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Aula 04
17 de Março de 2021
Aula 04
COMÉRCIO INTERNACIONAL
AULA 04
Sumário
Dando continuidade ao nosso curso de Comércio Internacional com foco no concurso para o cargo
de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, na aula de hoje nós continuaremos o estudo da
integração regional, tratando, mais especificamente, do MERCOSUL. Vamos lá? Firmes no propósito!
A maior penetração brasileira nos países vizinhos e o “milagre econômico”, aliados a visões
geopolíticas dos militares brasileiros e argentinos (que estavam no poder à época), suscitaram
A superação do conflito ocorreu com a celebração, em 1979, do acordo Itaipu-Corpus. A partir daí,
ocorreu uma reaproximação entre Argentina e Brasil, possibilitando mais tarde a integração
econômica entre os dois países e, futuramente, a constituição do MERCOSUL. As origens do
MERCOSUL remontam, portanto, à década de 80, quando houve um relativo incremento da
cooperação bilateral entre Brasil e Argentina. Anteriormente, os dois países possuíam uma relação
bilateral de natureza conflitiva, marcada por uma disputa pela hegemonia regional. A existência de
regimes ditatoriais acentuava ainda mais a rivalidade e, ao mesmo tempo, contribuía para a ideia de
que havia um risco de conflito entre eles.1
Percebeu-se, todavia, que a integração seria benéfica aos dois países, permitindo-lhes obter maior
desenvolvimento e crescimento econômico. Isso nos permite afirmar que, ao contrário da União
Europeia, o que motivou a aproximação bilateral entre Brasil e Argentina foi fundamentalmente o
aspecto econômico-comercial. Entretanto, houve também aspectos políticos que aproximaram os
dois países.
Na década de 80, Argentina e Brasil possuíam algumas semelhanças políticas e econômicas que os
aproximava. Ambos haviam mudado o regime político, instaurando a democracia após o fim do
regime militar, o que os levava a sentir a necessidade de consolidar o processo democrático. Ao
mesmo tempo, percebiam a importância de criar alianças para fortalecer-se nas relações
econômicas internacionais, o que seria particularmente importante em virtude das negociações
comerciais da Rodada Uruguai, iniciada em 1986. Os problemas econômicos que Brasil e Argentina
atravessavam também eram bastante parecidos. A dívida externa dos dois países era bastante
elevada e ambos os governos adotavam medidas para controlar a alta inflação.
A adesão do Uruguai ao projeto de integração sul-americano foi realizada de forma lenta, uma vez
que esse país tinha preferência por manter seus acordos bilaterais, temendo que a integração
pudesse comprometer sua incipiente indústria. O Paraguai, por sua vez, só foi incorporado ao
1
OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: Campus, 2008, pp.461-463
Lançadas as bases do MERCOSUL, este bloco regional foi constituído por meio do Tratado de
Assunção, assinado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A celebração do Tratado de
Assunção foi motivada nitidamente por aspectos econômico-comerciais, já que os 4 (quatro) países
perceberam que teriam muito maior poder negociador caso atuassem em conjunto. Com efeito, as
origens do MERCOSUL remontam a um contexto global em que se vivia ampla abertura comercial,
seja em âmbito multilateral ou regional. Em nível multilateral, desenvolvia-se a mais complexa e
ambiciosa de todas as negociações comerciais: a Rodada Uruguai. Já em nível regional, os países
latino-americanos, seguindo a ideologia liberal do Consenso de Washington, promoviam a abertura
comercial.
Vocês se lembram de quando estudamos sobre a ALADI na aula anterior? No âmbito dessa
organização internacional, podem ser celebrados acordos de alcance regional (entre todos os
membros) e acordos de alcance parcial (limitado a apenas alguns membros). Pois bem, o MERCOSUL
é um acordo de alcance parcial celebrado sob a égide da ALADI, denominado mais especificamente
de Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 18.
Em 2006, foi assinado o Protocolo de Adesão da Venezuela ao MERCOSUL, tendo como objetivo que
esse país se torne um membro efetivo do bloco regional. No entanto, para que ele pudesse entrar
em vigor e a Venezuela efetivamente se incorporasse ao MERCOSUL, seria necessário que todos os
membros do bloco ratificassem esse protocolo. Brasil, Argentina e Uruguai o fizeram, restando
apenas o Paraguai.
Em dezembro de 2016, a Venezuela, por não ter cumprido as obrigações assumidas por ocasião de
sua adesão, foi suspensa do MERCOSUL. Em agosto de 2017, os membros do MERCOSUL invocaram
o Protocolo de Ushuaia para suspender a Venezuela por ruptura da ordem democrática. Assim,
pode-se dizer que a Venezuela é um membro efetivo do MERCOSUL, mas os seus direitos na
condição de Estado-parte estão suspensos.
2
OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de Janeiro: Campus, 2008, pp.461-463
3
Segundo o art. 4º do Protocolo de Ushuaia, no caso de ruptura da ordem democrática em um Estado–parte, serão
celebradas consultas dos Estados-partes entre si e com o Estado afetado. Caso as consultas não tenham resultado, o
Estado afetado poderá sofrer sanções, que vão desde a suspensão do direito de participar dos órgãos do processo de
integração regional até a suspensão dos direitos e obrigações resultantes desse processo.
Os membros associados do MERCOSUL participam das reuniões desse bloco regional, mas não
possuem direito de voto. Esses países já possuem acordos comerciais com o MERCOSUL (e.g,
MERCOSUL-CAN, MERCOSUL-Chile), o que demonstra a intenção de ainda maior aproximação
comercial no futuro. Cabe destacar que os membros associados do MERCOSUL não utilizam a Tarifa
Externa Comum (TEC), tampouco se vinculam às normas emanadas dos órgãos decisórios do bloco.
Também é possível que um Estado queira denunciar o Tratado de Assunção, ou seja, desvincular-se
do MERCOSUL. Quando um Estado tiver essa intenção, ele deverá comunicá-la aos demais Estados-
partes, de maneira expressa e formal, entregando o documento de denúncia ao Ministério das
Relações Exteriores do Paraguai, que o distribuirá aos demais membros do MERCOSUL. Uma vez
formalizada a denúncia, o Estado denunciante não estará mais vinculado aos direitos e obrigações
que lhe correspondam na condição de Estado-parte, salvo em relação ao Programa de Liberalização
Comercial e outros aspectos negociados, os quais irão vigorar por 2 (dois) anos contados da data da
denúncia. Dessa forma, mesmo saindo do MERCOSUL, o Estado ainda irá participar, por mais 2 (dois)
anos, da livre circulação de mercadorias intrabloco.
O MERCOSUL possui acordos comerciais celebrados com diversos países, dentre os quais citamos
MERCOSUL-Índia, MERCOSUL- SACU (União Aduaneira Sul-Africana), MERCOSUL-Israel, MERCOSUL-
Chile, MERCOSUL-Bolívia, MERCOSUL-Cuba e MERCOSUL-México.8
4
A Venezuela é um membro efetivo do MERCOSUL, mas seus direitos estão suspensos desde dezembro de 2016. Em
2017, foi suspensa do MERCOSUL em virtude da invocação do Protocolo de Ushuaia.
5
A Guiana tornou-se Estado associado do MERCOSUL por meio da Decisão CMC nº 12/2013.
6
O Suriname tornou-se Estado associado do MERCOSUL por meio da Decisão CMC nº 13/2013.
7
Em dezembro de 2012, foi aprovada a Decisão CMC nº 68/2012, que versa sobre a adesão da Bolívia ao MERCOSUL.
A referida decisão aprovou o texto do Protocolo de Adesão da Bolívia ao MERCOSUL, o qual, todavia, precisará ser
assinado e ratificado por todos os membros do bloco regional para que, só então, entre em vigor. A Bolívia continua
sendo, portanto, um membro associado, também podendo-se dizer que é um “membro em adesão”.
8
Apesar de ter sido celebrado, o acordo MERCOSUL-Palestina ainda não entrou em vigor. O acordo MERCOSUL-Egito
entrou em vigor em 6 de dezembro de 2017, com a publicação do Decreto 9.229/2017. O acordo MERCOSUL-SACU
entrou em vigor em 1º de abril de 2016, com a publicação do Decreto nº 8.703/2016.
Outra iniciativa comercial relevante da qual o MERCOSUL faz parte na condição de observador é a
Aliança do Pacífico. A Aliança do Pacífico é um acordo comercial celebrado por México, Chile,
Colômbia e Peru que tem atraído os interesses de EUA, Europa e Ásia.
Por fim, cabe destacar que, nas negociações comerciais internacionais, o MERCOSUL atua sempre
em bloco. Assim, não há acordo comercial celebrado exclusivamente pelo Brasil ou exclusivamente
pela Argentina. Ao contrário, somente há acordos celebrados pelo MERCOSUL como um todo.
Criado por meio do Tratado de Assunção, o MERCOSUL teve, no momento de seu surgimento,
finalidade nitidamente política, relacionada tanto à necessidade de consolidar o processo de
convergência política existente entre o Brasil e a Argentina quanto à necessidade de superar o
clima de enfrentamento que caracterizou historicamente as relações entre os dois vizinhos.
Comentários
De fato, houve alguns aspectos políticos que levaram à aproximação bilateral entre Brasil e
Argentina. No entanto, a integração regional entre os membros do MERCOSUL teve finalidade
nitidamente econômico-comercial. Os quatro países (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai)
perceberam que, juntos, teriam muito maior poder nas negociações comerciais internacionais.
Gabarito: errada
Comentários
9
O acordo MERCOSUL-União Europeia ainda não entrou em vigor, uma vez que ainda precisará ser internalizado no
ordenamento jurídico das Partes contratantes.
Gabarito: certa
Os Estados associados do MERCOSUL são Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Suriname e
Guiana.
Comentários
Os membros associados do MERCOSUL são Chile, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Suriname e
Guiana.
Gabarito: certa
4. (AFRFB – 2009)
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
De fato, a integração econômica na América do Sul tem suas origens na aproximação bilateral entre
Brasil e Argentina no início da década de 80, o que só foi possível após a superação do contencioso
que envolvia os dois países acerca da construção da hidrelétrica de Itaipu.
Gabarito: certa
6. (ACE-1997 - adaptada)
O Tratado de Cooperação Econômica (1986) firmado pelos ex-presidentes José Sarney (Brasil)
e Raul Alfonsin (Argentina) propunha criar uma área de livre comércio entre Brasil e Argentina.
Comentários
Em 1986, os presidentes Sarney e Alfonsín assinaram o Tratado de Cooperação Econômica, por meio
do qual foi estabelecido o PICE, que tinha como objetivo aprofundar a integração econômica entre
Brasil e Argentina. O objetivo de criar uma área de livre comércio somente foi estabelecido em 1988,
pelo Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento.
Gabarito: errada
7. (AFRFB – 2009)
Comentários
O MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI e seus membros (Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai) são também membros da ALADI.
Gabarito: errada
8. (AFRFB – 2005)
Em 2004, o MERCOSUL concluiu acordos comerciais, por exemplo, com a Índia e com a SACU
(União Aduaneira Sul-Africana, formada por África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e
Suazilândia), e atualmente negocia acordos com outros países.
Comentários
O MERCOSUL possui acordos comerciais com a Índia e com a União Aduaneira Sul-Africana (SACU).
Atualmente, a maior expectativa é acerca das negociações comerciais com a União Europeia.
Gabarito: certa
9. (AFTN-1996)
Comentários
O MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI. No entanto, ele foi uma
iniciativa de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (e não estabelecido pela ALADI!). Outro erro da
questão está em dizer que o número de integrantes da ALADI se reduziu e os remanescentes
formaram o MERCOSUL.
A ALADI é uma coisa e MERCOSUL é outra. A ALADI foi criada em 1980 pelo Tratado de Montevidéu;
o MERCOSUL foi criado em 1991 pelo Tratado de Assunção.
Gabarito: errada
MERCOSUL e União Europeia estabeleceram no ano de 2009 uma área de livre comércio de
mercadorias.
Comentários
Ainda não se pode dizer que foi estabelecida uma área de livre comércio entre MERCOSUL e União
Europeia. Os dois blocos regionais já celebraram um acordo, o qual, todavia, ainda não está em vigor.
Gabarito: errada
O MERCOSUL possui acordos comerciais com países fora do continente americano, tais como
Israel, Índia e a União Aduaneira Sul-Africana (SACU).
Comentários
O MERCOSUL possui acordos comerciais com países dentro da ALADI e ainda com países de fora do
continente americano, tais como Israel, Índia e SACU.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
13. (IRB-2010-adaptada)
Comentários
Com a suspensão do Paraguai, por ocasião da deposição do Presidente Fernando Lugo, a Venezuela
completou seu processo de adesão ao MERCOSUL. Cabe destacar que, atualmente, a Venezuela está
suspensa do MERCOSUL.
Gabarito: errada
14. (TRF-2005)
Comentários
A Tarifa Externa Comum (TEC) somente é aplicada pelos membros efetivos do MERCOSUL: Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai.
