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GERAÇÃO DE ENERGIA NO

SEMIÁRIDO
BERNARDO SILVEIRA

1
O SEMIÁRIDO
• O Semiárido Brasileiro se estende
pelos nove estados da região
Nordeste e também pelo norte de
Minas Gerais. No total, ocupa 12% do
território nacional e abriga cerca de
28 milhões de habitantes divididos
entre zonas urbanas (62%) e rurais
(38%), sendo portanto um dos
semiáridos mais povoados do mundo.

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CLIMA
• A dicotomia climática torna o
Semiárido brasileiro ao mesmo
tempo um dos mais habitáveis
do mundo e uma região
particularmente suscetível às
mudanças climáticas, razão
pela qual sua climatologia
conta com diversos
monitoramentos científicos e
com a sabedoria popular do
povo sertanejo.

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VEGETAÇÃO

• Com mais de onze mil espécies vegetais


catalogadas, o bioma predominante do
Semiárido brasileiro é a Caatinga,
constituída especialmente por leguminosas,
gramíneas, euphorbiáceas, bromeliáceas e
cactáceas.
• A vegetação adaptada ao clima semiárido é
composta por mata espinhosa tropical.
Normalmente, é constituída por um estrato
herbáceo-graminoso ao lado de árvores e
arbustos, cuja densidade depende das
condições de clima e do estado de
conservação do solo.

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PRODUTOS AGRÍCOLAS

• Dentre os produtos agrícolas


produzidos no Semiárido brasileiro,
destacam-se a soja, milho, algodão,
feijão, mandioca e cana-de-açúcar.
• Os produtos da extração vegetal
também desempenham importante
papel para a geração de renda no
Semiárido.

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PECUÁRIA
• Apesar da notoriedade dada à
ovinocaprinocultura, em termos quantitativos, os
bovinos são o principal rebanho da área do SAB.
A região Nordeste possui cerca de 13,3% do
efetivo bovino do Brasil e, no Semiárido
brasileiro, mesmo com a limitação na
disponibilidade de pastagens, principalmente nos
períodos de escassez de forragens, a região
detém aproximadamente 58,1% desse rebanho
bovino do Nordeste.
• O Instituto Nacional do Semiárido desenvolve
pesquisas que tem por objetivo realizar estudos,
difusão e formação visando à conservação, uso e
valorização de raças nativas do SAB, a exemplo
do Gado Curraleiro Pé-Duro, os caprinos Landi e
as galinhas de capoeira.
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DIVERSIDADE ANIMAL
• A fauna do semiárido surpreende aqueles que pensam
que as paisagens secas são homogêneas e com pouca
vida. Ao contrário, o bioma possui aproximadamente
1.307 espécies animais, dentre as quais 327 são
exclusivas da região. As pesquisas sobre fauna registram
178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis,
79 de anfíbios, 241 de peixes e 221 espécies de abelhas.
• Assim, como as plantas, os animais se adaptaram ao
longo dos anos às condições da região com sol intenso e
escassez de água. Para sobreviver ao clima,
desenvolveram hábitos noturnos, comportamento
migratório e processos fisiológicos, tais como a estivação,
que é um tipo de “hibernação” em ambientes quentes.
Realizada pela espécie dos sapos Pleurodema diplolistris,
essa hibernação permite que eles fiquem enterrados no
período das secas, cerca de 10 a 11 meses por ano. Essa
característica de ficar sem acesso aos alimentos e à água
contraria o que costuma ocorrer com a maioria dos
animais.

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SOLO
• A diversidade de composições e morfologias dos solos do Semiárido
brasileiro é imensa. Solos rasos e pouco profundos (de 50cm a
100cm), geralmente pedregosos, contrastam com solos mais
profundos e desenvolvidos, geralmente argilosos e com elevada
reserva de nutrientes; ainda, solos arenosos e com baixa fertilidade.
Também são comuns solos endurecidos em profundidades maiores e
com baixa capacidade de drenagem.
• Segundo dados do INSA, 85% do Semiárido brasileiro está em
processo de desertificação moderado e 9% está efetivamente
desertificado.

