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28/07/2021

Motilidade do
Trato
Gastrointestinal • Profª Drª Sandra Mª Nunes Monteiro
• DFF/UFC

Objetivo da aula

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Duração da
contração
muscular
nos 3 tipos
de músculo

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Padrões contráteis da musculatura lisa - TGI


Normalmente contraído
Esfíncteres
Contração

Parcialmente
Contraído
(Tônico) Vasos
sangüíneos
Força
Fásico
Estômago,
Relaxamento

Intestino

Esôfago
Normalmente
Relaxado

Anatomia
Organização do músculo liso nas paredes dos órgãos ocos do TGI

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Inervação do
músculo liso

- Células musculares lisas são inervadas por fibras do SNA simpático e


parassimpático

- Liberação de neurotransmissores de varicosidades em região sináptica difusa

Eventos elétricos na células musculares lisas -TGI

Estruturas Funções

Produção de ondas lentas


Células de
Cajal

Condução de ondas lentas


Células para o músculo
”Marca Passo”

Células Despolarização e abertura de canais


musculares lisas de Ca2+ » potencial de ação

Liberação de neurotransmissores »
Axônio modificação da atividade elétrica
autonômico inerente das células de Cajal

As células de Cajal são células musculares lisas modificadas localizadas entre as camadas
de músculo liso e plexos nervosos intrínsecos

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Modulação dos potenciais elétricos


do TGI pelo SNA
Potenciais
em ponta

Potencial de membrana (mV)


Despolarizaç
ão
Ondas
lentas

Estímulo:
Simpático
Noradrenalina
Repouso Estímulo:
Estiramento
Parassimpático Hiperpolarização
Acetilcolina

Tempo (segundos)

Modificado de : Guyton & Hall , 2017, Tratado de fisiologia médica

Tipos funcionais de movimentos do TGI


Propulsão Mistura

 Combinação de anel contrátil oral +


distensão aboral  Diferentes nas diferentes partes do TGI:

 Estímulo usual » distensão do TGI i- Contrações tipo segmentação;

 Polarização no sentido aboral; lei do ii- Resultado de propulsão contra um


intestino esfíncter.

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Motilidade no sistema digestório:


Onde iniciar a observação?

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Dentição Mastigação

Dente Função  Movimentos voluntários em


combinação com reflexos
involuntários
Incisivo Corte -Inervação principal: trigêmeo (5º
(Força=25kg)
nervo craniano);
- Tronco encefálico.
canino Perfuração  Formação do bolo alimentar
- Corte e trituração dos alimentos
sólidos em pedaços menores;
Pré-molar Trituração
- Lubrificação (saliva);
- Digestão de carboidratos
Molar Trituração
(Força = 90kg) (amilase salivar).

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Iniciação nervosa da deglutição

 Presença do bolo alimentar:


 Áreas táteis na parte posterior da boca e Vago
(10º)
Glossofaríngeo
(9º)
faringe
Trigêmeo
(5º)
Centro da
 Controle pelo centro da deglutição deglutição

Medula Bolo alimentar


 - Transmissão de impulsos sensoriais
 para o trato solitário via nervo trigêmeo; Faringe
Epiglote

 - Estágios sucessivos desencadeados Cordas vocais

ordenadamente pela formação reticular; Esôfago


 - Impulsos motores eferentes via 5º, 9º, Peristalse

 10º e 12º nervos cranianos.

 Sequência de eventos e duração


semelhantes

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Deglutição – Fase Oral i!

Estágio faríngeo
Estágio voluntário Início da peristalse
- Palato mole empurrado p/ cima; esofágica
- Bolo alimentar
- Estreitamento das pregas faríngeas;
empurrado p/ cima e - Fechamento das cordas vocais
p/ trás pela língua - Laringe sobe
- Epiglote fecha a traquéia Iniciação nervosa

- Esfíncter faringoesofágico relaxa

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i!
Deglutição – Fase esofágica
1) O alimento é conduzido do esôfago ao estômago por
peristalse

2) O esfíncter gastroesofágico permite a entrada do


alimento
no estômago

3) A onda peristáltica esofágica


transmite uma onda de relaxamento
por neurônios intrínsecos causando
um relaxamento receptivo do estômago

 Peristalse primária:
- continuação da onda peristáltica faríngea (5-10seg)

