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1. CIRCUITOS RESISTIVOS
Elementos Lineares
Um elemento ou sistema [T] é definido como linear quando, submetido a uma
grandeza física de estímulo [EST], responde [RESP] com uma grandeza física, de
natureza igual ou diferente, tal que
RESP
T [01]
EST
de tal forma que [T] pode ser representado matematicamente a partir de uma equação
linear.
Como exemplo (Fig. 01), cita-se um resistor (resistência elétrica R []) que, ao
ser submetido a uma corrente elétrica I [A], responde com uma d.d.p (tensão elétrica V
[V]), proporcional a corrente aplicada, tal que:
RESP V
T R [02]
EST I
Múltiplos e submúltiplos decimais das unidades SI (Tab. 03) deverão ser usados
quando possível.
2
Comprimento metro m
Massa kilograma kg
Tempo segundo s
Corrente ampère A
Temperatura kelvin K
quantidade de substância mole mol
intensidade de luz candela cd
ângulo plano radiano rad
ângulo sólido steridiano Sr
109 giga G
106 mega M
103 kilo k
10-2 centi c
10-3 mili m
10-6 micro
10-9 nano n
10-12 pico p
3
Corrente
A corrente elétrica I [A], é o resultado do movimento de cargas elétricas, e é
calculada a partir do quociente da carga Q [C] pelo tempo t [s]
Q
I [03]
t
I - corrente contínua - Icc
i(t) - corrente alternada - ica
Tensão
A diferença de tensão V [V] entre dois pontos, também chamada de diferença de
potencial (d.d.p.), é calculada a partir do quociente do trabalho W [j] pela carga Q [C]
W
V [04]
Q
Potência
Uma fonte de energia produz ou desenvolve energia, e uma carga absorve energia.
A potência P [w] é calculada a partir do quociente entre a energia W [j] e o tempo t [s],
ou através do produto da tensão V [V] pela corrente I [A]
W V2
P V .I I 2R [05]
t R
Energia
A energia elétrica W [j] consumida ou produzida é o produto da potência elétrica
P [w] pelo tempo t [s].
4
W P.t [06]
Elementos de circuitos
A Fig. 03 mostra os elementos básicos de circuitos:
Elementos ativos são as fontes independentes (a) e (c) as quais são capazes de
fornecer energia para a rede, não sendo alteradas pela rede.
Fonte controladas (b) e (d) são aqueles que mudam de acordo com as variáveis do
circuito ligado.
Elementos passivos (e), (f), (g) absorvem ou armazenam energia das fontes.
Da mesma forma, uma fonte de corrente ideal, fornece uma corrente que não
depende da tensão sobre a fonte.
Fontes dependentes
A Fig. 05 mostra uma fonte de tensão controlada por tensão, onde pode-se
observar que a tensão no losângulo é proporcional a tensão em V1.
Fonte Reais
Todas as fontes de tensão e corrente reais possuem uma resistência interna que
interfere na operação da fonte. Para qualquer carga, exceto em circuito aberto, uma fonte
de tensão possui uma perda de tensão sobre sua resistência interna. A Fig. 06 mostra em
(a) uma fonte de tensão real e em (b) uma fonte de corrente real. Na prática, a resistência
interna de uma fonte de tensão possui o mesmo efeito de um resistor em série com uma
fonte ideal, como mostrado na Fig. 06-a. A resistência interna de uma fonte de corrente é
representado por uma resistência em paralelo.
Os parâmetros do circuito discutidos aqui são chamados circuitos de parâmetros
concentrados uma vez que um simples elemento em uma localização no diagrama é usado
para representar uma resistência, indutância ou capacitância distribuída.
6
Resistência série-paralela
A Fig. 07 mostra resistores em série (R1, R2, R3) e sua Resistência Equivalente
Req calculada como
Req R1 R2 R3 [08]
1 1 1 1
[09]
Req R1 R2 R3
R1 .R2
Req [10]
R1 R2
Lei de Ohm
Sempre que um aumento de corrente I num corpo, causa um aumento da tensão V
sobre este corpo, linearmente proporcional, este corpo é denominado de elemento
resistivo. O quociente entre V e I é uma constante, que é a própria resistência R do
corpo.