Gabarito: errada
Comentários
O MERCOSUL somente pode negociar em conjunto, isto é, os membros do MERCOSUL não possuem
autonomia para negociar acordos comerciais individualmente com outros países. Dessa forma, o
Brasil não pode negociar um acordo com a União Europeia sem a participação dos demais membros
do MERCOSUL.
Gabarito: errada
Conforme já estudamos, um mercado comum pressupõe: i) livre circulação de bens e serviços; ii)
política comercial comum em relação a terceiros países e; iii) livre circulação dos fatores de
produção. Pois bem, para que o MERCOSUL se torne um mercado comum ele deverá, portanto,
promover tais avanços. Guarde bem isso! Em um mercado comum, assume-se a existência das
“quatro liberdades” do mercado: livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais.
Vamos ler juntos o art. 1º do Tratado de Assunção, que é, sem dúvida alguma, muito importante:
Artigo 1º - Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá estar
estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se denominará "Mercado Comum do Sul"
(MERCOSUL).
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da
eliminação dos direitos alfandegários restrições não tarifárias à circulação de mercado de qualquer
outra medida de efeito equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em
relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros
econômico-comerciais regionais e internacionais;
O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para
lograr o fortalecimento do processo de integração.
A terceira implicação de um mercado comum é a livre circulação dos fatores de produção (capital
e mão-de-obra). Esse objetivo ainda não foi conquistado, uma vez que se faz necessário a
harmonização das políticas trabalhista, previdenciária e de capitais. Cabe destacar, todavia, que no
âmbito do MERCOSUL, já existem iniciativas nesse sentido, como a Declaração Sociolaboral do
MERCOSUL, assinada em 1998 pelos quatro membros do bloco, que estabelece princípios em
matéria trabalhista para o MERCOSUL. Também já foi assinado, no âmbito do bloco regional, o
Acordo Multilateral de Seguridade Social do MERCOSUL.
A sexta implicação é a harmonização das legislações nas áreas pertinentes. Considerando-se que o
objetivo do MERCOSUL é tornar-se um mercado comum, haverá necessidade de harmonizar as
políticas comerciais intrabloco e extrabloco e, ainda, as políticas trabalhista, previdenciária e de
capitais.
O MERCOSUL quer se tornar um mercado comum. Será que ele chega lá?
O fato é que, embora o MERCOSUL deseje se tornar um mercado comum, ele é considerado,
atualmente, apenas uma união aduaneira imperfeita. A imperfeição da união aduaneira reside no
fato de que ainda existem, no âmbito do bloco, diversas exceções à Tarifa Externa Comum.
Falaremos sobre isso mais à frente!
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
O MERCOSUL tem como objetivo final estabelecer um mercado comum (e não uma união econômica
e monetária!).
Gabarito: errada
A adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados é um dos objetivos
da criação do MERCOSUL.
Comentários
O MERCOSUL, enquanto união aduaneira, adota uma política comercial comum em relação a
terceiros Estados.
Gabarito: certa
19. (AFRFB-2009)
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
a) ALADI e MERCOSUL têm objetivos de integração distintos? Não. Ambos desejam formar
um mercado comum.
b) ALADI e MERCOSUL têm alcance distinto? Sim. A ALADI engloba 14 países, representantes
das três Américas. O MERCOSUL engloba, atualmente, apenas 5 países (Brasil, Argentina,
Uruguai, Venezuela e Paraguai)
Por tudo o que comentamos, a questão está errada. Os objetivos da ALADI e do MERCOSUL são
coincidentes e existe sim uma relação jurídica entre os dois blocos.
Gabarito: errada
Embora sejam esquemas idênticos quanto aos propósitos e instrumentos que aplicam visando
à integração econômica regional, inexistem vínculos funcionais ou jurídicos o MERCOSUL e a
ALADI.
Comentários
a) O MERCOSUL e a ALADI são esquemas idênticos quanto aos propósitos? Sim. Ambos
almejam instituir um mercado comum.
b) O MERCOSUL e a ALADI são esquemas idênticos quanto aos instrumentos que utilizam
visando à integração econômica? Não. A ALADI permite a existência de acordos de alcance
parcial, que contam com a participação de apenas alguns de seus membros.
Gabarito: errada
22. (AFRF-2003)
O Tratado de Assunção, que criou o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) integrado por Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai, enuncia como principal objetivo o estabelecimento de uma
união aduaneira a partir de janeiro de 1995.
Comentários
O Tratado de Assunção deixa bem explícito que seu objetivo é a criação de um mercado comum até
31 de dezembro de 1994 entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Gabarito: errada
Comentários
Segundo esse dispositivo, o MERCOSUL tem como objetivo a formação de um mercado comum,
sendo necessário para isso: i) livre circulação de bens e serviços; ii) estabelecimento de uma tarifa
externa comum; iii) livre circulação dos fatores de produção; iv) coordenação de políticas
macroeconômicas e setoriais e; v) harmonização de legislações nas áreas pertinentes.
Gabarito: certa
24. (AFTN-1996)
Comentários
dos fatores de produção (acordos setoriais para o mercado de fatores). Adicionalmente, o Tratado
de Assunção previu a necessidade de coordenação de políticas macroeconômicas e um sistema
provisório de solução de controvérsias.
Gabarito: certa
25. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim liberalizar o comércio de serviços, coordenar políticas
macroeconômicas e estabelecer a livre circulação de capital e mão-de-obra.
Comentários
Pegadinha! A questão quer saber o que falta para o MERCOSUL aperfeiçoar-se como união
aduaneira (e não o que falta para tornar-se um mercado comum!)
Gabarito: errada
26. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a
liberalização do comércio de serviços e a incorporar à tarifa externa comum produtos mantidos
à margem da mesma.
Comentários
Perfeita a assertiva! Para tornar-se uma união aduaneira perfeita, é necessário que o MERCOSUL
liberalize o comércio de bens (eliminando barreiras não-tarifárias ainda existentes), liberalize o
comércio de serviços e elimine as exceções à Tarifa Externa Comum.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
O MERCOSUL não tem como objetivo adotar uma moeda comum. A adoção de uma moeda única é
característica de uma união econômica e monetária, estágio de integração do qual é exemplo a
União Europeia.
Gabarito: errada
Comentários
Um mercado comum pressupõe a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção (capital
e mão-de-obra). Nesse tipo de estágio de integração, vigoram as “quatro liberdades” do mercado.
Gabarito: certa
30. (AFRF-2003)
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
O MERCOSUL tem como objetivo se tornar um mercado comum, o que pressupõe a livre circulação
de bens, serviços e fatores de produção e, ainda, o estabelecimento de uma política comercial em
relação a terceiros países. Dentro do objetivo de livre circulação dos fatores de produção, inclui-se
a livre circulação de pessoas!
Gabarito: errada
Comentários
O MERCOSUL tem como objetivo o estabelecimento de uma política comercial comum em relação a
terceiros países, o que se materializa pela existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
Gabarito: certa
Entre as medidas compreendidas pelo acordo do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), não se
inclui a eliminação de direitos aduaneiros e restrições não tarifárias à circulação de
mercadorias e outras medidas que se fizerem necessárias, de modo a permitir a livre circulação
de bens, serviços e fatores produtivos entre os países participantes.
Comentários
Gabarito: errada
34. (AFRF-2002.1)
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado em março de 1991 tendo como objetivo final
a harmonização das políticas comerciais mediante a adoção de uma tarifa externa comum.
Comentários
O objetivo final do MERCOSUL é estabelecer um mercado comum, o que vai muito além da
harmonização das políticas comerciais mediante a adoção de uma TEC. Para alcançar o mercado
comum, é necessário um passo adiante, permitindo a livre circulação dos fatores de produção.
Gabarito: errada
35. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a
liberalização dos fluxos de capital e de serviços e coordenar políticas macroeconômicas.
Comentários
Pegadinha! A questão quer saber o que falta para o MERCOSUL aperfeiçoar-se como área de livre
comércio e união aduaneira (e não o que falta para o MERCOSUL atingir o objetivo de se tornar um
mercado comum!) Liberalizar fluxos de capital e coordenar políticas macroeconômicas é objetivo
de um mercado comum. Para tornar-se uma união aduaneira completa, o MERCOSUL não precisa
implementar tais medidas.
Gabarito: errada
36. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim aplicar integralmente o Programa de Liberalização Comercial,
estabelecer regras de origem e incorporar produtos mantidos em listas de exceções à Tarifa
Externa Comum.
Comentários
No âmbito do MERCOSUL, já existem regras de origem, as quais estão definidas pela Decisão CMC
nº 01/2004. Logo, esse não é um aperfeiçoamento do qual o bloco carece para se tornar uma união
aduaneira completa.
Por fim, embora o substancial do fluxo de comércio intrabloco esteja livre de barreiras, ainda há
produtos que não circulam livremente no MERCOSUL, como, por exemplo, automóveis e açúcar.
Gabarito: errada
37. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intra-MERCOSUL, implementar
um regime de compras governamentais e introduzir mecanismo de salvaguardas comerciais.
Comentários
Uma união aduaneira pressupõe a livre circulação de bens intrabloco e, portanto, não deverá existir
um sistema de aplicação de salvaguardas entre seus integrantes.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Para que o MERCOSUL atinja o nível de integração regional pretendido, deverá haver livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países-membros através da
eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias, assim como a adoção de uma Tarifa Externa
Comum.
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Em 1994, foi celebrado pelos membros do MERCOSUL o Protocolo de Ouro Preto, que aperfeiçoou
a estrutura institucional do bloco regional e, ainda, conferiu-lhe expressamente personalidade
jurídica de direito internacional público. Assim, ficou assegurado ao MERCOSUL exercer todos os
atos internacionais necessários à consecução de seus objetivos, em especial contratar, adquirir ou
alienar bens móveis e imóveis, comparecer em juízo, conservar fundos e fazer transferências. Pode-
se considerar, portanto, que, a partir desse momento, o MERCOSUL é reconhecido como
organização internacional intergovernamental.
O Protocolo de Ouro Preto não criou o Conselho do Mercado Comum (CMC) e o Grupo
Mercado Comum (GMC).
Segundo o Protocolo de Ouro Preto, a estrutura institucional do MERCOSUL conta com os seguintes
órgãos: i) Conselho do Mercado Comum (CMC); ii) Grupo Mercado Comum (GMC); iii) Comissão de
Comércio do MERCOSUL; iv) Comissão Parlamentar Conjunta; v) Foro Consultivo Econômico-Social
e; vi) Secretaria Administrativa do MERCOSUL.
Essa estrutura institucional não foi, todavia, engessada pelos membros do MERCOSUL. Segundo o
art. 1º, parágrafo único, do Protocolo de Ouro Preto, é possível que sejam criados pelo Conselho
do Mercado Comum (CMC) novos órgãos ou mesmo extintos os já existentes. Com efeito, a
Comissão Parlamentar Conjunta foi substituída pelo Parlamento do MERCOSUL e a Secretaria
Administrativa do MERCOSUL passou a ser chamada simplesmente de Secretaria do MERCOSUL.
São três os órgãos decisórios do MERCOSUL, que têm poder para emitir normas no âmbito do bloco:
o Conselho do Mercado Comum (CMC), o Grupo Mercado Comum (GMC) e a Comissão de
Comércio do MERCOSUL (CCM). Esses três órgãos (assim como os demais órgãos do MERCOSUL!)
possuem natureza intergovernamental. Isso significa que suas decisões não têm eficácia imediata,
mas precisam ser internalizadas no ordenamento jurídico de todos os membros do bloco para entrar
em vigor. Cabe destacar que as decisões emanadas dos órgãos decisórios do MERCOSUL são
adotadas mediante consenso.
dos objetivos do Tratado de Assunção. O CMC é integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e
pelos Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados partes.
IV. Negociar e firmar acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos de
países e organizações internacionais. Estas funções podem ser delegadas ao Grupo Mercado
Comum por mandato expresso, nas condições estipuladas no inciso VII do artigo 14;
V. Manifestar-se sobre as propostas que lhe sejam elevadas pelo Grupo Mercado Comum;
VI. Criar reuniões de ministros e pronunciar-se sobre os acordos que lhe sejam remetidos pelas
mesmas;
VII. Criar os órgãos que estime pertinentes, assim como modificá-los ou extingui-los;
O Conselho do Mercado Comum irá se reunir tantas vezes quanto julgar oportuno. Entretanto,
deverá se reunir, pelo menos uma vez por semestre, com a participação dos Presidentes dos
Estados-partes. Essas são as conhecidas Reuniões de Cúpula do MERCOSUL.
Cabe destacar que, na condição de órgão de cúpula do MERCOSUL, o Conselho do Mercado Comum
(CMC) exerce a titularidade da personalidade jurídica do MERCOSUL e, portanto, possui autoridade
para negociar e firmar acordos em nome do MERCOSUL com Estados e organizações internacionais.
O Grupo Mercado Comum (GMC) é o órgão executivo do MERCOSUL. É composto por 4 (quatro)
membros titulares e 4 (quatro) membros alternos por país, designados pelos respectivos Governos,
dentre os quais devem constar necessariamente representantes dos Ministérios das Relações
Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos Bancos Centrais.