 Peristalse secundária:
- iniciada pela distensão de alimento retido no esôfago

Digestive system » motility » 4/15

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Deglutição – Fase esofágica


- O esfíncter gastroesofágico evita refluxo de conteúdo gástrico
ácido, protegendo a mucosa esofágica contra lesão;

- Proteção adicional contra refluxo ocorre pelo mecanismo


semelhante à válvula da porção distal do esôfago

- Aumento da pressão intra-abdominal projeta o esôfago para


dentro do estômago;

- RGE persistente → lesão esofágica → modificação tecidual

- Acalasia: falha na abertura do esfíncter gastroesofágico numa


deglutição.

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Anatomia macroscópica do estômago

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Funções motoras do estômago

Armazenamento de
Mistura de alimento com
grandes quantidades de
secreções gástricas até
alimento até que possa
formação do quimo;
ser processado;

Esvaziamento lento do
Digestão mecânica
quimo, compatível com a
(camada muscular
digestão e absorção
oblíqua: movimentos
adequadas pelo intestino
vigorosos);
delgado.

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Armazenamento

• Reflexo vago-vagal para


tronco encefálico reduz o
tônus muscular do
estômago – aumenta o
relaxamento receptivo;
• Relaxamento permite
enchimento até 1,5L sem
aumento da pressão
intragástica.

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Funções motoras do estômago

Ondas peristálticas movem-se A peristalse e a mistura vigorosas A extremidade pilórica do estômago


em direção ao piloro (3-5/min) ocorrem próximo do piloro age como uma bomba que libera
pouco quimo para o duodeno

Mistura Trituração Bomba pilórica


 Contrações peristálticas intensas combinadas
 Retropulsão  Contrações fortes
com contração do esfíncter pilórico (20% das
 Formação do quimo  Digestão mecânica contrações)
 Esvaziamento lento

Disgestive sistem » motility » 6/15

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Fatores que
intensificam o
esvaziamento
gástrico

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Fatores neurais e hormonais inibem o


esvaziamento gástrico
Estímulos intestinais:
• Distensão;Acidez (pH < 4,0)
• Irritação da mucosa
• Osmolalidade do quimo elevada
• Presença de oligopeptídeos

• Reflexos duodenais inibitórios


• (reflexos enterogástricos):
GI
• Intrínsecos P
Nervos extrínsecos p/ gânglios
simpáticos
• Nervos extrínsecos via vagal (efeito fraco)

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Vômito

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Anatomia macroscópica do intestino delgado

Mesentério

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Movimentos do intestino delgado


Segmentação Peristalse

 Estímulo: distensão do intestino  Sentido oral-aboral


 Frequência: 4-12/min  Velocidade: 0,5-2 cm/seg
 Mais rápidas no intestino proximal e mais
lentas no intestino distal
 Distância: 3-5 cm; Intensificação pós-prandial
Exacerbação peristáltica:
Causa: irritação da mucosa
Caracteristica: peristalse intensa que percorre longas distâncias impulsionando rapidamente o
quimo irritativo ou em excesso para fora do intestino.
Sinalização: reflexos intrínsecos e extrínsecos

Observação: os 2 tipos de motilidade causam mistura e propulsão em certo grau.

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Controle neurohumoral da peristalse intestinal

Fatores que intensificam a motilidade intestinal


• Reflexos gastroentérico: distensão da parede gástrica » sinais
intrínsecos
• Distensão da parede intestinal
• CCK, Gastrina, Insulina
Fatores que reduzem a motilidade intestinal
• Secretina, Glucagon

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Anatomia macroscópica do Intestino grosso

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O esfíncter ileocecal e a válvula ileocecal


regulam a entrada de quimo no ceco

 Reflexo gastroileal » relaxamento do esfíncter


ileocecal » esvaziamento do intestino delgado;

 Distensão do ceco » reflexos intrínsecos e


extrínsecos p/ nervos simpáticos » contração do
esfíncter e inibição da peristalse ileal.

 Válvula evita refluxo fecal para íleo

íleo

O aumento da resistência ao esvaziamento


intestinal a melhora absorção

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Movimentos do cólon
 Movimentos de mistura: haustrações
- Aumentam absorção;
- Promovem propulsão lenta.

