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Em seu artigo Nativos Digitais, Imigrantes Digitais, Marc Prensky afirma que há uma forte

discussão acerca do declínio da educação nos Estados Unidos e aponta como principal causa a
radical mudança dos alunos em relação aqueles que para qual o sistema educacional foi
pensado e elaborado. No que tange as essas mudanças, o autor não refere-se as mudanças das
gírias, das roupas e acessórios, mas sim, a mudança em relação ao uso e utilização das
tecnologias.

O autor enfatiza que os alunos de hoje, representam as primeiras gerações daqueles que
nasceram e cresceram com essa nova tecnologia. Para eles a utilização das novas tecnologias é
tido como normal. Pois eles cresceram cercados por essas novas tecnologias, acessando e
utilizando computadores, telefones celulares e as mais diversas ferramentas desta era digital.

A forma de processar as informações mudou, e pode-se concluir que os modelos de


pensamento também mudaram.

O autor divide a atual população do mundo educacional em: Nativos Digitais formado pelos
nascidos a partir dos anos 1990 e os Imigrantes Digitais formado pelos nascidos antes deste
período. Para ele estes novos alunos, são considerados falantes nativos da linguagem digital,
dos computadores, telefones celulares e vídeo games.

Aos Imigrantes Digitais que por afinidade com as tecnologias inseriram-se neste mundo recém
criado cabe integrarem-se. Essa adaptação da-se nem sempre de forma amistosa e ainda assim
os recém adaptados deixam um pé no passado, ou seja, carregam consigo traços de seu
tempo. O apego ao papel, a interação e o compartilhamento de informações outrora
realizados sempre de forma presencial, no Face to Face são características marcantes dos
Imigrantes Digitais.

Esta divisão de fato é um problema, pois nossos atuais alunos e professores não estão falando
a mesma língua. Os Nativos digitais vêem seus interlocutores como estrangeiros pois seus
idiomas são diferentes.

São traços característicos dos Nativos Digitais: Estão acostumados a recebem informações
muito rapidamente, processam mais de uma coisa por vez, realizam múltiplas tarefas,
trabalham melhor em grupos, mesmo que de forma não presencial, desde que estejam ligados
em rede, preferem os jogos.

No entanto, os professores Imigrantes Digitais não tem apreço por essas características dos
seus alunos Nativos Digitais, e pior que isso, as menosprezam, pois preferem uma metodologia
de ensino vagarosa, com passo a passo, metódica, individualista e com muita seriedade. Não é
compreensível aos Imigrantes Digitais que o processo de ensino aprendizagem possa acorrer
concomitante com a utilização de recursos sonoros e áudio visuais como assistir televisão ou
ouvir música enquanto se estuda por exemplo. Não se dão conta de que seus alunos são
multitarefa e passam a maior parte de suas vidas conectados, estando acostumados, portanto,
com downloads e uplouds, com a leitura e compartilhamento de livros digitais, tendo pouca ou
nenhuma paciência para a metodologia proposta. Mais ainda, os professore Imigrantes Digitais
desacreditam destes fatos refutando o fato de que sim, é possível aprender de forma
divertida, pois se que eles aprenderam assim de forma tradicional, seus alunos portanto,
também aprenderão.No entanto, esse pensamento não se sustenta, pois os alunos de hoje,
não são os mesmos de ontem.

O autor também enfatiza que não é suficiente que o professor domine as redes e o uso de
computadores ou toda a rede tecnológica, ele precisa também tecnologizar esse
conhecimento de acordo com os anseios dessa nova geração.

É preciso repensar as formas de ensinar, não podemos deixar de lado os componetes do nosso
currículo tradicional como o ensino da matemáticas das ciências, tanto sociais quanto da
natureza por exemplo, mas devemos agregar a este conhecimento o ensino que o autor
denomina Conteúdo futuro que inclui software, Hardware , robótica, nanotecnologia, etc.
Seguindo essa linha, o ensino seria muito mais proveitoso, pois há o intersse por parte dos
alunos.

Mas os professores Imigrantes Digitais estão preparados para isto?

E preciso unir, agregar, juntar essetes dois tipos de conteúdos denominados pelo autor por :
Conteúdo Legado e Conteúdo Futuro. O Conteúdo Legado compoe-se de todo o conteúdo já
presente no grade curricular e o Conteúdo Futuro agrega todo o conteúdo que compõe o uso
das tecnologias, como robotica, nanotecnologia, utilização de hardware, software, etc.

Esse deafio não é novo, mas os pioneiros já obtiveram êxito. Essas mudanças deverão ocorrer
em todos os níveis, devemos inserir o Conteúdo Futuros em todas as disciplinas pois há em
cada uma delas espaço para essa inserção. Devemos inventar metodologias para essa inserção
em todas a matérias. Portanto, faz-se necessária a adaptação dos Imigrantes Digitais a fim
destes tornarem o processo do ensino aprendizagem dos Nativos Digitais eficaz.

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