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PARA O EXAME DE
MESTRE-AMADOR.
OBTENÇÃO DA HABILITAÇÃO
PARA CONDUZIR
EMBARCAÇÕES NA
ATIVIDADE DE ESPORTE E
RECREIO, NOS LIMITES DA
NAVEGAÇÃO COSTEIRA.
2ª Edição – Otubro de 2016
IMPORTANTE:
É importante alertar que nossas apostilas recebem numeração única e senha exclusiva, e são
personalizadas ao comprador (canto inferior esquerdo). Dessa forma, após receber o material,
você somente poderá fazer uso para o seu aprendizado e para preparar-se para o exame, não
estando autorizado a revendê-lo, nem distribuí-lo sob qualquer forma.
Se você baixou este material de outro site na Internet ou alguém repassou este material para
você, saiba que estará fazendo uso de uma cópia pirata e pirataria é crime. Se você identificar
que este material está sendo utilizado por outra empresa ou está sendo distribuído em outro
site, por favor, denuncie para nós pelo email atendimento@portaldoamador.com.br.
PROCESSO DE HABILITAÇÃO
Para se submeter ao exame de Mestre-Amador, o candidato deverá dirigir-se à Capitania dos
Portos, Delegacia ou Agência, portando a seguinte documentação:
EXAME DE HABILITAÇÃO
O exame para Mestre-Amador constará de uma prova escrita, constituída de 40 questões do tipo
múltipla escolha. O candidato será considerado aprovado com 50% ou mais de acertos. A duração
da prova será de 2 horas. Para a realização da prova o candidato deverá portar o protocolo de
inscrição, documento oficial de identificação, caneta esferográfica azul ou preta, material de
desenho: lápis ou lapiseira, régua, um par de esquadros ou régua de paralelas, transferidor,
compasso e borracha.
RECOMENDAÇÃO DO AUTOR
Embora a Marinha do Brasil, não exija Curso Prático para Mestre-Amador, recomenda-se que o
interessado procure uma escola náutica ou um amigo que possa lhe dar umas aulas práticas, de
forma que o candidato sinta-se seguro na hora de pilotar sua embarcação na navegação costeira.
Lembre-se: a Segurança no Mar é de imensa importância, pois o comandante ou piloto do barco é
o responsável pela vida de seus tripulantes, familiares e amigos, bem como de seu bem maior, sua
própria vida.
ÍNDICE
Unidade 8 - Meteorologia 73
[Unidade 1:
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos diferentes tipos e métodos de navegação; a forma
da Terra; pontos cardeais; conhecerá as principais linhas, pontos e planos da esfera terrestre;
aprenderá sobre o sistema de coordenadas geográficas; verá as unidades de medidas usadas na
navegação, e entenderá sobre as diferenças entre Loxodromia e Ortodromia, suas vantagens e
desvantagens.
Principais Linhas, Pontos A linha imaginária, em torno da qual a Terra executa seu
movimento de rotação, é chamada de eixo (ou eixo terrestre
e Planos da Esfera
ou eixo polar). Aos lugares formados pela interseção do eixo
Terrestre polar com a superfície terrestre chamamos de polos. Ao
extremo norte temos o Polo Norte (PN) e ao extremo Sul temos
o Polo Sul (PS). Se cortarmos a esfera terrestre por um plano
horizontal que passa pelo centro da Terra (semelhante a dividir
uma laranja em duas partes iguais) teremos um círculo
máximo. Esse círculo aparece nas cartas náuticas como uma
linha horizontal na latitude 0°, e é chamado de equador.
Conhecido também como Equador Terrestre, o equador é
definido como o círculo máximo horizontal da esfera terrestre
perpendicular ao eixo polar e equidistante de ambos os polos,
que divide a Terra em dois hemisférios chamados Norte (N),
acima do Equador, e Sul (S), abaixo do Equador. A partir do
equador (que está na latitude 0°) são contados noventa graus
(90°) para Norte e 90° para Sul. Agora, se cortarmos a esfera
terrestre por um plano horizontal que não passa pelo centro da
Terra (semelhante a dividir uma laranja em duas ou mais partes
desiguais), as seções resultantes serão os círculos menores.
Recordando:
- O equador é o círculo máximo da esfera terrestre, que a divide
Atenção! em dois hemisférios, norte e sul.
- O Meridiano de Greenwich possui
- O equador é aquele que se adota como origem de contagem das
esse nome porque é o meridiano que
passa sobre um observatório latitudes.
astronômico localizado na cidade de - Os paralelos são círculos cujos planos são paralelos ao equador.
Greenwich (Inglaterra). É o meridiano Seus raios são sempre menores que o raio do equador.
de Greenwich que divide a Terra em - Os paralelos mantêm entre si um mesmo afastamento para leste
dois hemisférios Leste (E) e Oeste (W). ou oeste.
- Temos infinitos paralelos de latitude, sendo que o equador é um
único paralelo (círculo máximo), todos os outros são círculos
menores.
- Meridianos são círculos máximos que passam pelos polos
terrestres.
- O Meridiano de Greenwich, é o círculo máximo da esfera
terrestre, que passa pelos polos, e a divide em dois hemisférios
leste e oeste.
- O Meridiano de Greenwich é aquele que se adota como origem
de contagem das longitudes
- Os meridianos convergem do equador (0°) para os polos 90° para
o norte ou 90° para o sul (N ou S), onde se encontram.
- Os meridianos e os paralelos se cruzam num ângulo de 90°.
- Navegando-se sobre um paralelo, o rumo é leste ou oeste.
Recordando:
- Veja na figura acima que a longitude corre sobre o equador
partindo da origem até o meridiano do lugar. Já a latitude corre
VALORES ANGULARES sobre o meridiano do lugar tendo como origem o cruzamento dele
Graus (°), minutos (‘) e segundos (“) com o equador.
- Latitude: Os graus inteiros de - As coordenadas de um ponto, são latitude e longitude.
latitude, os minutos e segundos são - A latitude é contada, a partir do equador, variando de 00° a 90°,
sempre informados com dois norte ou sul.
algarismos - Ex.: Lat. 29° 58' 03"S
- A latitude é o arco de meridiano, compreendido entre o equador
- Longitude: Os graus inteiros de
longitude são sempre informados com
e o paralelo do lugar.
três algarismos, e os minutos e - A longitude é contada, a partir do meridiano de Greenwich, de
segundos com dois algarismos – Ex.: 000° a 180°, ao um ponto considerado, no sentido leste ou oeste.
Long. 050° 04’ 07”W - A longitude, do meridiano de Greenwich, é de 000°. Já a
longitude, do antimeridiano, é de 180°.
Atenção! - Um ponto geográfico na superfície da Terra. Isto é, o cruzamento
- Os minutos e segundos de latitude e de um paralelo com um meridiano, é informado através das
de longitude não podem ultrapassar de coordenadas geográficas de latitude e longitude, nesta ordem,
59.
sendo que a latitude é medida sobre um arco de meridiano e a
longitude é medida sobre um arco de paralelo.
Por exemplo:
Errado:
- Todos os pontos geográficos sobre a linha de um mesmo
Lat. 29° 57' 63" paralelo terão a mesma latitude.
Long. 050° 03’ 67”W - Todos os pontos geográficos sobre um mesmo meridiano terão a
Certo: mesma longitude.
Lat. 29° 58' 03"S - Na informação sobre as coordenadas, sempre se indica primeiro
Long. 050° 04’ 07”W
a latitude e depois a longitude.
