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Pouco tempo depois casou-se com a senhorita Martha Hopkins, e foi morar
em Albany, Nova York, onde comprou e dirigiu uma livraria.Lá ele se dedicou
e trabalhou tão proveitosamente para a maçonaria que fundou um Capítulo
Maçonico do Arco Real e um Acampamento dos Cavaleiros Templários. Suas
outras atividades maçonicas em Albany só podem ser imaginadas, pois os
registros são escassos. Mas é evidente que ele devotou muito de seu tempo e
de seus pensamentos à maçonaria simbólica, pois em 1797 ele publicou a
primeira edição do seu "Monitor do Franco-maçom, ou Ilustrações da
Maçonaria" . O livro, agora comparativamente raro, apesar de muitas cópias
poderem ser encontradas em bibliotecas, não traz o nome do autor (que é
"Real Arch, Maçom K.T., K. de M., etc.etc.) . Mas está escrito "impresso em
Albany para Spencer e Webb, rua Market, 1797", e edições subseqüentes da
mesma obra já trazem seu nome. Assim, na edição de 1802, impressa na
cidade de Nova York, consta: "por Thomas Webb, antigo mestre da Loja do
Templo, Albany, e H.P. do Capítulo do Arco Real de Providence.
Muito de Webb é na realidade Preston. O ponto não é que Webb foi o autor,
quando de fato muito de seu trabalho nada foi além de um conjunto de
rearranjos, resumos e mudanças para se adequar às condições americanas,
mas que Webb publicou um livro americano para maçons americanos, e
depois colocou a força propulsora de sua personalidade, seu zelo, seu
entusiasmo e sua marcante habilidade de professor por trás do que publicou.
É a Webb como professor, como maçom zeloso que os maçons americanos
devem tanto, e não a Webb como autor ou escritor inspirado. O ângulo
importante é que Webb acreditava tanto no que fazia que saiu de seu
caminho para ensiná-lo, pregá-lo, lutar por ele, memorizá-lo, fazer com que
outros o memorizassem, enfim, disseminá-lo. Naqueles primeiros tempos a
franco-maçonaria tinha pouca ou talvez nenhuma unidade de trabalho. O
essencial era o mesmo, mas as variações eram enormes, e o "trabalho"
antigo e moderno, escocês e irlandês, inglês e local era um verdadeiro
pandemônio em todas as colonias.
De certa forma Webb com seu trabalho trouxe uma boa ordem. O trabalho
esotérico de todas as jurisdições americanas difere entre si, alguns pouco,
outros muito. Mas o trabalho impresso é marcadamente similar na maioria de
nossas jurisdições. Esse é um mérito de Webb. Ele era esperto o bastante
para ver a necessidade da simplicidade (como os homens naqueles dias
concebiam a simplicidade – poetas o bastante a ponto de não alterar a antiga
fraseologia quando esta servia aos seus propósitos, e eruditos o bastante
para tecer uma trama de continuidade. Onde nosso trabalho impresso e
esotérico torna-se descontínuo em sua linha de pensamento, a falha
geralmente é atribuída a algum antigo "comitê de trabalho" ou "Grande
Palestrante" que cortou, deturpou ou alterou sem conhecimento do que fazia,
ou à fraca memorização nos dias da "colonização" em que a maçonaria se
espalhou para o Oeste.)
Sua memória é reverenciada na Grande Loja de sua adoção, não só pelo seu
caráter e suas realizações, sua inspiração e incessantes atividades na
disseminação da luz maçonica, mas também porque ele se envolveu
intimamente em um dos grandes empreendimentos patrióticos dessa grande
Loja.
"A Grande Loja foi aberta de forma ampla. Estavam presentes: M.W. Thomas
Smith Webb, Grão Mestre; R.W. Amos Maine Atwell, Grão Mestre Adjunto;
W.William Wilkinson, Grão Supervisor Senior; W. John Davis, Grão Supervisor
Junior; W. Benjamin Clifford, Grão Tesoureiro; W. John Holroyd, Grão
Secretário; W. John Snow, Grão Diácono Senior; W. Sam Jackson, Grão
Diácono Júnior; W. Ebenezer Johnson, Grão Marechal; Ir. William P.R.
Benson, Grão Porteiro.
WALKER HUMPHRY
Em geral pode-se dizer que poucos irmãos, ou talvez até nenhum, teve maior
influência no ofício neste país. Seus trabalhos superaram o difícil teste do
tempo, um fato provado pelo uso universal da primeira obra exotérica trazida
aos olhos dos franco-maçons americanos através do justamente famoso
Monitor Webb.
Quando ele se aposentou da função, sua Grande Loja, com voto unânime,
expressou seu reconhecimento agradecido "pelos grandes e marcantes
serviços prestados à franco-maçonaria em geral, e particularmente neste
Estado."