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Rio de Janeiro
2016
GE 41 41
Rio de Janeiro
2016
GE 41 41
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
Introdução..................................................................................................................pg 07
Capítulo 1- O que é Educação Especial e sua importância no Sistema Regular de
Ensino........................................................................................................................pg 09
Capítulo II- A Educação Especial no Brasil..............................................................pg 15
Capítulo III- Adaptações Curriculares.......................................................................pg 22
3.1- Curríulo...............................................................................................................pg24
3.2- Adaptações de Acessibilidade Metodológicas e Arquitetônicas........................pg25
3.3- Adaptações Curriculares quanto aos objetivos e conteúdos........................... ...pg26
3.4- Adaptações Curriculares quanto à Didática........................................................pg27
3.5- Adaptações Curriculares quanto à avaliação.......................................................pg27
3.6- Adaptações Curriculares quanto à organização curricular..................................pg28
Capítulo IV- Formação Docente.................................................................................pg30
Conclusão....................................................................................................................pg36
Referências..................................................................................................................pg40
Webgrafia....................................................................................................................pg41
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO ESPECIAL E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA
NO SISTEMA REGULAR DE ENSINO
Para que a escola se torne uma escola inclusiva, implicará em uma nova
postura que deverá ser assumida pela mesma, propondo em seu projeto político
pedagógico, no currículo, na metodologia de ensino, na forma de avaliação e de suma
importância nas atitudes dos educadores e dos demais educandos, ações que permitam a
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necessidades especiais dos alunos, não as tomando como obstáculos, mas como fatores
de enriquecimento, consolidem o respeito às diferenças e vetem a desigualdade em seu
âmbito.
Quando se fala em diversidade na comunidade escolar, há uma gama de
características que se enquadram ao termo. De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais para a educação especial (SEESP/MEC/2001), necessidades educacionais
podem ser identificadas em diversas situações (não necessariamente vinculadas a
deficiências) decorrentes de fatores variados como condições individuais, econômicas
ou socioculturais dos alunos, como por exemplo, alunos com altas habilidades, condutas
típicas, condições físicas diferenciadas, menores de rua, menores trabalhadores, crianças
pertencentes a minorias lingüística, étnicas ou culturais e etc. Porém o termo
necessidades educacionais especiais no corpo deste texto se refere aos alunos com
dificuldades físicas e mentais.
Toda essa diversidade de alunos com suas deficiências e peculariedades deve
ser bem vinda na escola regular, não por simples obrigação prevista na legislação, mas
acima e antes de tudo pensando no processo de inclusão.
O termo necessidades educacionais especiais, que atualmente se refere aos
vários fatores sociais, físicos ou econômicos que interferem diretamente no aprendizado
do educando surgiu para evitar efeitos negativos causados pelo emprego de termos e
expressões que estigmatizam, rotulavam, classificavam e disseminavam idéias
preconceituosas e pejorativas em relação as pessoas com necessidades educacionais
especiais no contexto social e educacional.
Durante a conferência internacional na Espanha em 1994 que deu origem a
Declaração de Salamanca, foi retificado o termo crianças, jovens a adultos com
necessidades educacionais especiais. No Brasil desde 1986, este termo já era empregado
e posteriormente surgiu em alguns documentos como a Lei de Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional, na Política Nacional de Educação Especial e nas Diretrizes
Curriculares para a Educação Especial, o termo portadores de necessidades
educacionais especiais (PNEE).
Alguns desses termos – excepcionais, deficientes, anormais, superdotados,
incapacitados etc. – ainda são utilizados por algumas pessoas e até mesmo por alguns
autores em seus livros quando se refere às pessoas com alta habilidade cognitiva ou com
alguma deficiência física, psíquica ou sensorial.
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CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
ainda manter a segregação de séculos atrás, muitas destas instituições ainda são aquelas
que surgiram quando o poder público matinha sua postura de descaso, para alguns pais
elas são o local onde encontram conforto e auxílio.
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CAPÍTULO III
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Através das adaptações ocorridas no currículo que o aluno poderá ter acesso
aos conteúdos ensinados em sala de aula, toda escola que tem que prover adaptações
curriculares não somente arquitetônicas, mas também quanto aos objetivos, conteúdos,
metodologias, recursos, avaliação e didática, como estão previsto.