- Observe que o resultado da diferença Ex: 3 (DLong quando o resultado ultrapassa os 180°)
de longitude, também não tem Dados: Long. D = 120°W / Long. E = 160°E
denominação Leste (E) ou Oeste (W). Solução: DLong = Long. D + Long. E ► 120°W + 160°E = 280°
Em princípio realizamos a soma das duas longitudes, porém este
arco de equador é o maior, e a diferença de longitude é medida do
arco menor. Então, faremos ainda mais uma operação:
Solução: DLong = 360° - 280° = 080°
Saiba mais
Você pode saber mais sobre os assuntos estudados nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap1.pdf
(O problema geral da Navegação)
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap17.pdf
(A Terra e seus Movimentos. A Esfera Terrestre)
http://www.melhorsoft.com/detalhes/balistica/index.html#LoxodromiasEOrtodromias
pt.wikihow.com/Converter-de-N%C3%B3s-para-Milhas-por-Hora
(Como Converter de Nós para Milhas por Hora)
http://www.coladaweb.com/geografia/pontos-cardeais-e-colaterais
https://www.youtube.com/watch?v=b3WYYSMpCl0&ebc=ANyPxKqM2OKiIjwpYzz7BIhR7hsvNa-RjhRNo-
XqYpjuYVfzejXLE8EFl7kCz_396GEToHC2r35K_7MP2wSGy-_vye__nleiqQ
Unidade 2:
Nesta unidade, você conhecerá as cartas náuticas e as suas múltiplas informações; terá uma visão
geral dos sistemas de projeção, escalas, informações contidas na carta, cores e manuseio, com
ênfase à carta náutica na projeção de Mercator.
Cartas Náuticas Uma carta náutica é na realidade um mapa que tem como
propósito servir de ferramenta à navegação em meio aquático.
Suas informações compreendem levantamentos de áreas
oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer
outra massa d’água navegável; representam ainda os acidentes
terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre
profundidades, perigos à navegação (bancos, pedras submersas,
cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à navegação), e
ainda, natureza do fundo, fundeadouros, áreas de fundeio,
auxílios à navegação (faróis, faroletes, boias, balizas, luzes de
alinhamento, radiofaróis etc.), altitudes e pontos notáveis aos
navegantes, linha da costa e de contorno de ilhas, elementos de
marés, correntes e magnetismo e outras indicações necessárias à
segurança da navegação. As cartas náuticas estão associadas a
um sistema de coordenadas (latitude e longitude) que permite a
Atenção! obtenção da localização de qualquer ponto que represente. Além
- A navegação considerada em nosso das cartas convencionais (em papel), existem as cartas náuticas
estudo é aquela realizada em meio
aquático, seja ela marítima, fluvial ou digitais, que podem ser de dois tipos: eletrônica (vetorial) e
lacustre. Para tanto, utiliza-se o termo RASTER, as quais podem, em certas condições, substituir as
“carta náutica”, que é o documento cartas convencionais.
cartográfico resultante de Para melhor compreender a cartografia náutica é
levantamentos de áreas navegáveis
por embarcações.
fundamental iniciarmos o estudo descrevendo a necessidade de
representar a Terra num plano e das técnicas de projeção, pois
assim você estará mais contextualizado.
25
Nota:
- No exemplo, cada milímetro na carta Significa dizer que 500 metros na carta de 1:25.000, equivale a
corresponde a 25.000 mm (ou 25 20 milímetros da superfície terrestre.
metros), no terreno.
Orientações das Cartas Uma carta colocada na posição de leitura terá o Norte (N) em
sua parte superior e o Sul (S) na parte inferior da carta. O Leste
(E) está à direita e o Oeste (W) à esquerda da carta. Assim, para
uma leitura correta, devemos nos posicionar ao sul da carta, com
o norte voltado para cima.
Nas cartas náuticas a escala de latitude está localizada nas
laterais da carta (W-E), e a escala de longitude nas partes
superior e inferior da carta (N-S). Desse modo, na determinação
de um ponto, na escala vertical, localizada nas laterais, de uma
carta, lê-se a latitude, e na escala horizontal, superior e inferior,
Leitura da Escala na Carta: lê-se a longitude.
- Na Carta, a escala de latitude cresce Baixe a Carta Especial para Instrução 13006, para visualizar a
de cima para baixo e a escala de imagem em cores e ter uma melhor compreensão.
longitudes cresce da direita para a http://www.portaldoamador.com.br/downloads/carta13006.pdf
esquerda.
Observe a figura abaixo, ela ilustra algumas das informações contidas nas cartas
A Utilização das Cartas Como já visto, as cartas náuticas trazem uma ou mais
Rosa dos Ventos (ou rosa de rumos), que informa os graus
Náuticas
de cada rumo, de 000° a 360°, no sentido horário.
A medida de qualquer direção na carta é feita, aplicando
a régua de paralelas à direção traçada, cujo valor angular se
queira saber, fazendo com que a régua de paralelas seja
Reta de posição deslocada paralelamente, desde a direção traçada até
- Para o transporte de uma reta de posição, atingir o centro da rosa dos ventos existente na carta.
são necessários a distância, o rumo, a Uso da régua de paralelas:
direção e a hora. Tendo em mãos a carta náutica do trecho que se deseja
navegar, traça-se uma linha reta entre o ponto de partida e
Na Internet ponto de chegada da viagem. Coloca-se uma régua de
- Consulte o vídeo publicado na internet
paralelas sobre esta linha reta e leva-se a régua, de forma
para visualizar os materiais básicos de
manuseio de uma carta náutica e ter uma paralela, até o centro da rosa dos ventos impressa na carta
melhor compreensão. onde é feita a leitura do rumo obtido. Este rumo lido é o
rumo verdadeiro (Rv). No caso do litoral brasileiro,
http://www.youtube.com/watch?v=bSPfeOE acrescenta-se (soma-se) a declinação magnética da área,
ZLOI
onde teremos, então, o rumo magnético a ser seguido na
agulha.
A régua, ao atingir a rosa, estará cortando-a, em dois
pontos: um será o valor angular da direção do movimento
da embarcação, ou seja, a direção verdadeira do movimento
pretendido pela embarcação, e o outro o valor angular da
recíproca, ou seja, a direção oposta a este movimento. Uma
direção e sua recíproca sempre terão a diferença de 180°.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre “carta náutica” consultando os seguintes endereços eletrônicos:
http://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap2a.pdf
(Projeções Cartográficas; A Carta Náutica)
http://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap2b.pdf
(Projeções Cartográficas; A Carta Náutica)
http://www.youtube.com/watch?v=bSPfeOEZLOI
(Vídeo - Como utilizar a carta náutica, traçar rumos, calcular distâncias e tempo de navegação)
http://www.youtube.com/watch?v=JLbttcQbe2w
(Vídeo - Aprendendo a trabalhar na carta náutica)
http://www.youtube.com/watch?v=LHKHiYYUy8E
(Vídeo - Carta Náutica, uma visão geral)
http://www.youtube.com/watch?v=Hth54V5LRlg
(Vídeo - Medidas elementares sobre a carta náutica)
http://www.youtube.com/watch?v=hHuyyekus8s&feature=player_detailpage#t=131s
http://www.youtube.com/watch?v=LSOIyplcKIQ&feature=player_detailpage#t=130s
http://www.infoescola.com/cartografia/projecao-de-mercator/
http://educacao.uol.com.br/geografia/escala-cartografica-como-interpretar-reducoes-em-mapas.jhtm
http://www.esteio.com.br/newsletters/paginas/006/o-class_cilindrica.htm
http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/projecoes_cartograficas.aspx
http://www.sispesca.io.usp.br/outros/cursos/navegacao/
http://www.oocities.org/eduardolouro/APOSTMST.htm
Unidade 3:
Nesta unidade, você vai conhecer as principais publicações de auxílio à navegação, que são de
interesse dos navegantes das embarcações de esporte e recreio, exceto as miúdas, cujas
informações complementam e ampliam os elementos fornecidos pelas Cartas Náuticas
Brasileiras.
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-previsao-mare/tabuas/index.htm
Por Exemplo:
Tábuas das Marés de um Porto Qualquer Consultando a Tábuas das Marés para um determinado porto
Janeiro (quadro ao lado), temos as seguintes informações para o dia
Dia Hora Altura (m) 01/01/2012: baixa-mar (BM) às 00:00 horas, igual a 2.0 metros, e
01/01/2012 00:00 2.0
preamar (PM) às 06:00 horas, igual a 5.0 metros. Qual a amplitude da
06:00 5.0
12:00 2.0 maré no local, naquele instante?
18:00 6.0 Solução:
08/01/2012 00:21 2.1 - Amplitude = BM – PM = 2.0 – 5.0 = 3.0 metros.
