legal escolhe se aceita ou não as intervenções propostas. Princípios
fundamentais do cap.1, XXII do CFM Nº 2.217/2018 - Nas situações clínicas
irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos
e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
cuidados paliativos apropriados.
8. EUTANÁSIA E DISTANÁSIA

A etimologia da eu em grego significa “ bem” ou “bom”. Thanatos é significa


morte logo eutanásia significa boa morte ou morte fácil. A eutanásia é o abreviamento
da vida do paciente em estado terminal no quadro irreversível onde uma terceira
pessoa provoca uma ação apedido do paciente para antecipar a morte com a
justificativa de evitar uma vida artificial e dolorosa e sem futuro.
Eutanásia passiva
A finitude do paciente acontece pela omissão medica ou pela interrupção de
uma ação médica no tratamento do paciente com objetivo de ameniza o sofrimento.
Distanasia
A distanásia também chamada de obstinação terapêutica. Visa a prolonga a
vida da pessoa no estágio de morte. Usa-se meios mecânicos e terapêuticos
grandiosos para evitar a todo custo morte do paciente.
Ortotanásia

O paciente é entregue aos cuidados paliativos, sem interferência da ciência,


permitindo que o percurso da doença evolua naturalmente oferecendo à paciente
morte digna, serena, sem sofrimento.
8.1 A legislação, bioética e a eutanásia

A constituição contempla o direito à vida, mas no ponto de vista ético o direito


livre informado deve ser respeitado garantido a dignidade da pessoa humana. A
legislação brasileira proíbe a pratica de eutanásia sob pena legal. Os princípios da
autonomia, beneficência, não-maleficência devem ser resguardados no tratamento do
paciente. A autonomia encontra limites nas leis jurídicas e o consenso da sociedade
que considera o bem comum. A ética da cultura cristã a vida é comtemplada como
dadiva de Deus. No entanto é condenável tirar a vida de alguém. O código de ética
médica, juramento hipocrático é contrário a pratica da eutanásia.
9. ABORTO

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), O abortamento representa um

grave problema de saúde pública. Estima-se que ocorram, considerando


apenas o
Brasil, mais de um milhão de
abortamentos induzidos ao ano, sendo uma
das principais causas de morte materna no
País. Por atravessar um emaranhado de
aspectos sociais, culturais, econômicos,
jurídicos, religiosos e ideológicos, é tema que
incita passionalidade e dissensão, parecendo,
sob consideráveis perspectivas, distante de
saída.
https://bit.ly/33fmTXC O dicionário Aurélio apresenta o
conceito: “gestação é o fenômeno de desenvolvimento, no útero, do produto da
fecundação, e que compreende as fases ovulatatória, embrionária e fetal, até que, até
que finda a última, ocorre o nascimento”. Aborto “ expulsão prematura e
violentamente provocada do produto da concepção, independentemente de todas
circunstancia de idade, viabilidade, e mesmo de formação regular”. (RIBEIRO, 2011).
A medicina obstétrica considera a retirada do feto após 22ª semanas parto prematuro.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o abortamento é a interrupção
precoce de uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da
mãe. O aborto pode ocorrer de maneira intencional ou de maneira totalmente
espontânea, sendo, em ambos os casos, um processo doloroso para a mulher que
vive esse momento. Caracteriza-se um aborto a interrupção, antes das 22 semanas
de gestação, estando, nesse caso, o feto, geralmente, com peso inferior a 500 g. O
feto retirado nessas condições não poderá viver fora do útero da mãe. O aborto pode
tanto ocorrer forma espontânea, natural onde a mulher não tem a intenção de
expulsar, como pode ser provocado por ela ou por uma terceira pessoa. Nas duas
situações poderá ocasionar consequências que comprometem a saúde da mulher.
Desde os tempos primórdios a questão do aborto é polemica e farta de questões que
são no mínimo intrigante. A discursão abrange o campo filosófico, religioso, social,
político, médico e ético. Na visão do direito é garantido pela constituição o direito à
vida, a dignidade humana. A ciência não pode negar que no simples zigoto está
constituída a identidade biológica de um novo indivíduo. Este fato já é o bastante para
dizer que por se tratar de pessoa humana possui direitos de pessoa.
Diferente teoria sobre do início da vida
Na teoria desenvolvimentista a fase pré-embrionária que vai até o 14º de
gestação é considerado apenas como um aglomerado de células reconhecendo uma
pessoa a partir da fase embrionária que tem a definição de um único indivíduo. Na
teoria da potencialidade o embrião e visto como uma “ pessoa em potencial” não
possui direito legal como pessoa. Na teoria concepcionista considera o início da vida
desde o encontro do espermatozoide com óvulo. Todos os estágios da vida são
protegidos e garantidos legalmente.
9.1 Os direitos do nascituro

No Brasil a práica de aborto é


proibido pela Constituição Federal 1998.
Sobretudo sustenta a garantia de proteção
ao nascituro, sendo o direito à vida o
primeiro entre os demais direitos. “O valor
jurídico penal faz uma distinção entre a vida
intrauterina e a extrauterina. O crime de
aborto cede lugar para homicídio e
infanticídio, em termos de punição”.
(RIBEIRO, 2011 p.213). O Código
Penal considera o aborto apenas
após o período de nidação do embrião. O
art.5º da Constituição Federal de 1998, reza que” todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes do País a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a
segurança e à propriedade”. A concepção é marcada como o início da vida. A
constituição não especifica ou difere maior ou menor importância a vida dentro ou fora
do útero. Portanto todas as pessoas têm o direito que sua vida seja respeitada e
tratada com dignidade. O embrião não deve ser considerado uma pessoa somente a
partir do momento em que se desenvolve o sistema nervoso central capaz de
consciência e racionalidade. E sim por ele já ser uma pessoa que se desenvolverá o
sistema nervoso central capaz de consciência e racionalidade. O ser humano não é
pessoa por ser consciente e racional, mas será consciente e racional por ser pessoa
9.2 A ética e o aborto