As funções do Grupo Mercado Comum estão relacionadas no art. 14 do Protocolo de Ouro Preto,
abaixo transcrito:
III. Tomar as medidas necessárias ao cumprimento das Decisões adotadas pelo Conselho
do Mercado Comum;
IV. Fixar programas de trabalho que assegurem avanços para o estabelecimento do mercado
comum;
VI. Manifestar-se sobre as propostas ou recomendações que lhe forem submetidas pelos demais
órgãos do Mercosul no âmbito de suas competências;
VII. Negociar, com a participação de representantes de todos os Estados Partes, por delegação
expressa do Conselho do Mercado Comum e dentro dos limites estabelecidos em mandatos
específicos concedidos para esse fim, acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos
de países e organismos internacionais. O Grupo Mercado Comum, quando dispuser de mandato
para tal fim, procederá à assinatura dos mencionados acordos. O Grupo Mercado Comum, quando
autorizado pelo Conselho do Mercado Comum, poderá delegar os referidos poderes à Comissão de
Comércio do Mercosul;
IX. Adotar Resoluções em matéria financeira e orçamentária, com base nas orientações emanadas
do Conselho do Mercado Comum;
XI. Organizar as reuniões do Conselho do Mercado Comum e preparar os relatórios e estudos que
este lhe solicitar.
A Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM) é responsável por velar pela aplicação dos
instrumentos de política comercial comum acordados pelos Estados Partes para o funcionamento
da união aduaneira, bem como acompanhar e revisar os temas e matérias relacionados com as
políticas comerciais comuns, com o comércio intra-Mercosul e com terceiros países. A
coordenação da CCM está a cargo dos Ministérios das Relações Exteriores.
Trata-se de um órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado Comum, possuindo natureza técnica.
Para tanto, é responsável por instituir comitês técnicos necessários ao cumprimento de suas
funções.
A CCM é, ainda, responsável por considerar e pronunciar-se sobre as solicitações apresentadas pelos
Estados Partes com respeito à aplicação e ao cumprimento da tarifa externa comum e dos demais
instrumentos de política comercial comum. Além disso, cabe à CCM propor ao Grupo Mercado
Comum novas normas ou modificações às normas existentes referentes à matéria comercial e
aduaneira do MERCOSUL.
Vejam só que interessante! A Comissão Parlamentar Conjunta foi criada pelo Protocolo de Ouro
Preto, que estabeleceu que esse órgão seria representativo dos Parlamentos dos Estados Partes do
MERCOSUL. Ao contrário, o Parlamento do MERCOSUL é, segundo seu Protocolo Constitutivo, órgão
representativo dos povos dos Estados-partes do MERCOSUL. Como se pode perceber, a iniciativa
de criação do Parlasul visa a dotar o MERCOSUL, em última análise, de uma legitimidade
democrática.
Existe a previsão de que, até 2020, deveriam ser realizadas eleições diretas no Brasil e Uruguai para
definir os representantes de cada país no Parlasul (o Paraguai e a Argentina já fizeram eleições
diretas para o Parlamento do MERCOSUL)11.
Atualmente, a representação de cada País no MERCOSUL está dividida da seguinte forma: i) Brasil:
37 parlamentares; ii) Argentina: 43 parlamentares; iii) Venezuela: 23 parlamentares; iv) Paraguai:
18 parlamentares e; v) Uruguai: 18 parlamentares. Trata-se de uma representação-cidadã
atenuada, que não é exatamente proporcional à população de cada Estado.
A princípio, pode parecer estranho que o Brasil tenha uma representação inferior à da Argentina.
Isso se deve ao fato de que o Brasil ainda não realizou eleições diretas para o Parlamento do
MERCOSUL. Quando o Brasil realizar eleições diretas, passará a contar com 75 parlamentares em
sua representação no Parlamento do MERCOSUL.
Artigo 4- Competências
2. Velar pela preservação do regime democrático nos Estados Partes, de acordo com as normas do
MERCOSUL, e em particular com o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no
MERCOSUL, na República da Bolívia e República do Chile.
3. Elaborar e publicar anualmente um relatório sobre a situação dos direitos humanos nos Estados
Partes, levando em conta os princípios e as normas do MERCOSUL.
10
Ao contrário do Parlamento do MERCOSUL, o Parlamento Europeu, por ser um órgão supranacional, possui
competência para criar leis regionais. Entendemos que o aprofundamento da integração regional no MERCOSUL
demanda a existência de órgãos supranacionais que tenham poder para emitir decisões com aplicação imediata no
âmbito do bloco.
11
A Argentina realizou eleições diretas para o Parlamento do MERCOSUL em outubro de 2015.
4. Efetuar pedidos de informações ou opiniões por escrito aos órgãos decisórios e consultivos do
MERCOSUL estabelecidos no Protocolo de Ouro Preto sobre questões vinculadas ao
desenvolvimento do processo de integração. Os pedidos de informações deverão ser respondidos
no prazo máximo de 180 dias.
5. Convidar, por intermédio da Presidência Pro Tempore do CMC, representantes dos órgãos do
MERCOSUL, para informar e/ou avaliar o desenvolvimento do processo de integração, intercambiar
opiniões e tratar aspectos relacionados com as atividades em curso ou assuntos em consideração.
6. Receber, ao final de cada semestre a Presidência Pro Tempore do MERCOSUL, para que apresente
um relatório sobre as atividades realizadas durante dito período.
7. Receber, ao início de cada semestre, a Presidência Pro Tempore do MERCOSUL, para que
apresente o programa de trabalho acordado, com os objetivos e prioridades previstos para o
semestre.
10. Receber, examinar e se for o caso encaminhar aos órgãos decisórios petições de qualquer
particular, sejam pessoas físicas ou jurídicas, dos Estados Partes, relacionadas com atos ou
omissões dos órgãos do MERCOSUL.
12. Com o objetivo de acelerar os correspondentes procedimentos internos para a entrada em vigor
das normas nos Estados Partes, o Parlamento elaborará pareceres sobre todos os projetos de
normas do MERCOSUL que requeiram aprovação legislativa em um ou vários Estados Partes, em
um prazo de noventa dias (90) a contar da data da consulta. Tais projetos deverão ser
encaminhados ao Parlamento pelo órgão decisório do MERCOSUL, antes de sua aprovação.
Se o projeto de norma do MERCOSUL for aprovado pelo órgão decisório, de acordo com os termos
do parecer do Parlamento, a norma deverá ser enviada pelo Poder Executivo nacional ao seu
respectivo Parlamento, dentro do prazo de quarenta e cinco (45) dias, contados a partir da sua
aprovação.
Nos casos em que a norma aprovada não estiver de acordo com o parecer do Parlamento, ou se
este não tiver se manifestado no prazo mencionado no primeiro parágrafo do presente inciso a
mesma seguirá o trâmite ordinário de incorporação.
Se dentro do prazo desse procedimento preferencial o Parlamento do Estado Parte não aprovar a
norma, esta deverá ser reenviada ao Poder Executivo para que a encaminhe à reconsideração do
órgão correspondente do MERCOSUL.
13. Propor projetos de normas do MERCOSUL para consideração pelo Conselho do Mercado Comum,
que deverá informar semestralmente sobre seu tratamento.
15. Desenvolver ações e trabalhos conjuntos com os Parlamentos nacionais, a fim de assegurar o
cumprimento dos objetivos do MERCOSUL, em particular aqueles relacionados com a atividade
legislativa.
16. Manter relações institucionais com os Parlamentos de terceiros Estados e outras instituições
legislativas.
19. Receber dentro do primeiro semestre de cada ano um relatório sobre a execução do orçamento
da Secretaria do MERCOSUL do ano anterior.
20. Elaborar e aprovar seu orçamento e informar sobre sua execução ao Conselho do Mercado
Comum no primeiro semestre do ano, posterior ao exercício.
O Parlamento do MERCOSUL é um órgão unicameral, que tem como uma de suas funções principais
agilizar os procedimentos internos para a entrada em vigor de normas no âmbito do MERCOSUL.
Para isso, o Parlamento do MERCOSUL elabora Pareceres sobre todas as normas que requeiram
aprovação legislativa, devendo os projetos ser a ele encaminhados antes da aprovação pelo órgão
decisório.
A entrada em vigor de normas no âmbito do MERCOSUL não é algo tão simples. Para que uma norma
entre em vigor simultaneamente em todos os Estados membros do bloco regional, ela precisa seguir
um trâmite previsto no Protocolo de Ouro Preto.
Segundo o art. 40 do Protocolo de Ouro Preto, após aprovada uma norma, ela precisa ser
internalizada ao ordenamento jurídico de cada Estado-membro do MERCOSUL. O procedimento
de internalização depende do que estabelece o ordenamento jurídico de cada país. No Brasil, por
exemplo, qualquer acordo internacional (dentre os quais estão as normas dos órgãos do MERCOSUL)
depende, para ser incorporado ao ordenamento jurídico pátrio, de aprovação do Congresso Nacional
e da edição de decreto pelo Chefe do Executivo.
Cada país, ao internalizar uma norma em seu ordenamento jurídico interno, deverá comunicar à
Secretaria do MERCOSUL quanto a esse fato. Quando todos os Estados-membros tiverem
internalizado a norma, a Secretaria do MERCOSUL comunicará o fato a cada um deles. Essa
comunicação tem como objetivo alertar os Estados-membros do MERCOSUL de que a norma entrará
em vigor. As normas entrarão em vigor 30 dias após a comunicação efetuada pela Secretaria do
MERCOSUL.
Sem qualquer dúvida, esse rito processual para a entrada em vigor simultâneo de normas é bastante
complexo e prejudica a segurança jurídica no âmbito do MERCOSUL. A quantidade de normas
emitidas pelos órgãos decisórios do bloco regional é considerável, mas muitas delas não chegam
nunca a entrar em vigor.
Cabe destacar, todavia, que em uma tentativa de desburocratizar a processualística para a entrada
em vigor das normas emanadas pelos órgãos decisórios do MERCOSUL, tem sido bastante usado
pelos países do MERCOSUL o argumento de que, quando a norma dispuser sobre assuntos
relacionados ao funcionamento interno do bloco, esta não precisa ser incorporada aos
ordenamentos jurídicos nacionais. Tal argumento encontra amparo jurídico na Decisão CMC nº
23/2000, que exige apenas que os Estados-partes entendam conjuntamente (por consenso) que o
conteúdo da norma trata de assuntos relativos à organização e funcionamento interno do
MERCOSUL.
O Foro Consultivo Econômico Social (FCES) é o órgão de representação dos setores econômicos e
sociais dos países-membros do MERCOSUL. Possui função consultiva, manifestando-se mediante
Recomendações. No exercício dessa função consultiva, o FCES atua por iniciativa própria ou
mediante consulta de outros órgãos do MERCOSUL. Por meio da atuação da FCES, o MERCOSUL,
enquanto organização internacional, toma consciência dos anseios e do pensamento do setor
privado de cada Estado-membro
Suas atividades principais são: i) servir como arquivo oficial da documentação do MERCOSUL; ii)
publicar e comunicar as decisões adotadas no âmbito do MERCOSUL; iii) organizar os aspectos
logísticos do CMC, GMC e CCM; iv) informar regularmente os Estados Partes sobre as medidas
implementadas por cada país para incorporar em seu ordenamento jurídico as normas emanadas
dos órgãos do Mercosul e; v) editar o Boletim Oficial do MERCOSUL e; vi) registrar as listas nacionais
dos árbitros e especialistas, conforme dispõe o Protocolo de Olivos.
Conselho do Mercado
Comum
Estrutura
Tratado de
Institucional
Assunção
Provisória
Grupo do Mercado Comum
Comissão de Comércio do
Mercosul
Protocolo de Ouro Estrutura institucional
Preto definitiva Parlamento do Mercosul
Em dezembro de 1994, foi aprovado o Protocolo de Olivos, por meio do qual foi estabelecida
a estrutura institucional do MERCOSUL e sua personalidade jurídica internacional.
Comentários
A estrutura institucional do MERCOSUL foi definida pelo Protocolo de Ouro Preto (e não pelo
Protocolo de Olivos!). Da mesma forma, foi o Protocolo de Ouro Preto que atribuiu personalidade
jurídica de direito internacional ao MERCOSUL.
Gabarito: errada
O conjunto normativo do MERCOSUL tem caráter obrigatório e aplicação direta, não havendo
necessidade de ser incorporado ao ordenamento jurídico dos Estados-membros.
Comentários
Gabarito: errada
O Parlamento do MERCOSUL, desde a sua criação, caracteriza-se como órgão político superior
desse bloco regional.
Comentários
O órgão político de cúpula do MERCOSUL, desde sua criação, é o Conselho do Mercado Comum
(CMC).
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Somente com a entrada em vigor do Protocolo de Ouro Preto é que foi reconhecida a personalidade
jurídica de direito internacional do MERCOSUL, que a partir de então se tornou uma organização
internacional.
Gabarito: certa
46. (ACE-2008)
Comentários
Gabarito: certa
O Grupo Mercado Comum, órgão máximo na estrutura do MERCOSUL, tem poderes para, por
consenso, tomar decisões obrigatórias para os membros do bloco.
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
O Conselho do Mercado Comum pode firmar acordos com outros países em nome do
MERCOSUL.