06:38 6.0 Conclui-se que a amplitude da maré no local entre 00:00 e 06:00
12:47 2.0
horas será de 3.0 metros, ou seja, no período a maré vai subir 3.0
00:34 6.0
metros, somando-se aos 2.0 metros da BM, podemos afirmar que, às
BM - baixa-mar 06:00 horas a altura da maré será de 5.0 metros.
PM - preamar
Profundidade de um Porto - Para obtermos a profundidade
em um determinado local de um porto, ou nas imediações,
soma-se a profundidade registrada na carta náutica (nível de
redução) a altura da maré no instante desejado.
Por Exemplo:
Tábua das Marés de um Porto Qualquer
Janeiro
Navegando em um determinado local, às 00:30 horas do dia
Dia Hora Altura (m) 08/01/2012, estava registrada em carta náutica a profundidade de 3.0
01/01/2012 00:00 2.0 metros. Como saber a profundidade real naquele instante?
06:00 6.0 Solução:
12:00 2.0 Consultando a Tábuas das Marés (quadro ao lado), colunas mês,
18:00 6.0
08/01/2012 00:21 2.1
dia e hora, verifica-se que às 00:21 horas do dia 08/01/2012, a altura
06:38 6.0 da maré será de 2.1 metros (baixa-mar). Logo, podemos determinar a
12:47 2.0 profundidade no local às 00:30 horas.
00:34 6.0 - Profundidade = PC + AM = 3.0 + 2.1 = 5.1 metros.
PC - profundidade na carta náutica Conclui-se que às 00:30 horas a profundidade será de 5.1 metros
AM - altura da maré no instante desejado
ou próximo a este valor. Entendeu?
Atenção!
- Se na carta consta a profundidade no Altura da Maré - Para obter a altura da maré no instante
local de 3.0 metros, e na “Tábuas de desejado, o navegante tem de resolver uma regra de três, ou
Marés” às 00:21 a altura no local para
seja, hora da preamar menos a hora da baixa-mar e a
o dia e horário é de 2.1 metros, soma-
se. Com isso o valor aproximado às respectiva amplitude (cm). A hora desejada, menos a hora da
00:30 horas será de 5.1 metros. baixa-mar (minutos) e a altura da maré no instante desejado,
menos a altura da baixa-mar (cm).
PM - BM e AMPLITUDE
Exemplar [008655] pertencente à: Mestre-Amador 28
Jorge Felix Vilela Ferreira
www.portaldoamador.com.br [PUBLICAÇÕES DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO]
Por Exemplo:
Tábua das Marés de um Porto Qualquer
Consultando-se a tábua das marés para um determinado porto,
Janeiro
Dia Hora Altura (m) temos as seguintes informações para o dia 01/01/2012 (quadro ao
01/01/2012 00:00 2.0 lado): preamar às 06:00 horas, igual a 5.0 metros e baixa-mar às 12:00
06:00 5.0 horas, igual a 2.0 metros. Qual a altura da maré prevista para as 09:00
12:00 2.0 horas daquele dia?
18:00 6.0 Solução:
08/01/2012 00:21 2.1
06:38 6.0
PM às 06:00 = 5.0
12:47 2.0 BM às 12:00 = 2.0
00:34 6.0 Hora desejada = 09:00 horas.
3h x 3.0 9.0
(Regra de 3) = = 1.5 metros
6 6
Quando usar:
Na Internet Ao nos depararmos com algum símbolo ou abreviatura na
- A Carta 12000, em formato PDF,
pode ser obtida gratuitamente na carta, cujo significado fuja ao nosso conhecimento, a consulta à
INTERNET, no endereço: Carta 12.000 torna-se de grande importância. Por ser um
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box- documento de consulta, não há necessidade de ser decorada.
publicacoes/publicacoes/carta12000/c
arta12000.pdf
Acesso em: 01/11/2015
Correções:
As correções às cartas náuticas são consubstanciadas por
meio dos Avisos Temporários (T), Avisos Preliminares (P) e
Avisos Permanentes, apresentados na Seção III. Quando
necessário, a alguns Avisos Permanentes, são associadas
reproduções de trechos, notas e quadros (conhecidos como
"bacalhaus") encartadas nos próprios Avisos aos Navegantes,
em seção específica.
As correções às publicações náuticas são apresentadas na
Seção IV e, quando necessário, por meio de "Folhas de
Correções" encartadas no final dos Avisos aos Navegantes.
Para maiores detalhes, recomenda-se a leitura atenta da
Seção I (Informações Gerais) dos Avisos aos Navegantes.
NOTA IMPORTANTE:
- Todas as publicações citadas nesta unidade são editadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e
mantidas atualizadas pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), ambas pertencentes à Marinha do
Brasil.
Para ter acesso a relação das principais Publicações de Auxílio à Navegação, consulte o endereço:
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-publicacoes/publicacoes/publicacoes.htm
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap12.pdf
(Publicações de Auxílio à Navegação)
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-publicacoes/publicacoes/publicacoes.htm
Unidade 4:
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos principais instrumentos de auxílio à navegação;
entenderá como funcionam as agulhas (magnética e giroscópica); odômetro de fundo e de
superfície; ecobatímetro e prumo de mão; alidade entre outros.
Agulha Magnética
A bússola, mais conhecida pelos Marinheiros como agulha
é o instrumento de navegação mais importante a bordo ainda
hoje. O seu princípio de funcionamento é, de um ferro natural
ou artificialmente magnetizado que tende em se orientar
segundo a direção do campo magnético da Terra.
Basicamente, a agulha magnética se compõe de um grupo
aglutinado de leves barras magnetizadas (imãs) e paralelas que
Agulha Magnética se fixam na parte inferior de um disco graduado de 000° a 360°
chamado de rosa dos ventos ou rosa de rumos. Possui no
centro um capitel (ou flutuador) com um cavado cônico com
A Agulha Magnética pode ser: uma pedra incrustada (rubi, safira etc.) onde assenta uma haste
- Eletrônica: baseia seu funcionamento
vertical denominada estilete (ou pião), fixado no fundo do
na medida do campo magnético
terrestre - apresentação digital de morteiro composto de uma cuba cheia com uma mistura de
rumos. água destilada e álcool etílico (para não congelar) ou um
- Giromagnética: combina os efeitos destilado fino de petróleo, fechada com um disco de vidro. No
do magnetismo e do giroscópio. vidro da cuba existe um traço vertical chamado linha de fé
(referência para rumos – indica com rigor a direção da proa da
embarcação), que deve ser rigorosamente alinhada com a linha
proa-popa (eixo longitudinal da embarcação). Feita de material
não magnético, a cuba é montada, em um suporte conhecido
por bitácula que contém um sistema dito cardan (suspensão
Exemplar [008655] pertencente à: Mestre-Amador 33
Jorge Felix Vilela Ferreira
www.portaldoamador.com.br [INSTRUMENTOS NÁUTICOS DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO]
Estaciógrafo
Consiste, sucintamente, de um círculo graduado que dispõe de
três réguas irradiando do centro. A régua central é fixa, determina o
centro do círculo e passa pelo zero da graduação do mesmo que,
geralmente, é marcado de ½ em ½ grau, de 0 a 180° para cada lado
dessa régua. As outras duas réguas são móveis, dispõem de botões de
pressão para travá-las em qualquer graduação do círculo e são
Estaciógrafo munidas, ainda, de verniers ou parafusos micrométricos.
Atenção!
- O principio fundamental de operação
do ecobatímetro é a reflexão de ondas
sonoras ou ultra-sonoras no fundo.
Binóculo
São instrumentos muito úteis a bordo, pois aumentam o
poder de visão dos pontos notáveis em terra e auxiliam no
Binóculo
reconhecimento de auxílios a navegação, tais como boias,
faróis, igrejas etc. Os binóculos de bordo são quase sempre de
7x50, o que significa que aumentam sete vezes os objetos
visados.
Cronógrafo
É um instrumento muito útil, especialmente nos períodos
noturnos, na identificação de faróis. Na falta de um cronógrafo,
devemos ter, no mínimo, um relógio analógico com ponteiro de
segundos.