O aborto é autorizado exclusivamente para salvar a vida da gestante,


sobrepondo o direito à vida da gestante como bem maior. Os direitos da gestante são
superiores aos direitos do feto. Em contrapartida, o direito constitucional do nascituro
é violado. ” (RIBEIRO, 2011, p.211.). O aborto é legalizado nos casos de anencefalia,
anomalia genética, a questão ética vista como parte de uma ideologia racista chamada
de eugenia que defende exclusivamente a sobrevivência de seres humanos
saudáveis. A legislação brasileira permite o aborto nos casos de estrupo e sem a
exigência de comprovação do crime de estrupo e também não exige autorização
judicial para realização do aborto. Essa facilidade torna a lei permissa a pratica do
aborto. “Indivíduo é espécimen vivo pertence a uma espécie dada; um ser organizado
com existência própria, que mão pode ser divido sem ser destruído. ” (TAITSON, 2008,
p.72). Gestantes com patologias graves, cuja a continuidade da gestação coloque sua
vida em risco. Essas gestantes tem o direito por lei de renunciar a gestação para
garantir sua sobrevivência. Fazer a escolha de quem deve morrer ou não. Quem tem
o direito à vida. O poder de liberdade condicionado apenas em quem faz esta escolha.
A concepção humana entendida em sua fecundação considera o embrião uma pessoa
humana, sujeita de direito. De acordo com o art. 6º do Código Civil, que determina: “
a existência da pessoa natural termina com a morte”.
No campo da antropologia
O que é ser uma pessoa? Ser um Homo sapiens é o mesmo que ser uma
pessoa, esses são conceitos de mesma categoria? O que é que confere
pessoalidade? É possível existir pessoas não humanas? Um embrião possui esse
status de pessoalidade ou não?

10. TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS

O transplante de órgãos e
tecidos é um procedimento
cirúrgico que procura substituir um
órgão doente por outro normal de
um doador compatível ou até
mesmo alguém que tenha falecido
recentemente. A busca do
prolongamento da vida de pessoas
quando não existe mais nenhuma
possibilidade terapêutica de cura. O transplante de órgãos significa a esperança de
uma perspectiva de vida futura. Ocorreu em Boston, nos Estados Unidos,1954 o
primeiro transplante de órgãos realizado com sucesso pelo Dr. Joseph E. Murray
transplantou o de rim entre dois gêmeos idênticos. Devido a compatibilidade genica
o sistema imunitário observou-se uma grande oportunidade para a realização de
transplante com sucesso e menor risco, tais como, rejeição do órgão transplantado ou
mesmo complicações em órgãos vitais.
10.1Transplantes de órgãos no Brasil

A atividade de transplante de órgãos e tecidos no Brasil iniciou-se no ano de


1964 na cidade do Rio de Janeiro e no ano de 1965, na cidade de São Paulo, com a
realização dos dois primeiros transplantes renais do país. O primeiro transplante
cardíaco ocorreu também na cidade de São Paulo no ano de 1968, realizado pela
equipe do Dr. Euriclides de Jesus Zerbini. Deste período inicial até os dias atuais,
esta atividade teve uma evolução considerável em termos de técnicas, resultados,
variedade de órgãos transplantados e número de procedimentos realizados.
Formalização dos transplantes no brasil
A chamada Lei dos Transplantes entra em vigor lei nº 9.343, de 4 de Fevereiro
de 1997, regulamenta a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para
fins de transplante, e o Decreto nº 2.268, de 30 de junho de 1997, que a regulamentou,
na tentativa de minimizar as distorções e até mesmo injustiças na destinação dos
órgãos. No âmbito do Ministério da Saúde no mesmo decreto do dia 30 de junho 1997,
nasce o Sistema Nacional de Transplantes – SNT tendo como atribuição desenvolver
o processo de captação e distribuição de tecidos, órgãos e partes retiradas do corpo
humano para finalidades terapêuticas e transplantes. De acordo com a associação
Brasileira de Transplante (ABTO), o Brasil é o segundo país do mundo na realização
de transplantes. Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 95% dos procedimentos
realizados em todo pais são sustentados pelo Sistema único de Saúde. (SUS). O
Brasil possui um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos
do mundo. Conforme o Ministério da Saúde foi implantado no período de 1998 a
2001, na área de transplante, ações sistematizadas como a criação da
Regulamentação do Sistema Nacional de Transplantes, Estruturação do
Sistema Nacional de Transplantes, Coordenação Nacional do Sistema Nacional de
Transplantes, Grupo Técnico de Assessoramento, Centrais Estaduais de Transplante,
Central Nacional de Transplante, Comissões Intra-Hospitalares de Transplante,
Bancos de Órgãos e Tecidos, Registro de Doadores de Medula Óssea, Registro
Nacional de Doadores de Órgãos e Tecidos, Qualificação de Recursos Humanos,
Financiamento dos Transplantes.
10.2 Doação de órgãos legalizada por lei

A lei nº 9434/ 97 foi alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de Maio de 2001, substitui
a doação presumida pelo consentimento informado na carteira de identidade e carteira
de habilitação. De acordo com o CFM nº 1.489/97, o diagnóstico de morte encefálica,
constatado pelos exames clínicos e exames complementares comprovando a
ausência de fluxo sanguíneo no cérebro é confirmado a morte. “ A política nacional de
transplantes tem como diretrizes a gratuidade da doação, a beneficência em relação
aos receptores e não maleficência em relação aos doadores vivos”. (HELOU,
RODRIGUES, p. 225.). os pacientes que neccesitam de transplantes tem direitos
garantidos por lei que regula toda rede assistencial de equipes e instituiçoes. Toda
politica de transplantes tem respaldo na leis orgânicas do SISTEMA Único de Saúde
(SUS) a lei de nº 8.080/90 e nº8142/90 . A Associação Brasileira de Transplante de
Órgãos, criada no ano de 1987, sociedade médica sem fins lucraticos. Tem
como principal objetico promover as atividades relacionadas ao transplante de órgãos.
Em Pelotas, RS foi instituido a Aliança Brasileira Pela Doaçao de Órgãos e Tecidos
(ADOTE), organização não governamental, certificada como organização da sociedae
civil de interesse público ( OCIP).
10.3 Princípios éticos