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
De fato, o Tratado de Assunção e o Protocolo de Ouro Preto, ao estabelecer as bases jurídicas para
a existência do MERCOSUL, permitiram que se tivesse maior confiança na integração regional.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: errada
O Conselho do Mercado Comum é integrado por ministros das relações exteriores, ministros
da economia e ministros da justiça dos Estados-partes.
Comentários
O CMC é integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos Ministros da Economia, ou seus
equivalentes, dos Estados partes. Os Ministros da Justiça dos Estados-partes não integram o CMC.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
De fato, a Secretaria do MERCOSUL é o órgão de apoio operacional, responsável por prestar serviços
aos demais órgãos do bloco regional. Sua sede permanente é em Montevidéu.
Gabarito: certa
Comentários
A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC) foi criada pelo Protocolo de Ouro Preto, mas hoje não existe
mais. Ela foi substituída pelo Parlamento do MERCOSUL, que é o órgão que representa os povos dos
Estados-parte do bloco regional.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Não se pode dizer que a Comissão Parlamentar Conjunta mudou de nome. Na verdade, ela foi
sucedida pelo Parlamento do MERCOSUL, que recebeu um rol muito mais extenso de competências.
Gabarito: errada
A Comissão de Comércio do MERCOSUL é o órgão que tem por função velar pela aplicação dos
instrumentos de política comercial comum acordados pelos países membros para o
funcionamento da união aduaneira. Compete-lhe acompanhar e revisar os temas e matérias
relacionados com as políticas comerciais comuns, com o comércio intra-MERCOSUL e com
terceiros países. É coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores.
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
A Secretaria do MERCOSUL é o órgão com competência para editar o Boletim Oficial do MERCOSUL.
Gabarito: errada
O Protocolo de Ouro Preto, firmado aos 17 de dezembro de 1994 deu origem ao Conselho do
Mercado Comum e ao Grupo do Mercado Comum, principais instâncias institucionais do
MERCOSUL.
Comentários
Pegadinha! O Conselho do Mercado Comum (CMC) e o Grupo do Mercado Comum (GMC) foram
criados pelo Tratado de Assunção. Quando foi celebrado o Protocolo de Ouro Preto, esses dois
órgãos já existiam.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
De fato, o Grupo Mercado Comum (GMC) tem competência para propor projetos de decisões ao
Conselho do Mercado Comum (CMC). No entanto, o exercício da titularidade da personalidade
jurídica do MERCOSUL compete ao Conselho do Mercado Comum.
Gabarito: errada
Ao levar adiante a decisão de constituir uma união aduaneira, o Protocolo de Ouro Preto
aprofundou o processo de integração do MERCOSUL, obrigando os governos dos estados-parte
a coordenar suas políticas macroeconômicas pertinentes à gestão do déficit fiscal e da busca
de estabilidade de preços.
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
A Comissão Parlamentar Conjunta, que foi sucedida pelo Parlamento do MERCOSUL, não possuía
representação proporcional ao número de habitantes dos Estados-membros do bloco regional. Ao
contrário, a Comissão Parlamentar Conjunta era integrada pelo mesmo número de representantes
de cada Estado-parte.
Gabarito: errada
Comentários
Todos os órgãos criados pelo Protocolo de Ouro Preto possuem caráter intergovernamental, o que
torna errada a afirmação de que esta norma internacional reduziu a dimensão intergovernamental
do MERCOSUL. Ademais, o Protocolo de Ouro Preto não estabeleceu um sistema de solução de
controvérsias para o MERCOSUL.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
O Conselho do Mercado Comum (CMC) é o órgão superior do MERCOSUL, a ele cabendo a condução
política do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos
objetivos do Tratado de Assunção. No entanto, o CMC deve se reunir, no mínimo, uma vez por
semestre, com a participação dos Presidentes dos Estados-partes.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
As decisões dos órgãos decisórios do MERCOSUL (CMC, GMC e CCM) são tomadas mediante
consenso.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: errada
O Protocolo de Ouro Preto permite que sejam criados novos órgãos auxiliares no âmbito do
MERCOSUL com o objetivo de atingir as metas do processo de integração.
Comentários
Quando foi assinado o Protocolo de Ouro Preto foi prevista liberdade para que fossem criados novos
órgãos auxiliares com o objetivo de atingir as metas do processo de integração. A competência para
a criação desses órgãos é do Conselho do Mercado Comum.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
O Parlamento do MERCOSUL não possui função legislativa, muito menos para criar normas
supranacionais.
Gabarito: certa
Comentários
1) A norma é criada e, para obter vigência simultânea em todos os Estados-membros, deverá ser
internalizada por cada um deles.
2) Assim que um membro internaliza a norma ao seu ordenamento jurídico interno, ele comunica à
Secretaria do MERCOSUL.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
4. RESULTADOS DO MERCOSUL
Embora seja possível advogar que há uma livre circulação de mercadorias em relação ao substancial
do comércio no MERCOSUL, ainda há algumas restrições ao comércio intrabloco, dentre as quais
citamos: i) setor automotivo e açúcar; ii) aplicação de medidas de defesa comercial intrabloco; iii)
aplicação de medidas de salvaguarda no comércio bilateral Brasil-Argentina, com amparo no
Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC); iv) bens oriundos de zonas francas comerciais, zonas
francas industriais, zonas de processamento de exportações e áreas aduaneiras especiais; v)
restrições à livre circulação de serviços e; vi) outras restrições não-tarifárias.
Dizer que há livre circulação de mercadorias é o mesmo que dizer que há uma margem de
preferência de 100%. Atenção para o cálculo da margem de preferência, que segue critérios
diferentes na OMC e na ALADI:
Segundo o art. XXIV do GATT, não podem ser aplicadas medidas de defesa comercial no interior de
áreas de livre comércio e uniões aduaneiras. No entanto, o que se percebe na prática é que é
bastante comum que sejam aplicadas medidas de defesa comercial entre integrantes de acordos
regionais. Para boa parte da doutrina, isso seria incompatível com as regras do sistema multilateral
de comércio.
Quanto à aplicação de medidas de defesa comercial contra terceiros países, cabe destacar que,
enquanto união aduaneira, o MERCOSUL deveria utilizar esses instrumentos de forma conjunta. Em
outras palavras, deveria existir uma medida antidumping ou medida compensatória aplicada pelo
MERCOSUL (e não aplicadas isoladamente pelo Brasil ou pela Argentina!). Isso porque, em uma
união aduaneira, deve existir uma política comercial comum em relação a terceiros países.
Todavia, isso ainda está longe de ser uma realidade. Cada país do MERCOSUL aplica,
individualmente, medidas antidumping e medidas compensatórias contra terceiros países. Em
relação às medidas de salvaguardas, já existe a possibilidade de que estas sejam aplicadas de forma
unificada pelo MERCOSUL. Tal possibilidade foi instituída pela Decisão CMC nº 17/96, intitulada
“Regulamento Comum sobre a Aplicação de Salvaguardas”, visando à proteção da indústria regional.
12
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) não pode ser considerado uma barreira
comercial intra-MERCOSUL, uma vez que trata-se de um mecanismo bilateral existente
entre Brasil e Argentina.
12
BARRAL, Welber; BROGINI, Gilvan. Manual Prático de Defesa Comercial. São Paulo: Aduaneiras, 2007. pp.210-211.
13
BARRAL, Welber; BROGINI, Gilvan. Manual Prático de Defesa Comercial. São Paulo: Aduaneiras, 2007. pp.233-234.
14
BARRAL, Welber; BROGINI, Gilvan. Manual Prático de Defesa Comercial. São Paulo: Aduaneiras, 2007. pp.233-234.
Cabe destacar que, em regra, as mercadorias fabricadas em zonas francas, ao serem vendidas para
qualquer outra parte do território nacional, sofrem incidência tributária (Ex: celular industrializado
na ZFM, ao ser vendido para São Paulo, sofre incidência tributária relativamente aos insumos
importados) Logo, nada mais natural do que as mercadorias produzidas em zonas francas também
sofram incidência tributária quando vendidas para outros países do MERCOSUL.
Será que um advogado brasileiro consegue exercer sua função sem restrições na Argentina? Será
que uma escola argentina consegue se instalar no Brasil sem quaisquer problemas? Um estudante
brasileiro que faz um curso de graduação em medicina na Argentina consegue validar seu diploma
no Brasil?
De qualquer forma, já foi assinado pelos membros do MERCOSUL o Protocolo de Montevidéu, cujo
objetivo é promover a liberalização do comércio de serviços entre os membros do bloco. O Protocolo
de Montevidéu entrou em vigor em 2005 e prevê a liberalização do comércio de serviços no
MERCOSUL dentro de 10 anos a contar dessa data. Até hoje, todavia, não se pode dizer que foi
implementada no MERCOSUL a livre circulação de serviços.
É difícil acreditar no futuro do MERCOSUL com tantas restrições comerciais. Para refletirmos, pode-
se mesmo perguntar se o MERCOSUL já constitui, de fato, uma área de livre comércio...
Uma união aduaneira pressupõe a existência de uma política comercial comum em relação a
terceiros países. Dessa forma, não só os direitos aduaneiros, mas também as demais
regulamentações comerciais, devem ser essencialmente os mesmos. Segundo a doutrina
dominante, o MERCOSUL ainda não chegou a esse estágio, podendo ser considerado apenas uma
união aduaneira imperfeita.
A Tarifa Externa Comum (TEC) é uma tabela que relaciona as alíquotas do imposto de importação
aplicáveis a cada código de classificação fiscal. Essa tabela, como regra geral, vale para todos os
membros do MERCOSUL. Assim, se o Brasil aplica uma alíquota de 15% sobre guindastes, a
Argentina, o Uruguai e o Paraguai irão ter que aplicar esse mesmo percentual. A existência de uma
Tarifa Externa Comum (TEC) materializa a política comercial comum em relação a terceiros países e,
portanto, é o pressuposto básico da existência de uma união aduaneira.
No MERCOSUL, todavia, alguns produtos são mantidos à margem da TEC, isto é, sobre eles não
incide a tributação prevista na TEC. As exceções à TEC são as seguintes:
Cada país-membro do MERCOSUL pode manter uma Lista de Exceções à TEC. Para esses produtos,
cada país poderá decidir livremente qual será a alíquota do imposto de importação a ser cobrada.
Destaque-se que, para esses produtos, o país pode decidir aplicar uma alíquota superior ou inferior
à da TEC (ele tem ampla discricionariedade para isso!)
Atualmente, está em vigor a Decisão CMC nº 58/201015, que determina que Brasil e Argentina
poderão manter 100 códigos na Lista de Exceções à TEC até 31/12/2021; o Uruguai poderá manter
225 códigos até 31/12/2022; a Venezuela poderá manter 225 códigos até 31/12/202216; e o Paraguai
poderá manter até 649 códigos até 31/12/2023.
Com a suspensão da Venezuela do MERCOSUL, esse dispositivo acaba ficando sem efeitos práticos no
16
momento.
Cada país poderá modificar, a cada (6) seis meses, até 20% dos códigos tarifários relacionados em
sua Lista de Exceções à TEC. Ao compor suas Listas, os países deverão valorizar a oferta exportável
existente no MERCOSUL.
Pode ser que, por razões de desabastecimento interno, um país necessite incentivar a entrada de
produtos em seu território. Mas como incentivar a entrada de produtos?
Isso mesmo! Reduzindo o imposto de importação! Logo, por razões de desabastecimento interno,
um país pode impor uma alíquota do imposto de importação inferior à prevista na Tarifa Externa
Comum.
Esse procedimento está atualmente regulamentado pela Resolução GMC nº 08/2008, que dispõe
que essa redução é aplicável às importações de bens que se enquadrem, comprovadamente, nas
seguintes situações:
c) Existência de produção regional do bem, mas o Estado-Parte produtor não conta com
excedentes exportáveis suficientes para atender às necessidades demandadas.
A Resolução GMC nº 08/2008 determina, ainda, que a redução seja aplicada na forma de cotas
tarifárias, isto é, segundo quantidades pré-estabelecidas. Isso quer dizer que se o Brasil decidir, por
exemplo, reduzir a alíquota do I.I incidente sobre milho por motivos de desabastecimento interno,
ele deverá estabelecer uma cota tarifária. Hipoteticamente, o Brasil cobraria a alíquota de 2% sobre
1000 toneladas de milho que entrassem em seu território naquele ano. O que extrapolasse 1000
toneladas de milho pagaria a alíquota da TEC (15%, por exemplo).
As alíquotas devem ser reduzidas ao limite mínimo de 2%, podendo a Comissão de Comércio do
MERCOSUL (CCM) reduzir para 0% em casos excepcionais. O Paraguai, por sua vez, recebe um
tratamento mais favorável e, para suas solicitações, a alíquota será reduzida a 0%.
Os bens de capital (BK) e os bens de informática e telecomunicações (BIT) são, por sua própria
natureza, bens de alto valor agregado, empregados em atividades produtivas com grande potencial
para geração de empregos.
Nesse sentido, é interessante para um governo estimular a importação desse tipo de bens, desde
que, é claro, isso não conflite com os interesses da indústria nacional. Mas como estimular a
importação sem causar prejuízos à indústria nacional produtora de BK e BIT?