Cronógrafo
Relógio de Antepara
Lanterna
É um relógio comum, regulado para Muito útil, especialmente à noite, deve-se optar por
indicar a Hora Legal correspondente lanternas equipadas com vidro vermelho, o que é importante
ao fuso em que se navega. para identificação da nossa embarcação, quando precisamos de
apoio à noite.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap3.pdf
(Agulhas náuticas; conversão de rumos e marcações)
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap11.pdf
(Navegação costeira, estimada e em águas restritas)
Unidade 5
Esta unidade tem como propósito, apresentar noções de navegação radar e operação dos
sistemas de navegação por satélite (GPS e DGPS).
Fontes de Erro do As principais fontes dos erros que afetam o sistema GPS são
a disponibilidade seletiva (“selective availability”); atrasos
Sistema GPS
ionosféricos e atmosféricos; erros nos relógios dos satélites
GPS e erros dos receptores.
Foi mencionado que o GPS oferece dois (2) serviços de
posicionamento. O Serviço de Posicionamento Preciso (PPS), e o
Serviço Padrão de Posicionamento (SPS). Por razões de
segurança nacional, o Departamento de Defesa dos EUA
Atenção! degrada a precisão do GPS, pela introdução de erros no relógio
- A degradação intencional ou
disponibilidade seletiva é, de longe, a
dos satélites e na mensagem de navegação. Em caso de
maior fonte de erro do GPS padrão. emergência nacional, a degradação do nível de precisão pode
ser elevada para além de 100 metros.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes endereços
eletrônicos:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap14.pdf
(Navegação Radar)
Exemplar [008655] pertencente à: Mestre-Amador 59
Jorge Felix Vilela Ferreira
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE RADAR E GPS]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radar
http://pt.wikipedia.org/wiki/GPS
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAexa0AC/navegacao
http://cartografia.eng.br/site/introducao-ao-gps/
Unidade 6
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas de funcionamento da EPIRB.
GMDSS
Iniciado pela Organização Marítima Internacional (IMO), em
Fonte: http://www.brmcc.aer.mil.br
1988, é um sistema internacional que utiliza tecnologia
GMDSS terrestre e satelital com sistemas de rádio a bordo dos navios
- Em Inglês: Global Maritime Distress para assegurar um rápido e automático envio de um sinal de
and Safety System. socorro a uma central de comunicações em terra e às
autoridades de resgate, em adição aos navios e estações que se
encontram nas proximidades de um incidente.
Atenção!
- Os principais equipamentos utilizados Basicamente, este sistema tem a finalidade de automatizar
pelo GMDSS são o EPIRB, que é um as comunicações de socorro entre os navios e os Centros de
equipamento projetado para Coordenação de Salvamento (RCC) e Subcentros de
transmitir alertas aos Centros de Coordenação de Salvamento (RSC) distribuídos ao longo do
Coordenação de Salvamento de
qualquer lugar do mundo, o NAVTEX,
litoral marítimo e fluvial, fazendo conhecer a situação de
que é um sistema automatizado de emergência a toda embarcação próxima a um sinistro a fim de
distribuição de informações de que coopere nas tarefas de salvamento.
segurança marítima (avisos à Aplicável a todos os navios de passageiros carregando mais
navegação, previsões do tempo e
de doze (12) passageiros em viagens internacionais ou em mar
avisos meteorológicos) e o INMARSAT.
aberto e de carga de 300 toneladas e acima, quando navegando
em viagens internacionais ou em mar aberto, o GMDSS exige
que os navios recebam transmissões de informações de
segurança marítima, e levem uma radiobaliza satelital (EPIRB)
de 406MHz.
COSPAS – Satélites Russos
SARSAT – Satélites Americanos. Satélites do Sistema:
COSPAS-SARSAT - é um sistema de satélites
SAR
- Sigla do Inglês “Search and Rescue”, desenvolvido para fornecer alertas de perigo e dados de
significa Busca e Salvamento. No Brasil localização em coordenadas geográficas aos RCC para
todos os órgãos componentes de um auxiliar nas operações do Serviço de Busca e Salvamento
Serviço de Busca e Salvamento (sigla SAR), designado para detectar e localizar sinais de
Marítimo, a exceção do Sistema de
Alerta, estão estruturados nas
balizas de emergência (EPIRB) que transmitam durante
Organizações Militares da Marinha do situações de perigo na frequência de 406 MHz.
Brasil, sendo, portanto, designado INMARSAT - é um sistema que emprega quatro satélites
como Serviço de Busca e Salvamento geoestacionários, situados a cerca de 36000 km acima do
da Marinha – SALVAMAR BRASIL.
Equador, voltados para prover aos navios com estações
Na Internet terrenas de navio (SES), com recursos de alerta e socorro
- Saiba mais sobre o SALVAMAR e capacidade de comunicações ponto a ponto utilizando
BRASIL, acessando o endereço: correio eletrônico, fac-símile, transmissão de dados e
https://www.mar.mil.br/salvamarbrasi radiotelefonia. Tem a limitação de não oferecer
l/
Acesso em: 16/11/2015.
cobertura além dos paralelos 70⁰ Norte e Sul.
Recursos SAR
- Os Recursos SAR incluem aeronaves
de asa fixa, helicópteros, embarcações,
pessoal especializado e até recursos
comerciais ou privados, quando
necessários.
Regras para a EPIRB Requisitos Técnicos - A EPIRB deve ser instalada a bordo
em local de fácil acesso. Deve ter dimensões e peso tais
que permita o seu transporte por uma única pessoa até a
embarcação de sobrevivência e ter sua liberação,
flutuação e ativação automática em caso de naufrágio da
embarcação; e devem, ainda, possuir dispositivo para
ativação manual quer no local de instalação ou,
remotamente, a partir da estação de manobra.
Aprovação da EPIRB - Toda EPIRB instalada em
Fonte: http://www.brmcc.aer.mil.br
embarcações deve ser do tipo aprovada pelo COSPAS-
SARSAT.
Obtenção do código
Frequência de Operação - As EPIRB deverão ser capazes
- O procedimento para registro online
de seu EPIRB, disponível em: de transmitir um sinal de socorro por meio de satélite,
www.brmcc.aer.mil.br/index.php/ct- em órbita polar, na faixa de 121,5MHz ou 406MHz.
menu-item-31/ct-menu-item-37 Código Único de Identificação - As EPIRB deverão ser
Acesso em: 16/11/2015. dotadas de um código único, que é usado para associá-lo
à aeronave ou a embarcação na qual está instalado. O
Importante: código é constituído pelo dígito 710 (identificação do
- Muitas balizas são ativadas
acidentalmente causando falsos Brasil), seguido por outros seis (6) dígitos que
alertas, podendo desencadear ações identificarão a estação do navio, utilizando a frequência
de resgates desnecessários. de 406MHz. O código, é conhecido como MMSI
(Maritime Mobile Safety Identity), é atribuído pela
Licença de Estação
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
- As embarcações que dotam
equipamentos de rádio comunicação Registro da EPIRB - Após a codificação da EPIRB, o
devem obter a Licença de Estação de proprietário da embarcação ou seu representante legal
Navio nas sedes regionais da ANATEL. deverá registrar a EPIRB no Centro Integrado de Controle
Informações e o formulário para de Missão (BRMCC). Para tal deverão preencher o
preenchimento podem ser obtidos na
página da Anatel em:
formulário de registro, que é gratuito, disponível no site
http://www.anatel.gov.br do órgão na Internet. A Marinha do Brasil, também
orienta o proprietário de embarcação ou seu
representante legal, a dirigir-se a Capitania, Delegacia ou
Agência do órgão, para que o registro seja informado ao
Comando do Controle do Tráfego Marítimo
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
http://inseer.ibict.br/sipaer/index.php/sipaer/article/viewFile/260/271
(Emprego de Transmissor Localizador de Emergência 406MHz no Brasil)
http://www.brmcc.aer.mil.br/index.php
http://www.cospas-sarsat.int/en/
http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalInternet.do
http://www.popa.com.br/docs/cronicas/epirb/
https://www.mar.mil.br/salvamarbrasil/
Unidade 7:
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas e recomendações sobre estabilidade
de uma embarcação. Matéria básica para realização do Exame de Mestre-Amador.