Leis de Kirchhoff
Primeira lei de Kirchhoff (lei das malhas): A soma das tensões numa malha fechada
(Fig. 09) é nula, tal que
V S V1 V 2 V3 0 ou V S V1 V2 V3 [11]
Segunda lei de Kirchhoff (lei dos nós): A soma das corrente num nó (correntes que
entram e saem de pontos curto-circuitados - Fig. 10) é nula, tal que
8
I S I1 I 2 i3 0 ou I S I1 I 2 I 3 [12]
Substituindo a Eq. 13 na Eq. 11, pode-se representar a tensão sobre R3 VR3 como
uma relação entre as resistências, assim
R3 R
V3 VR3 VS 3 VS [14]
R1 R2 R3 RT
G3 G
I 3 I R3 IS 3 IS [16]
G1 G 2 G3 GT
A Fig. 01 mostra um circuito elétrico que pode ser equacionado de duas maneiras:
V1 V R1 V R 3 V3 V1 I 1 R1 I 1 R3 I 2 R3 V3 0 [18]
V3 V R 3 V R 2 V2 V3 I1 R3 I 2 R3 I 2 R 2 V2 0 [19]
Obs.: Nota-se que em R3, I1 e I2 circulam em sentido inverso. Por este motivo, são
consideradas duas vezes a tensão sobre R3, uma causada por I1 e outra por I2.
I 1 I 2 I 3 I 1 I 2 ( I1 I 2 ) 0 [20]
V R1 V R 2 V R 3
0 [21]
R1 R2 R3
O circuito da Fig. 11 pode ser equacionado também através das potências ativas e
passivas, como
Pativa Ppassiva [22]
PV 1 PV 3 PV 2 PR1 PR 3 PR 2 [23]
10
V1 I1 V3 I 3 V 2 I 2 I 12R1 I 32 R3 I 22 R 2 [24]
1.2.3. Transformação -
R1 R2 R2 R3 R1 R3
RA RB RC [25]
R1 R2 R3 R1 R2 R3 R1 R2 R3
R A RB R A RC RB RC
R1 [26]
RB
R A R B R A RC RB RC
R2 [27]
RC
R A RB R A RC RB RC
R3 [28]
RA
Fig. 13 - Equivalência entre - (a) Fonte de tensão e corrente - (b) Fonte de corrente e
tensão
A Fig. 14 mostra como uma fonte de tensão pode ser desdobrada (explodida), e a
Fig. 15 mostra como uma fonte de corrente pode ser explodida.
O teorema de Thévenin cita que um circuito elétrico a dois terminais, pode ser
substituído por um circuito equivalente, chamado de circuito equivalente de Thévenin,
composto de uma fonte de tensão em série com uma resistência. A Fig. 16 mostra que a
parte A do circuito, que tem como terminais os pontos a e b, pode ser substituído pelo
circuito equivalente de Thévenin, composto de uma fonte de tensão de Thévenin VTh e
uma resistência equivalente de Thévenin RTh.
Va ,b VS
RTh [29]
Ia IS
13
O teorema de Norton cita que um circuito elétrico a dois terminais, pode ser
substituído por um circuito equivalente, chamado de circuito equivalente de Norton,
composto de uma fonte de corrente IN em paralelo com uma resistência equivalente RN. A
IN é a corrente dos terminais a,b (Fig. 16) curto-circuitados, e RN é idêntico a RTh.
Na prática, para obtenção do equivalente Norton, é mais conveniente obter-se o
equivalente Thévenin e após fazer uma transformação, conforme mostra a Fig. 18.
Fig. 19 - Princípio da superposição cita que Va,b é influenciado por todas as fontes do
circuito
e K1 é calculado como
V a ,b
K1 [31]
V1 V 2 V 3 0
RB RTh [32]
15
EXEMPLOS – ÁREA I
1. Determine I , V1 , V2 , V3
Vi 12
I 2 x10 3 2mA
R1 R2 R3 1k 2k 3k
Confirmando
Vi V1 V2 V3 12 2 4 6
2. Determine I , I1 , I2 , I3
Vi 12V
I1 12mA
R1 1k
Vi 12V
I2 6mA
R2 2k
16
Vi 12V
I3 4mA
R3 3k
I I1 I 2 I 3 12 6 4 22mA
Re q 2 (3k 1k ) || 4k 2k
Re q 3 3k 1k 4k
Vi 12V
I1 1mA
Re q1 12k
17
Vi V1 V 2 0 V2 Vi V1 12 10 2.V
V2 2V
I2 0,5mA
R2 4k
I1 I 2 I 3 I 3 I1 I 2 1 0,5 0,5mA
Para efeito de cálculos, cada lâmpada é considerada como uma resistência, que é a própria
resistência do filamento de tungstênio da lâmpada incandescente.