A escola que se propõe a oferecer educação, seja para qualquer faixa etária e
não dispuser de profissionais formados e orientados para trabalhar com essas crianças,
não poderá deixar de atender a essas crianças, pois ela ainda é obrigada a oferecer vaga
para elas e providenciar profissionais capacitados.
Quando se fala em oferecer vagas para os alunos com necessidades
educacionais especiais, não significa apenas colocá-lo em uma sala de aula no ensino
regular, isso seria integração, a escola deve ter como um dos princípios norteadores o
artigo 206, I, Confederação Federal de 1988.
“Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
Por “permanência” entendemos a participação do aluno com necessidades
educacionais especiais nas atividades escolares, seu desenvolvimento nas diversas áreas
e conhecimentos e seu desenvolvimento pessoal, contudo isso só será possível se a
escola entender o termo “condições” como esforço por sua parte para adequar seu
currículo às necessidades e possibilidades desses alunos.
O processo de inclusão necessita de ações eficazes que garantam o
desenvolvimento intelectual, social afetivo e profissional dos alunos. Esse processo
ainda está em construção, há muito a ser feito para que a Educação Especial esteja ao
alcance de todos os alunos que têm o direito à educação.
Mudanças hão de ser realizadas no âmbito escolar para os alunos possam ter
acesso ao conhecimento e aos conteúdos trabalhados com os demais alunos, ou seja,
para que ele possa ter esse acesso, serão necessárias adaptações curriculares,
metodológicas, avaliativas e arquitetônicas.
O currículo especial para a escola inclusiva foi oficializado aqui no Brasil a
partir de medidas desenvolvidas junto à Secretaria de Educação Especial do Ministério
da Educação com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais que propõem o
conceito de adaptações curriculares estratégias e critérios.
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3.1 – Currículo
Não há como falar em inclusão escolar e não fazer referência ao currículo escolar, a
escola regular deve adequá-lo o máximo às necessidades dos alunos que apresentam
conteúdos, do mais simples para o mais complexo. Caberá ao professor fazer a seleção
desses conteúdos para que não comprometa o desenvolvimento do aluno.
CAPÍTULO IV
FORMAÇÃO DOCENTE
já o professor preparado somente para transmitir conteúdos, sem ter algum preparo para
trabalhar com a diversidade em sala de aula, nem sempre conseguirá trabalhar os
conteúdos necessários, até mesmo para alunos que não apresentem nenhuma
necessidade especial.
Na visão da necessidade e importância do avanço da educação inclusiva, e dentro
da perspectiva formativa, fica muito claro a necessidade da formação específica de
profissionais para atuar nesta área, tal formação lhes permitirá o conhecimento das
deficiências e habilidades dos alunos, quais estratégias utilizar, os métodos adequados,
os recursos e tecnologias neste contexto, que venham a beneficiar o aluno e garantir o
êxito do trabalho pedagógico. No entanto não apenas o professor precisa estar preparado
para a atuação com a diversidade, mas todos os profissionais atuam nas instituições de
ensino.
Já se vê muitos avanços no Brasil, no tocante à legislação existente e aos
documentos oriundos de órgãos educacionais, voltados a temática da educação
inclusiva. Várias iniciativas foram empreendidas pelo MEC e por variados órgãos em
nível federal, estadual e municipal, relativos à formação de docentes para favorecer a
inclusão de todos os alunos na escola regular.
Há várias portarias, mas foi a partir da Portaria Ministerial nº 1793 que foi
reconhecida a importância de se complementar os currículos de formação de docentes e
de outros profissionais que atuam em áreas afins, para tal fim a inclusão de disciplina
específica, focalizando aspectos ético-político-educacionais relativos às pessoas com
necessidades especiais, sendo a prioridade nos cursos de Pedagogia, Psicologia e em
outras licenciaturas, ainda também a inclusão de conteúdos específicos em cursos da
área da Saúde e em outras áreas.