Tonelagem é a medida de volume e Porte bruto - é o peso que a embarcação pode transportar,
não de peso. excetuando seu próprio peso, quando se encontra num
- Nos países de sistema métrico determinado calado médio, ou seja, é a diferença entre o
decimal, como é o caso do Brasil, o deslocamento da embarcação pronta (completamente
deslocamento é expresso em carregada com o combustível, aguada, tripulação, os materiais
toneladas de 1000 quilos. Nos países de consumo e a carga), e a embarcação pronta (mas
que adotam o sistema inglês de
medidas, o deslocamento é expresso
completamente vazia, sem combustível, sem aguada, sem
em toneladas longas (de 1016 quilos). materiais de consumo, sem carga e sem tripulação).
Porte líquido - é o peso da carga, passageiros e bagagens
que rendem frete, que a embarcação pode transportar em
determinada condição de carregamento.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20021/Angelisa/
http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/atuais/DanielQ+Leticia/relat1/ESTABILIDAD
E.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Arquitetura_naval
http://projetosdeveleiros.com.br/?p=124
http://proavirtualg9.pbworks.com/w/page/18679349/Porque-o-navio-nao-afunda
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAABEkAC/arqnav-cap1
http://www.mar.mil.br/cpal/download/amador/estabilidade.pdf
http://www.aquafluxus.com.br/porque-os-navios-flutuam-principio-de-arquimedes/
Unidade 08:
Nesta unidade, você vai estudar Meteorologia: Interpretação de Cartas Sinóticas; Boletins
Meteorológicos; imagens satélite e avisos de mau tempo; características das frentes, nevoeiros,
nuvens e ciclones extratropicais; principais instrumentos meteorológicos e noções dos ventos
predominantes na costa do Brasil.
Interpretação:
A interpretação das cartas sinóticas dará a previsão do
tempo a ser considerada pelo navegante. O principal quesito a
ser observado na carta são as linhas isóbaras, que marcam as
variações de pressão e consequentemente indicam a direção
em que se deslocarão as massas de ar.
Toda carta sinótica mostra uma distribuição de pressão na
qual existem regiões de alta e baixa pressão.
Na Internet Regiões de Alta ou anticiclônica são representadas na
- Para visualizar uma Carta Sinótica
completa, consulte na internet o
carta sinótica pela letra - "A". As zonas de alta pressão
endereço: indicam tempo estável, normalmente bom; e
https://www.mar.mil.br/dhn/chm/met Regiões de Baixa ou ciclônica são representadas na carta
eo/prev/cartas/cartas.htm sinótica pela letra -"B". As zonas de baixa pressão
Acesso em: 18/11/2015
indicam instabilidade no tempo.
O encontro de massas de alta e baixa pressão irá gerar os
chamados sistemas frontais, que podem ser de frentes
frias, quentes, estacionárias e oclusas, em todos os casos
gerando a formação de nuvens e/ou chuvas.
A DHN mantém o Boletim Meteorológico atualizado com previsões para 24 e para 48 horas, na internet
gratuitamente para consulta, no seguinte endereço:
https://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/meteoro/boletim.htm
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes sites:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap-45.pdf
(Noções de Meteorologia para Navegantes)
http://www.mar.mil.br/dhn/dhn/downloads/normam/normam_19.pdf
(Normas da Autoridade Marítima para as Atividades de Meteorologia Marítima)
http://www.ufrgs.br/lmqa/arquivos/uploads/aula_1_introducao.pdf
http://www.cise.pt/pt/images/Projetos/EA/pdf%20casal%20do%20rei/5%20-
%20Climatologia%20e%20Meteorologia.pdf
http://andersonmedeiros.com/download-livros-meteorologia-climatologia-geomorfologia/
http://www.agritempo.gov.br/publish/publicacoes/livros/METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_
2006.pdf
https://content.meteoblue.com/pt/help/parametros/vento
www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/
(Sítio Institucional do Serviço Meteorológico Marinho para consulta e apoio ao navegante)
Unidade 09:
Veremos nesta unidade, Noções Básicas de Luzes de Navegação, Luzes Especiais e
Regras de Governo, Sistema de Balizamento Marítimo da IALA B, Sinais de Perigo e
Sinais Diversos.
Regras de Governo e de A seguir, estão algumas das regras mais utilizadas e que
devem ser do conhecimento de todos os navegantes:
Navegação
► Regras 5, 7 e 8 – Condução de embarcações em qualquer
condição de visibilidade
Em face de NÃO existir sinalização em alto mar, efetuar
Abalroamento
constante vigilância visual, auditiva e eletrônica, usando
- Ato ou efeito de abalroar. Choque de
dois veículos em terra, na água ou no velocidade de segurança para poder manobrar a tempo
ar. de evitar um abalroamento.
Existe um risco de abalroamento com outra embarcação
Velocidade de Segurança quando a sua marcação for constante e a distância estiver
- É a velocidade que possibilita uma
ação apropriada e eficaz para evitar
diminuindo. Em caso de dúvida presuma que o risco de
abalroamento bem como para ser abalroar existe.
parada a uma distância apropriada às Toda manobra para evitar abalroamento deverá ser feita
circunstâncias e condições de forma franca e positiva, com ampla antecedência,
predominantes – devemos diminuir a
demonstrando à outra embarcação, que houve alteração
velocidade. (Regra 6)
de movimento, para ser imediatamente visualizada pela
outra embarcação, resultando em uma passagem a
distância segura.
Usar as regras prescritas e soar os sinais de manobra
previstos no RIPEAM.
Vamos memorizar:
A regra a ser seguida é, quando a embarcação estiver entrando no porto as boias encarnadas devem
ficar pelo boreste (direita) da embarcação e as boias verdes pelo bombordo (esquerda). Assim, quando
esta mesma embarcação estiver saindo do porto, avistará as boias verdes pelo seu boreste e as boias
encarnadas pelo seu bombordo, coincidindo com as cores das luzes da embarcação. Por isso dizemos na
Marinha que “um marinheiro entra num porto solteiro e sai casado”, referenciando a coincidência das
cores das luzes de navegação e das boias. No Brasil a “direção convencional do balizamento”, ou seja, a
numeração do balizamento de canal segue a ordem crescente, a partir da entrada do canal vindo do mar
e, no caso da navegação fluvial, subindo o rio (de jusante para montante). Nesse caso, as boias
encarnadas recebem a numeração impar e as boias verdes a numeração par, a partir do numeral um (1).
ENTRANDO: Visualiza e deixa as boias ENCARNADAS SAINDO: Visualiza e deixa as boias VERDES por Boreste e
(vermelhas) por Boreste e as boias VERDES por as boias ENCARNADAS (vermelhas) por Bombordo da
Bombordo da embarcação embarcação
e) Sinais cardinais:
Nas cores amarelo e preto, os sinais cardinais indicam o quadrante que, a partir deles,
temos águas seguras, ou seja, em que a embarcação deve passar para estar livre dos perigos.
Podem ser usados para indicar águas mais profundas ou ainda para chamar a atenção para a
junção, bifurcação ou fim de um canal. As marcas de tope apontam para as posições das faixas
pretas.
Exemplo:
Uma área destinada a recreação, área de despejos, área de
exercícios militares, cabo ou tubulação submarina, áreas de
segurança, dragagens, separação de tráfego e outros fins
especiais.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
endereços eletrônicos:
http://www.dpc.mar.mil.br/sta/ripeam/flipbook/index.html#/0
(Convenção Sobre o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, 1972)
http://coisasdebarco.blogspot.com.br/2012/10/respostas-do-teste-ripeam.html
http://www.rumomagnetico.com/#!ripeam/cfdf
http://tempodefun.dominiotemporario.com/doc/Manobras.pdf
Unidade 10:
Nesta unidade, você terá uma visão geral sobre o material de salvatagem previstos para
embarcações de esporte e/ou recreio; e terá uma noção sobre Sobrevivência no Mar.
Perigos que Ameaçam a Nunca beba água do mar, nem misture com água potável.