No âmbito do MERCOSUL, a matéria é regulada pela Decisão CMC nº 57/2010. O objetivo é criar um
“Regime Comum de Importação de Bens de Capital não-produzidos no MERCOSUL” e um “Regime
Comum para a Importação de Bens de Informática e Telecomunicações”. Atualmente, cada membro
do MERCOSUL desenvolve sua própria política para bens de capital e bens de informática e
telecomunicações e, portanto, concede individualmente ex-tarifários. No entanto, o ideal de uma
união aduaneira é que a política comercial em relação a terceiros países seja unificada.
O ex-tarifário tem vigência de 2 anos: durante esse período, qualquer um que realizar a importação
de bem idêntico àquele contemplado com ex-tarifário fará jus à redução tarifária. Trata-se, dessa
forma, de uma redução objetiva17 do imposto de importação. Por meio do ex-tarifário, a alíquota de
bens de capital e de bens de informática e telecomunicações é reduzida para 2% (dois por cento).
A Decisão CMC nº 18/2009 permite que um Estado-parte do MERCOSUL eleve a alíquota do imposto
de importação a um nível superior ao previsto na TEC em duas situações diferentes:
Nas duas situações apresentadas, admite-se que um país eleve a alíquota do I.I acima da TEC sem
que os produtos tenham que constar na Lista de Exceções à TEC. Ou seja, o limite de produtos que
o Brasil pode colocar em sua Lista de Exceções (atualmente, 100 itens) não é afetado.
Destaque-se, ainda, que a Decisão CMC nº 18/2009 foi aprovada em um contexto em que o Brasil
tinha sido recentemente autorizado pelo OSC a aplicar retaliações comerciais contra os EUA, em
virtude do contencioso do algodão.
17
Dizemos que o ex-tarifário é uma redução objetiva porque ele não é concedido em razão da pessoa importadora,
mas sim ao produto.
Qual a solução?
Segundo a Decisão CMC nº 17/2009, quando no MERCOSUL é aprovada uma norma estabelecendo
um nível de Tarifa Externa Comum (TEC) superior ao consolidado na OMC, prevalece, para esse
Estado Parte, a tarifa consolidada. Trata-se do que é conhecido como perfuração à TEC.
A Decisão CMC nº 27/2015 estabeleceu que os Estados-partes do MERCOSUL poderão colocar 100
itens tarifários como exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) além da Lista de Exceções a que cada
um tem direito. Todavia, em relação a esses itens tarifários, a alíquota do imposto de importação
imposta pelos Estados em relação às importações extrazona deverá ser superior à alíquota da TEC.
Por óbvio, essa elevação da alíquota não poderá superar os limites tarifários consolidados por cada
Estado no âmbito da OMC. Lembremo-nos de que, em relação aos produtos constantes da Lista de
Exceções de cada país, atualmente regulada pela Decisão CMC nº 58/2010, a alíquota poderia ser
superior ou inferior à prevista na TEC.
Essa nova exceção à TEC foi criada com o objetivo de adequar a gestão da política tarifária no
MERCOSUL à conjuntura econômica internacional. Nota-se, nesse novo mecanismo, a presença de
fortes ideias protecionistas.
Imagine que o Uruguai importe um produto originário da Alemanha. Quando esse produto entra no
Uruguai, incidirá sobre ele o imposto de importação previsto na TEC, ok? Pode acontecer, no
entanto, que o Uruguai exporte esse mesmo produto originário da Alemanha para o Brasil. E agora,
o que acontece? Bom, como o produto é originário da Alemanha e não do MERCOSUL, quando ele
entrar no Brasil, sobre ele incidirá novamente o imposto de importação previsto na TEC.
Veja que houve dupla incidência do I.I sobre esse produto-(quando ele entrou no Uruguai e quando
ele entrou no Brasil). Houve, portanto, dupla cobrança da TEC, o que não é o ideal de uma união
aduaneira. Para que haja a eliminação da multiplicidade de cobrança da TEC, é necessário que,
quando esse produto entre no Uruguai, a partir daí ele possa circular livremente no bloco, ou seja,
passe a ser originário do MERCOSUL. Veja que, quando o produto entrou no Brasil, incidiu o I.I
porque ele, embora procedente do Uruguai, continuava a ser originário da Alemanha.18
Para que seja possível eliminar a multiplicidade da cobrança da TEC é preciso desenvolver um
mecanismo de distribuição da renda aduaneira, que é o principal entrave para sua aplicação.
Imagine que o Uruguai importe geladeiras da China e nessa operação haja incidência tributária.
Posteriormente, essas geladeiras são exportadas do Uruguai para o Brasil. Se não houvesse a dupla
cobrança da TEC, o Brasil não recolheria nenhum valor do I.I para seus cofres, a menos que a renda
aduaneira gerada na primeira operação de importação pelo Uruguai fosse repartida (o que seria
mais justo!)
A fim de eliminar a dupla cobrança da TEC, foi emitida a Decisão CMC nº 10/2010, que fixou 3 (três)
etapas para a implementação desse avanço institucional. Para que se possa colocar um fim à dupla
(ou múltipla) cobrança da TEC, é necessário que os bens importados de terceiros países por um
Estado-parte sejam considerados, a partir daí, originários do MERCOSUL. Atualmente, está em
vigor a Decisão CMC nº 37/2005, que dispõe que receberão tratamento de bens originários do
MERCOSUL, para fins de circulação intrabloco ou de incorporação em processos produtivos, após a
importação de terceiros países, os seguintes bens:
b) bens que, devido a acordos celebrados pelo MERCOSUL, possuam uma margem de
preferência de 100% sobre a TEC.
Nesses dois casos, considera-se que o bem cumpre a política tarifária comum do MERCOSUL,
fazendo jus ao “Certificado de Cumprimento da Política Tarifária Comum” (CCPTM).
18
Somente possuem livre circulação entre os membros do MERCOSUL as mercadorias originárias do
MERCOSUL, ou seja, as mercadorias que cumpram o regime de origem do MERCOSUL. Mais à frente,
estudaremos o Regime de Origem do MERCOSUL.
Por meio da Decisão CMC nº 27/2010, foi aprovado o Código Aduaneiro, o qual ainda está pendente
de ratificação pelos Estados-partes do MERCOSUL. Trata-se de normativo que busca promover a
harmonização das legislações dos Estados-membros no que diz respeito ao controle do fluxo de
mercadorias intrabloco e extrabloco. Com efeito, na condição de união aduaneira, faz-se necessário
que o MERCOSUL seja considerado um território aduaneiro único, que aplique barreiras tarifárias e
outras regulamentações relacionadas ao comércio de forma unificada. Em suma: é indispensável,
para a conformação desse estágio de integração, que exista uma legislação aduaneira comum no
MERCOSUL.
É justamente isso o que se propõe o Código Aduaneiro do MERCOSUL. Cabe destacar, por fim, que
a eliminação da dupla cobrança da TEC também depende da entrada em vigor do Código
Aduaneiro do MERCOSUL.
Ainda não se pode afirmar que existe livre circulação de mão-de-obra e livre circulação de capital no
âmbito do MERCOSUL.
Para que seja implementada a livre circulação de mão-de-obra, não pode haver discriminação entre
os trabalhadores nacionais dos Estados-partes do MERCOSUL, o que não é algo simples. Seguindo
o exemplo da União Europeia, a livre circulação de pessoas somente seria possível com a criação de
uma cidadania do MERCOSUL. Embora já exista iniciativa nesse sentido, entendemos que se trata
de algo bastante incipiente e que é visto com reservas pelos Estados-partes.
Com efeito, a Decisão CMC nº 64/2010 decidiu instituir um “Plano de Ação” para a criação do
Estatuto da Cidadania do MERCOSUL. O objetivo é avançar no “aprofundamento da dimensão social
e cidadã do processo de integração” e “consolidar um conjunto de direitos fundamentais e
benefícios em favor dos nacionais dos Estados-partes do MERCOSUL”. Para isso, buscar-se-á, nos
termos da Decisão CMC nº 64/2010:
Ainda não se pode afirmar que exista coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre
os membros do MERCOSUL. No entanto, importante iniciativa nesse sentido foi a recente Decisão
e) Comissão de Divulgação
O comércio entre os países do MERCOSUL tem como referência o dólar. Entretanto, como veremos
a seguir, admite-se que certas trocas comerciais intra-MERCOSUL sejam realizadas em moedas
locais, ao amparo do SML (Sistema de Pagamentos em Moeda Local).
Para entendermos melhor como funciona e em que consiste o SML, é necessário fazermos uma
rápida regressão temporal.
No ano de 2007, foi publicada a Decisão CMC nº 25/2007, que criou formalmente o sistema de
pagamentos em moeda local para o comércio realizado entre os Estados - Parte do MERCOSUL.
Entretanto, a referida decisão não foi dotada de autoaplicabilidade, já que ela mesma explicitava
que as condições de operação desse sistema, de caráter facultativo, seriam definidas mediante
convênios bilaterais celebrados voluntariamente entre os Bancos Centrais dos respectivos países.
Em fevereiro de 2008, a Decisão CMC nº 25/2007 foi internalizada pelo Brasil, através de decreto
presidencial. Logo em seguida, em setembro de 2008, foi assinado o Convênio do Sistema de
Pagamentos em Moeda Local entre a Argentina e Brasil, estabelecendo efetivamente a
possibilidade de que esses dois países utilizassem moedas locais em suas transações comerciais.
Em dezembro de 2014, o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) também passou a ser
utilizado no comércio bilateral entre Brasil e Uruguai. Assim, atualmente, o SML pode ser utilizado
nas seguintes relações comerciais bilaterais: Brasil - Argentina e Brasil – Uruguai. Em agosto de 2018,
o SML também passou a funcionar nas relações comerciais entre Brasil e Paraguai.
Foram vários os motivos que levaram os países do MERCOSUL a estabelecer na Decisão CMC nº
25/2007 a sua intenção em criar um sistema de pagamentos em moedas locais, dentre os quais
citamos:
Por fim, é importante anotarmos que o SML é um sistema facultativo e que, apesar de poderem ser
utilizadas moedas locais no comércio Brasil-Argentina, Brasil-Uruguai e Brasil-Paraguai, o que se vê
efetivamente é que sua participação total no comércio entre estes países ainda é baixa.
A fim de reduzir as assimetrias regionais e, assim, aprofundar a integração regional, por meio do
incentivo à competitividade e do estímulo à coesão social, foi criado pela Decisão CMC nº 45/2004
o Fundo para a Convergência Estrutural (FOCEM).
A Decisão CMC nº 63/2010 criou o Alto Representante Geral do MERCOSUL como órgão do
Conselho do Mercado Comum (CMC), o qual é designado para um mandato de 3 (três) anos,
prorrogável por igual período, uma única vez. O Alto Representante Geral do MERCOSUL será uma
personalidade política destacada, nacional de um dos Estados-partes, com reconhecida experiência
em temas de integração.
O objetivo central da criação da figura do Alto Representante foi dotar o MERCOSUL de maior
visibilidade e projeção no plano internacional. No exercício de suas funções, ele irá levar em conta
o interesse geral do MERCOSUL e o aprofundamento do processo de integração.
O Alto Representante Geral do MERCOSUL será responsável, dentre outras tarefas, por:
O balanço econômico que se pode fazer sobre a integração regional no MERCOSUL é bastante
positivo. Podemos apontar várias consequências da criação do MERCOSUL, do ponto de vista
econômico:
81. (AFRF-2000)
Considerando que uma importação brasileira oriunda de países membro da ALADI - Associação
Latino-Americana de Integração e não membro do MERCOSUL, goza de uma margem de
preferência de 30%(trinta por cento) sobre a alíquota da TEC - Tarifa Externa Comum de
10%(dez por cento), o imposto resultante alcançará o percentual de 7%.
Comentários
Pelas regras da ALADI, uma margem de preferência de 30% em relação a uma alíquota da TEC de
10%, irá resultar em um imposto de 7%:
30% de 10 = 3%
Imposto = 10% - 3% = 7%
Gabarito: certa
Comentários
O Protocolo de Ushuaia foi celebrado com o fito de garantir a plena vigência das instituições
democráticas nos países do MERCOSUL. Caso ocorra a ruptura da democracia em algum dos
membros do bloco, este poderá ser sancionado com a suspensão dos seus direitos e deveres no
processo de integração regional.
Gabarito: certa
A cláusula democrática, regra assumida pelo MERCOSUL, jamais foi invocada na prática.
Comentários
A cláusula democrática, prevista no Protocolo de Ushuaia, já foi invocada para impedir a ruptura do
regime democrático no Paraguai, no ano de 1999. Em 2012, ela foi novamente invocada, por ocasião
da deposição do Presidente Fernando Lugo.
Gabarito: errada
Comentários
Será que existe alguma hierarquia entre os acordos celebrados no âmbito da OMC e os acordos
celebrados no MERCOSUL?