Os experiementos no corpo humano, os trasnplante de órgaos, às decisões


politicas ligadas com a saúde indagam sobre os limites do conceito da diginidade
humana. A solidariedade composta no ser humano de modo elevado social e
capacitado de oprtunidade de investir no bem da comunidade devem incluir-se as as
doação de orgaos. Ressaltando o comprometimento com a proteção da integridade
humana. A vulnerabilidade do corpo humano representa a alçada do corpo à
identidade pessoal, e como tal , da dignidade e da indisponibilidade concernete a
pessoa humana. qualquer intervenção na integriadade corporal reflete uma
intervenção na integridade pessoal. O corpo na sua totalidade cada parte do corpo
deve ser avaliada de acordo com o todo. E por isso, cada parte (membro, órgão ou
função), pode ser sacrificada em função do corpo, desde que isso seja útil para o
bemestar de todo o organismo. Com base no principio da automia , a doação de
órgãos , tecidos deve ser com o consetimento da familia do doador e do recepitor.
Basea- se no princípio da confiabilidade a pessoa tem o direito de manter privado as
informações dadas e a proteção contra a sua revelação não autorizada. É
expressamente proibida a comercialização de órgãos, tecidos pelo principio da
gratuidade. Dentro das normatitividade juirídica o ser humano é dotado de
individualidade própria , não é objeto manipulável ou passível de alienação financeira
de acordo com arts. 13 e 14 do Código Civel Brasiliro de 2002. O prinicpio da não
discriminação confere apenas aos medicos selecionar os critérios para os possiveis
receptores. (HELOU, RODRIGUES, p.224-225.).
10.4 Fila única

Toda a doação comunicada na central de transplantes processa a seleção dos


possíveis receptores para os vários órgãos. Esta seleção leva em conta o tempo de
espera para o transplante, o grupo sanguíneo, o peso e altura do doador, suas
indicações próprias para cada órgão. A fila não segue uma ordem crescente de
chegada dos cadastros na central. No caso de transplante de rim não é possível ter
uma fila de ordem chegada, já que os receptores são selecionados pela
compatibilidade de HLA. Existem várias situações que interferem na fila de doação de
órgãos. Muitas vezes acontece que o selecionado em primeiro lugar pode não estar
momentaneamente em condições de receber um transplante em consequência de
complicações clínicas ou não pode ser localizado, não quer ser transplantado naquele
momento, etc. e, portanto, para aquele doador ele é preterido. Acontece também por
vezes que a equipe médica responsável pela realização do transplante não está
disponível. Viagens para participação de congressos das especialidades, feriados
prolongados e o paciente selecionado não pode ser transplantado. Enfim, são várias
as razões que fazem com que a "fila única" para o transplante não obedeça ao critério
de ordem de chegada.
10.5 Hemotransfusão

A hematologia é a ciência que estuda o sangue e seus derivados, como


plaquetas, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos. A hemoterapia é uma especialidade
da área da saúde que aplica o conhecimento o especifico no tratamento do sistema
sanguíneo. É uma área recente da ciência de laboratório considerando as grandes
descobertas dos grupos sanguíneos um achado para evolução da medicina
laboratorial. A homotransfusão ou a hemoterapia é a transferência de um
hemoderivado (sangue ou plaquetas) de um indivíduo sadio para outro indivíduo.
Algumas doenças ou patologias são tratadas com o suporte hemoterapico. É
um tratamento considerado importante na vida dos indivíduos que necessitam, porém
não tem poder de cura por si só. Algumas patologias têm possibilidade de evoluir
negativamente tornando potencial necessidade o suporte hemoterapico para garantir
a sobrevivência. Doenças hematológicas em geral e doenças cancerígenas
(leucemias, linfomas, doença de Hodgkin e Mieloma Múltiplo), neoplasias,
hemoglobinopatias, síndromes mielodisplásicas e outras doenças hematológicas,
afecções do feto e do recém-nascido, traumatismos osteo-articulares entre outros.
Traumatismos e queimaduras. Desastres envolvendo pedestres, carros, bicicletas,
trem e avião. Acidentes por de arma de fogo, explosão, mordedura e esmagamento.
(MS, 2018).
Diagnóstico Clínico ou Situacional
Aquele paciente que se encontra com a atividade sanguínea em desequilíbrio
com o sistema hematopoiético, devido ao seu quadro patológico e as comorbidades
apresentadas A avaliação para verificar a necessidade de um suporte hemoterapico
pode varia de acordo com as características de cada indivíduo, como idade, estado
físico, morbidades associadas, juntamente indicativos laboratoriais avaliados de forma
pertinente dentro do contexto do quadro clínico apresentado pelo paciente.
Reações ligadas a transfusão sanguínea
Durante todo período de transfusão sanguínea até 24 horas após o término
deve ser observado qualquer reação. Na transfusão podem ocorrer as reações de
origem imunológica imediata ou tardia e não imunológica como as reações febris ou
hemolíticas, entre outras. O suporte terapêutico é indicado apenas se benefícios forem
maiores que os riscos.
Hemotransfusão leis regulamentares
A hemoterapia possui leis reguladoras e fiscalizadoras Lei nº 10.205, de 21 de
Março, de 2001 regulamenta o § 4º do art. 199 da Constituição Federal. Portaria
nº158, de 4 de Fevereiro de 2016 redefine o regulamento técnico de procedimentos
homoterápicos.
Os componentes sanguíneos

Os componentes sanguíneos são as hemácias, plaquetas e os leucócitos.