Quando o náufrago bebe água salgada, o sal fica acumulado em
Sobrevivência
seu corpo, havendo necessidade de água potável para dissolvê-
lo nos rins, e posteriormente, eliminá-lo através da urina. Como
em sobrevivência no mar não existe água potável em
quantidade adequada para hidratar o corpo, a própria água do
organismo vai migrar para eliminar o sal acumulado. Dessa
forma, o náufrago que bebe água do mar agrava o seu estado
de desidratação, podendo inclusive morrer. Também não se
deve beber a urina. A urina do náufrago é escura, concentrada,
e mal cheirosa. Além de água do mar e urina, é proibida a
ingestão pelo náufrago, de bebidas alcoólicas.
A falta de funcionamento dos intestinos constitui fenômeno
comum em náufragos, dada exiguidade da alimentação.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes sites:
https://www.mar.mil.br/cpal/download/amador/sobrevivencia.pdf
http://www.enautica.pt/publico/professores/jemilio/pdf/SM_II/JE-SOBREVIVENCIA&SALVAMENTO.pdf
http://www.fenixaviacao.com.br/download/cms/ess/sobrebivernciamar.pdf
http://g1.globo.com/platb/globomar/2012/04/13/globo-mar-participa-de-treinamento-de-sobrevivencia-
em-alto-mar/
(Unidade 11:
Nesta unidade, você estudará o magnetismo terrestre; princípio de funcionamento das agulhas
magnéticas; declinação magnética; desvio da agulha; curva de desvios da agulha; compensação
da agulha e variação total da agulha magnética.
Agulhas Magnéticas Como você deve ter notado pelo que leu até agora, as
agulhas magnéticas funcionam por influência do magnetismo
da Terra, tendo como característica se orientar segundo a
direção desse campo.
Porém, esse tipo de agulha, quando instalada nos navios,
passa a sofrer influências de outros campos magnéticos, além
do terrestre, devido à existência de material ferroso na
estrutura dos barcos, e dos equipamentos elétricos de bordo,
chamados genericamente de “ferros de bordo”, causando um
desvio na indicação da agulha, tornando-a imprecisa quanto
mais próxima a eles. Por essa razão, quando a navegação está
sendo orientada por uma agulha magnética, devemos fazer
correções para a declinação magnética (causada pelo
magnetismo terrestre) e também para o desvio da agulha
(causado pelos ferros de bordo).
Declinação Magnética Lendo uma carta náutica, você pode-se perceber que na
grande maioria dos lugares, existe uma distância entre o Norte
verdadeiro (Nv) e o Norte indicado pela agulha que pode ser
pequena ou grande dependendo do lugar. Essa distância, que é
medida em graus (°) e minutos (‘) para Leste (E) ou Oeste (W),
conforme o Norte magnético (Nmg) esteja a leste ou oeste do
Norte verdadeiro (Nv), é chamada de Declinação magnética
(Dmg). Assim, quando o norte magnético está, a esquerda do
norte verdadeiro, diz-se que a declinação magnética é Oeste
(W), mas quando ocorre ao contrário, e o norte magnético está
à direita do norte verdadeiro, diz-se que a declinação magnética
será Leste (E), e ainda, quando o norte magnético, coincidir
com o norte verdadeiro, a declinação magnética será
considerada nula, embora essa possibilidade seja difícil de
ocorrer. Observe a figura ao lado.
Resumindo, podemos dizer que a Declinação magnética
(Dmg) em um determinado local como sendo: O ângulo
formado entre o norte verdadeiro e o norte magnético,
contado a partir do Norte verdadeiro (Nv), ou seja, é a
EXERCÍCIO 2:
Digamos que a Declinação magnética (Dmg), registrada numa
carta náutica de 2009, é de 18°30’E (dezoito graus e trinta minutos
para leste), com a variação anual diminuindo de 5’W (cinco minutos
para oeste) por ano.
Qual o valor da Dmg atualizada para o ano de 2012?
Solução algébrica:
1) Calcule a variação anual atualizada para o ano de 2012
De 2009 para 2012, são três anos. Sendo a variação 5’W ao ano,
basta multiplicar o número de anos com a variação anual, logo
teremos: 3 x 5’ = 15’W (15 minutos).
Curva de Desvios da Assim como a carta náutica mostra no interior de sua rosa
dos ventos o valor da Declinação magnética (Dmg) do lugar e a
Agulha
Variação anual, o navegante necessita ter a bordo, uma Tabela
Tabela de Desvios de Desvios, que lhe dá os valores para o Desvio da agulha (Da)
em função da proa (rumo) da sua embarcação.
A tabela é construída fazendo-se a embarcação girar em
torno de si própria, assumindo todas as proas (rumos) possíveis,
anotando-se por comparação com uma indicação verdadeira, os
desvios da agulha para os principais valores de proa. A técnica é
conhecida como “Compensação da Agulha”.
Na prática, existe um profissional credenciado pela Marinha
do Brasil, denominado “Compensador de Agulha”, que irá a
bordo do navio para minimizar e determinar os desvios da
agulha para cada proa, e que, após a compensação,
confeccionará a Tabela de Desvios da Agulha. A compensação
da agulha visa anular ou reduzir as influências dos ferros de
bordo sobre a agulha.
Após a compensação, os desvios não eliminados são
A tabela da curva de desvios deve ser denominados desvios residuais. São aceitos desvios residuais
atualizada a cada dois (2) anos. menores ou iguais a 3° (graus), devendo ser refeita a
compensação, sempre que os desvios excedam esse valor.
Uso da tabela de desvios
O desvio deve ser revisto, no mínimo, uma vez por ano e sempre
- Para usar a curva de desvios, entra-se
com o rumo magnético (observe a
que ocorrerem acréscimos ou retiradas de equipamentos de bordo,
figura acima) na coluna vertical da especialmente, se eles forem elétricos ou eletrônicos. Tenha em
esquerda (0 a 345) e anda-se na mente que cada agulha tem sua curva de desvios própria, sendo o
horizontal até encontrar a curva e seu desvio uma particularidade de cada embarcação. Ou seja, a tabela de
valor. desvios calculada com base na proa de uma embarcação não serve
para ser utilizada por outra embarcação.
Na Internet
- Relação de Peritos em Compensação
Vejamos um exemplo de como calcular o Desvio da agulha
de Agulha Magnética Cadastrado na
Marinha, disponível em: (Da) para a proa de nossa embarcação.
http://www.dpc.mar.mil.br/sites/defa
ult/files/ssta/material/peritos/peritos_ EXERCÍCIO 3:
agulha.pdf Estando uma embarcação com o rumo na sua agulha magnética
Acesso em: 30/11/2015 (Rag) de 60°E, qual o desvio da agulha (Da) para esta proa e qual do
Rumo magnético (Rmg)?
Solução algébrica:
Consultando a Tabela de desvios (figura acima), observa-se que
para uma proa de 60°E a curva indica um desvio de 1,5°E. Isto
significa que para esta proa os ferros de bordo alteram a direção
fornecida pela agulha magnética em 1,5° para leste (E).
Para corrigir o Desvio da agulha (Da), basta somar 1,5°E ao
Rumo de agulha (Rag) que achamos o Rumo magnético (Rmg).
Resultado:
Exercício 3 Rmg = Rag ± Da
Solução gráfica usando o Calunga Rmg = 60°E + 1,5°E (sinais iguais se somam)
Rmg = 61,5°E
Conclui-se que o valor do desvio da agulha (Da) atualizado para
esta proa é de 61,5°E.
Solução algébrica:
Para o problema apresentado, basta calcular algebricamente os
Exercício 4 20°W, referentes à Dmg com os 3°E referente ao Da.
Solução gráfica usando o Calunga Resultado:
VT = Dmg ± Da
VT = 20°W - 3°E (sinais diferentes subtraem)
VT = 17°W.
EXERCÍCIO 5:
Digamos que o Desvio da agulha (Da), registrado na tabela de
desvios é de 3°W, e a Declinação magnética (Dmg), registrada numa
carta náutica para o ano vigente, é de 18°W. Qual será a Variação
Total (VT)?
Organizando os dados conhecidos:
Dmg = 18°W
Da = 3°W
Vt = ?