Não. Não há relação hierárquica entre os acordos celebrados no âmbito da OMC e os acordos
celebrados no âmbito do MERCOSUL, a partir do que está incorreto afirmar-se que o Brasil aceita a
prevalência das regras da OMC sobre as do MERCOSUL no que diz respeito aos temas tratados pelo
Acordo sobre Medidas de Investimentos Relacionados ao Comércio (TRIMS). Logo, a questão está
errada.
Gabarito: errada
85. (AFRF-2000-adaptada)
São ganhos do MERCOSUL a mudança positiva na eficiência econômica dos agentes, em virtude
de maior concorrência intra-setorial; a maior eficiência na produção pela especialização
crescente dos agentes econômicos; o maior aproveitamento das economias de escala
permitidas pela ampliação do mercado; e a mobilidade dos fatores através das fronteiras entre
os países-membros permitindo uma alocação ótima de recursos.
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
No MERCOSUL, a livre circulação de pessoas sofre restrições apenas em relação a países que
não são membros plenos.
Comentários
Ainda não livre circulação de pessoas no MERCOSUL, inclusive em relação aos membros efetivos
(plenos).
Gabarito: errada
88. (AFRF-2005)
Comentários
O MERCOSUL já adotou, por meio da Decisão CMC nº 17/96, um “Regulamento Comum para a
Aplicação de Salvaguardas”.
Gabarito: certa
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) tem como objetivo proteger setores industriais
de qualquer dos países do MERCOSUL, quando as exportações de um dos Estados-membros
estiver causando ou ameaçando causar dano à indústria doméstica. A principal provisão do
MAC é permitir que sejam adotadas salvaguardas em relação a produtos originários de outro
país do bloco.
Comentários
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) aplica-se somente entre Brasil e Argentina. O MAC
representa a possibilidade de aplicação de salvaguardas no comércio entre esses dois países.
Gabarito: errada
O Fundo para a Convergência Estrutural (FOCEM) tem como objetivo promover o aumento da
competitividade das economias menores e das regiões de menor desenvolvimento, estimular
a coesão social e fortalecer a integração física por intermédio de obras de infraestrutura.
Comentários
O Fundo para a Convergência Estrutural (FOCEM) é um fundo criado com o objetivo de apoiar as
economias menores do MERCOSUL a fim de reduzir as assimetrias entre os países que integram
esse bloco regional.
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Os membros do MERCOSUL aplicam medidas antidumping uns contra os outros, embora essa não
seja uma prática cuja legitimidade seja reconhecida pela normativa da OMC para uniões aduaneiras.
Gabarito: certa
Ainda não foram definidas regras que tenham por objeto a defesa da concorrência no âmbito
do MERCOSUL.
Comentários
Gabarito: errada
94. (AFRF-2005)
Segundo as regras atualmente vigentes, o Brasil pode modificar, a cada seis meses, até 40%
(quarenta por cento) dos produtos de sua lista de exceção à Tarifa Externa Comum.
Comentários
Segundo a Decisão CMC nº 58/2010, cada país pode modificar, a cada seis meses, até 20% dos
produtos de sua Lista de Exceções à TEC.
Gabarito: errada
Atualmente, o Brasil pode manter até 100 (cem) itens da Nomenclatura Comum do MERCOSUL
como lista de exceção à Tarifa Externa Comum.
Comentários
De fato, pela Decisão CMC nº 58/2010, o Brasil pode manter até 100 itens da NCM em sua Lista de
Exceções à TEC até 31/12/2021. A Argentina também pode manter 100 itens à margem da TEC até
31/12/2021; o Uruguai, 225, até 31/12/2022; o Paraguai, 649, até 31/12/2023.
Gabarito: certa
Comentários
Segundo a Decisão CMC nº 58/2010, ao compor suas listas, os países do MERCOSUL deverão
valorizar a oferta exportável existente nos blocos regionais. Esse dispositivo visa a evitar que os
membros do MERCOSUL coloquem uma tarifa de importação inferior à prevista na TEC para
produtos que possam ser comprados de outros membros do MERCOSUL.
Gabarito: certa
Os membros do MERCOSUL podem manter exceções à TEC como forma de proteger a indústria
nascente.
Comentários
A proteção à indústria nascente não é uma justificativa para que os países do MERCOSUL
mantenham produtos como exceções à TEC.
Gabarito: errada
Comentários
De fato, o MERCOSUL, enquanto união aduaneira, tem por objetivo o estabelecimento de uma
política comercial comum em relação a terceiros países. Nesse sentido, uma união aduaneira ideal
pressupõe que os países do bloco apliquem medidas de defesa comercial em conjunto e que não
mantenham exceções à TEC.
Gabarito: errada
Comentários
Segundo a Decisão CMC nº 08/2008, é possível que um membro do MERCOSUL, por razões de
desabastecimento, mantenha um produto à margem da TEC. No entanto, sobre esse produto deverá
incidir uma alíquota do imposto de importação inferior à prevista na TEC.
Com efeito, seria totalmente ilógico supor que, por razões de desabastecimento, um país estabeleça
uma alíquota do I.I superior à prevista na TEC. Se há um desabastecimento interno, o país quer
estimular a entrada de produtos, o que faz por meio da redução de alíquotas.
Gabarito: errada
Comentários
O objetivo do MERCOSUL, enquanto união aduaneira, é que seja estabelecido um regime comum
para a importação de bens de capital não produzidos no bloco.
Gabarito: certa
Os Estados-membros do MERCOSUL poderão modificar, a cada 6 meses, até 20% das NCM’s
incluídas em suas listas de exceção à TEC.
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
De fato, o maior empecilho às negociações para a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa
Comum (TEC) é a distribuição da renda aduaneira. Logo, a questão está correta.
Gabarito: certa
Comentários
Segundo a maior parte da doutrina, o MERCOSUL é considerado uma união aduaneira imperfeita.
Todavia, ao contrário do que afirma a questão, para se tornar uma união aduaneira completa ou
perfeita, não basta a eliminação das exceções ao livre comércio intrabloco. Para corrigir as
imperfeições da união aduaneira, é necessário colocar um fim às exceções à Tarifa Externa Comum.
Gabarito: errada
As negociações comerciais entre MERCOSUL e União Europeia foram lançadas em 1999, durante o
governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2004, as negociações do acordo foram
interrompidas, em virtude de as ofertas de acesso a mercado terem sido consideradas
insatisfatórias. Em 2010, houve o relançamento das negociações entre os dois blocos regionais.
Em 28 de junho de 2019, em Bruxelas, foi finalmente concluído o acordo entre MERCOSUL e União
Europeia. O próximo passo é a assinatura pelo Conselho da União Europeia e pelo MERCOSUL. Na
sequência, deverá acontecer a aprovação pelo Parlamento Europeu e a ratificação pelos Estados-
parte do MERCOSUL.
São vários os temas cobertos pelo acordo MERCOSUL-União Europeia. Dentre eles, citamos os
seguintes: i)acesso tarifário ao mercado de bens; ii) regras de origem; iii) medidas sanitárias e
fitossanitárias; iv) barreiras técnicas ao comércio; v) defesa comercial; vi) salvaguardas bilaterais;
vii)defesa da concorrência; viii) cooperação aduaneira e facilitação de comércio; ix) serviços; x)
compras governamentais; xi) propriedade intelectual; xii) solução de controvérsias; xiii) subsídios;
xiv) pequenas e médias empresas e; xv) comércio e desenvolvimento sustentável.
De fato, é um acordo muito amplo. A expectativa é de que haverá um incremento do PIB brasileiro
de R$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a R$ 125 bilhões se consideradas a redução das
barreiras não tarifárias. O acordo MERCOSUL-União Europeia será uma das maiores áreas de livre
comércio do mundo.
Com o acordo, mais de 90% das exportações do MERCOSUL serão completamente liberalizadas no
prazo máximo de 10 anos, isto é, as tarifas serão reduzidas a zero para 90% das exportações do
MERCOSUL.
Os outros 10% das exportações do MERCOSUL para a União Europeia terão preferências
tarifárias (reduções tarifárias), por meio da utilização de mecanismo de cotas exclusivas para o
MERCOSUL.
O agronegócio brasileiro sai ganhando. Produtos como suco de laranja, frutas e café solúvel terão
suas tarifas eliminadas. Outros produtos, como açúcar, arroz, carne bovina e suína terão acesso
preferencial ao mercado europeu.
É importante termos em mente a diferença entre origem e procedência! Imagine, por exemplo, um
automóvel inteiramente fabricado na França. Esse automóvel é exportado para os EUA e, em
seguida, é novamente exportado, agora para o Brasil. Nessa situação, dizemos que, ao chegar ao
Brasil, o automóvel é originário da França e procedente dos EUA. É originário da França porque foi
naquele país que ele foi fabricado; é procedente dos EUA porque ele foi importado deste país.
Há dois tipos de regras de origem: i) regras de origem não-preferenciais e; ii) regras de origem
preferenciais.
As regras de origem preferenciais, por sua vez, são utilizadas no âmbito de acordos regionais /
preferenciais de comércio. Elas definem os critérios que devem ser cumpridos por um produto para
que este possa auferir os benefícios de um acordo comercial. A existência de regras de origem
preferenciais é fundamental para evitar que produtos fabricados em países que não fazem parte do
acordo aufiram indevidamente seus benefícios.
b) Os produtos em cuja elaboração forem utilizados materiais não originários dos Estados
partes, quando resultantes de uma transformação substancial. Considera-se
transformação substancial aquela que confere nova individualidade a um produto, o qual
passa a ser classificado em uma nova posição tarifária, ou seja, os 4 (quatro) primeiros
dígitos da classificação fiscal são alterados. Quando ocorre essa mudança na posição
tarifária, dizemos que houve o “salto tarifário”. Se uma empresa argentina compra
madeira da Itália e transforma essa madeira em uma cadeira, percebe-se, nitidamente,
que houve o salto tarifário. A madeira classifica-se na posição tarifária 4403.20.00; a
cadeira na posição 9403.30.00 (vejam como os quatro primeiros dígitos da classificação
fiscal mudaram!)
Em 2009, foi introduzida, ainda, uma nova regra a respeito do salto tarifário. Segundo a Decisão CMC
nº 16/2007, “considera-se que um produto cumpre com o requisito de salto tarifário se o valor CIF
de todos os materiais não-originários do MERCOSUL utilizados em sua produção que não estejam
classificados em uma posição tarifária diferente à do produto, não excede 10% do valor FOB do
produto exportado.”
Calma! Vou explicar! Suponha que, para a construção de um produto classificado na NCM
9504.10.10, seja necessário utilizar quatro insumos diferentes, classificados, respectivamente, nas
seguintes NCM’s: 9504.10.90, 7202.11.00, 7217.10.10 e 4704.30.00. Se fôssemos seguir à risca a
regra do salto tarifário (a classificação fiscal do produto final tem que mudar os quatro primeiros
dígitos em relação aos seus insumos), o produto 9504.10.10 não seria originário do MERCOSUL, já
que um de seus insumos é classificado na mesma posição tarifária (9504.10.90). No entanto, caso
este insumo classificado na mesma posição seja pouco representativo (seu valor não exceder 10%
do produto final), considera-se que ocorreu o salto tarifário.
c) Os produtos em que, apesar de não ter havido o “salto tarifário”, contam com 60% de
valor agregado regional. Há outra forma de falar isso (bem mais complexa, por sinal!) E
como as bancas examinadoras adoram coisas complexas... Dizer que houve 60% de
agregação de valor regional é o mesmo que dizer que o valor CIF dos insumos não-
originários não deve superar 40% do valor FOB da mercadoria produzida.
Com a Decisão CMC nº 32/2015, foi concedido um tratamento preferencial também ao Uruguai e à
Argentina. Vejamos:
No caso do Uruguai, o valor dos insumos não originários não poderá exceder 50% do valor FOB da
mercadoria produzida até 31/12/2021 e 45% a partir de 1º de janeiro de 2022. Em outras palavras,
até 31/12/2021, para que uma mercadoria se considere originária do Uruguai, basta que ela possua
50% de valor agregado regional. A partir de 2022, a origem será atribuída para as mercadorias
uruguaias que possuam 55% de valor agregado regional.
No caso da Argentina, a regra geral é que as mercadorias serão consideradas originárias caso tenham
60% de valor agregado regional. No entanto, caso se trate de exportações da Argentina para o
Uruguai, as mercadorias serão consideradas originárias caso tenham 50% de valor agregado
regional (até 2021). A partir de 2022, a origem será atribuída às mercadorias que possuam 55% de
valor agregado regional.
Esses são os requisitos de origem genéricos! Já em relação aos requisitos específicos, estes não
existem para todos os bens. No entanto, quando existirem, prevalecerão sobre os requisitos
genéricos. Um exemplo de requisito específico seria exigir que, para serem originários do
MERCOSUL, os computadores sofram um número mínimo de operações de industrialização
(montagem e soldagem de todos os componentes nas placas de circuito, montagem das partes
elétricas, etc).
transformação
Requisitos genéricos substancial (salto
tarifário)
Quando existirem,
Requisitos específicos prevalecem sobre os
requisitos genéricos
105. (AFRF-2003-adaptada)
Para ser considerado originário da ALADI, o produto deve ter, no mínimo, 50% de conteúdo
regional, sendo de 40% para os países de menor desenvolvimento regional e, para ser
considerado originário do MERCOSUL, deve ter 60%, no mínimo, de conteúdo regional.