Cada qual tem o seu funcionamento peculiar no sistema sanguíneo. Os leucócitos são
os chamados glóbulos brancos que fazem parte do sistema de defesa do organismo,
as plaquetas são responsáveis pela coagulação sanguínea, a hemácia
tem a importante função de transportar o oxigênio. O sangue também possui a parte
liquida que o plasma constituído pelas proteínas que participam da cascata de
coagulação.
O processo de centrifugação do sangue é habitualmente utilizado para separa
os componentes do sangue. Essa separação da origem ao concentrado de hemácias,
plaquetas, plasma fresco e crioprecipitado que são utilizados na transfusão
sanguínea. Os leucócitos não são transfundidos por serem considerados
contaminantes, embora esteja presente em pequenas quantidades nas bolsas de
sangue contendo hemácias e plaquetas. Essa pequena quantidade de leucócitos não
tem potencial de provocar reações transfusionais. A doação de leucócitos chamada
aférese consiste em extrair do sangue apenas os leucócitos do doador através de uma
máquina especifica. Os componentes do sangue são devolvidos para o doador.
Os tipos sanguíneos
Os grupos sanguíneos são reconhecidos pelo sistema eritrocitário com a
presença definida de antígenos na sua superfície eritrocitária e de anticorpos naturais
contra grupos sanguíneos diferentes. Existe hoje mais de 30 grupos sanguíneos
utilizado na transfusão sanguínea fazem parte do sistema AOB e os sistemas Rh (D).
Outros grupos importantes para transfusão são Kidd, Duffy, MNSs, Lewis, entre outros
responsáveis por reações transfusionais e causar provocar doenças hemolíticas do
Rh.
O sistema AOB e o fator Rh
Para realização de transfusão de sangue o sistema AOB são os mais
relevantes. Na membrana eritrocitária processa os seus antígenos que é controlada
pelos lócus AOB do cromossoma 9 contendo três genes alelos sendo A, B,O, que
expressam os antígenos que representa, com exceção do O, que não possui antígeno
especifico. A presença de anticorpos naturais é uma caraterística do grupo AOB. A
parir dos 6 meses de vida o indivíduo do grupo A gera anticorpos anti-B; os do grupo
B gera anticorpos anti-A produz os do grupo O geram anti-A e B e os do grupo AB não
geram anticorpos contra o sistema ABO, pois possuem a expressão dos 2 antígenos
(A e B) na superfície eritrocitária. O sistema Rh é constituído por antígenos definidos
D,d,C,c,E,e presentes na superfície eritrocitária. O fator D é o mais imunogênico. As
pessoas que expressam o antígeno D são autodenominado de Rh positivo e os que
não expressam (são do tipo d) são reconhecido de Rh negativos. Cerca 15% da
população não apresenta o antígeno D. A doença hemolítica do RN é um exemplo do
sistema Rh negativo devido a incompatibilidade do sistema através do contato do
sangue da mãe com o feto.
Compatibilidade
A seleção do hemocomponente deve ser ABO compatível. Nos pacientes Rh
(D) negativos também deve haver a compatibilização do sistema Rh. O teste de
compatibilidade transfusional visa a identificação da compatibilidade/
incompatibilidade entre antígenos das hemácias do doador com os anticorpos
presentes no soro/ plasma do receptor. (FUNDAÇÃO HEMOMINAS, 2014.)

10.3 A religião, ética e a Hemotransfusão

A religião sendo parte dos valores morais do indivíduo. A fé que não pode ser
questionada. O direito que cada um tem de crer no que acha certo. O respeito devido
a todas as crenças tem seus dogmas. Para as testemunhas de Jeová a terapia
sanguínea é inadmissível em qualquer circunstancias. É o ponto essencial dos seus
mandamentos religioso. A constituição Federal resguarda o direito de liberdade, de
consciência, e de crença. Nenhum indivíduo pode ser obrigado a fazer ou deixar de
fazer algo, se não em virtude da lei. O respeito a autonomia humana, ninguém pode
ser constrangido a renunciar a sua fé, seus preceitos religiosos. No entanto o paciente
tem o direito de recusar a hemotransfusão baseado no art. 5º, II, CF, respaldado na
lei do princípio da legalidade. Algumas questões como como o limite da autonomia e
a vontade do paciente. A responsabilidade médica termina quando o desejo do
paciente contrapõe o tratamento médico. O código de Civil considera crime causar
constrangimento ao indivíduo. A resolução CFM 1.021/80 orienta o médico no caso
especifico religioso quando o paciente recusa o tratamento de transfusão de sangue
será respeitado a sua vontade apenas se não existir perigo para a vida do paciente.
Se o quadro do paciente apresenta perigo o médico faz a transfusão sem o
consentimento do paciente ou de seus responsáveis. O médico assume o risco de
responder criminalmente por contrariar a decisão do paciente.
11. COMISSÕES DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS

Todos projetos de pesquisa em seres humanos necessitam passar por


avaliações do conselho de ética. As normas legais são reguladas pelo conselho
Nacional de Saúde. A resolução do conselho Nacional de Saúde 196/96 tendo como
base as leis orgânicas do incorporam os princípios bioéticos para pesquisas
envolvendo vacinas, medicamentos, testes e diagnósticos, reprodução humana
assistida, populações indígenas, coletas de materiais biológicos e armazenamento.
Órgãos reguladores da pesquisa
Conselho Nacional de Saúde - Resolução 196/96
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), é vinculado ao Ministério
da saúde tem função multidisciplinar e transdisplinar. Tem caráter consultiva,
deliberativa, normativa e independente.
Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), colegiados interdisciplinares e
independente tem a responsabilidade de pesquisa, deliberativo e educativo. Seu
principal objetivo e impedir os abusos de pesquisas com seres humanos.
11.1 Critérios para estabelecer o projeto de pesquisas

