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TEORIA CONSTITUCIONAL DO PROCESSO

Roteiro Semestral
 Aula 1: Apresentaçã o da disciplina e contrato pedagó gico;
 Aula 2: Princípios Processuais (I Parte)
 Aula 3: Princípios Processuais (II Parte)
 Aula 4: Jurisdiçã o (I Parte)
 Aula 5: Jurisdiçã o (II Parte)
 Aula 6: Teoria da Açã o (I Parte)
 Aula 7: Teoria da Açã o (II Parte)
 Aula 8: Pressupostos Processuais
 Aula 9: Pressupostos Processuais
 Aula 10: Competência
 Aula 11: Sujeitos do Processo
 Aula 12: Sujeitos do Processo
 Aula 13: Atos Processuais
 Aula 14: Pronunciamentos Judiciais
 Aula 15: Prazos Processuais
 Aula 16: Nulidades
Doutrinas:
 Vicente Greco Filho
 Humberto Theodoro Junior
 Cassio Scarpinella Bueno
 Marcus Vinicius Rios Gonçalves
 Có digo de Processo Civil

Aula 1 – 24 de agosto de 2020


Introduçã o aos conceitos de Jurisdiçã o e Processo
Jurisdiçã o
 Jurisdiçã o é o poder que toca o estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e
fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente
disciplina determinada situaçã o jurídica. (LIEBMAN)
 A jurisdiçã o nã o interfere “de ofício” nos conflitos privados. A funçã o jurisdicional só
atua diante de casos concretos de conflitos de interesse e sempre por provocaçã o dos
interessados.
 Deve haver uma lide, ou seja, um conflito de interesses qualificado por uma pretensã o
resistida. (CARNELUTTI)
 Delimita limites do poder do Estado, ou seja, este nã o interfere sem que haja
provocaçã o. Assim sendo, todo processo deve ser provocado.
De ofício: sem provocaçã o.
Lide: disputa ou conflito de interesses sem abandono e insistentemente. É gerada pela
pretensã o resistida.
Interesse: Posiçã o favorá vel para a satisfaçã o de uma necessidade assumida por uma das partes.
Pretensã o: Exigência de uma parte de subordinaçã o de um interesse alheio ao interesse pró prio,
ou seja, o reclamante tenta impor seu interesse ao outro, que é contrá rio ao seu desejo.
Conflito de interesses: Há um conflito de interesses quando mais de um sujeito procura usufruir
o mesmo bem.
Processo
Processo vem de procedere, do latim seguir adiante.
 Existem ó rgã os especializados que sã o encarregados de exercer a funçã o jurisdicional e
nã o podem fazê-lo de forma livre ou arbitrá ria. Os ó rgã os sã o subordinados a um
sistema de atuaçã o que chamamos de processo.
 O processo constitui uma série de atos coordenados regulados pelo Direito Processual
por meio dos quais este leva a cabo o exercício da jurisdiçã o.
 Busca a resoluçã o do conflito.
 O processo possui atuaçã o subordinada, ou seja, deve seguir ordens e princípios.
Açã o: direito sugestivo que consiste no poder de produzir o evento a que está condicionado o
efetivo exercício da funçã o jurisdicional.
Princípios Processuais
Princípios Informativos do Direito Processual na Constituiçã o
Princípios Constitucionais:
1. Princípio dos Devidos Processos Legais:
o A Constituiçã o Federal assegura o direito ao processo como garantia individual
(Art. 5, § XXXV, LIV e LV);
o Garantia do juiz natural (Art. 5, § XXXVII) e competente (Art. 5, § LIII), ou seja,
garantia de acesso à justiça, garantia de ampla defesa e contraditó rio;
o Fundamentaçã o das Decisõ es Judiciais (Art. 93, § IX).

O processo justo é o meio concreto de praticar o processo judicial delineado pela constituiçã o
para assegurar o pleno acesso à justiça e a realizaçã o das garantias fundamentais traduzidas nos
princípios da legalidade, liberdade e igualdade.
2. Princípio do Duplo Grau de Jurisdiçã o (Princípio da Recorribilidade):
o Decorre do sistema constitucional por conta do risco de decisã o injusta e da
falibilidade humana.
o Todo ato que possa prejudicar um direito ou interesse da parte pode e deve ser
recorrido.
o A pretensã o será conhecida e julgada por dois juízes distintos.

Exceçã o: causas de competência originá ria dos tribunais (Foro Privilegiado, como o caso do
julgamento de um Presidente da Repú blica), mas o julgamento é colegiado.
3. Princípio do Acesso à justiça:
o Nã o se excluirá da apreciaçã o jurisdicional ameaça ou rescisã o de direito de uma
tutela efetiva e justa (Art. 5, § XXXVII da CF e Art. III do CPC).

4. Princípio do Contraditó rio (Art. VII, IX e X do CPC):


o Audiência bilateral dos instigantes, mas nã o apenas; também o direito de
participar ativa e concretamente da formaçã o do provimento jurisdicional que
resolverá o pedido.
o É a essência do processo democrá tico o direito de ambas as partes de se
manifestarem.

5. Princípio da Duraçã o Razoá vel do Processo (Art. 5, § LXXVIII da CF e Art. IV do CPC):


o A tutela demorada nã o é efetiva.
o Nã o possui tempo previsto em lei, mas se deve combater a procrastinaçã o
injustificá vel.

6. Princípio da Isonomia:
o Há repulsa ao tratamento privilegiado (Art. 5 captch da CF, Art. XII e LXXVIII § 1º
do CPC).
o Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.

Exceçã o: adiamento de julgamentos de questõ es referentes à saú de ou demais (como


julgamentos movidos por idosos).
7. Princípio da Imparcialidade do Juiz (Art. 5, Pará grafo II da CF e 144 e 145 do CPC).

8. Princípio da Publicidade dos Atos Processuais (Art. 93, § IX da CF e XI do CPC):


o O interesse pú blico é maior que o privado defendido pelas partes, salvo quando
estabelecido segredo de justiça.

9. Princípio da Fundamentaçã o das Decisõ es Judiciais (Art. 93, § IX e 11 e 489 § II do CPC)


o Deriva do devido processo legal.
o Com a garantia política de existência e manutençã o da jurisdiçã o no que respeito
ao controle de seu exercício.
o O juiz deve explicar o motivo de sua decisã o.

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