 Movimentos propulsivos: movimentos de massa


- Frequência: 1-3 vezes/dia. Duração: ~15min;
- Início: ~1h após o desjejum por reflexos, gastrocólico ou
duodenocólico (extrínsecos) ou irritação da mucosa colônica;
- Condução das fezes até o reto.

Semi-
Pastoso pastoso

Semi-líquido - Exacerbação da motilidade causa menor absorção »


fezes semi-líquidas ou pastosas: diarréia;
Líquido
Semi- - Redução da motilidade induz maior absorção » fezes
sólido
Válvula ressecadas, obstipação.
ileocecal

Sólido
Disgestive sistem » motility » 11/15

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Movimentos de massa no intestino grosso

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Defecação
Cólon
 Antes: reto vazio e esfíncter anal interno contraído sigmóide

 Estímulo: Passagem de fezes para reto » causa reflexo


da defecação Reto Junção reto-sigmóide
Válvulas retais

 Eventos:
- Contração do reto
Esfíncter anal
- Relaxamento do esfíncter anal interno interno

Camadas Esfíncter anal


- Controle voluntário do esfíncter anal externo musculares externo

Canal anal
- Defecação ou não (limiar)

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Reflexos de defecação
 Intrínsecos » peristalse do cólon descendente, sigmóide, reto e
relaxamento do esfíncter anal interno

 Parassimpáticos » intensificação do reflexo de defecação


Cólon
Do córtex descendente
consciente
 Controle
Fibras nervosasvoluntário
aferentes

Fibras nervosas
parassimpáticas
(pélvicas)

Nervo motor Cólon


esquelético sigmóide
Reto
Esfíncter anal externo
Esfíncter anal interno

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Motilidade no jejum
 Complexo migratório motor
- Secreção de motilina após ~1,5h de jejum
- Duração ~30min (ou menos se ocorrer ingestão de alimento)
-Função: "Limpeza" do TGI
- Início na porção média do estômago até o intestino posterior

 Contrações de fome
- Várias horas de jejum (12-24h), ↓glicose plasmática
- Contrações fortes (comum em adolescentes)

Disgestive sistem » motility » 10/15 Vômito

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2. A regulação da função
gástrica é controlada por vias
1. As principais funções do 3. As principais secreções do
neurais extrínsecas e
estômago são estômago são o ácido e o
intrínsecas, junto a
armazenamento e início da pepsinogênio, que juntos
mediadores chave humorais
digestão proteica. iniciam a digestão proteica.
(gastrina) e parácrinos
(histamina).

6. O epitélio gástrico secreta


5. A única secreção do
4. H+ é secretado através da HCO3 – e muco para formara
estômago que é essencial é a
membrana plasmática apical barreira mucosa semelhante
de fator intrínseco, envolvido
das células parietais, pela a gel, que o protege contra o
na absorção da vitamina

Resumo da
bomba H+,K+-ATPase. conteúdo acídico e péptico
B12.
luminal.

aula 7. A musculatura lisa da


parede das vísceras
intestinais apresenta
8. As células intersticiais de
Cajal são marcapassos da
9. A porção proximal do
estômago passa por lenta
variação do tônus
variações cíclicas do parede gastrointestinal, que
(relaxamento receptivo),
potencial de membrana, determinam a frequência
compatível com sua função
referidas como ritmo elétrico das ondas lentas.
de armazenamento.
básico ou de ondas lentas.
10. A parte distal do
estômago apresenta
contrações fásicas, que
11. Complexo migratório no 12. Reflexo da defecação:
podem variar,
jejum e período estímulos intrínsecos e
consideravelmente, de
interdigestivo (Motilina). vagais.
intensidade. O esvaziamento
gástrico é regulado por
reflexos vagovagais.

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Bibliografia
Guyton & Hall, Tratado de fisiologia médica, 11ª ed.
Sauders, Elsevier, 2006.

Silverthorn, Fisiologia humana: uma abordagem integrada,


5ª ed. Manole, 2010.

Carroll, Fisiologia Integrada, 1ª ed. 2007.

Koeppen & Stanton, Fisiologia Berne & Levy, 6ª ed. Mosby,


Elsevier, 2009.

Vídeo youtube, onda peristáltica:


http://www.youtube.com/watch?v=o18UycWRsaA

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