Os projetos de pesquisas precisam responder aos critérios de relevância da


pesquisa. O resultado produzido pela pesquisa deve culminar no bem comum
acrescentado valor relevante para tal. A resolução 196/96 confere, em seu III. 1.d, que
a relevância social de uma pesquisa deve trazer vantagens significativas para os
indivíduos envolvidos na pesquisa e garantir a esses indivíduos justiça e equidade.
Toda atividade de pesquisa visa a geração de conhecimento. As metodologias
aplicadas devem ser claras e pontuadas eticamente. Os princípios éticos são
embasados no respeito a pessoa, a beneficência e a justiça. Todos os projetos
impreterivelmente devem ser avaliados pela comissão de ética. Incluído todos os
possíveis envolvidos direta ou indiretamente, com a pesquisa, seja os próprios
sujeitos, os pesquisadores, os trabalhadores da local onde a mesma se desenvolve,
a sociedade e ambiente.
O comitê de ética em pesquisa é composto por profissionais especialistas
renomadas em sua área de atuação. Também participam representantes da
comunidade propiciando maior particularidade. O comitê de ética atua de forma
independe. O seu objetivo é resguardar, proteger, os melhores interesses de todos
envolvidos e desempenha um trabalho educativo juntos aos pesquisadores. É de
suma importância que a equipe de pesquisadores possa verificar a competência dos
seus membros me planejar, executar e publicar devidamente um projeto de pesquisa.
Um projeto com erros metodológicos em sua base acarreta prejuízos bastante
oneroso e riscos. A utilização do ser humano acontece em última instancia como
objeto de pesquisa. Os pesquisadores lançam mão de modelos animais, cultura de
células, simulações. Os pesquisadores têm a responsabilidade de garantir a
privacidade dos participantes e todos os dados coletados deve seu utilizado somente
com finalidade cientifica. A avaliação de risco-benefício deve ser vista com muito
critério e atenção. A previsão de prejuízos irreparáveis ou morte, decorrentes das
intervenções do projeto, deve essencialmente impedir a continuidade da pesquisa. O
procedimento de consentimento informado consolida-se no direito de autonomia dos
participantes. A escolha de participar das pesquisas deve ser voluntaria. O pesquisar
deve fornecer todas as informações como objetivos, procedimentos, riscos,
desconfortos e benefícios.

11.2 Avaliação do projeto de pesquisa

O comitê de Ética e Pesquisa (CEP), no desempenho de sua função avalia


através de um parecer, podendo recomendar provação, a reprovação, ou adequação
do projeto de pesquisa. A autoria dos pareceres dos ceps é mantida anônima,
garantido maior isenção e evitando supostos questionamento para forçar um
argumento contraditório. Com isso é reforça no caráter dos CEPS, a independência
que é primordial para garantir o seu bom funcionamento.
É necessário que o projeto de pesquisa tenha: identificação, introdução,
objetivos, métodos, cronograma, orçamento e por últimas referências bibliográficas.
Todos esses elementos são indispensáveis de um projeto cientifico.
Os critérios éticos protegem os indivíduos envolvidos na pesquisa. É
explicitamente necessário que os projetos de pesquisas estejam corretamente
configurados à normas de pesquisa vigente no país, e por vez atender às diretrizes
internacionalmente aceitas. Esses critérios podem ser extraídos: relação de custo
benefício, minimização dos riscos, seleção qualitativa dos participantes,
consentimento informado, confidencialidade e privacidade, monitoramento da
segurança e os dados obtidos no decorrer da pesquisa e armazenamento de material
biológico. Uma análise dos critérios mencionados acima feito de forma singular ou
associada poderão fornecer evidencias na remodelagem do projeto ou demostras
quais os pontos devem ser compreendidos.
A avalição de um projeto tem em sua principal função proteger os indivíduos de
práticas científica abusivas. A função educativa também faz parte da avaliação de um
projeto de pesquisa. Buscando sempre o aperfeiçoamento do projeto de pesquisa.
Um projeto de pesquisa precisa conter, título, autores, e locais de origens de
realização. O título deve demonstra incialmente a sua finalidade. Ter coerência com o
tema proposto verificado no objetivo.
A identificação do local permite saber a instituição, unidade, ou seja, é o
endereço de origem da local pesquisa. Introdução é o contexto do projeto. O histórico
do tema escolhido, podem ser incluídas algumas justificativas para a realização dos
projetos, importância do tema proposto, necessidade de realização do projeto. Os
objetivos caracterizam de forma reduzida a razão do projeto ou finalidade. Os métodos
são os materiais, casuísticas, a fonte de dados que será usada.

12. DROGAS E DROGADIÇÃO

Drogas é uma composição química com uma ou mais substancia, de origem


variada e utilizada para diversos fins, pode produzir variadas alterações somáticas ou
fundamentais no organismo, benéfica ou maléfica.
Tóxico
Resulta da droga em ação no organismo vivo e produzi efeito maléfico
condicionando a alteração dos padrões fisiológicos. Fármaco
São substancias utilizados com a finalidade de cura ou prevenção da doença.

Placebo
Substâncias inativas que não tem ação química, apenas produz um conforto
psicológico no paciente.
Remédio
Devido a amplitude no termo não possui definição. Significa dizer que todas as
formas utilizadas para solucionar uma disfunção.
Dose
É a quantidade de remédio a ser administrada, a um indivíduo, em acordo com
sua massa corporal.

