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FACULDADE SALESIANA DE SANTA TERESA

CORUMBÁ, 14, DE MAIO DE 2021.

ACADÊMICO(A): ELEN MAYARA V. CARDOZO

PROFESSOR: MÁRCIO SALDANHA 9° SEM

ATIVIDADE 7 - NUPRAJUR

QUESTÃO:
Enquanto era empregado da empresa "Hot Dog da Eniale Ltda.", Junior sofreu
acidente de trabalho, consistente na queima de ambas as mãos na preparação das
salsichas de hot dogs, em virtude de estar sem os EPI que não foram fornecidos pela
empresa. Junior havia sido contratado para exercer as funções de auxiliar de preparo,
mas de acordo com ordens de seu supervisor imediato estava realizando o preparo,
função que demandava treinamento específico, que não recebeu. Em consequência do
acidente sofrido, devido ao acidente Junior foi obrigado em ficar em casa por 60 dias,
em afastamento remunerado espontaneamente pela empregadora, que também arcou
com todas as despesas médicas. Além disso, comprovou-se que o acidente gerou
sequela definitiva para Junior, consistente na perda de 20% (vinte por cento) de sua
capacidade laborativa, que prejudicava o mesmo até jogar videogame que era seu
passatempo preferido, fato que lhe causou enorme depressão. Por fim, Junior encontra-
se emocionalmente arrasado, pois não bastasse o desconforto das sequelas do acidente,
passou a ser chamado na sua vizinhança por alcunhas depreciativas relativas a seu
estado físico. Após o acidente, Junior foi despedido e até o presente momento está
desempregado.
Na qualidade de advogado de Junior, utilize o meio adequado ao recebimento
da indenização devida. Considere que Junior tem 37 anos, é divorciado, tem um filho
para quem paga pensão, não tem pais vivos e que sua última remuneração era de R$
1.500,00 ao mês. Marcos reside em Corumbá, local do acidente, ao passo que a empresa
tem sede em Campo Grande.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE CORUMBÁ-MS. 

 
Junior, (nacionalidade), divorciado, desempregado, portador da carteira de
identidade RG n° XXXX e inscrito no CPF/MF sob n° XXXX, residente e domiciliado
na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Corumbá), (Mato Grosso do Sul), vem por
intermédio de seu advogado que esta subscreve, a presença de Vossa Excelência, propor
a presente

AÇÃO PELO RITO ORDINÁRIA VISANDO AO RECEBIMENTO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face da empresa "Hot Dog da Eniale Ltda”, pessoa júridica, inscrita no


CNPJ sob n° XXXX, localizado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), com cede na
cidade de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul.

I) DOS FATOS

Enquanto era empregado da empresa "Hot Dog da Eniale Ltda.", Junior sofreu
acidente de trabalho, consistente na queima de ambas as mãos na preparação das
salsichas de hot dogs, em virtude de estar sem os EPI que não foram fornecidos pela
empresa. Junior havia sido contratado para exercer as funções de auxiliar de preparo,
mas de acordo com ordens de seu supervisor imediato estava realizando o preparo,
função que demandava treinamento específico, que não recebeu.
Em consequência do acidente sofrido, devido ao acidente Junior foi obrigado
em ficar em casa por 60 dias, em afastamento remunerado espontaneamente pela
empregadora, que também arcou com todas as despesas médicas.
Além disso, comprovou-se que o acidente gerou sequela definitiva para Junior,
consistente na perda de 20% (vinte por cento) de sua capacidade laborativa, que
prejudicava o mesmo até jogar videogame que era seu passatempo preferido, fato que
lhe causou enorme depressão. Por fim, Junior encontra-se emocionalmente arrasado,
pois não bastasse o desconforto das sequelas do acidente, passou a ser chamado na sua
vizinhança por alcunhas depreciativas relativas a seu estado físico.
Após o acidente, Junior foi despedido e até o presente momento está
desempregado.

II) DO MÉRITO

Inicialmente é notório a culpa da empregadora, tendo em vista que no ato do


supervisor imediato ter obrigado o empregado a exercer uma função que demandava
treinamento específico, nos termos do artigo 186 do Código Civil, além disso configura
ato ilicito a ausência de EPIS que deveriam ser fornecidos pela empresa:

O artigo 186 do vigente Código Civil determina de forma


clara e precisa como conceito de ato ilícito aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

Sendo assim, é possível e correto a busca de reparação por danos causados por
outrem, que se encontra respaldo nos artigos 186 a 188 e artigos 927 a 954 do Código
Civil, e na Constituição Federal, art. 5º, inciso V e X, dentre outros dispositivos legais.

“Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o


ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros
cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido


não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se
inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.”

Conforme o trabalho exercido por Junior, as sequelas resultaram em


implicações e depressão, consequentemente, a redução da capacidade laborativa que,
por sua vez, implicará na redução da renda mensal do ofendido. Portanto, o dano é
presente e com reflexos também no futuro.

Ter sua capacidade laborativa afetada poderá implicar na redução dos


proventos mensais, além do mais, após o acidente o rapaz perdeu o emprego, e até o
presente momento emcontrasse desempregado.

Lembrando que a vitima tem 37 anos, é divorciado, tem um filho para quem
paga pensão, não tem pais vivos e que sua última remuneração era de R$ 1.500,00 ao
mês.

Portanto, o pedido de indenização por danos materiais será avaliado medindo a


extensão do dano conforme preceitua o art. 944 do Código Civil, que no caso em tela, o
acidente gerou sequela definitiva consistente na perda de 20% (vinte por cento) da
capacidade laborativa do requerente. E como o dano resultou na diminuição da
capacidade laborativa, a indenização, além de abranger as despesas do tratamento e
lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu (vide
artigo 950 do Código Civil).

E ainda, ao que tange ao pedido de danos morais, é apicavél devido o


requerente encontrar-se emocionalmente arrasado, pois não bastasse o desconforto das
sequelas do acidente, passou a ser chamado na sua vizinhança por alcunhas
depreciativas relativas a seu estado físico. E ainda pelo fato de após o acidente, Junior
ter sido despedido e até o presente momento está desempregado, resultando em
problemas psicológicos e emocionais, conforme preceitua o artigo 186 do Código Civil.

III- DO PEDIDO
  
Ante todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
  
A) A citação da parte ré; para que, caso queira, responda
regularmente a presente ação;

B) Reconhecer a presente ação de indenização por danos


morais e materiais

C) A produção de todos os meios de prova em direito


admitidas;

D) Que julgue totalmente procedente o presente pedido,


condenando a parte ré ao pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios;

Termos em que, 
 
Pede e espera o deferimento.  

Local e data. 
 
Advogado (a) XXXX

OAB Nº XXXX

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