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RECURSOS HÍDRICOS
• No Semiárido brasileiro, a oferta de água para usos
múltiplos está aquém da sua demanda. Em período de
estiagem prolongada, a situação se agrava, impactando
negativamente o abastecimento dos 1.262 municípios
com reflexo nas atividades econômicas, em especial, a
agrícola e industrial. Por outro lado, existe uma fonte de
água não convencional e permanente, atualmente não
explorada - o esgoto doméstico, Essa fonte coletada e
tratada adequadamente pode minimizar os conflitos pelo
uso da água tão frequentes na região.
• O Instituto Nacional do Semiárido acompanha 481
reservatórios de água espalhados por todo território do
SAB, através do Olho N'água. A ferramenta desenvolvida
pelo INSA visa compartilhar com a sociedade informações
atualizadas sobre a disponibilidade de água nos principais
reservatórios que atendem mais de 27 milhões de
habitantes da região semiárida.

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ENERGIAS RENOVÁVEIS: UMA SOLUÇÃO PARA
O SEMIÁRIDO NORDESTINO
• Segundo o IBGE, a região Nordeste do Brasil concentra a maior parte das
pessoas abaixo da linha de extrema pobreza – 9,61 milhões ou 59,1%.
Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo, enquanto 43,6% estão em
áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em
situação de miséria seguido pelo Norte, com 2.63 milhões, pelo Sul (715,96
mil) e o Centro Oeste (557,44 mil). O contingente de brasileiros que vive
em condições de extrema pobreza, 4,8 milhões tem renda nominal mensal
domiciliar igual à zero, e 11, 43 milhões possuem renda de R$ 1 a R$ 70,
pra esse tecido social, se faz necessário à adoção de políticas públicas, que
garanta a transferência de renda, acesso a serviços públicos (saúde e
educação), e inclusão produtiva, resgatando esses brasileiros da miséria.

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• O Nordeste brasileiro é detentor de um clima propício à produção de
energia solar e possuidor dos melhores ventos do continente sul-
americano para gerar energia eólica. Na área do Semiárido nordestino
há sol durante todo o ano e isso pouco é aproveitado. Com o acesso a
tecnologias para gerar energia, através de linhas de crédito criadas
pelo Governo, o Semiárido brasileiro pode se desenvolver. Se o
sertanejo não pode plantar pela escassez de água, ele pode ter sua
própria usina geradora de energia, tanto solar quanto eólica, e vender
a energia produzida para o Estado, assim como acontece em outros
lugares do mundo. É claro que essa discussão precisa ser realizada e
já há profissionais engajados nisso.

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• As oportunidades de geração de renda proporcionadas pela inovação
no setor elétrico foram o destaque da apresentação feita pela ANEEL
nesta sexta-feira (19/6) no seminário virtual “Oportunidades e
Potenciais Energéticos para o Semiárido Brasileiro”, promovido pelo
Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e pela EnergyC.

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• “Precisamos estimular a cooperação e a interação entre os setores
público e privado. Sem isso, não há inovação. Ciência só dentro da
máquina do Estado não funciona. Precisamos fortalecer a atividade
de inovação nas instituições científicas e nas tecnológicas. Contem
com a ANEEL para estimular essa integração entre o setor público e o
privado, entre a academia e os agentes do setor ”, disse Pepitone.

• “O Brasil possui setor acadêmico e de pesquisa forte e competente,


sobretudo, na região Nordeste. Na Paraíba, identificamos iniciativas
desde a década de 70. Cito um laboratório, que foi implantado em
João Pessoa, na UFPB, e era revolucionário para a realidade científica
do País, naquela época; me refiro ao Laboratório de Energia Solar, o
primeiro criado em nosso país”, disse o diretor-geral da ANEEL.

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ATIVIDADE
• PESQUISAR AS 4 PRINCIPAIS FONTES DE GERAÇÃO DE ENERGIA NO
SEMIÁRIDO

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