Acadêmicos¹
Tutor Externo²
RESUMO
Este projeto tem como objetivo principal a análise técnica da construção de um protótipo de ponte
treliçada utilizando palitos de picolé. Neste processo vamos destacar as principais características
de sua elaboração e as propriedades físicas aplicadas a cada etapa prática. O grupo realizou
pesquisas documentais, leituras de livros, periódicos e pesquisa em sites da internet, verificação de
vídeios demonstrativos para a obtenção da base teórica deste trabalho. Foi criada uma cronologia
de fatos, desde as primeiras utilizações até os momentos atuais, a crescente da indústria da
construção e aprimoramentos quanto aos materiais utilizados. A avaliação adequada antes da
execução de qualquer projeto é de fundamental importância para não ocorrer perdas
desnecessárias. Concluindo após terem sido realizadas duas construções e testes, que o uso de
determinados tipos de materiais, bem como a quantidade utilizada de forma exagerada foram
inadequados pois não obtivemos os resultados esperados, no caso, a deformação necessária.
1. INTRODUÇÃO
Para darmos início a este trabalho devemos primeiramente entender o que é uma treliça.
Segundo Ferreira (1986) “ uma treliça (do francês treillis) é uma estrutura composta por
cinco ou mais unidades triangulares construídas com elementos retos cujas extremidades são ligadas
em pontos conhecidos como nós”.
Estas estruturas após instaladas sofrem forças de tração, que nada mais é quando se transfere
força de determinado corpo para outro que estejam distantes ou quando há necessidade de alterar a
direção da força que aplicamos. Normalmente é chamado de corda inferior os elementos horizontais
inferiores que sofrem a força de tração.E também a força de compressão onde se submete
determiando material a duas forças em sentidos opostos, com intuito de reduzir seu volume final.
Conhecido como corda superior determinamos os elementos horizontais superiores que sofrem a
força de compressão.
As treliças são dividas em dois grupos, treliça espacial/tridimensional onde todos seus
elementos, membros e nós estão dispostos em três dimensões. E a treliça espacial
plana/bidimensional que localiza os membros e nós no mesmo plano. As treliças planares são
formadas por triângulos montados em paralelo, como exemplo as tesouras de telhados e as pontes.
Este modelo de treliça funciona como uma viga, porém ela comporta ou atende espaços maiores que
uma vida tradicional. As treliças tridimensionais são formadas por elementos ligados na sua
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (ENG0068/5) – Prática do Módulo V – 24/6/2020
2
extremidade como um tetraedro. Onde possui seis membros que serão ligados em quatro
articulações.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A primeira ponte foi construída em 1779 com uso de treliças, na localidade de Coalbrookdale
um assentamento na Inglaterra. Esta ponte é construída em ferro fundido, composta por arcos e seu
vão principal mede 30 m (trinta metros).
Segundo Stalnaker e Harris (1989) as estruturas construídas de treliças geralmente são mais
rígidas do que as construídas por viga e apresentam assim menores deslocamentos verticais.
A partir do século XVII as treliças começam a ser construídas em maior quantidade e através de
embasamento técnico e estudos. As primeiras pontes uniam treliças ainda desconhecidas com
estruturas em arcos já utilizados cuja eficiência era conhecida.
Para enterdermos como a ponte treliçada suporta determinada carga, primeiramenete se deve
saber o que é uma carga. Carga nada mais é que o valor de uma força mecânica aplicada sobre um
corpo. O que deve ser levado em consideração também no momento de um projeto é o peso dos
veículos que irão circular, os transeuntes, o peso da própria estrutura, como ela será recapada, se
com uso de asfalto ou outro tipo de pavimento, a força dos ventos ou outras causadas pela natureza.
Em um segundo momento vamos relatar como esta estrutura irá suportar cargas. Para que se
tenha sucesso, se aplica uma carga determinada à ponte, estas são forças internas de tração e
compressão que irão ocorrer em cada momento da construção. Se após aplicada esta força, se a
resistência da estrutura for maior que a força interna então o projeto suporta a carga sem danos. Por
Maria Idalia entende-se a estaticidade da estrutura de uma treliça como:
Considere uma estrutura com três barras, AB, BC e CA, estando estas barras ligadas nas suas
extremidades por nós, constituem assim um sistema triangukar rpigido, formando uma treliaçã simples.