Na Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, no tocante à inclusão e à
formação de professores:
Qualquer aluno que sendo formado para ser professor deveria receber
uma adequada preparação básica, que lhe proporcionasse algumas
estratégias para desenvolver seu trabalho com alunos que apresentam
necessidades específicas de modo a poder oferecer-lhes respostas
adequadas em situações cotidianas. Os objetivos da formação inicial
deverão incluir dimensões relativas aos conhecimentos, destrezas,
habilidades e atitudes relacionadas aos processos de atenção à
diversidade dos alunos (GONZÁLES, 2002, p. 245).
CONCLUSÃO
realizado na sala de aula, e não apenas para os que vieram encaminhados do ensino
especial.
O processo da inclusão tem uma amplitude que vai, além da inserção de
alunos considerados especiais na classe regular, e de adaptações pontuais na estrutura
curricular. Inclusão implica em um envolvimento de toda a escola e de seus gestores,
um redimensionamento de seu projeto político pedagógico, e, sobretudo, do
compromisso político de uma re-estruturação das prioridades do sistema escolar
(municipal, estadual, federal ou privado) do qual a escola faz parte, para que ela tenha
as condições materiais e humanas necessárias para empreender essa transformação.
Assim como nas demais áreas do currículo a forma de avaliar os alunos com
necessidades educacionais especiais também deve ser específica, considerando todas as
áreas do seu desenvolvimento. Ela não deve ser vista como julgamento do aluno, e sim
como diretriz para o professor se orientar por qual caminho trilhar, sendo necessário
discernir quais as dificuldades que são do próprio aluno, separando-as das que foram
causadas por práticas e processos pedagógicos não adequados às necessidades
educacionais do aluno. Toda a avaliação requer ações correspondentes, no sentido do
aprimoramento do processo ensino-aprendizagem. Se isto não acontecer, estaremos
avaliando apenas para rotular e, conseqüentemente, discriminar e excluir.
Acredito que com a verdadeira inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais no sistema regular de ensino a educação estará mais próxima do
ideal de igualdade e direito à educação para todos. Ainda há muito que fazer:
conscientizar a comunidade, as famílias dos alunos com necessidades educacionais
especiais, promover adaptações e melhoria no sistema educacional regular, ou seja,
todas as leis previstas deveriam, realmente, ser praticadas.
Através de adaptações curriculares ocorridas no seio das escolas, os alunos com
necessidades educacionais especiais, de qualquer ordem- física, comportamental, social,
econômica, étnica, cultural e etc.- terão o pleno direito à educação, já que em alguns
casos é abnegado a eles. A educação inclusiva não pretende somente colocar em sala de
aulas alunos com necessidades educacionais especiais, mas sim lhes possibilitar meios
para o acesso à educação e ao desenvolvimento social.
É benéfica para todos que estão inseridos no contexto- pais, professores e alunos-.
Mas ainda muitas pessoas precisam enxergar e compreender essa possibilidade, de uma
sociedade que realmente tem como ideal a igualdade, que vê as pessoas através de sua
capacidade- que muitas vezes é subestimada- e não por suas dificuldades ou deficiências
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e isso será capaz se começar pela educação, uma educação que deverá ser de qualidade
para todos. Mesmo que a inclusão seja um processo complexo, esta complexidade
deve ser respeitada, atendida e não minimizada.
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BIBLIOGRAFIA
_________. (org.). O Desafio das diferenças na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 13. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2012.
WEBGRAFIA
SÁ, Elizabet Dias de. Adaptações Curriculares: diretrizes nacionais para a educação
especial. <URL: http://www.bancodeescola.com/verbete5.htm> data de acesso:
28/09/2015.
SARTORETTO, Maria Lúcia. O argumento do despreparo dos professores não pode
continuar sendo álibi para impedir a inclusão escolar de pessoas com deficiência.
<URL: http://saci.org.br/?modulo=akemi¶metro=17125.htm> data de acesso:
08/10/2015.
MEC- Secretaria de Educação Especial. III Seminário de Formação de Gestores e
Educadores- Ensaios Pedagógicos. Educação Inclusiva: Direito à diversidade.
<URL: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaiospedagogicos2006.pdf> data
de acesso: 15/10/2015.