12.1 Drogatição

É a dependência causada por substancia química ou tóxicos na pratica


humana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OM), a dependência
química de drogas lícitas e ilícitas é considerada uma doença. Os vícios químicos são
responsáveis na grande maioria por desenvolver um caminho de inclusão e exclusão
do indivíduo na sociedade. Outros fatores como que colaboram são genéticos,
políticos, econômicos e biofarmacologicos. As substancias psicoativas fazem parte da
história da humanidade, portanto sofreu mudanças no decorrer do tempo. Nos dias de
hoje o uso abusivo de psicoativos é a suas consequências nas sociedades é um
grande desafio para o poder público. Devido a importância do tema foi consagrado
20/02 Dia Nacional de combate às Drogas e ao alcoolismo.
Tipos de drogatição e dependência
Existem vários tipos de drogas como, Maconha, cigarro, crack, cocaína, êxtase,
anfetaminas, LSD, álcool, solventes, cogumelos alucinógenos, metadona,
benzodiazepínicos.
A dependência psicológica é uma forma de drogatição causada pelo uso de
entorpecente na busca da sensação de bem-estar e refrigério de tenções da vida
cotidiana. O desejo pela busca do conforto promovido por estes entorpecentes é
obsessivo e altera a capacidade física em mental. Uma outra maneira de dependência
provocada pela drogatição é a dependência física, na qual o organismo acostuma-se
à uma determinada substancia. Quando acontece a interrupção do fornecimento desta
substância ao indivíduo gera distúrbios físicos e entra no estado conhecido craving,
quer dizer ânsia. Fatores como carga genética, constituição física do indivíduo e
maneiras de uso são variáveis que podem influenciar no tempo de uso da droga, o
que também evidencia um aspecto da dependência física.
A droga lícita álcool
Conforme o Ministério da Saúde (MS), o” alcoolismo é uma doença crônica,
com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo
compulsivo de álcool. Desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma
é retirada”. Há comprovação cientifica de que predisposição genética colabora a
dependência, outras causas estão associadas com ansiedade, angustia, fácil acesso
ao álcool, insegurança e condições culturais. O alcoolismo muito além de ocasionar
problemas de saúde física e psíquica, o que, já é, um grande prejuízo para o indivíduo,
também traz uma dura realidade social como a exclusão social, separação familiar,
comportamentos agressivos. Embora o consumo do álcool seja visto com normalidade
pela sociedade, o álcool, oferece uma série de perigos não apenas para quem
consome mas para aquelas pessoas que estão próximas. Parte dos acidentes de
trânsitos, violência doméstica, problemas no trabalho e dentre outros estão
relacionados com os indivíduos que fazem o consumo abusivo de álcool.
Sintomas de Alcoolismo
Um desejo exacerbado ou incontrolável de beber, dificuldade de controlar o
consumo, sintomas de abstinência física, como náusea, suor, tremores e ansiedade,
sensação de desmaio, devido a falta do álcool no organismo, resistência ou tolerância,
cada vez mais o organismo precisa de doses maiores de álcool para atingir o mesmo
efeito obtido com doses anteriormente inferiores.
Consequências a curto prazo
Quanto maior a concentrações de álcool no sangue mais desastrosas são as
apresentações das alterações orgânicas a nível físico e emocional como
Comportamento humor inadequado, humor instável, falta de discernimento, fala
arrastada, défice de atenção, problemas de memória, falta de coordenação motora.
Patologias decorrentes a dependia química de álcool
Gastrointestinais: úlcera, varizes esofágicas, gastrite, gordura no fígado
(esteatose hepática), hepatite, pancreatite, cirrose
Neuromusculares: cãibras, perda de força muscular, dormência, distúrbios de
coordenação;
Cardiovasculares: hipertensão, arritmias, aumento do risco de acidente
vascular isquêmico;
Sexuais: redução da libido, ejaculação precoce, disfunção erétil, infertilidade.
Transtornos mentais: Depressão, abstinência, demência, psicose
Terapêutica do alcoolismo
O primeiro passo é reconhecer que precisa de ajuda de que não consegue se
curar sem ajuda ou suporte adequado. Reconhecer que está doente que o alcoolismo
é uma doença como outra qualquer que precisa ser tratada. Existem medicamentos,
aconselhamento, desintoxicação. O tratamento pode ocorrer em hospitais, em casa,
ou em consultas ambulatoriais. O apoio da família é primordial para o sucesso da
recuperação do indivíduo.
13. PENA DE MORTE

Pena de morte é condenação criminal onde o indivíduo paga com a própria vida
por um crime cometido e é regulamentada pelo poder público de acordo com a lei do
sistema jurídico do estado. Desde tempos antigos a história relata situações em que
o ser humano em nome da justiça tira a vida do seu próximo. A morte de cristo na
cruz é maior representação da pena de morte aplicada a um inocente. Alguns países
até hoje praticam a pena de morte como Estado Unidos, Indonésia, Coréia do Sul,
China. A justificativa dos países que aplicam a pena de morte acredita inibir a
criminalidade.
13.1 A pena de morte no o Brasil

A Constituição brasileira prevê a pena de morte em casos de guerra a punição


dos crimes cometidos. O inciso 47 do art. 5º, diz que “não haverá pena de morte, salvo
em caso de guerra declarada”. O código Penal militar, 1969, descreve que a pena de
morte deve ser executada por fuzilamento. No entanto o Brasil não pratica a pena de
morte desde o reinado de Dom Pedro II, após a Proclamação da República foi abolida
completamente a pratica da pena de morte.
13.2 Aspectos cristão e morais

A lei do Antigo Testamento conhecida como a Lei de Moises sentenciava a


morte para vários atos criminais: assassinato (Ex 21,12), sequestro (Ex 21,16),
deitarse com animais (Ex 22,19), adultério (Lv 20,10), sodomia (Lv 20,13) ser um falso
profeta (Dt 13,5), prostituição e estupro (Dt 22,4) e diversos outros crimes como delitos
contra a religião e delitos sexuais. No livro de Ez 33:11diz que Deus demonstrava
misericórdia as pessoas que eram condenadas à morte. A história relatada no Novo
Testamento (Jo 8: 7), mulher que havia sido pega em adultério condenada à morte e
indagaram a Jesus se ela deveria ser apedrejada. Jesus respondeu: aquele que entre
vós estiver sem pecado atire a primeira pedra.
14. LEI DA TORTURA