Exercício 5
Solução gráfica usando o Calunga Solução algébrica:
Basta calcular algebricamente os 18°W da Dmg com os 3°W do
Da.
Resultado:
VT = Dmg ± Da
Recomendações Práticas VT = 18°W + 3°W (sinais iguais se somam)
- Tenha muita atenção no sentido VT = 21°W.
Leste(E) e Oeste (W) do Desvio da
agulha (Da) e da Declinação magnética
(Dmg). Observe que em ambos os exercícios o Norte Magnético (Nmg)
está à esquerda do Norte verdadeiro (Nv), já que a Declinação
magnética (Dmg) está no sentido oeste (W).
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
sites:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap3.pdf
(Agulhas Náuticas; Conversão de Rumos e Marcações).
http://www.sispesca.io.usp.br/outros/cursos/navegacao/
http://www.oocities.org/g_anjos/ams.htm
http://www.agulhamagnetica.com.br/home_0.html
http://www.avela.pt/nav_costeira_estimada.htm
http://marcelle.br.tripod.com/bussola.htm
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=798&sid=7
Todas as embarcações amadoras, exceto as miúdas, deverão ser equipadas com agulha magnética de
governo. As embarcações com comprimento igual ou maior que 24 metros (Iates) deverão possuir,
também, certificado de compensação ou curva de desvios disponível a bordo, atualizado a cada dois
anos. Não existe obrigatoriedade de equipar esse tipo de embarcação com agulha giroscópica.
Unidade 12:
Nesta unidade, você identificará os diversos tipos de rumos e marcações e aprenderá a fazer
conversão de rumos e marcações resolvendo exercícios.
origem num norte [Nv, Nmg e Nag], e levam até a proa de nossa
embarcação.
RUMOS PRÁTICOS
Quando se navega em águas restritas, tais como, em lagos, lagoas,
Atenção!
baías, rios e canais, é comum orientar-se por referências em Terra
- Em navegação, o Norte que interessa (pontos notáveis) para obtermos o posicionamento da nossa
ao navegante é o verdadeiro (Nv), ou embarcação, dispensando o uso de agulha. A essa referência dar-se o
seja, aquele onde se inicia a contagem nome de Rumos Práticos.
da rosa dos ventos (000°). A operação
de transformar os rumos, conhecida Na realidade, especificamente, o termo Rumo aplica-se à
como Correção de Rumos, pode ser
feita através de formulas ou de
direção na qual se navega na superfície do mar, que, em geral,
gráficos comumente chamados de encontra-se em movimento, pelo efeito da corrente. Assim,
“calunga”. surge o conceito de Rumo no Fundo, em referência a direção
resultante realmente navegada, desde o ponto de partida até o
ponto de chegada num determinado instante. Normalmente, o
Rumo no Fundo é a resultante entre o Rumo na Superfície e a
Corrente.
Mas, atenção!
Quando a direção de referência é a proa da nossa
embarcação, teremos as seguintes marcações distintas:
Marcação relativa (Mr) - é o ângulo formado entre a
linha de proa de uma embarcação e a linha do alvo
(objeto marcado), medido de 000° a 360° (sempre no
sentido horário, a partir da proa da embarcação).
Marcação Polar (Mp) - é o ângulo formado entre a linha
de proa de uma embarcação e a linha do alvo (objeto
marcado), medido de 000° a 180°.
Vamos em frente?
EXERCÍCIO 01:
Sendo o Rumo verdadeiro (Rv) = 120°, a Declinação magnética (Dmg) = 20°W, e o Desvio da agulha
(Da) = 5°W, então o Rumo da agulha (Ra) será:
Rv = 120°E
Dmg = 20°W
Relembrando:
Da = 5°W
- Mantemos fixos, o rumo da
embarcação (proa) e o Norte
Ra = ?
verdadeiro (Nv).
- O Rv é medido do Nv até a proa da Para simplificar, vamos obter a Variação Total (VT):
embarcação. Como VT = Dmg ± Da
- A Dmg varia do Nv para o Nmg. Aplicando a fórmula teremos:
- O Da varia do Nmg para o Na
Exemplar [008655] pertencente à: Mestre-Amador 124
Jorge Felix Vilela Ferreira
www.portaldoamador.com.br [RUMOS E MACAÇÕES]
EXERCÍCIO 02:
Sendo o Rumo da agulha (Ra) = 180°, a Declinação magnética (Dmg) = 25°E, e o Desvio da agulha
(Da) = 5°W, então o Rumo verdadeiro (Rv) será:
Ra = 180°
Dmg = 25°E
Da = 5°W
Rv = ?
Lembre-se:
- Mantêm-se fixos o rumo da
embarcação (proa) e o Norte Para simplificar, vamos obter a Variação Total (VT):
verdadeiro (Nv). Como VT = Dmg ± Da
- A Dmg varia do Nv para o Nmg. Aplicando a fórmula teremos:
- O Da varia do Nmg para o Na VT = 25°E - 5°W = 20°E (sinais diferentes subtraem)
- O Ra é medido do Na até a proa da
embarcação. Vamos encontrar o Rumo Verdadeiro (Rv):
- O Rv é medido do Nv até a proa da Fórmula: Rv = Ra ± VT
embarcação.
Aplicando a Fórmula teremos:
Rv = 180°E + 20°E
Rv = 200°
EXERCÍCIO 03:
Sendo o Rumo verdadeiro (Rv) = 040°, a Marcação da agulha (Mag) = 270°, a Declinação magnética
(Dmg) = 19°W, e o Desvio da agulha (Da) = 5°E, então a Marcação verdadeira (Mv) será:
Siglas (recordando):
Da - Desvio da agulha
Ra - Rumo da agulha
Vt - Variação Total
Exercício 04:
Sendo o Rumo da agulha (Ra) = 025°, a Marcação relativa (Mrel) = 090°, a Declinação magnética
(Dmg) = 21°W, e o Desvio da agulha (Da) = 4°W, então a Marcação verdadeira (Mv) será:
.
a) Resolvendo pelo Calunga:
Faça o calunga, conforme mostra a figura começando pelo Nv, a
partir do qual, aplique a Dmg para obter o Nmg. Em seguida aplique o
Da, a partir do Nmg, quando então poderá desenhar o Na. Em
seguida aplique o Ra, a partir de seu norte para obter a Proa. Depois
desenhe a Mrel a partir da Proa. Agora para finalizar desenhe a Mv, a
partir de seu Norte de referência. Observando o calunga verificamos
que a Mv = 090°.
Ra = 025°
Mrel = 090°
Dmg = 21°W
Da = 4°
Mv = ?
Após realizar os exercícios, certamente você percebeu que o método de fazer o Calunga, é
muito prático, especialmente, por permitir visualizar o problema sem a necessidade de decorar
fórmulas.
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
sites:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap3.pdf
(Agulhas Náuticas; Conversão de Rumos e Marcações)
http://www.caaml.mb/geral/arquivos/publicacoes/caaml-1111.pdf
http://www.sispesca.io.usp.br/outros/cursos/navegacao/
http://clubedoarrais.com/?p=404
http://www.4shared.com/document/UMy0M1Pr/4_-_NAV_1_10__-_UN_IV_-_Posio_.html
Unidade 13:
Nesta unidade, você aprenderá sobre as linhas de posição (LDP), os processos para a
determinação da posição no mar, as técnicas e regras da navegação estimada e costeira, os
efeitos da corrente sobre a trajetória da embarcação e como determinar distâncias no mar.
Marcações Simultâneas Você aprendeu que uma única LDP contém a posição da
embarcação, mas não a define. Para determinar a posição, é
necessário cruzar duas ou mais LDP, do mesmo tipo ou de
naturezas diferentes.
Dessa forma pode-se determinar a posição da embarcação,
ou seja, o ponto onde se situa a embarcação, pelo cruzamento
de duas ou mais LDP derivadas de marcações e/ou distâncias
obtidas em um mesmo instante.
