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Música Popular – Zuza Homem de Mello

* maxixe (anos 1920);


- Duque e Gabi (dançarinos);
- origem na Bahia;
- tia Ciata;
* origens das manifestações do recôncavo baiano
- viola dos sudaneses da Ilha da Madeira;
- batuque – bantus de Angola
- ritmos caboclos - indígenas
* lundu e chula surgem destas manifestações;
* pagodes (festas) na Pequena África (RJ);
* o samba nasce no mesmo contexto;
* “Levanta meu nego” (Pixinguinha, 1931)
* Sinhô – compositor que se baseou no maxixe;
- “Gosto que me enrosco” – gravado por Mário Reis;
* carnaval (anos 1930 e 1960)
- marchinhas, sambas batucados, marchas-rancho (marchinha em andamento lento);
- época de ouro;
* Lamartine Babo
- “O teu cabelo não nega”: consagração da mulata;
* Jararaca e Ratinho
- “Mamãe eu quero” – Bing Crosby, Irmãos Marx, Jerry Lewis;
* João de Barro (Braguinha)
- crônicas do quotidiano;
- “Touradas em Madrid”: 1ª parte em modo frígio (música da Andaluzia), 2ª parte está
em escala maior;
* o rádio como veículo de divulgação da música brasileira;
* Bambas do Estácio – Nilton Bascos, Bide, Ismael Silva
- o maxixe (ritmicamente muito duro) substituído pelo samba, como gênero nacional;
* “Jura” (Sinhô) – maxixe;
* “Que será de mim?” (Ismael Silva)
- versão por Mário Reis (voz pequena, bossa) e Francisco Alves (lírico e potente);
* músicas de meio de ano
- a diversidade da música brasileira;
* Noel Rosa
- “O x do problema” (Aracy de Almeida)
- fixou a estrutura do samba;
- primeiro compositor branco a fazer parcerias com negros;
- 260 canções (dos 19 anos 26 anos de idade);
- humor, ironia, lirismo, perspicácia, temas originais, abordagens inusitadas, rimas
novas etc;
- “Pela décima vez” (Dalva de Oliveira);
* Ary Barroso
- “Aquarela do Brasil” (orquestração de Gnatalli – sopros fazendo a rítmica do samba);
- “Na batucada da vida” (Carmem Miranda);
- “Camisa Amarela” (Ary Barroso);
* Geraldo Pereira
- senso rítmico: samba sincopado;
- bom letrista: observador do meio;

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- originalidade melódica;
- “A falsa baiana” (Elis Regina e Wilson Simonal);
* Herivelto Martins
- “Segredo” (Dalva de Oliveira – sabia valorizar as palavras certas e os momentos-
chave, vibrato na dose certa, agudos sem dificuldade);
* Dorival Caymmi – elo entre a era de ouro e a modernidade
- sem sucessores;
- o samba baiano;
- o violão como complemento da voz;
- “Canoeiro” (jogo entre modo maior e menor, 2ª parte arrítmica, violão como
percussão);
* Dick Farney – “Copacabana”;
* “Baião” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) – apresentação do ritmo, ao sul;
- síncope;
* o samba-canção – intimista;
- boates de Copacabana;
- o fim duma relação amorosa, paixões duma só noite, decepções;
- dominou a MPB por 10 anos;
- Dick Farney, Nora Ney, Lupicínio Rodrigues, José Maria de Abreu, Dorival Caymmi;
* “Nunca mais” (D. Caymmi)
- o final de um caso de amor;
* Nora Ney
- abraçava o drama;
- dicção excepcional;
- o grave;
- “Bar da noite”;
* Lupicínio Rodrigues
- conflitos desenrolados em cenários de bares e alcovas;
- oposto do Caymmi: “entra de sola”;
- modo frágil de tratar a cornitude: não teme se tornar ridículo pelos chifres;
* “Vingança”, Linda Batista
* Dick Farney
- voz macia e grave;
- segreda a melodia no ouvido do ouvinte (novo uso do microfone);
- “Ponto final” (Abreu & Amorim);
* Bossa Nova
- sopro de frescor na música americana: mina para os músicos de jazz;
- Tom Jobim e João Gilberto;
- forma rítmica: a valorização do tempo fraco e o ritmo menos visível (sente-se o samba
de forma mais subtil);
* João Gilberto
- batida do violão segura, dicção extraordinária, afinação impecável;
- economia (orquestração e tamanho);
* “Desafinado” (1958)
- a marca de uma máquina fotográfica;
* “A primeira vez” (1959)
- a valorização da canção como um todo;
- a Bossa Nova se aplica a qualquer gênero (não precisa só de novas composições);
* Era dos Festivais (1965-1972)
- a TV, como veículo;