V2 V 2 12 2
P RL i 96
R PL 1,5
19
1 1 1 1 1 R 96
Re q1 L 24
Re q1 RL RL RL RL 4 4
Observa-se que, a Req1 pode ser calculada a partir da potência total das quatro lâmpadas
das sinaleiras, ou seja
V2 12 2 144
Re q1 i 24
4 xPL 4 x1,5 6
Vi 12
I1 0,49 A
Ri Re q1 0,3 24
Como as resistências equivalentes podem ser calculadas a partir das potências somente, a
a Req2 será calculada como
Vi 2 12 2
Re q 2 4,8
(4 xPL ) (2 xPF ) (4 x1,5) (2 x12)
Vi 12
I2 2,35 A
Ri Re q 2 0,3 4,8
Vi V Ri Vo 2 12 0,71 11,29
Os itens (c) e (d) seguem o mesmo raciocínio, e a tabela com os resultados para cada item
estão relacionados a seguir.
21
5. Determine Vo
Vi 12
I1 2mA
2k 4k 6k
V1 10 I1 x1k 20.V
2k
V2 5.V1 66,67.V
1k 2k
10k
I 2 0,01.V2 0,61A
10k 1k
Vo pode ser calculado a partir do divisor de tensão também, ou pode-se considerar que,
como há dois resistores idênticos em série e também em série com uma fonte, a tensão
sobre qualquer um deles é metade da tensão da fonte, ou seja
1k 2.I 2
Vo 2.I 2 0,61.V Vo 0,61.V
1k 1k 2
22
1.V
R 1k
1mA
23
para solução deste circuitos, arbitra-se uma corrente Ix saindo da fonte Vi . Assim, para o
calculo da tensão sobre o resistor de 10k, denominada agora de Vx será a partir do
seguinte circuito:
Vi V x V y 10 0
V y 1k .( I x 1)
12 10k .I x 1k ( I x 1) 10 0
998
Ix 90,73mA
11.000
12 907,27 909,27 10 0
12 I1 5 I 2 311
5I 1 18 I 2 107
I 1 32,11A I 2 14,86 A
Para o cálculo das tensões, usar o artifício de que, a tensão em um ponto específico, é a
d.d.p. deste ponto até o terra. Assim V1 é calculado como
26
V3 7 I 2 28 0 V3 28 7 I 2 132,05.V
Resistor de valor muito pequeno em série com outro resistor de valor muito maior,
ou em série conectando duas partes de um circuito, ou em série com uma fonte
onde os resistores adjacentes também sejam muito maiores. Neste caso são
substituídos por um curto-circuito.
Resistor de valor muito grande em paralelo com outro resistor de valor muito
menor, ou em paralelo entre duas partes de um circuito, ou em paralelo com uma
fonte onde os resistores adjacentes também sejam muito menores. Neste caso são
substituídos por um circuito aberto.
Qualquer componente em paralelo com uma fonte de tensão. Neste caso são
substituídos por um circuito aberto.
Qualquer componente em série com uma fonte de corrente. Neste caso são
substituídos por um curto-circuito.
II. O resistor de 150k é considerado muito grande, está em paralelo no circuito e pode
ser substituídos por um circuito aberto.
III. Observa-se agora que, os 5 resistores na forma de ponte a esquerda do circuito ficam
em paralelo com a fonte de tensão e, como não se pede nenhum cálculo que envolva estes
resistores, estes podem ser eliminados do circuito.
IV. O resistor de 1k está em série com a fonte de corrente e pode ser substituído por um
curto-circuito.
onde
10
I 0,0083 A
1200
9. Determine I, V1 e V2 .
30
12 x0,5 I 12 I1 6 I 1 36 6 I 0 I1 2 A
6 I 12 I 18( I 1 I ) 0 I 3A
V1 12 x 0,5I 12 I1 V1 6.V
V2 6 I V2 18.V
Observa-se que RL = 1M é um resistor muito maior que todos os outros na sua periferia.
Assim, ele pode ser considerado um Circuito Aberto. Assim o circuito e as equações:
Va I1 x13.000 17,48.V V0 Va Vb
Vb I 2 x500 2,24.V V0 17,48 2,24 15,24.V
A princípio, este circuito possui três malhas e em conseqüência três equações. Fazendo
uma transformação triângulo-estrela ou Y, reduz-se uma malha e uma equação:
32
R1 R2 2kx5k
RA 909
R1 R2 R3 2k 5k 4k
R2 R3 5kx 4k
RB 1.818
R1 R2 R3 2k 5k 4k
R1 R3 2kx 4k
RC 727
R1 R2 R3 2k 5k 4k
33
Va I1 x13.000 13.V V0 Va Vb
Vb I 2 x500 3.V V0 13 3 10.V
Re q ((4k // 4k ) 2k ) // 4k 2k
Obs: O resistor de 4k na saída é considerado um circuito aberto pois está em paralelo com
um curto-circuito.