Comentários
a) Qual o percentual de agregação de valor regional para que um produto seja considerado
originário da ALADI? Conforme afirma a questão, para ser considerado originário da
ALADI, há necessidade de 50% de valor agregado regional. Para os países de menor
desenvolvimento relativo – Bolívia, Equador e Paraguai -, o percentual de agregação de
valor regional exigido é de 40%.
b) Qual o percentual de agregação de valor regional para que um produto seja considerado
originário do MERCOSUL? Conforme afirma a questão, para ser considerado originário do
MERCOSUL, o percentual de agregação de valor regional é de 60%. Para o Paraguai, esse
percentual é de 40%.
Gabarito: certa
106. (AFRF-2002-2-adaptada)
Comentários
Pegadinha! O “salto tarifário” considera-se ocorrido quando o produto final, resultante do processo
de industrialização, classifica-se, ao contrário do que afirma a questão, em posição tarifária
diferente à dos seus insumos.
Gabarito: errada
Comentários
Perfeita a assertiva! A exigência de conteúdo regional, para que um produto seja considerado
originário do MERCOSUL, é de 60%.
Gabarito: certa
Comentários
De fato, se um produto sofrer uma transformação substancial em um país do MERCOSUL, ele será
considerado originário do bloco. Cabe lembrar que a transformação substancial fica caracterizada
quando o produto final passa a classificar-se em posição tarifária diferente dos insumos utilizados
em sua fabricação (“salto tarifário”).
Gabarito: certa
Para ser considerado originário do MERCOSUL, observa-se onde se inicia o processo industrial
do produto.
Comentários
Para fins de atribuição de origem a um produto, não interessa saber onde se iniciou o processo de
industrialização.
Gabarito: errada
Um produto originário do MERCOSUL tem direito a tarifa zero no comércio entre os integrantes
do bloco.
Comentários
Gabarito: certa
111. (ACE-1997-adaptada)
Comentários
No interior do MERCOSUL, as mercadorias circulam livres de barreiras, desde que, é claro, sejam
originárias desse bloco regional. Para usufruir, então, dos benefícios do MERCOSUL, as importações
devem ser instruídas com um Certificado de Origem do MERCOSUL. No âmbito desse bloco, todas
as mercadorias estão sujeitas ao controle de origem. Logo, a questão está errada.
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: errada
Comentários
Gabarito: certa
Comentários
Os requisitos específicos de origem, quando existirem, devem prevalecer sobre os requisitos gerais.
Gabarito: certa
Para que as mercadorias originárias se beneficiem dos tratamentos preferenciais, elas deverão
ter sido expedidas diretamente do Estado Parte exportador ao Estado Parte importador. Para
tal fim se considera expedição direta as mercadorias transportadas sem passar pelo território
de algum país não participante do MERCOSUL.
Comentários
O art. 10 da Decisão CMC nº 01/2004 (Regime de Origem do MERCOSUL) determina que para que
as mercadorias originárias possam se beneficiar do tratamento preferencial, estas devem ser
expedidas diretamente do Estado parte exportador para o Estado parte importador.
Gabarito: certa
Comentários
De fato, o Paraguai goza de benefícios no que diz respeito às exigências de conteúdo regional para
que um produto seja considerado originário do MERCOSUL. São consideradas originárias desse país
as mercadorias que tenham um mínimo de 40% de conteúdo regional.
Gabarito: certa
Se uma mercadoria possuir 60% de conteúdo regional, isto é, se o valor CIF dos insumos
importados não ultrapassar 40% do valor FOB da mercadoria produzida, esta será originária do
MERCOSUL.
Comentários
Dizer que uma mercadoria tem 60% de conteúdo regional é o mesmo que dizer que o valor CIF dos
insumos originários de terceiros países não excede 40% do valor FOB. Esse é um dos requisitos de
origem do MERCOSUL.
Gabarito: certa
QUESTÕES COMENTADAS
1. (AFRFB – 2014)
a) pelo regime de ex-tarifário, pode haver redução da TEC para bens de capital, inicialmente
por cinco anos, para projetos de investimento aprovados pelas Autoridades Nacionais do
Mercosul.
e) o Brasil pode incluir até 100 códigos NCM em sua Lista de Exceção até 31 de dezembro de
2015, mas deve valorizar a oferta exportável existente no MERCOSUL.
Comentários
Letra A: errada. O ex-tarifário é uma redução temporária do imposto de importação para bens de
capital e bens de informática e telecomunicações que não tenham produção nacional. Sua vigência
é de 2 anos.
Letra B: correta. O art. 1º, da Resolução GMC nº 08/2008, dispõe que é facultado à CCM a adoção
de medidas específicas de caráter tarifário tendentes a garantir um abastecimento normal e fluido
de produtos nos Estados Partes. Essas medidas consistem na redução de alíquotas da TEC e na
determinação de uma quantidade a ser importada. Em outras palavras, poderá ser estabelecida uma
cota tarifária com vistas a evitar o desabastecimento interno.
Letra C: correta. Essa era uma assertiva difícil, mas que você tinha condições de acertar. Uma das
exceções à TEC é a motivada pelo desabastecimento interno, que se aplica, dentre outros casos,
quando há o “desabastecimento de produção regional de uma matéria-prima para determinado
insumo, ainda que exista produção regional de outra matéria-prima para insumo similar mediante
uma linha de produção alternativa”.
Letra E: correta. Segundo a Decisão CMC nº 58/2010, o Brasil pode manter 100 códigos da NCM em
sua Lista de Exceções à TEC. Destaque-se que deve ser valorizada a oferta exportável no bloco.
Exemplo: se a Argentina produz um determinado produto, o Brasil não deve colocá-lo na sua Lista
de exceções com uma alíquota inferior à da TEC. Caso o faça, estará prejudicando a Argentina.
Gabarito: letra A
c) essa união aduaneira não dispõe de personalidade jurídica internacional, sendo reconhecida
apenas no MERCOSUL como um todo, conforme previsto no Protocolo de Ouro Preto.
e) sua tarifa externa comum (TEC) é ainda muito elevada e incompatível com os padrões
internacionais de liberalização comercial.
Comentários
Letra A: errada. O Código Aduaneiro do MERCOSUL não diz, em seu preâmbulo, que o MERCOSUL é
uma união aduaneira imperfeita.
Letra B: correta. O MERCOSUL é considerado uma união aduaneira imperfeita em razão das diversas
exceções à política comercial comum em relação a terceiros países. O que é marcante, nesse sentido,
são as diversas exceções à TEC.
Letra D: errada. De fato, não há livre circulação de trabalhadores no MERCOSUL. Mas isso é
característica de um mercado comum (e não de uma união aduaneira ideal!)
Letra E: errada. Não interessa se a tarifa externa comum é elevada ou não. Uma união aduaneira
ideal se caracteriza por uma política comercial comum em relação a terceiros países.
Gabarito: letra B
3. (CODESP-2011)
O MERCOSUL foi constituído em 1991 pelo tratado de Assunção, assinado entre Argentina,
Brasil, Uruguai e Paraguai. Um dos propósitos do MERCOSUL é:
a) a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros,
da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias
e de qualquer outra medida de efeito equivalente.
b) a criação de uma moeda única, com vistas a uma área de estabilidade monetária com
inflação e déficits públicos controlados.
c) a criação de um espaço econômico em que as moedas de cada país membro devem ser
convertíveis e as taxas de câmbio fixadas com caráter irrevogável.
e) a unificação dos direitos civil, comercial, administrativo e fiscal entre os Estados membros.
Comentários
Letra A: correta. O MERCOSUL ambiciona tornar-se um mercado comum, o que implica na livre
circulação de mercadorias, serviços e fatores de produção.
Letra C: errada. A fixação de taxas de câmbio e a criação de um espaço econômico em que as moedas
sejam conversíveis não são objetivos do MERCOSUL.
Letra E: errada. No MERCOSUL, busca-se a harmonização de legislações nacionais, para que estas
não entrem em conflito. Não é objetivo a unificação de legislações nacionais.
Gabarito: letra A
4. (CODEVASF-2003)
a) agrícolas;
d) têxteis e vestuários;
Comentários
Gabarito: letra E
5. (ACE-2012)
c) O Mercosul dispõe de marcos jurídicos que facultam aos países membros implementar
procedimentos comuns de investigação e adotar um processo decisório comum frente a
práticas desleais de comércio por terceiros países.
d) Apenas as matérias relativas à prática de dumping pelos países membros são tratadas com
base em normativa integrada e procedimentos de investigação comuns aos países do
Mercosul.
Comentários
Letra B: correta. Pode ser levada à apreciação do sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL
qualquer litígio de natureza comercial.
Letra C: errada. Não existe um regulamento comum para a aplicação de medidas antidumping e
medidas compensatórias, que são as medidas de defesa comercial usadas para combater práticas
desleais de comércio.
Letra D: errada. Apenas as matérias relativas às salvaguardas são tratadas com base em normativa
integrada e procedimentos de investigação comuns aos países do Mercosul.
Letra E: errada. Somente podem ser aplicadas medidas de salvaguardas no comércio bilateral Brasil-
Argentina. Nas demais relações comerciais intra-MERCOSUL, não podem ser aplicadas salvaguardas.
Gabarito: letra B
6. (Questão Inédita)
d) O MERCOSUL não possui qualquer vínculo jurídico com a ALADI, podendo celebrar acordos
dos quais não faça parte essa organização internacional.
Comentários
Letra C: errada. Atualmente, os integrantes do Parlasul são escolhidos por meio de eleições indiretas.
Apenas o Paraguai escolheu seus representantes por eleições diretas.
Letra D: errada. O MERCOSUL possui, sim, vínculo jurídico com a ALADI, uma vez que é um acordo
de alcance parcial celebrado no âmbito daquela organização internacional.
Letra E: correta. Os órgãos decisórios do MERCOSUL são o Conselho do Mercado Comum, o Grupo
Mercado Comum e a Comissão de Comércio do MERCOSUL. Todos eles têm natureza
intergovernamental e tomam decisões por consenso. O CMC é o órgão de cúpula do MERCOSUL,
responsável pela condução política do processo de integração. Ele tem a faculdade de criar novos
órgãos auxiliares necessários ao aprofundamento da integração regional.
Gabarito: letra E
7. (ACE-2012)
a) o Mercosul adota uma tarifa externa comum. Entretanto, há produtos com tarifa não
uniformizada, incluídas sobretudo nas Listas de Exceção nacionais.
Comentários
Letra A: correta. Os membros do MERCOSUL adotam uma Tarifa Externa Comum (TEC). Existem,
todavia, diversas hipóteses de exceção à TEC, que fazem com que o MERCOSUL seja considerado
uma união aduaneira imperfeita.
Letra B: errada. O MERCOSUL é um bloco regional cujos integrantes concedem entre si mútuas
preferências tarifárias, sem estendê-las aos demais membros da OMC. Trata-se, portanto, de uma
exceção à cláusula da nação mais favorecida.
Letra C: foi considera correta, mas caberia recurso. As medidas sanitárias, em regra, somente podem
ser impostas quando houver prova científica do risco alegado. Todavia, isso não se aplica às medidas
sanitárias provisórias.
Letra D: correta. O TBT é um acordo multilateral da OMC e, portanto, é obrigatório para todos os
membros dessa organização internacional. Como os Estados-parte do MERCOSUL são todos
membros da OMC, eles estão vinculados ao TBT.
Letra E: correta. As restrições quantitativas são, em regra, proibidas pelo art. XI do GATT. Quando
são impostas estas restrições, o controle se faz, sim, por meio de licenciamento de importação. O
que tornou a frase correta foi a palavra “meramente”, uma vez que as restrições quantitativas serão
usadas apenas em situações excepcionais.
Gabarito: letra B
8. (AFRFB/2012-adaptada)
b) A Tarifa Externa do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) não admite exceções, em função
do objetivo de formação de um mercado comum estabelecido no Tratado de Assunção.
c) De acordo com o Tratado de Assunção, que instituiu o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL),
o Grupo Mercado Comum é o órgão superior, correspondendo-lhe a condução política do
MERCOSUL e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos
estabelecidos para a constituição definitiva do mercado comum.
Comentários
Letra A: errada. A ALADI é que sucedeu a ALALC, tendo sido criada em 1980, pelo Tratado de
Montevidéu.
Letra D: correta. De fato, o SML viabiliza a realização de operações de comércio exterior nas moedas
locais dos Estados-partes do MERCOSUL. Atualmente, o SML é utilizado nas relações bilaterais Brasil-
Argentina, Brasil-Uruguai e Brasil-Paraguai
Letra E: errada. A ALADI tem como objetivo a formação, no longo prazo, de um mercado comum. O
México, apesar de fazer parte do NAFTA, não se retirou da ALADI.