Artigo 1 da Lei nº 9.455 de 07 de Abril de 1997 define os crimes de tortura e da


outras providencias. No § 6º da lei diz que o crime de tortura é inafiançável e
insuscetível de graça ou anistia. No Art. 1, diz o crime de tortura é constituído quando:
quando o indivíduo é constrangido com violência ou ameaça provocando sofrimento,
seja no físico ou psíquica. Submeter uma pessoa sob ameaça, uso de violência
causar sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo ou medida de caráter
preventivo a penalização vai de dois a oito anos em regime fechado.
14.1 A tortura falha na conduta médica

O regime militar foi palco de tortura em vários estados da América Latina nos
períodos de 1960 e 1970. Houve alegações de envolvimentos de médicos em atos de
tortura na Argentina, Brasil, Uruguai e Chile. Vários profissionais médicos cometeram
atrocidades nesta época desconsiderando o código da ética médica. No antigo império
Russo, as pessoas que ousavam a criticar o governo, eram submetidas a internação
involuntária nos hospitais psiquiátricos. Essas pessoas contrariadas sofriam
intervenção médica indevidamente. O objetivo principal dessa detenção e ”tratamento”
era unicamente retirar as pessoas de circulação devido ao seu ponto de vista político
e crítico.
Na última década do século XX, houve relatos de violação de direitos humano
cometidos por médicos contra os detentos reclusos na base naval de Guantánamo
em Cuba provenientes de ações dos EU em resposta aos ataques do dia 9 de
setembro. Os médicos não tratam os detentos com ética e não assistiam com
cuidados médicos adequado. Em 2018 havia 41 presos mantidos sem recurso justo
garantido pela lei dos EU. Profissionais médicos criticaram o papel dos médicos nas
práticas em Guantánamo. Os direitos dos presos à saúde sendo ignorado e sua falta
de consentimento para alimentação. Ficou claro o uso de tortura de prisioneiros
conforme o relatório do senado dos EU. Também evidenciou que os médicos estavam
envolvidos no programa de “interrogatório aprimorado” da Agencia Central de
Inteligência. (GRECO, WELSH, 2019).
As falhas ainda persistem até no século XXI
Os crimes de tortura estão inseridos com frequência na sociedade abrangendo
uma gama de pessoas que são levadas ao sofrimento físico e moral. As minorias
religiosas, pessoas com deficiência, minorias étnicas e outros.
14.2 Marcos importantes no combate a violação dos direitos humanos

Leis foram formuladas para impedir a violação dos direitos humanos e muitas
ações para combater a tortura.
Declaração Universal dos Direitos Humanos, DUDH, Paris – 10 de dezembro
de 1948
Acordos de direitos humanos, 1966: O Pacto Internacional sobre Direitos
Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
Políticos.
código de Princípios de Ética Médica relevantes para o Papel do Pessoal de
Saúde em 1982
Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres
Humanos e 2016.
Outras manifestações importantes na busca de preservar a dignidade e os
direitos humanos são elaboradas como a Declaração de Tóquio da WMA, Declaração
de Hamburgo, Resolução sobre a documentação da tortura, Resolução da WMA sobre
a participação de Médicos na Pena Capital e Declaração de Malta da WMA sobre
Greves de Fome, 1991. (GRECO, WELSH, 2019).
15. SUICÍDIO

Uma pergunta para tentar entender, o que leva um indivíduo a tirar sua própria
vida? Poderia ser uma razão social impressas no sentimento de resistência a não
ceder a determinadas as imposições sofridas. Uma pessoa pertencente ao grupo
LGBTQIA+ que põem fim em sua vida por não se encaixar no padrão social
heteronormativo. Estudos demonstram que o comportamento humano é
frequentemente padronizado e modelado pela sociedade. Em seu estudo Durkhein,
constata que o suicídio mesmo sendo extremamente pessoal sofre influência do
mundo social. Em sua pesquisa verificou que que a explicação para o suicídio está
relacionada aos fatores sociais. A predisposição para os homens cometerem suicídio
é maior que a s mulheres. Pessoas com poder aquisitivo maior do que os de classe
baixa, é mais frequente entre os solteiros que entre os ligados a laços matrimoniais.
Também pode-se observar que em tempos de guerra o índice de suicídio era menor
do que nos períodos de turbulência econômica.
15.1 O suicídio e a lei

O argumento de descriminalizar o suicídio não seria uma maneira automática


um direito para se matar. Ter o direito de morrer seja como for, até por suicídio. O
direito de se matar deve fazer parte da autonomia da sociedade. Pacientes idosos em
situações de doenças esgotados por intervenções indesejadas pela medicina por
exemplo. O direito ético legal de recusar o tratamento na situação em que a morte é
inevitável e a integralidade da pessoa é ameaçada. Baseado nesses argumentos os
estados Unidos o estado de Oregon é o único que permite legalmente o suicídio
medicamente assistido. Houve tentativa por parte do governo federal invalidar a lei do
estado de Oregon, mas sem sucesso. Na Holanda no ano de 2000 no parlamento, foi
aprovado o suicídio medicamente assistido e a eutanásia. Tornou-se lei a emenda no
ano de 2002. Dentre os médicos holandeses mais da metade já tiraram a vida dos
pacientes. Na Holanda existe a Associação Voluntaria de Eutanásia contendo mais
de 100 mil médicos inscritos. Os médicos que não concordam em participar do suicídio
ou eutanásia tem o direito de recusar. A certidão de óbito deve constar suicídio ou
eutanásia.
15.2 Suicídio contagioso

Em vários países e culturas diferentes existem registros de história de suicídio


de vários indivíduos consecutivos após o primeiro. No Japão no ano de 1930, duas
garotas se jogaram dentro de um vulcão em atividade. Após o corrido muitas pessoas
falaram sobre o acontecido e houve mais seis indivíduos que pularam dentro do vulcão
e outros 25 foram impedidos fazer o mesmo. No final daquele ano um total de 140
indivíduo tinha suicidado pela mesma maneira. Foi acontecendo uma cascata de
mortes no ano subsequente e tiveram que interditar o local com barreiras para impedir
o acesso. Outro relato é no Estados Unidos logo após uma ponte Golden Gate ser
inaugurada aconteceu um suicídio e conseguinte mais de 100 pessoas fizeram o
mesmo. Os casos de suicídio que ganha mídia e é muito comentado demonstrando
ser contagiosos de uma forma bastante evidente no comportamento da sociedade.
(DRANE, PESSINI, 2005.)
15.3 O suicídio na história