Triângulo de Incerteza Uma posição determinada por apenas duas LDP pode
conduzir a uma ambiguidade (erro). Por isso, sempre que
Triângulo de Incerteza
possível, é conveniente obter uma terceira LDP, que eliminará a
- Em uma navegação costeira, quando possibilidade de dúvida. Assim, quando somamos três retas de
se tomam três retas, elas nem sempre marcações e elas não se cruzam em um ponto, gera-se um
se cruzam em um ponto, podendo triângulo de incerteza, cujas principais causas são: não
gerar um triângulo de incerteza. simultaneidade das marcações; erros na observação de uma ou
mais marcações; desvio da agulha não detectado ou com erro;
erro na identificação dos objetos marcados; erro de plotagem;
ou erro na carta (erro na representação cartográfica: pontos
mal posicionados). Dessa forma, se:
Simbologia das Posições Para indicar posições na carta, usam-se, comumente, entre
outras, as seguintes simbologias:
Símbolo Significado
Posição estimada, representada por um triângulo, é
Podemos, então, resumir que: uma posição sem precisão, determinada através de
- Linha de Posição (LDP), é a linha, reta valores de rumo, velocidade e tempo estimados de
ou curva, onde em um dos seus acordo com as características da embarcação e das
pontos, e somente um, se situa a condições de navegação.
embarcação.
- Para determinar o ponto (posição) Posição observada, posição confiável, determinada
onde se situa a embarcação, são através de marcações visuais ou por outros meios que
necessárias, no mínimo, duas linhas de possam determinar a posição com precisão.
posição.
Posição por Marcações Quando se tem apenas um ponto notável à vista, e não
dispomos a bordo de recursos para obter a distância de terra, é
Sucessivas possível obter a posição da embarcação por marcações
sucessivas.
Pode-se dizer que existe uma série delas. Isto porque, na
verdade, todas utilizam o método de resolução de triângulos,
ou seja, marca-se um ponto notável, navega-se um período e,
em seguida, marca-se novamente o mesmo ponto notável.
Por exemplo: Observe no desenho que um triângulo está
formado, entre a ilha Rasa e a posição A (1ª marcação) e entre a Ilha
Rasa e a posição B (2ª marcação), sendo seus lados: a primeira
marcação (A), a distância navegada (d) e a segunda marcação (B).
Marcações Sucessivas
Assim, forma-se um triângulo isóscele (dois lados iguais),
onde a distância navegada (d, entre A e B) é igual à distância ao
ponto notável (I. Rasa) por ocasião da segunda (ponto B à Ilha
Rasa), e pode-se determinar a posição da embarcação.
Vamos a um exercício:
Exercício:
- Uma embarcação navega aos
100° verdadeiros e com velocidade
média de 8 nós. Às 08h horas, o
Mestre marcou o farol da Ilha
Brava, aos 145° verdadeiros.
Utilizando a técnica da (segunda
marcação o dobro da primeira)
para obter a posição da
embarcação, calculou e plotou na
carta a segunda marcação, que Solução:
aconteceu às 08h30m. Quais são a 1. Converte-se a primeira marcação verdadeira em Mp (BE):
marcação polar (Mp) e a marcação Mp (BE) = Mv - Rv
verdadeira (Mv) referentes à Mp (BE) = 145⁰ - 100⁰
segunda marcação e a distância ao Mp (BE) = 045° (Primeira Marcação Polar)
farol?
2. Dobrando a primeira Mp (BE) acha-se o valor da 2ª marcação:
Dados Iniciais: Logo,
Rv = 100° - Primeira Mp (BE) = 045° e Segunda Mp (BE) = 090°
Mv = 145°
Mp = ? 3. Converte-se a 2ª marcação polar para verdadeira (MV) e acha-se
Mv = ? a 2ª marcação (Mv):
Mv = Rv + Mp (BE)
Fórmula para cálculo de distância, Mv = 100° + 090° Mv = 190°
velocidade e tempo:
4. Calcula-se a distância navegada, que é igual à distância ao farol,
ao chegar o barco na segunda marcação:
Distância navegada
D = V x T ► D = 8 nós x 0,5 horas = 4 milhas
Distância ao farol na segunda marcação = 4 milhas.
Exercício:
- Um barco navega com rumo
verdadeiro de 000° e com
velocidade média de 10 nós. Às
10h, o Mestre marcou o farolete
da Ilha Comprida aos 050°
verdadeiros e, às 11h, marcou
novamente o mesmo farolete aos
110° verdadeiros.
- Como determinar a posição da
embarcação, somente com estas
duas marcações?
Solução:
Dados Iniciais: Determina-se a distância navegada entre as duas marcações:
Rv = 000° D = V x T ► D = 10 nós x 1 hora = 10 milhas (distância navegada)
V = 10 nós
Observe a figura acima. Com a ajuda do compasso, marca-se,
Cálculo da Hora:
1 hora = 60 minutos
sobre o rumo, 10 milhas a partir da primeira marcação. Em seguida,
X hora = ? ► no caso 11h - 10h = transporta-se a 1ª marcação para o ponto marcado, com a ajuda da
60min régua de paralelas. No cruzamento da segunda marcação com a
Então, primeira transportada, determina-se o ponto onde se situa a
X = 60 minutos / 60 minutos embarcação.
X = 1 hora.
Vamos conferir?
Usando a Fórmula: D = V * T
D = 15 nós * 1 hora
D = 15 milhas
d - distância do observador ao farol em Para facilitar o navegante, foi construída uma tabela que resolve
milhas náuticas. este cálculo.
h - elevação do olho do observador em
metros. Baixe a Tabela de Alcance Geográfico na internet, no endereço:
H - elevação do farol em metros. http://www.portaldoamador.com.br/paginas/downloads.html,
para acompanhar o exercício a seguir:
Solução:
Utilizando a Tabela de Alcance Geográfico, entra-se na horizontal
com a altura dos olhos do observador e na vertical com a elevação
(altitude) do farol. Obtém-se, no cruzamento, a distância de 12,9
milhas. Caso você utilize a fórmula, encontrará como resultado 13,5
milhas, isto porque o coeficiente da fórmula está arredondando para
2, quando na verdade é 1,92, sendo feito para facilitar os cálculos.
Portanto, é recomendo que, sempre que possível, utilize a tabela em
vez da fórmula, tendo em vista ser mais precisa.
► Método do dedo
Distância a um objeto de comprimento conhecido também
pode ser estimada pelo “método do dedo”. Para tanto, basta
fechar um olho, estender um braço na horizontal, distender o
polegar na vertical e, nessa posição, fazer o polegar tangenciar
uma das extremidades do objeto. Abrindo o olho e fechando o
outro, o polegar “parece” deslocar-se sobre o objeto conhecido.
Então, com o comprimento do objeto e estimando a
porcentagem desse comprimento que o polegar “percorreu”,
ao se deslocar, aparentemente, tem-se a distância ao objeto, na
mesma unidade para medir o seu comprimento, desde que se
multiplique a porcentagem anterior por 10.
Considerações Finais:
Nesta unidade, você estudou o tema “Posição no mar”, que
é um dos mais importantes para o Exame de Mestre-Amador.
Você aprendeu como determinar a posição no mar pelos
processos mais variados sempre utilizando as “linhas de
posição”.
Conheceu as técnicas e regras para as navegações costeira e
estimada. Aprendeu como anular os efeitos da corrente sobre a
trajetória da embarcação, mantendo, assim, sua derrota
planejada, e por fim, conheceu alguns métodos para
determinar a distância a um objeto que “boiou” ou “alagou” no
horizonte.
Bons Ventos!
Saiba mais
Você pode saber mais sobre o assunto estudado nesta unidade consultando os seguintes
sites:
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap4.pdf
(a posição no mar; navegação costeira)
https://www.mar.mil.br/dhn/bhmn/download/cap5.pdf
(navegação estimada)
http://www.sispesca.io.usp.br/outros/cursos/navegacao/
http://www.4shared.com/document/UMy0M1Pr/4_-_NAV_1_10__-_UN_IV_-_Posio_.html
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAexa0AC/navegacao
http://www.oocities.org/g_anjos/ams.htm
http://www.ancruzeiros.pt/anci-bussola.html
http://clubedoarrais.com/?tag=declinacao-magnetica&paged=3