35
I ab I N I 2 4mA
VTh 8.V
IN 4mA VTh I N xReqIn 4mAx 2k 8.V ReqTh ReqIn
ReqTh 2k
Vo I 3 x 4k 4.V
8 2.000 I 2 4.000 I 0
I 1mA
Vo Ix4k 4.V
Conclusão: Observa-se dos três casos que o valor calculado da tensão Vo é idêntico.
a) Determinação do ETh.
16 I 48 16 I 8 I 0 I 2A
8I 16 I 10 Vab 8 x0 0 Vab VTh 26V
Vab
Req
Ia
16 I 16( I I a ) 8 I 0 I 35,71mA
8I 16( I I a ) 1 8 I a 0 I a 53,56mA
1
Req 18,67
53,56mA
39
VTh 26.V
IN 1,39 A 1, 4 A
Req 18,67
a) Determinação do ETh.
1
Req 5.882,41
0,17mA
41
VTh 29,41.V
IN 5mA
Req 5.882,41
Este Teorema define que haverá Máxima Transferência de Potência para uma carga RL
quando esta for idêntica a Req vista a partir dor terminais de RL. Para o exemplo dado
acima
42
1
Req 3,33 RL
0,3 A
43
Haverá Máxima Transferência de Potência para uma carga RL quando esta for idêntica a
Req vista a partir dor terminais de RL. Para o exemplo dado acima
R1 R2 7 x6
RA 1,50
R1 R2 R3 7 6 15
R2 R3 6 x15
RB 3,21
R1 R2 R3 7 6 15
R1 R3 7 x15
RC 3,75
R1 R2 R3 7 6 15
30 I E 30 I B 30 I C 0
30 I E 50 I F 20 I D 0
IA = +3,33 x 10-2
30 I C 1 20 I D 0 IB = +1,48 x 10-2
IE IB IF IB IE IF 0 IC = +1,85 x 10-2
I A I B IC I A I B IC 0 ID = +2,22 x 10-2
IE = - 3,70 x 10-3
IC I D I E IC I D I E 0
IF = +1,11 x 10-2
00 I A 30 I B 30 I C 00 I D 30 I E 00 I F 0 1 1
00 I A 00 I B 00 I C 20 I D 30 I E 50 I F 0 Req
I A 3,33x10 2
00 I A 00 I B 30 I C 20 I D 00 I E 00 I F 1
00 I A 01I B 00 I C 00 I D 01I E 01I F 0 Req R L 30
01I A 01I B 01I C 00 I D 00 I E 00 I F 0
00 I A 00 I B 01I C 01I D 01I E 00 I F 0
| 30 Vo| 20
V 60 x
o 20.V K1 0,33
40 30 20 V1 I1 V3 V4 0
60
20
Ib 2x 0,44 A
20 (40 30)
|| Vo|| 103,33 V
V 30 I b 45 x 2 103,33.V
o K2 51,67.
I2 V1 V3 V4 0
2 A
||| Vo||| 35
V V3 35.V
o K3 1,00
V3 V1 I 2 V4 0
35
Vo|||| 15
Vo|||| V4 15.V K4 1,00
V4 V1 I 2 V3 0
15
ou calculado como
Vo K 1V1 K 2 I 2 K 3V3 K 4V4 0,33 x60 51,56 x 2 1,00 x35 1,00 x15 143,33.V
15
12 10 I 15 I 5 6 I 8I 8 11I 0 50 I 15 I 0,3 A
50
V1 10 I V2 15 I V3 6 I V4 8 I V5 11I
V1 10 x 0,3 V2 15 x0,3 V3 6 x0,3 V4 8 x0,3 V5 11x 0,3
V1 3,0.V V1 4,5.V V3 1,8.V V3 2, 4.V V5 3,3.V
Obs: Respostas com DUAS CASAS DECIMAIS
20. Determine I1 , I2 , I3 .
51
20 I 1 10 15( I1 I 3 ) 20 I X 35 I X 16 0
16 35I X 20 18( I 2 I 3 ) 7 11I 2 0
I 1 0,0117 A
13I 3 14 18( I 2 I 3 ) 20 20 I X 15( I1 I 3 ) 0
I 2 0,0914 A
I X I1 I 2
I 3 0,1354 A
I X 0,0796 A
90 I1 55 I 2 15I 3 6
35I 1 64 I 2 18 I 3 3
35I 1 2 I 2 46 I 3 6