Esta estrutura estável, ou seja, não altera a sua forma sob a ação da força F, aplicada o ó B (força que lhe
está a ser aplicada) e das reações de apoio correspondentes no nó A e C. (GOMES, Maria Idalia S. 2016).
4
Destacamos alguns tipos de construções de treliças: Treliça Pratt, Treliça Howe, Treliça
Belga, Treliça Fink, Treliça Warren. Vamos agora descrever as principais características de cada
construção.
Com estrutura simples, construída a baixo custo e mais utilizada a Treliça Pratt é construída
com elementos em sentido diagonal que são direcionadosao seu vão central, desta forma as forças
de compressão são direcionadas aos seus elementos verticais.
Com a construção de elementos diagonais como estrutura central, principal da ponte sendo
direcionadas ao contrário do centro são típicas da ponte treliçada Howe. Esta construção apresenta
vão maior e extensão dos elementos verticais. Este projeto possui custo mais alto pois o porte da
construção é maior.
FIGURA 3 – TRELIÇA HOWE
A Treliça Belga não apresenta estrutura vertical no centro, tem como característica a falta de
simetria central definida. Utiliza-se de menos matéria-prima em sua construção, pois é menor o
número de barras, também gera economis quanto as juntas de aço pois apresenta menor número de
nós (ligações) portanto diminui o custo.
FIGURA 4 – TRELIÇA K
A Treliça Warren apresenta construção simples, contínua e pode ser utilizada em grandes ou
pequenos vãos.
FIGURA 6 – TRELIÇA WARREN
6
Nosso projeto é constituído de etapas evolutivas para seu desenvolvimento como, início, meio
e fim. Para tanto nos baseamos em planejamento e controle para chegar ao resultado final.
Entendemos que os tipos de conhecimento são de extrema importância, em nosso caso, não se pode
utilizar o senso comum para elaboração de nosso projeto, pois não é do cotidiano construir pontes.
Porém é válido e correto a utilização do conhecimento científico, pois trabalhamos com análise e
investigação de dados utilizando métodos e os aplicando com organização para a conclusão deste
projeto, onde seu conceito é dado por:
Projetos são atividades com ínicio, meio e fim que fazem uso de recursos para concluir seu
objetivo principal. (KERZNER, 2016).
Já no ano de 1796, também na Inglaterra sob direção de Thomas Wilson, se construiu a ponte
Wearmouth, que possui vão de 70 m (setenta metros). É considerada uma ponte de construção
arrojada pelas suas formas.
3. METODOLOGIA
FONTE: Autores
8
FONTE: Autores
FONTE: Autores
FONTE: Autores
9
FONTE: Autores
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste tópico será apresentado o resultado obtido a partir da realização de três protótipos de
ponte treliçada. Iremos citar as dificuldades na execução e criação da ponte quando se utilizou
palitos em excesso pois fez com que aumentasse a resistência da ponte fazendo com ela não
quebrasse quando utilizado o peso requerido. E também utilizando menor quantidade de palitos na
construção fez com ela não aguentasse o peso necessário.
Após a elaboração de três protótipos com variações de quantidade de materiais e carga,
chegamos a tabela seguinte:
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BODIG, J; JAYNE, B.A. Mechanics of wood and wood composites. Malabar: Krieger, 1993.
712.
FERREIRA, A.B.H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova
Fronteira. 1986. p. 1708.
GOMES, Maria Idalia da Silva. Estudo e Análise de Treliças. Instituto Politécnico de Lisboa.
Instituto Superior em Engenharia de Lisboa. 2016. Disponivel em:
<https://www.passeidireto.com.disciplina/resistencia-dos-materiais>. Acesso em: 19 mar. 2020.
KERZNER, Harold. Gestão de Projetos – As melhores práticas. Porto Alegre: Ed. Bookman,
2016.
STALNAKER, J.J; HARRIS,E, C. Structural Design in Wood. New York. Van Nostrand
Reinhold, 1898.