Gabarito: letra D
9. (Questão Inédita)
a) O Protocolo de Ouro Preto prevê que o Conselho do Mercado Comum (CMC) poderá criar
novos órgãos que se fizerem necessários ao aprofundamento do processo de integração
regional.
b) O MERCOSUL ainda não alcançou o estágio de mercado comum, uma vez que, embora tenha
promovido uma completa convergência à Tarifa Externa Comum (TEC), não conseguiu
estabelecer a livre circulação dos fatores produtivos.
c) Todas as normas emanadas dos órgãos decisórios do MERCOSUL, para entrarem em vigor,
deverão ser previamente aprovadas pelos Parlamentos nacionais dos Estados-parte.
Comentários
Letra A: correta. De fato, existe a possibilidade de que o CMC crie novos órgãos que sejam
necessários ao aprofundamento do processo de integração regional.
Letra C: errada. Nem todas as normas do MERCOSUL, para entrarem em vigor, precisam ser
aprovadas pelos Parlamentos Nacionais. Há determinadas normas independem de aprovação
legislativa para serem internalizadas no ordenamento jurídico interno.
Letra D: errada. As decisões dos órgãos decisórios do MERCOSUL são adotadas por consenso.
Letra E: errada. Existem, sim, barreiras ao livre comércio entre os membros do MERCOSUL. Como
exemplo, citamos as barreiras no comércio de açúcar e automóveis.
Gabarito: letra A
LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)
Criado por meio do Tratado de Assunção, o MERCOSUL teve, no momento de seu surgimento,
finalidade nitidamente política, relacionada tanto à necessidade de consolidar o processo de
convergência política existente entre o Brasil e a Argentina quanto à necessidade de superar o
clima de enfrentamento que caracterizou historicamente as relações entre os dois vizinhos.
Os Estados associados do MERCOSUL são Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador e Guiana.
4. (AFRFB – 2009)
6. (ACE-1997 - adaptada)
O Tratado de Cooperação Econômica (1986) firmado pelos ex-presidentes José Sarney (Brasil)
e Raul Alfonsín (Argentina) propunha criar uma área de livre comércio entre Brasil e Argentina.
7. (AFRFB – 2009)
8. (AFRFB – 2005)
Em 2004, o MERCOSUL concluiu acordos comerciais, por exemplo, com a Índia e com a SACU
(União Aduaneira Sul-Africana, formada por África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e
Suazilândia), e atualmente negocia acordos com outros países.
9. (AFTN-1996)
MERCOSUL e União Europeia estabeleceram no ano de 2009 uma área de livre comércio de
mercadorias.
O MERCOSUL possui acordos comerciais com países fora do continente americano, tais como
Israel, Índia e a União Aduaneira Sul-Africana (SACU).
13. (IRB-2010-adaptada)
14. (TRF-2005)
A adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados é um dos objetivos
da criação do MERCOSUL.
19. (AFRFB-2009)
Embora sejam esquemas idênticos quanto aos propósitos e instrumentos que aplicam visando
à integração econômica regional, inexistem vínculos funcionais ou jurídicos o MERCOSUL e a
ALADI.
22. (AFRF-2003)
O Tratado de Assunção, que criou o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) integrado por Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai, enuncia como principal objetivo o estabelecimento de uma
união aduaneira a partir de janeiro de 1995.
24. (AFTN-1996)
25. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim liberalizar o comércio de serviços, coordenar políticas
macroeconômicas e estabelecer a livre circulação de capital e mão-de-obra.
26. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a
liberalização do comércio de serviços e a incorporar à tarifa externa comum produtos mantidos
à margem da mesma.
30. (AFRF-2003)
Entre as medidas compreendidas pelo acordo do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), não se
inclui a eliminação de direitos aduaneiros e restrições não tarifárias à circulação de
mercadorias e outras medidas que se fizerem necessárias, de modo a permitir a livre circulação
de bens, serviços e fatores produtivos entre os países participantes.
34. (AFRF-2002.1)
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado em março de 1991 tendo como objetivo final
a harmonização das políticas comerciais mediante a adoção de uma tarifa externa comum.
35. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda existentes, promover a
liberalização dos fluxos de capital e de serviços e coordenar políticas macroeconômicas.
36. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim aplicar integralmente o Programa de Liberalização Comercial,
estabelecer regras de origem e incorporar produtos mantidos em listas de exceções à Tarifa
Externa Comum.
37. (AFRF-2002.2)
A partir de dezembro de 1994, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de
livre comércio e uma união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas
necessárias para tal fim aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intra-MERCOSUL, implementar
um regime de compras governamentais e introduzir mecanismo de salvaguardas comerciais.
Para que o MERCOSUL atinja o nível de integração regional pretendido, deverá haver livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países-membros através da
eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias, assim como a adoção de uma Tarifa Externa
Comum.
Em dezembro de 1994, foi aprovado o Protocolo de Olivos, por meio do qual foi estabelecida
a estrutura institucional do MERCOSUL e sua personalidade jurídica internacional.
O conjunto normativo do MERCOSUL tem caráter obrigatório e aplicação direta, não havendo
necessidade de ser incorporado ao ordenamento jurídico dos Estados-membros.
O Parlamento do MERCOSUL, desde a sua criação, caracteriza-se como órgão político superior
desse bloco regional.
46. (ACE-2008)
O Grupo Mercado Comum, órgão máximo na estrutura do MERCOSUL, tem poderes para, por
consenso, tomar decisões obrigatórias para os membros do bloco.
O Conselho do Mercado Comum pode firmar acordos com outros países em nome do
MERCOSUL.
O Conselho do Mercado Comum é integrado por ministros das relações exteriores, ministros
da economia e ministros da justiça dos Estados-partes.
A Comissão de Comércio do MERCOSUL é o órgão que tem por função velar pela aplicação dos
instrumentos de política comercial comum acordados pelos países membros para o
funcionamento da união aduaneira. Compete-lhe acompanhar e revisar os temas e matérias
relacionados com as políticas comerciais comuns, com o comércio intra-MERCOSUL e com
terceiros países. É coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores.
O Protocolo de Ouro Preto, firmado aos 17 de dezembro de 1994 deu origem ao Conselho do
Mercado Comum e ao Grupo do Mercado Comum, principais instâncias institucionais do
MERCOSUL.
Ao levar adiante a decisão de constituir uma união aduaneira, o Protocolo de Ouro Preto
aprofundou o processo de integração do MERCOSUL, obrigando os governos dos estados-parte
a coordenar suas políticas macroeconômicas pertinentes à gestão do déficit fiscal e da busca
de estabilidade de preços.
O Protocolo de Ouro Preto permite que sejam criados novos órgãos auxiliares no âmbito do
MERCOSUL com o objetivo de atingir as metas do processo de integração.
81. (AFRF-2000)
Considerando que uma importação brasileira oriunda de países membro da ALADI - Associação
Latino-Americana de Integração e não membro do MERCOSUL, goza de uma margem de
preferência de 30%(trinta por cento) sobre a alíquota da TEC - Tarifa Externa Comum de
10%(dez por cento), o imposto resultante alcançará o percentual de 7%.
A cláusula democrática, regra assumida pelo MERCOSUL, jamais foi invocada na prática.
85. (AFRF-2000-adaptada)
São ganhos do MERCOSUL a mudança positiva na eficiência econômica dos agentes, em virtude
de maior concorrência intra-setorial; a maior eficiência na produção pela especialização
crescente dos agentes econômicos; o maior aproveitamento das economias de escala
permitidas pela ampliação do mercado; e a mobilidade dos fatores através das fronteiras entre
os países-membros permitindo uma alocação ótima de recursos.
No MERCOSUL, a livre circulação de pessoas sofre restrições apenas em relação a países que
não são membros plenos.
88. (AFRF-2005)
O Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) tem como objetivo proteger setores industriais
de qualquer dos países do MERCOSUL, quando as exportações de um dos Estados-membros
estiver causando ou ameaçando causar dano à indústria doméstica. A principal provisão do
MAC é permitir que sejam adotadas salvaguardas em relação a produtos originários de outro
país do bloco.
O Fundo para a Convergência Estrutural (FOCEM) tem como objetivo promover o aumento da
competitividade das economias menores e das regiões de menor desenvolvimento, estimular
a coesão social e fortalecer a integração física por intermédio de obras de infraestrutura.
Ainda não foram definidas regras que tenham por objeto a defesa da concorrência no âmbito
do MERCOSUL.
94. (AFRF-2005)
Segundo as regras atualmente vigentes, o Brasil pode modificar, a cada seis meses, até 40%
(quarenta por cento) dos produtos de sua lista de exceção à Tarifa Externa Comum.
Atualmente, o Brasil pode manter até 100 (cem) itens da Nomenclatura Comum do MERCOSUL
como lista de exceção à Tarifa Externa Comum.
Os membros do MERCOSUL podem manter exceções à TEC como forma de proteger a indústria
nascente.
Os Estados-membros do MERCOSUL poderão modificar, a cada 6 meses, até 20% das NCM’s
incluídas em suas listas de exceção à TEC.
105. (AFRF-2003-adaptada)
Para ser considerado originário da ALADI, o produto deve ter, no mínimo, 50% de conteúdo
regional, sendo de 40% para os países de menor desenvolvimento regional e, para ser
considerado originário do MERCOSUL, deve ter 60%, no mínimo, de conteúdo regional.
106. (AFRF-2002-2-adaptada)
Para ser considerado originário do MERCOSUL, observa-se onde se inicia o processo industrial
do produto.
Um produto originário do MERCOSUL tem direito a tarifa zero no comércio entre os integrantes
do bloco.
111. (ACE-1997-adaptada)
Para que as mercadorias originárias se beneficiem dos tratamentos preferenciais, elas deverão
ter sido expedidas diretamente do Estado Parte exportador ao Estado Parte importador. Para
tal fim se considera expedição direta as mercadorias transportadas sem passar pelo território
de algum país não participante do MERCOSUL.
Se uma mercadoria possuir 60% de conteúdo regional, isto é, se o valor CIF dos insumos
importados não ultrapassar 40% do valor FOB da mercadoria produzida, esta será originária do
MERCOSUL.
LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. (AFRFB – 2014)
a) pelo regime de ex-tarifário, pode haver redução da TEC para bens de capital, inicialmente
por cinco anos, para projetos de investimento aprovados pelas Autoridades Nacionais do
Mercosul.
e) o Brasil pode incluir até 100 códigos NCM em sua Lista de Exceção até 31 de dezembro de
2015, mas deve valorizar a oferta exportável existente no MERCOSUL.
c) essa união aduaneira não dispõe de personalidade jurídica internacional, sendo reconhecida
apenas no MERCOSUL como um todo, conforme previsto no Protocolo de Ouro Preto.
e) sua tarifa externa comum (TEC) é ainda muito elevada e incompatível com os padrões
internacionais de liberalização comercial.
3. (CODESP-2011)
O MERCOSUL foi constituído em 1991 pelo tratado de Assunção, assinado entre Argentina,
Brasil, Uruguai e Paraguai. Um dos propósitos do MERCOSUL é:
a) a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros,
da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias
e de qualquer outra medida de efeito equivalente.
b) a criação de uma moeda única, com vistas a uma área de estabilidade monetária com
inflação e déficits públicos controlados.
c) a criação de um espaço econômico em que as moedas de cada país membro devem ser
convertíveis e as taxas de câmbio fixadas com caráter irrevogável.
e) a unificação dos direitos civil, comercial, administrativo e fiscal entre os Estados membros.
4. (CODEVASF-2003)
a) agrícolas;
d) têxteis e vestuários;
5. (ACE-2012)
c) O Mercosul dispõe de marcos jurídicos que facultam aos países membros implementar
procedimentos comuns de investigação e adotar um processo decisório comum frente a
práticas desleais de comércio por terceiros países.
d) Apenas as matérias relativas à prática de dumping pelos países membros são tratadas com
base em normativa integrada e procedimentos de investigação comuns aos países do
Mercosul.
6. (Questão Inédita)
d) O MERCOSUL não possui qualquer vínculo jurídico com a ALADI, podendo celebrar acordos
dos quais não faça parte essa organização internacional.
7. (ACE-2012)
a) o Mercosul adota uma tarifa externa comum. Entretanto, há produtos com tarifa não
uniformizada, incluídas sobretudo nas Listas de Exceção nacionais.
8. (AFRFB/2012-adaptada)
b) A Tarifa Externa do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) não admite exceções, em função
do objetivo de formação de um mercado comum estabelecido no Tratado de Assunção.
c) De acordo com o Tratado de Assunção, que instituiu o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL),
o Grupo Mercado Comum é o órgão superior, correspondendo-lhe a condução política do
MERCOSUL e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos
estabelecidos para a constituição definitiva do mercado comum.
9. (Questão Inédita)
a) O Protocolo de Ouro Preto prevê que o Conselho do Mercado Comum (CMC) poderá criar
novos órgãos que se fizerem necessários ao aprofundamento do processo de integração
regional.
b) O MERCOSUL ainda não alcançou o estágio de mercado comum, uma vez que, embora tenha
promovido uma completa convergência à Tarifa Externa Comum (TEC), não conseguiu
estabelecer a livre circulação dos fatores produtivos.
c) Todas as normas emanadas dos órgãos decisórios do MERCOSUL, para entrarem em vigor,
deverão ser previamente aprovadas pelos Parlamentos nacionais dos Estados-parte.