No reino animal o ser humano é o único que ataca a sua própria vida. Nas
culturas pré-cristãs o suicídio era encorajado e considerado uma atitude virtuosa. Os
nômades valorizam o suicídio principalmente entre os indivíduos mais velhos na
crença de prover a mobilidade tribal. Sócrates preferiu beber uma taça de veneno a
comprometer sua integridade. Para não se render aos inimigos, os militares da Grécia
e de Roma cometiam o suicídio como sinal de honra. No entanto, nem todos os
pagãos, filósofos da era pré-cristã apoiavam a pratica do suicídio. Aristóteles dia “que
cometer suicídio era um ato covarde, e uma infração do dever de cidadão”. (DRANE,
PESSINI, 2005, P.166.). A legislação de romana dificultava a transferência de
propriedade nos casos de suicídio. Na cultura do cristianismo o suicídio passa ser
considerado ilegal. A vida é um dom gratuito de Deus. O homem feito a imagem e
semelhança de Deus. Atentar contra a vida é ferir os mandamentos de Deus. Em É.
20:13, “Não matarás” é o 6º mandamento da lei de Deus. Os ensinamentos
morais do cristianismo foram certamente importantes na proibição legal da pratica de
suicídio em todas as culturas. Santo Tomaz de Aquino se pronunciou contra o suicídio
dizendo que, “ é um ato a inclinação natural de conservar a vida, sendo, portanto,
contrário a
Lei Natural”. (DRANE, PESSINI, 2005, P.166.). Aquino afirmava que, o suicídio
é uma forma de se colocar no lugar de Deus. Os puritanos da época de João Calvino,
os indivíduos que praticavam suicídio não podiam ser sepultados no cemitério da
comunidade. O suicídio no ocidente era considerado um resultado de problema mental
ou uma doença psíquica. O suicídio não era legalizado até o século XVII e XIX, nos
países europeus. Alguns países como a Irlanda descriminalizou o suicídio, apenas no
ano 1993. (DRANE, PESSINI, 2005.).
15.4 Suicídio uma questão de saúde publica

Nos dias atuais os índices suicídio vem aumentado cada vez mais na
população mundial. Na Rússia e Escandinávia o suicídio e considerado epidêmico.
As estatísticas apontam que nos Estados Unidos a cada 17 minuto uma pessoa
comete suicídio. No caribe e na América Latina as estáticas demostram que as mortes
por suicídio são mais numerosas do que as mortes por câncer, doenças cardíacas,
pneumonia, jipe, AIDS, defeitos de nascença e derrame combinado. Muitas pessoas
perderam a vida pela pratica do suicídio. É importante reconhece que os indivíduos
doentes são naturalmente deprimidos. Os homossexuais, os desempregados,
rejeição social, os alcoólicos e toxicômanos, os esquizofrênicos, tem maior
probabilidade pela a consequência da legalização do suicídio. O fato de um indivíduo
desejar a morte deveria ser uma e preocupação com a depressão por parte dos
profissionais de saúde.
Uma analises psiquiátrica
Muitas doenças mentais culminam no suicídio. Os casos mais comuns de
ligados ao suicídio são de ordem mental: depressão, e o transtorno bipolar,
esquizofrenia, o transtorno de personalidade, limítrofe, a personalidade anti- social, o
alcoolismo e o abuso de drogas. Nem as maiores dores ligadas a patologias graves
configuram maior número de suicídio do que as doenças mentais.
16. DISTÚRBIOS E EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE

O ser humano é um ser único cada qual foi criado com impressões exclusivas
e variadas. Essas diferenças são apresentadas no comportamento sexual que
assume na sociedade. A sexualidade é uma linguagem. Ela comunica quem nós
somos. A forma de jugar, de entender, de expressar, de representar, diz sobre a
sexualidade de cada indivíduo.
Normalidade sexual
Pode-se dizer que sexualidade normal participa de maneira que não cause
danos para pessoa e não fere as regras comuns da sociedade em que habita.
Inormalidade sexual
A inormalidade pode ser vista quando um indivíduo não consegue usufruir de
outras formas de prazer. Um exemplo que podemos mencionar é aquele indivíduo que
só consegue ter orgasmo praticando a masturbação, ou é um interesse definido em
determinado tipo de sexualidade ou de um indivíduo.
As fases da sexualidade humana
A sexualidade humana engloba além do ato sexual em si, outros elementos
como: os pensamentos eróticos, as caricias, fantasias sexuais . As fases da sexualidade
são o desejo que nos pensamentos que estimulam a vontade de praticar o sexo. A
excitação é ativada pelo desejo que é caracterizada pela ereção peniana e na mulher pela
lubrificação vaginal.
Disfunção sexual feminina
Disfunção sexual da mulher caracteriza por falta de libido que pode ser por
problemas de natureza orgânica ou por algum trauma sofrido (abuso sexual), O
vaginismo é uma contração involuntária, da musculatura da vagina, anorgasmia que
é a falta de sensação de orgasmo na relação sexual e a dispareunia é a dor genital
que ocorre repetidamente inícios, no momento ou após o ato sexual. Essas disfunções
provocam problemas no matrimonio, estão interligados com a dificuldade de diálogo
nos relacionamentos e também com patologias e o uso de medicamentos.
Disfunções sexuais masculinas
As disfunções sexuais masculinas mais comuns são: a disfunção erétil que é a
incapacidade obter ou de manter a ereção e a ejaculação precoce. As causas podem
ser patológicas como a diabetes, pressão arterial elevada e colesterol elevado,
traumas que afetam o pênis ou medula espinhal, fumo, drogas, abuso de álcool e
psicológicas.
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