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- concursos de canções;
- Chico Buarque, Geraldo Vandré, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Francis
Hyme, Milton Nascimento, Paulinho da Viola;
- bandeiras contra a ditadura militar;
- os códigos para driblar os censores;
* Elis Regina - “Arrastão” (1965 – Lobo e Moraes)
- desdobrada (mudança na batida) – a partir do “pra mim” após o interlúdio;
- interlúdio arrítmico;
* Tropicalismo
- aberto ao que era desvalorizado na Bossa Nova: Carmen Miranda, Vicente Celestino
(piegas), a Jovem Guarda etc.
- coexistência do arcaico com o moderno;
- teatro, cinema, literatura (poesia concreta), artes plásticas (Oiticica);
- influência dos Beatles (“Sgt. Peppers”);
- Rogério Duprat, grande orquestrador;
* “Domingo do Parque”
- berimbau e guitarra;
- Mutantes, como 2ª voz;
- quarteto de cordas dos Beatles (“Eleanor Rigby”);
- piston com surdina (Beatles);
- slides em forma de canção;
* “Apesar de você”
- dirigida ao ditador de então;
* “Brejo da cruz”
- meninos de rua, na estação rodoviária do Rio de Janeiro;
- “e ninguém pergunta” (acorde maior);
* Clube de esquina
- Milton Nascimento e suas composições ousadas;
- características regionais e o pop;
- a Bossa Nova e o jazz;
- Lô Borges, Wagner Tiso, Toninho Horta, Tavinho Moura, Fernando Brant, Márcio
Borges e Beto Gedes;
* “Fé cega, faca amolada” (1976)
- o sax soprano nervoso;
- interlúdio pop;
- voz em falsete do Milton e a voz aguda do Guedes: contraste;
- a agressividade da letra: a oposição ao regime;
* O renascimento do samba
- a Nelson Cavaquinho, Zé Keti, Élton Medeiros, Nelson Sargento, Paulinho da Viola
etc.
- Clementina de Jesus: sabia cantos dos escravos, dialetos, a antropologia do samba
vindo da África;
- a redescoberta de Cartola;
* “Acontece”
- violão de sete cordas: Dino 7 cordas;
- baixaria (graves);
* final dos anos 1970
- Rio, como centro;
- Rita Lee, Luiz Melodia, João Bosco, Aldir Blanc, Tim Maia, Gonzaguinha, Ivan Lins,
Vitor Martins;

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- artistas de outros estados: Alceu Valença, Fagner, Moraes Moreira, Novos Baianos,
Kleiton e Kledir, Ednardo, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Belchior; [regionalismo]
* Belchior
- letras com apelo sobre a juventude;
* “Como nossos pais”, com Elis Regina
- o arranjo vai crescendo;
- o agudo abrutalhado ao final;
- as batidas ao final;
* Djavan
- nova proposta rítmica e melódica;
- violão com batida quebrada, difícil de ser reproduzida;
- “Dou-não-dou”
* rock brasileiro
- sem orquestração;
- salvou as gravadoras brasileiras;
- Blitz;
- a falta de perspectiva, a desilusão com a política;
* Raul Seixas - “Ouro de tolo”
- não é rock, é uma levada brega;
* “Fuscão preto” – música breganeja;
* Rio Negro e Solimões - “Na sola da bota”
- o country do Texas;
* Bruna Viola
* o axé music
- percussão em primeiro plano;
- exaltação da negritude;
- o carnaval baiano;
* Luiz Caldas
- “Grande Gandhi” (1989)
* rap dos anos 1990
- não tem melodia;
- discurso falado e síncope (África);
- órfãos de Estado e sua palavra ritmada;
* hoje
- músicos instrumentistas;
- arranjadores;
* Luiz Tatit e o Rumo
- “Universo”
* “Águas de Março” – Elis Regina e Tom

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